Relatório Parque 2015 Niero Et Al
Relatório Parque 2015 Niero Et Al
Relatório Parque 2015 Niero Et Al
Participantes:
Por meio do contato com e observação dos insetos vivos daqueles que
visitam o Parque Ecológico Municipal Professor João David Ferreira Lima
(Florianópolis/SC), o projeto tem como objetivo transmitir a importância destes
animais no funcionamento dos ecossistemas e proporcionar uma aproximação entre
os envolvidos, na tentativa de romper com preconceitos, desmistificar informações
distorcidas e equivocadas sobre estes animais, apresentando algumas relações
ecológicas que os envolvem com o próprio homem e com o ambiente, incentivando
o respeito à natureza.
O público-alvo é constituído majoritariamente por estudantes da rede básica
de ensino, e também pela população em geral, visitante do parque, propiciando o
aprofundamento do conhecimento sobre o tema aos alunos de graduação em
Ciências Biológicas envolvidos no projeto, estimulando a pesquisa e a interação da
Universidade com a comunidade.
Também objetiva divulgar os trabalhos realizados em eventos,
popularizando o conhecimento adquirido.
METODOLOGIA
RESULTADOS
ATIVIDADES SEMANAIS
ATENDIMENTO AO PÚBLICO
Do público escolar atendido, a maior parcela foi do Ensino Infantil, com 52%
das visitas (Figura 5), seguida por Ensino Fundamental (37%), Ensino
Médio/Técnico (9%) e grupos de Terceira Idade (2%).
Figura 5. Gráfico contendo as porcentagens dos grupos escolares atendidos pelo
projeto entre abril de 2015 e março de 2016 no Parque Ecológico do Córrego
Grande, em Florianópolis.
CRIAÇÃO DE INSETOS
Besouros
Chim-chim: estes besouros (Ordem Coleoptera, Família Passalidae)
são popularmente conhecidos como “chim-chim” ou besouro beijoqueiro,
porque emitem um som de comunicação característico, que é a estridulação
produzida pelo movimento do abdômen. Vários indivíduos desta família foram
criados, trazidos, principalmente, pelos funcionários da FLORAM em suas
atividades no próprio parque. Fazem muito sucesso entre os visitantes por
conta do som que emitem e também por ser inofensivo. Porque alimentarem-
se de madeira, proporcionam um serviço ambiental ao auxiliar a
decomposição da troncos caídos em meio a mata.
Figura 6. Exemplar de besouro da família Passalidae, criado e apresentado no
quiosque do Parque Ecológico do Córrego Grande, Florianópolis, SC.
Louva-deus
Dois indivíduos de louva-deus (Ordem Mantodea, Família Mantidae) foram
criados ao longo do ano de projeto. Os animais foram alimentados com insetos
menores, coletados vivos ao redor do quiosque ou nas frutas que serviam de
alimento para as borboletas. É de grande apreço pelos visitantes, podendo-se fazer
associações com as crianças acerca de desenhos animados e desmistificar a
periculosidade sobre estes seres vivos.
Lagartas
Diversas espécies de lagartas, tanto de borboletas como de mariposas,
puderam ser criadas e apresentadas ao público, tendo seu ciclo de vida
acompanhado, normalmente, até adulto. Alguma pupas foram parasitadas por larvas
de dípteros ou por vespas da família Ichneumonidae.
Ainda, três lagartas, doadas por visitantes ou por pessoas que trabalham no
parque, foram criadas, mas não identificadas.
Borboletas
Várias espécies frugívoras puderam ser criadas no borboletário, enquanto
este esteve ativo. A grande maioria foi coletada por armadilhas com iscas de
atração ou ativamente no próprio parque. Destaca-se, pela abundância, a espécie
Pareuptychia ocirrhoe (muito predada por aranhas). Outras espécies criadas foram
Colobura dirce, Hamadryas feronia, Caligo brasiliensis, e Catonephele numilia.
Figura 18. Espécies de borboletas criadas no borboletário do Parque Ecológico do
Córrego Grande, Florianópolis, SC. Da esquerda para a direita: Pareuptychia
ocirrhoe, Colobura dirce, Hamadryas feronia, Caligo brasiliensis, Catonephele
numilia macho, Catonephele numilia fêmea e Morpho helenor.
JARDIM DAS BORBOLETAS
Figura 19. Plantas do jardim das borboletas cultivado junto ao projeto realizado no
Parque Ecológico do Córrego Grande, Florianópolis, SC. Fotos: Marcelo Carrion.
Ruélia Pentas
Lavanda Pingo-de-ouro
Turnera Zínia
Capuchinha Dália
14a SEPEX
Na 14a SEPEX da UFSC, que aconteceu no campus de Florianópolis entre
11 e 14 de novembro de 2015, o estande do projeto, intitulado “Importância dos
insetos na conservação da Biodiversidade”, contou com exemplares de lagartas de
Caligo brasiliensis, além de lagartas e pupas de outras espécies que já eram criadas
rotineiramente no Parque. Ainda foram apresentados insetos como o louva-deus,
besouro chim-chim e besouros escaravelhos (ou rola-bostas).
Além dos insetos vivos, caixas entomológicas também auxiliaram na
explicação acerca da importância dos insetos no ambiente, assim como informações
sobre os grupos, sua conservação, desmistificações e curiosidades.
DISCUSSÃO
DIFICULDADES
REFERÊNCIAS
ARNETT Jr., R.H. The beetles of the United States. Ann Arbor: The American
Entomological Institute, 1968. cap.26, p.369-384: Histeridae (Leach, 1815)
the Hister beetle.
ULYSSÉA, M.A.; HANAZAKI, N.; LOPES, B.C. Percepção e uso dos insetos pelos
moradores da comunidade do Ribeirão da Ilha, Santa Catarina, Brasil.
Biotemas, 23: 191-202. 2010.