Infecção - Do - Trato - Urinário JOSÉ

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INSTITUTO POLITÉCNICO ADVENTISTA DE MALANJE- IPAM

GABINETE DE INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA

Infecções do trato urinário na gestação: um estudo relizado no Centro do Ritondo de


Malanje em Gestantes dos 18 aos 35 anos de idade no Ⅰº Trimeste de 2024.

Autor:
José Eduardo Capiri
Tutora: Gilda Sebastião Domingos Gaspar

Malanje/ 2024

I
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO: um estudo realizado no Centro
do Ritondo de Malanje em Gestantes dos 18 aos 35 anos de idade no Ⅰº trimestre de 2024.

José Eduardo Capiri

Curso: Enfermagem Geral

Trabalho de Fim de Curso, apresentado ao Instituto


Politécnico Adventista de Malanje para obtenção do grau
de Técnico Médio de Saúde.
Orientador: Gilda Sebastião Domingos Gaspar

Malanje/2024
II
Ficha Catalográfica

Instituto Politécnico Adventista de Malanje- IPAM

Director Geral: Sidrak Alberto Dala, Lic

Sub-diretor pedagógico: Domingos Manuel Francisco, Lic.

Gabinete de Inserção na Vida Activa: Baião Figueira Dala, Lic

José Capiri Eduardo,

INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO: um estudo realizado


Centro Médico do Ritondo em gestantes dos 18 à 35 anos de idade no Iº trimestre de 2024

Orientador: Gilda Sebastião Gaspar

TCC: Instituto politécnico Adventista de Malanje

Técnico médio em Enfermagem

ISBN:

Infecção; Urinária; Gestação

1- José Eduardo Capiri nascido: 07.03.2001

III
Ficha de Aprovação

José Eduardo Capiri

INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO: um estudo realizado no


Centro Médico do Ritondo de Malanje em gestantes dos 18 aos 35 anos de idade no Iº
trimestre de 2024

TCC apresentado ao Instituto Politécnico Adventista de Malanje, como requisito para


a obtenção do título de Técnico médio em Enfermagem

COMISSÃO JULGADORA

Presidente do corpo de júri: ________________________________________

Primeiro vogal: __________________________________________________

Segundo vogal: _________________________________________________

Malanje, aos ____/____/_______

IV
Folha de autorização
Declara-se sobre compromisso de honra que o TCC agora entregue corresponde à que
foi aprovada pelo júri constituído pelo Instituto Politécnico Adventista de Malanje- IPAM.

Declara-se ainda que concedemos ao IPAM uma licença não exclusiva para arquivar e
tornar acessível, nomeadamente através da sua biblioteca, nas condições abaixo indicadas, o
TCC em suporte impresso e em suporte digital, tendo a autorização concebida a titulo
gratuito.

Assinatura______________________________________________________
José Eduardo Capiri

Data_________/__________________________/________.

V
Dedicatória

“Dedico este trabalho aos meus pais que me geraram,


criaram, cuidaram, sustentaram-me, educaram-me,
colocaram-me na escola, polo amor e carinho que me
deram ao longo dos anos”.

VI
Agradecimento

Agradece-se em primeira instância a Deus pela oportunidade de concluir mais esse


curso e de ter me dado forças nos momentos em que mais precisei de sua ajuda. Conforme diz
Davi:
Sempre tenho o SENHOR diante de mim, não serei abalado, porque ele está ao meu
lado direito. Por isso, meu coração se alegra e meu espírito se regozija, até mesmo meu corpo
habitará salmo 16:8,9.

Estendem-se os mesmos agradecimentos a Direcção do Instituto Politécnico, aos


funcionários não docente e especificamente aos estimados professores do Curso de
enfermagem.
De igual modo agradeço de forma especial à professora Gilda orientadora deste
trabalho, pela dedicação e sabedoria usada na partilha de conhecimentos que ficarão marcados
em toda vida.
De igual modo, agradeço aos queridos pais, pelo apoio sem medir esforços,
principalmente nos momentos mais críticos, sempre expressaram palavras e gestos de
encorajamento e por tudo que fazem por mim.
Aos meus irmãos, e parentes, pelo convívio e ensinamentos partilhados para o bem-
estar dessa pessoa que hoje termina o ensino médio.
Aos colegas e amigos exprimo os sentimentos de gratidão que preenche o carinho e a
consideração de muitos momentos partilhados, que ajudaram de forma direita ou indirecta a
conclusão dessa formação.

VII
Ainda agradeço à Direcção do Centro Médico do Ritondo por nos terem aceitado ou
permitido fazer a pesquisa.

RESUMO
O presente trabalho aborda aspectos sobre infecções do trato urinário na gestação: um estudo
realizado no Centro Médico do Ritondo de Malanje em gestantes dos 18 aos 35 anos de idade
no Iº trimestre de 2024. “A infecção do trato urinário é definida como a presença e
multiplicação de microorganismos no trato urinário”. A pesquisa é guiada pela seguinte
pergunta de partida: Quais são as causas e consequências da infecção do trato urinário em
gestantes dos 18 aos 35 anos de idade atendidas no Centro do Ritondo de Malanje no Iº
trimestre de 2024? Com efeito, objetivou-se: compreender as causas e consequências da
infecção do trato urinário nas gestantes dos 18 aos 35 anos de idade atendidas no Centro do
Ritondo de Malanje no I trimestre de 2024. Foram aplicados métodos ou técnicas de
observação participativa, questionário de entrevista e inquérito para a coleta dos dados. A
pertinência da pesquisa reside nas contribuições significativas sobre as causas e
consequências da infecção do trato urinário nas gestantes dos 18 aos 35 anos de idade
atendidas no Centro do Ritondo de Malanje, por ser um estudo que buscou compreender as
causas e consequências da infecção do trato urinário nas gestantes dos 18 aos 35 anos de
idade atendidas no Centro do Ritondo de Malanje no I trimestre de 2024. Os resultados
mostram uma convergência entre as contribuições teóricas e a realidade observada no campo
de estudo.
Palavras-Chaves: Infecção; Urinária; Gestação

VIII
ABSTRACT
The present work addresses aspects of urinary tract infections during pregnancy: a study
carried out at the Ritondo de Malanje Medical Center on pregnant women aged 18 to 35 years
in the first quarter of 2024. “Urinary tract infection is defined as the presence and
multiplication of microorganisms in the urinary tract”. The research is guided by the
following starting question: What are the causes and consequences of urinary tract infections
in pregnant women aged 18 to 35 treated at the Centro do Ritondo de Malanje in the first
quarter of 2024? In effect, the objective was: To understand the causes and consequences of
urinary tract infection in pregnant women aged 18 to 35 years old treated at the Ritondo de
Malanje Center in the first quarter of 2024. Participatory observation methods or techniques,
questionnaire interview and survey for data collection. The relevance of the research lies in
the significant contributions on the causes and consequences of urinary tract infection in
pregnant women aged 18 to 35 years old treated at the Centro do Ritondo de Malanje, as it is
a study that sought to understand the causes and consequences of urinary tract infection.
urinary tract in pregnant women aged 18 to 35 seen at the Centro do Ritondo de Malanje in
the first quarter of 2024. The results show a convergence between theoretical contributions
and the reality observed in the field of study.

