Apostila Eletroterapia Corporal Avançada 2

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APRESENTAÇAO

Olá querida aluna, me chamo Jéssica Vilela tenho 25 anos, sou


Esteticista e Cosmetóloga, graduada em Estética e Cosmética, Pós Graduada
em Estética Funcional e Cosmetologia, entre outros cursos de capacitação na
área da estética.
Iniciei minhas atividades com estética corporal já no estágio do segundo
ano de faculdade em uma franquia, depois já no ultimo ano realizei mais um
estágio em uma clínica médica onde permaneci trabalhando por 6 anos.
Hoje tenho minha clínica estética onde trabalho com estética corporal,
fácial e micropigmentacão.
Desde o inicia a eletroterapia foi minha paixão, sempre me encantou
saber como cada equipamento funcional, o que eles fazem em cada célula do
corpo, e essa curiosidade me levou a desenvolver cada vez mais melhores
protocolos.
Sempre trabalhei em todos os meu tratamentos com a combinação de
técnicas de eletroterapia, massagens manuais e cosméticos, através de
estudos e embasamentos científicos nas aplicações corretas tenho cada vez
mais excelentes resultados.
Através de tudo o que aprendi e desenvolvi até aqui, decidi compartilhar
tudo isso com o maior número de profissionais possível neste curso online,
para juntos construirmos cada vez mais uma estética de resultados.

AVALIAÇÃO
Para definir um bom protocolo de tratamento, é necessário realizar uma
avaliação adequada do cliente. Ela deverá ser composta por: identificação,
anamnese, exame físico, testes e medidas. Para um acompanhamento
satisfatório, aconselha-se a realização de reavaliações no meio e ao final do
tratamento.
Os dados pessoais do cliente devem estar inseridos no tópico inicial de
identificação, seguidos das informações da anamnese. Deve ser iniciado com
a coleta da queixa principal e da história do quadro atual, o qual deverá conter
as características da disfunção estética abordada. Devem também incluir
hábitos alimentares, sociais (tabagismo e etilismo), assim como qualidade do
sono e prática de atividades físicas. Informações relevantes acerca de
medicações em uso, presença de estresse e alterações dos demais sistemas
corporais deverão estar inclusas para a obtenção de uma visão global do
indivíduo.
O exame físico é imprescindível para uma boa avaliação e é composto
inicialmente pela inspeção, na qual será observada a forma do corpo (androide,
ginoide) e a presença de disfunções estéticas associadas, como aspecto
celulítico, fibroedema geloide e flacidez. Para tal observação, o indivíduo
deverá se posicionar em pé. À palpação, verifica-se o trofismo da pele, a
condição muscular, presença ou ausência de rugosidade (teste de “casca de
laranja”) e a sensibilidade dolorosa (teste de preensão).
A realização de medidas e testes específicos são imprescindíveis para
uma futura comparação dos resultados do tratamento. Um método indireto para
avaliar a composição corpórea é a medida do índice de massa corporal (IMC),
calculado pela divisão do peso pela altura ao quadrado (peso/altura2).
A Tabela mostra os valores do IMC e sua classificação. Esse índice
pode não sofrer alterações após o tratamento, não significando insucesso, já
que as condutas estéticas para a gordura localizada geralmente não interferem
no peso do indivíduo, salvo quando é feita uma dieta associada.

Normas para classificação do IMC22


Classificação IMC (kg/m2)
Baixo peso < 20
Normal 20 a 25
Sobrepeso 26 a 30
Obesidade > 30

Para a realização das medidas antropométricas, pode ser necessário um


conjunto de instrumentos composto de adipômetro, lápis dermográfico e fita
métrica. Primeiramente, devem-se realizar demarcações com o lápis
dermográfico na região que será avaliada. Em seguida, realiza-se uma prega
cutânea com um pinçamento da tela subcutânea com os dedos indicador e
polegar. Após o pinçamento, o adipômetro deve ser posicionado
perpendicularmente à prega, a uma distância de aproximadamente 1 cm de
cada dedo. Deve-se soltar lentamente o gatilho do instrumento até a parada
total do ponteiro para posterior leitura. Para uma fidedignidade dos resultados,
deve-se tomar como valor final a média de três medidas subsequentes
realizadas por um mesmo avaliador.

