Programa - Arte Na América Latina I
Programa - Arte Na América Latina I
Programa - Arte Na América Latina I
OBJETIVOS O objetivo mais amplo percorrido pelo curso será o de traçar um panorama dos
debates críticos, historiográficos e conceituais constitutivos dos estudos
dedicados às culturas “pré-colombianas”, ou ameríndias, no período que engloba
do século XVI ao XVIII. Para tanto, o recorte temporal adotado se iniciará com
o exame detido de cosmogonias e conceitos fundacionais dessas culturas,
percorrerá a consolidação de uma linguagem híbrida, que ocorre ao longo dos
séculos iniciais da “Conquista” e no decorrer da consolidação do sistema
moderno colonial, e, por fim, abordará, a partir de uma perspectiva transcultural,
um conjunto de reflexões mais recentes acerca das “imagens da América”
constituídas em torno das interpretações sobre o passado do continente.
PROGRAMA
A produção artística também pode ser escolhida como objeto a ser apresentado
nos seminários. Nesse caso, o texto explicativo não se fará necessário.
Bibliografia ARCURI, Márcia. “Arte e ritual na América indígena”. In: Ouros de Eldorado:
Arte pré-hispânica da Colômbia. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2010,
p. 55–61.
BAUDOT, Georges; TODOROV, Tzvetan. “Códice florentino”, “Anais de
Tlatelolco”, “Códice Aubin”. In: Relatos astecas da conquista. Tradução de
Luiz Antonio Oliveira de Araújo. São Paulo: Editora Unesp, 2019.
BETHELL, Leslie (org.) História da América Latina: América Latina Colonial
– Volume I. Tradução de Maria Clara Cescato. 2ª ed. São Paulo: Editora da
USP.
BRAY, Tamara. “Inca iconography: the art of empire in Andes”. Anthropology
and aesthetics, n. 38, pp. 168-178, 2000.
BROKAW, Galen. “Semióticas, estéticas e o conceito quéchua de quilca”. In:
BERTAZONI, Cristiana; SANTOS, Eduardo Natalino dos; FRANÇA, Leila
Maria (Orgs.). História e arqueologia na América indígena: tempos pré-
colombianos e coloniais. Florianópolis: Editora da UFSC, 2017.
CARPENTIER, Alejo. Visão da América. Tradução de Rubia Prates Goldoni.
São Paulo: Martins Fontes, 2006.
CHIAMPI, Irlemar. Barroco e modernidade. São Paulo: Editora Perspectiva,
2010. (Coleção Estudos)
GARCIA, Susana Stüssi. “The ‘Unknown Arts’ of Ancient America:
Challenging Classical Art Canons in 19th-Century France”. In: ARGAN,
Giovanni; REDAELLI, Maria; TIMONINA, Alexandra (Eds.). Taking and
Denying: Challenging Canons in Art and Philosophy. Venezia: Edizioni
Ca´Folcari – Digital Publishing, 2020.
HERRING, Adam. Art and vision in the inca impire. Andeans and Europeans at
Cajamarca. New York: Cambridge University Press, 2015.
JORDAN, Keith. “Surrealist Visions of Pre-Columbian Mesoamerica and the
Legacy of Colonialism – The Good, the (Revalued) Bad, and the Ugly”.
Journal of Surrealism and the Americas, v. 2, n. 1, pp. 25-63, 2008.
JÚNIOR, João Feres. “Representando a América Latina por meio da arte pré-
colombiana”. Realis, v. 7, n. 1, jan.-jun., 2017.
LABRIOLA, Rodrigo. “O neobarroco na América Latina, teoria literária e
incômodo epistemológico”. Revista Eutomia, v. 1, n. 2, pp. 162-173, 2008.
MEDINA, Alvaro. “L`art latino-américain dans quatre expositions
internationals”. Les années quatre-vingt en Amérique Latine, v. 36, n. 142,
pp. 40-44, 1991.
NAVARRO, Alexandre Guida; GOMES, Denise M. Cavalcante (Orgs.). Arte e
arqueologia da América indígena: a coleção pré-colombiana Cerqueira Leite.
Campinas: Editora da Unicamp, PUC-Campinas, 2022.
O`GORMAN, Edmundo. A invenção da América: reflexão a respeito da
estrutura histórica do novo mundo e do sentido do seu devir. Tradução de Ana
Maria Martinez Correa. São Paulo: Editora Unesp, 2008.
PAILLAL, José Millalém; QUEMENADO, Pablo Marimán; HUIRCAPÁN,
Sergio Caniuqueo; CHICAHUAL, Rodrigo Levil. ¡...Escucha, winka...!
Cuatro ensayos de Historia nacional Mapuche y un epílogo sobre el futuro.
Santiago: LOM Ediciones, 2006.
PESCE, Fernando. “Iconografia e materialidade: caminhos metodológicos para
a arte na Mesoamérica”. In: AVOLESE, Cláudia Mattos; DALCANALE,
Patrícia (Orgs.). Arte não europeia: conexões historiográficas a partir do
Brasil. São Paulo: Estação liberdade, 2020.
PINILLA, Ramón Mujica. Arte imperial inca: sus orígenes y transformaciones
desde la conquista a la independencia. Lima: Banco de Crédito del Perú,
2020.
QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade e Modernidade⁄Racionalidade”. In:
BONILLO, Heraclio (comp.). Los conquistados. Bogotá: Tercer Mundo
Ediciones; FLACSO, 1992, pp. 437-449. Tradução de Wanderson Flor do
Nascimento.
RECINOS, Adrián. Popol Vuh: o esplendor da palavra antiga dos Maias-Quiché
de Quauhtlemallan: aurora sangrenta, história e mito. Tradução de Josely
Vianna Baptista. São Paulo: UBU Editora, 2019.
SANTELLI, Ricardo. “Castas Ilustradas: Representação de Mestiços no México
do Século XVIII”. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH,
São Paulo, 2011.
SANTOS, Eduardo Natalino dos. “Os sistemas mesoamericanos de escritura”.
In: BERTAZONI, Cristiana; SANTOS, Eduardo Natalino dos; FRANÇA,
Leila Maria (Orgs.). História e arqueologia na América indígena: tempos pré-
colombianos e coloniais. Florianópolis: Editora da UFSC, 2017.
SEIXLACK, Alessandra Gonzalez de Carvalho; CASTRO, Fernando Luiz Vale.
“Intelectuais indígenas e produção historiográfica: contribuições da
Comunidad de Historia Mapuche para a descolonização do pensamento”.
Intellèctus, v. XX, n. 2, pp. 162-178, 2021.
SELLEN, Adam. “Anatomia de uma falsificação”. In: AVOLESE, Cláudia
Mattos; DALCANALE, Patrícia (Orgs.). Arte não europeia: conexões
historiográficas a partir do Brasil. São Paulo: Estação liberdade, 2020.
SQUEFF, Letícia. “Originalidade e modernidade na arte latino-americana: a
exposição de arte latino-americana de Paris (1924)”. Colóquio Labex Brasil-
França. Uma história da arte alternativa: outros objetos, outras histórias – Da
história colonial ao pós-modernismo. São Paulo: MAC, USP, 2015.
STONE, Rebecca. Art of the Andes: from Chávin to Inca. 3 ed. London: Thames
& Hudson Ltd., 2012.
TODOROV, Tzvetan. “A descoberta da América”, “Montezuma e os signos”.
In: A conquista da América: a questão do outro. Tradução de Beatriz Perrone-
Moisés. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.