Organismos Biológicos e Organismos Sociais

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nem cultura, nem instrução, nem gozos estéticos, nem riqueza; nem SEGUNDA PARTE

trabalho organizado, nem hábito de trabalho livre, muita vez, nem mesmo
possibilidade de trabalhar; nem atividade social, nem instituições de PARASITISMO E DEGENERAÇÃO
verdadeira solidariedade e cooperação; nem ideais, nem glórias, nem
beleza... São sociedades novas, inegavelmente vigorosas, prontas a agir,
mas, nas quais, toda a ação se resume na luta terra a terra pelo poder – na Organismos biológicos e organismos sociais
política, no que ela tem de mais mesquinho e torpe. Fora daí, é a
estagnação: miséria, dores, ignorância, tirania, pobreza. Exploradas pelo
mercantilismo cosmopolita e voraz, imoral e dissolvente, retardatário por La biologie doit d’abord fournir le point de départ nécessaire de
l’ensemble des spéculations sociales, d’apres l’analyse fondamentale
cálculo, egoísta e inumano por natureza, estas pobres sociedades não sabem
de la sociabilité humaine et des diverses conditions organiques qui
e não podem se defender. déterminent son caractère propre.
Como se explica, então, esse atraso – de nações novas, certamente Auguste Comte
vivaces, estabelecidas em territórios propícios, férteis e clementes?
É este um problema sobre o qual ninguém se demorou ainda
convenientemente, para achar as verdadeiras causas de atraso, e deduzir I
delas a norma de proceder, capaz de levar estas sociedades à situação que
lhes compete. Está um tanto desacreditado, em sociologia, esse velo de assimilar,
em tudo e para tudo, as sociedades aos organismos biológicos. Muito se tem
São povos que possuem todos os elementos para ser prósperos, abusado deste processo de crítica, cujo vício, em verdade, não consiste em
adiantados e felizes, e que, no entanto, arrastam uma vida penosa e difícil: considerar as sociedades – digamos os grupos sociais – como organismos
por quê?... É diante desta anomalia, desconcertante para muita gente, que os vivos, sujeitos, por conseguinte, a todas as leis que regem a vida e a
estadistas de vista curta emitem os seus famosos axiomas: o mal vem da evolução dos seres, mas em considerá-los como simples organismos
instabilidade dos governos, das revoluções freqüentes, da irregularidade do biológicos. Em suma, não é o conceito que é condenável, e sim a estreiteza
câmbio, do papel-moeda inconversível, da falta de braços... É toda a série de vistas com que o aplicam à crítica dos fatos sociais, mais complexos,
dos sintomas de atraso, apresentados como causa; e, então, os mais sem dúvida, que os fatos biológicos, pois dependem das leis biológicas, e
corajosos resolvem, cada um por seu turno, combater aquela causa que eles ainda das leis sociais, peculiares a eles. Uma verdade, porém, é hoje
acreditam ser a principal... Não compreendem, esses tristes políticos, que universalmente aceita – que as sociedades existem como verdadeiros
um povo não faz revoluções senão quando uma causa profunda, orgânica, o organismos, sujeitos como os outros a leis categóricas. Deste consenso
impele a isto; que as revoluções, e cada uma das outras causas adotadas, ora unânime vem – exatamente o considerar-se a sociologia como ciência, isto
por este, ora por aquele, são efeitos e não causas, efeitos ligados a uma é – o estudo de um conjunto de fatos dependentes de leis fatais, tão fatais
mesma origem, e que é mister buscar cuidadosamente esta origem, esta como as da astronomia ou da química, fatos estreitamente dependentes e
causa, para achar o meio de ir lentamente, tenazmente combatendo-a. relacionados, e pelos quais nos é dado perceber a sociedade como uma
Míopes, reduzidos de vista, eles não conseguem ver os fenômenos, os realidade à parte, cujas ações, órgãos e elementos são perfeitamente
efeitos todos, por junto, e menos ainda determinar as relações fatais entre acessíveis ao nosso exame. Nenhum homem verdadeiramente pensante
uns e outros; e sentir a necessidade de compreender os fenômenos sociais desconhece, hoje, esta noção, elementar em ciência social: “As sociedades
num sistema de leis gerais. obedecem a leis de uma biologia diversa da individual nos aspectos, mas
em essência idêntica”.