Esse método de avaliação, quando utilizado em pontos específicos,


tornase um coadjuvante para obtenção de dados comparativos de antes e
depois do tratamento e deve ser realizado bilateralmente ou no ponto
específico a ser tratado.
As cinco áreas das pregas cutâneas medidas mais frequentemente
serão especificadas a seguir:
• Tríceps: prega vertical medida a “meio caminho” entre o processo coracoide
(ponta do ombro) e o olécrano (ponta do cotovelo)
• Suprailíaca: prega ligeiramente oblíqua, realizada na linha média axilar entre
a última costela e a crista ilíaca (medida imediatamente acima do osso do
quadril)
• Abdominal: prega vertical na medida do umbigo (5 cm também é utilizado na
prática clínica)
• Subescapular: prega oblíqua medida entre a coluna vertebral e a borda
interna da escápula, na altura do ângulo inferior da
• Coxa: prega vertical medida na linha média da coxa, entre a espinha
ilíaca anterior e o epicôndilo interno do fêmur (a dois terços da distância
entre a parte média da patela e o quadril)

As medidas das circunferências também são muito importantes para o


acompanhamento do tratamento da gordura localizada. Pontos previamente
delimitados devem ser demarcados com um lápis dermográfico e o cliente deve
ser posicionado de forma padronizada durante toda a avaliação. A medida é
realizada com uma fita milimétrica, que deve estar apoiada e ajustada na pele
do indivíduo, com o cuidado de não apertar demasiadamente a região
mensurada.
Essa padronização é importante para que a reavaliação seguinte seja
realizada da mesma forma, obtendo-se uma comparação das medidas. O ideal
é que a avaliação e as reavaliações sejam realizadas pelo mesmo terapeuta.

PERIMETRIA

• Quadris: protrusão máxima de cada quadril com os calcanhares juntos, ou


seja, na maior circunferência observada na região dos culotes.
• Coxa direita: parte superior da coxa imediatamente abaixo das nádegas ou
com uma medição de parâmetro na em uma altura da perna determinada.
• Braço (bíceps): ponto médio entre o acrômio do ombro e a prega
anterior do cotovelo
• Peito: quarta articulação esternocostal . Dica: esse ponto geralmente coincide
com a região das axilas.
• Abdome: 5 cm acima do umbigo , linha do umbigo e 5 cm abaixo do umbigo
Ressalto, também, que, na prática clínica estética, a perimetria pode ser
realizada demarcando-se um ponto de referência corporal e, a partir deste,
superior e/ou inferiormente, outros pontos serão marcados, de acordo com a
necessidade do avaliador, a fim de que sirvam como uma escala e o orientem
para uma mensuração mais precisa. É imprescindível que os mesmos pontos
sejam mensurados numa avaliação posterior para fidedignidade da
comparação.

TESTE DO QUADRIL

O teste do quadril consiste em diferenciar a adiposidade localizada dos


culotes de uma flacidez muscular glútea e é realizado da seguinte forma:

• examinador abaixar-se à frente do cliente, e este fica em pé com abdução dos


braços para frente
• pede-se, então, para o cliente contrair os glúteos de forma voluntária e
mantém por alguns segundos, até que o avaliador visualize os resultados
descritos a seguir.

Resultados:
• caso o culote desapareça durante a contração, esse cliente apresenta flacidez
muscular e não adiposidade localizada
• caso o culote permaneça durante a contração, esse cliente apresenta

TESTE DO ABDOME

• O examinador abaixa-se lateralmente ao cliente, e este fica em pé com


abdução dos braços a 90°
• Pede-se para o cliente contrair o abdome e mantê-lo contraído sem
elevar os ombros e o tórax.
Resultados:
• Caso o abdome tanto superior como inferior desaparecerem, imaginando-se
uma linha vertical, o cliente apresenta uma disfunção estética relacionada à
flacidez muscular abdominal
• Se o abdome ainda apresentar protusão, o cliente apresenta adiposidade
localizada abdominal.

