Conversão de Energia

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Apresentação do docente:

 Cristiano da Silva Vieira.


 Idade: 52 anos
 Graduado em Engenharia Mecânica pela UFPB.
 Mestre em Engenharia de Produção pela UFAM.
 Doutorando em Engenharia Civil pela Unisinos.
 25 anos de experiência em Gestão de Processos.
 13 anos de experiência na docência do ensino superior.
Experiência profissional do docente:

 Grupo Honda da Amazônia HCA – Chefe de Produção


(Usinagem, Fundição de Alumínio, Solda da Coluna).
 Diebold do Brasil – Gerente da Planta.
 NCR do Brasil – Gerente de Produção.
 LG – Gerente de Materiais.
 SEMEF – Diretor de Novos Projetos.
 IKHON – Gerente de Projetos.
 Recepção dos calouros;
 Início do semestre letivo;
 Prazo final para rematrícula, trancamento e cancelamento
de disciplinas;
 Período avaliativo de N1;
 Data limite para lançamento de notas N1;
 Período avaliativo N2;
 Socialização dos PI’s;
 Avaliação Integrada;
 Data limite para lançamento de notas N2;
 Avaliação Substitutiva;
 Exame final.
Notas - Composição
CURSO N1 N2
TED – 2,0 Pontos TED – 2,0 Pontos

Engenharia Elétrica Demais avaliações – 3,0 Pontos Demais avaliações – 3,0 Pontos

N1 – 5,0 Pontos N2 – 5,0 Pontos


TED
O TED pode ser baseada em três caso:
• Para relembrar um conteúdo já passado ao aluno (em outras
disciplinas);
• Tendo como base, um conteúdo dado em sala ou.
• Um conteúdo que não será dado em sala de aula (com
disponibilização do conteúdo para estudo do aluno).
Aulas aos Sábados

• Aula Pré agendada já no Portal.

• Caso seja necessário trocar a data, verificar se


não irá chocar.

• Preferencialmente horário da aula da turma.


Frequência
O aluno precisa ter um porcentual de 75% de frequência. Esse
cálculo é realizado em cima da carga horária de cada
disciplina.
Normalmente:
• Disciplinas de 40 horas: Pode ter até 5 faltas, com 6 já
reprova.
• Disciplina de 70 ou 80 horas: Pode ter até 10 faltas, com
11 já reprova.
Atestado Médico ou justificativa de faltas?
Para solicitar análise de atestado médico, ou qualquer outro
documento que tente justificar uma falta, o aluno precisa ser
direcionado ao CEAL e lá abrir um protocolo solicitando.
Nada deve ser recebido pelo professor!!!

Faltou na N1 ou na N2?
O aluno deve solicitar dentro do prazo do calendário
acadêmico a prova substitutiva abrindo um protocolo no
CEAL.
Conversão de Energia
Referências:
Conversão de Energia
Referências:
O que é:
Conversão de Energia
Ou
Transformação de Energia
O princípio da conservação de energia afirma que a
energia não pode ser destruída nem criada. Em vez
disso, a energia apenas transforma de uma forma
para outra.

Lei de Lavoisier – A Lei da Conservação das


Massas
Em qualquer sistema fechado, físico ou químico,
nunca se cria nem se elimina matéria, apenas é
possível transformá-la de uma forma em outra.
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
METÁLICOS NÃO-METÁLICOS
NÃO-
FERROSOS NATURAIS SINTÉTICOS
FERROSOS
Aços e suas
Alumínio Madeira Vidro
ligas
Ferro Fundido Cobre Couro Cerâmica
Zinco Borracha Plástico
Magnésio
Chumbo
Estanho
Titânio
Ligas Metálicas

Ferrosas Não Ferrosas

Aços Ferros Fundidos Alumínio

Cobre
Ferro Cinzento
Baixo Teor Médio Teor Alto Teor Aço
de Carbono de Carbono de Carbono Inoxidável Níquel
Ferro Dúctil
(nodular)
Rodas e Ferramentas Chumbo
trilhos de de corte, Ferro Branco
trem, molas,
engrenagens arames de
alta Ferro Maleável
resistência
Perfis
estruturais I e Utensílios
H, pontes, domésticos,
tubulações, equipamentos
cantoneiras e industriais e
chapas em em
edificações edificações
QUAL A DIFERENÇA ENTRE AÇO E FERRO?
Aços e Ferros Fundidos são obtidos por via líquida,
isto é, são elaborados no estado de fusão. São
chamados aços, quando contêm de 0,008 a 2,11%
de carbono, e ferros fundidos, quando o teor
deste elemento está entre 2,11 e 6,7%.
Algumas Definições
 Permeabilidade Magnética é
uma grandeza magnética,
representada por µ, que
permite quantificar o “valor”
magnético duma substância.
A sua unidade é H / m (henry
por metro).

Se uma corrente elétrica passar numa bobina produz um campo


magnético com um valor dado pela excitação magnética ou
intensidade do campo magnético H que depende da construção da
bobina. Por exemplo, numa bobina comprida (solenoide), o valor
de H é dado por NI / l, em que N é o número de espiras da bobina e
l é o seu comprimento. O valor de H aumenta com N e diminui com
l, para a mesma intensidade de corrente I.
Algumas Definições

 Histerese magnética é
a tendência que os
materiais ferromagnéticos apres
entam para conservar a
magnetização adquirida por eles
mediante a aplicação de
um campo magnético externo. O
termo histerese é de origem
grega e significa “atraso”.
Ferro

O Ferro puro é um material ferromagnético de boa permeabilidade,


ciclo histerético estreito e baixa resistividade.

Tais propriedades conferem-lhe boas características para a constituição


de circuitos magnéticos, apenas com o inconveniente de permitirem
elevadas correntes de Foucault quando em regime de magnetização
variável, portanto, perdas de um certo modo elevadas nestas
circunstâncias, particularmente nas de magnetização alternada.

O ferro puro para aplicações industriais contém sempre pequenas


percentagens de outros elementos: carbono, manganês, silício e,
mesmo, cobre e alumínio, os quais afetam mais ou menos as suas
propriedades magnéticas.
Assim, a permeabilidade é reduzida pela presença destes elementos,
especialmente do carbono e, em menor medida, do cobre e do silício.
Ligas de Ferrosilício

Estas ligas contém até 6,5% de silício e algumas impurezas (carbono,


enxofre, fósforo, manganês)associadas ao ferro, que é o principal
constituinte. Suas propriedades magnéticas e sua resistividade
dependem da constituição e dos tratamentos térmicos.

A adição de silício ao ferro permite aumentar a resistividade (reduzindo


as perdas pelas correntes de Foucault), reduzir as perdas de histerese e
o envelhecimento.

Estas ligas são geralmente fabricadas sob a forma de tiras ou chapas. O


percentual de silício depende da aplicação, já que a presença do silício
tem o inconveniente de encarecer o ferro e de o tornar quebradiço,
sendo este o fato que limita a percentagem de silício empregada.
Nos transformadores, que são máquinas estáticas, usam-se as
percentagens mais altas e nos motores e geradores, máquinas rotativas,
valores mais baixos.
Resistividade

Resistividade elétrica (também resistência elétrica


específica) é uma medida da oposição de um
material ao fluxo de corrente eléctrica. Quanto mais
baixa for a resistividade, mais facilmente o material
permite a passagem de uma carga eléctrica. Sua
unidade no SI é o ohm-metro (Ωm).
Resistividade
Resistividade

V P

R I V I
Teor de
σr
Carbon Tipo Temperabilidade Maleabilidade Soldabilidade Uso
Kg/mm2
o (%)
Chapas, fios,
0,05 a Extra parafusos,
35 - 45 Negativa Grande Fácil
0,15 Doce tubos
estirados
0,15 a Barras
45 - 55 Doce Negativa Regular Regular
0,30 laminadas
Ferramentas
0,30 a Meio
55 -65 Ruim Difícil Difícil para a
0,40 Doce
agricultura
Ferramentas
0,40 a Meio de corte,
65 -75 Boa Ruim Muito difícil
0,60 Duro trilhos e
molas
Duro
0,60 a a Molas, cabos
75 - 100 Fácil Péssima Negativa
1,50 Extra e cutelarias
Duro
Materiais Elétricos
PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS
1.1 - Introdução a Materiais Elétricos

Elétrica Mecânica

Propriedades
dos Materiais

Química Térmica
Materiais Elétricos

PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS

PROPRIEDADES MECÂNICAS
Resistência Mecânica Densidade
Elasticidade Usinabilidade
Plasticidade Tenacidade
Dureza Soldabilidade
Fragilidade Forjabilidade
Materiais Elétricos
Materiais Elétricos

Diversos utensílios e equipamentos que são


indispensáveis em nossas vidas dependem
das propriedades elétricas dos
materiais utilizados, como é o caso de chips de
memória, feitos de silício, um semicondutor. O
entendimento do comportamento elétrico dos
materiais é fundamental para qualquer projeto de
engenharia. Ao entender a diferença entre um
material condutor e isolante, é possível se
adequar a qualquer necessidade.
Materiais Elétricos

Materiais Condutores
Os metais são a principal classe de materiais
condutores, ou seja, são excelentes para conduzir
eletricidade pois possuem uma baixa resistividade
elétrica. Isso se deve à estrutura de bandas de energia
(união dos estados eletrônicos dos átomos) típica dos
metais.
As suas bandas de valência são semi ou parcialmente
preenchidas por elétrons, existindo estados de energia
vazios adjacentes, o que significa que pouca energia é
necessária para excitar os elétrons e torna-los livres,
permitindo a condução.
Materiais Elétricos

Destaca-se que a presença de impurezas, defeitos e


discordâncias, assim como o aumento da temperatura,
diminuem a condutividade dos metais, pois dificultam a
mobilidade eletrônica.

Figura 3.3 Células unitárias das principais estruturas cristalinas dos metais: (a) cúbica de
corpo centrado, (b) cúbica de faces centradas, (c) hexagonal compacta (a célula unitária é
apresentada com linhas grossas).
Materiais Elétricos

Como condutores elétricos, temos o cobre, alumínio


e prata. A prata tem a melhor condutividade dos
metais, porém tem seu uso restrito devido ao custo.
Muitas vezes é necessário aumentar a resistência
mecânica de ligas que são utilizadas para conduzir
eletricidade, porém, os métodos comuns diminuem
drasticamente a condutividade. Muitas vezes, opta-se
por implementar uma segunda fase que não aumente
tanto a resistividade, como é o caso das ligas cobre-
berílio.
Materiais Elétricos

No aquecimento de fornos, é ideal materiais com


alta resistividade (perda de energia dos elétrons é
dissipada como energia térmica) e boa resistência
à oxidação. Para isso, é muito comum a utilização
de ligas níquel-cromo.
Materiais Elétricos

Semicondutores e Isolantes
Nos materiais semicondutores e isolantes, não há
um estado vazio adjacente aos estados preenchidos
como nos metais. Para os elétrons se tornarem
livres, eles devem ser excitados através do
espaçamento entre as bandas de energia. Esse
espaçamento (‘gap’) é estreito para os
semicondutores e largo para os isolantes, o que
explica suas propriedades elétricas.
Materiais Elétricos

Os semicondutores não apresentam condutividade


tão elevada quanto a dos metais, mas
contêm características elétricas especiais que os
tornam úteis em diversas aplicações.
Materiais Elétricos

Os semicondutores intrínsecos são representados


pelo Silício (Si) e Germânio (Ge), e
também arseneto de gálio (GaAs), antimoneto de
índio (InSb), sulfeto de cádmio (CdS) e telureto de
zinco (ZnTe). Nessa classe, os elétrons excitados
deixam um buraco, que se movimenta de forma
oposta ao elétron, o que se pode interpretar como
se o buraco fosse uma carga positiva. Logo, há dois
portadores de carga que participam da condução
nesses materiais.
Materiais Elétricos

Por essas propriedades, o avanço da eletrônica


permitiu a utilização de semicondutores em
componentes essenciais de equipamentos. Destaca-
se os transistors, diodos e diversos outras peças
usadas em circuitos, computadores, drives de
memória, etc.
Materiais Elétricos
Materiais Magnéticos

A habilidade de certos materiais. Notadamente o ferro, o


níquel, o cobalto e algumas de suas ligas e compostos.
De adquirir um alto e permanente momento magnético,
é de grande importância para a Engenharia Elétrica.
As aplicações de materiais magnéticos são muitas e
fazem uso de quase todos os aspectos do
comportamento magnético.
Fontes de energia
Cadeia energética

Cadeia energética é a sequência do fluxo e das formas de


energia desde a fonte ou produção (energia primária),
passando pela transformação (energia derivada), até a
utilização final (energia final e energia útil), conforme
indicado pelo diagrama de blocos da Figura abaixo.
Cadeia energética

 Energia primária: corresponde às formas mais primárias de


energia disponíveis. Como energia primária, compreende-se:
petróleo, gás natural, carvão mineral, carvão vegetal, urânio
(U238), energia hidráulica, biomassa, fontes geotérmicas,
energia solar, eólica e potencial das ondas.
Cadeia energética

 Transformação: correspondem aos processos industriais de


transformação das fontes primárias de energia, como plantas de
beneficiamento de petróleo, plantas de transformação de carvão
mineral (coqueria) e vegetal (carvoaria), plantas de geração de
energia termelétrica (usinas termelétricas a carvão, óleo mineral,
gás natural, biomassa, nuclear, solar), plantas de transformação e
beneficiamento de combustível nuclear e plantas de geração de
energia hidrelétrica, eólica e maré motriz.
Cadeia energética

 Energia secundária: corresponde às fontes de energias derivadas do


processamento das fontes de energia primária. Como exemplos
podem-se citar: óleo diesel, óleo combustível, gasolina, gás
hidrogênio, gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, querosene, gás
proveniente de carvão mineral (gás de coqueria), coque de carvão
mineral, urânio enriquecido (pastilhas de combustível de reatores
nucleares), eletricidade, carvão vegetal, álcool etílico (anidro e
hidratado) além de outras fontes. Nessa etapa ocorre o consumo final
secundário.
Cadeia energética

 Consumo final total: corresponde ao consumo final que,


por sua vez, pode ser dividido em consumo final não
energético e consumo final energético.
Matriz energética no Brasil e no mundo

Matriz energética mundial Matriz energética brasileira


Elementos de Engenharia Termodinâmica

Termodinâmica é parte da Física que estuda as leis que regem


as relações entre calor, trabalho e outras formas de energia,
mais especificamente a transformação de um tipo de energia
em outra, a disponibilidade de energia para a realização de
trabalho e a direção das trocas de calor.
Elementos de Engenharia Termodinâmica
Máquinas e Processos de Transformação de
Energia Térmica

Máquina térmica, em termodinâmica, é aquela integrada num


sistema que realiza a conversão de calor (energia térmica)
em trabalho mecânico.
Atividade de Reforço de Conteúdo

1. Na figura abaixo está esquematizado um tipo de usina utilizada na


geração de eletricidade.