Keywords: Infection; Urinary; Gestation

IX
X
Índice
FICHA CATALOGRÁFICA.................................................................................................III

FOLHA DE AUTORIZAÇÃO...............................................................................................V

DEDICATÓRIA.....................................................................................................................VI

AGRADECIMENTO............................................................................................................VII

RESUMO..............................................................................................................................VIII

ABSTRACT.............................................................................................................................IX

Introdução.................................................................................................................................12

CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO TEORICO-CONCEPTUAL................................15

1.1. Definição de termos e conceitos........................................................................................15

1.1.1 Infecção:...........................................................................................................................15

1.1.2. Urinária:..........................................................................................................................15

1.1.3 Gestação:..........................................................................................................................16

1.2 Infecção urinária na gravidez..............................................................................................16

1.3 Fisiopatologia......................................................................................................................17

1.4 Infecção urinária e a mulher...............................................................................................17

1.5. Etiologia.............................................................................................................................18

1.6 Classificação e tipo de infecção urinária...........................................................................19

1.7. Factores predisponentes na gestação.................................................................................19

1.8. Qundro Clínico..................................................................................................................20

1.9. Complicações da Infecção urinária na gravidez................................................................21

1.10. Diagnostico......................................................................................................................22

1.10.1 Diagnóstico da infecção urinária na gestante.................................................................23

1.11. Tratamento da Infeccão do trato urinário nas gestantes.................................................23

1.12. Cuidados de enfermagem...............................................................................................25

1.13. Prevenção da ITUs.........................................................................................................26

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA............................................27

XI
2.1-Caracterização do campo de estudo....................................................................................27

2.2- Modelo de pesquisa...........................................................................................................27

2.4. População e amostra..........................................................................................................28

2.4.1. População........................................................................................................................28

2.5. Características dos participantes da pesquisa....................................................................29

2.6.1. Critérioo de inclusão.......................................................................................................29

2.7. Técnicas e instrumentos.....................................................................................................30

2.8. Procedimentos e dificuldades............................................................................................30

CAPITULO III - APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS


RESULTADOS.......................................................................................................................32

3.1. Apresentação, análise, interpretação das entrevistas dirigida à Diretora do Centro Médico.
...................................................................................................................................................32

Considerações finais.................................................................................................................37

Sugestões...................................................................................................................................38

Bibliografia...............................................................................................................................39

ANEXOS

APÊNDICE

XII
Introdução
O presente trabalho tem como foco o levantamento de dados científicos relativamente
a temática ligada a infecção urinária na gestação.

A infecção do trato urinário sempre foi uma patologia presente no contexto de vida de
muitas mulheres. Desde os períodos de infância, adolescência e a fase adulta convive-se com
intenso e frequentes episódios dessas doenças.

Infecção do Trato Urinário (ITU) ocorre frequentemente tanto em indivíduos da


comunidade como em pessoas internadas em instituições hospitalares, sendo uma das
principais causas de infecção hospitalar, acometendo anualmente, cerca de 12 a 30% dos
indivíduos hospitalizados. A ITU consiste na presença de bactéria na urina, possuindo como
limite mínimo a existência de 100.000 unidades formadoras de colônias bacterianas por
mililitro de urina (UFC/ml) (Masson et al., 2009).

Sabe-se que para que a gravidez ocorra com segurança são necessários diversos
cuidados, entre eles os da própria gestante, do companheiro, da família e especialmente dos
profissionais de saúde.

Embora a gestação seja um processo fisiológico, o acompanhamento pela rede básica


de saúde deve ser considerado de vital importância. Esse binómio mãe-bebé se torna
protagonista em diversas acções que devem ser realizadas com objetivo de garantir um bom
desenvolvimento da gravidez, fornecendo o parto de um recém-nascido saudável.

No período gestacional ocorrem diversas modificações anatómicas e fisiológicas no


trato urinário que favorecem o aparecimento das ITUs. Administração de tônus muscular
ureteral resulta em passagem mais demorada da urina pelas vias urinárias. As porções
superiores do ureter e a pelve renal se tornam mais dilatadas, resultando em hidronefrose
fisiológica da gravidez. Essas modificações são causadas pela acção inibidora do progesterona
no tônus muscular e na peristalise e, mais importante ainda pela obstrução mecânica do útero
gravídico.

Segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2004), a infecção do trato urinário


(ITU) caracteriza-se por presença e multiplicação de microrganismo no sistema urinário,
podendo ser classificada conforme a sua localização, sendo pielonefrite (rim), cistite (bexiga)
e uretrite (uretra). Pode ser sintomática e assintomática, e quando esta não é acompanhada e
tratada pode levar a complicações como choque e óbito.

13
Pode atingir pessoas de qualquer sexo e idade, porem é mais frequente em mulheres
uma vez que a uretra feminina é mais curta que a masculina e localiza-se próxima ao ânus,
podendo ocorrer contaminação do trato urinário através das fezes. A infecção urinária é
comum na gestação devido à própria anatomia feminina e as alterações anatômicas e
funcionais.

Assim como em todas regiões, em Malanje não é excepção, a infecção do trato


urinário tem sido um dos grandes problemas e preocupação para as gestantes e também com
os bebês recém-nascidos, alguns com prematuridade e outros com baixo peso.

O trabalho está composto por três capítulos dentre os quais o primeiro refere-se a
fundamentação teórica onde veremos a definição de termos e conceitos, no mesmo vai ser
definido todos os termos chaves presentes no tema do mesmo trabalho, posteriormente falar
das teorias que sustentam o tema, desde as causas, consequências e os sintomas, tratamento e
apresentar conteúdos relacionados ao mesmo tema.

O segundo capitulo espelhará sobre a fundamentação metodológica, no mesmo


veremos a caracterização do campo de estudo, o tipo de pesquisa usada para a realização do
trabalho, população e amostra, critérios de inclusão e exclusão do tema, materiais usados para
a recolha de dados assim como as dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa.

E o terceiro capitulo apresentará todos os dados recolhidos no campo de estudo


durante o tempo de pesquisa de acordo o modelo de pesquisa descritivo e os seus objectivos.

Problema
A infecção urinária estado clínico patológico de interesse mundial, académico e
científico. Sendo uma das principais causas de mortalidade materno infantil no mundo.
Número de pessoas infectadas vem crescendo diariamente.

Diante desta consideração de possíveis intercorrências durante o período gravídico, o


presente estudo possui como questão norteadora: Quais são as causas e consequências da
infecção do trato urinário em gestantes dos 18 aos 35 anos de idade atendidas Centro do
Ritondo de Malanje no Iº trimestre de 2024?

Objectivo Geral
Conhecer as causas e consequências da infecção do trato urinário nas gestantes dos 18
aos 35 anos de idade atendidas no Centro do Ritondo de Malanje no I trimestre de 2024.

14
Objectivos Específicos
 Determinar as causas e complicações da ITUs do trato urinário em gestantes dos 18
aos 35 anos de idade.
 Descrever as causas e consequências da Infecção Urinária em gestantes dos 18 aos 35
anos de idade atendidas no Centro Médico do Ritondo no I trimestre de 2024.
 Propor estratégias para prevenir a infecção do trato urinário em gestantes dos 18 aos
35 anos de idade atendidas no Centro Médico do Ritondo no I trimestre de 2024.

Justificativa
Sabemos que Angola em particular Malanje é uma região com uma população jovem,
com vida sexual ativa. Durante os nossos estágios, verificamos um aumento considerável de
número de pacientes com infecção urinária na gestação, na sua maioria jovens, pós esta e
outras razões fizeram-nos escolher o presente tema; achamos que assim com este tema
podemos contribuir na redução da taxa de incidência de ITUs em gestantes e promover nas
comunidades campanhas de educação sanitária, para reduzir as causas das mortes fetais e os
abortos espontâneos. Pretendemos ainda contribuir nas políticas de saúde pública, visando
adotar mecanismos de diminuição do quadro nas comunidades, e contribuir para o acesso
bibliográfico da instituição para futuras pesquisas e orientações.

15
CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO TEORICO-CONCEPTUAL
1.1. Definição de termos e conceitos
1.1.1 Infecção:
É uma palavra derivada do latin. Infectio-onis =que significa invasão de um organismo
que compõe um agente estranho (bactéria, vírus, fungos e parasita) capaz de se multiplicar, e
causar doença. Ou permanência no organismo de um microorganismo estranho; Ato ou feito
de infecionar; em medicina é chamada de acção mórbita originada por agentes microbianos
patogénicos introduzidos no organismo. (Que pode ser: Contaminação, transmissão direita ou
indireita de doença). Freitas e Costa (2010, p.1614).

Fonseca, Alves e Almeida (2012) afirmam que: a palavra infecção refere-se a invasão
de um organismo por um agente estranho (bactéria, vírus, fungos e parasitas) capaz de nele se
multiplicar. Os mesmos autores ratificam que: as infecções são causadas por agentes
infeciosos, como: os vírus, viroses e priões, por microorganismos como as bactérias por
nematódeos por artrópodes como as pulgas e piolhos.

Posso dizer que as infrações são causadas por agentes


infecciosos, como os vírus, viroses e prisões, e por
microorganismos como as bactérias, por nematóides,
artrópodes com o as carraças,àcaros, pulgas e piolhos, por
fungos e por outros macros-parasitas.Também compreedi-se
que os hospedeiro é capaz de combater a infecção através do
seu sistema imunitário.