BIOIMPEDÂNCIA

A oposição à passagem de uma pequena corrente elétrica (impedância)


ao longo dos tecidos do corpo é o princípio do exame de bioimpedância para
avaliação da composição corporal. Sabe-se que a corrente elétrica é melhor
pelos íons contidos nos fluidos. A partir desse princípio, é possível determinar a
quantidade de água corporal, que é a percentagem de fluidos no corpo e
geralmente é indicada em porcentagem.

FOTOS

A fotodocumentação é um recurso que deve ser muito bem utilizado


pelos profissionais da saúde estética. Ela serve como método de comprovação
da eficácia de um tratamento, protocolo ou mesmo de um produto.
Para garantir uma boa qualidade para as fotografias é necessário seguir
algumas dicas de fotodocumentação, que são imprescindíveis:
Primeiramente, é importante ter um termo de autorização de uso de
imagem que o paciente deverá assinar, permitindo a utilização das fotografias.
É importante trabalhar dentro da estética legal.
Pode-se usar câmeras de celulares, máquinas fotográficas digitais ou
câmeras profissionais e semiprofissionais. É importante sempre utilizar o
mesmo aparelho.
Para padronização é necessário ter um local fixo onde irá tirar as fotos,
cuidando para que tenha uma boa luminosidade (a foto não pode ficar muito
clara ou escura).

Para ajudar no posicionamento do paciente, tenha uma plataforma ou


marcações no piso, que indiquem a postura que o cliente deve permanecer.
O paciente deverá ficar com os braços erguidos na altura do ombro nas
posições, frontal, lateral direito, posterior lateral esquerdo

ELETROTERAPIA

Chegou o momento de você aprender a utilizar a eletroterapia como


importante recurso nos tratamentos estéticos corporais. A associação dos
equipamentos às técnicas manuais que você já aprendeu com certeza vai
incrementar os tratamentos e propiciar resultados mais rápidos e eficazes.

Entendendo eletroterapia

Em 1780 um pesquisador chamado Luigi Galvani propôs uma teoria na


qual o corpo humano possui uma energia elétrica que o diferencia dos corpos
sem vida (Robertson et al, 2009,p.1). A partir de então inúmeros estudos
mostraram que nosso corpo funciona através de impulsos elétricos transmitidos
através do sistema nervoso central.
É sabido que a eletricidade está de alguma forma envolvida com todas
as funções e atividades do corpo humano. Encontramos na literatura diversos
relatos do uso terapêutico das correntes elétricas na Grécia, em Roma e
também na Medicina Oriental.
Podemos então dizer que eletroterapia é o tratamento terapêutico
através da utilização de correntes elétricas ou de equipamentos elétricos. Da
mesma forma, na estética cresce a cada dia a diversificação de recursos
eletroterapêuticos com a proposta de sofisticar cada vez mais os tratamentos
estéticos para celulite, flacidez, gordura localizada, estrias e todas as
alterações inestéticas que incomodam as pessoas.
Estamos vivenciando o surgimento constante de novos equipamentos,
todos com alta tecnologia e propostas de tratamento cada vez mais avançadas,
fazendo crescer mais e mais a busca pelas clínicas de estética.

ANATOMIA E FISIOLOGIA

EPIDERME

A epiderme, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado,


amolda-se perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de
espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mão e
planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea.
O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas
denominadas de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das
células, textura, composição e posição. Essas camadas são de superficial para
profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e
estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células que contém uma
proteína fibrosa, a queratina.
A coloração da pele se deve aos pigmentos nas células da epiderme.
Este pigmento é mais distinto nas células da camada basal. O pigmento
(melanina) consiste em grânulos muito pequenos, marrom-escuro ou pretos,
intimamente agrupados, dentro das células.
DERME

A derme é rija, flexível e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do


corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas
pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada.
Neste sentido a pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade
variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a
outra superficial ou papilar.
A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto
sobretudo de feixes colágenos. As células desta camada são principalmente
fibroblastos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se
glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do pelo e pequenos acúmulos de
células.
TECIDO ADIPOSO (GORDURA LOCALIZADA)