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Como organismos vivos, as sociedades dependem não só do meio, si tudo de que um organismo humano pode precisar para o seu perfeito
não só das condições de lugar, mas também das condições de tempo. Quer desenvolvimento – e que, no entanto, se apresenta débil e perturbado desde
dizer: para estudar convenientemente um grupo social – uma nacionalidade o nascimento, mal constituído, retardado em sua evolução, caprichoso e
no seu estado atual, e compreender os motivos pelos quais ela se apresenta incoerente. Imediatamente, o prático se voltará para os antecedentes do
nestas ou naquelas condições, temos de analisar não só o meio em que ela doente, e aí buscará a causa do mal atual e os meios eficazes de combatê-lo.
se acha, como os seus antecedentes. Uma nacionalidade é o produto de uma
evolução; o seu estado presente é forçosamente a resultante de ação do seu
passado, combinada à ação do meio. É mister estudá-la “no tempo e no
II
espaço”; a linguagem é um pouco pretensiosa e rebarbativa, mas exata. Isto
mesmo sucede com os organismos biológicos: se, num espaço, num meio Tal é o caso das nacionalidades sul-americanas. Aparentemente, não
muitas vezes restrito, único e igual, encontramos organismos de uma há nada que justifique ou explique esse atraso em que se vêem, as
diversidade infinita, é porque eles não dependem só do meio atual, mas dificuldades que têm encontrado no seu desenvolvimento. O meio é
também das condições e formas anteriores, que a hereditariedade conserva propício, e por isso mesmo, diante desta anomalia, o sociólogo não pode
– representam uma herança adaptada. É por isso, ainda, que uns se mostram deixar de voltar-se para o passado a fim de buscar as causas dos males
mais perfeitos do que outros; é nestes – nos mais perfeitos – que a presentes. Há um outro fato a indicar bem expressamente que é nesse
adaptação é mais completa; neles, o passado não pesa tão fortemente que passado, nas condições de formação das nacionalidades sul-americanas, que
embarace as adaptações indispensáveis. Isto se dá quanto às espécies, e se reside a verdadeira causa das suas perturbações atuais: é que, por um lado,
dá também quanto aos indivíduos em particular. Que vem a ser a doença? estas perturbações, estes males são absolutamente os mesmos – mais ou
Uma inadaptação do organismo a certas condições especiais. Por que razão menos atenuados – em todas elas; e, por outro lado, estes povos tiveram a
nem todos os indivíduos adoecem ao mesmo tempo, por uma mesma causa? mesma origem, formaram-se nas mesmas condições, foram educados pelos
Porque uns são mais resistentes; quer dizer, mais adaptáveis a essas causas mesmos processos, e esses males eles os vêm sofrendo desde o primeiro
do que outros. A vacina, o grande recurso terapêutica-higiênico moderno, é momento. Pois, se os antecedentes são comuns, se os sintomas são os
uma adaptação artificial, provoca da, do organismo a certos agentes mesmos, se estes se continuam com aqueles – é bem natural que nestes
mórbidos. Por que motivo uns tantos indivíduos enlouquecem no curso de antecedentes esteja a verdadeira causa.
