Regimento Interno

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REGIMENTO INTERNO

Centro Cultural Aldeia dos Orixás

TÍTULO I – DOS OBJETIVOS

ARTIGO 1º – Os objetivos do presente Regimento Interno são regulamentar o funcionamento


do Centro Cultural Aldeia dos Orixás, normatizar o comportamento dos Médiuns, Dirigentes e
Assistência, bem como o relacionamento entre as instâncias organizativas e religiosas, explicar
procedimentos para o exercício pleno dos direitos e deveres dos associados e criar
mecanismos de controle, de acompanhamento e de sanções, na atuação dos integrantes do
Corpo Mediúnico, dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e da Diretoria Executiva, buscando a
maximização dos resultados nas ações religiosas e institucionais desenvolvidas por centros de
Umbanda.

Parágrafo 1º – O presente Regimento Interno complementa as orientações e normas


constantes do Estatuto Social da Sociedade.

TÍTULO II – DAS ORIENTAÇÕES RITUALÍSTICAS

ARTIGO 2º – Preparação para as Giras

1 – Semanalmente os Médiuns terão que acender uma vela branca para o seu Anjo de Guarda,
no dia da semana correspondente ao seu Orixá – Pai/Mãe-de-cabeça, conforme a tabela
constante no ARTIGO 9º.

*TODOS OS FILHOS DO CENTRO CULTURAL ALDEIA DOS ORIXÁS, PROCURAR IMEDIATAMENTE


O BABALORIXÁ NENÊ DE OXUMARE, PARA CONFIRMAÇÃO DE SEU ORIXÁ DE CABEÇA.

2 – Existe a necessidade de preparação para a Gira, assim no dia dos trabalhos mediúnicos os
Médiuns não deverão ingerir nenhum tipo de bebida alcoólica, comer carne de animais de
sangue quente e tampouco manter relações sexuais.
3 – A alimentação deve ser leve, ingerindo preferencialmente frutas, verduras e legumes, em
hipótese alguma comer carne de animais de sangue quente, podendo ser substituída por
peixe.

4 – No dia que antecede a Gira, os Médiuns terão que acender uma vela branca comum para o
Anjo de Guarda e fazer seu banho de descarrego com as ervas correspondentes ao seu Orixá,
sempre em número ímpar (1, 3, 5 ou 7 ervas), conforme a tabela constante do ARTIGO 9º, ou
seguir com banho de manjericão caso tenham dificuldade para achar as ervas de seu Orixá de
cabeça.

4.1 – Acender a vela branca, pedindo proteção, fortalecimento e luz para a participação nos
trabalhos espirituais.No Centro Cultural Aldeia dos Orixás não é indicado colocar um copo de
água ao lado da vela de anjo da guarda . Como alternativa, a vela para o Anjo de Guarda
poderá ser acesa no Jardim dos Orixás ( lugar do lado de fora da casa do médium ) se houver.O
Centro Cultural Aldeia dos Orixás irá providenciar um local para ser o Jardim dos Orixás para
os filhos que não tem local para essa finalidade em sua residência.

4.2 – O banho de descarrego é feito após a higiene pessoal, (por a água para ferver, após a
fervura adicionar as ervas e abafar) jogar o mesmo sempre dos ombros para baixo, para fazer
a limpeza do campo magnético e eliminar as energias negativas.

5 – Para as Giras de desenvolvimento o(a)s Médiuns deverão proceder da mesma forma, caso
haja um dia específico fora dia das Giras aberto para atendimentos.

Parágrafo 1º – Os Médiuns novos, que ainda não jogaram os búzios (cerimônia onde o Pai
revela o seu Orixá Pai/Mãe-de-cabeça), deverão fazer o banho de descarrego com arruda,
alecrim e manjericão.

ARTIGO 3º – Calçado

1 – A área de Gira do Terreiro é solo consagrado, assim, deverá ser evitado o uso dos mesmos
calçados com os quais se veio da rua, por isso, os médiuns deverão ter um calçado só para uso
nas giras ou deverão preferencialmente estar descalços.
2 – Recomenda-se a utilização de alpargatas brancas ou chinelos brancos.O mesmo pode ser
substituído por meias brancas, lembrando a todos que já existem meias antiderrapante.

ARTIGO 4º – Saudações

1 – Na chegada ao Terreiro, deverão todos despachar a porta com a água que se encontra
dentro de um baldão ao lado direito de quem entra ao terreiro.Pedir auxílio aos mais velhos na
casa que sabem todo o ato.

Ser saudados os assentamentos dos Exus,Onã, Ogum, Ossanhe, Oxumare e quarto de santo do
Babalorixá que fazem a guarda e a proteção do nosso Terreiro, das Giras e de todos os
freqüentadores durante os trabalhos.

2 – Logo na entrada do Terreiro, fica Onã , e o quarto de Exu fica atrás dos quartos de santo na
casa 2, onde encontram-se as firmezas do Sr. Exu Capa Preta responsável pelo nosso Terreiro
de Umbanda, juntamente do Sr. Exu Sete Encruzilhadas Exu do Babalorixá Nenê de Oxumare e
dos Exus dos filhos da casa.

Neste local, deve-se fazer a saudação, pedindo licença para entrar batendo três vezes na porta
antes de abri-la.E já estando dentro do quarto de Exu fazer as saudações:

Saudações para Exu Capa Preta Laroye Exu, e para o Sr Sete Encruzilhadas , Salve suas forças
intercalando os dedos e baixando três vezes para baixo.

