3504-Texto Do Artigo-14845-1-10-20201001
3504-Texto Do Artigo-14845-1-10-20201001
3504-Texto Do Artigo-14845-1-10-20201001
Francis Pereira-Dias24
Luciane Rezende da Costa25
Silvane Dalpiaz do Carmo26
Suzani Cassiani27
24
Mestre em Recursos Genéticos Vegetais; Laboratório Multiusuário de
Estudos em Biologia; Universidade Federal de Santa Catarina. Contato:
[email protected]
25
Graduanda em Licenciatura do Curso de Ciências Biológicas; Universidade
Federal de Santa Catarina. Contato: [email protected]
26
Mestre em Botânica; Coordenadora do Departamento de Educação
Ambiental. Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis. Parque
Ecológico do Córrego Grande. Contato: [email protected]
27
Doutora em Educação; Departamento de Metodologia do Ensino; Centro de
Ciências da Educação; Universidade Federal de Santa Catarina. Contato:
[email protected]
[115]
problemática ambiental. A pedagogia de Freinet aborda metodologias de
aproximação com a natureza e quebra a visão antropocêntrica ainda presente.
Este artigo fez parte da disciplina obrigatória Estágio Curricular Supervisionado
de Ciências (ECSC), parte do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Durante o ECSC, as duas primeiras autoras deste artigo construíram o Jardim
de Mel junto ao Parque Ecológico do Córrego Grande – o primeiro da cidade
de Florianópolis – com o objetivo de aprofundar práticas pedagógicas e
promover a conscientização sobre as abelhas nativas sem ferrão. Para tanto,
realizamos ações que incluem o planejamento e organização do espaço, assim
como a produção e oferecimento de oficinas no Jardim de Mel. Nessas oficinas,
verificamos alguns discursos dos sujeitos relacionados à temática do mel e às
abelhas nativas sem ferrão. Observamos que muitos participantes
desconheciam as abelhas sem ferrão ou as confundiam com outros insetos.
Além disso, possuíam fobias de insetos e apresentaram desconhecimento
sobre produtos melipônicos. Percebemos que o discurso antropocêntrico
surgiu ao longo das oficinas, principalmente em relação à produção de mel
como algo destinado somente ao consumo humano, e ao desconhecimento da
existência do papel biológico/ecológico das abelhas. Além disso, as pessoas se
mostraram curiosas sobre vários aspectos, por exemplo sobre como as abelhas
enxergam. Ao concluir as oficinas, verificamos um despertar dos participantes
em relação à importância e à admiração pelas abelhas nativas sem ferrão,
assim como a necessidade de conservação e o impacto delas na flora e
biodiversidade local.
1. Introdução
1.1. POLINIZAÇÃO: IMPORTÂNCIA DA TEMÁTICA
[118]
Por isso, consideramos que a temática das abelhas sem ferrão,
que desenvolvemos nesse artigo, está estritamente ligada às questões
ambientais de uma forma articulada com várias outras questões sociais,
políticas, ecológicas, entre outras e os conflitos que surgem nesses
contextos.
Por trás dos acontecimentos de tragédias ambientais é possível
perceber o predomínio da visão antropocêntrica onde a natureza serve
aos humanos e seus interesses econômicos ou sanitários (ABREU E
BUSSINGUER, 2013). Na visão antropocêntrica, a natureza é um binário
antagônico ao homem: homem versus natureza (BELL E RUSSELL, 2000;
ABREU E BUSSINGUER, 2013). Para Bell e Russell (2000), a visão
antropocêntrica perpetua-se pela crença do homem ser um agente livre
separado da natureza, e que sua sobrevivência independe do meio que
coabita com as demais espécies. Nesse sentido, são comuns discursos
antropocêntricos como: “a função das abelhas é a de polinizar nossos
alimentos”, e que elas “fabricam-nos o mel e própolis”.
A relação seres humanos/natureza nem sempre foi antagônica.
Historicamente, filósofos e educadores como Gandhi, Montessori e
Dewey promoviam a educação associada à natureza através dos jardins.
