Plano de Chuva 2015 2016 PDF
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MINAS GERAIS
SEMPRE PRESENTE
Plano nº 03/2015 –
Plano de Emergência Pluviométrica 2015 / 2016
Direitos exclusivos da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais. As informações contidas neste documento são de
domínio público podendo ser reproduzidas ou transmitidas a terceiros mediante citação regular da fonte.
Ficha Catalográfica
CONTATOS E INFORMAÇÕES
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador.
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
Gabinete Militar do Governador
Plano de Emergência Pluviométrica 2015/2016. Belo Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
Horizonte – Cedec-MG – Minas Gerais: GMG. 2015. (31) 3915-0274
(31) 3915-9146
108 p.; A4. [email protected]
ISBN: 978-85-68648-03-2
Diretoria de Planejamento
1. MINAS GERAIS. 2.Territórios de Desenvolvimento. 3. Rodovia Prefeito Américo Gianetti, 3777, Palácio Tiradentes 2º
Proteção e Defesa Civil. 4. Plano de Emergência Pluviométrica. andar
5. Minas Mais Resiliente. CEP: 31630-901 - Serra Verde
Belo Horizonte - MG – Brasil
FERNANDO DAMATA PIMENTEL
Governador do Estado de Minas Gerais
Elaboração
Colaboradores
3 PROGNÓSTICO ............................................................................................................................................................................ 20
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................................................ 45
Reduzir os desastres e aumentar a resiliência dos municípios tem sido um discurso que ganhou relevância ao redor do mundo a partir da
década passada. As nocivas consequências que os desastres impõem às comunidades motivaram organismos internacionais, como a ONU, a
fomentarem políticas de grande alcance como forma de prevenir e reduzir os impactos, que, além de danos humanos irremediáveis, também
ocasionam o comprometimento de sistemas econômicos locais e regionais.
Alinhar-se a essa tendência mundial na busca da resiliência é um importante passo que os países podem dar num cenário cujas projeções
futuras apontam para um aumento da intensidade dos eventos adversos em decorrência do aquecimento global. Neste sentido, em 2015, o
Gabinete Militar do Governador inovou com o programa “Minas Mais Resiliente”, o qual tem por objetivo angariar recursos voltados para a
Gestão do Desastre e, principalmente, para a Gestão do Risco de Desastre. Minas Gerais destinará mais esforços para a Proteção e Defesa
Civil e, sem dúvida, a comunidade mineira será amplamente beneficiada, com cidades mais resilientes e população consciente e preparada.
Voltado ao período chuvoso, o Plano de Emergência Pluviométrica constitui uma ferramenta gerencial que permeia as fases de Preparação e
Resposta no âmbito do Sistema de Proteção e Defesa Civil. Ele é um planejamento de curto prazo que delineia sobre os procedimentos e
recursos operacionais disponíveis para este período chuvoso e que apresenta um diagnóstico de desastres em Minas Gerais. O objetivo é que
os municípios possam encontrar um suporte técnico-emergencial para se prepararem e se alinharem às ferramentas de suporte e apoio
definidas pelo Estado para o enfrentamento às emergências pluviométricas.
A partir do comprometimento dos atores envolvidos com o Sistema de Proteção e Defesa Civil, especialmente dos municípios, espera-se um
aumento da capacidade e agilidade das respostas, bem como uma maior rapidez na volta à normalidade dos cenários atingidos.
9
1 PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
1.1 Princípios Doutrinários
1.1.1 MARCO DA AÇÃO DE YOGO 2005-2015 - MAH: Instrumento adotado pelos Estados Membros das Nações Unidas, para sistematizar a
implementação e execução das estratégias de redução de riscos, que estabelece meta de aumentar a resiliência dos países, cidades e
comunidades frente aos desastres até 2015. O MAH propõe 05 (cinco) Prioridades de Ações para a tomada de decisões, em iguais desafios e
meios práticos para aumentar a resiliência das comunidades vulneráveis aos desastres para fins da conquista do desenvolvimento sustentável.
As cinco Prioridades de Ação definem-se por:
Fazer com que a redução dos riscos de desastres seja uma prioridade;
Conhecer o risco e adotar medidas de alerta da população ante o risco de desastres;
Desenvolver uma maior compreensão e conscientização acerca do risco de desastres;
Reduzir o risco de desastres;
Preparar para melhor responder aos desastres.
1.1.2 MARCO DE SENDAI PARA A REDUÇÃO DO RISCO DE DESASTRES 2015-2030: O marco foi adotado na Terceira Conferência
Mundial sobre a Redução do Risco de Desastres, realizada de 14 a 18 de março de 2015, em Sendai, Miyagi, no Japão, em continuidade das
ações e das lições aprendidas no Marco da Ação de Hyogo. O marco é voltado para a redução do risco de desastres, com o foco na resiliência
das nações e comunidades, e inovou ao considerar também como relevante o impacto no sistema econômico, tendo as seguintes prioridades
de ação nos níveis local, regional e global:
10
Investimento na redução do risco de desastres para a resiliência;
Melhoria na preparação para desastres a fim de providenciar uma resposta eficaz e de Reconstruir Melhor em recuperação, reabilitação
e reconstrução.
1.2.1 Manual de Desastres Naturais, 1v, Ministério da Integração Nacional, Brasília-DF, 2004.
1.2.2 Manual de Planejamento em Defesa Civil, 2v. Ministério da Integração Nacional. Brasília-DF, 2004.
1.2.3 Manual de Segurança Global da População. Ministério da Integração Nacional. Brasília-DF, 2000.
1.3.1 Lei 12.983, de 02 de junho de 2014 (Altera a Lei 12.340, de 1º de dezembro de 2010, para dispor sobre as transferências de recursos da
União aos órgãos e entidades dos Estados, Distrito Federal e Municípios).
11
1.3.2 Lei 12.608, de 10 de abril de 2012 (Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional de
Proteção e Defesa Civil - SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil - CONPDEC; autoriza a criação de sistema de
informações e monitoramento de desastres).
1.3.3 Lei nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010 (Dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, sobre as transferências de
recursos para ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução nas áreas atingidas por
desastre, e sobre o Fundo Especial para Calamidades Públicas, e dá outras providências).
1.3.4 Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998 (Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências).
1.3.5 Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Estabelece normas para as eleições).
1.3.6 Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997 (Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que
modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989).
1.3.7 Decreto Federal nº 7.257, de 04 de agosto de 2010 (Regulamenta a Medida Provisória n° 494 de 2 de julho de 2010, para dispor sobre o
Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, sobre o reconhecimento de situação de emergência e estado de calamidade pública, sobre as
transferências de recursos para ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução nas áreas
atingidas por desastre, e dá outras providências).
1.3.8 Portaria Interministerial nº 1, de 11 de Julho de 2012 (Institui o Protocolo Nacional para Proteção Integral de Crianças e Adolescentes em
Situação de Riscos e Desastres e seu Comitê Gestor Nacional).
1.3.9 Instrução nº 01 do Ministério da Integração Nacional de 24 de Agosto de 2012 (Estabelece procedimentos e critérios para decretação de
situação de emergência ou estado de calamidade pública pelos Municípios, Estados e Distrito Federal, e para o reconhecimento federal das
situações de anormalidade decretadas pelos entes federativos e dá outras providências).
1.3.10 Lei nº 15660, de 6 de julho de 2005 – (Institui a política Estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas e
dá outras providências).
12
1.3.11 Lei Delegada nº 180 de 20 de janeiro de 2011 (Dispõe sobre a estrutura orgânica da administração pública do poder executivo do
Estado de Minas Gerais – arts. 47 e 48).
1.3.12 Decreto nº 45.859, de 29 de dezembro de 2011 (Dispõe sobre a organização do Gabinete Militar).
1.3.13 Decreto nº 45.536, de 27 de janeiro de 2011 (Dispõe sobre a estrutura orgânica da administração pública do poder executivo do Estado
de Minas Gerais – art. 6º).
1.3.14 Decreto nº 45.495, de 17 de novembro de 2010 - Institui o Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue.
1.3.15 Decreto nº 45.168 de 09 de Setembro de 2009 (Regulamenta o repasse de recursos emergenciais do Estado de Minas Gerais para os
Municípios que, em virtude de desastres, tenham decretado situação de emergência ou estado de calamidade pública homologado pelo
Estado e dá outras providências.
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2 DIAGNÓSTICO DO PERÍODO CHUVOSO
Com 853 municípios, o Estado de Minas Gerais apresenta uma diversidade geográfica tão acentuada, que generalizar uma afirmativa
consistiria num erro. Como já dizia João Guimarães Rosa “Minas, são muitas...”, e é nesse viés que a nova proposta do Governo de Minas se
engajou ao inaugurar dezessete territórios de desenvolvimento (Figura 1), na busca de uma administração eficiente do Estado, ao olhar mais
de perto as peculiaridades presentes no território mineiro. São quase 20 milhões de habitantes que produzem um PIB1 anual de
aproximadamente 380 bilhões de reais.
Figura 1: Territórios de Desenvolvimento
Para que a busca de cidades resilientes possa ser vislumbrada,
é necessário conhecer o ambiente em que se vive e em que se
quer investir, e torna-se fundamental realizar um diagnóstico
geral dos desastres naturais que incidem em Minas Gerais,
especialmente os desastres relacionados às chuvas.
1
PIB – Produto Interno Bruto referente ao ano de 2011, conforme dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
14
estado de resiliência. Tabela 1: Danos humanos e impacto econômico ocasionados
pelas chuvas no período de 2008 a 2014
Numa amostra de oito períodos chuvosos, percebe-se que eles variaram PERÍODO PESSOAS IMPACTO ECONÔMICO
CHUVOSO AFETADAS TOTAL (R$)
bastante de um ano para o outro, vezes vindo mais brando e, em outros,
2007/08 72.979 48.908.788,76
concentrado em regiões diferentes de anos anteriores. Há, portanto, uma 2008/09 1.174.958 823.996.160,00
variação espacial e volumétrica dentro de um período estabelecido. 2009/10 861.083 129.817.078,00
2010/11 1.568.696 876.579.837,02
2011/12 3.625.962 1.632.192.728,85
Figura 2: Decretos Homologados, por Bacia Hidrográfica, 2012/13 43.820 261.015.255,38
no período de 2008 a 2014 2013/14 186.654 2.138.704.613,73
2014/15 42.909 46.258.746,61
Fonte: Diretoria Técnica/ Cedec-MG TOTAL 7.577.061 5.957.473.208,35
2
Informações obtidas através do Formulário de Avaliação de Danos - Avadan e Formulário de Informações de Desastre - FIDE
15
análise econômica que se faça. Estes números demonstram a necessidade de se investir na redução do risco de desastres e na importância
do fomento à construção de cidades resilientes, conforme é muito bem explicitado no Marco de Sendai (2015).
Gráfico 1: Número de decretos de Situação de Emergência ligados aos períodos A questão dos desastres provocados pelas chuvas em Minas
chuvosos de 2008 a 2014 e número de municípios que somente comunicaram Gerais remonta a dois fatores principais: condição do meio
anormalidade suportável
físico e o histórico de uso e ocupação do solo. Quando
se plota num mapa os municípios que decretaram três ou
mais vezes num período de sete anos (2008 a 2014) e que
foram homologados pelo Governo Estadual, percebe-se uma
concentração de desastres em determinadas bacias3,
conforme pode ser visto da Figura 2. Nota-se uma
prevalência de desastres nas bacias situadas no leste e
sudeste do Estado, como a do Doce e Paraíba do Sul, nas
quais os modelados de relevo condicionam características
naturais que potencializam os eventos adversos de origem
hidrológica.