3 – Logo em seguida, na casinha menor próximo ao barracão fica o acentamento do Exu Tranca
Ruas e Ogum da casa,neste local deve-se fazer a saudação com o paô deitado na
esteira,pedindo licença para entrar e proteção nos trabalhos espirituais.

Pedir ao mais velhos ensinar como dar o ADOBALÊ, pois existe uma diferença quando filho de
santo homem e quando filho de santa mulher.
Saudação para Exu: Laroye e bater paô.

Saudação para Ogum:Ogunhê e bater paô.

Depois ir até ao meio do barracão e saldar Xangô ao meio do barracão.

Saudação Xangô : kaô Kabecilé dar adobalê e bater paô.

Seguindo as saudações dos Orixás da casa , ir aos pés de Ossanhe e Oxumare da casa.

Saudação Ossanhe: weweu Asá dar adobalê e bater paô.

Saudação Oxumare: Arroboboi dar adobalê e bater paô.

4 – Logo após, dirigir-se à Casa 2 ir a porta do quarto de santo do Babalorixá Nenê de Oxumare
e fazer saudação à Oxumare o Pai da casa.

Saudação Oxumare: Arroboboi dar adobalê e bater paô.

E se tiver asentamento na casa de seu Orixá , bori ou memso Obi, ir até a porta do segundo
quarto de santo ...

Saudar seu Orixá dar adobalê e bater paô.

Em seguida procurar o Pai Nenê de Oxumare , dar adobalê , bater paô e tomar a benção ,
pedindo Awre .

Logo em seguida procurar pelos Ogãns , Ekedys e irmãos e trocar de benção . Lembrando
sempre de quem chega pede a benção dos irmãos.
*Procurar saber a saudação de seu Orixá.

5 – Ao entrar no Terreiro para gira após toda saudações dos Orixás da casa, Pai e irmãos, bater
cabeça no congá e nos atabaques, pedindo licença e permissão para entrar no Terreiro e com
o objetivo de harmonizar os planos material, mental e espiritual.

No congá saudar o Caboclo Sete Flechas patrono do terreiro de umbanda , pedindo a ele via
Gira e bom desenvolvimento.

APÓS SAUDAR TODOS OS ORIXÁS , IR AO ENCONTRO DE SEU BABALORIXÁ PARA TOMAR A


BENÇÃO E DEPOIS DE SEUS IRMÃOS DE SANTO JÁ PRESENTES NO TEREIRO.

Lembrando que a benção da nossa casa é pedida com: AWRE, E SE RESPONDE AWRE MI
AWRE.

Matéria

Mente Espírito

7– Também deverá ser feita a saudação aos atabaques , bater cabeça de frente aos três.

Aos Ogãns e responsáveis pela curimba da casa deixar sempre os atabaques cobertos após
término de uso.E uma vez por mês deixar uma vela acessa aos pés das engomas após gira.
8 – O Meio do Terreiro, ou seja o Axé da casa fica a firmeza de proteção da casa para Pai de
Santo, Ogãns, Ekedys e médiuns da casa.No Centro Cultural Aldeia dos Orixas o Orixá que
sustenta essa força é Xangô.

ARTIGO 5º – Dúvidas

Quando o Médium tiver qualquer dúvida sobre o seu desenvolvimento mediúnico, sobre os
rituais da casa ou sobre os trabalhos, deverá esclarecer preferencialmente com o seu Pai de
Santo ou com algum dos demais integrantes da hierarquia.

Parágrafo 1º – Embora exista muita informação sobre a Umbanda na Internet e em livros,


existe também muita diversidade de ritos e cultos, o que pode confundir, principalmente os
médiuns novos, assim a filosofia de trabalho do Terreiro é definida pelo Diretor Espiritual do
Terreiro,com base na sua “raiz” religiosa e aplicada pela sua hierarquia e suas entidades.

ARTIGO 6º – Durante a Gira

1 – Ao iniciar a Gira, com as firmezas feitas, os membros da hierarquia já devidamente


preparados, começam a cantar a abertura dos trabalhos e é preciso todos estarem na mesma
sintonia , ajudando a responder todas os pontos com a mesma firmeza de quem puxou ...

A abertura da casa assim como o hino da Umbanda é uma obrigatoriedade todos os membros
estar com os mesmos na ponta da língua.

1.1 – Ao formar a fila para a defumação, os Médiuns deverão estar concentrados e com suas
guias nas mãos , apenas serem colocadas no pescoço após a defumação.Semore se benzer
com o sinal da cruz antes de colocá-las.
2 – Todos deverão perfilar-se no seu lugar na corrente, apenas saindo do lugar dando as mãos
(durante o Hino da Umbanda), mantendo sempre uma atitude de respeito, cantando e
dançando com toda a vontade e amor (Umbanda é som e movimento). Os pontos cantados
são mantras que energizam positivamente o ambiente, potencializando as energias para ali
canalizadas.

3 – Os médiuns que chegarem atrasados deverão aguardar a permissão de um dos membros


da hierarquia para a sua entrada. Recebida a permissão, o médium deverá “bater a cabeça” no
congá e para o Pai de Santo que estará colocado em frente ao “congá”, cumprimentará os
membros da hierarquia e se posicionará na corrente em seu lugar.

* membros de hierarquia:

Pai de Santo, Ogã, Ekedy, Pai Pequeno e médiuns de passe mais antigos.

4 – Os médiuns deverão evitar as saídas para comer, fumar, conversar ou ir ao banheiro


durante a Gira. Para isso, existe o intervalo.

