Organização Do Trabalho

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Organização do trabalho

•O texto fala sobre as mudanças na organização do trabalho ao longo da Revolução Industrial e


do século
XX. O aprimoramento da organização do trabalho foi essencial para o crescimento do sistema
capitalista, focando em aumentar a produção e reduzir custos. Isso levou à criação de grandes
indústrias e de sistemas de organização que aumentaram os lucros.
•Além disso, houve crescimento populacional, o surgimento dos primeiros sindicatos, o rápido
crescimento de centros urbanos e a diversificação das bases energéticas, como o uso de
petróleo e eletricidade. A introdução de novos meios de transporte, como ferrovias e aviões,
também foi importante.
•A industrialização do século XIX e XX se expandiu para mais países, como EUA, França,
Alemanha e Japão. No início do século XX, surgiram métodos científicos de gerenciamento,
como os de Frederick Winslow Taylor, que buscava aumentar a eficiência no trabalho ao estudar
tempos e movimentos dos trabalhadores.

•O Taylorismo e o Fordismo são dois modelos que revolucionaram a organização do trabalho e a


produção industrial

Taylorismo:
● Desenvolvido por Frederick Taylor, foca na divisão do trabalho em tarefas simples,
cronometradas e controladas.
● Buscava aumentar a eficiência, retirando o controle da produção dos trabalhadores e
evitando resistências ao ritmo de trabalho.
● Estabelecia metas, classificava processos e ferramentas, e incentivava a produção com
bonificações.
Fordismo:
● Desenvolvido por Henry Ford, introduziu a linha de montagem com esteiras rolantes,
reduzindo o tempo de produção e automatizando processos.
● A produção em massa exigia um mercado consumidor capaz de comprar os produtos.
Para isso, Ford aumentou os salários dos trabalhadores e buscou fidelizar seus
empregados com contratos longos.
● Essa estratégia ajudou a criar o
"American way of life", um estilo de vida voltado para o consumo.
● Também buscava controle sobre a vida dos operários, incluindo comportamentos fora
das fábricas.
● A produção em massa exigia um mercado consumidor capaz de comprar os produtos.
Para isso, Ford aumentou os salários dos trabalhadores e buscou fidelizar seus
empregados com contratos longos.
● Essa estratégia ajudou a criar o
"American way of life", um estilo de vida voltado para o consumo.
● Também buscava controle sobre a vida dos operários, incluindo comportamentos fora
das fábricas.
O Fordismo se tornou uma política importante nos EUA, marcando a parceria entre o Estado,
grandes corporações e trabalhadores organizados. Foi central para a economia mundial até a
crise de 1929, quando a intervenção estatal se tornou necessária.

Após a crise do modelo liberal, os Estados capitalistas adotaram um papel mais intervencionista,
criando o Estado de bem-estar social, inspirado pelo economista John Maynard Keynes. Esse
modelo garantiu serviços sociais básicos como saúde, educação e previdência, além de
promover o emprego e o bem-estar social através da ação direta do Estado na economia. Durou
até os anos 1970 e foi importante para assegurar a inserção social dos trabalhadores.
Com o desgaste do fordismo nos anos 1960, marcado pela queda na produtividade e na
lucratividade, surgiu o toyotismo, desenvolvido por Taiichi Ohno na Toyota. Esse modelo trouxe
mudanças significativas na produção e no perfil dos trabalhadores, incluindo:

● Flexibilização da produção: ao invés de produzir em massa como no fordismo, o toyotismo


permitia produzir diferentes produtos de acordo com a demanda.
● Produção por demanda: os produtos eram fabricados apenas quando havia pedidos,
evitando grandes estoques.
● Automação e qualificação: máquinas modernas permitiram menos trabalhadores, mas
exigiam maior qualificação, transformando o perfil do trabalhador em polivalente.
● Sistema "just in time": a matéria-prima era entregue apenas quando necessária, evitando
estoques excessivos.
● Kanban: sistema de etiquetas para organizar melhor os produtos.
● Círculos de Controle de Qualidade (CCQ): supervisores monitoravam a qualidade em
cada etapa da produção.

Além disso, o toyotismo modificou as relações de trabalho, tornando o vínculo dos empregados
mais flexível, permitindo que ocupassem diferentes funções conforme a necessidade da
empresa. Também houve uma maior integração entre as políticas de gestão e os sindicatos e a
prática de subcontratação de pequenas e médias empresas por grandes corporações.

Com o esgotamento do modelo de bem-estar social, muitos países adotaram políticas


neoliberais, inspiradas pelas ideias da Escola
Austríaca e da Escola de Chicago.
Essa mudança influenciou governos como os de Ronald Reagan nos
EUA, Margaret Thatcher na Inglaterra, Augusto Pinochet no Chile e líderes brasileiros como José
Sarney e Fernando
Henrique Cardoso.
Principais características do neoliberalismo:
● Flexibilização das leis trabalhistas.
● Privatizações de empresas estatais.
● Menor regulação do mercado pelo
Estado e "Estado mínimo".
● Redução do número de servidores públicos.
● Transferência de responsabilidades do Estado para o mercado.
● Disciplina fiscal e estabilidade monetária.
● Abertura dos mercados às multinacionais e incentivo à livre circulação de capitais.

Essas políticas não ocorreram de forma uniforme em todos os países, mas tiveram impactos
globais, alterando a estrutura econômica. O setor industrial perdeu espaço para o setor de
serviços, com empresas de áreas como saúde, alimentação e comunicação ganhando destaque,
especialmente as multinacionais.

Com o avanço do toyotismo, também houve um crescimento da terceirização, onde uma


empresa contrata outra para realizar atividades específicas, como limpeza, segurança ou gestão
de setores burocráticos. Isso permite que a empresa principal foque em suas atividades-chave.
A terceirização gera debate: alguns defendem que é necessário adaptar a legislação às novas
formas de trabalho, enquanto outros apontam que ela precariza as condições dos trabalhadores.
Isso porque, ao terceirizar, a empresa principal não é responsável diretamente pelos salários e
direitos dos trabalhadores da empresa contratada, o que pode resultar em condições de trabalho
menos favoráveis.

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