Fonte: Diretoria Técnica/ Diretoria de Controle de Emergências. Cedec-MG
Ao se considerar os decretos, sem necessariamente estarem homologados, a série histórica aponta uma média de 111 municípios em
Situação de Emergência - S.E. (Gráfico 1) em decorrência de desastres provocados pelas chuvas. O Estado de Minas Gerais possui 853
3
Considerando o Art. 4 da Lei 12.608, representaram-se os pontos de desastres por Bacias Hidrográficas. A Lei 9.433/97 afirma que a bacia hidrográfica é a mais adequada
unidade de gestão das águas superficiais e o Art. 2 aponta como um dos objetivos dessa lei a “prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou
decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais”. Como grande parte dos desastres no período chuvoso é relacionada com enxurradas, inundações e alagamentos,
essas referências são fundamentais para a metodologia de análise espacial dos desastres no território mineiro.
16
municípios e, portanto, conclui-se que, em média, cerca de 13% deles são atingidos anualmente com danos e prejuízos que justificam uma
decretação de Situação de Emergência pelo poder público local .
Tabela 2: Número de municípios, por Territórios de Desenvolvimento, cujos decretos foram homologados três ou mais vezes
entre 2008 e 2014.
Alto Vale do
Vale do Rio Doce Mata Caparaó Metropolitana Norte Mucuri Sul Oeste
Jequitinhonha Aço
9 9 5 4 3 3 3 2 2 1
Fonte: Diretoria Técnica/ Cedec-MG
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Tabela 3: Lista dos municípios, por Territórios de Desenvolvimento, cujos decretos foram homologados três ou mais vezes
entre 2008 e 2014.
18
O número de óbitos observados no Gráfico 2 indica uma média de 22 mortes por ano em decorrência de eventos como deslizamento de terra,
enxurradas, tempestade de raios, dentre outros. No período chuvoso 2008/2009 ocorreu o maior número de toda a amostra, com 44 vítimas
fatais. Já 2014/2015 registrou 6 óbitos em todo o Estado, o menor número do período analisado.
Uma ferramenta que pode contribuir significativamente para a redução de vítimas encontra-se no site da Coordenadoria Estadual de Defesa
Civil, onde ficam disponíveis alertas meteorológicos e dicas de boas práticas que mostram como se prevenir em situações de risco no período
chuvoso, como em caso de tempestade de raios, enxurradas e movimentos de massa.
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3 PROGNÓSTICO
A irregularidade das estações chuvosas ocorridas nos últimos anos tem dificultado comparações que permitam estimativas com nível de acerto
razoável em longo prazo. No Gráfico 1 (pág. 13), nota-se que não há um padrão bem estabelecido no número de municípios afetados,
portanto, dificultando um prognóstico confiável em relação a quantidade de decretações de situação de emergência que pode ocorrer no
próximo período chuvoso 2015/2016. Apenas é possível afirmar a média numa amostra de oito anos, que é de 110 municípios/ano cujos
desastres foram mais intensos e conduziram a decretação de situação de emergência.
Como o volume de chuvas precipitado no estado guarda relação com a magnitude e quantidade de desastres, a análise climatológica é de
grande importância para aumentar a previsibilidade para as estações. As Normais Climatológicas (1961-1990) trazem uma série histórica de
trinta anos na qual é possível estabelecer tendências a partir de comportamentos climáticos baseados em médias. Nesse sentido, constata-se
que a porção centro-sul do território mineiro é a de maior pluviosidade média (Normais Climatológicas, 1991; Reis et al, 2012) e onde a
estação chuvosa inicia-se primeiramente. De forma contrária, a parte norte do Estado apresenta os menores índices pluviométricos com
estação chuvosa de menor duração.
As Notas Técnicas divulgadas pelos institutos de meteorologia, por sua vez, é um estudo voltado a analisar variáveis ambientais que
interferem no comportamento atmosférico num dado período. Normalmente, essas previsões são de alcance trimestral e se concentram em
dizer se as chuvas numa determinada região ficarão acima da média estabelecida pelas Normais Climatológicas ou se serão inferiores à
média. O Brasil, no segundo semestre de 2015, está sob influência do El ninõ, o qual desencadeia uma série de alterações no comportamento
climático. Este fenômeno tende a provocar chuvas mais abundantes na região sul do país e estiagens mais severas na porção norte e
nordeste do Brasil. Conforme a previsão climática SIMGE-IGAM, os modelos climáticos apontam uma probabilidade para o trimestre
Out/Nov/Dez de chuvas acima e entorno da normal na faixa sul de Minas Gerais e no triângulo mineiro. A faixa central tende a ter chuvas
dentro da normalidade e acima da normal, enquanto a região Norte e Jequitinhonha deve ficar abaixo da média.
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PROGRAMA
MINAS MAIS
RESILIENTE
Minas Mais Resiliente
4 UM OLHAR PARA O FUTURO
Reduzir o risco de desastres e aumentar a resiliência das localidades tem sido uma tendência mundial que faz parte da agenda de diversos países,
observada nas últimas duas décadas. Para a consecução dessa tendência é necessária uma série de medidas que visam o fortalecimento da
governança e transversalidade da Proteção e Defesa Civil. Em 2015, o Estado de Minas Gerais lançou um processo de reestruturação que visa
ampliar o portfólio de políticas públicas que objetivam beneficiar ainda mais a comunidade mineira.
O Governo do Estado de Minas Gerais encaminhou para a Assembleia Legislativa a proposta para o Plano Plurianual de Ação Governamental 2016-
2019. Nesta versão, o povo mineiro vivenciará um novo marco para a política pública de Proteção e Defesa Civil, com a criação do programa Minas
Mais Resiliente, aumentando os investimentos nesta área.
Esta empreitada social apresenta a ótica do novo Governo voltada à promoção da redução ao risco de exposição da sociedade aos desastres
naturais e tecnológicos. Nesse contexto, o Minas Mais Resiliente integra orçamentos e projetos do Gabinete Militar do Governador, da Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Econômico e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Sob a ótica da Proteção e Defesa Civil, o Programa Minas Mais Resiliente decorre de modernos e inovadores processos de governança para a
Gestão do Risco de Desastres integrada a uma eficiente e eficaz Gestão do Desastre. Está alinhado às Políticas Transnacionais da ONU e desdobra
a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil instituída pela Lei Federal 12.608/12.
Em março de 2015, a Estratégia Internacional de Redução de Riscos de Desastres da ONU (UNISDR4) realizou a 3ª Conferência da ONU para
Redução do Risco de Desastre em Sendai no Japão, onde foi aprovado e publicado o Marco de Sendai (2015-2030), que tem como objetivo
alcançar o seguinte resultado:
Redução substancial nos riscos de desastres e nas perdas de vidas, meios de subsistência e saúde, bem como de ativos econômicos,
físicos, sociais, culturais e ambientais de pessoas, empresas, comunidades e países.
A denominação do Programa decorre do conceito de resiliência conforme definição do UNISDR e está descrito no Marco de Sendai (2015-2030):
4
The United Nations Office for Disaster Risk Reduction.
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Minas Mais Resiliente
"Capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade exposto a riscos de resistir, absorver, adaptar-se e recuperar-se dos efeitos de
um perigo de maneira tempestiva e eficiente, através, por exemplo, da preservação e restauração de suas estruturas básicas e funções
essenciais", Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (UNISDR), "Terminologia sobre a Redução de Risco
de Desastres do UNISDR – 2009", Genebra, maio de 2009 (http://www.unisdr.org/we/inform/terminology).
O objetivo estratégico do Minas Mais Resiliente será estimular o desenvolvimento de cidades mais resilientes, empregando os seguintes
parâmetros junto aos municípios mineiros:
a. Empregar mecanismos de participação popular, de envolvimento transversal das Secretarias de Estado, e de captação de recursos
orçamentários para garantir a integridade do papel do Estado na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.
b. Implementar projetos transversais entre as Secretarias de Estado, com ênfase na gestão do risco de desastres e nos pontos
geográficos de maior vulnerabilidade, para aumentar a resiliência das comunidades.
c. Promover a atuação estatal presencial e transversal, nos municípios que não apresentem capacidade na gestão de desastres para
devolver ao município a funcionalidade mínima para operação de seus sistemas básicos.
d. Investir no treinamento permanente dos recursos humanos, na atualização dos recursos logísticos e tecnológicos de estruturas
físicas, transporte aéreo e terrestre, associados a um processo eficiente de inteligência, para garantir a efetividade da Presença
Governamental.
e. Fomentar e difundir nos municípios e regiões mineiras a cultura de resiliência em Proteção e Defesa Civil, para reduzir as
vulnerabilidades das ameaças e enfrenta-las da melhor forma.
24
Minas Mais Resiliente
Por fim, como forma de garantir a integridade e o ciclo completo até a avaliação dessa política pública, foi desenvolvido o indicador estadual
denominado Fator de Proteção e Defesa Civil, por meio de parceria com economista especializado em métricas5.
Nesta ferramenta fica expressa outra virtude do programa, a de integrar a gestão às bases de dados nacionais, além de avaliar a política pública sob
a ótica do investimento em Gestão do Risco de Desastres com vistas à redução dos prejuízos econômicos e a consequente proteção aos sistemas
econômicos locais. Notoriamente a proteção à vida, dos meios de subsistência e saúde, bem como de ativos econômicos, físicos, sociais, culturais e
ambientais frente aos riscos de desastres, em suas diversas perspectivas, e a sustentabilidade nas comunidades mineiras são os novos desafios
neste setor.
A seguir, exemplo das etapas dos cálculos adotados para mensurar as atividades de Proteção e Defesa Civil:
𝑞 30
2) 𝑃𝐷 = 𝐸𝐷 − 𝜃 𝐼𝐺𝑅𝐷 𝑃𝐷𝑇𝑡−1
𝑑,𝑡 𝑑,𝑡 𝑑 𝑑,(𝑡−1) 4) 𝐹𝑃𝐷𝐶𝑡 =
𝑃𝐷𝑇𝑡
5
Artigo inserido no anexo “A” e citado nas referências bibliográficas.
25
Minas Mais Resiliente
𝛉𝐝 = Coeficiente que determina a relação entre IGRD e ED para cada tipo de desastre d. Inicialmente, pode-se assumir que θd é igual a 1. Com o
passar dos anos, à medida que mais dados forem coletados, espera-se que este valor aumente, aproximando-se de 7 (o que significaria que com 1
real de investimento em Gestão do Risco de Desastres eu conseguiria evitar 7 reais em prejuízos econômicos).
𝐈𝐆𝐑𝐃𝐝,𝐭 = Investimento realizado em Gestão do Risco de Desastres do tipo d, no ano t
𝐏𝐃𝐝,𝐭 = Proteção contra Desastres do tipo d, no ano t
𝐏𝐃𝐓𝐭 = Somatória dos valores absolutos de PDd,t para o ano t
𝐅𝐏𝐃𝐂t = Fator de Proteção e Defesa Civil no ano t
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Minas Mais Resiliente
4.1 Redução do Risco de Desastres
Conforme a UNISDR (2009), a redução do risco de desastres é o processo sistemático de utilizar diretrizes administrativas, organizacionais,
destrezas e capacidades operacionais para executar políticas e fortalecer capacidades de enfrentamento, a fim de reduzir o impacto adverso das
ameaças e possibilidade de ocorrência de desastres.
4.1.1 Capacitação Básica em Proteção e Defesa Civil para os Coordenadores Municipais de Proteção e Defesa Civil, Integrantes dos
Núcleos de Proteção e Defesa Civil, agentes municipais e cidadãos, na sede da Escola de Defesa Civil do Estado de Minas Gerais.
Descrição Técnica: Capacitação teórica em doutrina e legislação de Proteção e Defesa e Civil, para o cidadão que pretende se qualificar como
agente de Proteção e Defesa Civil e para os parceiros do setor público ou privado, com a finalidade de prepará-los para a atuação em Proteção e
Defesa Civil. Os cursos são realizados consecutivamente no período de março a novembro na Escola de Defesa Civil, situada no 10º andar do
prédio Minas da Cidade Administrativa Tancredo Neves. Apresentam a carga horária de 24 horas/ aula e são ministrados pelos profissionais da
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
4.1.2 Curso Básico de Sistema de Comando em Operações para os Coordenadores Municipais de Proteção e Defesa Civil, Integrantes dos
Núcleos comunitários de Proteção e Defesa Civil, Agentes Municipais, Servidores Militares e Civis do Sistema de Defesa Social e
Cidadãos.