certas crises morais, ou sofrem do aparelho circulatório por efeito de uns Procedamos como procederia um sociólogo avisado; analisemos esse
tantos excessos, ou se intoxicam facilmente? Porque herdaram uma tal passado, e vejamos até que ponto por ele se explicam os vícios atuais, até
incapacidade (diz-se “falta de resistência”) a adaptar-se a essas crises, a que ponto tais vícios derivam da herança e educação recebida. Estudemos
esses excessos, ou a esses agentes de contágio. É por esta razão que o as condições sociais e políticas, o caráter e as tradições dos povos que
médico, em face de um doente destes, não deixa de reportar-se ao passado; formaram as nacionalidades sul-americanas; estudemos os processos que
é o estudo, o conhecimento deste passado que o vai instruir definitivamente, presidiam à constituição primeira destas sociedades. Acaso estarão aí as
e dizer se o indivíduo pode, ou não, curar-se. A cura depende, em grande origens destes vícios – dos maus hábitos, que hoje tanto pesam sobre estes
parte, da importância desse “histórico”, principalmente quando as povos infelizes. Vejamos como se formaram os costumes políticos,
condições presentes são relativamente favoráveis, e são tais que a elas o reconhecidamente maus, de que somos implacavelmente acusados.
indivíduo se poderia adaptar facilmente, se não tivesse contra si uma
herança funesta. Então, num tal caso, o empenho do clínico é dirigido, todo, Ao fazer este exame necessário da vida e do caráter das nações
não contra o meio atual, pois que este é propício – mas contra o passado, colonizadoras da América do Sul, um fato impõe-se logo à nossa atenção: é
para vencê-lo e eliminá-la. Tal é o caso do médico chamado para um que elas padecem, com as naturais modificações de meio – os mesmos
enfermo, jovem, tendo todas as razões para ser forte, havendo em torno de males que as nações da América Latina. Nas duas – Espanha e Portugal,

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que, no caso, figuram como uma unidade – o mesmo atraso geral: uma geral XVIII, a Ibéria, que havia dado ao mundo Cervantes, Camões, Murilo,
desorientação, porventura, um certo desânimo, falta de atividade social, Lope de Vega, Ribera... desaparece, evolui, degenera; não se vê um só
mal-estar em todas as classes, irritação constante e, sobretudo, uma nome espanhol ou português entre os homens que fundam a cultura
fraqueza tão acentuada que a muitos se afigura, também, como uma moderna e dominam a natureza, ou naqueles que refazem a filosofia
incapacidade essencial a manterem-se soberanas e livres a par dos outros racionalista, que iluminará as gentes na conquista da justiça e da liberdade.
povos. Isto é muito para notar, principalmente porque essas nações foram, Ao passo que os outros povos completam a sua evolução, e se estabelecem
em tempos relativamente bem próximos, excepcionalmente poderosas, ricas definitivamente sobre o solo, aplicando às necessidades reais da vida as
e adiantadas. Houve um momento, há pouco mais de três séculos, em que a descobertas da ciência, e criam a indústria moderna, e normalizam o
Espanha dominou a Europa e avassalou o mundo, quase inteiro. Nessa trabalho, e fundam a riqueza estável pela produção inteligente, e completam
época, os povos ibéricos estiveram efetivamente na vanguarda do o seu desenvolvimento econômico, tornando-se produtores, a Espanha
progresso; a civilização da península foi das mais brilhantes e fecundas, desaparece desse concurso do progresso. Enquanto os ânimos, fortalecidos
nesse momento efêmero. Arrancando-se a um domínio estrangeiro, aqueles pela ciência, vão lutando e se vão libertando, aqui e ali, aos poucos, mas
povos se constituíram em nacionalidades, perfeitas para a sua época, continuamente, até chegar a esse estado de emancipação de espírito dos fins
vigorosas, ativas, brilhantes; o seu poder era incontrastável em terra, e do século XIX, a Espanha apropria-se da Inquisição para eliminar
absoluto nos mares; as suas energias ofuscaram, então, a história dos outros sistematicamente todas as aspirações de liberdade e ergue em sistema a
povos: “...Num momento, fomos como deuses, diz um historiador da escravidão espiritual – degrada-se...
península, porque tivemos a onipotência!” E é verdade. Mas é destino dos
deuses passar, decair, desaparecer; porventura, o escritor, justamente
comovido por esse passado glorioso, buscara tal aproximação – entre a
III
história da sua pátria e o ciclo das divindades, para poder explicar, a si
mesmo, a queda, a decadência da Espanha, em virtude de qualquer Por quê?...