Analisando o esquema, é possível identificar que se trata de uma usina:


(A) hidrelétrica, porque a água corrente baixa a temperatura da turbina.
(B) hidrelétrica, porque a usina faz uso da energia cinética da água.
(C) termoelétrica, porque no movimento das turbinas ocorre aquecimento.
(D) eólica, porque a turbina é movida pelo movimento da água.
(E) nuclear, porque a energia é obtida do núcleo das moléculas de água.
Atividade de Reforço de Conteúdo

2. A eficiência de uma usina, do tipo da representada na figura da questão


anterior, é da ordem de 0,9, ou seja, 90% da energia da água no início do
processo se transforma em energia elétrica. A usina Ji-Paraná, do Estado de
Rondônia, tem potência instalada de 512 Milhões de Watt, e a barragem
tem altura de aproximadamente 120m. A vazão do rio Ji-Paraná, em litros
de água por segundo, deve ser da ordem de:
(A) 50
(B) 500
(C) 5.000
(D) 50.000
(E) 500.000
Atividade de Reforço de Conteúdo

3. No processo de obtenção de eletricidade, ocorrem várias transformações de


energia. Considere duas delas:

I. cinética em elétrica II. potencial gravitacional em cinética

Analisando o esquema, é possível identificar que elas se encontram,


respectivamente, entre:

(A) I- a água no nível h e a turbina. II- o gerador e a torre de distribuição.


(B) I- a água no nível h e a turbina. II- a turbina e o gerador.
(C) I- a turbina e o gerador. II- a turbina e o gerador.
(D) I- a turbina e o gerador. II- a água no nível h e a turbina.
(E) I- o gerador e a torre de distribuição. II- a água no nível h e a turbina.
Atividade de Reforço de Conteúdo
4. No quadro abaixo estão as contas de luz e água de uma mesma residência. Além
do valor a pagar, cada conta mostra como calculá-lo, em função do consumo de
água (em m³) e de eletricidade (em kwh). Observe que, na conta de luz, o valor a
pagar é igual ao consumo multiplicado por um certo fator. Já na conta de água,
existe uma tarifa mínima e diferentes faixas de tarifação.

Suponha que, no próximo mês, dobre o consumo de energia elétrica dessa


residência. O novo valor da conta será de:
(A) R$ 55,23
(B) R$ 106,46
(C) R$ 802,00
(D) R$ 100,00
(E) R$ 22,90
Definição de Imãs
Natural: quando se trata de óxido de ferro, um
Um imã é um corpo mineral encontrado na natureza que recebe o
que gera campo nome de magnetita.
magnético ao seu
Artificial: quando é construído com ligas
redor. Ele pode ser metálicas (ou materiais cerâmicos) que, ao
classificado de duas serem submetidas a fortes campos
formas: magnéticos, adquirem propriedades
magnéticas.

Ímãs Temporários: Materiais que se imantam com muita facilidade,


mas perdem a força magnética quando o fluxo magnetizante é
suprimido. Um exemplo muito comum é uma liga de ferro e silício,
amplamente empregada na fabricação de núcleos de
transformadores, entre outras aplicações.

As primeiras observações relativas ao magnetismo foram registradas na Grécia Antiga, em uma


cidade denominada Magnésia onde se encontrava um mineral que tinha a capacidade de atrair
pequenos objetos de ferro. Esse material passou a ser conhecido como magnetita em virtude
do nome do local onde foi encontrado. O nome dessa cidade deu origem também ao
termo magnetismo.
Propriedades dos Imãs

Capacidade de atrair outros objetos, especificamente alguns metais, como o ferro.

Porém, os estudos
As regiões onde os campos magnéticos são mais intensos em um imã denominam-se
nessa área foram polos magnéticos. Estes são classificados como norte (positivo) e sul (negativo);
aprofundados apenas
em 1600 pelo físico
Inglês William Gilbert
(1554 – 1603). Dentre Ao aproximar os polos magnéticos de dois imãs, podemos verificar duas situações:
as suas descobertas, repulsão, se os polos aproximados são iguais; ou atração, se são polos diferentes.

destacam-se a
existência do campo
magnético terrestre e as Alinhamento com os polos geográficos da Terra, que ocorre se um imã estiver
posicionado de uma maneira em que pode mover-se livremente. A orientação do ímã
propriedades dos ímãs:. acontece da seguinte forma: polo norte do imã aponta na direção do norte geográfico da
Terra, e o polo sul orienta-se na direção do polo sul geográfico da Terra. Esse fenômeno é
possível em virtude da existência do campo magnético terrestre.

Inseparabilidade dos polos magnéticos, ou seja, não pode haver um imã somente com
polo sul ou com o polo norte. Isso significa que, se um imã for quebrado, haverá a
formação de um novo ímã. A razão para esse fenômeno é o fato de o magnetismo ser
uma propriedade que tem origem na organização molecular da substância, então, até a
menor das moléculas de um imã possui os dois polos bem definidos.
Campo magnético terrestre
A Terra também se comporta como um grande imã, possuindo polos
magnéticos bem definidos. O polo norte geográfico da Terra é o sul
magnético, e o sul geográfico, o norte magnético. Graças a essas
propriedades magnéticas da Terra, podemos orientar-nos através da
bússola.

A bússola, que é formada por uma agulha feita de magnetita apoiada


sobre um pequeno suporte, pode girar livremente e orientar-se de
acordo com o campo magnético da Terra. Entretanto, a bússola não
aponta exatamente para os polos geográficos da Terra, uma vez que os
polos magnéticos não coincidem exatamente com os polos geográficos,
pois estão defasados aproximadamente 11,5° um do outro.
Eletroímã
Um solenoide, quando percorrido por corrente elétrica, cria um campo
magnético em seu interior e exterior conforme figura abaixo
apresentando assim uma configuração de campo magnético
semelhante ao de um ímã em forma de barra, então dizemos que ele se
constitui um eletroímã, ou seja, um ímã obtido por meio de corrente
elétrica.
Resistividade Elétrica
• Resistividade eléctrica (também resistência eléctrica específica) é
uma medida da oposição de um material ao fluxo de corrente
eléctrica. Quanto mais baixa for a resistividade, mais facilmente o
material permite a passagem de uma carga eléctrica. Sua unidade no
SI é o ohm-metro (Ωm).
Resistividade Elétrica
Material Resistividade (Ω.m a 20° C)
Prata 1,64 x 10-6
Cobre recozido 1,72 x 10-8
Alumínio 2,83 x 10-8
Ferro 12,3 x 10-8
Constantan 49 x 10-8
Nicromo 100 x 10-8
Silício 2.500
Papel 1010
Mica 5 x 1011
Quartzo 1017

Constantan é uma liga metálica utilizada na produção de fios para a fabricação de


resistores elétricos, bem como em termopares para instrumentação, devido à sua
característica de exibir a resistividade elétrica praticamente constante em um
amplo intervalo de temperatura.
Resistividade Elétrica

A liga de constantan foi descoberta por


um processo de tentativa e erro.
Descobriu-se que uma liga de 60% Cobre
e 40% Níquel proporcionava o mínimo
de mudança de resistência com a
temperatura. Alguns anos mais tarde,
descobriu-se que uma liga de Níquel e
Cromo, chamada de Nicromo, também
era estável com a temperatura.
Materiais de Elevada Resistividade
As ligas metálicas resistivas são utilizadas com três finalidades básicas:

 Ligas para fins térmicos ou de aquecimento – Tais ligas precisam ter


uma elevada estabilidade térmica.
• Ligas de CuproNíquel contêm entre 2% e 30% de níquel, são altamente
resistentes à corrosão e termicamente estáveis. A adição de ferro,
cromo, nióbio e/ou manganês pode melhorar a sua resistência mecânica
e à corrosão.

O cuproníquel é uma liga metálica de


cobre e níquel com até 30% de
níquel. Oferece uma boa resistência
à corrosão e à fadiga, geralmente
usado na manufatura de moedas,
condensadores e equipamentos de
destilação.
Materiais de Elevada Resistividade
As ligas metálicas resistivas são utilizadas com três finalidades básicas:

 Ligas para fins de medição – Resistores para instrumentos de


2,5×10−6
precisão admitem um coeficiente de temperatura máximo de
°𝐶

 Ligas para fins de regulação – A faixa de temperatura se move entre


100 e 200 °C.
As ligas ternárias de ferro, níquel e cromo são as que melhor
satisfazem às condições de resistividade elevada, pequena variação da
resistividade com a temperatura.

As ligas metálicas ternárias Cu-Ni-Al, Cu-Ni-Cr e Cu-Ni-Sn foram fabricadas com


diferentes composições e submetidas a processos de compactação,
sinterização e homogeneização (metalurgia do pó) com o objetivo de estudar suas
propriedades elétricas e mecânicas.
Propriedades Elétricas dos Materiais
Condutores
como fios
para conexões
elétricas.
Alguns
materiais
precisam
ser
altamente
Isolantes
como
encapsulamen
to dos fios
Propriedades Elétricas dos Materiais 1ª Lei de Ohm

a intensidade da corrente
elétrica I que percorre um
circuito é diretamente
proporcional à força
eletromotriz (voltagem) V
aplicada é inversamente
proporcional à resistência
total do circuito R.
1ª Lei de Ohm
Onde:
• I é a intensidade de corrente elétrica, medida em ampère – A (C/s).
• O ampere é uma unidade fundamental do SI, juntamente com o metro,
kelvin, segundo, mol, candela e o quilograma: ele é definido sem a
referência de quantidade de carga elétrica. É calculado por A=C/s, ou
coulomb por segundo. Esta unidade do Sistema Internacional é nomeada
em homenagem a André-Marie Ampère.

• V é a tensão elétrica aplicada, medida em volt – V (J/C).


• O volt é o potencial de transmissão de energia, em joules, por carga
elétrica, em coulombs, entre dois pontos distintos no espaço. Dizer que a
tensão existente entre dois pontos corresponde a um volt é o mesmo que
dizer que cada carga de um coulomb que se movimenta entre tais pontos
transmite um joule de energia.

• R a resistência elétrica do circuito, medida em ohm - (V/A).


• Um ohm (Ω) é a unidade SI derivada da resistência elétrica. Por definição,
um condutor tem uma resistência eléctrica de um ohm quando uma
diferença de potencial constante de um volt aplicado entre as suas
extremidades produz neste condutor uma corrente de um ampère.
1ª Lei de Ohm
2ª Lei de Ohm
A segunda lei de Ohm descreve quais grandezas físicas relacionam-se com a
resistência elétrica de um condutor. De acordo com essa lei, a resistência
elétrica de um condutor homogêneo é diretamente proporcional ao seu
comprimento e inversamente proporcional à área transversal desse condutor.

 A Resistividade ρ apesar de independente da geometria da amostra está


𝑹𝑨 𝑽𝑨
relacionada a R: 𝝆 = 𝒍 𝒐𝒖 𝝆 = 𝑰𝒍
Condutividade Elétrica
Para se especificar a natureza elétrica de um material, muitas vezes usa-se a
condutividade elétrica, que nada mais é do que o inverso da resistividade ou
𝟏
seja: 𝝈 = (𝜴. 𝒎)−𝟏
𝝆

 Intensidade do Campo Elétrico:


𝑽
𝑬=
𝑰

 Densidade de Corrente:
𝒊
𝑱=
𝑨
Atividade de reforço sobre a Lei de Ohm

1. Pela primeira vez, uma copa do mundo será realizada em dois países diferentes.
O Japão e a Coréia do Sul tem mostrado muito empenho para a realização desta
copa em conjunto . Apesar das diferenças culturais, esses dois países têm um
excelente nível de tecnologia e desenvolvimento. Um dos trunfos da tecnologia
nos gramados está nos grandes telões de alta definição. Alimentado por um
circuito elétrico, esses telões estão presente em todos os estádios. Entretanto a
FIFA proibiu as imagens de replay durante o jogo, para evitar constrangimentos
para os árbitros. Se este telão é alimentado por uma tensão de 110V, possuindo
uma resistência elétrica total de 50 Ω, a corrente elétrica que o atravessa será:

𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝐽 𝐾𝑔.𝑚2


 Quanto vale 1 Volt: Volt = ∴𝑉= ∴𝑉= 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐶 𝐴.𝑠 3

𝐾𝑔.𝑚2
𝑉 𝐴.𝑠3
 Quanto vale 1 Ohm: R = 𝐴 ∴ 𝑅 = 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼𝐼
𝐴
Atividade de reforço sobre a Lei de Ohm
1. Pela primeira vez, uma copa do mundo será realizada em dois países diferentes.
O Japão e a Coréia do Sul tem mostrado muito empenho para a realização desta
copa em conjunto . Apesar das diferenças culturais, esses dois países têm um
excelente nível de tecnologia e desenvolvimento. Um dos trunfos da tecnologia
nos gramados está nos grandes telões de alta definição. Alimentado por um
circuito elétrico, esses telões estão presente em todos os estádios. Entretanto a
FIFA proibiu as imagens de replay durante o jogo, para evitar constrangimentos
para os árbitros. Se este telão é alimentado por uma tensão de 110V, possuindo
uma resistência elétrica total de 50 Ω, a corrente elétrica que o atravessa será:
Atividade de reforço sobre a Lei de Ohm

1. Pela primeira vez, uma copa do mundo será realizada em dois países diferentes.
O Japão e a Coréia do Sul tem mostrado muito empenho para a realização desta
copa em conjunto . Apesar das diferenças culturais, esses dois países têm um
excelente nível de tecnologia e desenvolvimento. Um dos trunfos da tecnologia
nos gramados está nos grandes telões de alta definição. Alimentado por um
circuito elétrico, esses telões estão presente em todos os estádios. Entretanto a
FIFA proibiu as imagens de replay durante o jogo, para evitar constrangimentos
para os árbitros. Se este telão é alimentado por uma tensão de 110V, possuindo
uma resistência elétrica total de 50 Ω, a corrente elétrica que o atravessa será:
𝐾𝑔. 𝑚2 𝐾𝑔. 𝑚2
𝑉 110 × 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼 110 × 3 110 × 3
I= ∴𝐼= ∴𝐼= 𝐴. 𝑠 ∴𝐼= 𝐴. 𝑠 ∴
𝑅 50 × 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼𝐼 𝐾𝑔. 𝑚2 𝐾𝑔. 𝑚2
3 50 × 2 3
50 × 𝐴𝐴. 𝑠 𝐴 .𝑠

𝐾𝑔. 𝑚2 . 𝐴2 . 𝑠 3
𝐼 = 2,2 × ∴ 𝐼 = 2,2𝐴
𝐾𝑔. 𝑚2 . 𝐴. 𝑠 3
Atividade de reforço sobre a Lei de Ohm

2. Os choques elétricos produzidos no corpo humano podem provocar efeitos que


vão desde uma simples dor ou contração muscular até paralisia respiratória ou
fibrilação ventricular. Tais efeitos dependem de fatores como a intensidade da
corrente elétrica, duração, resistência da porção do corpo envolvida. Suponha,
por exemplo, um choque produzido por uma corrente de apenas 4 mA e a
resistência da porção do corpo envolvida seja de 3.000Ω. Então podemos
afirmar que o choque elétrico pode ter sido devido ao contato com:

A. Uma pilha grande de 1,5 V.


B. Os contatos de uma lanterna contendo uma pilha grande de 6,0 V.
C. Os contatos de uma bateria de automóvel de 12V.
D. Uma descarga elétrica produzida por um raio num dia de chuva.
Atividade de reforço sobre a Lei de Ohm
3. O choque elétrico, como provavelmente é de seu conhecimento, é causado por uma
corrente elétrica que passa através do corpo humano ou de um animal qualquer. A
voltagem não é determinante nesse fenômeno. Por exemplo , em situações de
eletricidade estática (gerador de Van de Graaff , usado em laboratórios) , embora
ocorram voltagens muito elevadas, as cargas elétricas envolvidas são em geral muito
pequenas. Entretanto voltagens pequenas podem trazer graves danos, dependendo
da resistência do corpo humano. Quando estamos molhados temos a resistência do
corpo, em média, de 1000 Ω. Se o som da figura acima está ligado a uma rede de 120
V, a corrente elétrica que irá percorrer o indivíduo será de:

A. 120 mA.
B. 1,2 mA.
C. 1200 mA.
D. 0,12 mA.
Conceitos fundamentais de eletromagnetismo

Os conversores eletromecânicos, sejam geradores ou


motores, promovem a transformação de energia por
meio de um campo magnético adequadamente
configurado. O campo magnético é um ente físico de
difícil caracterização e mensuração, sendo, em geral,
observado de forma indireta por seus efeitos sobre o
meio. Campos magnéticos são gerados por ímãs
permanentes (naturais ou artificiais), ou por meio de
fios conduzindo corrente elétrica, caracterizados como
fontes de campo magnético.
Caracterização dos circuitos magnéticos

A estrutura, dotada de uma bobina percorrida por


corrente elétrica em um meio material adequado, é
chamada, de maneira geral, de “circuito magnético”.
Uma simples bobina imersa no ar é um circuito
magnético elementar em que o meio material em que o
campo magnético se estabelece é o próprio ar. A
permeabilidade desse meio é chamada permeabilidade
do vácuo, simbolizada por μ0, sendo uma grandeza física
universal cujo valor é μ0 = 4·π·10–7 H/m (henry por
metro).
Fundamentos da conversão eletromecânica de
energia

As máquinas elétricas são conversores que transformam


energia elétrica em mecânica, ou vice-versa. Essa
transformação é realizada por estruturas que utilizam o
campo magnético nelas confinado como meio de
conversão. A energia elétrica é caracterizada pelo
produto de tensões e correntes circulando ao longo do
tempo pelos terminais de acesso às bobinas, enquanto a
energia mecânica é caracterizada pelo produto de um
torque no eixo pela frequência de rotação angular do
mesmo, desenvolvidos ao longo do tempo.
Fundamentos da conversão eletromecânica de
energia
Todo o processo de conversão de energia é acompanhado
de perdas que se transformam em calor no interior do
invólucro da máquina, contribuindo para o seu
aquecimento. As máquinas elétricas rotativas são
conversores de elevado rendimento, tipicamente acima
de 95 % nas máquinas de médias e grandes potências.

Os princípios que regem a conversão eletromecânica de energia


podem ser entendidos de formas distintas, dependendo da
topologia do circuito magnético que forma o dispositivo em
questão. Como os conversores de energia produzem movimento,
seus circuitos magnéticos deverão ter necessariamente
um entreferro, designação genérica para o espaço de ar situado
entre as partes que se movem relativamente.
Fundamentos da conversão eletromecânica de
energia

Fig. 1.1 Circuito magnético simples. 𝜆 é 𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑡𝑒𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜


Construção e funcionamento de máquinas síncronas

Máquinas síncronas são utilizadas essencialmente no modo


gerador, respondendo pela quase totalidade da geração de
energia em todos os níveis. Embora possa ser utilizado também
no modo motor, tal uso restringe-se em geral a acionamentos de
grande porte, representando uma pequena fração das máquinas
síncronas que operam nesse modo. Ao mesmo tempo.
No modo gerador, as máquinas síncronas podem operar
fornecendo concomitantemente potência ativa ou reativa às
cargas ou ao sistema elétrico. Quando troca com o sistema
exclusivamente potência de natureza reativa, indutiva ou
capacitiva, a máquina opera no modo chamado compensador
síncrono.
Informações Importantes
Em uma rede elétrica, existem basicamente três tipos de cargas elétricas:
resistivas, indutivas e capacitivas.
Esta classificação está diretamente ligada ao fator de potência, que mede
se a energia elétrica recebida é suficiente para atender as necessidades do
uso diário, seja em residências ou empresas.

PARA QUE SÃO USADAS AS CARGAS RESISTIVAS


As cargas resistivas costumam ser utilizadas em ferros de passar roupa, chuveiros
e lâmpadas incandescentes.

Resumidamente, conectar uma carga resistiva ao sistema significa que a corrente


e a tensão mudarão de polaridade em fase, ou seja, sincronizadas, gerando um
fator de potência unitário, em que a energia flui numa mesma direção através do
sistema em cada ciclo.

Ou seja: a corrente que circula por essa carga alterna-se e acompanha a tensão
aplicada.
Por esta razão, toda carga puramente resistiva possui fator de potência
Informações Importantes – Fator de Potência

A maioria das cargas das unidades consumidoras consome


energia reativa indutiva, tais como: motores, transformadores,
reatores para lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre
outros. As cargas indutivas necessitam de campo
eletromagnético para seu funcionamento, por isso sua operação
requer dois tipos de potência:

 Potência ativa: potência que efetivamente realiza trabalho


gerando calor, luz, movimento, etc. É medida em kW.

 Potência Reativa: potência usada apenas para criar e manter


os campos eletromagnéticos das cargas indutivas. É medida
em kvar.
Informações Importantes – Fator de Potência

Assim, enquanto a potência ativa é


sempre consumida na execução de
trabalho, a potência reativa, além
de não produzir trabalho, circula
entre a carga e a fonte de
alimentação, ocupando um espaço
no sistema elétrico que poderia ser
utilizado para fornecer mais
energia ativa.
Informações Importantes – Fator de Potência
Um triângulo retângulo é frequentemente utilizado para representar
as relações entre kW, kvar e kVA, conforme a Figura abaixo.
O cossefímetro, cosímetro,
cosenofímetro ou cofímetro; é um
instrumento de medida elétrica
que pode ser analógico ou digital,
que é capaz de estimar o fator de
potência, de um circuito
alimentado por corrente alternada.
Informações Importantes – Fator de Potência
• Funções Trigonométricas
As funções trigonométricas são as funções relacionadas aos triângulos
retângulos, que possuem um ângulo de 90°. São elas: seno, cosseno e
tangente.
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
 sin 𝛼 = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
 cos 𝛼 =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
sin 𝛼 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
 tan 𝛼 = ∴ tan 𝛼 = 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 ∴ tan 𝛼 = 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
cos 𝛼
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
Informações Importantes – Fator de Potência
• Funções Trigonométricas
As funções trigonométricas são as funções relacionadas aos triângulos
retângulos, que possuem um ângulo de 90°. São elas: seno, cosseno e
tangente.
Informações Importantes – Fator de Potência
Exemplo: Um motor de 5hp com FP = 0, 6 e eficiência de 92% é conectado a
208V, 60Hz.
 Esboce o triângulo de potências para a carga;
 1ℎ𝑝 = 746𝑊 ∴ 5ℎ𝑝 = 3730𝑊 ∴ 𝑃𝑜 = 3730𝑊

 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜: 𝜂 = 92%

𝑃𝑜 3730
 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒: 𝑃𝑖 = 𝜂
∴ 𝑃𝑖 = 0,92
∴ 𝑃𝑖 = 4054,35𝑊

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = ∴ 0,6 = cos 𝛼 ∴ 𝛼 = 53,13°
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
Informações Importantes – Fator de Potência
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
 tan 53,13° = ∴ 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 = 1,333 × 4.054,35 ∴
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 = 5.405,78 𝐾𝑣𝑎𝑟

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 5.405,78


 sin 53,13° = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 ∴ 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = ∴
0,79

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 6.842,76 𝐾𝑉𝐴

5.405,78Kvar

4.054,35 KW
Informações Importantes – Fator de Potência

1. A correção do fator de potência é largamente aplicada nos


processos industriais em que há a presença de acionamento de
cargas indutivas. De acordo com as definições de Correção de
Fator de Potência, assinale a alternativa correta.
A. Com a correção do fator de potência, a potência real “P”
dissipada pela carga é alterada para 3 𝑃.
B. A potência reativa “Q” é a parcela da potência convertida
em movimento em um motor de indução assíncrono.
C. Não há defasagem entre a corrente e a tensão em cargas
indutivas puras.
D. Ao corrigir o fator de potência, aumenta-se a corrente e a
tensão consumidas pela carga alimentada.
E. Correção do Fator de Potência consiste no processo de
aumentar o fator de potência sem alterar a tensão ou
corrente para a carga inicial.
Informações Importantes – Fator de Potência

2. Em instalações elétricas industriais, para se conseguir obter um


fator de potência elevado com uma carga indutiva, é
necessário(a).
A. A operação da carga indutiva em baixa carga para melhorar o
fator de potência.
B. Escolher a potência de operação mais próxima da nominal.
C. Reduzir as perdas no sistema utilizando um nível de tensão
menor.
D. Fazer uma distribuição de circuitos de modo heterogêneo.
E. Instalação de capacitores que compensem a energia ativa e
reativa consumida pela carga.
Informações Importantes – Fator de Potência
3. Considere as afirmativas abaixo:
I. Capacitores absorvem potência reativa da instalação onde está
conectado.
II. Capacitores são utilizados para a correção do fator de potência.
III. Uma das formas de reduzir a intensidade da corrente
transportada até grandes centros de cargas predominantemente
indutivas, por exemplo, motores, é a utilização de banco de
capacitores instalados próximos dos referidos centros de carga.
IV. As energizações de bancos de capacitores instalados em grandes
centros de carga sempre provocam uma súbita redução de
tensão.
Pode-se concluir CORRETAMENTE que:
A. As afirmativas I, II e IV estão corretas.
B. As afirmativas II, III e IV estão erradas.
C. As afirmativas II e III estão corretas.
D. As afirmativas I, II e IV estão erradas.
E. As afirmativas I, II, III e IV estão erradas.
Informações Importantes – Fator de Potência

4. Sobre fator de potência, considere:


I. É um número adimensional com valor de 0 a 1.
II. É uma relação entre potência ativa e potência aparente.
III. Indica a porcentagem da potência total fornecida que é
efetivamente utilizada.
IV. Quanto mais próximo de zero for seu valor menor é o fluxo
de energia reativa, ou seja menor é a energia armazenada
devolvida à fonte.

Está correto o que consta APENAS em:

A. I, II e III.
B. II e III.
C. I e IV.
D. III e IV.
E. II.
Informações Importantes – Fator de Potência
5. São causas do baixo fator de potência em instalações elétricas de
baixa tensão, EXCETO.
A. Motores superdimensionados ou com pouca carga.
B. Instalação de ar condicionado.
C. Utilização de máquinas de solda.
D. Equipamentos eletrônicos.
E. Superdimensionamento de condutores.
Capacitância

Exemplos de Capacitores

Capacitância - é a propriedade que os capacitores têm de armazenar


cargas elétricas na forma de campo eletrostático, onde ela é medida
através do quociente entre a quantidade de carga (Q) e a diferença
de potencial (∆V) existente entre as placas do capacitor.
Capacitância

Após ler essa definição, você pode estar se perguntando: “Tá, mas
qual é a diferença entre um capacitor e uma pilha/bateria
convencional?”
De maneira idêntica, ambos armazenam energia elétrica. No
entanto, as baterias têm uma capacidade de armazenamento de
energia muito maior do que a dos capacitores, sendo ideais para
uso nos aparelhos elétricos de nosso cotidiano.
Em contrapartida, os capacitores possuem uma capacidade de
armazenamento bem menor. Entretanto, a velocidade de
carregamento/descarregamento nesses dispositivos é bem alta,
sendo essa a característica que os torna muito úteis em circuitos
eletrônicos.
Capacitância

Todo capacitor é formado por duas peças condutoras


denominadas armaduras, sendo uma delas o seu terminal
positivo e a outra o negativo. Essas peças podem ter diversos
formatos diferentes, sendo os mais comuns placas
paralelas e cilindros coaxiais.
Independentemente do formato, elas são sempre separadas por
um material dielétrico, ou seja, um isolante elétrico que impede a
transferência direta de cargas entre elas. Em questões de
vestibular, é muito comum que o material dielétrico no interior do
capacitor seja o próprio ar.
Observe as estruturas desses capacitores nas imagens do próximo
slide:
Capacitância

Estrutura de um capacitor de placas paralelas

Estrutura de um capacitor cilíndrico


Capacitância
Todavia, independentemente da forma de um capacitor, a sua
representação simbólica em um circuito é sempre a mesma: duas
linhas verticais e paralelas de mesmo comprimento.

Símbolo de um capacitor em circuitos


Processo de carregamento
Para carregar um capacitor, precisamos ligar os seus terminais aos
terminais de um gerador (como uma pilha ou bateria, por exemplo).
Assim que a conexão for feita, surgirá uma corrente elétrica, ou seja,
elétrons começam a fluir, deixando uma das placas positivamente
carregada (com escassez de elétrons) e a outra negativamente
carregada (com excesso de elétrons), como mostrado na figura
abaixo.

A energia elétrica é um bem de extrema importância


para nossas vidas cotidianas. Utilizamos ela nos mais
diversos aparelhos e equipamentos. Primordialmente, o
princípio básico da energia elétrica é simples: a diferença
de potencial elétrico entre dois pontos permite o
estabelecimento de uma corrente elétrica entre ambos.
Tipos de Correntes
Uma corrente elétrica é simplesmente o fluxo de elétrons através de
um condutor. Assim esse fluxo pode ocorrer de duas formas:
Na Corrente Contínua (DC), o fluxo de elétrons ocorre sempre no
mesmo sentido.

Corrente Contínua
Tipos de Correntes
Esse é o caso, por exemplo, de circuitos abastecidos por pilhas e
baterias.
Na Corrente Alternada (AC), o fluxo de elétrons alterna de sentido,
fazendo um movimento de “vai e vem”.

Corrente Alternada

É esse tipo de corrente que abastece as nossas casas. A frequência da


corrente que recebemos da companhia elétrica vale 60 Hz, ou seja,
essa corrente completa 60 ciclos por segundo!
Processo de carregamento
Inegavelmente, como existe uma
separação de cargas, irá surgir uma
diferença de potencial entre as
armaduras do dispositivo. Quando
essa diferencia de potencial (U) se
igualar à força eletromotriz (ε) cedida
pelo gerador utilizado, o capacitor
estará completamente carregado.