Parágrafo 1º – É terminantemente proibido aos médiuns em desenvolvimento, cujas Entidades


não estão liberadas para dar consultas, nem mesmo aos irmãos de santo.

1 – Estimular a incorporação de outros médiuns da corrente ou da assistência (puxar os irmãos


de corrente)

2 – Dar consulta durante a vibração, limitando-se aos passes quando autorizados, que devem
ser rápidos, de forma a possibilitar que aquelas pessoas da assistência, mais necessitadas,
recebam-no.

3 – Os médiuns que estão em desenvolvimento, quando incorporados, deverão estar em


movimento, produzindo e ampliando a energia do Terreiro, procurando aprimorar o seu
desenvolvimento.
Parágrafo 2º – Atentar para o fato que antes e acima de tudo, o TERREIRO DE UMBANDA é um
templo religioso, aonde inúmeras pessoas vão buscar ajuda, e em muitos casos esta é a última
alternativa desses irmãos. Assim a postura dos médiuns da corrente e a forma como se
comportam, falam ou gesticulam, além de servir como exemplo, podem estimular ou não a
confiança daquele irmão que foi buscar auxílio para os seus problemas.

Parágrafo 3º – As Giras se dividirão em duas partes com um rápido intervalo entre elas, na
primeira são realizados os ritos de abertura e firmeza dos trabalhos e o “passe para a
assistência”, na segunda será a gira de passagem , gira de desenvolvimento e passes para os
médiuns da casa que assim desejarem.

Durante a vibração de passe para a assistência, os médiuns em desenvolvimento deverá


estar atento em manter toda a vibração do tereiro , alguns camboniando , e os outros
mantendo a sequência da gira cantando , batendo palma e ficando exatamente em seu lugar, e
não deverão dar passagem a suas entidades.

Parágrafo 4º – Caso alguém da assistência incorpore, deve-se solicitar que permaneça no local
onde está, permitindo a incorporação apenas para descarregar o “cavalo” e após subir. Não se
admite a incorporação prolongada e em hipótese alguma ficar atendendo juntamente com os
membros da corrente.

Parágrafo 5º – É necessário que todos estejam focados e concentrados na Gira para não
ocorrer queda da energia vibratória na corrente o que pode atrapalhar o andamento dos
trabalhos. Mesmo os Médiuns que não incorporam têm um papel fundamental na
sustentação da energia da Gira, “a corrente mediúnica depende de cada um dos seus elos”.

Parágrafo 6º – A incorporação, vibração ou qualquer outra manifestação espiritual ou anímica


em crianças até 14 anos é terminantemente proibida.

Parágrafo 7º – A Incorporação, vibração ou qualquer outra manifestação espiritual ou anímica


em jovens com idade entre os 14 anos e os 18 anos deverá ser assistida/acompanhada pelo Pai
de Santo.

ARTIGO 7º – Cambonos(es)
1 – Os Cambonos(es) são auxiliares das Entidades e dos Médiuns quando incorporados e
principalmente fiscais do Terreiro.

2 – A função dos Cambonos(es), auxiliando as Entidades no Terreiro é de uma importância


muito grande para o desenvolvimento e aprendizado mediúnico, por isso, a orientação do Pai
Nenê de Oxumare é de que todos os médiuns exerçam a função, como forma de obter o
aprimoramento dos seus conhecimentos.

3 – Em caso de dúvida, quanto a “o quê, como, quando e onde fazer”, o procedimento


indicado pela Entidade, deverá ser esclarecido com a mesma, evitando desta forma que o
consulente possa sair com dúvida e acabar por realizar alguma coisa errada.

4 – Os Cambonos(es) deverão colaborar com o Médium e com a Entidade incorporada,


preparando, organizando, servindo e guardando os materiais de uso da Entidade antes,
durante e após os trabalhos.

4.1 – Os Cambonos(es) deverão deixar todo o material de uso da Entidade separado


previamente ( pembas, velas, bebidas, coités, copos, taças, cigarros, etc.), estando pronto para
servir à Entidade incorporada.

5 – Deverão manter a sintonia espiritual e a sua concentração durante as consultas e trabalhos


realizados pela Entidade.

6 – Não se admite outra postura que não seja de honestidade e sigilo absoluto, guardando
como “segredo confessional” tudo o que for dito e ouvido durante a consulta.

7 – Os Cambonos(es) deverão prestar atenção às consultas para que não seja infringida
nenhuma norma ou regulamento da casa, comunicando qualquer irregularidade à hierarquia
e/ou conforme o caso ao Pai de Santo, por isso não deverá incorporar, exceto quando
autorizado pela Entidade a quem estiver atendendo ou ao final das consultas para
“descarregar alguma energia”.

8 – Os Cambonos(es) não deverão deixar de ouvir, mesmo que por solicitação do consulente,
as consultas feitas às Entidades e as respostas dadas. Em caso de determinação da Entidade
para se afastar durante uma consulta, avisar imediatamente ao Pai de Santo ou a Entidade que
nele estiver incorporada.

9 – Durante a vibração deverá ficar atento à Entidade e ao trabalho que ela realiza, sem
contudo ficar ao lado da Entidade, lembrando sempre que na vibração admite-se somente o
“passe” e consulta rápida e previa.

10 – Ao locomover-se pelo ambiente do ritual, não furar nem costurar a corrente, evitando
trombar com os médiuns.

11 – Assim que as Entidades incorporarem em seus “cavalos”, deverão fazer as devidas


saudações (Terreiro, Entidade chefe do trabalho e hierarquia) e riscar o ponto, caso isto não
aconteça, os Cambonos(es) deverão buscá-las, conforme determinação do Diretor de Terreiro.