Segundo esses educadores, o contato com o ambiente natural é
essencial para confrontar os educandos com as constantes,
imprevisíveis e desafiantes mudanças da natureza, assim como com a
necessidade de diversas mudanças adaptativas na resolução de
problemas (MERGEN, 2003; BLAIR, 2010).
Atualmente, existe um grande distanciamento do estudante
para com um ambiente mais natural. No Brasil, estima-se que 84,3% da
população viva em áreas urbanas (FARIAS ET AL., 2017). Por conta disso,
o ambiente natural, não urbanizado, deixou de ser uma experiência
padrão para as crianças (MERGEN, 2003; BLAIR, 2010). Kellert (2002)
problematiza que a valorização da natureza pelas crianças apresenta
fases distintas ao longo do seu desenvolvimento cognitivo e afetivo.
[119]
Sendo assim, a exposição da criança e do adolescente não deve se tratar
de um evento único num passeio de campo, de uma viagem a áreas
protegidas ou com contato direto com o ambiente natural. Pelo
contrário, deve ser objeto contínuo do processo educativo, no qual a
visão utilitária do ambiente e a visão binária do ser humano alheio à
natureza evolui para a compreensão do pertencimento deste à
natureza, ou seja, de que o ser humano integra a natureza
conjuntamente com as demais formas de vida.
Para Subramaniam (2002), um aprendizado baseado na
investigação científica com uso de jardins representa uma forma de
desenvolver currículo integrado, sem a propagação de uma única
narrativa conteudista e fragmentada da ciência. Cassiani et al. (2012)
mencionam a importância das abordagens polissêmicas e do
posicionamento dos sujeitos diante e sobre a Ciência, buscando uma
educação com afetividade.
Dentre os referenciais teóricos, o pedagogo Celéstin Freinet
busca uma educação ambiental sob um viés de afetividade. Sua
proposta inovadora de aula-passeio inclui elementos da afetividade ao
proporcionar o sentir com todo o ser e não apenas com a sensibilidade
natural (TOZONI-REIS, 2002). Desse modo, torna-se possível ampliar as
fontes de informação dos temas estudados em sala de aula, abrindo
espaço para uma atitude investigativa (CAZOTO E TOZONI-REIS, 2008).
A afetividade é o pilar da pedagogia Freinet, e, portanto,
permeia todas as relações entre as pessoas e o objeto do conhecimento
– por exemplo, ambiente natural. Nesse sentido, para Barros e Vieira
(2017), as relações passam a ser experiências humanizadoras que
ressignificam a posição do professor na sua visão do ser, formação
inicial, assim como quanto a sua maneira de estar no mundo e na sala
de aula. Muito embora a educação ambiental venha sendo abarcada
por muitos sob uma perspectiva de conscientização, problematização
ou politização, faz-se necessário o resgate da afetividade.
[120]
Utilizando uma abordagem de educação humanística proposta
por Freinet, este trabalho busca apresentar uma nova ferramenta
didática para o ensino da temática de polinização, relatando diversas
ações, como a criação de um ambiente de trilha, assim como de um
material didático permanente do Jardim de Mel do Parque Ecológico do
Córrego Grande. Para tanto, apresentamos o seguinte questionamento:
Como desenvolver uma proposta de educação ambiental que rompa
com a visão antropocêntrica sobre as abelhas?
2. Metodologia
[122]
promovendo a reflexão do visitante sobre a temática das abelhas
nativas.
A primeira estação, junto ao pórtico de entrada do Jardim de Mel (Fig.
2A), consistia em uma dinâmica de acolhida e simulação do evento da
polinização. Apresentou-se a diversidade de abelhas, a porcentagem de
abelhas solitárias, sociáveis, e semi-sociais, além das abelhas nativas da
Ilha de Santa Catarina. Além disso, a estação abordava a temática da
extinção e as forças antrópicas geradoras dessa extinção.