Depois de carregado, cada uma das


armaduras possuirá uma carga
total Q, uma com sinal positivo e a
outra com sinal negativo.
Obviamente, como as cargas não
podem fluir através do material
dielétrico, elas ficarão ali
armazenadas até que o capacitor seja
utilizado ou descarregado.
Processo de carregamento de um capacitor
Capacitância
É importante notar que dois capacitores diferentes, mesmo quando
ligados a um mesmo gerador, podem acumular uma quantidade de
carga Q diferentes entre si.
Nesse sentido, dizemos que um capacitor que consegue acumular
mais cargas (para uma mesma diferença de potencial), possui uma
maior capacitância (C). Essa grandeza pode ser calculada da seguinte
forma:
𝑸
𝑪=
𝑼
em que Q é o valor da carga total armazenada em cada uma das
armaduras quando o capacitor está totalmente carregado e U é a
diferença de potencial existente entre elas.
Sendo assim, a unidade de capacitância no S.I. é coulomb por volt
(C/V), ao qual damos um nome especial: farad (F).
Capacitância
No caso exclusivo dos capacitores de placas paralelas (que são os mais
cobrados nos vestibulares), a capacitância também pode ser calculada
de forma simples a partir das características físicas do dispositivo:

𝜺𝑨
𝑪=
𝒅

Note que, quanto maior é a área


superficial A das placas, maior é a
capacitância e, quanto maior é a
distância d entre elas, menor é a
capacitância.
Capacitância
Porém, note que a capacitância também depende de uma variável ϵ,
que chamamos de constante dielétrica, ou seja, ela depende do tipo
de material introduzido entre as placas. Na tabela abaixo, você pode
conferir valores de constante dielétrica para diferentes meios:
Energia armazenada em capacitores
Graças à separação de cargas em um capacitor, um campo elétrico E é
formado entre as suas armaduras e é ali que a energia fica
armazenada. Sendo assim, costumamos dizer que a energia de um
capacitor é uma energia potencial elétrica (Eₚ).

Sabendo disso, identificamos outra diferença entre capacitores e


pilhas/baterias: nelas, o armazenamento ocorre na forma de energia
química, que pode ser liberada através de reações de oxirredução.

Essa energia potencial elétrica, armazenada em um capacitor,


depende da quantidade total de carga Q presente nas armaduras e da
diferença de potencial U que existe entre elas. Sendo assim,
matematicamente, podemos calculá-la a partir da seguinte fórmula:
𝑸𝑼
𝑬𝒑 =
𝟐
Energia armazenada em capacitores
No entanto, muitas vezes você não terá os valores de Q ou de U.
Nesses casos, isole a variável que você não tem na fórmula da
𝑸
capacitância 𝑪 = e substitua-a a expressão encontrada na fórmula
𝑼
acima. Dessa maneira, chegamos a duas outras fórmulas para calcular
a energia elétrica armazenada em um capacitor:
Campo Elétrico de um Capacitor
Por fim, o campo elétrico gerado no interior de um capacitor de
placas paralelas é um campo elétrico uniforme, como mostrado na
figura abaixo.

Campo elétrico uniforme

Dessa forma, ele pode ser calculado a partir da seguinte fórmula:

𝑼
𝑬=
𝒅
Campo Elétrico de um Capacitor
Ou seja, quanto maior é a diferença de potencial U aplicada entre as
armaduras, mais intenso é o campo elétrico do capacitor e, quanto
maior é a distância existente entre elas, menos intenso é esse campo.

É importante notar, entretanto, que caso o campo elétrico seja muito


intenso, o material dielétrico pode acabar sendo ionizado, tornando-o
um condutor elétrico e danificando permanentemente o capacitor e,
possivelmente, todo o circuito.

A tensão U máxima que pode ser aplicada sem comprometer o


material dielétrico é chamada de tensão de ruptura do capacitor.
Campo Elétrico
Primeiramente, você já deve estar familiarizado(a) com cargas elétricas,
certo? Sabemos que cargas de mesmo sinal se repelem e que cargas de
sinais opostos se atraem. Podemos descrever matematicamente essas
interações através da Lei de Coulomb, que nos diz como atua a força
elétrica entre cargas.

A força elétrica é um tipo de força que atua à distância. Se lembra da força


gravitacional? Ela é exercida entre dois corpos massivos, mesmo que esses
não estejam em contato direto. Essa interação pode ser explicada pela
presença de um campo gravitacional. Todo corpo massivo possui um campo
gravitacional ao seu redor.

A ideia de campo elétrico é muito parecida com a de campo gravitacional.


Toda carga elétrica (seja qual for o seu sinal) influencia o espaço à sua volta.
É como se cada carga, simplesmente por existir, possuísse uma “aura” ao seu
redor. Essa “aura” é o que chamamos de campo elétrico.
Por isso, ao aproximarmos uma carga de outra, estamos inserindo uma carga
no campo elétrico da outra, o que faz com que elas interajam.
Que tipo de grandeza é um campo elétrico?
O campo elétrico é uma grandeza vetorial, ou seja,
possui módulo, direção e sentido. Cada ponto de um campo elétrico tem
sua representação vetorial, que indica o vetor campo elétrico nesse mesmo
ponto.
Por ser um vetor, precisamos ilustrar todos os três parâmetros do campo
elétrico. Para isso, costumamos utilizar linhas de campo, que são linhas
imaginárias responsáveis por indicar, ponto a ponto, o módulo e a orientação
desse vetor.
O vetor campo elétrico é sempre tangente à linha de campo em cada ponto
e aponta no mesmo sentido delas. Por convenção, as linhas apontam “para
dentro” de cargas negativas e “para fora” de cargas positivas:

Representação das linhas de campo em uma carga negativa


(à esquerda) e em uma carga positiva (à direita).
Que tipo de grandeza é um campo elétrico?
Através das linhas de campo, podemos verificar onde o campo
elétrico é mais intenso: onde há uma maior densidade de linhas, ou
seja, onde as linhas de campo estão mais próximas umas das outras.
De acordo com isso, podemos também definir um campo elétrico
uniforme: esse tipo de campo possui mesmo módulo e mesma
orientação em cada região do espaço.
Veja que, na imagem abaixo, as linhas de campo saem de uma placa
(positivamente carregada) e entram em outra placa (negativamente
carregada). Essas linhas estão igualmente espaçadas e têm o mesmo
tamanho, o que caracteriza um campo elétrico uniforme.

Campo elétrico uniforme entre duas placas.


Como calcular o módulo de um campo elétrico?
Podemos calcular o módulo de um campo elétrico (E) de duas formas,
que são equivalentes:

em que:
• k é a constante eletrostática (aquela mesma da Lei de Coulomb);
• Q é o módulo da carga geradora do campo elétrico;
• d é a distância entre a carga geradora e o ponto onde estamos
calculando o campo.
A outra forma de calcular o módulo do campo em um ponto de sua
região consiste em adicionar uma outra carga (q) sobre esse ponto:

em que F é o módulo da força elétrica entre Q e q.


Potencial elétrico
Toda carga elétrica localizada no interior de um campo elétrico possui
uma energia potencial elétrica (Ep) associada à sua posição dentro desse
campo.
Se considerarmos algum ponto dentro de um campo elétrico, podemos
calcular a quantidade de energia que um coulomb de carga pode armazenar
nesse ponto.
Dessa forma, temos outra grandeza física: o potencial elétrico (V), que pode
ser calculado da seguinte forma:

Também podemos calcular o potencial elétrico através da carga geradora (Q)


e de sua distância (d) até o ponto onde estamos calculando o potencial:
Diferença de Potencial
Logo após termos definido potencial elétrico, podemos falar
de diferença de potencial (ddp). Também chamada de tensão, ou
ainda, informalmente, de voltagem, essa grandeza corresponde à
diferença dos potenciais elétricos entre dois pontos.

Sem dúvida, a ddp é uma das grandezas mais importantes nos


estudos de eletricidade. Afinal, é a existência de uma diferença de
potencial que proporciona um fluxo ordenado de cargas, a
famosa corrente elétrica, que é muito utilizada em eletrodinâmica.
A ddp também possui sua grandeza no SI: o volt (V).

Diferenças de potenciais são responsáveis por diversos fenômenos,


como os raios: quando há uma grande diferença de potencial entre as
nuvens e a superfície da Terra, podem ocorrer descargas elétricas.
Diferença de Potencial

Raios são gerados por uma enorme diferença de potencial.


Diferença de Potencial
• Os relâmpagos são descargas elétricas que ocorrem dentro de uma
nuvem, entre duas nuvens, entre uma nuvem e a atmosfera, ou entre
uma nuvem ou entre o solo (os chamados raios, que representam
tipicamente 20% das descargas).

• Os relâmpagos podem ser verticais e, normalmente predominam na


parte da frente de uma trovoada (tempestade) e os horizontais na parte
de trás. Eles estão sempre presentes em qualquer trovoada, aquecem
localmente o ar e as temperaturas podem chegar aos 30000ºC. Esse
aquecimento causa a expansão explosiva do ar ao longo da descarga
elétrica, resultando numa violenta onda de pressão, composta de
compressão e rarefacção, que os nossos ouvidos ouvem como um trovão.
Uma trovoada típica produz três ou quatro descargas por minuto.
Diferença de Potencial
Se ligarmos um corpo condutor eletrizado negativamente à Terra, haverá
escoamento de elétrons deste para ela , até que a sua carga elétrica se
anule.

A explicação é simples: o corpo eletrizado negativamente tem potencial


negativo em relação à Terra. Devido à ddp, elétrons fluirão pelo fio terra, no
sentido do menor para o maior potencial. Quando o condutor se neutralizar,
o seu potencial se igualará ao da Terra.
Diferença de Potencial
Por outro lado, se ligarmos à Terra um corpo eletrizado positivamente,
haverá subida de elétrons desta para ele, até que se neutralize o corpo.

As ligações à Terra são muito usadas para proteger o homem contra o perigo
de um choque elétrico ou mesmo uma descarga elétrica Por exemplo: um
para-raios é sempre aterrado, assim como um chuveiro elétrico, uma
torneira elétrica, uma máquina de lavar roupas. Toda vez que ligamos à Terra
uma armadura metálica garantimos que o seu potencial elétrico se anula.
Diferença de Potencial
Experiências realizadas com naves e balões mostram que as nuvens de
tempestades (responsáveis pelos raios) apresentam, geralmente, cargas
elétricas positivas na parte superior e negativas na inferior.
Diferença de Potencial
Superfícies equipotenciais
Agora que sabemos o que é potencial elétrico (assim como uma diferença de
potencial), podemos falar de superfícies equipotenciais.

Essas superfícies imaginárias são assim denominadas porque todos os


pontos que as constituem apresentam o mesmo potencial elétrico. Dessa
forma, dois pontos quaisquer que estejam em uma superfície equipotencial
não têm uma diferença de potencial entre eles.

Se considerarmos, por exemplo, uma carga pontual, suas superfícies


equipotenciais são cascas esféricas cuja origem é a própria carga. Isso é
representado (de forma 2D) na figura abaixo:
É importante ressaltar que as linhas de campo
As circunferências são sempre normais (ou seja, formam 90º) às
pontilhadas superfícies equipotenciais. Além disso, o
potencial elétrico decresce no sentido das
representam uma visão
linhas de campo. Isso significa, por exemplo,
bidimensional de que se seguirmos no sentido “para fora” da
superfícies imagem acima, estamos seguindo o sentido das
equipotenciais. linhas de campo e, portanto, o potencial
elétrico está diminuindo.
Atividade de reforço de conteúdo
Atividade de reforço de conteúdo
1. Um capacitor acumula entre as suas placas uma quantidade de
carga igual a 10 nC quando submetido a uma diferença de
potencial de 10 V. Assinale a alternativa que apresenta
corretamente a capacitância desse capacitor.

A. 1 nF. A capacitância, ou capacidade, de um capacitor pode


B. 10 nF. ser calculada pela equação a seguir:
C. 1 pF.
D. 100 nF. 𝑄 10 × 10−9 𝐶
E. 10 µF. 𝐶= ∴𝐶= ∴ 𝐶 = 1𝑛𝐹
𝑈 10 𝑉

Q é a quantidade de carga (10 nC = 10.10-9C) armazenada


entre os terminais do capacitor e U (10 V) é a diferença de
potencial aplicada entre as placas desse capacitor.
Atividade de reforço de conteúdo
2. A energia potencial armazenada entre as placas paralelas de um
capacitor, cuja capacitância é de 10 μF, quando submetido a uma
diferença de potencial de 1 mV, é equivalente a:
Para calcular a energia potencial armazenada nas placas dos
A. 10 nJ. capacitores, podemos usar a equação a seguir:
B. 5 pJ. 𝐶𝑈 2
𝐸𝑝𝑜𝑡 =
C. 10 µJ. 2
De acordo com os dados informados pelo enunciado do
D. 10 mJ. exercício, a capacitância do dispositivo é de 10 μF (10.10-6 F), e a
E. 1 µJ. diferença de potencial entre suas placas é de 1 mV (1.10-3 V).
Dessa forma, temos que:
10 × 10−6 × [(1 × 10−3 )]2
𝐸𝑝𝑜𝑡. = ∴
2

(10 × 10−6 ) × (1 × 10−6 ) 10 × 10−12


𝐸𝑝𝑜𝑡. = ∴ 𝐸𝑝𝑜𝑡. ∴
2 2

𝐸𝑝𝑜𝑡. = 5𝑝𝐽
Atividade de reforço de conteúdo
3. Um capacitor tem uma capacitância de 8,0 × 10-11 F. Se o
potencial elétrico entre suas placas for 12 V, o número de elétrons
em excesso na sua placa negativa é: (considere a carga de um
elétron como e = 1,6 x 10-19 C).
A capacitância de um capacitor é dada pela equação a
A. 9,6 × 1014 . seguir:
𝑄
B. 8,0 × 1020 . 𝐶=
𝑈
C. 6,0 × 109 .
Além disso, a quantidade de cargas (Q) armazenada no
D. 5,0 × 108 . capacitor é um múltiplo inteiro da carga fundamental
E. 11 × 107 . do elétron, de acordo com a quantização da carga
elétrica:

𝑄 = 𝑛. 𝑒

Dessa forma, após anotarmos os dados fornecidos pelo


exercício, calcularemos o valor de n (o número de
elétrons armazenados no capacitor):
Atividade de reforço de conteúdo
3. Um capacitor tem uma capacitância de 8,0 × 10-11 F. Se o
potencial elétrico entre suas placas for 12 V, o número de elétrons
em excesso na sua placa negativa é: (considere a carga de um
elétron como e = 1,6 x 10-19 C).

A. 9,6 × 1014 . 𝑛. 𝑒 𝐶. 𝑈 (8 × 10−11 ) × 12


𝐶= ∴𝑛= ∴𝑛= ∴
B. 8,0 × 1020 . 𝑈 𝑒 1,6 × 10−19
C. 6,0 × 109 .
96 × 10−11
D. 5,0 × 108 . 𝑛= −19
∴ 𝑛 = 60 × 108 𝑜𝑢 6 × 109
1,6 × 10
E. 11 × 107 .
Atividade de reforço de conteúdo
4. A diferença de potencial pode ser entendida como:

A. Uma grandeza vetorial, medida em Volts por metro,


responsável pela movimentação das cargas.
B. Uma grandeza escalar, medida em Volts, responsável pela
movimentação das cargas.
C. Uma grandeza escalar, medida em Coulomb, responsável pela
eletrização dos corpos.
D. Uma grandeza escalar, medida em Joules, responsável pela
eletrização dos corpos.
E. Uma grandeza escalar, medida em Watts, responsável pelo
efeito Joule dos corpos.

