Manual 14 - Operações Com Cães
Manual 14 - Operações Com Cães
Manual 14 - Operações Com Cães
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Manual de Operações com Cães: 2019 / CBMERJ. Rio de Janeiro: CBMERJ, 2019
Formato: PDF
CDD 341.86388
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AUTORES
MOPBM 4 -014
Rio de Janeiro
2019
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REALIZAÇÃO
ESTADO-MAIOR GERAL
COORDENAÇÃO
TENENTE-CORONEL BM ALEXANDRE LEMOS CARNEIRO
MAJOR BM EULER LUCENA TAVARES LIMA
MAJOR BM FÁBIO LUIZ FIGUEIRA DE ABREU CONTREIRAS
CAPITÃO BM RAFAELA CONTI ANTUNES NUNES
CAPITÃO BM DIEGO SAPUCAIA COSTA DE OLIVEIRA
COLABORADORES
TENENTE-CORONEL BM RENAN ALVES DE OLIVEIRA
TENENTE-CORONEL BM RICARDO GOMES PAULA
TENENTE-CORONEL BM PAULO NUNES COSTA FILHO
TENENTE-CORONEL BM FELIPE DO VALLE PUELL
MAJOR BM JOSIANE DOS SANTOS DE MELO
REVISORES
MAJOR BM SANDRO SAMPAIO PINTO
CAPITÃO BM MAIARA VERLY DA SILVA
CABO BM THIAGO DE OLIVEIRA MORAES
PROJETO GRÁFICO
1º TENENTE BM DJALMA DE FIGUEIREDO JUNIOR
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SUMÁRIO
SUMÁRIO.................................................................................................................... 6
OBJETIVO................................................................................................................. 15
FINALIDADE ............................................................................................................. 16
1 HISTÓRICO CANINO............................................................................................. 22
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OBJETIVO
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FINALIDADE
Este Manual de Operações com Cães tem por finalidade, auxiliar o militar
especialista na formação do cão, trazendo informações necessárias tanto para a
criação e os cuidados do animal, quanto para o treinamento do semovente canino,
desde sua fase filhote, até que o cão operativo esteja pronto para atuar pelo
CBMERJ.
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- Manual de Trabajo Del Figurante KSAR –Víctor Troncoso Abello & Gerardo
Donoso Alfaro
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- iG São Paulo. Estudo explica por que cães e lobos são tão diferentes.
Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2013-01-19/estudo-
explica-por-que-caes-e-lobos-sao-tao-diferentes.html>. acesso em: 13 jun. de
2018.
- Petclube.Disponível em https://www.petclube.com.br/noticias/5153-doencas-
caes-e-gatos-diarreia-com-sangue.html. Acessado em 22 de dezembro de
2019,
- Vermífugos.Disponível:<https://www.drogavet.com.br/wpcontent/uploads/litera
turas/2015/11/2119819805_drogavet_vermifugos_060109.pdf>. acesso em 01
out. 2019
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DEFINIÇÕES E CONCEITOS
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1 HISTÓRICO CANINO
1.1 Ancestralidade
Figura 1 - Borophaginae
Fonte: www.retrieverman.net
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durante a 2ª Guerra Mundial. Após os bombardeios foi que os cães foram utilizados,
pela 1ª vez, para encontrar as pessoas sepultadas pelos escombros.
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2 LEGISLAÇÃO CANINA
d) Art.169, Art. 235 e Art. 252 da Lei nº 9.503 – Código de Trânsito Brasileiro –
Dispõe sobre o transporte dos animais.
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3.4.4.3 Temperatura
3.4.5.1 Vacinas
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3.4.5.2 Soros
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3.4.7.1 Carrapatos
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grande ao animal pela reação alérgica provocada, pode causar também anemia e
transmitir doenças como a Babesiose e a Erlichiose.
O foco de infestação pode estar em frestas, lugares escondidos da casa,
terrenos baldios ou em praças perto do local onde o cão habita. No caso de
infestação por carrapatos em cães, o controle tem de ser mais rigoroso e contínuo.
O Carrapato tem um ciclo de vida dinâmico. Após a fêmea estar repleta de
sangue, ela se desprende do cão e no ambiente põe os ovos. As fêmeas morrem
logo depois de pôr os ovos, de onde nascem larvas, que utilizam suas seis pernas
para alcançar um animal que passa. Os carrapatos são muito vorazes,
principalmente as fêmeas (Taylor 2017).
to
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3.4.7.2 Sintomas
3.4.7.3 Profilaxia
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3.4.7.4 Pulgas
As pulgas são insetos que podem viver à custa dos animais sugando o seu
sangue. Quando passam de um hospedeiro para outro, podem levar
microorganismos de doenças graves.
Figura 5 - Pulga
Fonte: www.veja.abril.com.br
A pulga é o inseto mais comum nos animais de estimação, uma fêmea pode
dar origem a 20 novas pulgas por dia.
Antes de se alimentar de sangue e para que este não coagule, a pulga injeta
uma substância denominada "saliva" que é frequentemente responsável por alergias
graves em longo prazo.A dermatite alérgica à picada da pulga (DAPP) é a doença
dermatológica mais frequente nos animais de companhia.
Ainda se encontra nos pelos dos animais, fezes das pulgas (pontos pretos
entre os pelos junto a pele do animal). Quando ingeridas pelos cães no ato de se
coçarem ou lamberem, ou pelo homem acidentalmente, levam, para o intestino, a
forma infectante do Dipylidium caninum, semelhante à Tênia, "solitária" do homem.
a. Sintomas
Os animais apresentam emagrecimento, diarreia, perda de pelos e morte se
não tratada. Apresenta também coceira na região anal, arrastando a região no chão,
e às vezes podem ser vistas partes do verme, em volta do ânus ou nas fezes,
semelhantes a grãos de arroz.
Segundo Saúde animal (2019)
b. Profilaxia
A maior parte do ciclo de vida da pulga ocorre fora do seu
hospedeiro e devido a isso, existe a necessidade de cuidar também das
instalações e ambiente onde o animal vive além dele mesmo.
Através de uma orientação adequada, pode-se dar um tratamento
ao animal para que ele fique sem pulgas. Inseticidas no ambiente, além de
um vermífugo correto para eliminar o Dipylidium do animal de estimação.