12 – Após a Entidade riscar o ponto (nesse momento a Entidade deverá estar servida com
todos os itens acima), o Cambono deverá chamar as consultas da assistência na ordem que for
determinada pelo terreiro.

13 – Os Cambonos(es) não deverão em hipótese alguma selecionar consultas, aproveitando da


função para consultar parentes e amigos, deverão seguir rigorosamente a ordem de chamada
formada pelos responsáveis por organizar as consultas.

14 – O Cambonos(es) terão que ter um material de apoio (kit Cambono) composto de papel
branco, caneta e papeletas para descrição do material para eventuais trabalhos de meio (que
deverão ser entregues a membro da hierarquia para verificação).

15 – As consultas dos filhos de corrente deverão ser previamente marcadas com a hierarquia
do Terreiro e informadas para o responsável, que orientará o atendimento. Não serão mais
admitidas outras formas de atendimento para os Médiuns da corrente, tais como: aproveitar
que o Cambono foi buscar consulente e/ou só entregar uma lembrancinha e/ou cumprimentar
a Entidade.

16 – Durante os trabalhos, os Cambonos(es) não deverão manter conversas com os Médiuns


da corrente, tampouco com a assistência.
17 – Os Cambonos(es) deverão estar atentos para agilizar as consultas, prestando atenção no
tempo de duração e não permitindo que se estenda desnecessariamente, evitando também
que o consulente se repita ou queira consultar por outras pessoas que não estão presentes.
Precisam ter o discernimento para entender a diferença entre – por exemplo – uma mãe que
vai ao Terreiro consultar uma Entidade sobre um problema que na realidade é de seu filho,
daquela pessoa que após falar exaustivamente de seus problemas ainda quer que a Entidade
resolva ou responda as perguntas encomendadas pelo vizinho, pela amiga ou pela comadre.

18 – Os Cambonos(es) não podem opinar nas consultas, a não ser que sejam solicitados,
buscando prestar atenção para poder repetir os ensinamentos das Entidades para
esclarecimento do consulente, ou para relatar qualquer situação constrangedora para a
hierarquia.

19 – Ao final das consultas a Entidade deverá “descarregar” o seu cambono e subir. (não
significa que este tenha que incorporar).

20 – Assim que a Entidade subir, os Cambonos(es) deverão apagar as velas do ponto (não
assoprar – molhar a ponta do dedo e apagar apertando o pavio) e somente ao final dos
trabalhos descarregar o ponto, procedendo desta forma:

20.1 – Com a Entidade incorporada:

Pedir licença à Entidade e solicitar orientação com relação às sobras de material utilizado.

20.2 – Sem a Entidade incorporada:

Jogar o resto da bebida sobre o ponto em forma de cruz ou cruzar o ponto com álcool ou
pinga, retirar os utensílios permanentes, lavá-los e guardar, descarregar no lixo o material
restante e por fim limpar o chão.

21 – Equívocos mais comuns ocorridos com Cambonos(es):


21.1 – Manter o chão com o ponto riscado sem descarregar.

21.2 – Cruzeiro é a Cruz das Almas nos cemitérios, não confundir com encruzilhada, que é o
cruzamento de duas ruas, que pode ser em “+” (indicada para entregas para Exus) e em “T”
indicada para entregas para Pomba-Giras.

21.3 – Sempre que houver a necessidade do consulente acender velas, explicar corretamente
onde isto deverá ser feito.Se a caso for na casa do consulente , lembrar que o mesmo deverá
ter muita atenção com o local .

21.4 – Manter as velas acesas no ponto, após a subida da Entidade.

Parágrafo 1º – Os médiuns que tem função de Cambono de Entidade, deverão permanecer


próximo ao médium de passe ao qual sirva, quando terminar sua função , se colocar no seu
lugar no momento da gira de desenvolvimento.

ARTIGO 8º – Trabalhos de Meio

1 – Os médiuns da corrente deverão atentar para uma maior concentração e atenção durante
os trabalhos de Meio ,pois nestes momentos a energia do Terreiro, da corrente e de cada
médium é essencial para que todos aqueles que procuram ajuda, possam consegui-la.

2 – Todos os “trabalhos de meio”, quando indicados pela Entidade, deverão ser informados ao
membro da hierarquia responsável, com a informação do nome do consulente, o motivo e o
material solicitado.

2.1 – Deverão ser realizados no meio do terreiro, ao final dos atendimentos das consultas do
dia, ou em momento apropriado, não devendo ser muito demorados.

3 – Os Cambonos(es) somente poderão ser “usados” nos trabalhos de meio em caso de


extrema necessidade.
3.1 – Os Cambonos(es) deverão preparar previamente todo o material necessário, deixando-o
em local de fácil acesso para a Entidade, não sendo necessário aguardar ordem da Entidade
para acender as velas, desde que o ponto já esteja riscado e pronto para o trabalho.

4 – A Entidade que estiver fazendo o trabalho será “responsável” pelos “eguns” e/ou
“trevosos” que incorporarem em conseqüência do trabalho, mas se sentir necessidade poderá
solicitar o apoio dos capitães e/ou das Entidades do Pai de Santo.

5 – Ao terminar o trabalho, a Entidade deverá orientar claramente ao consulente e ao


Cambono a destinação dos materiais utilizados e a forma, local e momento apropriado de
entrega destes.

6 – Após o término do trabalho, as velas deverão ser apagadas, o ponto descarregado ou


entregue, e o material usado destinado conforme as orientações da Entidade, efetuando a
limpeza do local.