O potencial elétrico é uma grandeza elétrica escalar dada em Volts. Quando há


uma diferença no módulo do potencial elétrico entre dois pontos do espaço, dizemos
que há uma diferença de potencial entre esses pontos. A diferença de potencial, por
sua vez, é responsável pela movimentação dos portadores de carga.
Atividade de reforço de conteúdo
5. A 1ª Lei de Ohm relaciona a diferença de potencial elétrico com a
resistência elétrica e a corrente elétrica. Indique entre as
alternativas abaixo aquela que apresenta a correta equação dessa
lei: A 1ª Lei de Ohm nos diz que todo resistor ôhmico
A. U = R.i² apresenta resistência elétrica constante, isto é, ao
B. U = R.i aumentarmos a diferença de potencial elétrico sobre um
resistor, a corrente elétrica formada nele deve aumentar
C. U = R/i na mesma medida. Assim, ela pode ser definida por meio
D. R = U.i da seguinte equação:
E. i = R/U 𝑈
𝑅=
𝑖

Portanto, usando a propriedade fundamental das


proporções (se fizermos a multiplicação cruzada dos
termos dessa equação), teremos:

𝑈 = 𝑅. 𝑖
Atividade de reforço de conteúdo
6. Existe uma relação estabelecida entre potencial elétrico e
potência elétrica. Indique qual das alternativas abaixo apresenta
corretamente essa relação:
A. P = U.R²
A equação que relaciona a potência elétrica (P) ao
B. P = U.i potencial elétrico (U) é dada pelo produto do
C. P = U.i² potencial elétrico (U) pela corrente elétrica (i):
D. P = U/R²
𝑃 = 𝑈. 𝑖
E. P = U²/i
Atividade de reforço de conteúdo
7. As unidades do SI, utilizadas para definir as grandezas de
potencial elétrico e potência elétrica, são dadas respectivamente
por:
A. Watt e Coulomb.
B. Volts e Amperes.
C. Watt e Volt.
D. Volt e Watt.
E. Ohm e Ampere.

No Sistema Internacional de Unidades, o potencial elétrico é medido


em Volts, enquanto a potência elétrica é dada em Watts.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas
As máquinas síncronas são subdivididas em dois grandes grupos diferenciados
pela construção do seu rotor, dito de polos salientes ou de polos lisos (também
denominado rotor cilíndrico). O campo de aplicação e suas principais
características são dados a seguir:
A. Máquina síncrona de polos salientes
Utilizada principalmente na geração hidráulica de grande potência, pode
atingir até 800 MW por unidade. Esses geradores são construídos com
elevado número de polos (de 40 a 100), e operam em baixas rotações (180
a 72 RPM), compatíveis com as turbinas hidráulicas, sendo por esse motivo
denominados hidrogeradores.

B. Máquina síncrona de polos lisos


Utilizadas principalmente na geração térmica de grande potência, atingem
mais de 1500 MW por unidade. Construídos tipicamente com 4 ou 2 polos,
esses geradores operam em velocidades elevadas, até 3600 RPM,
compatíveis com grandes turbinas a vapor ou a gás, sendo denominados
por esse motivo de turbogeradores.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas
• Máquinas de alta velocidade (Polos lisos), geralmente um par de
polos.

• Máquinas de baixa velocidade (Polos salientes), apresenta diversos


pares de polos.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas
Nas instalações de pequeno porte, é comum a construção do gerador
com o eixo horizontal. A Figura 5.15 ilustra um exemplo típico de
aproveitamento hidráulico de pequeno porte (PCH), com máquina de
polos salientes de eixo horizontal.

Figura 5.15 Instalação típica de pequena central hidrelétrica (PCH), 2500 kVA, 900
RPM. (Cortesia de Equacional Elétrica e Mecânica Ltda.)
Aspectos construtivos das máquinas síncronas
A Figura 5.16 mostra um exemplo característico de geração térmica com
turbina a vapor de grande porte.

Figura 5.16 Instalação típica de aproveitamento termelétrico com turbina a vapor.


Aspectos construtivos das máquinas síncronas
A máquina síncrona é constituída basicamente de estator e rotor,
caracterizando sua parte ativa. Todos os demais elementos são
estruturais ou auxiliares. O estator da máquina síncrona tem o mesmo
conceito construtivo, independentemente do tipo de rotor.

Figura 5.17 Construção do estator da máquina síncrona.

O estator, representado esquematicamente na Figura 5.17, é a parte


da máquina em que a energia elétrica será produzida e fornecida para
as cargas ou para a rede.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas
O estator é formado por um núcleo construído com material
ferromagnético de simetria cilíndrica, composto de lâminas de aço
silicioso de pequena espessura, isoladas umas das outras e prensadas
axialmente, formando um conjunto compacto. A construção laminada
tem como objetivo limitar as perdas no ferro, pois o campo magnético
estabelecido no núcleo do estator é variável no tempo.
Na superfície interna do cilindro do núcleo estão executadas ranhuras onde
serão alojadas as bobinas do estator, distribuídas ao longo de toda a
circunferência. Essas bobinas, fabricadas com condutores de cobre isolados
entre si e contra a estrutura aterrada, constituirão o enrolamento do
estator, também chamado de enrolamento induzido ou de armadura, e são
os elementos onde a tensão será gerada a partir da interação com um
campo magnético móvel no entreferro.15 Os enrolamentos são agrupados
em conjuntos, formando um sistema trifásico, com tensões nominais na
classe de média tensão, entre 6,6 e 24 kV. A superfície externa do estator é
consolidada à estrutura mecânica de suporte da máquina.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas

Figura 5.18 Construção do rotor de polos salientes. Núcleo com os polos em peça única.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas
O rotor da máquina síncrona na construção de polos salientes é
mostrado de forma esquemática na Figura 5.18. A função do rotor é
produzir o campo magnético no entreferro, chamado, portanto, de
indutor da máquina.
Quando o número de polos é reduzido, (4 ou 6), usualmente a
construção do núcleo é feita em peça única, obtida por estampagem de
lâminas de elevada espessura ou, nos casos de maior porte, por
usinagem completa de um cilindro forjado em aço.

Figura 5.18 Construção do rotor de polos salientes. Núcleo com os polos em peça única.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas

Figura 5.19 Construção do rotor de polos salientes, com peças polares


independentes engastadas.
Aspectos construtivos das máquinas síncronas

Figura 5.20 Construção do rotor de polos lisos. Núcleo em peça única.


Aspectos construtivos das máquinas síncronas

A Figura 5.21 mostra exemplos construtivos de máquinas síncronas.

Figura 5.21 Construção de máquinas síncronas de médio porte. Esquerda: hidrogeradores de polos
salientes. Direita: rotor de gerador de polos lisos. (Cortesia de Equacional Elétrica e Mecânica Ltda.)
Funcionamento das máquinas síncronas

O princípio de funcionamento das máquinas síncronas é o mesmo,


qualquer que seja o seu tipo construtivo. Tanto no rotor de polos
salientes como no de polos lisos, a sua função como indutor é produzir
o campo magnético no entreferro da máquina. A corrente de excitação
aplicada às bobinas de campo impõe uma força magnetomotriz sobre a
relutância do circuito magnético, dando origem ao fluxo por polo que
se distribui ao longo da periferia do entreferro. A Figura 5.22 ilustra
como fica estabelecido o campo em uma máquina de polos salientes.
Funcionamento das máquinas síncronas

Figura 5.22 Distribuição de campo magnético no entreferro da máquina síncrona de polos salientes.
Funcionamento das máquinas síncronas

Figura 5.23 Distribuição de campo magnético no entreferro da máquina síncrona de polos lisos.
Construção e funcionamento de máquinas assíncronas
As máquinas assíncronas ou máquinas de indução constituem o maior
parque de máquinas elétricas instaladas em nível mundial. Operando
principalmente no modo motor, representam mais de 90 % de todos os
motores elétricos aplicados em acionamentos industriais, em qualquer
segmento. Se consideradas as aplicações comerciais e residenciais, nas
quais se incluem os motores de indução monofásicos de potência
fracionária, essa participação aumenta ainda mais. As máquinas de
indução podem operar também no modo gerador, embora a utilização
nesse modo seja incipiente, restrita a pequenos aproveitamentos
hidráulicos ou eólicos.

A máquina assíncrona é, dentre todas, a de construção mais simples,


em especial a variante com rotor em curto-circuito. A maior
simplicidade construtiva aumenta a robustez e a confiabilidade da
máquina, reduzindo custos operacionais com manutenções e paradas.
Construção e funcionamento de máquinas assíncronas

No entanto, o motor de indução, em particular com rotor em curto-


circuito, apresenta algumas dificuldades inerentes quando
alimentado de forma direta a partir de linhas trifásicas. Nessa forma
de utilização, apresenta velocidade de rotação essencialmente
constante, além de ter sérias dificuldades de partida, como baixo
torque e elevada corrente de arranque, causando forte impacto na
rede elétrica durante a aceleração. Apesar disso, como sua
característica se adapta muito bem à grande maioria das cargas
mecânicas, que em geral não exigem variação de velocidade e ainda
têm pequena incidência de partidas, o motor de indução tem
aplicação garantida. Atualmente, com o advento dos conversores de
frequência estáticos, baseados em eletrônica de potência e de
controle, torna-se possível operar os motores de indução em
velocidade variável, sem o impacto das partidas na rede, ampliando
ainda mais a sua aplicabilidade.
Aspectos construtivos das máquinas assíncronas

A máquina assíncrona trifásica tem, como toda máquina elétrica, dois


componentes básicos que compõem sua parte ativa, o estator e o rotor.
O primeiro, constituído de um núcleo de material ferromagnético de
simetria cilíndrica, é muito similar ao estator da máquina síncrona, já
descrito e mostrado na Figura 5.17 do slide 96. Seu enrolamento será
alimentado pela rede trifásica, cuja função será criar um campo
magnético rotativo que promova a interação com o rotor. O
enrolamento do estator da máquina assíncrona é o único que recebe
alimentação da rede.
Aspectos construtivos das máquinas assíncronas

O rotor da máquina assíncrona possui duas variantes construtivas,


adotadas de acordo com as características desejadas do motor para
cada aplicação – o rotor de anéis e o rotor em gaiola, mostrados
na Figura 5.45.

Figura 5.45 Variantes de rotor da máquina assíncrona. Esquerda: rotor bobinado ou de anéis. Direita: rotor em curto-circuito ou em
gaiola.
Aspectos construtivos das máquinas assíncronas

Figura 5.45 Variantes de rotor da máquina assíncrona. Esquerda: rotor bobinado ou de anéis. Direita: rotor
em curto-circuito ou em gaiola.

O rotor bobinado, ou de anéis, tem um núcleo cilíndrico de material


ferromagnético com ranhuras na periferia, onde são alojadas bobinas formando
um enrolamento trifásico convencional, similar ao do estator. Os terminais do
enrolamento rotórico são conectados a um conjunto de três anéis rotativos,
solidários ao eixo, que fazem contato com escovas estacionárias fixadas à estrutura
do motor. O acesso ao enrolamento através dos contatos deslizantes permite a
conexão de elementos externos de circuito, tipicamente resistores, que promovem
a variação de parâmetros do motor. Desse modo, torna-se possível a alteração de
suas características, conferindo maior versatilidade ao acionamento.
Aspectos construtivos das máquinas assíncronas

Figura 5.46 Exemplos de motores de indução. Esquerda acima: motores de anéis de grande porte (2200 CV, 1790
RPM). Esquerda abaixo: rotor bobinado com os anéis coletores. Direita acima: motor de gaiola de pequeno porte (65
CV, 880 RPM). Direita abaixo: rotor em gaiola de motor de médio porte (800 CV, 714 RPM). (Cortesia de Equacional
Elétrica e Mecânica Ltda.)
Aspectos construtivos das máquinas assíncronas
O rotor em curto-circuito, ou rotor em gaiola, difere do anterior pelo tipo particular de
enrolamento ali configurado, constituído de barras condutoras de cobre ou alumínio
alojadas nas ranhuras e conectadas, em cada extremidade do rotor, a anéis condutores
dos mesmos materiais. As barras são inseridas diretamente nas ranhuras do núcleo,
sem nenhum tipo de isolação, o que confere ao conjunto elevada robustez e
simplicidade. Nesse tipo de execução, não há qualquer acesso ao rotor, resultando em
uma máquina com parâmetros definidos na construção e características fixas, sem
possibilidade de ajuste. A Figura 5.46 ilustra alguns motores de indução típicos.
Funcionamento das máquinas assíncronas

O rotor das máquinas assíncronas não é conectado a nenhuma


fonte de alimentação, de modo que as tensões e correntes nele
presentes devem ser produzidas por indução a partir do estator.
Uma forma de promover o processo de indução nos condutores
rotóricos é por meio de um campo magnético estabelecido no
entreferro que se movimente relativamente ao rotor, usando a
interação eletromagnética de f.e.m. mocional dada pela Equação
5.17. Esse campo magnético em movimento será formado pelo
estator a partir de correntes de magnetização trifásicas
absorvidas da linha de alimentação.

𝐿
𝑑𝐸 = 𝑣 × 𝐵 . 𝑑𝐿 ⇒ 𝐸 = 𝑣 × 𝐵 . 𝑑𝐿 = 𝐵. 𝐿. 𝑣
0
Funcionamento das máquinas assíncronas

Figura 5.14 Estrutura típica das máquinas elétricas rotativas, com simetria cilíndrica.
Funcionamento das máquinas assíncronas
A. Formação do campo magnético girante ou rotativo no entreferro
A estrutura mais simples de uma máquina assíncrona é aquela que
forma no entreferro uma distribuição de campo com dois
polos magnéticos. Nesse caso, o enrolamento é composto no mínimo
por três bobinas equidistantes alojadas na periferia do estator, como
mostrado na Figura 5.47.

Figura 5.47 Esquerda: execução elementar do enrolamento trifásico de 2 polos. Direita: distribuição de campo
produzida exclusivamente pela fase A.
Funcionamento das máquinas assíncronas
A formação do campo girante no entreferro pode também ser vista de
forma qualitativa a partir da composição gráfica dos vetores de cada fase,
considerando suas direções e magnitudes, mostrada na Figura 5.48:

Figura 5.48 Formação do campo rotativo no entreferro. Acima: andamento no tempo das correntes de fase. Abaixo: vetores de
campo individuais e o resultante se deslocando ao longo do entreferro.
Funcionamento das máquinas assíncronas
De maneira geral, quando o enrolamento for configurado com um
número de polos 2p, o campo rotativo formado completará uma volta
após p ciclos das correntes trifásicas. Para uma frequência angular das
correntes igual a ω = 2π·f, a rotação síncrona será sempre ωs = ω/p, em
que p é o número de pares de polos. Com relação à alimentação do
estator com frequência f1 = 60 Hz, (ω = 377 rad/s) resultam as rotações:

Figura 5.49 Formação do campo rotativo no entreferro com número de polos maior que 2. Esquerda: configuração mínima de 2
polos. Direita: configuração de 4 polos.
Funcionamento das máquinas assíncronas
B. Interação do campo no entreferro com os condutores do rotor
O campo magnético rotativo no entreferro interage com qualquer
enrolamento presente nas imediações do entreferro, induzindo ali
tensões por efeito mocional. No estator, induz uma f.e.m. em cada fase
que equilibra a tensão imposta pela linha de alimentação, permitindo a
absorção das correntes trifásicas necessárias para a magnetização da
máquina e para a formação do próprio campo girante.

