Bndes
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30 de setembro de 2024
O Sistema BNDES, que inclui o BNDES e suas subsidiárias, apurou lucro líquido de R$ 19,0 bilhões no 9M24 (ante
R$ 14,4 bilhões no 9M23). O desempenho foi influenciado por maiores receitas com Títulos e Valores Mobiliários (TVM),
receitas de dividendos de Petrobras e JBS e reversão de Provisão para Risco de Crédito (PRC), por revisões de
classificação de risco e recuperação de créditos provisionados em exercícios anteriores. O lucro líquido recorrente foi
de R$ 9,8 bilhões no 9M24 (R$ 6,6 bilhões no 9M23), aumento de 48,5% influenciado pelo acréscimo dos resultados
com debêntures e operações de crédito, dada a expansão da carteira.
Em 30/09/2024, o índice de inadimplência do BNDES (90 dias) ficou em 0,001%, abaixo dos 3,24% registrados pelo
Sistema Financeiro Nacional na mesma data. O Índice de Basileia ficou em 31,9%, situação confortável em relação ao
mínimo de 10,5% exigidos pelo Banco Central do Brasil.
Indicadores Financeiros
778,3 807,1
728,2 737,2 732,5
683,8
Em set/24, o aumento do Índice de Basileia é explicado pela elevação do Patrimônio de Referência, impactado pelo lucro líquido no trimestre, de
R$ 5,6 bilhões e ajuste de avaliação patrimonial positivo de R$ 3,4 bilhões.
Demonstração do Resultado
1/ Aumento de 36,8% no produto da intermediação financeira no 9M24, com destaque para o aumento dos resultados com títulos e valores mobiliários
(debêntures e tesouraria), dada a expansão da carteira média. No 9M23, houve conversão de créditos 100% provisionados em debêntures, com impacto
negativo de R$ 2,1 bilhões no resultado com TVM, compensado pela reversão de PRC no mesmo montante, sem efeito no lucro líquido do período.
2/
No 9M24, reversão de PRC impactada por revisões de classificação de risco e recuperação de créditos provisionados em exercícios anteriores. O 9M23
foi impactado, principalmente, pela supracitada operação de conversão de créditos em debêntures.
3/
No 9M24, receita bruta com dividendos/JCP de R$ 6,6 bilhões (R$ 7,0 bilhões no 9M23), destacando Petrobras e JBS.
4/No 9M24, aumento das despesas com atualização monetária de dividendos sobre o lucro de 2023, além das despesas tributárias de PIS e COFINS
acompanhando a elevação do produto da intermediação financeira.
Resultado Recorrente: O aumento de 48,5% com relação ao 9M23 reflete o acréscimo no Produto da Intermediação Financeira, com destaque
para o maior resultado com títulos e valores mobiliários (debêntures e tesouraria), dada a expansão da carteira média, e benefício tributário
decorrente de distribuição de dividendos na forma de juros sobre o capital próprio.
Efeitos não recorrentes: Composto por eventos que, embora relacionados aos negócios da Companhia, não ocorrem necessariamente em todos
os períodos, tampouco em montantes comparáveis. Representados, basicamente, por resultado com participações societárias. No 9M24,
destacam-se como efeitos não recorrentes receita com dividendos de R$ 6,6 bilhões e reversão de PRC de R$ 3,1 bilhões. No 9M23, destacam-se
como efeitos não recorrentes a receita com dividendos de R$ 7,0 bilhões e a conversão de créditos 100% provisionados em debêntures, com
ajuste a valor de mercado negativo de R$ 2,1 bilhões, impactando resultado com Títulos e Valores Mobiliários e reversão de PRC no mesmo
montante, sem efeito no lucro líquido do período.
9M23 9M24
Ativo Médio - 483,4 66,3 133,0 530,1 84,6 138,0
R$ bilhões
Resultado Alocado Resultado Alocado
13.867 17.662
Resultado
R$ milhões
18.984
Financiamentos 14.448
11.117
Participações 9.108
Societárias 4.218
2.154 2.605 581 2.327 1.322
Tesouraria/ALM
Financiamentos: Composto, basicamente, por operações de crédito, repasses interfinanceiros e Debêntures. O aumento em relação ao 9M23 é explicado,
principalmente, por acréscimo das receitas com debêntures, dado o crescimento da carteira.