Descrição Técnica: Capacitação teórica e prática em doutrina de Sistema de Comando em Operações (SCO), para os stakeholders que atuam
em Proteção e Defesa Civil e para os parceiros do setor privado, público e do terceiro setor com a finalidade de prepará-los para aplicação da
ferramenta gerencial na gestão dos desastres. Os cursos são realizados no período de março a novembro na Escola de Defesa Civil, situada no
10º andar do prédio Minas da Cidade Administrativa Tancredo Neves. Apresentam a carga horária de 24 horas/ aula e são ministrados pelos
profissionais da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
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Minas Mais Resiliente
Descrição Técnica: Reuniões quinzenais de coordenação da operação para a emergência pluviométrica, presidida pela Diretoria de Controle de
Emergências-DCE, para fins de detalhamento das ações que serão desenvolvidas pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e os
Stakeholders. As reuniões obedecerão a um cronograma que será composto com a equipe multidisciplinar e ocorrerão em locais definidos a
cada encontro.
4.1.6 Gerenciamento das Informações referentes ao diagnóstico das barragens produzido pela Fundação do Meio Ambiente (FEAM)
Descrição Técnica: Conduta de acompanhamento e controle das barragens pela Diretoria de Controle de Emergências, para fins de intervenção
precisa na área de conhecimento de Proteção e Defesa Civil nas localidades afetadas. Será realizado também acompanhamento junto ao
“Programa Proximidade” da Cemig no tocante ao sistema de alertas de cheias.
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Minas Mais Resiliente
4.1.9 Parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais e com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais na disseminação das informações
referentes ao período chuvoso 2015/2016
Descrição Técnica: Utilização do jornal “Cinco Ponto Cinco” e da intranet PM, por meio da Seção de Comunicação Organizacional-PM/5, para
disseminar orientações de Proteção e Defesa Civil ao Policial Militar, direcionadas para a sua atuação técnica e específica no período chuvoso
2015/2016, tendo em vista a presença da Corporação em todos os municípios mineiros.
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Minas Mais Resiliente
4.2 Gestão de desastres
A UNISDR (2009) define a gestão do desastre como a resposta que é a prestação de serviços de emergência e de assistência pública durante
ou imediatamente após a ocorrência de um desastre, com o propósito de salvar vidas, reduzir impactos sobre a saúde, garantir a segurança
pública e satisfazer as necessidades básicas de subsistência da população afetada.
4.2.3 Resposta Integrada entre Coordenadoria Estadual de Defesa Civil com Equipe Especializada em Resposta a Desastres do Corpo
de Bombeiros Militar de Minas Gerais
Descrição Técnica: Operação de resposta articulada com Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (BEMAD) com a
finalidade de reduzir o tempo de resposta para salvar vidas. Um militar da Equipe Especializada de Resposta a Desastres do Corpo de
Bombeiros Militar comporá o Núcleo Informacional Integrado.
6
Sistema de Comando em Operações SCO é uma ferramenta gerencial para planejar, organizar, dirigir e controlar as operações de resposta em situações
críticas. Fonte: Manual de Gerenciamento e Desastres, 2010.
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Minas Mais Resiliente
4.2.4 Logística Operacional do Material de Assistência Humanitária pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
Descrição Técnica: Processo estruturado a partir do planejamento e da definição de prioridades estratégicas de distribuição e entrega de
materiais de ajuda humanitária para a população vítima do desastre. O processo é gerenciado pelo Diretor Logístico. A entrega será
operacionalizada nos depósitos avançados da Cedec-MG ou nos locais do desastre.
31
Minas Mais Resiliente
Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru), Fundação Rural Mineira (Ruralminas) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Secretaria de Trabalho e Emprego (SETE) para o atendimento da população e apoio
sistematizado aos municípios nas fases de socorro, assistência, reabilitação e recuperação.
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Minas Mais Resiliente
b) Logística da Cedec-MG
Tabela 4: Relação de veículos de transporte de material de assistência humanitária da Diretoria de Logística:
ORD PLACA MARCA/MODELO TIPO CAPACIDADE DE CARGA
1 HMH 1646 Iveco Baú – toco 9T
2 GMG 3081 VW Baú – toco 5,5 T
3 HMG 1721 Iveco Carroceria – toco 1,75 T
4 HMG 1722 Iveco Carroceria – toco 1,75 T
5 KBE 3521 MBL 1318 Carroceria - Truck 14 T
6 GTS 9624 MBenz Carroceria – toco 5,5 T
7 GTC 4274 MBenz Carroceria – toco 8,5T
8 HIB 2731 Chevrolet S10 Cabine dupla / Carroceria / 4X4 -
9 HMG 4712 Chevrolet S10 Cabine dupla / Carroceria / 4X4 -
Fonte: Cedec-MG
Fonte: Cedec-MG
33
Minas Mais Resiliente
Tabela 6: Recursos Operacionais
34
Minas Mais Resiliente
4.3.3 Organograma da CEDEC
Figura 4: Organograma
35
Minas Mais Resiliente
4.4 Comunicação
a) O processo de comunicação interna será realizado através das informações e diretrizes operacionais do Plano de Chamada Cedec 2015,
telefones de contato funcionais e pessoais dos servidores, e-mail e do relacionamento horizontal entre as áreas funcionais.
b) O processo de comunicação externa envolve canais distintos, telefones fixos, celulares, e-mail, site, fax, contato presencial, boletim de
defesa civil e alertas meteorológicos, definidos pelo contato com as redes de desenvolvimento local, regional e com a rede estadual de defesa
civil, publicidade para a sociedade e mídia. As orientações técnicas e demais informações são transmitidas em tempo real e com oportunidade
entre o público alvo e as áreas funcionais da Cedec.
Fonte: Cedec-MG
36
Minas Mais Resiliente
4.5 Depósitos Central e Avançados
A Cedec-MG possui atualmente 13 depósitos, sendo 12 avançados e 01 central que estão localizados em cidades estratégicas de Minas
Gerais e um depósito central sediado na capital mineira, todos em condições de fornecer material de ajuda humanitária conforme demanda
apresentada pelos municípios a partir de ocorrência de desastres. Vale a ressalva que, no ano de 2016, os materiais de ajuda humanitária
somente poderão ser fornecidos mediante decretos de situação de emergência ou calamidade pública, em obediência à legislação eleitoral
(Lei n° 9.504/97).
37
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Tabela 8: Depósitos Avançados – Endereços
REGIÃO TELEFONE
MUNICÍPIO ENDEREÇO TELEFONE FIXO
BATALHÃO CELULAR
Praça João Guimarães Rosa, s/nº, Bairro Santa (32) 3052-1155 (32) 98809-4769
Barbacena 13ª RPM / 9º BPM
Cecília – Cep.36.201-515 (32) 3052-1150 (32) 98879-8839
Av. Comandante Nélio, n° 111, B. Santa Efigênia (35) 3829-3242 (35) 99717-1225
Lavras 6ª RPM / 8º BPM
CEP: 37.200-000 (35) 3829-3247 (35) 99913-7138
R. Sentinela do Caparaó, n° 01, Bairro São Jorge (33) 3339-6700
Manhuaçu 12ª RPM / 11º BPM (33) 98423-8477
CEP: 36.900-000 (33) 3339-6705
Avenida Deputado Plínio Ribeiro, nº 2810, Bairro (38) 3201-0300 (31)9 8420-9931
Montes Claros 11ª RPM / 10° BPM
Cintra CEP: 39.402-900 (38) 3201-0362 (38) 99184-8959
(35) 3829-2015 (35) 99133-5826
R. Dr. Carvalho, n° 1.650, Bairro N. Sra das Graças
Passos 18ª RPM / 12° BPM (35) 3829-2000
CEP: 37.901-508
38
Minas Mais Resiliente
R. Helmont Newman, n° 100, Bairro São Jacinto (33) 3087-1200 (33 ) 98815-2865
Teófilo Otoni 15ª RPM / 19° BPM
CEP: 39.801-259 (33) 3087-1246
R. Farmacêutico José Rodrigues de Andrade, nº 555, (32) 3539-2679 (32) 98813-0237
Ubá 4ª RPM / 21º BPM
B: São Sebastião - CEP. 36.500-030 (32) 3539-2683 (32) 98426-1490
Av. dos Eucaliptos, 800 - B. Jardim Patrícia
Uberlândia 9ª RPM / 32º BPM (34) 3228-1700 (34) 99293-6907
CEP: 38.414-123
Av. Aeroporto. Nº 02 - Bairro São Cristóvão (35) 2102-8100 (35) 9883-2632
Pouso Alegre 17ª RPM / 20º BPM
CEP: 37.550-000 (35) 3429-6720 (35) 8825-8682
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Minas Mais Resiliente
4.7 Colaboradores e Parceiros
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Minas Mais Resiliente
Fornecimento de água potável em situações de Rua Mar de Espanha, 525 - Santo Antônio - BH/MG –
Companhia de Saneamento de desastres que demandem esta atuação. CEP: 30.270-130 (31) 3250-2020 Plantão:
Minas Gerais (Copasa) Restabelecimento da rede de água e esgoto do 115 Fax: (31) 3250-1664
município na resposta. E-mail: [email protected]
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Minas Mais Resiliente
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Minas Mais Resiliente
Promoção de campanhas de doação de materiais Av. Cristóvão Colombo, 683 – Funcionários BH/MG –
Serviço Voluntário de
de assistências humanitária. Disponibilização de CEP 30140-140 – (31) 3349-2400
Assistência Social (Servas)
voluntários. Email: presidê[email protected]
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Minas Mais Resiliente
44
REFERÊNCIAS
Decreto 46.774, de 09 de junho de 2015. Institui os Fóruns Regionais de Governo e dá outras providências.
INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA . Normais Climatológicas do Brasil 1961-1990. Brasília, INMET – Instituto Nacional de
Meteorologia/ Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento, 2009.
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas: período 01 de outubro
de 2014 a 30 de abril de 2015 - Cedec/MG – Minas Gerais: GMG. 2015.
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas 2013/ 2014 - Cedec/MG
– Minas Gerais: GMG. 2014.
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas 2012/ 2013 - Cedec/MG
– Minas Gerais: GMG. 2013.
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas 2011/ 2012 - Cedec/MG
– Minas Gerais: GMG. 2012.
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas 2010/ 2011 - Cedec/MG
– Minas Gerais: GMG. 2011.
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas 2009/ 2010 - Cedec/MG
– Minas Gerais: GMG. 2010.
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas2008/ 2009 - Cedec/MG
– Minas Gerais: GMG. 2009.
45
MINAS GERAIS. Gabinete Militar do Governador. Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Relatório Anual de Chuvas 2007/ 2008 - Cedec/MG
– Minas Gerais: GMG. 2008.
REIS, B. S.; BARBOSA, R. F.; ALVES, J. S. O FPDC: um indicador para avaliar políticas públicas de resiliência a desastres. GMG/
Cedec-MG, 2015.
REIS, R. J. dos.; GUIMARÃES, D. P.; LANDAU, E. C. Chuvas em Minas Gerais. Belo Horizonte: Ed. PUC Minas, 2012. 96 p.
46
47
Anexo “A” - FPDC (Fator de Proteção e Defesa Civil)
Abstract
This paper presents a new indicator to assess public policies aiming to develop the resilience of an economic system, called Protection Factor and
Civil Defense (FPDC in portuguese). It is designed using data from the Integrated Disaster Information System of the National Bureau of
Disaster Information Protection and Civil Defense and information about investments in Disaster Risk Management. In the article, it is shown
how to calculate and interpret its results. The FPDC assumes that the correct public investment in resilience seeks to nullify the losses caused by
disasters. The FPDC was developed to assist public managers and policy makers who deal with the challenge of planning and executing actions
for diminishing hazards and impact of disasters, such as Protection and Civil Defense.