A segunda estação realizou-se uma reflexão sobre a importância da
construção de um jardim, o número de flores visitadas, conceito de
planta melífera, desertos verdes e da gravidade da falta de alimentos
para as abelhas urbanas (Fig. 2B).
No terceiro ponto de reflexão foi abordada a temática de percepção do
mundo de outras formas, discorrendo-se sobre a forma com que as
abelhas percebem as cores, flores, cheiros, e sua percepção estática
(Fig. 2C).
No quarto ponto de reflexão foram abordadas as temáticas de
habitação, perda de habitat, hotel de insetos e reflexões sobre a visão
de insetos como pragas e nojentos (Fig. 1I e 2C-D). Neste ponto era
possível observar a presença dos primeiros insetos habitando o hotel
(Fig. 2G).
Na quinta estação do jardim foi ressaltada a íntima relação dos
polinizadores com as plantas a partir do caso das mamangavas, espécie
ameaçada de extinção e responsável pela polinização do maracujazeiro
(Fig. 2D e E).
As oficinas apresentaram a temática do mel, abordando produtos
derivados das abelhas, como extrato do pólen, cera, etc. Também foram
abordadas diferenças entre mel de abelhas nativas e mel de abelhas
Apis sp., abordando assuntos como diferença de odores, custo de
fabricação e variação nos componentes. Para tanto, foram utilizados
como material de apoio abelhas coletadas e fixadas, e produtos obtidos
pelas abelhas (Fig. 2H-I).
[123]
As oficinas foram realizadas durante o mês de novembro de 2018. No
total, a oficina foi ministrada para quatro grupos diferentes, nos dias
10/11/2018, 13/11/2018, 17/11/2018 e 24/11/2018, seguindo as cinco
estações de reflexões. Visto que foram realizadas discussões de caráter
aberto, as temáticas abordadas variaram em função da formação do
grupo e dos conhecimentos prévios dos participantes referentes aos
temas abelhas, mel e jardim.
[124]
3. Resultados e Discussão
3.1 ANÁLISE DOS PARTICIPANTES
[125]
Figura 03: Histograma da faixa etária dos participantes das oficinas do
jardim de mel.
[126]
observou casos de antropocentrismo em alunos do sétimo ano, ao
associarem as abelhas somente à produção de mel para os humanos.
No grupo constituído por universitários do curso de Ciências Biológicas
notou-se uma valorização da espécie pelo seu valor biológico. Neste
grupo, observou-se que as questões bioéticas encontram-se pautadas
no antropocentrismo, isto é, o nível de proximidade do humano na
escala filogenética reflete o nível de cuidado, leis e cautela percebidos.
Para Almeida (2010), abelhas são amparadas por normativas por conta
de seu papel na produção de mel, na produção de produtos medicinais
e em pesquisas com soroterapia. O amparo legal de invertebrados
como as abelhas existe em detrimento ao proveito econômico,
portanto, um utilitarismo.
Apenas 29% dos participantes relataram ter algum conhecimento sobre
o mel de abelhas nativas. Destes, produtores de mel de abelhas nativas,
conhecidos ou familiares, foram responsáveis por apresentar este
recurso melífero. O conhecimento de que 95% das abelhas são solitárias
cuja produção de mel destina-se apenas à sobrevivência da abelha e de
sua da prole foi relatado como inesperado por alguns participantes. A
variação na produção de mel das espécies de uma colher de chá até
litros chamou atenção de um participante, que comentou: “essa deve
ser a razão pela qual o mel de abelhas nativas seja tão caro”. Discutiu-
se como a produção e a coleta são influenciadas pelas espécies de floras
nativas e silvestres, o tamanho das colmeias, a variação do local das
colmeias, o cuidado e consciência do produtor em extrair o mel sem
causar prejuízo à colmeia, manufatura local, respeito às resoluções e
normativas ambientais, entre outros.
Ao longo das oficinas, notou-se a ocorrência de uma confusão
conceitual entre as abelhas do gênero Bombus sp. (mamangavas) e o
zangão. Para um participante, a mamangava era tida como o zangão da
Apis melifera. O ciclo de vida das abelhas e a formação de abelhas
fêmeas e machos por meio de partenogênese despertou curiosidade.