Participações Societárias: Composto principalmente por investimentos em coligadas e não coligadas. A ligeira queda no 9M24, comparativamente ao
9M23, é explicada por menor receita com dividendos/JCP, considerando o custo de captação alocado a este segmento.
Tesouraria / Gestão ALM: Contempla a gestão do funding e da Tesouraria do BNDES. O aumento é explicado pelo crescimento da carteira média de
tesouraria própria, além de resultado positivo de derivativos.
Balanço Patrimonial
1/ No3T24, acréscimo da carteira de Tesouraria por ingresso de recursos do Tesouro Nacional para o Programa Emergencial do Rio Grande
do Sul (+ R$ 7,0 bilhões), aumento do saldo de operações compromissadas dealer (+ R$ 7,5 bilhões), captações junto a organismos
internacionais (+ R$ 2,3 bilhões), recebimentos de dividendos (+ R$ 1,3 bilhão), destacando Petrobras, e emissão de Letras de Crédito do
Agronegócio - LCA (+ R$ 1,1 bilhão), efeitos atenuados por pagamentos de juros e amortizações ao FAT (- R$ 4,5 bilhões), líquidos do
ingresso de recursos, aquisição de títulos no exterior (- R$ 3,2 bilhões), integralização de debêntures (- R$ 2,5 bilhões) e desembolsos
superiores ao retorno da carteira de crédito e repasses (- R$ 2,0 bilhões).
2/
No 3T24, apropriação de encargos e correção monetária (+ R$ 10,7 bilhões), além de desembolsos superiores ao retorno (+ R$ 2,0 bilhões),
atenuados por variação cambial (- R$ 1,3 bilhão).
3/ No 3T24, ajuste a valor justo negativo da carteira de não coligadas (- R$ 0,6 bilhão), com destaque para Petrobras.
4/
No 3T24, ingressos ordinários (+ R$ 6,7 bilhões), apropriação de juros (+ R$ 7,4 bilhões), atenuados por pagamento de juros e amortizações
(- R$ 11,2 bilhões) e variação cambial (- R$ 0,7 bilhão).
5/ No
3T24, ingressos de recursos para o Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul de R$ 7,0 bilhões (totalizando R$ 15 bilhões
no 9M24), apropriação de juros (+ R$ 1,1 bilhão), atenuados por pagamento de juros e amortizações ordinárias (- R$ 1,4 bilhão).
6/ No3T24, captações junto ao New Development Bank - NDB (+ R$ 1,7 bilhão) e ao KFW (+ R$ 0,6 bilhão), atenuadas pelo efeito negativo
de variação cambial sobre os saldos dos contratos.
7/ No 3T24, aumento decorrente da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio - LCA (+ R$ 1,1 bilhão), do acréscimo dos impostos e
contribuições sobre os lucros (+ R$ 0,9 bilhão) e do recebimento de novas doações do Fundo Amazônia (+ R$ 0,7 bilhão).
8/ No 3T24, lucro líquido de R$ 5,6 bilhões e ajuste de avaliação patrimonial positivo de + R$ 3,4 bilhões, líquido de impostos.
Destaca-se a boa qualidade da carteira, com 97,1% das operações entre os níveis de risco AA e C, considerados de baixo risco, percentual superior
à média de 91,5% do Sistema Financeiro Nacional.
O índice de inadimplência (90 dias) do BNDES foi de 0,001%, expressivamente inferior à média do SFN de 3,24%.
No período de 12 meses findo em 30/09/24 os créditos renegociados alcançaram 7,35% da carteira de crédito e repasses (4,03% em 30/06/24).
Desconsiderando as renegociações no âmbito do Programa Emergencial para o RS, o indicador em set/24 seria de 4,38%.
Eletricidade e gás
14% Agropecuária
2% 1% Transporte terrestre
33%
3% Administração pública
Equipamentos de transporte
4%
4%
SET/24 Ativ. Aux. de transporte e entrega
Transporte aquaviário
5%
Comércio
5% Produtos alimentícios
16% Coque, petróleo e combustível
12%
Outros
No 3T24, decréscimo na carteira de participações societárias, principalmente, pela redução do valor justo da carteira de não coligadas
de R$ 0,6 bilhão, com destaque para Petrobras.