1.1.2. Urinária:
É uma palavra derivada do latin. Urinoso (urina+ -ário), que significa respeitanteaos
órgãos da sua excreção; Anatomicamente “meato⁓orifício “ por meio do qual a uretra abre
no exterior . (Dicionário de termos médicos, p.532).

Urina é líquido orgânico, produzido e segregado pelos rins e eliminado pelas vias
urinárias, sua formação e excreção. A urina é transparente, de cor amarela pálida, de odor
peculiar, sabor salino, reação ácido (ph6) e densidade aproxima de ( 1.015 a 1.025). A
qualidade normal ilimitada em 24h oscila entre 800 e 1.500 cm³ , em sua maior parte dura as
horas do dia. Ferrari (2013, p. 256).

16
1.1.3 Gestação:
É uma palavra derivada do latim ( gestatio-onis) que significa período de tempo de
desenvolvimento do embrião desde a concepçao ate ao nascimento.” Sim gravidez “ Melson,
2002.Fonseca (2012), “Gestação é o tempo durante a qual a fêmea transporta o filho no útero .
Na mulher é a gravidez “( FONSECA ;2012 ).A gestação ou gravidez defini-se como
qualidade ou estado da mulher, e das fêmeas dos mamíferos em geral, durante o tempo em
que um novo ser desenvolve no seu organismo; “gestação “ prenhz”. Implantação e
desenvolvimento de um óvulo fecundado.

Compreende que a gestação se refere ao estado que resulta da


fecundação de um óvulo pelo espermatizóide desenvolvido no útero,do feto que
foi gerado pela fecundação,encerrando-se na expulsão, chamado de"parto"ou
"nascimento".

1.2 Infecção urinária na gravidez


Segundo Brandino et al (2007), a ITU é uma patologia muito frequente, do neonato ao
idoso. Na vida adulta, aumenta a incidência desta infecção,principalmente no sexo feminino,
com picos de acometimento relacionados à iniciação da vida sexual e menopausa.

Para Figueiró et al (2009), ITU é um importante fator de morbimortalidade durante o


ciclo gravídico-puerperal, pois a gravidez é fator que predispõe ao aparecimento dessa
patologia, podendo causar sérias complicações ao futuro concepto, assim como à própria
gestante.

Segundo Duarte et al (2008), durante o período gestacional, a gestante passa a ter mais
chances de desenvolver um quadro de infecção urinária sintomática. Essa alteração se
deve às grandes mudanças fisiológicas e anatômicas que ocorrem no trato urinário. Dentre
essas mudanças, pode-se citar a dilatação das pelves renais e ureteres, detectáveis a partir da
sétima semana de gravidez. Essa dilatação progride até o momento do parto e retorna às
condições normais até o segundo mês do puerpério (Duarte et al, 2008).

Camargos, Silva Filho, Lemos, Carneiro e Melo (2009), ressaltam que a dilatação,
conhecida como “hidroureter fisiológico da gravidez”apresenta aumento no diâmetro da luz
ureteral, hipotonicidade e hipomotilidade da musculatura ureteral.

Figueiró et al (2009), considera que essa alteração resulta da compressão pelo útero,
que progressivamente aumenta de volume, pelo complexo vascular ovariano dilatado ao nível

17
do infundíbulo pélvico, pela hipertrofia da musculatura longitudinal no terço inferior do urete
diminuição da atividade do débito urinário, secundário ao incremento de fluxograma
plasmático renal, essas mudanças levam à estase urinária.

A peristáltica, decorrente da atividade da progesterona. Associadas ao aumento De


acordo com Cezar (2013) diz que “essa patologia pode apresentar-se de forma sintomática ou
assintomática variando de acordo com sexo, idade e órgão atingindo a anatomia do trato
urinário .

Segundo Neto (2003) diz que “as mulheres apresentam uma séries de factores que
facilitam a infecção urinária , e por esse motivo desenvolvem ITUs com maior frequência do
que os homens .

1.3 Fisiopatologia
O trato urinário, dos rins ao meato uretral, é normalmente estéril e resistente a
colonização bacteriana apesar da contaminação da uretra distal com bactéria colónicas. A
principal defesa contra infecção do trato urinário é o esvaziamento completo da bexiga
durante a micção. Outros mecanismo que mantém a esterilidade do trato urinário incluem
válvula vesicoureteral e várias barreiras mucosas e imunológicas. (Lopes ET
AL,2005,pg367).(Sheftield & Cunningham,2005).

Narchi e Kurdejak (2008), destacaram que o sexo feminino fica suscetível a episódios
infecciosos devido principalmente às suas condições anatômicas: uretra curta e sua maior
proximidade com a vagina e com o ânus. Porém, outros fatores podem aumentar o risco de
ITU nas mulheres: cistite prévia, o ato sexual, o número de gestações anteriores e a própria
gestação atual, o diabetes e a higiene deficiente, que é mais frequente em mulheres com
menores condições socioeconômicas e obesas.

Jacociunas e Picoli (2007), destacam a infecção do trato urinário, como a terceira


patologia mais comum na gestação e acomete de 10 a 12% das grávidas. A maioria destas
infecções ocorre no primeiro trimestre da gravidez.

1.4 Infecção urinária e a mulher


Segundo Neto (2003),Diz que: "As mulheres apresentam uma série de fatores que
facilitam a infecção urinária, e por esse motivo desenvolvem ITUs com maior frequência do
que os homens".

18
Para Silva E (2013, pág 9),"as gestantes estão mais propensas em desenvolver a
infecção urinaria. O motivo é que durante a gravidez o corpo por alterações funcionais e
anatómica dos rins e das vias urinárias, que favorecem a multiplicação de bactéria na região".

Com base a afirmação acima entendemos que as mulheres têm uma


configuração anatómica diferente dos homens. Elas têm a uretra mais curta, cerca
de 4cm, o que facilita a infecção do ânus para bexiga. E de acordo com
ginecologista Alexandre diz que “há riscos de não identificar e tratar a infracção
urinária durante a gestação”. Citação

Na gestação a infeccão urinaria merece uma atenção especial, uma vez que pode ter
consequências para mãe e o bebé, e ocorre com grande incidência neste período especial na
vida da mulher. A infeccão urinária é a terceira ocorrência clinica mais comum na gestação
acometendo de 10 a 12% das grávida, a maioria dessas infeções ocorre no primeiro trimestre
da gravidez, 9% sobre a forma de infecção urinaria baixa (cistite ) e 2% como infecção
urinaria alta (Pielonefrite). A infeccão urinária cria várias situações doentias e contribui para
alto índices de mortalidade materno infantil. Jacociunas e Picoli (2007),

1.5. Etiologia
Para Nogueira e Moreira (2006), "o perfil microbiológico das infecções urinárias na
gravidez é bem conhecido pois, mais de três quartos dos casos são causadas pelo uropatógeno
Escherichia coli".

Vieira Neto (2010), classifica as enterobactérias como principais causadores de


infecção do trato urinário, sendo a Escherichia coli a responsável por mais de 85% dos casos
de ITU adquiridas na comunidade e, pelo menos 50% dos casos de ITU hospitalares. Entre os
outros microorganismos que mais causam a infecção em questão, estão o Staphylococcus
saprophyticus, Proteus sp, Klebsiella sp, Pseudomonas sp, Serratia sp, Enterococo e
Enterobacter sp.

Podemos ainda dizer que dentro dos aspectos bacteriano que podem causar ITU
na gestante a escherichia coli é a mais comum, responsável por aproximadamente 85%
dos casos. Outras bactérias aeoróbias gram-negativa também causam ITU com
( prevalência baixa ) ,destacando-se Staphilococcus, Sprophyticus,
Streptococcus,proteja só,klebsiella sp entre outros.

19
1.6 Classificação e tipo de infecção urinária
A infecção urinária divede-se segundo os órgãos acometidos, tais como:
 Infecção da uretra.
 Infecção da bexiga.
 Infecção da pélve e parênquima renal.
 Infecção fáscia e gordura perineal.

As infecções do trato urinário podem ser complicadas ou não complicadas, as


primeiras tendo maior risco de falha terapêutica e sendo associadas a fatores que favorecem a
ocorrência da infecção. A infecção urinária é complicada quando ocorre em um aparelho
urinário com alterações estruturais ou funcionais (RORIZ-FILHO, 2010).