O tecido adiposo conhecido também como gordura, apresenta


metabolismo dinâmico e constitui como o principal local de armazenamento de
energia, que será liberado de acordo com as necessidades do organismo. Atua
na reserva de energia, síntese de uma série de hormônios que regulam a
homeostase metabólica, apresentando crucial importância endócrina.
As células adiposa se encontram-se distribuídas por todo o corpo,
estando localizadas, em maior quantidade, nos tecido subcutâneos (50%), em
torno dos órgãos internos na cavidade abdominal (45%) e em menos
quantidade no tecido instramuscular (5%). (Tassinary 2019)
De acordo com o padrão de distribuição de gordura corporal, o acúmulo
de gordura pode ser tipo Androide ou Ginóide. No tipo Androide (maçã), a
gordura se acumula na região abdominal, sendo mais comum em homens.
Ainda neste sentido, existe o tipo Ginóide (pêra), onde ocorre um acúmulo de
gordura principalmente nas coxas e quadril, sendo mais prevalente em
mulheres. Essas diferenças se devem aos hormônios sexuais.
Há três tipos de tecido adiposo que se diferenciam pela sua estrutura,
localização e função. São eles: tecido adiposo branco, tecido adiposo marrom e
tecido adiposo bege.

Tecido adiposo branco ou unilocular

O tecido adiposo branco é especializado no armazenamento de energia


em forma de ácidos graxos, e na liberação de energia durante períodos de
jejum ou maior demanda energética. Caracteriza-se por apresentar uma única
gota lipídica, que ocupa todo o citoplasma do adipócito. Podem varias seu
tamanho de acordo com a quantidade de triacilglicerol armazenada, com forma
esférica e cor entre branco e amarelo.
Este tecido é responsável pela secreção de uma variedade de proteínas
sinalizadoras, chamadas de adipocinas (leptina, adiponectina e risistina), as
quais atuam na regulação de vários processos como o apetite, balanço
energético, a sensibilidade à insulina, a angiogênese e o metabolismo de
lipídios.
Tecido adiposo marrom, multilocular ou pardo

Diferente da célula adiposa branca, seu núcleo concentra várias gotas


lipídicas no citoplasma. A coloração se deve a abundante vascularização e às
inúmeras mitocôndrias. É um tecido especializado na distribuição de calor, e
ocorre de forma abundante nos recém-nascidos, recentes testes de imagens
detectaram sua presenta também em adultos em uma menor quantidade.
Grande importância tem sido dada às propriedades de queima calórica,
uma vez que suas células convertem a energia em calor, ao em ves de
armazená-las em forma de gordura.

Tecido adiposo bege

Em estudos recentes, verificasse que o tecido adiposo é muito mais


dinâmico do que se acreditava, principalmente após a descoberta da uma
terceira célula de adipócitos, aos quais foram denominados de bege.
Os adipócitos bege multiloculares possuem capacidade termogênica e se
originam de adipócitos do tecido adiposo branco em resposta ao frio e a outros
estímulos.
A utilização clínica da indução dos adipócitos bege ainda depende da
necessidade da avaliação, de seus efeitos terapêuticos e de maior
compreensão do seu processo de origem e diferenciação.

Hipertrofia dos adipócitos

Quando um indivíduo ganha peso, ocorre uma expansão do adipócito


devido aos armazenamento de tiacilglicerol (TAG). Esse processo é chamado
de hipertrofia pelo aumento do volume da célula. Por sua vez, quando esse
limite é ultrapassado e ainda há necessidade de armazenamento de TAG, os
pré-adipócitos são induzidos a se diferenciar em adipócitos por um processo
chamado de adipogênese. Este aumento na quantidade de células é chamado
de hiperplasia.
Lipogênese