No rotor, o campo em movimento induz também tensões por efeito


mocional e, como seu circuito é sempre fechado, dará origem à
circulação de correntes pelo mesmo. A interação é similar tanto no
rotor de anéis como no de gaiola, sendo descrito aqui o efeito sobre
esse último por ser o tipo mais comum. A Figura 5.50 mostra o campo
em deslocamento sobre a gaiola, em vista planificada.
Funcionamento das máquinas assíncronas

Figura 5.50 Efeito do campo rotativo sobre as barras do rotor. Tensões induzidas por movimento.
Funcionamento das máquinas assíncronas
Na Figura 5.52 é mostrado o rotor em corte esquemático, com a ação
conjunta das correntes em cada barra submetidas a campo magnético,
compondo o torque total manifestado no rotor.

Figura 5.52 Torque desenvolvido no rotor. A distribuição das correntes e das forças sobre cada barra é rotativa na
mesma velocidade e direção do campo girante.
Funcionamento das máquinas assíncronas
C. Adequação das características do motor assíncrono

Métodos de partida As características naturais do motor de indução


apresentam algumas inconveniências já citadas anteriormente, em
particular na condição de partida. Soluções desenvolvidas para
melhorar esse desempenho compreendem o uso do motor assíncrono
de rotor bobinado ou anéis, ou os motores de gaiola com projetos
específicos do rotor visando à alteração das características de torque.

O motor de indução de anéis permite acesso ao enrolamento do rotor,


possibilitando a alteração de suas características. A inclusão de
resistores externos no circuito do rotor atenua os efeitos da
manifestação da reatância e a degradação da característica de torque.
Esses resistores são fracionados, sendo chaveados de acordo com o
escorregamento para que se obtenha a característica mais adequada.
Funcionamento das máquinas assíncronas
 Motor assíncrono de Indução - é um motor elétrico de corrente
trifásico, bifásica, ou monofásica, cujo rotor está excitado
pelo estator e a velocidade de rotação não é proporcional
à frequência da sua alimentação (a velocidade do rotor é menor que
a do campo girante, devido ao escorregamento). O rotor assíncrono
pode ser de dois tipos: gaiola de esquilo ou bobinado.

Gaiola de esquilo Bobinado


Funcionamento das máquinas assíncronas
D. Variação de velocidade dos motores de indução
O motor assíncrono apresenta, em regime normal de operação, uma
velocidade essencialmente constante, com pequenos escorregamentos
em relação à sua velocidade síncrona, definida pelo número de polos e
pela frequência de alimentação da rede. Estando conectado
diretamente à rede, não há como se promover variação de sua
velocidade, excetuando-se alguns poucos casos especiais onde se força
o motor a escorregar em uma faixa relativamente estreita, por redução
da tensão de alimentação ou por inserção de resistências permanentes
no rotor, quando o mesmo for de anéis. É um método dissipativo e
pouco controlável, no qual a variação da velocidade depende
fortemente do torque resistente no eixo.
Funcionamento das máquinas assíncronas

E. Máquina assíncrona operando no modo gerador


A máquina assíncrona pode operar no modo gerador se tiver seu eixo
acionado em velocidade superior à síncrona. Esse modo só é possível se
for injetada potência mecânica em seu eixo, através de uma turbina,
por exemplo. Como já discutido, a operação com a velocidade do rotor
superior à do campo rotativo provoca a inversão de fase das tensões e
correntes induzidas nos condutores rotóricos, invertendo o torque no
eixo, que se opõe ao aplicado pela turbina. Ao mesmo tempo, inverte-
se o fluxo de potência ativa no estator, que passa a ser injetada na rede
elétrica, através da conversão da potência mecânica introduzida no
eixo.
Funcionamento das máquinas assíncronas
Para essa operação, o campo magnético rotativo precisa estar presente
no entreferro, o que pressupõe a máquina conectada a uma linha já
energizada,48 fornecendo a potência reativa necessária para excitar o
circuito magnético. Desse modo, o gerador de indução só pode
fornecer potência ativa para a rede, sempre absorvendo os reativos da
mesma.

Uma vez ligada à rede e impulsionada acima da rotação síncrona, a


máquina de indução opera de forma similar ao modo motor, ajustando
o escorregamento para que o torque eletromagnético equilibre o
torque externo aplicado pela turbina.
Diferenças Entre motores Síncronos e Assíncronos
 O motor síncrono é uma máquina cuja velocidade do rotor e a
velocidade do campo magnético do estator é igual. O motor
assíncrono é uma máquina cujo rotor gira na velocidade menor que
a velocidade síncrona.

 O motor sem escovas, o motor de relutância variável, o motor de


relutância comutada e o motor de histerese são o motor síncrono.
Motor de indução AC é conhecido como o motor assíncrono.

 O motor síncrono não possui deslizamento. O valor do


escorregamento é zero. Motor assíncrono tem deslizamento,
portanto, o valor de deslizamento não é igual a zero.

 O motor síncrono requer uma fonte de energia CC adicional para


girar inicialmente o rotor próximo à velocidade síncrona. O motor
assíncrono não requer nenhuma fonte inicial adicional.
 O anel deslizante e as escovas são necessários no motor síncrono,
enquanto o motor assíncrono não requer o anel deslizante e as
escovas. Apenas o motor de indução do tipo bobina requer tanto o
anel deslizante quanto as escovas.

 O motor síncrono é caro em comparação com o motor assíncrono.

 A eficiência do motor síncrono é maior que o motor assíncrono.

 Ao alterar a excitação, o fator de potência do motor síncrono pode


ser ajustado de acordo como atraso, avanço ou unidade, enquanto o
motor assíncrono funciona somente com um fator de potência
atrasado.

 A corrente é dada ao rotor do motor síncrono. O rotor do motor


assíncrono não requer corrente.

 O motor síncrono não é auto iniciado, enquanto o Assíncrono é auto


iniciado.
 A velocidade do motor síncrono não depende da variação da carga.
É constante. A velocidade do motor assíncrono diminui com o
aumento da carga.

 A mudança na tensão aplicada não afeta o torque do motor


síncrono, enquanto afeta o torque do motor assíncrono.

 O motor síncrono opera suavemente e relativamente bom em baixa


velocidade que está abaixo de 300 rpm, enquanto que acima de 600
rpm de velocidade A operação do motor assíncrono é excelente. Os
motores assíncronos são usados ​em bombas centrífugas e
ventiladores, sopradores, moinhos de papel e têxteis, compressores
e elevadores e etc.

 As várias aplicações do motor síncrono são que ele é usado em


usinas de energia, indústrias, etc. Também é usado como
controlador de tensão.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Transdutores eletromecânicos

Na Conversão Eletromecânica de Energia são estudados os princípios e


processos de conversão de energia elétrica em mecânica e vice-versa, e
desenvolvem-se meios para se obterem modelos dos transdutores
eletromecânicos que podem fazer parte de sistemas eletromecânicos
mais complexos.
É denominação de dispositivos completos, naturais ou não, que convertem
um tipo de energia em outro, porém neste caso o sinal de saída do elemento
não é padronizado, sendo assim não tem unidades ou valores definidos.

São usados para transformar uma grandeza física (temperatura, pressão, etc)
em um sinal de tensão ou corrente que pode ser facilmente interpretado por
sistemas de controle.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos

• Microfones.
Transdutores
• Instrumentos de medição analógicos.
(sinais pequenos,
• Alto falantes.
condições lineares).
• Aplicações de materiais piezoeléctricos.

• Solenoides.
Dispositivos de
• Relés.
Produção de força
• Imãs.

Conversão
• Motores.
permanente de
• Geradores.
energia
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Transdutores eletromecânicos

A quantidade de exemplos de
conversores eletromecânicos,
com os quais o homem moderno
tem contato quase diário, é tão
grande que se torna difícil
enumerá-los. Lembrando os mais
comuns, citaremos os geradores
eletromecânicos, que hoje são
extensamente diversificados, os
eletroímãs, alto falantes,
microfones, etc.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Transdutores eletromecânicos

Transdutores ou conversores são dispositivos que tomam uma forma de


energia e a convertem em outra. Nos transdutores eletromecânicos as
duas formas de energia são, obviamente, elétrica e mecânica.

Os transdutores de corrente e
tensão são equipamentos projetados
para converter sinais de tensão e
corrente para que operem como um sinal
contínuo e isolado galvanicamente. Em
razão disso, esses instrumentos são
também chamados de isoladores
galvânicos ou conversores de sinal.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Transdutores eletromecânicos

De uma maneira geral um transdutor eletromecânico pode ser


considerado, resumidamente, como constituído de três partes: uma
elétrica, uma mecânica, e uma eletromecânica propriamente dita.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Transdutores eletromecânicos

De uma maneira geral um transdutor eletromecânico pode ser


considerado, resumidamente, como constituído de três partes: uma
elétrica, uma mecânica, e uma eletromecânica propriamente dita.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos

 As leis de Kirchhoff, conhecidas como lei das


malhas e leis dos nós, são, respectivamente,
leis de conservação da carga elétrica e
da energia nas malhas e nos nós dos circuitos
elétricos. Essas leis foram criadas pelo físico
alemão Gustav Robert Kirchhoff e são usadas
para analisar circuitos elétricos complexos,
que não podem ser simplificados.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Para aprendermos a usar as leis de Kirchoff, precisamos compreender
o que são os nós, ramos e malhas dos circuitos elétricos. Vamos
conferir uma definição simples e objetiva de cada um desses
conceitos:

• Nós: são onde há ramificações nos circuitos, ou seja, quando houver


mais de um caminho para a passagem da corrente elétrica.

• Ramos: são os trechos do circuito que se encontram entre dois nós


consecutivos.
Ao longo de um ramo, a corrente elétrica é sempre constante.

• Malhas: são caminhos fechados em que iniciamos em um nó e


voltamos ao mesmo nó. Em uma malha, a soma dos potenciais
elétricos é sempre igual a zero.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
Na figura seguinte mostramos um circuito que apresenta nós,
ramos e malhas, confira:
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 1ª lei de Kirchhoff: lei dos nós

De acordo com as leis de Kirchoff, a soma de todas as correntes


que chegam a um nó do circuito deve ser igual à soma de todas
as correntes que deixam esse mesmo nó. Essa lei é uma
consequência do princípio de conservação da carga elétrica.
Segundo ele, independentemente de qual seja o fenômeno, a
carga elétrica inicial será sempre igual à carga elétrica final do
processo.
Vale ressaltar que a corrente elétrica é uma grandeza escalar e,
portanto, não apresenta direção ou sentido. Dessa maneira,
quando somamos as intensidades das correntes elétricas, somente
levamos em conta se a corrente chega ou deixa o nó.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
Confira a figura a seguir, nela aplicamos a 1ª lei de Kirchhoff às
correntes elétricas que chegam e que deixam um nó:
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 2ª lei de Kirchhoff: lei das malhas

A segunda lei de Kirchhoff afirma que a soma dos potenciais


elétricos ao longo de uma malha fechada deve ser igual a zero. Tal
lei decorre do princípio de conservação da energia, que implica
que toda energia fornecida à malha de um circuito é consumida
pelos próprios elementos presentes nessa malha.

Formalmente, a 2ª lei de Kirchhoff é escrita como um somatório


de todos os potenciais elétricos:
A soma das N correntes que
chegam e que deixam um
𝑖𝑁 = 0
nó do circuito é igual a 0.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 2ª lei de Kirchhoff: lei das malhas
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
Os potenciais elétricos dos resistores da malha devem ser
calculados pelas resistências de cada um desses elementos,
multiplicadas pela corrente elétrica que os atravessa, em
consonância com a 1ª lei de Ohm:
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
Caso a malha percorrida contenha outros elementos, tais
como geradores ou receptores, precisamos saber identificá-los, uma
vez que os símbolos usados para representar geradores e receptores
são iguais. Para tanto, observamos o sentido da corrente elétrica que
percorre esses elementos, lembrando que, tanto para geradores
quanto para receptores, a barra comprida representa o potencial
positivo, enquanto a barra menor representa o potencial negativo:
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
• Os geradores sempre são percorridos por uma corrente elétrica
que entra pelo terminal negativo, de menor potencial, e sai pelo
terminal positivo, de maior potencial. Em outras palavras, ao
passar pelo gerador, a corrente elétrica sofre um aumento de
potencial ou ganha energia.

• Os receptores são atravessados por uma corrente elétrica que


entra pelo terminal positivo e sai pelo terminal negativo, de modo
que a corrente elétrica “perde” energia ao percorrê-los.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
Depois de aprendermos a identificar os geradores e os receptores
da malha, é preciso entender como é feita a convenção de
sinais da 2ª lei de Kirchhoff. Confira os passos:

 Escolha um sentido arbitrário para a corrente elétrica: caso


você não saiba o sentido em que a corrente elétrica percorre o
circuito, basta escolher um dos sentidos (horário ou anti-
horário). Se o sentido da corrente for diferente, você
simplesmente obterá uma corrente de sinal negativo, portanto,
não se preocupe tanto em acertar o sentido.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Escolha um sentido para a circulação da malha: assim como
fizemos para a corrente elétrica, faremos para o sentido em que
a malha é percorrida: escolha um sentido arbitrário para
percorrer cada malha.

 Some os potenciais elétricos: caso você percorra um resistor a


favor da corrente elétrica, o sinal do potencial elétrico será
positivo, caso o resistor percorrido seja atravessado por uma
corrente elétrica de sentido contrário, utilize o sinal negativo.
Quando passar por um gerador ou receptor, observe qual dos
terminais você percorre primeiro: caso seja o terminal negativo,
o potencial elétrico deverá ser negativo, por exemplo.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Geradores elétricos
Nos circuitos elétricos, os elétrons se deslocam do polo negativo para o
polo positivo, já as cargas elétricas (corrente elétrica) se deslocam no
sentido contrário. Com intuito de garantir esse fluxo elétrico, no interior
dos geradores há uma movimentação no sentido oposto, de forma não
espontânea, com gasto de energia. Como há consumo de energia para
realização de trabalho para esse movimento, chamamos de força
eletromotriz (E) ou fem (ε) a tensão entre as placas do gerador.
Introdução ao Estudo da Conversão Eletromecânica de
Energia – Sistemas Eletromecânicos
 Receptores elétricos
Os receptores elétricos, como já citados anteriormente, são dispositivos
que transformam energia elétrica em algum outro tipo de energia como,
por exemplo, energia química, térmica ou mecânica. Analisando o
circuito elétrico, o movimento da corrente externa não é espontâneo, e
por esse motivo a tensão nos terminais do receptor é denominado
de força contra eletromotriz ou fcem (ε’). Diferentemente do circuito
elétrico externo, na parte interna dos receptores o movimento das
cargas é espontâneo, realizando, assim, trabalho positivo.
Exemplo das leis de Kirchhoff para circuitos elétricos
Vamos conferir uma aplicação das leis de Kirchoff. Na próxima
figura, mostraremos um circuito elétrico que contém três malhas,
A, B e C:

Agora mostraremos cada uma das malhas do circuito


separadamente.
Na figura seguinte, mostraremos como foi a escolha do sentido em
que as malhas são percorridas bem como do sentido arbitrado
para a corrente elétrica:

Além de ser usada para definir o sentido em que percorreremos as


malhas, a figura anterior define que a corrente elétrica que chega
ao nó A, iT, é igual à soma das correntes i1 e i2. Portanto, de acordo
com a 1ª lei de Kirchhoff, a corrente elétrica no nó A obedece a
seguinte relação:
Depois de obtermos a relação anterior, aplicaremos a 2ª lei de
Kirchoff às malhas A, B e C. Começando pela malha A e
percorrendo-a no sentido horário a partir do nó A, passamos por
um resistor de 8 Ω, percorrido por uma corrente i1 também
no sentido horário, portanto, o potencial elétrico nesse elemento é
simplesmente 8i1. Em seguida, encontramos o terminal negativo
de 24 V, que, desse modo, terá sinal negativo:

Depois de termos obtido a corrente elétrica i1, com base na


aplicação da 2ª lei de Kirchhoff na malha A, faremos o mesmo
processo na malha B, partindo do nó A, também no sentido
horário:
Com a primeira equação que obtivemos, por meio da 1ª lei de
Kirchhoff, podemos determinar a intensidade da corrente iT:

Perceba que para o circuito utilizado como exemplo não foi


necessário determinar a equação da malha externa C, entretanto
alguns circuitos um pouco mais complexos exigem que
determinemos as equações de todas as malhas e, geralmente, são
resolvidos por métodos de escalonamento, pela regra de
Cramer ou por outros métodos de solução de sistemas lineares.
Atividade de reforço de conteúdo
1. O desenho abaixo representa um circuito elétrico composto por
resistores ôhmicos, um gerador ideal e um receptor ideal.