Key-words: Disaster; Resilience; Public Policy; Protection and Civil Defense.
1
Economista formado pela UFMG.
2
Bacharel em ciências militares com ênfase em catástrofes pela APM/MG. Bacharelando em Direito pela UFMG.
3
Bacharel em ciências militares com ênfase em defesa social pela APM/MG. Bacharel em Direito pela UFMG.
51
Prefácio
52
53
1 INTRODUÇÃO
Em Minas Gerais, de 2008 a 2014, uma média de 66,8 municípios decretaram Situação de Anormalidade durante o período chuvoso. Somente
na temporada 2011/2012, mais de 3,6 milhões de pessoas foram afetadas e o impacto econômico acumulado superou 1,6 bilhões de reais
(MINAS GERAIS, 2014, p. 28). No período de seca de 2014 esse valor chegou a 4 bilhões e o total de pessoas afetadas à quase 940 mil (MINAS
GERAIS, 2015, p. 30). Esses números exemplificam como os desastres mudam intensamente a dinâmica da economia e mostram porque é
imperativo que o governo ponha em prática políticas públicas de resiliência a desastres.
Uma política pública de resiliência a desastres tem como objetivo desenvolver a resiliência de um sistema econômico. Para isso, ela promove
duas frentes de ações. A primeira chamada de Gestão do Risco do Desastre visa prevenir, mitigar e preparar um ambiente econômico contra
desastres. A segunda denominada Gestão de Desastre visa responder ao desastre e recuperar o ambiente atingido. Desse modo, uma política
pública de resiliência a desastres promove ações pré e pós-desastre.
Neste trabalho iremos apresentar um indicador desenvolvido por nós para avaliar políticas públicas de resiliência a desastres, chamado Fator de
Proteção e Defesa Civil (FPDC). O FPDC é calculado em três etapas e evidencia a exposição de uma região a cada um dos diferentes tipos
distintos de desastres que constam no FIDE, o Formulário de Informações do Desastre elaborado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa
Civil. Para explicar a concepção do FPDC e como ele deve ser aplicado, dividimos este artigo da seguinte forma: na próxima seção apresentamos
brevemente a literatura que trata da Gestão do Risco de Desastres e Gestão de Desastres; na terceira seção descrevemos a relação entre o FPDC e
o Marco de Sendai, um importante documento elaborado pela ONU para orientar policy makers que lidam com desastres; na quarta seção
explicamos os conceitos-chave que embasam o FPDC; na quinta seção utilizamos um exemplo com dados do FIDE 2013 e 2014 para mostrar a
forma de cálculo do FPDC e a interpretação do seu resultado; na sexta e última seção encerramos o artigo discutindo o potencial de aplicação do
FPDC pelos governos estaduais brasileiros e formas na qual ele pode ser melhorado no futuro.
O tema de Gestão do Risco de Desastres, Gestão de Desastres e Economia dos Desastres é recente na literatura internacional. Nos últimos anos
recebeu mais atenção após a ocorrência de notórias catástrofes, como o tsunami do Oceano Índico em 2004 que devastou a Tailândia, Sri Lanka e
Indonésia, o furacão Katrina em 2005 que atingiu fortemente os Estados Unidos, especialmente New Orleans, e a grande seca no leste da África
em 2011. Infelizmente, são poucas e relativamente novas as bases de dados que acompanham desastres em todo o mundo. As três principais são
o EM-DAT, NatCat e Sigma, sendo a primeira a mais utilizada por ser gratuita. O EM-DAT é mantido pelo Center for Research on the
Epidemology of Disasters (CRED) localizado na University of Louvain School of Medicine e coleta dados desde 1988. Apesar de conter
informações sobre desastres em vários países, a EM-DAT possui pouco conteúdo sobre o Brasil, sendo que para os últimos 15 anos só há registro
de 5 desastres. De acordo com (EM-DAT, 2015) para um desastre ser inserido na base de dados é necessário que pelo menos um das situações
54
ocorra: “(a) 10 ou mais pessoas tenham morrido; (b) 100 ou mais pessoas tenham sido afetadas; (c) a região tenha decretado Estado de
Calamidade Pública; (d) houve um pedido de assistência internacional.” Ainda que esse critério seja mais restritivo que o adotado pelo FIDE para
reportar um desastre, ele é insuficiente para explicar porque constam tão poucos registros no EM-DAT. Assim, para o caso brasileiro, é
aconselhável que pesquisas e relatórios que visem analisar o impacto de desastres priorizem o uso de dados do FIDE. Inclusive, seria desejável se
o governo brasileiro estabelecesse uma aproximação com o CRED para que o EM-DAT fosse enriquecido com os dados que a Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil possui. Se isso fosse feito, o caso brasileiro poderia ser melhor discutido por trabalhos internacionais como
os do Banco Mundial e da UNISDR.
Nos últimos anos essas instituições produziram importantes publicações sobre o tema. World Bank e ODI (2015) discutem os ganhos obtidos
quando se investe na Gestão do Risco de Desastres (em inglês, Disaster Risk Management ou DRM4). De acordo com eles, um investimento em
DRM é um tipo de investimento em resiliência que proporciona três dividendos: “(i) evita-se perdas quando o desastre acontece; (ii) destrava-se
um potencial de desenvolvimento por meio do estímulo à inovação e do aumento da atividade econômica; e (iii) obtém-se ganhos com a melhor
sinergia entre atividades sociais, ambientais e econômicas.” (WORLD BANK e ODI, 2015, p. 5). Os ganhos de (i) ocorrem porque caso ocorra o
desastre, as perdas de vidas e os danos à infraestrutura são reduzidos. Os ganhos de (ii) e (iii) ocorrem independente do acontecimento do
desastre. Uma maior resiliência proporciona mais segurança e confiança à população. Empreendedores sentem-se encorajados a expandirem seus
negócios, o custo para investidores fazerem aplicações financeiras é reduzido, as famílias podem poupar mais e adquirir mais ativos e as
empresas tem mais incentivos para investir e inovar. Dessa forma, olhando o comportamento dos agentes, investimentos em DRM contribuem
indiretamente para o crescimento econômico, e de forma direta por meio da melhoria da infraestrutura e da realização de obras públicas. Pode-se
imaginar que exemplos de investimentos em DRM seriam a construção de grandes obras, como reservatórios e barragens, mas World Bank e
ODI (2015) identificaram alternativas mais simples, como um projeto de irrigação adotado em Southern Clarendon e em St. Elizabeth na
Jamaica. O programa reduziu o impacto da seca e aumentou a produtividade do setor agrícola que emprega 18% da força de trabalho do país.
Em Laframboise e Loko (2012) são feitas uma série de constatações sobre a relação entre desastres e países de renda média. Nesses países,
como o Brasil, desastres tem um impacto maior sobre o PIB do que em países desenvolvidos. Isso ocorre porque os países em desenvolvimento
enfrentam maior dificuldade para absorver os custos dos desastres, os setores da economia são mais interligados e dependentes entre si
(LAFRAMBOISE E LOKO, 2012, p. 8). Nesse mesmo estudo também se observa que o tipo de desastre que mais impacta o PIB é a seca,
causando perdas da ordem de 1% do PIB per capita, chegando a 2% em países de baixa renda (LAFRAMBOISE E LOKO, 2012, p. 8).
Dependendo da intensidade, um desastre pode criar uma armadilha de pobreza sobre as famílias de baixa renda. “Famílias pobres tendem a
poupar pouco e não ter acesso a crédito, assim, eles não são capazes de complementar sua renda após uma crise” (LAFRAMBOISE E LOKO,
2012, p. 5). Em Hallegatte e Przyluski (2010, p. 15) armadilhas de pobreza são definidas como: “situações em que a produtividade das famílias
pobres é reduzida, fazendo com que seja impossível para elas reestabelecer sua poupança e ativos”. Essa armadilha de pobreza é considerada
4
Neste artigo tratamos Gestão do Risco de Desastre e DRM como equivalentes.
55
como sendo microeconômica, porém ela pode evoluir para um nível macro dependendo da frequência dos desastres. “Uma região pobre que não
consiga se recuperar das consequências de um primeiro desastre antes da ocorrência de um segundo poderá entrar em um estado de permanente
reconstrução, com todos seus recursos destinados apenas à recuperação ao invés da adição de nova infraestrutura e equipamentos”
(HALLEGATTE E PRZYLUSKI, 2010, p. 15). Assim, a capacidade de reconstrução de um país é um instrumento importante tanto para
diminuir o impacto dos desastres sobre a renda e qualidade de vida da sociedade quanto para melhorar o ambiente de negócios e promover o
desenvolvimento econômico.
Em março de 2015, durante a 3ª Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Redução do Risco de Desastres, foi definido o atual marco para
redução de desastres, chamado “The Sendai Framework for Disaster Risk Reduction 2015-2030” (em português, Marco de Sendai 2015-2030). O
Marco de Sendai é o sucessor do “Hyogo Framework for Action 2005-2015” (em português, Marco de Ação de Hyogo 2005-2015) e, assim
como seu predecessor, é um importante documento que visa orientar organizações públicas e privadas que enfrentam o desafio de gerenciar e
reduzir as consequências advindas de desastres.
O principal resultado a ser alcançado pelo Marco de Sendai é reduzir o risco de desastres e as perdas humanas e materiais causadas por eles,
assim como melhorar a prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação aos desastres. Portanto, a resiliência do país à desastres. Para
alcançar esse resultado foram definidas quatro prioridades no Marco de Sendai: “(i) compreender o risco de desastres; (ii) fortalecer a governança
responsável por lidar com desastres; (iii) investir em resiliência para reduzir o risco de desastres; (iv) melhorar a capacidade de responder
efetivamente à desastres e a capacidade de recuperar uma área atingida” (UN, 2015b, p. 14). Sendo que recuperar uma área atingida não se trata
apenas de repor os bens materiais e os fatores de produção perdidos com o desastre, mas também de reconstruir a área para que ela se torne mais
resiliente e possa suportar melhor novos desastres (no documento o termo original adotado é Build Back Better).
Dessas quatro prioridades, o FPDC se relaciona especialmente com a terceira. No documento, dentro dessa prioridade, é explicitado a
necessidade de promover a colaboração entre os diferentes stakeholders envolvidos no processo de Gestão de Desastres, especialmente as
autoridades públicas e instituições financeiras responsáveis por investir em DRM e avaliar o impacto econômico e social dos desastres. O FPDC
é formulado visando avaliar como investimentos em DRM contribuem para mitigar ou eliminar o prejuízo advindo dos desastres.
Além das prioridades, o Marco de Sendai define uma serie de princípios para guiar a tomada de decisão de policy makers, entretanto, não é
apresentado nenhuma métrica ou forma de avaliação que possa ser utilizada para julgar se as decisões foram assertivas e vislumbram todas as
dimensões do risco. Em UNISDR (2013) é feita uma tentativa de se construir um scorecard para esse fim, porém ele é simplista, pouco
quantitativo e mais útil antes da tomada de decisão do que após ela ter sido tomada. Ao construirmos o FPDC buscamos suprir essa lacuna,
tornando-o útil para avaliar a tomada decisão antes e após ela ter ocorrido.
56
Outro importante instrumento da UNISDR é a campanha “Construindo Cidades Resilientes: minha cidade está se preparando” documentada em
UNISDR (2012). Nela são definidos dez passos a serem adotados pelos gestores públicos e policy makers objetivando o aumento da resiliência
dos sistemas econômicos. A campanha iniciou-se em maio de 2010 e possui relação direta com as prioridades definidas no Marco de Ação de
Hyogo 2005-2015. Atualmente, passam por uma revisão formal para corresponder melhor com o Marco de Sendai 2015-2030.