A lipogênese é um conjunto de processos metabólicos responsáveis


pela síntese e armazenamento de TAGs, principalmente no tecido adiposo.
Esse processo é regulado por uma série de fatores que incluem tanto
elementos nutricionais e hormonais quanto genéticos.
Agora vamos descrever de forma detalhada como acontece o acúmulo
de gordura nas células. O processo de síntese de TAG necessita de glicerol-3-
P oriunda de três fontes metabólicas.
Após a ingestão de alimentos, ocorre o aumento da insulina no sangue,
ativando a lipogênese. A insulina, além de induzir a síntese da lipogênese
lipase (LPL), aumenta a entrada de glicose no adipócito, estimulando seu
metabolismo a produzir glicerol-3-P.
O aumento da insulina após a alimentação estimula a lipoproteína lipase
(LPL) a converter ácidos graxos (AG) em quilimícrons (transportador de AG) e
das lipoproteínas de densidade muito baixas em ácidos graxos livres (AGL).
Após, os AGL são transportados para dentro do adipócito pelas proteínas
transportadoras de AG (FATP e CD36).
No citosol a FABP conduz os AGs para serem acilados com a coenzima
A. Deste modo, a acilCoA é eterificada com glicerol-3-P, formando os
triglicerídeos que são armazenados no vacúolo lipídico. No adipócito, a insulina
estimula a síntese de LPL, bem como estimula a absorção e a conversão de
glicose em glicerol-3-P.

Lipólise

A lipólise por sua vez é conhecida na estética pelo termo queima de


gordura, mas vamos falar agora de cada detalhe do seu processo.
Ela é ativada naturalmente quando há déficit de energia, como, por
exemplo durante atividade física ou jejum. Desta forma, os TAG armazenados
no adipócito são hidrolisados, liberando AGL e glicerol para a corrente
sanguínea, com o intuito de fornecer energia aos tecidos periféricos. A lipólise
é regulada por uma série de hormônios, incluindo as catecolaminas,
(noradrenalina e adrenalina), a grelina, o hormônio do crescimento, a
testosterona, a cortisol e as citocinas.
Este processo é desencadeado quando ocorre uma concentração baixa
da glicose .A reserva de triglicerídeos é utilizada para produzir AGL e glicerol, a
baixa concentração de glicose estimula a síntese de hormônios catabólicos que
estimulam a síntese lipases: lipase de triacilglicerol (TAG), hormônio lipase
sensível (HSL) e lipase de monoglicerídeos (MGL). As lipases hidrolisam os
triglicerídeos produzindo AGL para a circulação, pela qual serão transportados
até os órgãos-alvo a serem oxidados para produzir energia. Da mesma forma,
o glicerol derivado da lipólise é liberado para a circulação para ser usado pelo
fígado como fonte de carbono.

Necrose

A necrose é um tipo de morte celular desencadeada por um trauma ou


dano celular agudo. Algumas condições fisiológicas naturais desencadeiam
essa reação como: hipóxia, isquemia, hipoglicemia, falta de nutrientes,
exposição a toxinas e mudanças de extrema temperatura.
No processo de necrose, o citoplasma fica mais translúcido, as
organelas aumentam de volume, a cromatina é irregularmente condensada e a
célula aumenta de tamanho, culminando em ruptura da membrana plasmática.
Neste processo, o conteúdo celular é liberado e os detritos das células
necróticas se acumulam, ocasionando inflamação.

Apoptose

A apoptose é um tipo de morte celular programada com a função de


manter a homeostase do organismo através de um balanço e proliferação e
morte celular.
As células apoptóticas perdem a aderência à matriz extracelular, ocorre
a fragmentação nuclear e a membrana celular forma prolongamentos
chamados bolhas, que se desprendem da membrana formando os corpos
apoptóticos. A sua remoção é realizada pelos macrófagos.
FIBRO EDEMA GELÓIDE (CELULITE)