De acordo com Lopes (2005) as cistites são infecções não complicadas enquanto as
pielonefrites, ao contrário, são mais complicadas, pois resultam da ascensão de
microrganismos do trato urinário inferior e estão geralmente associadas à presença de cálculos
renais.

Segundo Lopes (2005) e Rodrigues (2010) tanto a infecção urinária baixa como a alta
podem ser agudas ou crônicas e sua origem pode ser comunitária ou hospitalar.

Bactéria assintomática :

Para (Rossi et al., 2020). "É a coloração da urina por bactéria sem a presença de
sintomas. Caracterizada pela presença de mais de 100.000 UFC na urina". Manual de
Enfermagem Obstetrícia 8°edição pág.208

1.7. Factores predisponentes na gestação


A incidência de ITU se eleva e o predomínio no sexo feminino se mantém na fase
adulta, relacionado à atividade sexual, durante a gestação ou na menopausa. Na mulher, a
susceptibilidade à ITU se deve à uretra mais curta e sua proximidade com ânus e vestíbulo
vaginal, o que possibilita a colonização desta por enterobactérias, que habitualmente causam
ITU (Heilberg; Schor, 2003).

Assim intendemos que infecção urinária é mais comum em mulheres; porque o


sistema reprodutor feminino ou seja o caminho que a bactéria precisa percorrer para chegar
até a bexiga é menor. As alterações hormonais, principalmente o efeito da progesterona,
causa dilatação da pélve renal e estreitamento do seguimento inferior que determina um

20
retardo no débito urinário. A pressão mecânica do útero sobre os ureteres contra a orla da
pélve resulta em estase urinária e maior risco de infecção .

Outros factores são:


1. infecção. Genitais.
2. Gravidez.
3. Má formação do trato urinário.
4. Diabetes melites.
5. Hipretensão arterial .
6. Anemia .
7. Uso de antibióticos.
8. Multipariedades .
Ainda podemos perceber que outros factores podem ser: hábitos
comportamentais inadequadas como: faltas de higiene alimentação inadequadas entre
outros factores. Estes pacientes devem ser monitorados com maior cuidados para se
evitar a infecção urinária .

1.8. Qundro Clínico


Brandino et al (2007), ressalta que a cistite se manifesta com disúria, polaciúria,
urgência miccional, dor no baixo ventre, arrepios de frio ou calafrios com presença ou não de
dor lombar. Pode haver ainda mal-estar geral, indisposição e superposição entre os sintomas
clínicos de ITU “baixa” (cistite) versus “alta” (pielonefrite). No entanto, a febre e a dor
lombar são muito mais comuns na pielonefrite, que se acompanha também de toxemia e
queda do estado geral. Porém, é importante ressaltar que existe uma proporção considerável
de gestantes com pielonefrite que não apresentam sintomas baixos de ITU.

Grossman e Caroni (2009), afirmam que, na cistite, quando há febre, costuma ser
baixa (menor que 38ºC), enquanto na pielonefrite a febre costuma ser alta (maior que 38ºC).

Vieira Neto (2010), caracteriza-se, ainda, por dor em flanco, sensibilidade em região
lombar (sinal de Giordano), náuseas e vômitos.

Segundo Vieira Neto (2010), "quando se trata de infecção nos rins, pode haver febre e
calafrios, dor em região lombar, náuseas, vômitos, acompanhando a urgência e aumento na
frequência miccional".

21
Brasil (2012), relata que a infecção do trato urinário alto (pielonefrite), que
habitualmente se inicia como um quadro de cistite, é habitualmente acompanhado de febre –
geralmente superior a 38 graus centígrados –, de calafrios e de dor lombar, uni ou bilateral.
Esta tríade febre + calafrios + dor Iombar está presente na maioria dos quadros de
pielonefrite. A dor lombar pode se irradiar para o abdômen ou para o(s) flanco(s) e, mais
raramente, para a virilha, situação que sugere mais fortemente a presença de cálculo, com ou
sem infecção, na dependência da presença dos outros sintomas relacionados.

Com base as citações podemos dizer que os sinais e sintomas gerais do trato
urinário são:
 Dores à palpação no hipogástrico (bexiga)
 Dores ao toque vaginal (bexiga)
 Dores no baixo ventre (bexiga)
 Pode haver Giordano positiva
 Polacíuria, poliúria
 Disúria, nictúria (dor ao urinar)
 Lomblgia e bilateramente (Rins e Ureter)
 Náuseas e vômitos
 Febres e calafrio
 Irritabilidade uterina (que pode levar ao trabalho do parto prematuro)
 Hematúria.

Sensação de queimação, paciente sente vontade de urinar; mas ao urinar só sai em gota
ou pouca qualidade. Sangramento leve, não é sinal de gravidade que pode ocorrer.Por outro
lado, febre associadas a dores lombares, este estado geral necessita de avaliação de um
serviço de emergência, pois indica que a doença progrediu e atingiu os rins causando uma
pielonefrite. Geraldo de Carvalho (2014).

1.9. Complicações da Infecção urinária na gravidez


Se a infecção urinária não for tratada corretamente durante a gravidez, pode haver
complicações na mãe e no bebê, tais como: ...

Complicações maternas:

De forma geral, as complicações maternas das ITUs são secundárias ao dano tecidual
causado por endotoxinas bacterianas ocorrendo principalmente nos quando de pielonefrite.

22
Embora a bacteremia seja demonstrada em 15 a 20% das mulheres com pielonefrite grave,
poucas desenvolvem as manifestações clínicas e choques séptico (Duarte et al., 2008).

Segundo Duarte et al. (2002), Duarte et al. (2008) e Figueiró-Filho et al. (2009), outras
complicações têm sido associadas à infecção urinária, incluindo hipertensão/pré-eclâmpsia,
anemia, corioamnionite e endometrite.

Embora alguns estudos demonstrem que há relação entre ITU e hipertensão na


gravidez, essa associação é controversa. Porém, existem relatos de que essa associação exista
somente em mulheres com bacteriúria de origem renal (Figueiró-Filho, 2009).

Complicação perinatal
De acordo com Duarte et al. (2002), Nogueira e Moreira (2006), Duarte et al.(2008),
Figueiró-Filho (2009), Pagnocelli (2010) e Arroyave (2011) o trabalho de parto e parto pré-
termo, recém-nascidos de baixo peso, ruptura prematura de membranas amnióticas, restrição
de crescimento intra-útero, paralisia cerebral/retardo mental e óbito perinatal são destaques de
complicações associadas à ITU.

Há relatos de casos de leucomalácia encefálica, secundários tanto às quimiocitocinas


maternas (passagem transplacentária) quanto à septicemia fetal, cuja origem foi a ITU
materna (MAZZER; SILVA, 2010). Segundo Duarte et al.(2008) gestações complicadas por
infecção urinária estão associadas também a aumento de mortalidade fetal.

Em 1997 foi realizado um estudo com crianças com paralisia cerebral, mostrou-se
prevalência de 17,9% de ITU durante a gravidez dessas crianças em comparação à
prevalência de 5,2% nas crianças normais (Figueiró-Filho et al., 2009).

Desta forma concluiu-se que o risco de paralisia cerebral é de quatro a cinco


vezes maior nas gestantes acometidas por ITU (Idem). Podemos ainda dizer que:
Todas as grávidas devem realizar urocultura para descartias ITU na primeira consulta
pré-natal.Associa-se a baixo peso ao nascer e ao parto pré-termino.Alem disso,a
infecção urinária durante a gravidez também aumenta o risco de morte do bebé após o
parto; assim,a melhor forma de evitar todos estes riscos é estar atento aos sinais e
sintomas de infecção urinária e fazer o tratamento indicado pelo médico logo que a
doença for diagnósticado.

23
1.10. Diagnostico
O diagnóstico laboratorial é firmado através do crescimento de microorganismos na
urocultura. A bacteriúria caracteriza-se por crescimento bacteriano acima de 100.000
colônias/ml, porém valores mais baixos são aceitos em algumas situações acima de 100
colônias/ml de coliformes em mulher sintomática, qualquer crescimento em urina colhida
através de punção suprapúbica, acima de 1000 colônias/ml em homem sintomático. (Vieira
Neto, 2003):

Essas mudanças favorecem o desenvolvimento de bactérias no trato urinário, sendo


recomendado que na presença de qualquer desconforto urinário, a mulher deve consultar o
médico. A infecção é confirmada na presença de mais de 100.000 UFC/ml (unidades
formadoras de colônias por mililitro) da mesma bactéria, em cultura de jato médio de urina ou
10.000 UFC/ml em cultura de urina coletada com cateterismo vesical. Outra cultura é colhida
após 1 a 2 semanas do término do tratamento. Os guidelines recomendam que durante o pré-
natal a gestante realize uma cultura de urina na primeira consulta e outra no começo do
terceiro trimestre da gravidez. Nos casos com risco aumentado, é necessário considerar
culturas adicionais (Rossi et al., 2020).