Na literatura internacional sobre desastre define-se como risco “um evento, fenômeno ou atividade com potencial para causar a perda de vidas
ou prejudica-la, causar danos a propriedade, distúrbio social e econômico ou degradação ambiental. Riscos […] podem ter diferentes origens:
naturais ou induzidas por processo humano” (UN, 2015b, p. 9). Esse conceito é semelhante ao adotado pela legislação brasileira:
“[..] resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um cenário vulnerável, causando grave perturbação ao
funcionamento de uma comunidade ou sociedade, envolvendo extensivas perdas e danos humanos, materiais, econômicos e ambientais, que
excede a capacidade de lidar com o problema usando meios próprios” (BRASIL, IN-01, 2012b)
Desse conceito deriva-se que ao tratarmos de desastres podemos estar nos referindo à desastres naturais ou tecnológicos5.
Um desastre tecnológico é “originado de fatores industriais ou tecnológicos, como acidentes, procedimentos perigosos, falhas de infraestrutura
ou outras atividades humanas específicas” (PREVENTIONWEB, 2015). Alguns exemplos de desastres desse tipo são acidentes envolvendo
substâncias radioativas, produtos perigosos, incêndios urbanos e obras civis.
Para evitar confusão conceitual a respeito de desastre natural, adotamos nesse artigo a definição de Hallegate e Przyluski (2010, p. 2): “um
evento que provoca uma perturbação no sistema econômico, gerando um impacto negativo significativo sobre os ativos, os fatores de produção e
o consumo do sistema de uma certa região”. Dessa forma, quando nos referimos às consequências de um desastre, além dos danos materiais e
humanos, estamos principalmente interessados em como a dinâmica da economia afetada mudou. O que deixou de ser produzido ou consumido e
a magnitude dessa mudança. Utilizando essa linha de raciocínio, a visão do objetivo a ser alcançado com a Gestão do Risco de Desastres é
enriquecida. A boa prevenção, mitigação e preparação visa não apenas proteger bens, mas todo um sistema econômico.
A escolha da quantidade de investimento necessário para preparar uma região para a ocorrência de um desastre natural ou tecnológico é
influenciada pela extensão dos danos causados por esses desastres. Hallegate e Przyluski (2010) distingue os danos sobre o sistema econômico
entre dois tipos: os diretos e os indiretos.
5
Neste artigo quando mencionamos a palavra desastre, estamos nos referindo tanto a desastres naturais quanto tecnológicos.
57
Os danos diretos englobam perdas tangíveis, também chamadas de perdas mercados, e perdas intangíveis. Perdas de mercado ocorrem quando
bens e serviços deixam de ser transacionados no mercado. Observar o custo de reposição desses bens e, portanto, o custo dessa perda é uma
tarefa fácil. Caso um alagamento destrua uma instalação física, como uma escola, basta observar o custo de reconstrução dessa instalação para se
definir qual o valor da perda direta do mercado. As perdas intangíveis são mais difíceis de serem calculadas. Por definição elas são todos os
danos que não podem ser recuperados através de aquisições no mercado. A perda de vidas humanas é um bom exemplo de perdas intangíveis.
Apesar de ser possível contabilizá-la, não há na literatura uma definição clara de qual método deveria ser adotado para estimar em termos
monetários o valor desse tipo de perda.
“Danos indiretos são todas as perdas que não provocadas pelo desastre em si, mas pelas suas consequências” (HALLEGATE E PRZYLUSKI,
2010, p. 3). Danos de longo prazo sobre o estoque de capital e perdas com o atraso ou interrupção de transações comerciais são apontados como
danos indiretos. Apesar de ser considerado relevante na avaliação de impacto do desastre, a diferenciação entre o que é um dano direto e indireto
muitas vezes não é clara na literatura internacional. Consequentemente, ainda não há um consenso sobre como esse tipo de dano deveria ser
calculado. Diante disso, o que pode ser estimado com maior precisão pelo Estado são os danos diretos de um desastre, especificamente, as perdas
de mercado.
Neste artigo obtemos a informação sobre perdas de mercado a partir do FIDE, o Formulário de Informações do Desastre elaborado pela
Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. O FIDE foi instituído em 24 de agosto de 2012 pelo Ministério da Integração Nacional6, e serve
como ferramenta de coleta de dados e levantamento de informações na ocorrência de um desastre. Ele é preenchido online pelos municípios ou
estados, através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID). O formulário somente pode ser preenchido por funcionários
públicos habilitados7 e se for constatada situação anormal no município8, o que garante a veracidade e qualidade dos dados. Portanto, o FIDE é
uma excelente base de dados para fundamentar a elaboração de um indicador.
6
Antes dessa data os dados relacionados aos prejuízos econômicos públicos e privados eram obtidos no documento intitulado Avaliação de Danos (AVADAN). Os dados
obtidos pelo AVADAN e pelo FIDE são praticamente idênticos, diferindo apenas na especificidade, sendo que o AVADAN possuía uma maior especificação que foi
simplificada após a adoção do FIDE. Por exemplo, a presença no AVADAN da subdivisão “comércio” dentro do setor de “serviços”. No FIDE não há mais esta subdivisão,
sendo que os prejuízos do comércio devem ser lançados todos no setor “serviços”. Na prática, em relação aos municípios mineiros, os primeiros FIDE’s foram preenchidos a
partir de janeiro de 2013.
7
Os funcionários devem pertencer à Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil do município. Em alguns casos, o próprio prefeito realiza o preenchimento. Os
dados só são registrados no S2ID após verificação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres do Ministério da Integração Nacional.
8
Um decreto que declara a situação anormal somente é reconhecido pela União ou homologado pelo Estado se houver, no mínimo, dois tipos de danos e o prejuízo
econômico público decorrentes do desastre onerar a receita corrente líquida do ente federado em no mínimo 2,77% ou o prejuízo econômico privado onerar a receita corrente
líquida em no mínimo 8,33%. Esse tipo de situação é chamada de situação de emergência ou desastre de nível I. Para atingir o nível II, ou estado de calamidade pública, é
necessário que estes mesmos prejuízos atinjam, respectivamente, 8,33% e 24,93% da receita corrente líquida.
58
No FIDE o dado que corresponde às perdas de mercado é chamado de prejuízo econômico. Assim, no restante desse artigo quando nos
referimos à prejuízo econômico, estamos tratando-o como sinônimo de perdas de mercado. O prejuízo econômico é dividido em duas categorias,
prejuízo econômico público e prejuízo econômico privado.
O prejuízo público é composto por 11 itens9 e diz respeito à danos sobre serviços públicos essenciais comprometidos devido a ocorrência do
desastre natural. É importante apontar que quando um desses itens é preenchido, o valor informado diz respeito ao valor que é necessário repor
para que o serviço volte a ser prestado em caráter emergencial. Dessa forma, em momento algum o valor informado diz respeito à um dano de
longo prazo. Para que o serviço volte a ser prestado em sua plena capacidade de funcionamento, o valor é superior ao informado.
O prejuízo privado é dividido em setores da economia, respectivamente, agricultura, pecuária, indústria e serviços. Esse prejuízo é calculado de
forma mais completa do que o público, mas também não incorpora em sua contabilização danos de longo prazo, apenas os bens materiais e
fatores de produção perdidos com o desastre natural.
Nesse artigo trataremos prejuízo econômico em sua totalidade, portanto, somando-se os prejuízos público e privado.
Esta seção apresenta o método utilizado para calcular o indicador. O FPDC não é um modelo de avaliação de impacto de desastres sobre o PIB,
como o de Ribeiro et al. (2014). No FPDC o impacto do desastre já é assumido como sendo igual ao do prejuízo econômico sofrido pelo
munícipio. Seria mais assertivo incorporar os danos indiretos, porém o FPDC foi elaborado para ser utilizado por gestores públicos que não
necessariamente têm acesso à especialistas em métodos de avaliação, como economistas. O objetivo do FPDC é avaliar como desastre e
investimento em resiliência estão conectados e determinar se o investimento foi adequado. Mensura-se desastres através da somatória dos
prejuízos econômicos por tipo de desastre e investimento em resiliência através da soma do total de gastos do governo em Gestão do Risco de
Desastres. Portanto em resiliência estão presentes gastos com obras públicas, com a aquisição e manutenção de tecnologia utilizada na
prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, assim como despesas com os funcionários públicos empregados nessas funções.
Define-se como investimento adequado em resiliência aquele que permite neutralizar o impacto de um desastre, ou seja, zerar o prejuízo
econômico.
Para otimizar a aplicabilidade do indicador no âmbito de políticas públicas, sua concepção assume três hipóteses: (i) a quantidade ideal de
investimento para a DRM de um tipo de desastre não é a mesma para a DRM de um desastre de outra natureza; (ii) afeta negativamente o
orçamento do governo não investir em DRM, assim como investir além do necessário; (iii) um investimento realizado em DRM no ano corrente
só reduzirá os prejuízos com desastres no ano seguinte.
O FPDC é calculado em três etapas:
9
No anexo deste artigo é possível verificar quais são esses itens.
59
𝑞
em que 𝑃𝐷𝑑,𝑡 é a proteção contra desastres do tipo d, no ano t; 𝜃𝑑 é o coeficiente que determina a relação entre IGRD e ED para cada tipo de
desastre d. Ele deve ser pelo menos igual a 1, o que significa que o investimento equivale ao prejuízo econômico. Inicialmente secretarias que
não possuem 𝜃𝑑 podem assumir que ele é igual a 1, porém essa hipótese talvez não seja realista. Afinal, é esperado que investimentos em
resiliência possuam um retorno marginal crescente, ou seja, com 1 real de investimento seria possível evitar mais de 1 real em prejuízo
econômico. Uma região que apresente 𝜃𝑑 inferior a 1 está potencialmente caminhando para uma armadilha de pobreza, pois tal resultado
significa que a tecnologia empregada em ações de DRM é ineficiente para lidar com as consequências do desastre e proteger o sistema
econômico. Dependendo da restrição de gastos do governo, se os desastres forem frequentes, talvez seja melhor adotar uma política de migração
para a população atingida do que reconstruir a região atingida. Portanto, é altamente desejável calcular um 𝜃𝑑 quando houver dados suficientes
ou obter uma proxy na literatura; por fim 𝐼𝐺𝑅𝐷𝑑,𝑡 é o investimento realizado em gestão do risco do desastre do tipo d, no ano t.
𝑃𝐷𝑇𝑡−1
𝐹𝑃𝐷𝐶𝑡 = (𝟑)
𝑃𝐷𝑇𝑡
em que 𝐹𝑃𝐷𝐶𝑡 é o Fator de Proteção e Defesa Civil no ano t; 𝑃𝐷𝑇𝑡 é a somatória dos 30 valores absolutos de 𝑃𝐷𝑑,𝑡 , ou, ∑30
𝑖=1 |𝑃𝐷𝑑,𝑡 |. É adotada
uma fração ao final do cálculo do indicador para que seja fácil comparar sua evolução ao longo dos anos. Valores superiores a 1 indicam que há
uma boa proteção contra desastres. Valores inferiores a 1 indicam que a capacidade de minimizar as consequências dos desastres no ano corrente
foi inferior ao ano anterior, ou seja, provavelmente não foi feito o adequado investimento em resiliência.
A seguir será apresentado um exemplo de cálculo do FPDC para o ano de 2014 para a região Noroeste de Minas Gerais 10. Serão utilizados
dados reais do FIDE 2013 e 2014, e dados hipotéticos para investimento em gestão do risco de desastre e os coeficientes 𝜃𝑑 .
10
A lista dos 19 municípios presentes na região está disponível em Portal MG (2015).
60
Reunindo os dados do FIDE, elaboramos a Tabela 1. A partir dela percebemos que nem todos os municípios sofreram desastres em 2013 e 2014
e que das 16 ocorrências, 10 se referem à estiagem. Também é perceptível uma sazonalidade nos eventos. Eles se concentram nos meses de
junho, agosto e setembro. Além disso, o desastre ocorrido em Vazante apesar de registrado, não provocou prejuízos econômicos. Isso indica que
provavelmente nesse incidente apenas vidas humanas foram perdidas.