Um dos participantes afirmou que “costumamos enquadrar a natureza
[127]
aos nossos padrões de homem e mulher, mas nem sempre é assim
(operária versus rainha), a determinação de sexo (abelha fêmea ou
macho) e a perda do pênis durante a cópula (PASSOS ET AL., 2018), ações
exercidas pela Abelha Rainha. Expandir o entendimento, e, no caso dos
universitários, rever conceitos sobre a biologia das espécies, despertou
muito fascínio.
Houve interesse no modo de percepção espectros de luz não visível
distinto dos humanos. Um dos participantes ficou surpreso que as flores
brancas das pintangueiras fossem tão atrativas para as abelhas, quando
aos olhos humanos não o são. Nesse sentido, observa-se o quanto a
aquisição de conhecimento sobre as abelhas permite a quebra da visão
antropocêntrica de entender o mundo somente com os nossos
sentidos, e compreender que os sentidos humanos são limitados.
Também incluindo a temática da formação de abelhas rainhas e
operárias, surgiu a discussão do papel da alimentação como um todo,
sendo observado nas abelhas um exemplo claro de epigenética. Para
muitos, esse ponto da trilha fez pensar sobre a relação dos seres
humanos com a comida “tão industrializada e processada”.
[128]
homem-natureza na ética, sob a perspectiva da educação ambiental
(CASSIANI, 2017).
Do mesmo modo, a educação ambiental pode ser empregada como
uma ferramenta para minimizar a disseminação do ensino de Biologia
sob o ponto de vista do antropocentrismo. Ainda que existam aspectos
econômicos envolvidos na temática de abelhas e mel, conforme o que
foi exposto no Jardim de Mel, observamos que a introdução da temática
das abelhas nativas trouxe uma visão alternativa sobre o assunto,
permeando a biodiversidade local, extinção e perda de habitat, dentre
outros temas importantes que nem sempre são levados em
consideração quando o tema abarca melhorias da produção melífera.
Silva e Paz (2012) apontam que mais de 100 abelhas nativas estão em
risco de extinção sem sequer terem sido estudadas acerca de seu
potencial medicinal, ecológico e econômico. Nesse sentido, Maia et al.
(2014) afirmam que trilhas ecológicas são importantes para apresentar
as abelhas como valiosas à manutenção dos ecossistemas. Leite et al.
(2016) também notaram que ao cabo das trilhas houve significativa
mudança na compreensão dos alunos sobre as abelhas não apenas
como produtoras de mel mas também como valiosas à manutenção do
meio ambiente.
Adicionalmente, pode-se entender que a utilização de uma abordagem
temática com base nas abelhas nativas traz consigo a ideia da
valorização da cultura local e dos conhecimentos tradicionais, por
exemplo pelos indígenas, numa perspectiva da decolonização
apresentada por Cassiani (2018), quando analisa materiais didáticos do
Timor-Leste:
[129]
quanto no Brasil, já que muitos problemas apontados aqui são
recorrentes em nosso país (CASSIANI, 2018, p. 240).
[130]
pode proporcionar, pois os sentidos também ensinam (TOZONI-REIS,
2002; MERGEN, 2003; BARROS E VIEIRA, 2017). É estando no Jardim e
vivenciando o entorno, ainda que num pequeno espaço, que é possível
abrir-se para um mundo desconhecido. Ao cabo das oficinas, as
avaliações recebidas na caixa das tubunas foram muito positivas.
Dentre os comentários encontravam-se “aprendi muito sobre as
abelhas nativas”, “estou fascinada sobre como as flores atraem as
abelhas”, entre outros.
Foi sugerida maior adaptabilidade da trilha para atender ao público de
terceira idade, por meio do nivelamento do solo com cepilho.