1.10.1 Diagnóstico da infecção urinária na gestante


Para o diagnóstico da ITUs durante a gravidez é necessário relembrar que alguns
sintomas das infecção são difíceis de caracterizar. O médico deve investigar se a gestante
realiza pré-natal adequadamente, os sinais clínicos e os fatores de risco. A presença de disúria,
polaciúria, hematúria, noctúria e urgência urinária representam a clínica padrão da ITU.
Entretanto, não são específicas para gestantes, sendo comumente relatadas por mulheres
grávidas na ausência de infecções. Diversos estudos afirmam que os sintomas urinários são
frequentes e fisiológicos devido às mudanças no organismo feminino durante a gravidez
(Stanton et al., 1980).

Essa recomendação é de grande importância, pois o risco de uma gestante desenvolver


cistite assintomática ou pielonefrite é alto e essas duas complicações aumentam as chances de
mortalidade perinatal e neonatal (Delzeli & Lefevre, 2000).

1.11. Tratamento da Infeccão do trato urinário nas gestantes


Nogueira e Moreira (2006), esclarecem que a escolha do antibiótico em gestantes deve
levar em conta a facilidade de obtenção pela paciente, a comodidade do esquema posológico,

24
o custo e a toxicidade do medicamento, além, obviamente, da sensibilidade das bactérias mais
prevalentes à substância contida no mesmo.

Segundo Barros e Stefani (2008), em caso de infecção do trato urinário em gestantes,


ocasionadas principalmente por enterobactérias, Klebsiella pneumoniae,Proteus sp,
Sthaphylococcus sp e Streptococcus sp, temos como primeira escolha a ampicilina e
amoxicilina. Alternativamente, pode-se usar nitrofurantoína e cefalosporinas de 1ª geração.

O tratamento da ITUs por dose única não é recomendado, o tratamento deve ser feito
durante sete dia. Os antimicrobianos que podem ser utilizados com segurança na gravidez são
cefalexina, ampicilina, amoxacilina e nitrofurantoína (Heilberg, Schor, 2003).

Os mesmos autores defendem que com a ciprofloxacina os riscos não podem ser
destacados, não devendo ser recomendada em casos de piolenefrite o tratamento é
preferencialmente por via pariental em nível hospitalar.

Dias (2010), diz que "durante a gravidez um tratamento de três dias com amoxicilina,
trimetropim-sulfametazol e cefalosporina, devem ser administrado excepto no terceiro
trimestre".

Os antibióticos utilizados para o tratamento das UTUs, são :

Amoxicilina 500mg via 1g 7 - 10 dias


oral 1 comp 8/8h intravenosa de
8/8h
Ampicilina 500mg via 2g 7 - 10 dias
oral 1 comp 6/6h intravenosa de 6/6h
Nitrofurantoin 300mg via 7 - 10 dias
a oral 1 comp 8/8h
Cefaloxina 500mg via 7 - 10 dias
oral 1 comp 8/8h-
Cefalotina 1000mg 1g 7 - 10 dias
intravenosa de 6/6h
Fonte: Manual de enfermagem obstétrica

Dias, (2010) diz que: "durante a gravidez um tratamento de três dias com amoxicilina,
cefalosporina ou trimetropim-sulfametazol, devem ser administrados excepto no terceiro
trimestre".
25
Iniciar com:

 Ampicilina 2g endovenosa (EV) de 6/6_7dias.


 Ceftriaxona 1-2g EV por dia.
 Levofloxacina 500mg EV 12/12h_7dias.
 Urocultura após o tratamento para verificar a cura.

Tratamento supressivo:

 Nitrofurantoína 50-100mg 3-4 vezes ao dia durante toda gravidez (Evitar no


fim da gravidez pelo risco de kernicterusnoneonato).

No caso da uretrite o tratamento é feito da seguinte forma:

 Ciprofloxacina 500mg_ VO_12/12/_7dias.


 Ceftriaxona 1-2g_Ev_12/12_7 à 10dias. Carvalho (2014, pág 379).

1.12. Cuidados de enfermagem


Brasil (2012), aponta que o pré-natal é uma maneira de prevenção e tratamento para os
casos de ITU durante a gestação. Este é definido como umconjunto de ações que busca
reduzir os índices de mortalidade e morbidade da gestante e do feto, proporcionando
qualidade de vida e saúde no período de gestação e fornecendo boas condições para os
períodos seguintes do ciclo gravídico puerperal-parto e puerpério. O pré-natal representa um
período de atuação que tem seu início juntamente com a gestação.

 Para Santos (2011), é imprescindível que a gestante receba alguns cuidados


durante o pré-natal e, quanto mais precoce, melhor para que esse cuidado seja adequado,
deve-se associar aspectos qualitativos e técnicos no que se chama de conteúdo do cuidado
pré-natal.
 Deve-se instruir a paciente para ingerir grande quantidade de líquidos cerca
de2 a 4 litros/dia. Silva (2013, pág 21).
 Estabelecer cateterismo venoso para:
 Hidratação parenteral , se for necessário
 Inibição do trabalho de parto prematuro.

 Controlar a temperatura frequentemente .


 Observar perdas de via vaginal .

26
 Instruir a paciente para se deitar em decúbito lateral esquerdo, várias vezes ao
dia para aumentar o fluxo renal.
 Controlar o tratamento com a realização de hemograma , comparando com
resultados ateriores.
 Instruir a paciente para colher a (Nitrofurantoína-sépsia). Após a colheta da
urina administrar antibióticos terapêuticos adequada .
 Cumprir com a prescrição médica.

1.13. Prevenção da ITUs


Muitas medidas podem prevenir a ITUs dentre elas

 Limpar-se após urinar .


 Não reter a urina por longos período o ideal é urinar a cada duas ou três horas
 Ingerir bastante água .
 Devem fazer a higiene de frente para trás e nunca o contrário .
 Lavar as mãos depois de utilizar o banheiro .
 Usar calcinhas de algodão .
 Usar roupas menos apertadas.
 Visitar o ginecologista para tratar possíveis corrimentos ou inflamações
vaginais concomitantes.

Para mulheres que sofrem com ITUs antes e após a actividade sexual recomenda-se a
ingestão de água , para que após o ato sexual esvazie a bexiga o mais rápido . Com este
procedimento simples as bactérias que podem ter entrado na uretra são. Expelida. Figueiredo
(2012,p.133).

27
CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA
2.1-Caracterização do campo de estudo
Este estudo foi realizado no Centro Médico do bairro do Ritondo, zona 2, rua Vasco
da Gama, província de Malanje. Respondendo a missão social de tratar indivíduo capaz de
responder positivamente, as exigências da vida política, económica e social da província. O
centro médico do Retondo em referência, apresenta condições humanas, materiais, sociais e
culturais normal, que se podem considerar conforme aos que dela esperam, a sociedade e o
Estado Angolano em termos de atribuições e responsabilidades sociais.

O centro do Ritondo apresenta os seguintes limites geográficos: A Norte pelo bairro da


Quizanga, a Sul pelo bairro Azul, a Oeste pelo bairro da Carreira de Tiro, a Este pelo bairro
das Bananeiras. Respondendo a um contingente populacional em volta de 73.000 habitantes.