Podemos encontrar uma variedade enorme de sabonetes,
shampoos, pós, talcos, sprays, pipetas, coleiras anti-pulgas e medicações
orais, alguns para serem usados nos cães e gatos e outros nos ambientes.
3.4.7.5 Sarna
a. Sintomas
As lesões da sarna nos animais envolvem em geral a região ventral do
abdômen, peito, patas, sendo as orelhas e região axilar as preferidas pelo ácaro. A
doença espalha-se rapidamente pelo corpo, ocorrendo alopecia, coceira intensa e
lesões avermelhadas e crostosas. O ato de coçar abre caminho para uma infecção
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bacteriana secundária.
b. Profilaxia
O melhor meio de controle é tratar o animal com orientação veterinária, tratar
o ambiente e utensílios de uso do animal é muito importante.
3.4.7.6 Piolho
3.4.7.7 Moscas
3.4.7.8 Berne
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Figura 7 - Berne
Fonte: www.cachorrosblogs.blogspot.com
3.4.7.9 Miíase
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3.5.1 Cinomose
a. Falta de vacinações;
b. Aglomeração de cães.
c. Verminoses;
d. Raquitismo;
e. Introdução de animais de fora no canil sem uma prévia quarentena.
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3.5.1.4 Sintomas
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a. Vômito e diarréia.
a. Incoordenação motora;
b. Distúrbios psíquicos;
c. Agressividade que confunde até com a raiva;
d. Salivação espumante;
e. Alucinações;
f. Latidos contínuos;
g. Andar em círculos;
h. Ataques convulsivos generalizados chamados de “mascadores de chiclete”.
i. Na fase do sistema nervoso temos o clássico sintoma da Cinomose que é o
“tique” nervoso muscular, que é como se fosse uma rápida contração e relaxamento
muscular.
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3.5.1.11 Prevenção
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3.5.2 Parvovirose
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3.5.2.2 Sintomas
3.5.2.3 Tratamento
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3.5.2.5 Prevenção
a. Vacinação
b. Manter filhotes isolados por tanto tempo quanto possível dos outros animais e
de instalações potencialmente infectadas.
3.5.3 Coronavirose
3.5.3.1 Sintomas
a. Animais assintomáticos
b. Início agudo de anorexia, depressão, vômito e diarréia (mole ou aquosa com
muco e ou sangue).
3.5.3.2 Diagnóstico
3.5.3.3 Tratamento
a. Suporte clínico
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3.5.3.4 Prevenção
a. Vacinação
3.5.4 Raiva
A raiva é uma doença oriunda de um vírus, que pode ser fatal depois de
instalada no animal. Não possui tratamento curativo e se manifesta acarretando em
distúrbios nervosos, agressividade, paralisia e morte. Esta doença pode infectar
qualquer animal de sangue quente.
A raiva ataca primariamente o sistema nervoso e é eliminado pela saliva.
Sendo transmitido no interior de um ferimento profundo por mordedura. Após da
mordida, o vírus entra no tecido nervoso periférico e dissemina-se ao longo dos
nervos periféricos até a medula espinhal e o cérebro.
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3.5.4.1 Sintomas
3.5.4.2 Diagnóstico
a. Teste Laboratorial
b. Histopatologia (corpúsculo de Negri)
c. Teste de inoculação em camundongos.
3.5.4.3 Tratamento
3.5.4.4 Prevenção
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3.6.1 Leptospirose
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3.6.1.1 Transmissão
3.6.1.2 Sintomas
3.6.1.3 Diagnóstico
Sorologia
3.6.1.4 Prevenção
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3.6.1.5 Tratamento
3.6.2 Tétano
3.6.2.1 Tratamento
3.6.2.2 Sintomas
a. Rigidez generalizada;
b. Inicialmente o andar é rígido, parece que as patas estão presas;
c. Depois rigidez da cauda e pescoço (cabeça pendida para trás);
d. Riso sardônico (comissura labial repuxada);
e. Orelhas duras;
f. Excitabilidade a ruídos e luz;
g. Convulsões tetânicas;
h. Morte.
3.6.2.3 Tratamento
Uma das coisas mais rotineiras na clínica de cães e gatos são os vermes
intestinais. Os cães são acometidos por uma série de vermes que se adaptaram a
eles. Grande parte dos cães já nasce com vermes.
Nas infestações por vermes influem fatores como situação geográfica,
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3.7 Vermes
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parasitos (quando podem ser vistos a olho nu) ou Micro parasitos (quando precisam
de instrumento ótico de aumento para serem identificados
a. Toxocaracati
b. Ancylostomacaninum
c. Dipylidiumcaninum
d. Isospora canis
e. Giardiassp
f. Trichurisspp
g. Dirofilariose ("verme do coração")
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3.7.3.1 Sintomas
3.7.3.2 Diagnóstico
3.7.3.3 Tratamento
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3.7.4.1 Sintomas
a. Anemia
b. Diarreia
c. Emagrecimento
d. Bronco-pneumonia
e. Apatia
f. Enfraquecimento geral
g. Animais jovens podem apresentar perda de sangue grave (melena, sangue
fecal vivo e/ou anemia) e diarreia.
3.7.4.2 Diagnóstico
a. Tratar os sintomas;
b. Através de exame de fezes e exame de sangue para verificação da anemia.
3.7.4.3 Tratamento
a. Anti-anêmico;
b. Ferro;
c. Vitamina B12;
d. Vermífugo específico;
e. Antidiarreicos;
f. Anti-hemorrágicos;
g. Transfusão de sangue.
h. Estabelecer um calendário para aplicar os vermífugos.;
i. Fazer um rodízio de substâncias;
j. Higiene dos animais;
k. Exame de fezes;
l. Desinfestação do solo
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3.7.5 DipylidiumCaninum
3.7.5.1 Sintomas
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3.7.5.2 Tratamento
3.7.6.1 Sintomas
3.7.6.2 Disgnóstico
3.7.6.3 Tratamento
a. Vermífugo (Sulfadimetoxina).