ARTIGO 9º – Guias

1 – Cada médium deverá possuir para o seu uso pessoal durante os trabalhos um mínimo de
05 guias para auxiliar na segurança e proteção. Uma delas é a de Oxalá, a outra é
correspondente ao seu Pai/Mãe-de-cabeça, a terceira das sete linhas da umbanda, a quarta do
da entidade do dia e a quinta de exu sempre cruzada ao corpo.

2 – Nas Giras de Cigano somente serão usadas a guia de Oxalá e a guia das Sete Linhas, apenas
os médiuns que já trabalham com ciganos irão usar as guias dos mesmos.

3 – As orientações para a confecção das guias serão dadas pelo Pai de Santo, sendo banhadas
em banho de ervas das 7 linhas por 7 dias e cruzada pela Entidade chefe da Gira, exceto a guia
de esquerda, que será cruzada pelo Exu chefe da linha de esquerda em cada Gira.

4 – O material necessário para a confecção de cada uma das guias é no gosto de cada médium,
sendo autorizado pelo Pai Nenê.
Parágrafo 1º – A guia de Oxalá, será sempre a primeira adquirida.

Parágrafo 2º – Para a guia correspondente ao Pai/Mãe-de-cabeça, nas Giras de umbanda será


sempre usadas na cor da Umbanda.

Parágrafo 3º – Para a guia de esquerda, adquirir somente depois de ter a outras quatro.

Parágrafo 4º – Não usar contas do candomblé na umbanda. Pois as cores podem confundir os
ensinamentos dentro da umbanda.

Parágrafo 5º – Qualquer filho de umbanda pode usar cristal.

Parágrafo 6º – Orixás, Dias da Semana, Cor, Ervas para banhos e Sincretismo

Orixá

Exu
Oxumare

Dia da Semana

Segunda -feira

Terça-feira

Cor

Preto e vermelho

Amarelo, preto e verde escuro

Erva

Coroa de Cristo
Urtiga e Cansancão

Ramo de batata doce,mil homens ,malvia

Sincretismo

Data

Comemorativa

Iansã

quarta-feira

Amarelo

leitoso

Espada De Santa Bárbara, Folhas De Bambu, Folhas De Pessegueiro, Gerânio Vermelho, Flor De
Laranjeira, Folhas De Morango E Alfazema
Santa Bárbara

04/12

Iemanjá

Sábado

Azul claro

Hortelã, Folhas De Lágrima De Nossa Senhora (Capiá), Folhas De Rosa Branca, Boldo, Folha De
Avenca, Folha De Laranjeira, Jasmim, Alfazema, Açucena E Eucalipto

Nossa Senhora

02/02

Ogum

Terça-feira

Vermelho

Açoita Cavalo, Espada De São Jorge, Aroeira, Folhas De Romã, Samambaia, Salgueiro Chorão,
Groselha, Jabuticabeira, Limão Bravo, Losna E Mangueira

São Jorge

23/04
Oxalá

Sexta-feira

Branco

Agapanto, Boldo, Narciso, Hortelã, Erva Cidreira, Eucalipto, Alecrim Da Horta, Alevante,
Manjericão, Alfavaca, Girassol, Avenca E Manjerona

Jesus Cristo

25/12

Oxossi

Quinta-feira

Verde escuro (Mata)

Acácia Jurema, Xaxim, Samambaia Do Mato, Samambaia Nativa, Capim Limão, Funcho (Erva-
Doce), Goiabeira, Guiné, Salgueiro Chorão E Folha De Araçá

São Sebastião

20/01

Oxum

Sábado
Amarelo ouro

Ipê Amarelo, Eucalipto, Samambaia Nativa, Manjericão Miúdo, Folha De Lírio Amarelo,
Malmequer (Calêndula), Flor Amarela, Poejo, Alfavaca, Alfazema E Folha De Arnica

Nossa Senhora da Conceição

08/12

Xangô

Quarta-feira

Marrom escuro

Alevante, Hortelã, Eucalipto, Ameixeira, Ipê Amarelo, Babosa, Folhas De Café, Lírio Do Brejo,
Folha De Limoeiro, Eucalipto Limão, Folha De Parreira E Lírio Da Cachoeira

São Jerônimo

30/09

PARÁGRAFO 7º – Datas comemorativas na Umbanda

Dias dos Orixás


Data

Orixá

Sincretismo (católico)

20 Jan

Oxóssi São Sebastião

02 Fev Iemanjá Nossa Senhora (dos Navegantes)

23 Abr

Ogum São Jorge

13 Mai

Pretos Velhos

23 Jun

Santa Sara

26 Jul Nanã Buruquê

Sant`Ana

13 Agô

Xangô

São Jerônimo

22 Ago
Exus

27 Set

Erês

Cosme e Damião

30 Set Xangô

São Jerônimo

07 Nov

Ciganos

04 Dez

Iansã

Santa Bárbara

08 Dez

Oxum

Nossa Senhora da Conceição

25 Dez Oxalá

Jesus Cristo
TÍTULO III – DAS ORIENTAÇÕES ADMINISTRATIVAS

ARTIGO 10º – Cadastramento

Todos os médiuns participantes das Giras do Centro Cultural Aldeia Dos dos Orixás deverão
preencher uma ficha para cadastramento dos seus dados pessoais junto ao Terreiro.

Parágrafo 1º – É necessário para dimensionar corretamente a arrecadação das mensalidades,


em função dos custos inerentes ao funcionamento do Terreiro, tais como : Aluguel, Água, Luz,
IPTU, despesas com material de limpeza e higiene pessoal.

