Tratamento e Manejo Do Herpes Zoster
Tratamento e Manejo Do Herpes Zoster
Tratamento e Manejo Do Herpes Zoster
CURSO DE FARMACIA
O herpes zoster, também conhecido como zona, é uma condição resultante da reativação do
vírus varicela-zoster, o mesmo vírus que causa a varicela (catapora). Após a infecção inicial, o
vírus permanece dormente nos gânglios nervosos e pode ser reativado posteriormente,
provocando manifestações cutâneas dolorosas. A doença pode evoluir para cura completa ou
persistir por meses ou até anos, causando desconforto prolongado. Entre 2012 e 2017, o
Brasil registrou 602.136 casos de varicela. As complicações mais graves do herpes zoster
incluem neuralgia pós-herpética, bem como afecções neurológicas e oftalmológicas. O
tratamento geralmente envolve a administração de antivirais, e a prevenção pode ser
realizada através das vacinas disponíveis no calendário vacinal do SUS. O objetivo deste
trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre os aspectos clínicos do herpes zoster,
incluindo sua etiologia, diagnóstico e tratamento. Para isso, foi adotada a metodologia de
revisão sistemática da literatura, utilizando bases de dados científicas como Birreme, Scielo e
Google Acadêmico, além de livros-texto, sem restrição de ano. Após a coleta e análise dos
artigos, foram investigados aspectos relevantes sobre a transmissão do herpes zoster, sua
etiologia, diagnóstico, tratamento e formas de prevenção.
1. INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
A partir da problemática identificada, este trabalho visa alcançar os objetivos propostos
através de uma pesquisa descritiva e exploratória com metodologia quantitativa. A abordagem
será baseada em um estudo teórico que analisa os resultados de outros autores
especializados no campo do herpes zoster, contribuindo assim para o avanço do
conhecimento científico sobre a doença.
Para a elaboração deste artigo, foi realizada uma revisão da literatura com um
levantamento bibliográfico aprofundado sobre o herpes zoster. A pesquisa envolveu a consulta
a bases de dados acadêmicas e bibliotecas digitais, incluindo Birreme, Scielo e Google
Acadêmico. Foram utilizados diversos tipos de fontes, como livros, anais de conferências,
publicações oficiais e artigos científicos na área de enfermagem, sem restrição quanto ao ano
de publicação. Esta abordagem permitiu a coleta de informações atualizadas e relevantes
para uma compreensão abrangente dos aspectos clínicos, etiológicos, diagnósticos e
terapêuticos do herpes zoster.
Diagnóstico
Citologia: Análise das células das lesões para identificar alterações características do
herpes zoster.
Sorologia: Testes para detectar a presença de anticorpos contra o vírus varicella-zoster.
Isolamento do vírus: Cultivo do vírus a partir de amostras das lesões para confirmação.
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR): Método para detectar o DNA viral em
amostras clínicas.
Teste ELISA: Utilizado para detectar anticorpos específicos contra o vírus.
Teste Direto de Anticorpos Fluorescentes para Antígeno de Membranas (FAMA):
Identificação direta do antígeno viral nas lesões. (MURRAY et al. 2004, RODRIGUES et
al. 2010, BRASIL 2010)
Tratamento
O tratamento do herpes zoster visa reduzir a gravidade dos sintomas e prevenir complicações.
A abordagem terapêutica inclui:
Antivirais: O tratamento é geralmente realizado com medicamentos antivirais, como
aciclovir, famciclovir e valaciclovir. Estes medicamentos são mais eficazes quando
iniciados precocemente após o início dos sintomas.
Analgésicos: Para pacientes com dor leve, o uso de analgésicos pode ser suficiente
para alívio.
Prednisona: Associada ao aciclovir, pode ajudar a reduzir a dor e a inflamação
associadas ao herpes zoster.
Narcóticos: Para dor mais severa, pode ser necessário o uso de medicamentos
opioides.
Loções: O uso de loções contendo calamina pode aliviar a coceira e o desconforto das
lesões.
Creme de Capsaicina: Recomendado para aplicação sobre as crostas, ajudando a
reduzir a dor.
Tratamento da Neuralgia Pós-Herpética: Não há tratamento específico para as
sequelas do herpes zoster, mas medidas podem ser tomadas para aliviar a neuralgia
pós-herpética. (BRASIL 2010, RODRIGUES et al. 2010, PORTELLA et al. 2013)
Vacina
A vacina contra o herpes zoster é recomendada para indivíduos com 60 anos ou mais, com o
objetivo de prevenir o desenvolvimento de herpes zoster e suas complicações. Esta vacina é
administrada em dose única. (PORTAL DA SAÚDE 2014, COELHO et al. 2014)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o vírus varicella-zoster, responsável pela varicela e pelo herpes zoster,
está presente em todo o mundo, e não demonstra uma incidência sazonal específica. Até o
momento, não há medidas amplamente eficazes para a prevenção ou controle da varicela e
do herpes zoster na população geral, além da vacinação. Existe uma vacina viva atenuada
contra o vírus varicella-zoster, que é administrada a partir dos dois anos de idade. Esta vacina
é parte do esquema vacinal que também inclui vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola. A
vacina contra a varicela induz imunidade celular, e é considerada o tratamento profilático mais
indicado, mesmo quando a exposição ao vírus já ocorreu.
Diante da ausência de medidas preventivas abrangentes, é essencial que os
profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, desempenhem um papel crucial no
reconhecimento, tratamento e assistência integral aos pacientes com herpes zoster. A atuação
eficaz desses profissionais é fundamental para gerenciar a doença de forma adequada e
minimizar o risco de complicações associadas à infecção pelo vírus.
REFERÊNCIAS
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