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3.7.7 Giardia
3.7.7.1 Sintomas
a. Fezes pastosas;
b. Odor fétido;
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3.7.7.2 Tratamento
3.7.8 TrichurisVulpis
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a. Animal com aumento abdominal, onde é comum o proprietário achar que seu
animalzinho esteja gordinho.
b. Olhar triste e comportamento atípico, devem ser avaliados por um profissional
para diagnóstico
c. Animal arrasta o "bumbum no chão".
d. Magreza.
e. Fezes moles podendo apresentar sangue.
f. Presença de vermes nas fezes.
instalações e tratador;
6° Notificação compulsória em casos de zoonoses.
3.8 Medicamentos
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3.9.1 Osteologia
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3.9.2 Miologia
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3.9.3 Sindesmologia
Legenda:
A – Ombro
B – Cotovelo
C – Joelho
D – Tornozelo
E – Quadril/ Bacia
Figura 17 - Sindesmologia Canina
Fonte: www.petescadas.com.br
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3.9.4 Esplancnologia
a. Coração
b. Pulmões
c. Artérias e veias
d. Esôfago
e. Traqueia
a. Estômago
b. Intestinos (delgado e grosso)
c. Fígado
d. Vesícula biliar
e. Rins
f. Baço
g. Pâncreas
h. Bexiga
i. Ovários/útero
j. Próstata
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Fonte: www.ateac.org.br
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A IAA pode ser realizada para pacientes de qualquer idade, enfermidade e/ou
necessidade social. Para a realização da IAA, e de modo que todos estes setores
sejam atendidos, são necessários:
a) Um condutor que tenha realizado o CBReSC.
b) Um cão que seja deste militar, adestrado e treinado para estas atividades.
c) Adaptação da sessão pelo condutor para o público alvo, que deve ser tratado
anteriormente com o profissional da área da saúde do local e/ou dos pacientes
envolvidos.
O projeto de IAA realizado pelo CBMERJ não possui fins lucrativos, sendo
expressamente proibido qualquer tipo de cobrança financeira para a realização das
atividades. Caso isso ocorra, deverá ser registrado e denunciado para que os
responsáveis sejam investigados e julgados de acordo com o órgão competente.
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6 COMPORTAMENTO CANINO
ninhada deverá ser de criação própria, ou a matriz deve ser trazida em conjunto.
Quanto mais cedo se iniciar o treinamento, maior será sua capacidade de
aprendizado, pois o cão poderá ser submetido mais rapidamente ao ambiente onde
ira desenvolver suas habilidades e ficará distante de ambientes e situações
indesejadas.
O tamanho ideal é que não seja pequeno demais, pois terá dificuldade para
se deslocar na maioria dos cenários ou percorrer longas distâncias, ou não será forte
o suficiente para se locomover nas áreas deslizadas, tão pouco deverá ser grande
demais, pois poderá se desgastar mais facilmente e terá dificuldade de se locomover
nos escombros ou de ser transportado.
O sexo não é fundamental, está mais associado à preferência e habilidade do
condutor, machos tendem sempre a liderança e recebem muita influência dos
impulsos sexuais, já as fêmeas são mais calmas, mas tendem a ser mais submissas,
tendo comportamento complicado durante o cio e incomum quando tem filhotes.
O canal nasal é a principal ferramenta do cão para farejar as vítimas, um
pequeno detalhe fisiológico que resulta em milhões de células olfativas a mais,
disponíveis nas operações de busca.
Testas baixas e inclinadas fazem com que o etmoide fique situado bem no
nível de canal nasal, enquanto que as testas retas e altas colocam-no em uma
posição bem mais alta e praticamente fora do alcance do fluxo de ar. Logo, cães de
bom faro são aqueles dotados de stop (união entre os ossos nasais e frontais)
imperceptível ou bem pouco definido.
O tamanho da abertura das narinas vai regular o volume de ar que pode ser
aspirado em determinada fração de tempo. Narinas mais amplas permitem que uma
maior quantidade de ar seja aspirada e as narinas de abertura menor, uma menor
quantidade de ar.
Figura 23 - Narinas
Fonte: Manual do CFCi, 2016 - CBMSC
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essa observação não seja apenas uma ocasião, ela precisa existir em variadas
ocasiões e em situações diversas.
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Fonte: www.portalpets.com.br
Fonte: www.blog.petiko.com.br
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Defecar - Provocação.
Ficar empinado, com os membros rígidos, movimento lento para frente, com
as orelhas dobradas para trás: Desafio e agressividade.
Ficar imóvel, olhar fixo num ponto (presa), com a frente levemente mais baixa
e orelhas dobradas para trás - Ritual de caça - está pronto para dar o bote e atacar.
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Fonte: www.vix.com
Fonte: www.omundocao.wordpress.com
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Fonte: www.peritoanimal.com.br
A cauda dos cães possui uma linguagem própria. Ela é utilizada para enfatizar
as linguagens facial, corporal ou vocal.
A colocação da cauda em posição erguida está normalmente associada com
dominância e em posição baixa com submissão.
Abanar a cauda pode significar muitas coisas além da felicidade, como
acredita a maioria. Uma cauda que se posiciona alta e com ligeiros movimentos,
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indica dominância. A cauda baixa com um pequeno movimento pode ser uma
preparação para o ataque.
Os cães podem posicionar a cauda entre as patas para demostrar medo ou
submissão.
Os cães dominantes podem colocar sua cauda ligeiramente abaixo da
horizontal no momento do ataque.
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brinquedo, imediatamente será seguido por outros, se começarem a latir por algum
motivo, todos os cães próximos irão se motivar a latir também.
Este tipo de aprendizagem é o principal motivo que embasa a escolha de uma
boa matriz para a ninhada, tendo em vista que os filhotes aprenderão muito
observando a mãe. Ao observar filhotes interagindo por alguns minutos pode-se
perceber a força desse processo, que deu origem a máxima: filhotes veem, filhotes
fazem.
Para a formação de cães de busca, Não se pode ignorar a força da
observação. Desde cedo filhotes devem ser motivados a ver seus pares mais velhos
em treinamento.
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Fonte: www.britannica.com
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Fonte: www.championdog.com.br
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7 IMPRINTING
Figura 44 - Esquerda: cão sendo socializando na lama; Direita: cão confiante em evento de deslizamento
Fonte: www.psico12paratodos.blogspot.com
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Para a formação operacional do cão de busca deve-se valer dessa fase, para
ressaltar, a socialização, o instinto de caça, o gosto e a possessividade pela
brincadeira, além de estimular no filhote a capacidade de resolver problemas e a
utilização de seu faro, direcionando-o a se tornar mais independente de seu
condutor, no futuro.