Certamente, no futuro essa sugestão será acolhida pelo DEPEA e pela
Administração do Parque, tornando possível que a trilha seja
frequentada por todos, inclusive participantes com dificuldade de
locomoção, a exemplo do que ocorre nas outras trilhas do Parque.
Neste sentido, e diante do parco recurso disponível, podemos afirmar
que o Jardim de Mel atingiu sua perspectiva como ferramenta didática.
Ainda, mesmo nos deparando com a tendência antropocêntrica com
relação às abelhas, o feedback final sobre as abelhas nativas trouxe a
compreensão de que as abelhas são seres vivos importantes per se, e
que seu papel no ambiente é fundamental.
Por fim, compreendemos que a aplicação de uma ferramenta didática
de trilhas na ótica da Aula-Passeio de Freinet (BARROS E VIEIRA, 2017),
onde não foi promovida a valorização do conteúdo dicotomizado,
fragmentado e setorizado, foi de grande importância, inclusive para os
estudantes de graduação em Ciências Biológicas. Compreendemos que
a proposta de uma trilha sem a utilização de um viés de pesquisa
científica, foi inovador até mesmo para os graduandos de Ciências
Biológicas. A discussão de propostas de avaliação de uma trilha em que
se faz perguntas abertas como: O que você escutou durante a trilha? O
que você sentiu (cheiros, calor, etc)? O que você mais gostou? O que
você menos gostou? Sugestões? (CASSIANI, 2017), ou seja, uma escrita
livre, também foi algo inovador na formação de professores, visto que
[131]
durante a maior parte do curso de graduação costuma-se exigir a escrita
de relatórios, sem a expressão de percepções pessoais.
Nesse sentido, consideramos que a proposta realizada no Estágio
Supervisionado, organizado num processo de Educação Não Formal,
priorizou uma prática pedagógica diferenciada com muitas
aprendizagens, pois envolveu diferentes saberes da biologia e da
educação, num espaço importante de Florianópolis. Além da
importante temática proposta, associada ao planejamento de trilhas,
aulas-passeio, mediações com pessoas de diferentes níveis escolares e
idades, enfim o estágio foi um espaço de muito aprendizado e
recomendado para os futuros professores de Ciências Biológicas.
5. Agradecimentos
6. Imagens
[132]
Figura 04: A: Local destinado ao Jardim de Mel, situado ao lado da Sede
do Departamento de Educação Ambiental da FLORAM (DEPEA), Parque
Ecológico do Córrego Grande. B: Detalhe do local destinado ao Jardim
de Mel com predomínio da guanxuma Sida sp. C: Identificação das
plantas melíferas e retirada das plantas exóticas e/ou invasoras. D:
Plantio de mudas de plantas melíferas. E: Elaboração dos canteiros de
plantas melíferas. F: Detalhe das plantas melíferas plantadas em um dos
canteiros do Jardim de Mel. G: Detalhe das placas informativas afixadas
ao longo da trilha do Jardim de Mel. H: Elaboração do Hotel de Insetos.
I: Hotel de Insetos fixados na trilha do Jardim de Mel com utilização de
tocos de bamboo e madeiras propícia para a atração de abelhas nativas
sem ferrão. J: Utilização de spray de álcool de cereais e extrato de
própolis de abelha nativa sem ferrão para atração das abelhas sem
ferrão.
[133]
Figura 05: A-F: Fotografias da trilha após elaboração, indicando os
espaços criados, placas, bancos e pontos de discussão sobre a temática
Jardim de Mel e abelhas nativas sem ferrão. G: Primeiro inseto
registrado, vespa, a ocupar o espaço do Hotel de Insetos no Jardim de
Mel. H: Etapa da oficina do Jardim de Mel apresentando a diversidade
morfológica das abelhas nativas sem ferrão em abelhinhas, abelhões e
abelhas através da utilização de uma coleção de insetos. I: Demostrativo
prático dos produtos melipônicos como cera, pólen de abelhas, extrato
de pólen e mel de abelhas nativas. J: Caixa de tubunas, para coletar as
informações e sugestões ao cabo das oficinas segundo metodologia de
Freinet (CASSIANI, 2017).