fatalidade universal, que lhe permita conservar, mesmo agora, o orgulho de Antes de buscar a resposta a esta pergunta, analisemos, em suas
quem foi deus – decaído embora. Bem decaído!... A Espanha não é hoje a linhas gerais, os fatos que se passam em certos organismos animais que se
sombra, sequer, do que foi no século XVI. Então, ela era a primeira entre as tornam parasitas.
nações da Europa; depois, enquanto as outras continuavam a progredir,
mantendo, com pequenas alternativas, a sua posição no conjunto do mundo Há um animal marinho – o Chondracanthus gibbosus, cuja
civilizado, a Espanha entrou a atrasar-se, a atrasar-se, até vir figurar entre as organização é, à primeira vista, tão simples e rudimentar que, por muito
mais fracas e mesquinhas das nações cultas. No correr da Idade Média, até tempo, os naturalistas o classificaram entre os vermes – os vermes
o século XVI, os povos da Europa organizam-se socialmente; definem-se as inferiores. Em verdade, o animal é constituído, apenas, por uma massa
instituições, ligam-se as raças, difundem-se entre as nações bárbaras os informe, de tecido frouxo, onde não se vêem quase órgãos diferenciados, a
princípios da cultura latina, que é assimilada, adaptada às tradições e à não ser os colchetes com que ele se apega à sua vítima, e os órgãos genitais,
índole de cada grupo; integralizam-se as nacionalidades sob nova forma, desenvolvidíssimos. Fixado ao animal que o nutre, o Chondracantus resume
surgem as nações modernas – soberanas, livres, caracterizadas, e entre elas toda a atividade vital em sugar a seiva nutritiva, que ele já encontra
surge a Espanha, mais bem caracterizada que nenhuma outra, havendo elaborada, pronta a ser assimilada e apropriada para a nutrição íntima dos
sofrido uma elaboração infinitamente mais difícil e complexa. O progresso tecidos, e em reproduzir-se. É nessas condições que o animal adulto se
geral continua; agora, é a ciência, a filosofia, o estudo direto da natureza; e, apresenta: parasita, rudimentar, e “inferior” – a ponto de ser considerado
enquanto os outros povos se mantêm participando do progresso científico e um verme.
artístico do século, a península declina. No correr do século XVII e do

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Estudando, porém, a sua evolução completa, notaram os naturalistas Na vida completa, o animal tem ocasião de pôr em contribuição todos
um fato anômalo: que, nos períodos de vida embrionária e larvar – quando a os seus órgãos; exercita-os harmonicamente, e, no esforço, na luta contra a
sua organização deverá ser mais simples ainda – ela é exatamente muito natureza, ora fugindo às suas inclemências, ora tirando dela a subsistência,
mais complexa e perfeita. Em estado adulto, o animal não apresenta nem o ser vivo vai aperfeiçoando cada um dos seus aparelhos; o progresso
órgãos locomotores livres, nem tegumento protetor, nem centros nervosos orgânico é o resultado do esforço contínuo e do exercício combinado de
desenvolvidos, nem órgãos sensoriais, nem aparelho digestivo completo; no todos os órgãos na luta pela vida. Esta é uma verdade indiscutida hoje,
entanto, no estado larvar, existem todos estes órgãos e aparelhos; depois, à verdade básica das doutrinas biológicas universalmente aceitas.