61
Tabela 1 – Dados do FIDE para o NO de Minas Gerais em 2013 e 2014 – Continuação
02/09/2014 Dom Bosco Estiagem 1630000,00 180000,00
20/08/2013 Dom Bosco Estiagem 982000,00 120000,00
26/08/2014 Dom Bosco Estiagem 1630000,00 60000,00
01/04/2014 Formoso Enxurradas 3000,00 5000,00
João
23/04/2014 Pinheiro Estiagem 6000000,00 4000000,00
Lagoa
08/09/2014 Grande Estiagem 600000,00 650000,00
Lagoa
12/08/2014 Grande Seca 1438342,00 910000,00
13/10/2014 Natalândia Estiagem 3000000,00 90000,00
Presidente
11/06/2014 Olegário Estiagem 3234084,00 0,00
Subsidências
24/06/2013 Vazante e colapsos 0,00 0,00
Fonte: FIDE 2013 e 2014
Com base na Tabela 1 o próximo passo é converter os dados em uma nova tabela para calcular o prejuízo econômico total (a soma dos prejuízos
econômico púbico e privado). Como o município de Vazante não apresentou prejuízos econômicos ele não será incluído. Os resultados desse
processo estão na Tabela 2.
62
Tabela 2 – Prejuízo econômico total no NO de Minas Gerais em 2013 e 2014
Nº de Nº de Prejuízo
Ano Município identificação do Desastre identificação do Econômico
município (m) desastre (d) Total (em R$)
2014 Arinos 1 Estiagem 1 17000000,00
63
q
Utilizando a fórmula EDd,t = ∑i=1 PEm,d,t e os dados da Tabela 2, obtemos:
ED1,2013 = PE1,1,2013 + PE2,1,2013 + PE3,1,2013 + PE4,1,2013 + PE5,1,2013 + PE6,1,2013 + PE7,1,2013 + PE8,1,2013
ED1,2013 = 0 + 1750000,00 + 1102000,00 + 0 + 0 + 0 + 0 + 0
ED1,2013 = 2.852.000,00
ED2,2013 = PE1,2,2013 + PE2,2,2013 + PE3,2,2013 + PE4,2,2013 + PE5,2,2013 + PE6,2,2013 + PE7,2,2013 + PE8,2,2013
ED2,2013 = 19.000.000,00
ED3,2013 = PE1,3,2013 + PE2,3,2013 + PE3,3,2013 + PE4,3,2013 + PE5,3,2013 + PE6,3,2013 + PE7,3,2013 + PE8,3,2013
ED3,2013 = 355.000,00
ED4,2013 = PE1,4,2013 + PE2,4,2013 + PE3,4,2013 + PE4,4,2013 + PE5,1,2013 + PE6,1,2013 + PE7,1,2013 + PE8,1,2013
ED4,2013 = 0
ED1,2014 = PE1,1,2014 + PE2,1,2014 + PE3,1,2014 + PE4,1,2014 + PE5,1,2014 + PE6,1,2014 + PE7,1,2014 + PE8,1,2014
ED1,2014 = 17000000,00 + 1527000,00 + (1810000,00 + 1690000,00) + 0 + 10000000,00 +1250000,00 + 3090000,00 + 3234084,00
ED1,2014 = 39.601.084,00
ED2,2014 = PE1,2,2014 + PE2,2,2014 + PE3,2,2014 + PE4,2,2014 + PE5,2,2014 + PE6,2,2014 + PE7,2,2014 + PE8,2,2014
ED2,2014 = 14690600,00 + 2348342,00
ED2,2014 = 17.038.942,00
ED3,2014 = 0
ED4,2014 = 8.000,00
Os resultados de exposição à desastre revelam algumas conclusões interessantes. Primeiramente, os prejuízos que estão ligados às chuvas
intensas (alagamentos e enxurradas) não afetam tão fortemente a região do Noroeste de Minas quanto os eventos derivados da ausência delas
(secas e estiagem). Em segundo lugar, podemos observar que eventos muito semelhantes provocaram os maiores estragos. Em 2013 o desastre
que causou maior prejuízo foi a seca, enquanto em 2014 foi a estiagem. Em terceiro lugar, é notável a evolução do prejuízo econômico causado
pela seca de um ano para o seguinte, cujo aumento foi de R$ 36.749.084,00. Isso mostra como desastres naturais podem ter variações bruscas e
violentas e que é imperativo um correto investimento em gestão do risco do desastre para minimizá-lo.
A seguir será calculado a segunda etapa do indicador, PDd,t =EDd,t -θd IGRDd,(t-1) . Conforme já mencionado, serão adotados valores hipotéticos
para investimento em gestão do risco de desastre e para os coeficientes 𝜃𝑑 . Com essa abordagem acreditamos que o exemplo de cálculo ficará
64
mais didático. Também no nosso modelo assumimos que a tecnologia de DRM relacionada a enchentes e inundações é mais eficiente que a
ligada à seca e estiagem, ou seja, que os valores de 𝜃3 e 𝜃4 são superiores aos de 𝜃1 e 𝜃2 .
PD1,2013 = 2.852.000,00 – 2*2.730.824,00
PD1,2013 = -2.609.648,00
PD2,2013 = 19.000.000,00 – 2,1*11.336.273,00
PD2,2013 = -4.806.173,30
PD3,2013 = 355.000,00 – 3,1*17.729,00
PD3,2013 = 300.040,10
PD4,2013 = 0 – 3*38.104,00
PD4,2013 = -114.312,00
PD1,2014 = 39.601.084,00 – 2*2.988.357,46
PD1,2014 = 33.624.369,08
PD2,2014 = 17.038.942,00 – 2,1*12.405.350,58
PD2,2014 = -9.012.294,22
PD3,2014 = 0 – 3,1*19.400,82
PD3,2014 = -60.142,54
PD4,2014 = 8.000,00 – 3*41.697,63
PD4,2014 = -117.092,89
Os valores negativos de proteção contra desastres significam que o governo investiu em gestão do risco do desastre além do necessário. Os
valores positivos significam que o investimento ficou aquém do ideal. O desejável é que o governo faça anteriormente investimentos que se
aproximem do que o prejuízo venha a causar. Na prática, dificilmente uma situação como essa será observada. Nunca o resultado de PD será
igual a zero. Entretanto, dado que o governo enfrenta decisões de investimento sobre a hipótese de restrição orçamentária, também não é
interessante que ele extrapole excessivamente os seus gastos para proteger um sistema econômico.
𝑃𝐷𝑇𝑡−1
Abaixo, usando a fórmula 𝐹𝑃𝐷𝐶𝑡 = demonstramos a última etapa de cálculo do indicador:
𝑃𝐷𝑇𝑡
65
PDT2014 = 24.434.839,43
PDT2013 7.230.093,20
FPDC2014 = =
PDT2014 24.434.839,43
FPDC2014 ≅ 0,3
Um valor de 0,3 para o FPDC significa que no ano anterior a proteção foi mais eficiente do que a do ano corrente, significa que o investimento
em IGRD foi melhor aplicado em 2013 do que 2014. De fato, quando observamos os valores absolutos dos prejuízos e de IGRD, percebemos que
os prejuízos no Noroeste de Minas Gerais evoluíram de R$22.207,00 para R$56.648.026,00, um aumento de quase 2,55 vezes. Enquanto, o
IGRD nessa região evoluiu de R$14.451.759,00 para R$15.814.685,54, um aumento de pouco menos de 10%.
No nosso exemplo propositalmente mostramos que em um ano o investimento contra estiagem foi excessivo e no seguinte foi insuficiente.
Apesar de ser um IGRD fictício, essa não é uma variação tão improvável quando consideramos que o governo enfrenta a hipótese de restrição
orçamentária e tem limitada capacidade de fazer alterações bruscas no orçamento. Empiricamente a evolução do investimento pode não
acompanhar a do desastre e caberá ao Estado decidir como solucioná-la.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse artigo foi elaborado com dois propósitos: enriquecer a literatura que trata de desastres e contribuir para tornar o trabalho de policy makers
desta área mais eficiente. Ele foi desenvolvido no âmbito do Gabinete Militar do Governador e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do
Estado de Minas Gerais (GMG/CEDEC-MG) por uma equipe que percebeu na literatura a ausência de um trabalho que mensurasse a relação
entre investimento em resiliência e prejuízo advindos de desastres. A construção do FPDC nasceu da busca para entender essa relação.
Ao evidenciar essa relação, a fórmula do FPDC torna-se um instrumento de diálogo entre autoridades públicas e instituições financeiras. Ambos
possuem uma mesma referência para avaliar desastres e trabalhar conjuntamente para viabilizar o investimento em DRM que um ambiente
econômico necessita. Além de verificar o efeito desses investimentos, o FPDC também induz à regularização de uma base de dados contendo o
FIDE e a evolução dos investimentos em prevenção, mitigação e preparação.
Se bem utilizado, o indicador pode ser inclusive um instrumento para regularizar gastos públicos com desastres. Ao separar o desastre por tipo
na análise dos danos, ele facilita o futuro gerenciamento do risco e da prevenção do desastre. O FPDC também foi elaborado para ser de fácil de
compreensão e cálculo. Não é necessário um especialista para calculá-lo. Outra vantagem do indicador é a possibilidade de voltar à etapa de
cálculo para encontrar alguma informação de interesse. Por exemplo, se uma secretaria de estado deseja verificar o nível de proteção contra um
único tipo de desastre, como a estiagem, ela pode retornar à etapa 2.
66
Apesar de seus pontos positivos, o FPDC ainda pode ser melhorado. Não encontramos na literatura dados que indicassem qual seriam valores
apropriados para 𝜃𝑑 . Assim, policy makers que adotarem o FPDC terão nos próximos anos que estimar esse coeficiente. O FPDC também foi
construído sob a hipótese de que investimentos realizados em DRM no ano corrente só reduzirão os prejuízos com desastres no ano seguinte.
Possivelmente isso nem sempre ocorrerá, por isso é interessante estabelecer um registro sobre o início e fim de obras, aquisição de equipamentos
e formação de agentes públicos para averiguar como essas medidas passam a afetar o sistema econômico.
O FPDC é útil, mas não deve ser o único instrumento usado para guiar decisões sobre políticas públicas de resiliência a desastres. É desejável
que uma análise de custo-benefício acompanhe o uso do indicador, uma curva EP de probabilidade de desastres (em inglês, exceedance
probability curve) ou uma análise de curvas de excedência de perdas (em inglês, loss exceedance curves). Elas são importantes, pois fornecem
aos policy makers a possibilidade de definir quais investimentos devem ser priorizados.
Por fim, é importante ressaltar que desastres estão tomando uma nova dimensão no cenário internacional. As perdas de vidas humanas estão
diminuindo, porém, a frequência dos desastres, o total de pessoas afetadas e os danos econômicos aumentaram nos últimos anos (UNISDR,
2012). Organizações internacionais, como o Banco Mundial e as Nações Unidas, têm buscado apoiar práticas governamentais que visam
minimizar o impacto de desastres, ou seja, de fortalecer e difundir políticas públicas de resiliência a desastres. Esperamos que esse trabalho tenha
contribuído para esse objetivo e possa ser útil para gestores públicos que enfrentam o desafio diário de planejar ações públicas para diminuir o
impacto de desastres.
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BRASIL. Lei 12. 608 de 10 de abril de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional
de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil - CONPDEC; autoriza a criação de sistema de
informações e monitoramento de desastres; altera as Leis nos 12.340, de 1o de dezembro de 2010, 10.257, de 10 de julho de 2001, 6.766, de 19
de dezembro de 1979, 8.239, de 4 de outubro de 1991, e 9.394, de 20 de dezembro de 1996; e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12608.htm> Acesso em: 17 set. 2015. 2012a
67
BRASIL. Instrução Normativa MI/GM nº 01, de 24 de agosto de 2012. Estabelece procedimentos e critérios para a decretação de situação de
emergência ou estado de calamidade pública pelos Municípios, Estados e pelo Distrito Federal, e para o reconhecimento federal das situações de
anormalidade decretadas pelos entes federativos e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.mi.gov.br/c/document_library/get_file?uuid=822a4d42-970b-4e80-93f8-daee395a52d1&groupId=301094> Acesso em: 17 set.