Qual o valor da potência dissipada no resistor de 4Ω do circuito.

Resolução: Para encontrarmos a potência dissipada no resistor,


precisamos calcular a corrente elétrica que passa por ele. Para
isso, usaremos a 2ª lei de Kirchhoff, percorrendo o circuito no
sentido horário.
Atividade de reforço de conteúdo

−2
 3𝑖 − 6 + 4𝑖 + 3𝑖 + 8 = 0 ∴ 10𝑖 + 2 = 0 ∴ 10𝑖 = −2 ∴ 𝑖 = ∴ 𝑖 = −0,2 𝐴
10

O sinal que encontramos na resposta indica que o sentido da corrente


que adotamos é contrário ao sentido real da corrente, portanto, para
calcularmos a potência dissipada no resistor, basta utilizarmos a fórmula
da potência:
Atividade de reforço de conteúdo

𝑃 = 𝑅𝑖 2 ∴ 𝑃 = 4 × 0,22 ∴ 𝑃 = 0,16 𝑊
Atividade de reforço de conteúdo
2. De acordo com a figura, os valores das correntes elétricas i1, i2 e
i3 são, respectivamente, iguais a:

Resolução: Vamos resolver a malha da esquerda por meio da 2ª lei de


Kirchhoff, para tanto, percorreremos as malhas no sentido horário:
10
 −6 − 4 + 5𝑖1 = 0 ∴ −10 + 5𝑖1 = 0 ∴ 5𝑖1 = 10 ∴ 𝑖1 = ∴ 𝑖1 = 2 𝐴
5

Em seguida, aplicaremos a mesma lei à malha da direita, percorrendo-a


no mesmo sentido:
−12
 8 + 4 − 4𝑖2 = 0 ∴ 12 − 4𝑖2 = 0 ∴ −4𝑖2 = −12 ∴ 𝑖2 = ∴ 𝑖2 = 3 𝐴
4
Atividade de reforço de conteúdo
Por fim, observando o nó de onde imerge a corrente i3, é possível
perceber que nele chegam as correntes i1 e i2, portanto, de acordo com
a 1ª lei de Kirchhoff, podemos escrever que essas duas correntes
somadas equivalem à corrente i3:

𝑖3 = 𝑖1 + 𝑖2 ∴ 𝑖3 = 2 𝐴 + 3 𝐴 ∴ 𝑖3 = 5 𝐴
Regra de Cramer – Comentada no Slide 195
A regra de Cramer é uma das maneiras de resolver um sistema linear,
mas só poderá ser utilizada na resolução de sistemas que o número de
equações e o número de incógnitas forem iguais.
𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 8
2𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 3
3𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 2

Dado o sistema linear, para resolvê-lo podemos utilizar a regra de


Cramer, pois o sistema linear possui 3 equações e 3 incógnita, ou seja, o
número de incógnitas é igual ao número de equações.

Devemos encontrar a matriz incompleta desse sistema linear que será


chamada de A.
1 2 1
A = 2 −1 1
3 1 −1
Sistemas Lineares – Comentada no Slide 195
Resolver sistemas lineares é uma tarefa bastante recorrente para
estudos nas áreas das ciências da natureza e da matemática. A busca por
valores desconhecidos fez com que fossem desenvolvidos métodos de
resolução de sistemas lineares, como o método da adição, igualdade e
substituição para sistemas que possuem duas equações e duas
incógnitas, e a regra de Cramer e o escalonamento, que resolvem
sistemas lineares de duas equações, mas que são mais convenientes
para sistemas com mais equações. Um sistema linear é um conjunto de
duas ou mais equações com uma ou mais incógnitas.
𝑥 + 2𝑦 = 5 𝑖𝑟𝑒𝑖 𝑐ℎ𝑎𝑚𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼
Exemplo:
3𝑥 − 5𝑦 = 4 𝑖𝑟𝑒𝑖 𝑐ℎ𝑎𝑚𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼𝐼

𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼 𝑛𝑎 𝑏𝑢𝑠𝑐𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑐ó𝑔𝑛𝑖𝑡𝑎𝑠, 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠


𝑞𝑢𝑒: 𝑥 + 2𝑦 = 5 ∴
𝑥 = −2𝑦 + 5 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝐼𝐼, 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: 3 −2𝑦 + 5 − 5𝑦 = 4

∴ −6y + 15 − 5𝑦 = 4 ∴ −11𝑦 = −11 ∴ 𝑦 = 1


Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
Enuncia que quando houver variação do fluxo magnético através de
um circuito, surgirá nele uma força eletromotriz induzida.

Essa lei foi estabelecida por Michael Faraday, em 1831, a partir da


descoberta do fenômeno da indução eletromagnética. Para sua
concepção Faraday realizou inúmeros experimentos.

Sendo uma lei fundamental do eletromagnetismo, foi o ponto de


partida para o construção dos dínamos e sua aplicação na produção
de energia elétrica em larga escala.
Nas usinas de geração de energia elétrica, a energia mecânica produz
a variação do fluxo magnético. A partir dessa variação, surge no
gerador uma corrente induzida.
No próximo slide, iremos ver o esquema de uma usina hidrelétrica.
Este tipo de usina utiliza o movimento da água (energia mecânica)
para gerar a variação do fluxo magnético.
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética

Esquema de uma usina hidrelétrica


Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética

Faraday pegou um anel de ferro, e enrolou um fio de cobre independente


do outro em cada lado do anel. No fio de cobre que se encontrava em um
dos lados do anel foi ligado uma bateria, e no outro fio um galvanômetro.

Quando a bateria era ligada, ou desligada, o galvanômetro variava sua


direção, porém quando a corrente ficava constante, não havia
movimentação do galvanômetro.

Com isso ele descobriu a existência de um corrente elétrica induzida, e


constatou o mesmo para o movimento de um imã perto de um condutor.
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética

O transformador de tensão é um
dispositivo que funciona com base no
princípio da indução eletromagnética
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
A fórmula matemática que representa a lei de Faraday, como é utilizada
atualmente, foi concebida pelo físico Alemão Franz Ernst Neumann, é
indicada como:
∆∅
𝜖=−
∆𝑡

Onde:

 ε: Força eletromotriz induzida fem (V).


 Δø: Variação do fluxo magnético (Wb).
 Δt: Intervalo de tempo (s).

O sinal negativo da fórmula indica que o sentido da fem induzida é em


oposição a variação do fluxo magnético.
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
Fluxo magnético, por sua vez, diz respeito à quantidade de linhas de
campo magnético que atravessam uma área. Essa grandeza física,
medida em Wb (Weber ou T/m²), relaciona a intensidade
do campo magnético com a área e o ângulo entre as linhas de campo
magnético e a reta normal da área.

∅ = 𝐵𝐴 cos 𝜃

Onde:

𝑇
 Ø: Fluxo magnético (Wb ou ).
𝑚2
 B: Campo magnético (T –Tesla).
 A: Área (𝑚2 ).
 ϴ: Ângulo entre B e a normal da Área A.
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
Exemplo:

1. Uma espira está imersa em um campo magnético e a intensidade do


fluxo magnético que a atravessa é igual a 2. 10-6 Wb. Em um
intervalo de 5s a intensidade do campo magnético é reduzida a
zero. Determine o valor da fem induzida na espira nesse intervalo de
tempo.
∅𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − ∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 0 − 2 × 10−6
𝜀=− ∴𝜖=− ∴ 𝜀 = 4 × 10−7 𝑉
∆𝑡 5

𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑠𝑢𝑟𝑔𝑖𝑟á 𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑒𝑚 𝑑𝑒 4 × 10−7 𝑉


Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
Exemplo:
2. A Costa Rica, em 2015, chegou muito próximo de gerar 100% de sua
energia elétrica a partir de fontes renováveis, como a hídrica, a eólica e a
geotérmica. A lei da Física que permite a construção de geradores que
transformam outras formas de energia em energia elétrica é a Lei de
Faraday, que pode ser mais bem definida pela seguinte declaração:

A. Toda carga elétrica produz um campo elétrico com direção radial, cujo
sentido independe do sinal dessa carga.
B. Toda corrente elétrica, em um fio condutor, produz um campo
magnético com direção radial ao fio.
C. Uma carga elétrica, em repouso, imersa em um campo magnético
sofre uma força centrípeta.
D. A força eletromotriz induzida em uma espira é proporcional à taxa de
variação do fluxo magnético em relação ao tempo gasto para realizar
essa variação.
E. Toda onda eletromagnética torna-se onda mecânica quando passa de
um meio mais denso para um menos denso.
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
Exemplo:
3. Uma espira circular está imersa em um campo magnético criado por dois
ímãs, conforme a figura abaixo. Um dos ímãs pode deslizar livremente
sobre uma mesa, que não interfere no campo gerado. O gráfico da figura, a
seguir, representa o fluxo magnético através da espira em função do
tempo.

O intervalo de tempo em que aparece na espira uma corrente elétrica induzida


é de:
A. De 0 s a 1 s, somente.
B. De 0 s a 1 s e de 3 s a 4 s.
C. De 1 s a 3 s e de 4 s a 5 s.
D. De 1 s a 2 s e de 4 s a 5 s.
E. De 2 s a 3 s, somente.
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
4. Determine o fluxo magnético, em Wb, sobre uma espira quadrada com lado
de 20 cm sob influência de um campo magnético perpendicular à reta
normal ao plano dessa espira e de módulo 100 T.
A. O.
B. 5.
C. 5,5
D. 10.
E. 15.

5. Uma espira circular de raio 0,2 m está sob influência de um campo


magnético de módulo 5 T. Determine o fluxo magnético sobre a espira
considerando que o ângulo entre o vetor campo magnético e a reta normal
ao plano dessa espira seja de 60°.
A. O,1
B. 0,2
C. 0,3
D. 0,4
E. 0,6
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
6. De acordo com a lei de Faraday, a variação de um fluxo magnético através
de um condutor é capaz de produzir:
A. Resistência elétrica.
B. Uma força eletromotriz induzida.
C. Variação de temperatura.
D. Dilatação térmica.

7. Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta um


dispositivo cujo funcionamento baseia-se exclusivamente no fenômeno de
indução eletromagnética, descrito pela lei de Faraday.
A. Resistor.
B. Capacitor.
C. Transformador.
D. Transistor.
Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética
8. Durante o intervalo de tempo de 2,0 s, ocorre uma variação de fluxo
magnético de 5,0 Wb sob um condutor de resistência elétrica igual a 0,1 Ω.
A corrente elétrica que atravessa esse condutor é igual a:
A. 10,0 A.
B. 25,0 A.
C. 1,0 A.
D. 2,5 A.
A relação entre a força eletromotriz induzida na espira e a corrente elétrica
pode ser facilmente obtida utilizando a Primeira Lei de Ohm. A lembrar, ela
estabelece que em um circuito de resistência elétrica R e sujeito a uma
diferença de potencial, (ddp) ou ainda a uma força eletromotriz, observa-se o
aparecimento de uma corrente elétrica.

Fica fácil reescrever a Lei de Faraday de modo que ela possa ser aplicada a um
circuito elétrico real.

∆∅
𝜀 = 𝑅. 𝐼 ∴ = 𝑅. 𝐼
∆𝑡
Lei de Kirchhoff - DDP
1ª Situação
R 𝑈𝐴𝐵 = +𝑅. 𝐼
A B

+ 𝑖 - 𝑈𝐵𝐴 = −𝑅. 𝐼

2ª Situação
E
- + 𝑈𝐴𝐵 = −𝐸
A B

𝑈𝐵𝐴 = +𝐸
As Lei de Kirchhoff

1ª Lei – Lei dos Nós

2ª Lei – Lei dos Nós


𝑈𝐴𝐴 = 0. 𝐴 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝐷𝐷𝑃 𝑠𝑒𝑟á 𝑛𝑢𝑙𝑎 𝑠𝑒 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑐𝑜𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙.

20 V
A - + A
𝑖
−20 + 12 + 3. 𝑖 + 1. 𝑖 = 0 ∴
+

12 V
- −8 + 4𝑖 = 0 ∴ 4𝑖 = 8 ∴
𝑖
8
𝑖 = ∴𝑖 =2𝐴
3Ω 4

Se o valor da corrente for positivo. Isso


mostra que o sentido escolhido foi o
correto.
20 V 10 V
1. Determine:
2Ω 3Ω
A - + B + - C
A. 𝒊𝟑
𝑖1 = 5 𝐴 𝑖2 = 2 𝐴
𝑖3 =?

B. 𝑽𝑨 − 𝑽𝑪

C. 𝑽𝑫 − 𝑽𝑪
D
A. Através da Primeira Lei de Kirchhoff – Lei dos Nós: 𝑖3 = 5 + 2
∴ 𝑖3 = 7 𝐴

B. Ele quer o d.d.p entre 𝑉𝐴 𝑒 𝑉𝐶 . 𝑇𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: 2 × 5 − 20 + 10 − 3 × 2

𝑉𝐴 − 𝑉𝐶 = 10 − 10 − 6 ∴ 𝑉𝐴 − 𝑉𝐶 = −6 𝑉

C. Ele quer o d.d.p entre 𝑉𝐷 𝑒 𝑉𝐶 . 𝑇𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: − 8 × 7 + 10 − 3 × 2

𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 = −56 + 10 − 6 ∴ 𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 = −52 𝑉
2. Utilize a Lei dos Nós para encontrar as intensidades das correntes
𝑖1 𝑎 𝑖4 .
2A

𝑖2 =? 7A 𝑖4 =?

3A 𝑖3 =? 4A

𝑖1
3. Utilize a Lei das Malhas para determinar as tensões 𝑉1 𝑒 𝑉2 .
+ 1V - + 2V -
A B

+ + +

𝑉1 =? 𝛼 5V
𝛽 𝑉2 =?