Parágrafo 2º – As informações constantes do cadastro do médium deverão ser alteradas e/ou


atualizadas a cada mudança nas informações anteriormente prestadas, ou anualmente para
confirmação dos dados.

ARTIGO 11º – Contribuição mensal

Todos os médiuns deverão contribuir mensalmente com um valor em reais, a ser definido pela
Direção Executiva, em conjunto com o Diretor de Terreiro, que será utilizado para o
pagamento das despesas de funcionamento (Aluguel, IPTU, energia elétrica, água e etc.) e
administrativas do Centro Cultural Aldeia dos Orixás.

Parágrafo 1º – Aqueles que não puderem arcar com este valor, deverão conversar com o Pai
de-Santo para encaminhar à Direção Executiva do Terreiro, “Solicitação de Isenção de
Contribuição Mensal”, que poderá ser parcial e/ou total, dependendo da análise dos motivos
expostos, a Direção Executiva do Terreiro.

Parágrafo 2º – É necessário buscar a conscientização de todos para a manutenção das


mensalidades em dia, uma vez que o Terreiro tem a figura jurídica de uma associação e como
tal, não deve existir a isenção das mensalidades em afastamentos, uma vez que os serviços
prestados continuam a disposição de todos e só não são utilizados por opção e/ou decisão de
ordem pessoal.
Parágrafo 3º – Por ser uma associação, o Terreiro tem que ter uma diretoria, com prazo de
mandato, eleita em assembléia geral, e só podem participar (votar e ser votados) associados
em dia com as mensalidades.

Parágrafo 4º – O acerto das mensalidades deverá ser feito IMPRETERÍVELMENTE até o dia 10
de cada mês, acompanhado de relação atualizada dos Médiuns componentes da Gira, onde
esteja claramente marcada (negrito, cor diferente) a mensalidade que está sendo repassada,
ao lado do nome de Médium. Deverá ser possível identificar qual o Médium, o valor e a qual
mês refere-se a mensalidade repassada. Portanto, o valor total repassado será igual ao valor
da mensalidade multiplicada pelo número de médiuns que pagaram.

Parágrafo 5º – Os Médiuns que estiverem em atraso nas mensalidades, a partir da 3ª


mensalidade vencida, não poderão participar das Giras, salvo com expressa autorização da
Direção Executiva do Terreiro, após análise dos motivos alegados.

Parágrafo 6º – Mensalmente, nas reuniões ordinárias da Direção Executiva serão analisadas as


ocorrências dos Parágrafos 1º e 5º e comunicadas as deliberações.

ARTIGO 12º – Materiais

Mensalmente serão solicitados materiais (velas, bebidas, etc.) para a manutenção das firmezas
do Terreiro, do Congá e do Roncó, onde estão os assentos dos Orixás, com os respectivos
Amacis, assim, todos deverão contribuir com o material pedido.

Parágrafo 1º – Como alternativa poderá ser cobrada uma taxa mensal para a aquisição dos
materiais, que não deverá ser superior a R$ 5,00 (cinco reais) por mês, para a qual não existirá
a possibilidade de isenção, uma vez tratar-se do material necessário à realização das firmezas
para manutenção do nível energético do Médium e do Terreiro.

ARTIGO 13º – Horário das Giras

1 – As Giras do Terreiro deverão iniciar sempre ás 17:00 horas e terminar até 20:00, exceto
dias de festas e Camdomble.
2 – Tendo em vista a Lei do Silêncio, que limita a emissão de poluição sonora em função do
zoneamento e da atividade, todas as Giras deverão seguir a seguinte orientação:

2.1 – após as 20:00 diminuir o volume de som (Voz, microfone e Atabaques).

2.2 – Manter a porta da frente fechada após as 20:00

2.3 – Á partir das 22:00 horas deverão ser baixados os volumes dos microfones e atabaques, e
à partir da 23:00 horas elimina-se os microfones e os atabaques só rufados (bem baixinhos).

2.4 – Á partir das 23:30 horas elimina-se totalmente o uso de Atabaques.

2.5 – Se excepcionalmente a Gira passar da meia noite, deverá ser encerrada sem canto, sem
microfones e sem atabaques, além disso, ao sair, no final dos trabalhos deve-se evitar “barulho
excessivo”.

ARTIGO 14º – Jardim dos Orixás

1 – Cada Gira deverá indicar alguns responsáveis para levantar as entregas ao meio do tereiro
(principalmente no tocante à comida – velas podem ser deixadas queimando) ao final dos
trabalhos, que consiste em recolhê-las e abrir buraco e enterrados, já as não comidas devem
ser ensacadas e colocando o saco de lixo dentro da casa de lixo ao lado do muro para coleta
pelo serviço de coleta de lixo.

2 – Uma vez por semana, sob responsabilidade de uma das Giras do Terreiro, haverá uma
limpeza completa do Jardim dos Orixás, que consiste em retirar todos os materiais, inclusive
velas, deixando o jardim sem resíduo nenhum, ensacá-los e colocar na frente do muro para
coleta pelo serviço de coleta de lixo.

3 – Tarefas a serem realizadas:


– Levantar entregas em dias normais ou dias festivos: A responsabilidade será dos
coordenadores – Pai de Santo ou capitão(ã) – das equipes de limpeza.

– Levantar entregas em obrigações (coroa): A responsabilidade será dos médiuns que fizerem
a entrega, ao final da Gira ou no mais tardar no dia seguinte.

– Todo o material levantado deverá ser acondicionado, apropriadamente, em sacos de lixo.