[134]
Figura 06: Mapa mental ilustra a temática do Jardim de Mel como tema
gerador, e os tópicos e assuntos observados durante as oficinas
apresentadas. Observa-se a interconexão entre os assuntos e conceitos,
assim como, a correlação deles com os pontos de reflexão elaborados
durante a trilha.
Fonte: Elaboração própria.
Referências
[135]
Derecho y Cambio Social. Peru, v. 10, n. 34, 2013. p. 1-11. Disponível
em: <https://lnx.derechoycambiosocial.com/ojs-3.1.1-4/index.php/
derechoycambiosocial/about>. Acesso em: jan. 2020.
ACCIOLY, I.; SÁNCHEZ, C. A educação ambiental crítica no
enfrentamento dos desafios da política ambiental contemporânea no
parlamento brasileiro. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação
Ambiental, Rio Grande, v. 27, 2011. p. 1-15. Disponível em: <
https://periodicos.furg.br/remea>. Acesso em: jan. 2020.
AGAPITO-TENFEN, S. A. ET AL. Effect of stacking insecticidal cry and
herbicide tolerance epsps transgenes on transgenic maize proteome.
BMC Plant Biology, Califórnia, v. 14, n. 346, 2014. p. 1-19. Disponível
em: <https://bmcplantbiol.biomedcentral.com/ >. Acesso em: jan.
2020.
ALMEIDA, D. F. D. Maus-tratos contra animais? viro o bicho!
antropocentrismo, ecocentrismo e educação ambiental em serra do
navio (amapá). 2010. 126 f. Dissertação (Mestrado) - Pós Graduação em
Biodiversidade Tropical, Fundação Universidade Federal do Amapá,
Macapá, 2010.
BARROS, F. C. O. M. D.; VIEIRA, A. M. D. S. A aula-passeio como
experiência vivida: freinet no ensino superior. In: EDUCERE: XII
CONGRESSO NACIONAL DE EDUAÇÃO, 7., 2017, Curitiba. Anais.
Curitiba: EDUCERE, 2017. p. 1-10 . Disponível em:
<https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25049_13216.pdf>.
Acesso em: 4 nov. 2018.
BELL, A. C.; RUSSELL, C. L. Beyond human, beyond words:
anthropocentrism, critical pedagogy and the poststructuralist turn.
Canadian Journal of Education, Canadá, v. 25, n. 3, 2000. p. 188-203.
Disponivel em: < https://www.jstor.org/stable/1585953?seq=1>.
Acessoe em: jan. de 2020.
BLAIR, D. The Child in the Garden: An evaluative review of the benefits
of School Gardening. The Journal of Environmental Education, Reino
Unido, v. 40, n. 2, 2010. p. 15-38. Disponível em: <
[136]
https://www.tandfonline.com/toc/vjee20/39/3>. Acesso em: 4 nov.
2018.
CARSON, R. Silent spring. Greenwich: Fawcett Publications, 1962. 155
p.
CASSIANI, S. Leitura e fotossíntese: proposta de ensino numa
abordagem cultural. 2000. 214 f. Tese (Doutorado em Educação).
Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.
______. Vídeo “É possível propor a formação de leitores e e escritores
no na disciplina de Ciências? Se sim como?Profa Suzani Cassiani.
Florianópolis, 2017. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=YUJ7uZ2_a5A&feature=emb_title
Acesso em: 27 nov 2019.
______. Reflexões sobre os efeitos da transnacionalização de currículos
e da colonialidade do saber/poder em cooperações internacionais: foco
na educação em ciências Ciência & Educação, Bauru, v. 24, n. 1, 2018.
p. 225-244. Disponível em: <
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1516-
7313&lng=es> . Acesso em: 10 jan 2020.
CASSIANI, S.; GIRALDI, P. M.; LINSINGEN, I. V. É possível propor a
formação de leitores nas disciplinas de Ciências Naturais? Contribuições
da análise de discurso para a educação em ciências. Educação: Teoria e
Prática, Rio Claro, v. 22, n. 40, 2012. p. 43-61. Disponível em: <
http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/educacao>.
