Fundamentos Psicológicos Da Educação Apostila
Fundamentos Psicológicos Da Educação Apostila
Fundamentos Psicológicos Da Educação Apostila
Psicológicos da
Educação
PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
2 - Teoria de Piaget
Construção do Conhecimento
Estágio do desenvolvimento
EXEMPLO:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca;
"vê" o que está diante de si.
Pré-operatória
(2 A 7 anos)
EXEMPLOS:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas
a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual,
pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Operatório – Concreto
(7 A 11 anos)
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha
enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a
imagem de uma galinha comendo grãos.
Rogers
Enfoque à aprendizagem
Identifica três tipos gerais:
A Psicologia Rogeriana
- Terapia centrada no cliente;
realização;
- Terapia não diretiva, a tarefa do terapeuta não é dar conselho para curar o
cliente, e sim a de prover aceitação, compreensão e observações ocasionais,
maior entendimento sobre si mesmo.
6 – Vygotsky
Lev S. Vygotsky (1896-1934) , professor e pesquisador foi contemporâneo de
Piaget, e nasceu em Orsha, pequena cidade da Bielorrússia em 17 de
novembro de 1896, viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 37
anos. Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo
como resultado de um processo sócio histórico, enfatizando o papel da
linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria
considerada histórico-social. Sua questão central é a aquisição de
conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
Usa o termo função mental para referir-se aos processos de: pensamento,
memória, percepção e atenção. Coloca que o pensamento tem origem na
motivação, interesse, necessidade, impulso, afeto e emoção.
Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma
conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na
troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando
conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de
conhecimentos e da própria consciência. Trata-se de um processo que
caminha do plano social - relações interpessoais - para o plano individual
interno - relações intrapessoais.
Vygotsky, teve contato com a obra de Piaget e, embora teça elogios a ela em
muitos aspectos, também a crítica, por considerar que Piaget não deu a devida
importância à situação social e ao meio. Ambos atribuem grande importância
ao organismo ativo, mas Vygotsky destaca o papel do contexto histórico e
cultural nos processos de desenvolvimento e aprendizagem, sendo chamado
de sociointeracionista, e não apenas de interacionista como Piaget, que
coloca ênfase nos aspectos estruturais e nas leis de caráter universal (de
origem biológica) do desenvolvimento. Vygotsky destaca as contribuições da
cultura, da interação social e a dimensão histórica do desenvolvimento mental.
7 - Psicologia Genética
Desenvolvimento intelectual da criança: um processo temporal
Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo da criança é um processo
eminentemente temporal, cujos pontos essenciais da pesquisa do autor foram:
o papel necessário do tempo no círculo vital e o estudo da existência da
possibilidade de esse acelerar ou frear o desenvolvimento intelectual da
criança.
Ao pesquisar o desenvolvimento intelectual, levando-se em conta o tempo,
Piaget preocupou-se em limitar-se seus estudos no que se refere ao
desenvolvimento psicológico, em detrimento ao desenvolvimento escolar ou
familiar. Dessa forma, segundo Piaget, dois aspectos podem ser distintos do
desenvolvimento intelectual da criança:
"É por isso que existe um período sensório-motor tão longo antes da
linguagem; é por isso que a linguagem é tão tardia, com relação ao
desenvolvimento”. É necessário um amplo exercício da ação pura para
construir as subestruturas do pensamento ulterior. (Piaget1972, p. 17).
No terceiro nível, chamado operatório concreto - que inicia aos sete anos em
média e que vai até os doze anos - ocorre uma modificação fundamental no
desenvolvimento, pois, segundo Piaget, a criança se torna capaz de coordenar
ações no sentido da reversibilidade, isto é, capaz de agir com uma certa lógica.
Nesse período a lógica não se aplica sobre enunciados verbais, mas sobre os
objetos; pela primeira vez a criança é capaz de operar.
No quarto período, chamado operatório concreto, a criança se torna capaz de
raciocinar e de deduzir sobre hipóteses e preposições, e não somente sobre
objetos manipuláveis - Piaget chamou de lógica das proposições.
"O ideal da educação, não é aprender ao máximo, [...], mas é antes de tudo
aprender a aprender; é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se
desenvolver depois da escola". (PIAGET 1972, p. 32).
O estádio dos primeiros hábitos decorre entre um mês e quatro meses e meio.
As adaptações hereditárias enriquecem-se agora com hábitos, que são
adaptações adquiridas com base na aprendizagem. Então, a acomodação
dissocia-se da assimilação. Os primeiros hábitos formam-se a partir dos
esquemas reflexos (sucção, preensão, visão, audição, etc.), através do
mecanismo da reação circular.
Pré-operatório
É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou
acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta
substituição é possível, conforme Piaget, graças à função simbólica. Assim este
estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.
b) Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por
quês").