Organograma

Tabela N°1 Distribuição de pessoas técnicos e não técnicos do centro médico do Ritondo
Designação Número

Diretora 1
Diretora clínica 1
Secretárias 1
Médicos 3
Enfermeiros efectivos 7
Técnicos superiores de 2ª classe 1
(GRH)
Técnicos médios de enfermagem 11
Técnicos de diagnóstico terapéutico 2
Auxiliares administrativos 2
Seguranças 2
Auxiliares de limpeza 1
Total 31
Fonte: Gabinete da diretoria do centro do Ritondo

28
2.2- Modelo de pesquisa
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem mista. Para elaboração de uma
pesquisa, é necessário que o pesquisador faça-se acompanhar de métodos, ou seja, um
caminho a seguir e para tal a nossa pesquisa não fugiu a regra. Apresentamos mais abaixo o
método de pesquisa e o nível de pesquisa assumido. Quanto ao paradigma metodológico
utilizado, a pesquisa apegou-se ao modelo qualitativo e quantitativo com uma inclinação
descritiva, que nos permitiu aplicar técnicas como: observação e inquérito por questionário e
entrevista.
Armando, Roberto e Pedro (2007), "afirmam que a pesquisa bibliográfica procura
explicar um problema apartir de referência teóricas publicadas em artigos, livros, dissertação
e teses. Pode ser realizada indempedentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou
experimentar".

A opção por este modelo de pesquisa assumido, foi motivado pelo facto de ser o mais
simples e rápido de colher dados e o mais usado nas ciências sociais, através dela nos permitiu
observar, analisar, classificar e interpretar aspectos relacionados aos factores que influenciam
na infecção urinária na gestação, sem interferir nos acontecimentos como referimos
anteriormente, a pesquisa está na abordagem quali-quantitaiva ou como é chamado mista.
Carvalho (2009), afirmam que abordagem mista possibilita combinar com as duas formas de
investigação qualitativa e quantitativa, implicando um posicionamento filosófico ou a
utilização alternada das duas abordagens em estudos.

Neste contexto, para presente pesquisa, a abordagem mista permitiu-nos, através de


questões aberta e fechada ,ter o conhecimento dos fenômenos.permitiu-nos incluir
informação alinhadas ao eixo qualitativo e quantitativo, assim como um raciocínio lógico.

2.4. População e amostra


2.4.1. População
Antes que se enumere a população e amostra para o estudo, interessa desenvolver
algumas considerações relativamente sobre o aspecto.

Para Naranjo e Ramos (2014), “a população é um conjunto formado por todas as


unidades de análise ou por todas as características que são de interesse, relevantes para o
investigador. É um conjunto de todos os casos que concordam com uma série de
especificações” (p. 215).

29
Pode-se também mencionar Coutinho (2016), que na sua visão, a população é o
conjunto de pessoas ou elementos a quem se pretende generalizar os resultados e que se
partilham uma característica comum.

Com todos os efeitos, constitui-se uma população em torno de quarenta e um (41)


indivíduos. Neste universo populacional, inclui todos os funcionários do Centro Médico do
bairro do Ritondo num total de 31 indivíduos e todas gestantes atendidas no mesmo centro
com o problema de infecção urinária na gestação durante o primeiro trimestre do ano 2024
num total de 10 indivíduos.

Vale salientar que depois de selecionada a população é necessário que se tire parte
dela para participar de forma mais directa na pesquisa, fazendo parte da sua amostra. Já que
não se pode trabalhar com todo o conjunto.

2.4.2. Amostra

“A amostra é um conjunto extraído por um procedimento técnico da população. É um


grupo relativamente pequeno ou um subgrupo desta que vai ser estudado com base no qual se
pretende generalizar os resultados, constituem unidades de uma análise que supostamente
representam em maior ou menor grau às características da população” Naranjo & Ramos
(2014, p. 100).

Por outro lado, para Chizotti (2014), a amostra é conveniência, que abrange um
subgrupo da população selecionada para obtenção de informações relativas às características
dessa população sobre a qual se faz o estudo.

Sendo assim, foi constituída uma amostra de quatorze (14) elementos como parte
representativa da população correspondendo 34,14%, sendo dez (10) funcionários 24,39% e
quatro (4) gestantes 9,75%.

2.5. Características dos participantes da pesquisa


No que tange aos aspectos característicos, participaram na pesquisa 24 elementos, dos
quais apresentam idade compreendida entre os 18 à 50 anos de idade, com o nível académico
a partir de 4ª à 13ª classe, licenciados, profissionais de saúde e médicos clínicos. Dos quais
alguns residem no bairro Carreira de Tiro, Campo de Avaliação, Maxinde, Ritondo, Katepa e
Camoma. Dos enfermeiros (as), que participaram da pesquisa alguns são funcionários
públicos e outros colaboradores. Quanto aos médicos (as), alguns são funcionários públicos e

30
outros colaboradores e um estagiário. Quanto ao gênero, grande parte é do gênero feminino
(17) e a outra parte é do gênero masculino (7).

2.6. Critério de inclusão e exclusão

2.6.1. Critérioo de inclusão


Quanto ao critério de inclusão, incluímos todas mulheres gestantes com idade
compreendida entre os 18 aos 35 anos de idade, bem como alguns profissionais de saúde.

 Médicos e Enfermeiros que trabalham com as gestadas.


 Pacientes gestadas atendidas no Hospital Provincial Materno Infantil de
Malanje.

2.6.2. Critério de exclusão


Não contemplamos mulheres não gestantes, e gestantes na idade de 13 à 17 anos,
assim como na idade de 36 à 40 anos. Assim como opiniões de técnicos de saúde que não
trabalharam directamente com gestantes.

2.7. Técnicas e instrumentos


Segundo Marconi e Lakatos (2007,p.111) "referem-se que a maneira prática de
proceder em situações concretas, os instrumentos de pesquisa são os mecanismos que o
investigador utiliza para coleta e registrar os dados, para este trabalho utilizamos as técnicas
de observação e entrevista semi-estruturada".
Entendemos técnica como um conjunto de preceitos ou processos que se serve uma
ciência, é, também, a habilidade para usar esses preceitos, na obtenção de seus propósitos. Ou
seja, a técnica correspondem, a parte prática de colheita de dados (Critério nosso).
A observação, sendo uma técnica que utiliza os sentidos na obtenção de determinados
aspectos da realidade, permitiu-nos como pesquisadores examinar de forma profunda o
desenrolar dessa enfermidade que afecta muitas mulheres grávidas. Sendo assim, realizamos
uma observação participativa.
Segundo Alvarenga (2002, p.111), "a observação, implica que o observador participa
diretamente nas actividades com o grupo (objetivo da investigação), o pesquisador tenta
formular perguntas que permitam as pessoas envolvidas falarem o que pensam e sentem, e
para facilitar está abertura, é necessário que se ganha a confiança dos autores afim de que
manifestem seus sentimentos a respeito do fenômeno estudado".

31
"Entrevista é uma técnica de recolha de dados que exige a relação entre o entrevistado e
entrevistador. A entrevista simi-estruturada surge como uma estratégia adequada para recolha
de dados do nosso estudo, uma vez que permite que o entrevistado responda as perguntas com
liberdade, o entrevistador pode dispor de um guia mais tem a liberdade mudar a ordem das
perguntas de acordo com as circunstâncias".(Chizzotti,2000, p53).

2.8. Procedimentos e dificuldades


Para acesso à área de pesquisa e a obtenção dos dados, os procedimentos utilizados
foram em primeiro lugar, dirigir uma carta de petição do Instituto politécnico Adventista de
Malanje para o Centro Médico do Ritondo, que nos permitiu fazer a pesquisa. Em seguida,
fomos ter contacto directo com a Sra. Directora do Centro Médico do Ritondo.
Para a realização deste trabalho contou-se com o apoio da Sra. Directora, que nos deu
permissão para aplicação ou realização da pesquisa de investigação, contou-se ainda com o
apoio dos profissionais de saúde e das pacientes. O estudo foi desenvolvido em três fases:

 Fase 1: Consistiu na recepção do dossier no I.P.A.M, e o mesmo fez-se


entrega na direção do centro do Ritondo, que é o campo de actuação e é onde
se identificou o problema.
 Fase 2: Conversa com o corpo directivo, alguns profissionais de saúde e
pacientes.
 Fase 3: Procurou-se saber a opinião através da aplicação de instrumentos de
pesquisa aos profissionais de saúde, pacientes, e membros da direção do
centro, o que dispunham sobre a infecção urinária na gestação. Para tal,
optou-se por fazer entrevista ao corpo directivo e aos profissionais e
questinário aos pacientes.

2.8.1. Dificuldades

Toda e qualquer tarefa, que um ser humano desenvolve, tem sempre partes difíceis,
neste contexto a elaboração deste presente trabalho, não fugiu a regra.

Durante o percurso, surgiram dificuldades desde a recolha de dados, convencer o


público em estudo já que alguns mostraram-se indisponíveis para colaborarem sobre o
pretexto de que tinham suas tarefas particulares.