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Deve ser executado por uma pessoa desconhecida do filhote. Após virar (com
cuidado) o filhote de costas, mantenha-o na posição por 30 segundos aplicando uma
mão sobre seu peito:
a) Debate-se com violência e morde;
b) Debate-se até soltar-se;
c) Debate-se e acaba acalmando-se;
d) Não se debate e lambe suas mãos.
e) Respostas imprevisíveis. (Excita-se, acalma-se, torna a agitar-se, mordisca,
lambe tudo confusamente).
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O teste de Volhard é uma avaliação muito útil aplicada no cão ainda filhote
para se conhecer as tendências comportamentais desse cão. O cão escolhido fará
parte da vida de seu condutor em um treinamento que perdura em média dois anos,
minimizar as chances de falha com este teste é evitar uma futura decepção e tempo
gasto com um semovente que não possui o perfil para cão de busca.
Este teste deve ser aplicado exatamente aos 49 dias de vida do cão, pois
considera-se que o cão está neurologicamente completo e com cérebro de adulto.
Os cães devem estar ativos e com boa saúde, não podendo ser alimentados ou
vacinados no dia da aplicação da avaliação.
O local para aplicação do teste deve ser tranquilo e desconhecido para o cão,
medindo aproximadamente 4m² com piso não escorregadio. O examinador, e o
anotador que estarão no ambiente com o filhote devem ser pessoas que o
semovente não conheça, o anotador não pode interferir na atuação do cão e deve
comentar com o examinador antes de marcar os pontos.
Aplicação: o filhote não pode ser intimidade pelos aplicadores do teste. Os
movimentos devem ser suaves, evitando-se inclinação sobre o filhote, gesticulação
ou aproximação de mãos bruscas. O examinador deve falar calmamente, bater
palmas com pouca intensidade. Caso o cão não reaja ao teste ou demonstre
extremo estresse, tente interagir com o filhote e reiniciar o teste algum tempo depois.
Posteriormente serão demonstradas as etapas do teste de Volhard baseadas no
artigo: Teste de temperamento de filhote de cão, da Revista Cão & Cia.
Pontuação:
a) 1 ponto – O cão vem logo, animado, e Salta e morde a mão do
examinador
b) 2 pontos – O cão vem logo, animado, e bate com a pata e lambe a
mão do examinador;
c) 3 pontos – O cão vem logo, animado, e não encosta no examinador
d) 4 pontos – O cão vem Logo, sem mostrar ânimo;
e) 5 pontos – O cão vem hesitante;
f) 6 pontos – O cão não vem.
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f) 6 pontos – De 1 ou 2 segundos.
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8 OBEDIÊNCIA
Ensinar comandos básicos ao seu cão auxilia no controle que o condutor terá
sobre o mesmo em um cenário de operações. Para este tipo de aprendizagem
utilizamos as formas de condicionamento apresentados, Skinner e Pavlov.
8.1.1 Junto
Comando Junto
Fonte: CBMERJ
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8.1.2 Senta
Fonte: CBMERJ
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importante que o condutor não utilize diversos comandos verbais para obter apenas
uma ação. Caso o cão não obedeça ao comando regrida no treinamento e volte a
erguer o prêmio sobre sua cabeça.
Após conseguir que o execute o movimento apenas com comando verbal,
aumente o tempo para premiá-lo. Quando o cão demonstrar segurança comece a
recompensar sempre que ele executar o movimento perfeitamente, deixando de
recompensá-lo quando demorar a executar o comando ou sentar muito lentamente.
8.1.3 Deita
Comando Deita
Fonte: CBMERJ
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É mais fácil ensinar o cão a deitar depois que o mesmo já sabe sentar, pois a
partir da posição do “Senta” é mais fácil capturar o movimento do comando “Deita”.
Um facilitador para capturar o movimento do comando “Deita” é utilizar uma
mesa e colocar o cão sobre a mesma na posição sentado, isso limitará o espaço do
cão e voltará a atenção do semovente para a recompensa, neste momento encoste
o prêmio no focinho do animal e abaixe-o devagar, centralizado a frente do cão até
passar do limite da mesa.
Após o cão executar o comando na mesa traga-o para o chão e coloque-o na
posição sentado, aproxime a recompensa do focinho dele e abaixe-a devagar
centralizado a frente do semovente em direção ao solo. Caso ele saia da posição,
pare, coloque o cão sentado e recomece o exercício.
O passo seguinte é fazer o mesmo movimento, porém com a recompensa
sendo movida de forma direta e rápida para o chão. Quando o cão seguir a mão vá
distanciando a mão aos poucos, obrigando-o a deitar. Recompense-o a cada
progresso.
De acordo com a evolução do treinamento o cão executará o movimento cada
vez mais rápido. Nesse momento deve se aumentar o tempo de recompensá-lo,
mantendo o semovente deitado por um período maior.
Antecipe o comando verbal aos poucos até que seja dito antes da ação. Aos poucos.
Assim que o cão estiver executando bem o comando “Deita”, alterne-o com
outros comandos, recompense-o apenas quando cumprir corretamente os
comandos, dando mais ênfase na premiação por uma execução perfeitas do
movimento.
Posteriormente diversifique as situações, leve-o a lugares com outros cães,
lugares interessantes para ele, com brinquedos e outros objetos que lhe causem
interesse, etc.
8.1.4 Fica
Comando Fica
Fonte: CBMERJ
condutor deixe o cão em um local para estudar o ambiente que o semente será
lançado, visando preservar a segurança do cão e traçar as táticas, técnicas e
estratégias a serem empregadas na operação.
Deve-se atentar para que a evolução desse comando seja bem gradual.
Quando o cão permanece muito tempo em uma posição ele toma para si a decisão
de se liberar, isso pode gerar ansiedade influenciando para ele sair da posição.
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8.1.5 Aqui
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Comece a levar o cão para locais fora de seu ambiente de treinamento. Como
material auxiliar para se ingressar nessa etapa pode ser utilizado um cordelete leve,
de preferência imperceptível ao cão, mas que gere um desconforto caso ele disperse
do exercício. Dê a liberdade ao cão, deixe-o se afastar e então pronuncie o comando
verbal, após a execução dê a recompensa a ele.