Operatório-concreto
Conforme Nitzke et al. (1997b), nesse estágio a criança desenvolve noções de
tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade [...] Sendo então capaz de
relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se
limitar mais a uma representação imediata, depende-se do mundo concreto
para se abstrair.
Operatório-formal
Segundo Wadsworth (1996) é neste momento que as estruturas cognitivas da
criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A representação
agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à
representação imediata e nem às relações previamente existentes. Agora a
criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções,
sem depender mais só da observação da realidade.
Nesse ponto vemos que Piaget tem o seu conceito a respeito dos sentidos. Não
parece ter o mesmo significado para os filósofos antigos. Com este
posicionamento e compreensível que atribua as ciências experimentais um
caráter estático. A experimentação leva por si a dedução e a teorização
(esquemas lógico-matemáticos) de interpretação dos fenômenos. Somente
pela abstração dos acidentes do ente material se pode chegar a conceitos
universais, válidos para a queda dos corpos como à órbita dos planetas. A
própria noção de campo, apresenta uma total superação das noções
perceptivas em busca de uma ordenação mais coerente. Piaget descreve que:
Tome-se, por exemplo, uma trajetória retilínea cuja metade está provida de
nove barras verticais atrás das quais passa o móvel: 70% a 80% dos sujeitos
têm a impressão de que uma aceleração de movimento na parte tracejada em
relação à parte livre. Ora, não se trata aqui de uma relação entre a velocidade,
o tempo e o espaço “fenomenais”. A explicação que parece impor-se é, pois
que o movimento de perseguição do móvel pelo olhar é constantemente
prejudicado, na parte tracejada, por fixações momentâneas das barras, o que
ocasiona uma ultrapassagem do móvel em relação aos movimentos do olhar e
uma impressão de maior velocidade. Ainda resta estabelecer uma relação entre
a velocidade do móvel exterior e a da excitação ou da extinção das
persistências retinianas no próprio campo visual.
Piaget parecem não ter considerado a formação da imagem sobre a retina algo,
que neurologicamente dizendo, pudesse alterar a interpretação da realidade.
Esta uma imagem apresenta duas dimensões. A interpretação de imagens em
três dimensões é uma adaptação neurológica altamente especializada, ainda
que ocorra por esquemas de ações. Suas recombinações perceptivas
apresentam implicações mais profundas que concebera Piaget. A neurociência
nos mostra que a visão não capta os objetos em um todo - como Gestal
(PIAGET 1982, p. 82) – “mas por parte: contorno, forma, etc., A necessidade
de compreender problemas computacionais de identificação de imagens,
levaram a esquemas de identificação mais compactos, em termos de memória.
” Transpondo ao sistema biológico, a eficiência do sistema em busca por
sistemas com menor gasto de energia comporia este padrão neural de
interpretação da realidade. Isto explica em parte porque nossas imagens
mentais são menos “reais” que as percepções. Não há razão, do ponto de vista
da estruturação de esquemas, diferença entre memória e realidade.
8 - Problemas de psicologia
Dois aspectos do desenvolvimento intelectual, o aspecto psicossocial e o
aspecto espontâneo da inteligência (psicológico). Interessante a ironia de
Piaget quando nos pergunta sobre a idade com que nossos filhos responderiam
corretamente sobre a conservação de matéria, pois sempre consideramos os
nossos mais inteligentes, mais desenvolvidos e etc... Isto pode nos cegar
quanto as possibilidades reais de propiciar vivências construtivas
cognitivamente aos nossos filhos, normalmente somo mais castradores como
pais do que como professores, com frequência falamos não mexe para não
desarrumar, não brinque para não sujar, quantas possibilidades de
experimentação boicotamos em nossos filhos, isto que sabemos que a
inteligência se desenvolve pela ação.
Neste sentido é que Piaget nos explica a ordem de sucessão fixa dos estágios
de desenvolvimentos, mas alertando que não existe uma cronologia constante
em termos de idade e sim uma ordem de sucessão constante. Como sendo, o
1º o estágio sensório-motor, o 2º o estágio pré-operatório, o 3º o estágio
operatório concreto e o 4º o estágio operatório formal.
Piaget também nos explica que por ter a linguagem uma dependência do
pensamento, ela requer um sistema de ações interiorizadas e mais tarde um
sistema de operações. Operações são ações executadas não mais
materialmente, mas interiorizadas e simbólicas, podendo ser combinadas e
reversíveis. Entretanto, é necessário para chegar às operações, executar
materialmente para ser capaz de construí-las em pensamento. Isto justifica a
demora no surgimento da linguagem, é necessário um longo período de
exercício da ação para construir as estruturas de pensamento que permitirão a
linguagem no futuro. São elas as noções do objeto, a do espaço, a de tempo,
sob a forma de sequências temporais, a noção de causalidade.
BIBLIOGRAFIA
VyGOTSKY, desenvolvimento e