Acesso em: 10 jan 2020.
CAZOTO, J. L.; TOZONI-REIS, M. F. D. C. Construção coletiva de uma trilha
ecológica no cerrado: pesquisa participativa em educação ambiental.
Ciência e Educação, Bauru, v. 14, n. 3, 2008. p. 575-582. Disponível em:
< https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-
73132008000300013&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 10 jan
2020.
CHAMOVITZ, D. What a plant knows. Oxford: Scientific American, 2012.
192 p.
[137]
PREFEIRURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. Fundação Municipal do
Meio Ambiente. “Educando ações, Transformando mentes,
Preservando ambientes”. Departamento de Educação Ambiental.
Disponível em: <
http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/floram/index.php?cms=depea++
+departamento+de+educacao+ambiental&menu=6&submenuid=415>
. Acesso em: 20 mar 2019.
DIAMOND, J. Guns, germs and steel: the fates of human societies. New
York: Norton, 1997. 480 p.
______. Evolution, consequences and future of plant and animal
domestication. Nature, v. 418, n.3, 2002. p. 700-708. Disponível em: <
https://www.jstor.org/stable/1585953?seq=1>. Acesso em: jul de
2020.
FAO. Conservation and management of pollinators for sustainable
agriculture - the international response. FAO. Montreal, 2018. p.1-18.
FARIAS, A. R. ET AL. Identificação, mapeamento e quantificação das áreas
urbanas do Brasil. Comunicado técnico embrapa, v. 4, 2017. p. 1-5.
Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
/publicacao/1069928/identificacao-mapeamento-e-quantificacao-das-
areas-urbanas-do-
brasil#:~:text=Esta%20publica%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20part
e%20dos,vari%C3%A1veis%20de%20an%C3%A1lise%20em%20SIGs.>.
Acesso em: jul de 2020.
PREFREITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. Fundação Municipal do
Meio Ambiente. Árvores Nativas de Floripa. Disponível em: <
https://www.arvoresdefloripa.com.br/> . Acesso em: 4 nov. 2018.
FREITAS, B. M. A importância da disponibilidade de locais para
nidificação de abelhas na polinização agrícola: o caso das mamangavas
de toco. Mensagem Doce, São Paulo, v. 100, 2009. p. 5-14. Disponível
em: < http://apacame.org.br/site/revista/>. Acesso em: jul de 2020.
FREITAS, B. M.; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L. A importância econômica da
polinização. Mensagem Doce, São Paulo, v. 80, 2005. p. 44-46.
[138]
GOES, T. L. Transformações da cobertura vegetal do parque ecológico
municipal professor joão davi ferreira lima e a sua importância como
área verde para florianópolis sc. 2011. 126 f. (Trabalho de Conclusão de
Curso). Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2011.
ILHA, D. O. N. A cidade de florianópolis possui 95 praças públicas
Disponível em: <
https://www.deolhonailha.com.br/florianopolis/noticias/florianopolis_
possui_95_pracas_publicas.html#:~:text=Foto%3A,a%20mais%20conh
ecida%20e%20visitada.>. Acesso em: jul de 2020.
JUDD, W. S. ET AL. Plant Systematics: a phylogenetic approach. Oxford:
Sinauer, 2015. 620 p.
KELLERT, S. R. Experiencing nature: Affective, cognitive, and evaluative
development in children. In: KAHN JR., P. H. e KELLERT, S. R. (Ed.).
Children and nature: psychological, sociocultural, and evolutionary
investigations. Cambrigde: MIT Press, 2002. p.117-151.
LAYRARGUES, P. P. Identidades da educação ambiental brasileira
Brasília: MMA, 2004. 156 p.