- - -

 Malha α: 1 𝑉 + 5 𝑉 − 𝑉1 = 0 ∴ 𝑉1 = 6 𝑉

 Malha β: 𝑉2 − 5 𝑉 + 2𝑉 = 0 ∴ 𝑉2 = 3 𝑉
4. No circuito a seguir, os geradores são ideais. Determine:
A. A intensidade de corrente entre os pontos A e B usando a lei das
malhas.
B. A d.d.p entre os pontos A e B.
3Ω Gerador – A Receptor – A
A corrente vai do corrente vai do
sinal negativo sinal positivo
para o positivo. para o negativo.
36 V + 3Ω
-
i
+
12 V
-
B

A 3. 𝑖 + 12 − 36 + 3. 𝑖 = 0 ∴ 6. 𝑖 − 24 = 0 ∴ 𝑖 = 4 𝐴

𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 3. 𝑖 + 12 ∴ 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 3 × 4 + 12 ∴ 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 24 𝑉
5. Determine a d.d.p entre os pontos A e B do circuito abaixo:
3Ω 1Ω 8V
B
- +
𝑖
2Ω 𝑖 𝑖 2Ω

-
6V + Nesse caso. O
+ 𝑖 7V
- potencial de B é
maior que o
A potencial de A.
1Ω 13 V

6 + 2. 𝑖. +3. 𝑖 + 1. 𝑖 − 8 + 2. 𝑖 + 7 + 13 + 1. 𝑖 = 0
A
∴ 9. 𝑖 + 18 = 0 ∴ 𝑖 = −2 𝐴
𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 1 × 2 − 13 − 7 + 2 × 2 ∴ 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 2 − 20 + 4 ∴

𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = −14 𝑉
6. O ponto T do circuito indica a ligação terra, onde o potencial é
adotado como nulo. Determine o potencial do ponto P.

P

+ 𝑖
26 V 𝑖
- 2Ω
𝛼
2Ω 𝑖
+
6V
T -
𝑉𝑇 = 0
2Ω 2Ω

𝛼 2 × 𝑖 + 6 + 2 × 𝑖 + 2 × 𝑖 + 2 × 𝑖 − 26 + 2 × 𝑖 = 0

10𝑖 − 20 = 0 ∴ 𝑖 = 2 𝐴
0
𝑉𝑃 − 𝑉𝑇 = 2 × 2 + 6 + 2 × 2 + 0 ∴ 𝑉𝑃 = 14 𝑉
Componentes básicos de uma instalação de potência a vapor simples.
Fonte: Adaptado de Moran & Shapiro (2009)
O Motor Térmico Idealizado - Carnot

Fonte de Calor Balanço de Energia (1ª lei)


𝑇𝑞
 𝑸𝒒 = 𝑾 + 𝑸𝒇 ∴ 𝑾 = 𝑸𝒒 − 𝑸𝒇
𝑄𝑞

Máquina 𝑶 𝒒𝒖𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒓


Térmica W  𝑹𝒆𝒏𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 =
𝑶 𝒒𝒖𝒆 𝒈𝒂𝒔𝒕𝒂

𝑄𝑓 𝑾 𝑸𝒒 −𝑸𝒇 𝑸𝒇
𝜼= ∴𝜼= ∴𝜼=𝟏−
𝑸𝒒 𝑸𝒒 𝑸𝒒
𝑇𝑓
Fonte Fria
O Ciclo de Carnot
Adição de calor a
Maior quantidade possível
temperatura constante e
pressão constante.
de calor sem que ocorra
Isso irá ocorrer na caldeira. mudança de fase.

Fonte de Calor

𝑇𝑞 𝑇𝑞

𝑄𝑞 𝑇𝑓

Máquina
Térmica W

𝑄𝑓

𝑇𝑓
Fonte Fria
Para podermos falar sobre Usinas Termelétricas ou Usinas Termoelétrica
ou UTE. Precisamos falar sobre o Ciclo Rankine e o Teorema de Carnot
de máxima eficiência térmica.

 Ciclo Rankine – O ciclo Rankine é o ciclo ideal para motores a vapor,


utilizando água como fluido de trabalho. Este ciclo funciona mudando
o estado da água (de vapor para liquido e vice-versa). Por isso é
muito importante saber distinguir os estados de liquido
comprimido, líquido saturado, vapor saturado e vapor
superaquecido. No próximo slide esses estados serão mostrados.

Nota: Entropia - num sistema termodinâmico bem definido e reversível,


função de estado cuja variação infinitesimal é igual à razão entre o calor
infinitesimal trocado com meio externo e a temperatura absoluta do
sistema [símb.: S ].
Diagrama T-s representando um ciclo de Carnot hipotético, tendo água como fluido de trabalho.

As etapas do ciclo são:


1→2: Expansão adiabática, com realização de trabalho por parte da turbina.

2→3: Compressão isotérmica, decorrente do calor trocado no condensador,


onde há liberação de calor para a fonte fria (ou reservatório frio).

3→4: Compressão adiabática, consequente do trabalho fornecido à bomba.

4→1: Expansão isotérmica. Essa etapa é possível por meio do calor


fornecido pela queima do combustível (reservatório quente).
Subsistema A e principais transferências de calor e trabalho.
Fonte: Adaptado de Moran & Shapiro (2009)
ATUADORES
Circuito de produção, distribuição e condicionamento de ar comprimido
 Atuadores: o que são?

 Transformam um tipo de energia em outro.


 Movimento: elétrica em mecânica.
 Temperatura: elétrica em térmica.
 São usados para intervir no processo.
 Atuadores: tipos comuns.

 Hidráulicos.
 Fonte de energia: líquido sob pressão em duto (óleo).
 Pneumáticos.
 Fonte de energia: gás sob pressão (ar comprimido).
 Elétrico.
 Fonte de energia: eletricidade.
 Acionamento hidráulico
Utiliza motor de movimento rotativo e cilindro para movimento
deslizante.
• Características.
 Torque alto e constante em ampla faixa de velocidade.
 Precisão de operação (óleo não é compressível).
 Fonte de energia cara.
 Manutenção cara e intensa.
 Válvulas de precisão caras.
 Sujeito a vazamento de óleo.
 Acionamento pneumático
Utiliza motores pneumáticos de movimento rotativo e cilindros
pneumáticos de movimento deslizante.
• Características.
 Velocidades extremamente altas.
 Custo relativamente baixo.
 Fácil manutenção.
 Momento constante para uma ampla faixa de velocidade.
 Baixa precisão.
 Sujeito a vibrações quando para.
 Acionamento elétrico
Utiliza motor de corrente contínua, motor de passo e motor de
corrente alternada.

• Características
 Eficiência calculada, com controle preciso.
 Estrutura simples e fácil manutenção.
 Fonte de energia barata.
 Custo relativamente baixo.
 Danos para cargas que param o eixo do motor.
 Baixa relação de potência de saída por peso.
 Comparação

Tipo Precisão Carga Velocidade Custo

Elétrico Alta 20 Kg Alta Alta

Hidráulico Média / Alta 1.000 Kg Média / Alta Média / Alta

Pneumático Baixa 10 Kg Alta Baixa


 O que é uma válvula pneumática e como especificar?
A válvula pneumática é utilizada para controlar o fluxo do ar comprimido
A válvula pneumática é um dos componentes mais importantes de um
sistema de automação pneumática. A válvula irá comandar os caminhos,
direcionando o ar comprimido, por isso são também chamadas de
válvulas pneumáticas direcionais.
 Função da válvula pneumática
A função mais comum para uma válvula pneumática solenoide é
a função 5/2 (5 portas e 2 vias). Essa é a função de válvula pneumática
solenoide mais comum para operar um cilindro pneumático. As 5 portas
dessa válvula são: 1-entrada de ar, 2-saída para um lado do cilindro, 3-
saída para outro lado do cilindro, 4/5-escapes de ar de cada lado do
cilindro. Outras funções existentes podem ser a 3/2, 5/3 entre outras.

 Atuação da válvula pneumática


Também é importante saber como é a atuação da válvula solenoide. Ou
seja, como será enviado o sinal para ela ser operada. A atuação de uma
válvula pneumática pode ser solenoide (elétrica), nesse caso deve-se
especificar a voltagem, normalmente 24VDC ou 220VAC. Pode ter
também atuação manual, como alavanca, pedal, ou botão que deve ser
acionado por um operador. E a atuação pode ser também pneumática
(ou piloto ar), quando um sinal de ar comprimido aciona a operação da
válvula pneumática.
 Porta de conexão da válvula pneumática
Você também deve especificar as roscas de conexão da válvula
pneumática. Essas válvulas tem normalmente conexão ar partir de M5,
subindo para 1/8, 1/4, 3/8, 1/2, 3/4 e 1 polegada.

 Montagem das válvulas pneumáticas


A válvula pneumática pode ser montada isoladamente ou em um
conjunto de válvulas, chamado de bloco "manifold". Esse bloco também
pode ser montado dentro de um painel, com outros elementos de
controle, normalmente elétricos. Abaixo uma foto de um bloco manifold
com 3 válvulas pneumáticas solenoide. A vantagem do bloco é
economizar espaço e diminuir o tempo de instalação, pois a entrada e
escape de todas as válvulas são comuns.
 Simbologia de válvulas pneumáticas
A parte mais complicada da simbologia pneumática são as válvulas
pneumáticas, que controlam a direção do ar dependendo de uma
atuação manual (ou mecânica), elétrica (solenoide) ou através de ar
(também chamado de piloto ar).

A simbologia pneumática representa a válvula com informação


detalhada sobre o tipo de válvula que o símbolo representa. Os símbolos
mostram os métodos de atuação, o número de posições, os fluxos de ar
e o número de portas de conexão.

A maioria da simbologia das válvulas pneumáticas são divididas em 3


partes, como na figura abaixo.
Os atuadores (das válvulas) são os mecanismos que fazem a válvula
mover de uma posição para a outra. As caixas de posição e fluxo indicam
como a válvula funciona. Toda válvula tem pelo menos duas posições e
cada posição tem um ou mais fluxos de ar.

A animação acima mostra o funcionamento de uma válvula solenoide


5/2 com retorno mola, podemos ver como as caixas de posição se
alteram se o solenoide esta ou não energizado.
 Caixas de posições e fluxos
O número de caixas de posição e fluxos que são representadas em um
símbolo indicam o número de posições da válvula. Os fluxos de ar são
indicados com as setas dentro de cada caixa, assim como a direção do fluxo
de ar.

A caixa de fluxo próxima do atuador que foi acionado mostra o fluxo de ar


da válvula nesse momento. No exemplo acima temos um atuador
por alavanca do lado esquerdo e do outro lado um atuador por mola.
Quando a alavanca for atuada (lado esquerdo), a caixa de fluxo que estará
em operação será a caixa ao lado da alavanca, a caixa verde. No caso de a
mola estar atuando a válvula, a caixa que representa o fluxo da válvula será
a azul.
 Caixas de posições e fluxos

Na figura acima mostramos a simbologia de uma válvula com 3 posições,


ela tem dois solenoides (um de cada lado) e uma mola de cada lado,
voltando a válvula para posição do centro quando nenhum dos dois
solenoides estiver atuado.

Nesse tipo de válvula com centro fechado, a caixa do meio indica que
nessa posição todas as portas estão fechadas e não tem fluxo de ar pela
válvula. Essa válvula é normalmente utilizada para movimentar um
cilindro pneumático por pequenos “saltos”.
 Portas (de conexão) de uma válvula
As portas das válvulas são para as ligações do ar comprimido, onde
normalmente é rosqueado uma conexão para conectar uma mangueira
de ar. O número de portas é mostrado pelo número de pontos que os
fluxos (setas) conectam à caixa de fluxo. Importante sempre contar o
número de portas somente em uma caixa.

Como exemplo, a caixa de fluxo


indicada acima tem 5 portas de
conexão.
 Caixas de posições e fluxos
O número de caixas de posição e fluxos que são representadas em um
símbolo indicam o número de posições da válvula. Os fluxos de ar são
indicados com as setas dentro de cada caixa, assim como a direção do
fluxo de ar.
A caixa de fluxo próxima do atuador que foi acionado mostra o fluxo de
ar da válvula nesse momento. No exemplo acima temos um atuador
por alavanca do lado esquerdo e do outro lado um atuador por mola.
Quando a alavanca for atuada (lado esquerdo), a caixa de fluxo que
estará em operação será a caixa ao lado da alavanca, a caixa verde. No
caso de a mola estar atuando a válvula, a caixa que representa o fluxo da
válvula será a azul.
 Como funciona uma válvula solenoide 5/2
A válvula solenoide pneumática 5/2 é a válvula mais comum em
um circuito pneumático para atuar um cilindro pneumático de
dupla ação. Ela tem 5 portas e 2 posições.
 As 5 portas dessa válvula eletropneumática são:
• Porta 1: Entrada de ar.
• Porta 2: Saída para um lado do cilindro pneumático.
• Porta 4: Saída para outro lado do cilindro pneumático.
• Portas 3 e 5: Escapes de ar.
 As 2 posições da válvula são:
• Posição 1 (Desenergizada): Nessa posição a Entrada de ar (porta 1) se conecta a
um dos lados do cilindro (porta 2). A outra porta do cilindro (porta 4) se conecta a
um escape (porta 5) de ar para a atmosfera. Uma válvula simples solenoide tem
solenoide de um lado da válvula e o outro lado tem uma mola. Essa posição
acontece com o solenoide sem energia elétrica e a mola colocando a válvula na
posição.

• Posição 2 (Energizada): Nessa posição o lado do cilindro que recebe a pressão é


invertido, ou seja, a entrada de ar (porta 1) conecta-se ào outro lado do cilindro
(porta 4) e a porta 2 conecta-se ao escape da porta 3. Essa posição acontece
quando o solenoide da válvula é energizado.
 Principais partes de uma válvula solenoide 5/2

A imagem abaixo mostra as principais partes de uma válvula


solenoide 5/2:
1. Conector elétrico
O conector elétrico (padrão DIN) é a peça onde os fios elétricos são conectados para
trazer a energia elétrica até a bobina.

2. Bobina elétrica
A bobina elétrica gera um campo magnético quando energizada que abre ou fecha o
piloto que aciona a válvula.

3. Piloto
A grande maioria das válvulas pneumáticas solenoide 5/2 possuem um piloto interno
(mas existem opções com piloto externo também). O piloto interno usa a força da
pressão do ar de entrada para ajudar a movimentar o carretel e atuar a válvula, por isso
uma válvula com piloto interno precisa de uma pressão mínima de entrada de ar para
funcionar. Quando a bobina gera o campo magnético, a válvula piloto atua e a pressão
de ar movimenta o carretel.
4. Carretel
O carretel é a peça que se movimenta e alterna as passagens entre as diferentes
portas da válvula. Uma válvula 5/2 terá 2 posições do carretel.

5. Corpo da válvula
O corpo da válvula tem as portas de conexões para conectar as mangueiras de
ar comprimido. Se a válvula for com retorno mola (como da figura acima), esse
corpo terá uma mola de um dos lados para retornar a válvula na posição inicial
quando a bobina for desenergizada.

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