2015. 2012b.
BRASIL. Lei Nacional nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010. Dispõe sobre as transferências de recursos da União aos órgãos e entidades dos
Estados, Distrito Federal e Municípios para a execução de ações de prevenção em áreas de risco de desastres e de resposta e de recuperação em
áreas atingidas por desastres e sobre o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil; e dá outras providências. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12340.htm> Acesso em: 17 set. 2015. 2010a.
BRASIL. Decreto Federal nº 7.257, de 4 de agosto de 2010. Regulamenta a Medida Provisória no 494 de 2 de julho de 2010, para dispor sobre o
Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, sobre o reconhecimento de situação de emergência e estado de calamidade pública, sobre as
transferências de recursos para ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução nas áreas atingidas
por desastre, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7257.htm> Acesso
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68
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69
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WORLD BANK; UN, United Nations. Natural hazards, unnatural disasters: the economics of effective prevention. 2010. Disponível em:
<http://biotech.law.lsu.edu/climate/docs/NHUD-Report_Full.pdf> Acesso em: 16 set. 2015.
70
ANEXO – Formulário de Informações do Desastre
SISTEMA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL – SINPDEC
1. Identificação
UF: Município:
População
PIB (Anual): Orçamento (Anual): Arrecadação (Anual):
(Habitantes):
R$ R$ R$
Receita Corrente Líquida – RCL
Total Anual: R$ Média Mensal: R$
Não Existe/
Urbana e
4. Área Afetada/Tipo de Ocupação Não Urbana Rural
Rural
Afetada
Residencial
Comercial
Industrial
71
Agrícola
Pecuária
Extrativismo Vegetal
Reserva Florestal ou APA
Mineração
Turismo e Outras
Descrição das Áreas Afetadas (Especificar se Urbana e/ou Rural):
Tipo Nº de Pessoas
Mortos
Feridos
6.1 – Enfermos
Danos Desabrigados
Humanos Desalojados
Desaparecidos
Outros Afetados
Total de Afetados
Descrição dos Danos Humanos:
72
Quantidades Quantidades
Tipo Valor (R$)
Destruídas Danificadas
Unidades Habitacionais
6.2 –
Instalações Públicas de Saúde
Danos
Instalações Públicas de Ensino
Materiais
Instalações Públicas Prestadoras de Outros
Serviços
Instalações Públicas de Uso Comunitário
Obras de Infra-Estrutura Pública
Descrição dos Danos Materiais:
População do Município
Tipo
Atingida
( ) 0 a 5%
( ) 5 a 10%
Contaminação do Ar ( ) 10 a 20%
( ) Mais de 20%
6.3 –
Danos
( ) 0 a 5%
Ambientais
( ) 5 a 10%
Contaminação da Água
( ) 10 a 20%
( ) Mais de 20%
( ) 0 a 5%
( ) 5 a 10%
Contaminação do Solo
( ) 10 a 20%
( ) Mais de 20%
73
( ) 0 a 5%
( ) 5 a 10%
Diminuição ou Exaurimento Hídrico
( ) 10 a 20%
( ) Mais de 20%
Área Atingida
Incêndio em Parques, APA’s ou APP’s ( ) Até 40%
( ) Mais de 40%
Descrição dos Danos Ambientais:
74
Setores da Economia Valor (R$)
7.2 – Agricultura
Prejuízos
Econômico Pecuária
s Privados Indústria
Serviços
Valor Total dos Prejuízos Privados
Descrição dos Prejuízos Econômicos Privados:
8. Instituição Informante
Nome da Instituição: Nome do Responsável:
Endereço:
CEP:
E-mail:
Cargo: Assinatura e Carimbo Telefones: Dia Mês Ano
( )
( )
75
Anexo “B” - Cursos
76
77
Anexo “C” - Prognóstico Meteorológico para o Período Chuvoso 2015/2016 em Minas Gerais (SIMGE)
Previsão Climática
ELABORADA EM
15/10/2015
PERÍODO: OUTUBRO-NOVEMBRO-
DEZEMBRO (OND)
78
SEMAD - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Secretário
Luiz Sávio de Souza Cruz
Diretora geral
Maria de Fátima Chagas Dias Coelho
Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Monitoramento das Águas
Marley Caetano de Mendonça
Gerente de Monitoramento Hidrometeorológico e Eventos Críticos
Jeane Dantas de Carvalho
79
REALIZAÇÃO:
Equipe Técnica
Anita Veiga, Engenheira Civil
Adelmo Antônio Correia, Meteorologista
Daniel dos Santos, Meteorologista
Erlon Aide A. de Oliveira, Analista de Sistemas
João Tadeu Figueiredo Ornelas Braz, Analista Ambiental
Luiza Pinheiro Rezende Ribas, Engenheira Ambiental
Michael Bezerra da Silva, Meteorologista
Paula Pereira de Souza, Meteorologista
Patrícia Lopes Carvalho, Engenheira Civil
Raimundo Nonato Frota Fernandes, Analista de Sistemas
Ruany Gomes Xavier Maia, Meteorologista
80
PREVISÃO CLIMÁTICA
PERÍODO: OUTUBRO-NOVEMBRO-DEZEMBRO (OND)
1- O QUE SE ESPERA DO TRIMESTRE OND?
TRIMESTRE OND
O trimestre OND é considerado como o primeiro trimestre chuvoso. As chuvas inicialmente se concentram no Sul do estado e Zona da
Mata, chegando à região do Alto Paranaíba e Metropolitana. As chuvas são provocadas pelo aquecimento diurno (chuvas de verão) e pelas
frentes frias que chegam com maior intensidade e há possibilidade de ocorrência do fenômeno Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Figura 1.1 – Distribuição da média climatológica da chuva para o trimestre OND. Fonte: INMET/SIMGE
81
MÊS DE OUTUBRO
No mês de outubro o índice pluviométrico passa dos 170 mm/mês. A região Metropolitana, Sul de Minas e parte do Triângulo têm a
maior incidência de chuvas. Neste mês é possível ter eventos do tipo ZCAS, contudo de curta duração.
Figura 1.2 – Distribuição da média climatológica da chuva para o mês de outubro. Fonte: INMET/SIMGE
82
MÊS DE NOVEMBRO
Para o mês de novembro temos maior incidência do fenômeno ZCAS e maior intensidade das frentes frias. Em adição a isso, ainda temos
os eventos localizados, onde a evaporação mais alta pode alimentar nuvens e estas se transformarem em uma tempestade de verão. É normal
chover na faixa de 270 mm/mês na Região Metropolitana de Belo Horizonte e na Zona da Mata.
Figura 1.3 – Distribuição da média climatológica da chuva para o mês de novembro. Fonte: INMET/SIMGE
83
MÊS DE DEZEMBRO
No mês de dezembro os acumulados máximos podem chegar a 350 mm na Região Sul. Nas Regiões Zona da Mata, Metropolitana,
Triângulo e Noroeste é normal chover na faixa de 250-325 mm. O extremo norte do Norte do estado tem a menor pluviosidade, que fica em torno
dos 125 mm no mês.
Figura 1.4 – Distribuição da média climatológica da chuva para o mês de dezembro. Fonte: INMET/SIMGE
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PERÍODO CHUVOSO
O período chuvoso está compreendido entre os meses de outubro a março e apresentam três regiões distintas sob o aspecto do acumulado
de chuva:
Nordeste do estado, onde os valores de acumulado de chuva devem ficar em torno de 800 mm no período.
Região Sul do Estado, Campo das Vertentes e Parte do Vale do Paranaíba são as regiões onde são esperados acumulados de chuva acima
de 1200 mm no período.
Figura 1.5 – Distribuição da média climatológica da chuva para o período chuvoso. Fonte: INMET/SIMGE
85
PERÍODO SECO
O período seco inicia-se no mês de abril e tem o seu término no meio de setembro. Os acumulados na maioria do estado estão em torno
de 200 mm em todo o período. Em parte das regiões Sul, Zona da Mata o acumulado pode chegar a 350 mm de chuva. No extremo nordeste do
Jequitinhonha o acumulado pode chegar a 550 mm. O normal desse período é não chover, o que causa índices de baixa umidade e risco de
incêndios.
Figura 1.6 – Distribuição da média climatológica da chuva para o período seco. Fonte: INMET/SIMGE
86
2- A PREVISÃO PARA O TRIMESTRE OND
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS VIGENTES
Para o Clima tudo está interligado no planeta. A temperatura da superfície do mar (TSM), os desmatamentos das florestas, a quantidade
de gelo e área com gelo nos pólos, poluição atmosférica e até erupções vulcânicas de grande intensidade. Todos os fatores estão interconectados.
Para o monitoramento do clima, faz-se a observação principalmente da região equatorial do pacífico onde se determina se haverá El Niño/La
niña. Tais eventos impactam no clima de todo o planeta. O regime de chuvas de muitos lugares depende do estabelecimento desses status. Um
exemplo é que em épocas onde o El niño prevalece às chuvas são escassas no nordeste do Brasil e mais abundantes no sul do País. Isso para o
estado de Minas Gerais resulta em mais frentes frias com maior intensidade chegando ao estado.
Na figura 2.1(a) podem-se observar as regiões no pacífico onde se monitora o sistema ENOS11. As variações da anomalia da Temperatura
da superfície do mar nessa região indicam se teremos El Ninõ, La nina ou neutralidade.
Os valores atuais indicam que teremos condição de El niño, por que se encontram acima da faixa de -0.5 a 0.5. Valores positivos (acima
de 0.5) indicam El Niño e valores negativos La Niña (abaixo de -0.5). Na figura 2.1(b) ilustra a superfície do pacífico as longitudes 120°E e
50°W e entre as latitudes +5° a -5° graus. Valores em azul indicam águas mais frias (La niña) que a normal esperada e valores em laranja-
vermelho águas mais quentes (El niño).
Na figura 2.1(b), observa-se que as médias das anomalias se encontram acima de +0.5°, portanto representa um padrão de El niño.
2.1 - Monitoramento da região ENOS (a) Monitoramento das regiões de controle na área do pacífico central e (b) Monitoramento da Temperatura da Superfície do mar. Fonte: CLIMATE PREDICTION
CENTER/NCEP/NWS and the International Research Institute for Climate and Society
11
ENOS ou ENSO; El Ninõ Oscilação Sul; Monitoramento da região equatorial do oceano pacífico a fim de estabelecer se o padrão climático será El Ninõ, neutralidade ou La Niña.
87
As previsões para o sistema monitorado e apresentado na figura 2.1 podem ser visualizadas na figura 2.2(a). As previsões apresentadas na
figura 2.2(a) são fornecidas por diversos modelos de previsão climática de todos os centros do mundo (figura 2.19b).
A tendência é que nos próximos meses tenhamos a continuidade do El niño.
Figura 2.2 (a) Previsão consolidada do ENOS (b) Todas as previsões realizadas por diversos centros de pesquisa e centros climáticos pelo mundo;
Fonte: IRI/International Research Institute.
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PREVISÃO DO TRIMESTRE OND
O trimestre OND a chuva deverá variar com valores abaixo e acima da normal climatológica em Minas Gerais.
ID MESSOREGIÃO PREVISÃO
1 SUL DE MINAS ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 275-770 mm/trimestre.
2 TRIÂNGULO MINEIRO ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 385-770 mm/trimestre.
EM TORNO E ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 450-650
3 NOROESTE mm/trimestre.
EM TORNO DA NORMAL E ABAIXO; Precipitação entre 270-600
4 NORTE mm/trimestre.
EM TORNO E ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 360-600
5 VALE DO JEQUITINHONHA mm/trimestre.
6 VALE DO MUCURI ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 360-495 mm/trimestre.
ABAIXO E EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 360-600
7 VALE DO RIO DOCE mm/trimestre.
EM TORNO E ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 400-825
8 ZONA DA MATA mm/trimestre.
9 METROPOLITANA EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 500-700 mm/trimestre.
10 CAMPO DAS VERTENTES ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 605-770 mm/trimestre.
11 OESTE MINEIRO ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 495-770 mm/trimestre.
ACIMA E EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 450-660
12 CENTAL MINEIRA
mm/trimestre.