32
Houve dificuldades na devolução dos questionários porque alegavam que tinham
pouco tempo; Falta de domínio total do PC, também houve dificuldades na questão financeira
para concluir o trabalho. Alguns questionários não foram devolvidos.

CAPITULO III - APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS


RESULTADOS
Neste capítulo apresentou-se e discutiu-se os resultados obtidos do campo de pesquisa.
As informações recolhidas foram trabalhadas de acordo as técnicas de análise e interpretação
de dados como: Análise de conteúdo para dados recolhidos através das entrevistas e análises
dos questionários.
3.1. Apresentação, análise, interpretação das entrevistas dirigida à Diretora do Centro
Médico.
Uma das técnicas usadas para o alcance dos objetivos declarada a Sra. Directora do
Centro Médico do Ritondo de Malanje. Com mais de 5 anos de experiência profissional com
idade de 33 anos e licenciada em enfermagem, área de trabalho Pediatria.
1. Sra. Directora, tem se registado casos de infecção urinária em gestantes na unidade
hospitalar? R: Sim, temos recebido casos de infecção urinária na gestação.
Em função da primeira pergunta feita ao Sra. Directora do Centro Médico do Ritondo
verificou-se que tem se registado vários casos de infecção urinária na gestação o que nos
deixou preocupados enquanto investigadores.
2. Quais têm sido as principais causas das infecção urinária em gestantes? R: Má
higienização dos órgão genital e falta de conhecimento.
Quanto a segunda pergunta percebeu-se que as principais causas da infecção urinária
em gestantes resulta em má higienização e falta de conhecimento.
3. Quais têm sido as principais consequências da infecção urinária em gestantes? R:
Ameaça de aborto, parto pre-maturo, nados mortos etc.
Podemos intender, que as principais consequências da infecção urinária na gestação
têm sido ameaça de aborto, parto pre-maturo e nados mortos.

33
4. Que proposta a Sra. Directora, indica para dar solução aos casos de infecção urinária
em gestantes? R: Aconselho as gestantes para fazem as consultas pré-Natal, e os
exames complementares.
Quanto a quarta questão, entendemos que para minimizar o problema em causa é
necessário que as gestantes participam nas consultas pré-Natal e outros exames
complementares.

3.2. Apresentação, análise e interpretação das entrevistas aplicadas aos médicos e


enfermeiros (as)
Um dos primeiros aspectos que se procurou compreender dos profissionais de saúde
(Médicos e enfermeiros), do Centro do Ritondo é a percepção deles relacionada as gestantes
que ocorrem aos serviços de saúde,se contraíram infecção urinária. Neste caso constatou-se
que cerca 50% dos profissionais consideraram que algumas gestantes têm apresentado caso de
infecção urinária, que tem deixado preucupado os profissionais de saúde.

3.2.1-Opinião dos Enfermeiros (a) e Médicos (a) relacionada a gestantes que acorrem ao
vosso serviço se contraíram alguma Infecção urinária
Segundo os dados da pesquisa percebeu-se que 70% dos Médicos e Enfermeiros
entrevistados responderam que muitas mulheres gestantes que aparecem á unidade sanitária
contraíram a infecção, enquanto que 30% responderam que não. Constatou-se que a maior
parte das gestantes contraem a infecção urinária por causa de mal higienização e falta de
conhecimento.

1º Quadro. Pergunta colocada aos proficionais de saúde as bactérias que com maior
frequência causam infecção urinária na gestação
1. Caro profissionais quais são as bactérias que com maior F Fr
frequência causam infecção urinária na gestação. A (%)
Escherichia coli 7 30
Enterococcus 0
Citrobactkoseri 0
Estrefilococos 2
Estreptococos 1 10

34
Klebsiella 0 50
Proteja Mira bilis 0 10
Total 10 100
Fonte: Dados da pesquisa

Com vista a apreender a observação dos médicos e enfermeiros ao serem questionados


as principais bactérias que causam infecção urinária na gestação, 70% dos profissionais
responderam é Escherichia coli, 20% responderam que é Staphilococcus e 10% responderam
que é Estreptococos. Portanto resumindo que a bactéria que mais causa infecção urinária na
gestação é Escherichia coli.
2° Quadro. Pergunta colocada aos profissionais sobre as consequências da infecção
urinária na gestação.
F Fr (%)
2. Caros profissionais quais têm sido as consequências da infecção A
urinária
Aborto 2 20
Morte 8 80
Fonte: Dados da pesquis
Dos profissionais inqueridos, 2% concederam o aborto como uma das causas da
infecção urinária na gestação e 80% consideraram a morte como a pior consequência da
infeção urinária na gestação
3º Quadro. Pergunta colocada aos profissionais sobre a existência de alguns factores
que levam as gestantes a contraírem a infecção urinária.
Caro proficional, existe alguns factores que levam as gestantes a FA Fr (%)
contrairem infecção urinária na gestação? Quais são?
Sim 10 100
Não 0 0
Total 0 100
Factores das infecções urinárias nas gestantes

Falta de higene 3 30
Falta de conhecimento 5 50
Gravidez 2 20

35
Total 10 100
Fonte: Dados da pesquis
100% dos profissionais responderam sim, existem factores que levam as gestantes a
contraírem infecção urinária, conforme os dados mostram. 50% dos profissionais, respondem
que as gestantes contratem a infecção urinária por falta de conhecimento, enquanto que 30%
disseram que é por falta de higiene e 20% dos factor é a gravidez.
De acordo com os dados obtidos verificou-se que muitas mulheres não tem
conhecimento sobre a infecção urinária e torna elas vulneráveis, e outras por falta de higiene,
desta forma é muito importante que as mulheres gestantes desenvolvem hábitos saudáveis de
higiene.
3.2. Apresentação, análise e interpretação dos questionários aplicados as pacientes:
Atendendo aos objetivos preconizados no âmbito do presente trabalho de investigação,
um dos primeiros aspectos que se procurou compreender das gestantes é a sua opinião se de
facto não tem algumas noções do que é infecção urinária na gestação.
Quadro n°1. Opiniões das gestantes sobre, o conhecimento da infecção urinária na
gestação:
FA Fr (%)
1.Tens alguma noção o que é a infecção urinária na gestação
Sim 1 25
Não 3 75
Total 4 100
Fonte: Dados da pesquisa.
O quadro nos mostra que 25% gestantes entrevistadas responderam que sim e 75%
responderam que não.
Quadro n°2 Opinião das gestantes se já alguma vez padeceu de infecção urinária na
gestação
F Fr (%)
2. Já alguma vez padeceu de infecção urinária na gestação ? A
Sim 2 50
Não 2 50
Total 10 100
Fonte: Dados da pesquisa

36
O quadro mostra-nos que 50% gestantes entrevistadas responderam que sim e 50%
responderam que não.
Quadro n° 3. Opinião das gestantes sobre os sintomas da infecção urinária na
gestação
FA Fr (%)
3. Quando é que notou os sintomas da infecção urinária na gestação?
Aos primeiros dias 1 25
Na primeira semana 1 25
Após alguns meses da gestação 1 25
Nos últimos dias da gestação 1 25
Total 10 100
Fonte: Dados da pesquisa
Na resposta três (3), responderam: uma notou nos primeiros dias da gestação, uma
gestante respondeu que notou os sintomas logo nas primeiras semanas, uma depois de alguns
meses da gestação e outra gestante respondeu que notou os sintomas aos últimos dias da
gestação correspondendo 25% para cada uma.
Em função do resultado desta pergunta podemos constatar o facto real que às gestantes
com infecção urinária na gestação, os sintomas tendem a aparecer após alguns dias, alumas
semanas ou em alguns meses da gestação, mesmo que algumas são assintomáticas, não quer
dizer que não possuem infecção urinária, pelo que aconselhamos a fazerem as consultas
periódicamente.
Quadro n°4 Opinião das gestantes em relação ao tempo da doença.
FA Fr (%)
5. A quanto tempo está com esta doença?
Dias 1 25
Semanas 1 25
Meses 2 50
Total 10 100
Fonte: dados da pesquisa
O quadro mostrou-se que pacientes entrevistadas, verificou-se que 25% das gestantes
estão com a doença a dias, enquanto que 25% das gestantes referiram que estão com a doença
à semanas, entretanto 50% das gestantes estão com a enfermidade a meses.