medida que o animal se vai desenvolvendo em volume, eles se atrofiam,
Colocai um organismo em condições de vida que o dispensem de
desaparecem. É tão perfeita a larva do Chondracanthus, que os naturalistas
exercitar os seus órgãos sensoriais e locomotores, e estes se atrofiarão
tiveram de reconhecer que não se tratava de uma larva de verme; breve,
fatalmente. Foi o que sucedeu com o Chondracanthus: era um crustáceo
reconheceram também que ela é inteiramente semelhante às larvas de uma
livre, inteligente – do grau de inteligência que possui o comum dos
classe de animais bem superiores – os crustáceos. E a conclusão se impôs: o
crustáceos, provido de todos os instrumentos – órgãos e aparelhos –
Chondracanthus é um crustáceo, do grupo dos copepodos; se, no estado
indispensáveis para guiá-lo na procura dos alimentos, ir ao encontro deles,
adulto, ele se apresenta rudimentar como um verme, é porque degenerou.
fugir aos perigos, apanhar as substâncias nutritivas, levá-las à boca, tritura-
Por que razão degenerou ele? Por que se atrofiaram e desapareceram las, digeri-las; munido de um tegumento que o protegia dos choques
todos esses órgãos, em cuja síntese e harmonia se acusava uma organização exteriores. Por uma circunstância qualquer, ele se achou um dia sobre uma
superior? Simplesmente porque o Chondracanthus se fez parasita. Foi o presa viva; tirou dela o alimento; deu-se bem, voltou ainda... Então, ele era
parasitismo que reduziu o copepodo a esta condição de inferioridade e apenas um animal depredador. Depois, nem mais se afastou da sua vítima,
degradação, e por um processo bem fácil de perceber. apegou-se a ela, fixou-se definitivamente, e todo o seu esforço ou trabalho
vital se resumiu, deste momento em diante, em sugar o animal a que se
É princípio fundamental- e corriqueiro – de biologia: que a função
prendia. Aí encontra ele tudo; a vida lhe é muito mais fácil do que se, da
faz o órgão. Quer dizer, o exercício constante de um órgão aperfeiçoa-o,
natureza, tivesse de tirar diretamente o sustento. Está garantido contra os
desenvolve-o, adapta-o de mais em mais à função; modifica-o, transforma-
choques exteriores – por isso o tegumento se adelgaça, a sensibilidade se
o. O mesmo órgão pode servir a misteres inteiramente diversos; mas, neste
embota; os órgãos locomotores atrofiam-se também, assim como os de
caso, ele se alterará, dobrando-se às funções que executa: a asa do morcego,
preensão, ataque e defesa, pois que o animal está num meio de temperatura
a pata dianteira do cavalo, a mão do homem, a pata da topeira, a mão da
constante, onde não lhe chegam as impressões irritantes do mundo exterior,
preguiça, a barbatana da baleia – é o mesmo órgão, um órgão
e não precisa andar, nem apanhar o alimento, nem mastigá-lo. Fatalmente,
primitivamente locomotor, mas que se modificou pelo exercício,
um tal regime se reflete sobre a inteligência, e esta se amesquinha, decai,
adaptando-se, aqui ao vôo, ali à marcha, à preensão, à escavação, à
também. A inteligência nutre-se e enriquece às custas das impressões e
suspensão, à natação... Noutros animais – nas serpentes, estes órgãos,
imagens ávidas do mundo exterior; ela se desenvolve na luta pela conquista
deixando de funcionar, atrofiaram-se, desapareceram, como desapareceu a
dos alimentos, e para escapar aos perigos; num animal que tenha o sustento
cauda de certos vertebrados. O exercício não só aperfeiçoa o órgão, como é
garantido e a vida abrigada, conservando-se ao mesmo tempo em condições
a condição indispensável à sua integridade fisiológica e anatômica. Os
de não receber impressões exteriores – num tal animal, a inteligência
animais das cavernas onde não penetra luz, e dos abismos, porque não têm
atrofia-se necessariamente. Assim, é uma conseqüência fatal em biologia
ocasião de servir-se dos olhos, perderam estes órgãos; pela falta de
que, tornando-se parasita, um organismo degenera, involui.
exercício o aparelho da visão atrofiou-se, desapareceu; em compensação, os
órgãos do tato tomaram um grande desenvolvimento e mostram uma
perfeição muito maior do que no comum dos outros animais.

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