Por fim, treine na presença pessoas, outros animais ou qualquer outra coisa
que cause interesse no seu cão, para poder ter certeza de que ele atenderá ao
comando em qualquer situação.
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9 FIGURAÇÃO
131
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9.1 Auto-Figuração
Essa fase se inicia logo após a fase de Imprinting, sendo utilizada sempre que
algo novo será apresentado ao cão, e se estende até o 7º/8º mês.
A auto-figuração consiste no condutor sendo o figurante de seu cão. É
importante que o condutor seja o primeiro figurante para o filhote, pois nessa fase
ocorre a separação da matilha e esse ato pode trazer segurança ao cão e fortalecer
os laços do futuro binômio.
Ao substituir a matilha, o condutor passa a ter muita importância na formação
desse filhote. A confiança e a segurança que o cão adquirirá devem ser utilizadas
pelo condutor para obter o melhor desempenho do cão nos treinamentos.
Inicialmente, deve ser reforçada, pelo condutor como figurante, a capacidade de
aprender, o instinto de caça e presa, ou a vontade de brincar, a obtenção de latido e
a fase inicial da busca com lançados curtos.
Nas fases seguintes, ao se introduzir algo novo é aconselhável que o
condutor volte a ser figurante. Isso tornará o cão mais seguro para evoluir em seu
treinamento.
É importante ressaltar que durante todo o treinamento canino, quando o
treinamento dificultar, em outro aspecto ele deve ser facilitado, por exemplo, se vai
aumentar o número de vítimas, a distância deve ser diminuída. Para a fase inicial do
cão em uma nova fase do treinamento, a volta do condutor à auto-figuração deve ser
entendida como uma facilitação, quando o exercício evolui.
132
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9.2 Figuração
Essa fase inicia quando o cão começa a fazer os lançados curtos, realizando
a transição de condutor para o figurante. Essa fase se perpetuara até após a
formação do cão, sendo que o ideal é que o mesmo figurante persista no
treinamento como o único figurante até no máximo 10º mês de vida do semovente
canino.
O figurante dará continuidade ao trabalho inicial realizado pelo condutor,
sendo o principal responsável pela moldagem do caráter, ou seja, compulsividade
pelo trabalho, firmeza e coerência de atitudes do cão de busca. O figurante é o
responsável por corrigir e aperfeiçoar a conduta do cão, pois ele está vivenciando
diretamente o comportamento que o cão possui perante uma vítima. Ele é os olhos
do condutor para moldar o cão. Um condutor inevitavelmente precisará de um
figurante para formar seu cão e um bom cão passará pelas mão de um bom
figurante, que deverá utilizar de seu conhecimento e das características citadas por
Victor Troncoso Abello em sua obra e explicitadas no inicio deste capítulo.
Um bom condutor, com o auxilio de um hábil figurante conseguirão aproveitar
ao máximo o potencial do cão, buscando a melhor evolução no aprendizado do cão
a cada sessão de treinamento.
Para condicionar o cão de busca em sua especialidade utilizaremos seu
instinto natural de caça, porém voltado para a finalidade de procurar por pessoas
perdidas ou em situações que torne-se difícil de ser localizada.
O condutor e o figurante precisam trabalhar de maneira a manter o cão
motivado para o treinamento, dosando essa motivação. O cão pode se sentir
motivado por brinquedos, panos, carinho, toques ou petiscos, sendo que cada cão
terá um fator de sua preferencia para a motivação. Cabe ao figurante saber o
momento de lançar mão deste prêmio para dar uma sobrevida ao treinamento e
exigir um pouco mais do cão, buscando obter o melhor desempenho dele, dando
preferência a premiá-lo com esta recompensa que ele mais deseja ao final do
treinamento.
Resumidamente o trabalho do figurante objetiva demonstrar para o cão o que
queremos que ele realize, incentivá-lo a fazer e premiá-lo quando obtiver êxito,
criando nele o prazer pela atividade, de modo que toda vez que lhe seja dada
133
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Essa fase inicia por volta do 6º mês, e a partir de iniciado deve se perpetuar
até que o cão esteja formado. O objetivo desta fase é apresentar o máximo de
locais, situações e problemas possíveis ao cão, para que aprenda a lidar e superar
os mesmos quando se deparar com eles em uma busca.
O cão é territorialista e tende a restringir-se aos seus domínios. Porém, é
fundamental que o cão se sinta seguro em qualquer lugar, qualquer hora e em
situações diferentes. A universalização dos espaços faz com que o cão perceba que
pode realizar a mesma atividade em outros ambientes.
O cão deve treinar em horários, climas e locais variados, e em situações
adversas, pois um cão de busca não atuará em mesmos cenário e horário.
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8ª a 10ª brincadeira.
9ª a 11ª Que desenvolva vínculos fortes Estando com outras pessoas, responde ao
semana com o condutor chamado do condutor, chora ao separar-se etc.
Tabela 4 - Tabela de Imprinting
FONTE: Manual do CFCi, 2016– CBMSC
10.2 Auto-figuração
ambiente novo a seu cão, se valendo da confiança que o animal deposita em seu
condutor, pois isso poderá facilitar a iniciação de seu cão em um novo desafio.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
brincadeira, eles são um prêmio a ser obtidos. Com o amadurecimento desse filhote,
ele entendera que ao latir ganhará seu brinquedo e a brincadeira, é importante
passar ao cão que quanto mais latidos ele emitir, mais prazerosa será a brincadeira.
b) Coleira Fixa – O condutor deve prender o cão em um poste fixo,
preferencialmente com um peitoral, e fazer movimentos leves, sons e agitando
vivamente o brinquedo sem deixar o cão pega-lo. A premiação deverá vir
conjuntamente com a liberdade no momento que o cão latir, mesmo que seja um
latido tímido. Essas sessões devem ser repetidas até que o cão se condicione a latir
pelo brinquedo estando solto. Filhotes que tem um bom vínculo com seus
condutores tendem a reagir bem a esse treinamento, aprendendo rapidamente.
139
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d) Fuga do Condutor – O cão deve ser fixado por uma guia (preferencialmente
peitoral) a um poste fixo, seu condutor chama a sua atenção e foge do seu campo
de visão portando o brinquedo, cães com bom vínculo tendem a latir para obter a
presença de seu condutor, quando isso ocorrer o condutor retorna e o premia.