4 – É proibido arrancar flores, folhagens e ervas do Jardim dos Orixás, sendo passível de
sanções disciplinares.

ARTIGO 15º – Limpeza dos Roncós (Direita/Esquerda)

1 – Cada Filho de Santo é responsável pelas suas prateleiras, evitando deixar bagunçado, de tal
forma que não prejudique os outros.

2 – Reafirma-se que só podem entrar nos quartos de santo o Pai de Santo e os capitães de
Terreiro devidamente autorizados, o acesso é restrito, sendo permitido excepcionalmente
para membros da hierarquia (Pais/Mães pequenas ou capitães) quando da realização de
alguma tarefa específica.

ARTIGO 16º – Limpeza do Terreiro após as Giras

1 – Após as Giras, o Terreiro deverá ser limpo, que consiste em uma varrida na área de Gira e a
retirada de todo o lixo, inclusive papéis dos BWC, devendo ser acondicionados no sacos
plásticos e colocados em frente ao muro para posterior coleta pelo serviço de coleta de lixo.

O princípio aplicado é de que o lixo gerado na Gira deverá ser limpo pelos médiuns da própria
Gira.
Indica-se a formação de equipes de limpeza por tantos médiuns quanto sejam necessários,
com a participação de todos os médiuns da Gira, em regime de rodízio, que deverão ser
coordenadas por um membro da hierarquia também em regime de rodízio.

2 – Tarefas a serem realizadas:

Dar uma varrida geral, recolhendo todo o lixo do salão (Terreiro e Assistência), vestiários e
áreas externas, ensacando e colocando para fora , na casinha de lixo no muro de entrada do
terreiro.

Tirar o papel dos cestos dos BWC.

Na medida do possível separar as latinhas para posterior venda.

3 – Sala da Dona Sete,banheiro , cozinha e local de troca de roupas da casa 2.

4 – È de responsabilidade de todos membros da casa passível de sanção, verificar ao final das


Giras o desligamento dos equipamentos e das luzes internas e externas, registros de água e
torneiras, bem como o trancamento de todas as portas do TERREIRO.

TÍTULO IV – DO CORPO MEDIÚNICO

ARTIGO 17º – É terminantemente proibido fumar nas dependências fechadas do TERREIRO ,


permitido somente em áreas abertas préviamente destinadas para isso, em conformidade
com a legislação federal, estadual e municipal em vigência.

ARTIGO 18º – Qualidade e ética no Terreiro


1 – Mulheres ( filhas da casa )não permanecerem no terreiro de calça.

2 - Homens ( filhos da casa ) não permanceram de boné no terreiro.

Quando da entrada de novos Médiuns no Terreiro, após escolhida a Gira, este deverá pedir a
autorização para ingresso, a Entidade chefe da Gira, a qual designará um membro da
hierarquia para prestar as primeiras informações.

3 – Comportamento das Entidades/Médiuns durante as Giras

Não deverão ser utilizados termos de chulos/baixo calão/palavrões, mesmo em Giras de


esquerda não existe justificativa para isso.

Ameaças ou condicionantes aos consulentes/assistência ou outros Médiuns do tipo faça isso


porque se não o fizer acontecerá tal coisa ou para que você consiga tal coisa tem que fazer
outra, etc., NÃO DEVERÃO SER FEITAS.

4 – Liberação de Médiuns para consultas, no momento de passe da assistência.

Um dos critérios essenciais a serem utilizados será a freqüência ás Doutrinas para Médiuns de
Atendimento e Doutrinas para Médiuns Iniciantes, assim como nas Giras de Desenvolvimento
ministradas e/ou acompanhadas pelo Diretor de Terreiro.

Todas as indicações de Médiuns para atendimento de consultas passarão pela aprovação do


Pai de Santo.

5 – É terminantemente proibido a qualquer Médium convidar Médiuns de outras tereiros para


trabalhar de branco na casa.

6 – Pontos Cantados
Os pontos cantados que podem gerar alguma dubiedade de entendimento na assistência e/ou
nos Médiuns da corrente, principalmente no tocante a satanismo e relativos à permissividade
ou ofensivas ás Entidades, deverão imediatamente ser retirados do ritual.

Quando for cantado o ponto para subida das Entidades que estiverem trabalhando, todos
devem fazê-lo de imediato, exceto aqueles que o Pai de Santo autorizar a permanência para
continuidade dos trabalhos.

7 – Princípios religiosos

Reafirma-se os princípios religiosos do TERREIRO DE UMBANDA de não cobrar por passes e


trabalhos feito no momento da Gira, não realizar trabalhos que visem o mal de qualquer ser
vivo nem trabalhos que possam trazer a felicidade de alguém causando a infelicidade de outra
ou outras pessoas, bem como preservar a natureza e os sítios energéticos onde se manifestam
os Orixás da Umbanda.

8 – Vestuário

O vestuário usado nos trabalhos mediúnicos deverá ser usado exclusivamente para esse fim,
na cor branca, não transparente e não muito justo.

Homens: calça branca não transparente, camiseta ou camisa.

Mulheres: calçolão branco e não transparente e nem muito apertada, saia comprida branca,
camiseta ou camisa branca e pano de cabeça.

Nas Giras de Esquerda e nas Giras de Ciganos, será permitido o uso de roupas coloridas, desde
que autorizadas pelo Pai de Santo.