89
Figura 2.3 – Previsão Climática para o trimestre OND.
O mês de outubro a chuva deverá ficar com valores abaixo e acima da normal climatológica em todas as regiões do estado de Minas
Gerais.
ID MESSOREGIÃO PREVISÃO
1 SUL DE MINAS ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 132-198 mm/mês.
2 TRIÂNGULO MINEIRO ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 66-198 mm/mês.
EM TORNO DA NORMAL E ABAIXO; Precipitação entre 72-160
3 NOROESTE mm/mês.
EM TORNO DA NORMAL E ABAIXO; Precipitação entre 54-140
4 NORTE mm/mês.
VALE DO EM TORNO DA NORMAL E ABAIXO; Precipitação entre 72-140
5 JEQUITINHONHA mm/mês.
6 VALE DO MUCURI ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 90-126 mm/mês.
90
EM TORNO E ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 72-140
7 VALE DO RIO DOCE mm/mês.
EM TORNO DA NORMAL E ACIMA; Precipitação entre 100-198
8 ZONA DA MATA mm/mês.
9 METROPOLITANA EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 80-160 mm/mês.
ACIMA E EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 120-176
10 CAMPO DAS VERTENTES mm/mês.
11 OESTE MINEIRO ACIMA NORMAL; Precipitação entre 88-176 mm/mês.
EM TORNO E ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 80-154
12 CENTAL MINEIRA mm/mês.
91
PREVISÃO PARA O MÊS DE NOVEMBRO
O mês de novembro a chuva deverá ficar com valores em abaixo e acima da normal climatológica em todas as regiões do estado de Minas
Gerais.
ID MESSOREGIÃO PREVISÃO
1 SUL DE MINAS ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 165-247 mm/mês.
EM TORNO E ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 100-247
2 TRIÂNGULO MINEIRO mm/mês.
EM TORNO E ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 135-200
3 NOROESTE mm/mês.
4 NORTE ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 113-180 mm/mês.
VALE DO
5 JEQUITINHONHA ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 135-225 mm/mês.
6 VALE DO MUCURI ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 135-180 mm/mês.
7 VALE DO RIO DOCE DENTRO DA NORMAL; Precipitação entre 125-250 mm/mês.
8 ZONA DA MATA ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 165-275 mm/mês.
9 METROPOLITANA EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 150-275 mm/mês.
CAMPO DAS
10 VERTENTES ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 192-275 mm/mês.
11 OESTE MINEIRO ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 192-275 mm/mês.
ACIMA E ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 135-247
12 CENTAL MINEIRA mm/mês.
92
Figura 2.5 - Previsão Climática para o mês de novembro.
O mês de dezembro a chuva deverá ficar com valores abaixo e acima da normal climatológica em todas as regiões do estado de Minas
Gerais.
ID MESSOREGIÃO PREVISÃO
1 SUL DE MINAS ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 275-385 mm/mês.
2 TRIÂNGULO MINEIRO ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 150-357 mm/mês.
EM TORNO E ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 203-300
3 NOROESTE mm/mês.
4 NORTE ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 113-248 mm/mês.
VALE DO
5 JEQUITINHONHA ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 135-225 mm/mês.
93
6 VALE DO MUCURI ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 158-225 mm/mês.
7 VALE DO RIO DOCE ABAIXO DA NORMAL; Precipitação entre 135-225 mm/mês.
8 ZONA DA MATA EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 175-325 mm/mês.
9 METROPOLITANA EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 225-300 mm/mês.
CAMPO DAS EM TORNO E ACIMA DA NORMAL; Precipitação entre 225-330
10 VERTENTES mm/mês.
11 OESTE MINEIRO EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 175-300 mm/mês.
12 CENTAL MINEIRA EM TORNO DA NORMAL; Precipitação entre 200-250 mm/mês.
94
FONTE DE INFORMAÇÕES UTILIZADAS NA PREVISÃO/MONITORAMENTO
1. Dados sobre TSm, OLR, com escolha de período http://www.ncdc.noaa.gov/teleconnections/enso/indicators/sea-temp-anom.php
95
14. A coordinated program to monitor, assess and predict climate phenomena and their linkage to weather events.
http://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/precip/CWlink/MJO/climwx.shtml
96
Anexo “D” - Associações Microrregionais do Estado de Minas Gerais
AMAG_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO CIRCUITO DAS ÁGUAS CAXAMBU (35)3341-3500 (35) 3341-1078
AMALG_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO ALTO RIO GRANDE LAVRAS (35)3821-4566 (35) 3821-4566
CONSELHEIRO
AMALPA_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO ALTO PARAOPEBA (31)3763-2299 (31) 3763-2299
LAFAIETE
AMAPAR_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO ALTO PARANAÍBA PATOS DE MINAS (34)3822-5450 (34) 3825-5450
AMAPI_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO VALE DO RIO PIRANGA PONTE NOVA (31)3881-3408 (31) 3881-3408
AMARP_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO ALTO RIO PARDO CALDAS (35)3735-1906 (35) 3735-1869
AMASP_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO ALTO SAPUCAI ITAJUBÁ (35)3622-4211 (35) 3622-4211
AMAV_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO ALTO RIO DAS VELHAS SETE LAGOAS (31)3774-4776 (31) 3774-9503
97
ASSOCIAÇÃO CIDADE TELEFONE FAX
CONCEIÇÃO DO MATO
AMME_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO ESPINHACO (31)3868-1523 (31) 3868-1523
DENTRO
AMNOR_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO NOROESTE DE MINAS PARACATU (38)3671-2050 (38) 3671-2050
AMOC_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DA VERTENTE OCID. DO CARATINGA (33)3321-3319 (33) 3321-3319
CAPARAO
AMOG_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DA BAIXA MOGIANA GUAXUPÉ (35)3551-5664 (35) 3551-5664
AMPLA_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO PLANALTO DE ARAXA ARAXÁ (34)3662-3637 (34) 3662-3637
AMUC_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO VALE DO MUCURI TEÓFILO OTONI (33) 3521-5189 (33) 3521-5131
AMVA_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO VALE DO ACO IPATINGA (31) 3822-1817 (31) 3822-1817
AMVALE_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO VALE RIO GRANDE UBERABA (34) 3332-6800 (34) 3332-6800
AMVAP_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO VALE DO PARANAÍBA UBERLÂNDIA (34) 3213-2433 (34) 3213-2433
98
ASSOCIAÇÃO CIDADE TELEFONE FAX
AMDI_ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS PELO DESENVOLVIMENTO INTEGRADO CORONEL FABRICIANO (31)3841 6533 (31) 3841.6533
ARDOCE_ASSOCIAÇÃODOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO RIO DOCE GOV. VALADARES (33) 3271-2870 (33) 3271-2870
AMMESF_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO SÃO FRANCISCO PIRAPORA (38) 3741-3734 (38) 3741-3734
ASSOLESTE_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO LESTE DE MINAS MANTENA (33) 3241.5340 (33) 3241-5340
AMVI_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO VALE DO ITAPECERICA DIVINÓPOLIS (37) 3213-8304 (37) 3213-8304
AMMAN_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DA ZONA DA MATA VIÇOSA (31)3891-2690 (31) 3891-2690
99
ASSOCIAÇÃO CIDADE TELEFONE FAX
AMBAS ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DA BACIA DO SUACUI GUANHÃES (33)3421-1024 (33) 3421-1024
AMBASP_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO BAIXO SAPUCAI VARGINHA (35)3221-6361 (35) 3214-4977
AMECO_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO CENTRO-OESTE BELO HORIZONTE (31)3291-9433 (31) 3291-9433
AMEG_ASSOCIAÇÃODOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO RIO GRANDE PASSOS (35)3521-9544 (35) 3521-9544
AMEPI_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO PIRACICABA JOAO MONLEVADE (31)3852-1541 (31) 3852-1066
AMERP_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO RIO POMBA MURIAÉ (32)3722-1064 (32) 3722-1064
AMESP_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO SAPUCAÍ POUSO ALEGRE (35)3423-4280 (35) 3423-4280
AMEV_ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DO MÉDIO RIO DAS VELHAS CORINTO (38)3751-1564 (38) 3751-2989
100
Anexo “E” - Regionais de Polícia Militar e Defesa Civil, outros colaboradores da PMMG
101
Anexo “F” - Regionais do Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais (DER/MG)
102
Anexo “G” - Contatos da Secretaria Nacional de Defesa Civil
103
Anexo “H” - Contatos do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
104
4° BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR - JUIZ DE FORA
Av. Brasil, 3.405 – Bairro Centro
Juiz de Fora / MG - CEP: 36.060-010
Tel: (32) 3228-9600 / 9637
5° BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR - UBERLÂNDIA
Av. Rondon Pacheco, 5.715 – Bairro Esplanada
Uberlândia / MG - CEP: 38.406-090
Tel: (34) 3218-7100
6° BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR - GOVERNADOR VALADARES
Rua: São Paulo, 1047 – Centro
Governador Valadares / MG - CEP: 35.010-180
Tel: (33) 3279-3600
7° BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR - MONTES CLAROS
Rua Pires de Albuquerque, 200 – Bairro Centro
Montes Claros / MG - CEP: 39.400-058
Tel: (38) 3212-8793/3214-0917
8° BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR - UBERABA
Rua Treze de Maio, 74 – Bairro Centro
Uberaba / MG - CEP: 38.065-160
Tel: (34) 3317-8400/3317-8429
9° BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR - VARGINHA
Av. Antônio de Pádua Amâncio, 145 – Bairro Industrial JK
Varginha / MG - CEP: 37.062-490
Tel: (35) 3690-7200/3690-7214
10° BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR - DIVINÓPOLIS
Av. Via Expressa JK, 2.122 – Bairro Bom Pastor
Divinópolis / MG - CEP: 35.500-155
Tel: (37) 3690-3900/3690-3905
105
Anexo “I” - Modelo de Aviso Meteorológico da Cedec
AVISO METEOROLÓGICO
Período: 10 a 11 de Maio 15
Regiões: SUL, CAMPO DAS VERTENTES, ZONA DA MATA, ALTO RIO DOCE, e RMBH.
Devido a chegada de uma frente fria as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte,
com trovoadas e rajadas de ventos ocasionais em áreas isoladas, no período compreendido entre os dias 05 a 08 Maio de 2015.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais alerta para a possibilidade de acumulado acima de 70mm nas
seguintes regiões:
SUL, CAMPO DAS VERTENTES, ZONA DA MATA, ALTO RIO DOCE e RMBH.
RECOMENDAÇÕES :
Cuidado especial aos motoristas que irão viajar no feriado, chuvas fortes diminuem a visibilidade e a pista molhada pode
ocasionar acidentes.
As Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, COMDEC, deverão desencadear as ações previstas em seus planos de
contingência, com vistas à redução de desastres.
A população deverá ser alertada quanto ao risco de alagamentos, quedas de árvores e deslizamentos de encostas. Devem ser
especialmente reforçadas as orientações para que as pessoas adotem comportamentos seguros. Dentre outros, não transitar em áreas
alagadas (a pé ou de carro), observar sinais de encharcamento e movimentação do solo das encostas, abandonar suas residências
preventivamente, não colocar em vias públicas qualquer lixo ou materiais que possam comprometer o escoamento de águas pluviais.
Para mais informações acesse: www.defesacivil.mg.gov.br
Belo Horizonte, 06 de Outubro 2015.
GABINETE MILITAR DO GOVERNADOR E
COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL
106
DEFESA CIVIL
MINAS GERAIS
SEMPRE PRESENTE