10.3 Figuração
Nessa fase, o cão troca seu condutor pelo primeiro figurante, que deverá ser
alguém já conhecido pelo cão, preferencialmente este militar deverá alimentar o cão
antes de assumir este papel, ou servir de poste fixo nas fases anteriores. Para que
esta troca seja menos sentida pelo semovente canino.
Para ingressar nessa fase, o cão deve estar bastante propenso ao impulso
lúdico e ao seu instinto de caça e presa, além de estar seguro para latir com o
objetivo de ganhar seu brinquedo.
O sucesso do cão se dá principalmente nesta etapa, em conjunto com a fase
anterior, da auto-figuração. É fundamental que o figurante conheça bem o perfil e o
comportamento do cão e esteja pronto para assumir esse importante papel na
formação do semovente canino. Qualquer erro poderá ser causa de um retrocesso
no treinamento.
O figurante é o formador do caráter do cão. Logo, o mesmo precisa ser um
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
seu objetivo é evitar que a curiosidade natural do filhote influencie de forma negativa
o treinamento.
Para um cão ser considerado apto como cão de busca ele precisa ser capaz
de localizar a vítima unicamente pelo seu potencial olfativo, sendo que para isso o
cão precisa ser gradualmente condicionado a fazer a indicação sem o auxílio de sua
visão.
A utilização de caixas de indicação nos proporcionam tal resultado, uma vez
que o figurante gradualmente deve ir se escondendo até que ele esteja totalmente
fora da visão do cão.
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a) Caixa aberta
Inicialmente a caixa deve ser colocada em campo aberto, sem outras
distrações e permanecer aberta para que o cão veja o figurante adentrando nela
realizando a despedida e colocando-se imóvel em seu interior.
b) Caixa semifechada
Inicialmente o cão poderá relutar em latir, pois estará se deparando com uma
cena nova, uma vítima que não se apresenta totalmente visível. Caso o cão tente
entrar na caixa, deve ser permitido no início, mas com o tempo essa atitude precisa
ser corrigida, a intenção é que ele lata sem necessitar entrar, sendo que para isso o
figurante deverá delimitar o seu espaço, empurrando cuidadosamente o cão para
fora da caixa. Depois de evoluir nessa fase, a caixa deverá ser fechada, permitindo
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que o cão possa ver a vítima apenas através de algumas frestas, sendo que nessa
fase ainda será uma única caixa.
c) Caixa fechada
O terceiro passo é fechar completamente a caixa. Nesta fase temos a certeza
que o cão encontrará a vítima apenas pelo faro. Inicialmente ele tende a querer
entrar na caixa, tentar abrir e buscar o contato visual, mas com o tempo terá certeza
de que o figurante encontra-se dentro da mesma, latindo cada vez mais rápido ao
chegar na caixa em que o figurante se encontra.
Fonte: CBMERJ
144
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d) Caixas múltiplas
Esta é a fase final do treinamento em campo aberto e a transição para o
ambiente de busca propriamente dito. Esta fase consiste dificultar o exercício,
colocando no mesmo espaço 3 ou mais caixas, sendo que a posição do figurante
dentre as caixas de ser trocada a cada treinamento.
Naturalmente o cão tende a voltar para a última caixa onde encontrou a
vitima, podendo até se confundir com o odor residual, mas com tempo
de treinamento ele aprenderá a bater as caixas, e com o auxilio de seu faro indicar a
localização do figurante. Esse treinamento mostra ao cão que a vítima pode estar
em vários locais em um mesmo ambiente, fora de seu contato visual.
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Com o tempo o cão precisa estar condicionado que a única forma possível de
se buscar uma vítima é ao redor de seu condutor, até que identifique o cone de odor
da vítima.
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Dificuld
Fase Distância Tempo
ade
Inicial 30 metros 2 minutos -
3
Básico 50 metros 10 minutos
vítimas
3
Médio 200 metros 1 hora
vitimas
1000 5
Elevado 1 hora
metros vítimas
Tabela 5 - Evolução do treinamento
Fonte: Manual do CFCi, 2016 – CBMSC
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Fonte: CBMERJ
Fonte: CBMERJ
Fonte: CBMERJ
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Fonte: CBMERJ
Fonte: CBMERJ
Somando-se os pesos desses fatores, será obtido um número o qual deve ser
comparado na tabela abaixo.
Fonte: CBMERJ
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Caso seja constatada uma situação de busca, deve-se montar uma operação
com estrutura para o SCCO nível II(explicado no Manual de Salvamento em
Montanha).
11.4.2 Planejamento
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11.4.3 Infiltração
Mesmo sem haver intenção a vítima gera rastros de sua passagem pelo
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ambiente de matas, florestas e montanhas, estes rastros podem ser obtidos através
de testemunhos de populares ou podem ser físicos como pegadas, galhos
quebrados, matos amassados, materiais perdidos ou deixados para trás buscando
aliviar o peso, lixos, etc. A detecção desses indícios é uma boa forma de orientação
para as equipes de busca em direção à vítima, tendo como os principais indícios
físicos conforme indicados a seguir:
a) Vestimentas: As pessoas perdidas podem deixar suas vestimentas ou partes
delas pela trilha, podendo ser encontrados ainda fragmentos presos a arames ou
vegetações locais.
b) Objetos: mochila, canivete ou faca perdida, par de óculos, pilhas. Também
podem ser encontrados materiais utilizados para alimentação da vítima como
garrafas, latas de bebidas, embalagens de produtos alimentícios ou materiais para
acondicionamento de alimentos (vasilhames, potes, panelas, etc). Além disso,
baseado no objetivo da vítima ao adentrar o ambiente de matas pode-se encontrar
varas de pescar, ferramentas, linhas, bitucas de cigarro, restos de carteiras de
cigarro, saco de fumo descartado, seringas, cachimbos de crack, palitos de fósforos,
etc.
c) Materiais orgânicos: Restos de comida ou resíduos orgânicos-fisiológicos
(fezes, vômitos, sangue, restos de cabelo presos a arames farpados ou a vegetação,
etc).
d) Alterações no ambiente natural: vegetação amassada (em geral estará
pendendo no sentido do deslocamento), vegetação cortada (em geral estará caída
no sentido inverso do deslocamento.
e) Sinais no solo: Os sinais no solo serão deixados pelos pés da vítima ou pelo
veículo utilizado pela mesma. Para tanto faz-se importante saber como a vítima
adentrou a mata e se for a pé, qual o tamanho e a marca do calçado.