37
Considerações finais
Ao propomos como objetivo de pesquisa para o trabalho de conclusão de monografia a
problemática das infrações urinárias em gestantes atendidas no Centro do Ritondo no
1°trimestre de 2024. O objetivo principal foi de apresentar uma investigação que se destingui-
se pela sua capacidade de responder, de forma pontual, às exigências educacionais actuais e
de propor soluções viáveis aos mais variados problemas de saúde sociais com implicações
materno-infantil.
Não existem dúvida de que a ITU, representa uma relevante fonte de complicações
maternas (celulite e abcesso perinefrético, obstrução urinária, trabalho de parto pré-termo,
pré-eclâmpsia, choque séptico, falência de múltiplos órgãos e óbito) e perinatais
(prematuridades, etc.). Visto que a bactéria assintomática acomete entre 2 à 10% das
gestantes, das quais aproximadamente 30% desenvolverão pielonefrite se não for tratadas
adequadamente, torna-se de lógica incontestável a identificação e tratamento desta forma de
infecção durante o prénatal, evitando-se os casos mais graves de ITU.
Seu tratamento é facilitado, visto que pode ser baseado no antibiograma. Para o
tratamento da ITU aguda não é possível aguardar o resultado da cultura, devendo-se instituir
empiricamente a terapia antimicrobiana. Para aminizar o empirismo da conduta, o
conhecimento prévio do perfil de resistência dos antibacterianos disponível estaria baseado no
perfil histórico do desempenho deste antimicrobianos. Variável mais importante no
tratamento de pielonefrite é utilizar um antibiótico bactericida, endovenosa na fase aguda da
infecção e com possibilidades de ser administrado via oral após o melhoramento clínico da
paciente, em seu domicílio. Neste caso, a droga que melhor atende está toda demanda é
Amoxicilina, utilizada no período de 7 à 10 dias.

38
Para os casos em que a profilaxia da ITU está indicada, preferem-se os
quimioterápicos, entre eles Nitrofuratoína, evitando utilizá-la no final da gravidez, face aos
riscos inerentes da hiperbilirrubinemia neonatal.
Assim importa dizer que tanto o problema quanto os objetivos definidos para este
trabalho foram, aos seu nível alcançados, na medida em que a leitura de profundidade do
trabalho faz ver que é a capacidade que o profissional de saúde tem em detectar e lidar
imediatamente com os casos de infecção urinária em gestantes atendidas no Centro Médico do
Ritondo em Malanje, define o seu olhar de lince e sua estratégia de sobreposição a tais
empecilhos ao rendimento global das gestantes.

Sugestões
Chegando no ponto final, resta-nos apenas extrairmos o que é mais substancioso
desenvolvemos ao longo deste nosso modesto trabalho. De acordo aos dados da entrevista e
questionário, destacou-se que a infecção urinária em gestantes resulta da falta de
acompanhamento e o pouco envolvimento das mulheres nas consultas de rotina, foi
apresentado como um dos maiores indicadores que estão na base do alto índice de infecção
urinária. Para minimizar os casos de infecção urinária na gestação, a unidade hospitalar usa
como mecanismo a realização de palestras em que aproveita-se chamar atenção as mulheres
grávidas de modo a participarem frequentemente nas consultas. Verificou-se ainda que entre
as demais formas de infecção urinária na gestação, resulta do baixo saneamento básico e a
pouco higiene, bem como a mal higienização, embora não sendo tão alto, há necessidade de
se intervir de modo a solucionar o problema. Fruto desta investigação foi desenvolvido acções
com intuito de poder contribuir na redução do fluxo da infecção urinária na gestação no
Centro do Ritondo de Malanje.
Durante a pesquisa, percebeu-se que a infecção urinária afecta negativamente as
mulheres gestantes e influência negativamente no desenvolvimento do recém-nascido. Por
estás razões, precisa-se de máxima atenção dos profissionais de saúde de modo a prevenir está
enfermidade, é importante que se comece a criar hábitos saudáveis de higiene. Pretendemos
ainda contribuir nas campanhas de políticas de saúde pública; tais como: Pelestras,
imunização (PAV), abastecimento de água potável, nutrição, promoção da saúde da mãe e da
criança, visando assim na diminuição do quadro de risco nas comunidades e contribuir para
acervo bibliográfico da instituição para futuras pesquisas e orientações. Afinal, uma sociedade

39
que se renova pela renovação inicial dos seus actores sociais como crianças, adolescentes,
jovens e adultos, é ao certo de uma sociedade fundada ao progresso, desenvolvimento e à
abertura das mais variadantropológicciais, antropológicas,

Bibliografia
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UGAIB, B. (2913), Noções práticas de obstetrícia. 13ª Ed. Belo Horizonte: Artes Médica.

41
42
ANEXOS

43
Apêndice

APÊNDICE
44
Questionário dirigido ao Sra. Directora de Enfermagem do Centro do Ritondo de
Malanje
Prezada Directora
Esta entrevista é parte integrante do grupo, para uma pesquisa de trabalho do fim do
curso médio em ciências da saúde, do Instituto politécnico Adventista de Malanje “IPAM", e
destina-se a busca de informações sobre “infecçáo urinária na gestação" . A tua atenção à
pesquisa é muito importante, sendo que a tua identidade será preservada e as informações
serão somente para fins de investigação científica.
Formação académica: ________________________________________ Idade:
_______.
Tempo de trabalho:_________________ Área: _____________________.

1. Sra. Directora, tem se registado casos de infecção urinária em gestantes na


unidade hospitalar?
R:___________________________________________________________________
_____

2. Qual têm sido as principais causas da infecção urinária em gestantes?


R:___________________________________________________________________
_______________

3. Quais têm sido as principais consequências da infecção urinária em gestantes?


R:___________________________________________________________________
_________

4. Que proposta o Sra. Directora, indica para dar solução aos casos de infecção
urinária em gestantes?
R____________________________________________________________________
____________

Entrevista dirigida as pacientes

45
Estimada paciente, desde então agradecemos a sua disponibilidade. Estamos a
desenvolver uma investigação para conclusão do trabalho do fim do curso, com o tema:
Infecção urinária na gestação.
Necessitamos que contribua com o seu saber respondendo o questionário, visto que o
sucesso deste trabalho depende da objetividade das suas respostas. Garantimos segredo
profissional, aliás, o presente questionário destina-se-à simplesmente para o uso da elaboração
deste trabalho.

Idade:_________Género: F________.

1. Tens alguma noção do que é a infecção urinária na gestação?


Sim______
Não______
2. Já alguma vez padeceu de infecção urinária na gestação?
Sim______
Não______
3. Quando é que notou os sintomas da infecção urinária na gestação?
Aos primeiros dias da gestação______.As primeiras semanas de gestação____. Após
alguns meses da gestação______. Aos últimos dias da gestação_______.

4. Quanto tempo está com está doença?


Dias_______.
Semanas______.
Meses________

5. Tens mínima noção o que lhe causou infecção urinária?


Sim________.
Não________.
Entrevista dirigido aos profissionais (médicos e enfermeiros)
Estimadostimado (a) técnico/ a, desde logo agradecemos disponibilidade. Estamos a
desenvolver uma investigação para conclusão do fim do curso com o tema: Infecção
Urinária na Gestação.

46
Necessitamos que contribua com o seu saber respondendo o questionário, visto que o
sucesso deste trabalho depende da objetividade das suas respostas. Garantimos segredo
profissional, aliás, o presente questionário destina-se-à simplesmente para o uso da elaboração
deste trabalho.
Idade_______formação____________________
especialidade_____________________ nível académico_______________________ gênero
M_____ F______ tempo de serviço_________.

1. Todas gestantes que acorrem ao vosso serviço contraíram alguma Infecção


urinária?
Sim______
Não______
Se sim porque?
R:___________________________________________________________________
_______________

2. Caro profissionais quais são as bactérias que mais causam infecção urinária na
gestação?
A. Escherichia coli______
B. Enterococcus faecalis_____
C. Citrobactrkoseri_______
D. Staphylococus_______
E. Streptococcus______
F. Proteja mirabilis______
3. Existe alguns factores que levam as gestantes a contraírem a infecção urinária?
Sim________
Não_______
Se sim quais são esses factores que estão na base do aparecimento da infecção urinária
na gestação?
a) Falta de higiene_________
b) Falta de conhecimento_______
c) Gravidez_________

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