LEITE, R. V. V. ET AL. O despertar para as abelhas: educação ambiental e
contexto escolar. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 3., 2016,
Natal. Anais, Natal: Realize, 2016. p. 1-12 . Disponível em:
<https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2016/TRAB
ALHO_EV056_MD1_SA10_ID8774_15082016113727.pdf>. Acesso em:
jul. 2020.
MAIA, S. C. ET AL. Trilha dos polinizadores UFERSA: um passeio ecológico
na Caatinga. Mensagem Doce, São Paulo, v. 126, 2014. p. 2-5. Disponível
em: < http://apacame.org.br/site/revista/>. Acesso em: jul. 2020.
MERGEN, B. Children and Nature in History. American Society for
Environmental History, Chicago, v. 8, n. 4, 2003. p. 643-669. Disponível
em: < https://aseh.org/>. Acesso em: jul de 2020.
NODARI, R. O.; GUERRA, M. P. Plantas transgenicas e seus produtos:
impactos, riscos e segurança alimentar. Revista de Nutrição, Campinas,
[139]
v. 16, n. 1, 2003. p. 105-116. Disponível em: <
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
52732003000100011&lng=pt&tlng=pt> . Acesso em: jul de 2020.
PASSOS, C. T. ET AL. Sexualidade: o que a biologia tem a dizer?. In: PIBID
em movimento: trânsitos e mixagens na formação inicial e continuada
da docência. Rio Grande do Sul: Oikos, 2018. p. 171-198.
PEREIRA, F. D. M. Abelhas sem ferrão a importância da preservação.
Disponível em: <
https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=pc&bibliotec
a=vazio&busca=autoria:%22PEREIRA,%20F.%20de%20M.%22>. Acesso
em: 4 nov. 2018.
RAZERA, J. C. C.; BOCCARDO, L.; SILVA, P. S. Nós, a escola e o planeta dos
animais úteis e nocivos. Ciência & Ensino, Piracicaba, v. 2, n. 1, 2007. p.
1-6. Disponivel em: <
http://143.0.234.106:3537/ojs/index.php/cienciaeensino/about>.
Acesso em: jul de 2020.
SALDANHA, A. P. B. S. O antropocentrismo no ensino de ciências
naturais: é possível problematizar esta visão?. 2015. 46 f. (Trabalho de
Conclusão de Curso em Ciências Biológicas). Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
SANTOS, A. B. Abelhas nativas: polinizadores em declínio. Natureza
online, Santa Tereza, v. 8, n. 3, 2010. p. 103-106. Disponível em: <
http://www.naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/01_Santo
sAB_103106.pdf>. Acesso em: jul de 2020.
SILVA, W. P.; PAZ, J. R. L. D. Abelhas sem ferrão: muito mais do que uma
importância econômica. Natureza online, Santa Tereza, v. 10, n. 3,
2012. p. 146-152. Disponível em: <
http://www.naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/09_Silva_
Paz_146152.pdf>. Acesso em: jul de 2020.
SUBRAMANIAM, M. A. Garden-based learning in basic education: a
historical review. Monograph University of California, 2002. p. 1-12.
[140]
TOZONI-REIS, M. F. D. C. Formação dos educadores ambientais e
paradigmas em transição. Ciência e Educação, Bauru, v. 8, n. 1, 2002.
p. 83-96. Disponível em: <
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
73132002000100007>. Acesso em: jul de 2020.
VAZ, M. J. M. A produção do espaço público em florianópolis as praças
e a vida urbana. 2016. 520 f. Tese (Doutorado em Geografia). Pós-
Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2016.
VIEIRA, P. B. D. H. Banco de dados das áreas verdes públicas do bairro
do córrego grande - florianópolis, sc. 2006. 83 f. Curso de
Especialização em Geoprocessamento, Universidade Federal do Paraná,
Curitiba, 2006.
VIEIRA, P. B. D. H.; OLIVEIRA, F. H. D. Análise das áreas públicas no bairro
do córrego grande, florianópolis (sc). In: Seminário de Pós-Graduação
em Geografia da UNESP Rio Claro, 2009, Rio Claro. UNESP. p.1-17.
[141]
[142]