As pegadas são importantes para indicar a direção do deslocamento e a
quantidade de pessoas presente nas matas, tomando por base a distância de 50cm
a partir do calcanhar de uma pegada, o número de pegadas dentro desse intervalo
indicará o número de pessoas que passaram pelo local.
O tempo é um fator importante para que esse indício seja encontrado, pois o
sol aos poucos irá desfazer as pegadas, assim como a chuva forte poderá desfazê-
las em poucos minutos.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Quando se sabe a direção seguida pela vítima devemos utilizar a técnica de linhas
paralelas, levando-se em consideração que a distância entre as linhas depende da
capacidade olfativa do cão que está sendo utilizado, logo deverá ser definido pelo
condutor do cão.
Quando não se sabe a direção seguida pela vítima devemos utilizar a técnica
do Quadrado Crescente ou do setor padrão:
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
olfativa de cada cão que está sendo utilizado, logo deverá ser definido pelo condutor
do cão.
Quando não se sabe a direção seguida pela vítima devemos utilizar a técnica
das linhas paralelas crescentes ou do setor padrão crescente
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
11.4.4 Localização
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regiões mais baixas. Vítimas com algum conhecimento de navegação podem ir para
locais elevados, a fim de observar pontos de referência. Mas logo depois tornam a
descer na direção escolhida. Por outro lado, algumas pessoas podem se manter em
locais elevados na tentativa de captar sinal de telefonia ou ser enxergada por uma
aeronave.
k) Deslocamento noturno – na grande maioria das vezes, a vítima tende a
estacionar durante a noite, porém montanhistas, caçadores e caminhantes com
equipamento podem se deslocar a noite, inclusive tentando fugir dos efeitos do
calor. A falta de um lugar apropriado para pernoite também pode incentivar o
deslocamento noturno.
Após traçar o perfil da vítima, o condutor de cães de busca irá adotar
procedimentos baseados em generalizações dos comportamentos apresentados
anteriormente que foram observadas em vítimas com o mesmo perfil. Essas
informações foram compiladas pela ISRD (international search and rescue database)
através de relatos de equipes de busca de vários países.
Vale ressaltar que o Brasil não participa da base de dados da ISRD, portanto,
torna-se importante que as buscas realizadas pelo CBMERJ sejam procedidas de
pequenas entrevistas com as vítimas encontradas, a fim de traçar perfis de perdidos
nas matas fluminenses.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Perfil Comportamento
Buscam solidão;
DEPRIMIDOS Muitas vezes não respondem aos chamados;
EMOCIONALMENTE Geralmente estão dentro do campo de som e visão de civilização;
Normalmente são encontrados próximos a locais proeminentes (mirantes).
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Perfil Comportamento
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TERRENO PLANO
PERFIL DO
SEM MOCHILA COM MOCHILA
PERDIDO
Fonte: CBMERJ
PERFIL DO
SEM MOCHILA COM MOCHILA
PERDIDO
PERFIL DO
SEM MOCHILA COM MOCHILA
PERDIDO
Fonte: CBMERJ
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Figura 67 - Busca com Cães em estruturas colapsadas em evento de Desabamento, na comunidade da Muzema
Fonte: CBMERJ
Após o cão ter sinalizado bem nas caixas, é hora de introduzir o trabalho de
escombros, lembrando que o primeiro contato do cão com escombro deve ser ainda
na fase de filhote, através da socialização.
Um cenário real de desabamento possui muitas distrações para os cães,
existem muitos odores e muitas situações novas. por isso o cão precisa estar seguro
antes de avançar para um evento de estruturas colapsadas. A introdução aos
179
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
escombros precisa ser alegre e fazer com que o cão possa sanar a sua curiosidade
e com o tempo ir substituindo a mesma pelo desejo de trabalhar, antes de iniciar os
treinamentos nos escombros, os cães precisam estar ambientados, o que deve
ocorrer desde a mais tenra idade.
O figurante faz a despedida ativamente, e entra na pista de escombro, antes
de tomar posição chama a atenção do cão, lembrando que as primeiras passadas
devem ser fáceis para criar confiança do mesmo, dificultando o exercício de acordo
com a evolução do cão.
Após o cão estar buscando e sinalizando uma vítima nos escombros, já tendo
passado pela técnica da Estrela K-SAR, começamos a aumentar o número de
figurantes. Inicialmente deve-se lançar mão de dois figurantes, posteriormente deve
ser aumentado um a um. O ideal é que um cão apto a localizar pessoas possa
buscar até cinco vítimas de forma consecutiva.
No início do treinamento para busca de múltiplas vítimas em áreas de
estruturas colapsadas os dois figurantes devem fazer a despedida e se deslocar em
direção aos escombros, depois que eles se afastem aproximadamente dois metros,
o condutor tapa a visão do cão para que o mesmo não veja onde os figurantes se
esconderam, ficando o primeiro a mostra, e o segundo escondido parcialmente. A
dificuldade do exercício deve progredir de acordo com a evolução do semovente
canino.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
O cão indicará a localização de uma vítima, ao ver, ouvir ou sentir seu odor, o
que é mais comum. Mas para que isso ocorra partículas de odor precisam chegar
até o mesmo. Esse odor precisa vencer a barreira criado pelos destroços e chegar
ao meio externo e isso se dá através do túnel de odor, que é o espaço percorrido
pelas partículas de odor no meio dos obstáculos para chegar até a superfície ou um
local onde possa ser detectado.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
alta dos escombros diminui, reduzindo assim as chances dos cães detectarem o
odor da vítima sobre os escombros. É provável que as partículas busquem saídas
laterais.
As partículas pesadas também reduzem seu deslocamento, que não avançam
muito além do local de permanência da vítima. No entanto ambas podem realizar
afloramentos laterais dos escombros.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Fonte: CBMERJ
Após o cão ter sinalizado bem nas caixas, é hora de introduzir o trabalho de
áreas deslizadas, lembrando que o primeiro contato do cão com esse ambiente
deverá ocorrer através da socialização, e que é importante motivar o cão a cavar,
isso fará com as partículas de odor tenham uma concentração maior, dando ênfase
às indicações pelo aumento da segurança do cão.