Os membros de hierarquia da casa deverá conversar com os médiuns tanto masculinos quanto
femininos com relação ao vestuário, apelando para o bom senso individual, evitando a
exposição desnecessária do corpo, o que não condiz com um templo religioso.
O mesmo vale para as vestimentas de Entidades, principalmente no tocante a decotes e
transparências e para a assistência, que notadamente durante as consultas, ao utilizarem-se
de roupas pouco indicadas para freqüência a um templo religioso acabam por expor-se
desnecessáriamente, nesse caso deverão ser cobertos com os jalecos (aventais) disponíveis
atrás do congá.

Parágrafo 1º – É proibida a troca de roupa, inclusive tirar e por saia, na área de Gira, para isso
deverão ser utilizados os vestiários e/ou BWC.

Parágrafo 2º – As sanções para o não cumprimento das orientações constantes do presente


Regimento Interno, após homologação do Diretor de Terreiro, serão aplicadas pelo Conselho
Deliberativo, e serão as seguintes:

1 – Ocorrências com Médiuns, Dirigentes e Assistência

1ª Ocorrência: Advertência

2ª Ocorrência: Suspensão da Gira

3ª Ocorrência: Expulsão do Terreiro

2 – Ocorrências Coletivas – Giras

1ª Ocorrência: Advertência espiritual.

Se for referente á limpeza do Terreiro/Jardim (Artigos 14º, 15º ou 16º), além da advertência,
haverá multa pecuniária no valor de uma mensalidade.
TÍTULO V – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

ARTIGO 19º – Quando o trabalho iniciar os Médiuns da corrente devem desligar-se dos
problemas materiais e procurar concentrar-se no trabalho que está sendo desenvolvido na
Gira, voltando os seus pensamentos apenas para coisas boas e positivas. Quando se trata de
energia espiritual, semelhante atrai semelhante.

ARTIGO 20º – Somente se deve “Bater cabeça” para a Entidade dirigente da Gira, salvo em
ocasiões especiais (visitas de Pais e Mães–de-Santo da mesma raiz), não se deve fazê-lo para
outras Entidades ou pessoas.

ARTIGO 21º – É permitido e incentivado que o Médium varie seu posicionamento físico dentro
da corrente, mudando de lugar para interagir com outros irmãos da corrente.

ARTIGO 22º – Ao final dos trabalhos, se algum Médium não estiver se sentindo bem, deve
comunicar de imediato a um dos capitães para que se providencie o seu descarrego, assim
todos deverão voltar para a suas casas em melhores condições do que chegaram.

ARTIGO 23º – Médiuns que vieram de outros terreiros, deverão confirmar o seu Orixá –
Pai/Mãe-de-cabeça, através de novo jogo de búzios nesse caso também deverá ser refeito o
Amaci. O uso de guias, faixas e pano de cabeça somente será liberado após estes
procedimentos.

ARTIGO 24º – A confecção de roupa especial para Entidade será permitida desde que com
prévia autorização do Pai de Santo e dirigente da Gira.

ARTIGO 25º – É proibido o uso de adereços em geral (capas, chapéus, cartolas, entre outros)
para os Médiuns que não dão atendimento de consultas.Só com permissão do Pai de Santo.

ARTIGO 26º – A periodicidade das reuniões ordinárias de cada instância organizativa e


deliberativa TERREIRO DE UMBANDA será a seguinte, para as quais será obrigatória a presença
dos membros da instância:
Parágrafo 1º – Conselho Deliberativo:

Realiza reuniões ordinárias a cada 90 (noventa) dias

a) Uma falta não justificada – advertência;

b) Duas faltas não justificadas – suspensão;

c) Três faltas não justificadas – perda de mandato.

Parágrafo 2º – Diretoria Executiva:

Realiza reuniões ordinárias a cada 30 (trinta) dias

a) Uma falta não justificada – advertência;

b) Duas faltas não justificadas – segunda advertência;

c) Três faltas não justificadas – terceira advertência;

d) Quatro faltas não justificadas – suspensão;

e) Cinco faltas não justificadas – perda de mandato.

Parágrafo 3º – Conselho Fiscal:

Realiza Reuniões Ordinárias a cada 180 (cento e oitenta) dias


a) Uma falta não justificada – advertência;

b) Duas faltas não justificadas – suspensão;

c) Três faltas não justificadas – perda de mandato.

Parágrafo 4º – As justificativas de ausência deverão ser encaminhadas por escrito, aceita-se a


comunicação por e-mail, à Diretoria-Administrativa do Terreiro, devidamente fundamentadas
em até 48 (quarenta e oito) horas antes da reunião ordinária imediatamente seguinte à
ausência, sob pena da falta ser considerada injustificada.

Parágrafo 5º – A aplicação das sanções estará a cargo do Conselho Deliberativo, sendo que a
suspensão ou a perda de mandato só poderá ser decidida pela reunião ordinária do Conselho
Deliberativo imediatamente seguinte à imputação da pena, ouvido o Diretor de Terreiro.

Parágrafo 6º – Cabe à Diretoria Administrativa o controle das faltas e a informação a todos os


integrantes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e Diretoria Executiva e Diretor de Terreiro da
penalidade aplicada ao conselheiro ou diretor.

Parágrafo 7º – As convocatórias para as reuniões deverão ser feitas por comunicado direto aos
integrantes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e Direção Executiva, e por comunicação aos
respectivos presidentes, admitindo-se a comunicação por e-mail.

ARTIGO 27º – O presente Regimento Interno entrará em vigor imediatamente, a partir da sua
aprovação na Assembléia Geral Ordinária realizada em XX/XX/

Asé a todos !!
Pai Nené de Oxumare...

ME AJUDEM A AJUDAR VOCÊS

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