A introdução em áreas deslizadas precisa ser alegre e fazer com que o cão
possa sanar a sua curiosidade e com o tempo ir substituindo a mesma pelo desejo
de trabalhar, antes de iniciar os treinamentos os cães precisam estar ambientados, o
que deve ocorrer desde a mais tenra idade.
O figurante faz a despedida ativamente, e entra em uma toca em meio a área
deslizada, antes de tomar posição chama a atenção do cão, lembrando que as
primeiras passadas devem ser fáceis para criar confiança do mesmo, dificultando o
exercício de acordo com a evolução do cão.
Após o cão estar buscando e sinalizando uma vítima nos escombros,
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O cão indicará a localização de uma vítima, ao ver, ouvir ou sentir seu odor, o
que é mais comum. Mas para que isso ocorra partículas de odor precisam chegar
até o mesmo. Esse odor precisa vencer a barreira criado pelas camadas de terras,
lamas e, às vezes, destroços e chegar no meio externo e isso se dá através do túnel
de odor, que é o espaço percorrido pelas partículas de odor no meio dos obstáculos
para chegar até a superfície ou um local onde possa ser detectado, para tanto é
utilizado uma ferramenta simples pelas equipes de busca, para que se facilite a
chegada do odor ao cão.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 74 – Esquerda: utilização da vara de busca; Direita: medidas para se utilizar a vara de busca
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) A qualidade do composto;
b) O tipo de cultura;
c) Tipo do ambiente.
Cada um desses moduladores contém um conjunto de fatores que afetam na
preservação, na destruição e na taxa de decomposição.
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14.1.1.4 Adipocere
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Após o cão ter passado pelas três etapas acima utilizando a caixa de odor
com o figurante, deve-se começar a aumentar a dificuldade do treinamento com a
implementação de múltiplas caixas de odor. Nesse momento o cão começara a
entender que precisa utilizar o faro para ganhar o seu prêmio. O número de caixas
de odor, assim como a distâncias entre elas, deve ser aumentado de acordo com a
203
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
evolução do cão.
Após o cão ter passado pela etapa de treinamento de múltiplas caixas será
necessário começar a descriminar o odor. Deve ser colocado o odor do brinquedo
em outra caixas, para o cão entender o odor que deve procurar. Posteriormente é
necessário utilizar outros objetos ou caixas feitas de outro material para esconder o
odor cadavérico. O objetivo deste treinamento é que o cão consiga identificar como
odor alvo apenas o odor cadavérico.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Uma boa técnica, usada por muitos grupos americanos consiste em montar
uma linha de blocos ou caixas e depositar a fonte em uma das caixas. Deve ser
utilizado um brinquedo que o cão goste, prendendo o cão à uma guia, o figurante faz
a despedida com o brinquedo, indo até a caixa onde está a fonte e depositando nela
o brinquedo. A fonte, inicialmente deve estar no quarto ou quinto bloco. O cão
incentivado e solto deverá trabalhar buscando nas caixas. Tão logo o cão demonstre
interesse deve ser estimulado com um elogio e em seguida com o prêmio.
ação específica para que o cão realize. Essa indicação treinada pode ser ainda ativa
ou passiva.
Quase a totalidade dos grupos de busca prefere um alerta ativo,
principalmente naqueles casos em que o corpo não está a vista, como nos
afogamentos e nos deslizamentos. Exemplos de tipos de indicação ativa pode ser o
ato de cavar ou latir, já a passiva pode ser sentar ou deitar.
Em nosso caso, como cães de busca do Corpo de Bombeiros utilizadores da
técnica KSAR, é importante a implementação da indicação ativa do latido, tendo em
vista que por muitas vezes possamos não estar avistando diretamente o local onde o
cão está indicando e o alerta sonoro pode nos levar até a vítima.
208
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FASE CARACTERÍSITICA
Pouco tempo depois da morte microrganismos começam a produzir
gases dentro do corpo. A taxa de formação de gás depende da
temperatura da água. A profundidade não faz diferença significativa
dentro de lagos e rios; é a temperatura que controla a velocidade de
Primeira
formação de gases. Entretanto, em água profunda (30-60 metros) a
pressão reduz o volume dos gases, então mais gás tem que ser
produzido para criar flutuabilidade. A decomposição também é mais
rápida se o estômago estiver cheio.
Durante a segunda fase o corpo começará a flutuabilidade e flutuará
para superfície (a não ser que seja obstruído por escombros ou esteja
Segunda enterrado). Isto depende da temperatura da água que envolve o corpo.
Este processo pode levar 24 a 72 horas se água está morna ou meses
se a água estiver fria.
Quando o corpo aparecer, pode flutuar até ser recuperado, ou pode se
Terceira
desintegrar e afundar, e nunca subir novamente.
Tabela 20 – evolução em fases da decomposição sob a água
Água com temperatura muito baixa pode inibir a ação das bactérias,
consequentemente o corpo pode não produzir a quantidade de gases necessária
para subir à superfície. Lagos profundos geralmente possuem camadas termais que
não permitem que as águas aquecidas da superfície se misturem às águas dos
pontos mais profundos, fazendo com que os corpos nunca voltem à superfície.
Se o corpo não estiver intacto, por exemplo, pulmões ou estômago
perfurados, ele não flutuará e não chegará à superfície.
Na maioria das regiões, cuja profundidade acima de 60 metros, devido à
pressão exercida pela água, o corpo, que ainda poderá estar preso a galhos ou
pedras, não retornará a superfície, tornando ainda maior a importância da utilização
dos cães.
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Os cães não indicam com precisão o local, os mesmos indicam o local com
maior quantidade de odor na superfície da água oriundo das profundezas. Assim, o
cão, sendo utilizado ante das equipes de mergulho, poderá reduzir a área de busca
e os riscos para os mergulhadores, indicando a região na qual devem se concentrar
as buscas, utilizando os métodos de indicação indireta e até mesmo o de eliminação
de zonas.
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A busca pode ser rio acima com o vento, sendo que nessa o vento está
levando o cheiro para longe do cão, ele não alertará até estar na redondeza do
corpo.
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Jamais fracassar.
CBReSC, Brasil!!!
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