A celulite também denominada de fibro edema geloide, é uma disfunção


estética que acomete grande parte do público feminino. Os hormônios
femininos contribuem para esse aumento a partir da puberdade, e que altera o
aspecto da pele dando-lhe aparência de casca de laranja. Nesse caso , o
estrogênio estimula a lipogênese e inibe a lipólise, promovendo hiperplasia do
adipócito.
De acordo com a literatura, a celulite é um fenômeno de origem
fisiológica como a arquitetura do tecido conjuntivo, ação do estrogênio, idade e
alterações hormonais. Ela pode gerar modificações fisiológicas e estruturais do
sistema tegumentar, não impactando apenas esteticamente, mas também na
qualidade de vida das clientes, uma vez que ocorre diminuição de circulação no
local, flacidez da pele e dor.
Essas modificações podem ser agravadas quando associadas a quadros
de desequilíbrio hormonal, obesidade, tabagismo, sedentarismo, dieta não
balanceada e estresse.
A nomenclatura fibroedemageloide está relacionada a uma infiltração
edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, de característica não inflamatória,
seguida de polimerização (endurecimento) da substância fundamental amorfa
presente no espaço intersticial da derme. Esse edema se infiltra no tecido
conjuntivo e produz uma reação fibrótica consecutiva. Sendo assim, podem ser
encontrados a fibrose e o edema que acometem o tecido conjuntivo. As
nádegas, as coxas e o abdome são regiões predominantemente acometidas,
mas pode manifestar-se em outras partes do corpo.
Considerando as alterações vasculares, o processo fisiopatológico
começa com o aumento da quantidade do volume dos adipócitos, causando o
espessamento das fibras de colágeno. Como consequência, ocorre diminuição
tanto da circulação quanto da drenagem do tecido. Os vasos linfáticos sofre um
processo de compressão, ocasionando um acúmulo de líquido no tecido
conjuntivo e aumentando a pressão no local, levando à congestão e fenômenos
de bloqueio. O mau funcionamento do sistema circulatório e as transformações
consecutivas do tecido conjuntivo culminam em um tecido mal oxigenado,
subnutrido, desorganizado e sem elasticidade.
Embora não exista um consenso na literatura sobre a presença ou não
de inflamação, leva-se em consideração um estudo realizado onde
identificaram, nas mulheres com celulite, a presença de macrófagos e linfócitos
nos septos fibrosos.
Neste sentido a FEG afeta a derme e o devido adiposo subcutâneo,
levando além da formação de nódulos de fibrose, a alterações vasculares e
depressão na pele.

Classificação

Na avaliação, procuramos identificar alterações no relevo, coloração e


flacidez, presença de disfunções circulatórias, dor à palpação, aumento no
volume do tecido adiposo e deformação na pele por aderências.
No teste realizado, o profissional deve pressionar o tecido entre o
polegar e indicador, ou solicitar a cliente que realize a contração muscular de
forma voluntária. A aparência auxilia na classificação dos graus de FEG,
quanto mais evidente o aspecto, maior o grau. É importante avaliar também a
presença de nódulos.

• Grau I: aspecto de casca de laranja é percebido somente pela


compressão do tecido
• Grau II: As depressões são visíveis mesmo sem compressão e se
agrava após a compressão. Pode ocorres diminuição da temperatura.
• Grau III: A pele apresenta-se com o aspecto de casca de laranja em
qualquer posição. Pode existir a presença de nódulos palpáveis e
dolorosos.
• Grau IV: O aspecto de casca de laranja também é observado em
qualquer posição, a pele apresenta-se flácida e com pouco tônus
muscular. Representa a evolução do grau III, além do aumento da
presença de fibrose.

• Dura: Afeta principalmente indivíduos jovens, ativos fisicamente e com


músculos definidos. Identifica-se nas zonas endurecidas e regiões com
pouca vascularização, pele seca e rugosa.
• Flácida: normalmente em indivíduos com mais de 30 anos que perderam
peso sem atividade muscular associada, sedentários e massa muscular
pouco desenvolvida.
• Edematosa: mulheres de qualquer faixa etária ou peso, com
desequilíbrio circulatório que possam gerar edema e que são usuárias
de anticoncepcionais à base de hormônios. Apresenta edema à pressão
digital.
• Mista: é encontrada em diferentes partes do corpo e representa as
variações dos tipos já apresentados.

O tratamento de celulite é tão controverso quanto sua fisiopatologia,


deste modo, elencamos os recursos mais utilizados, com melhores níveis de
evidências científicas para se obter o melhor resultado possível. Por se tratar
de uma disfunção multifatoriais, muitas vezes uma região pode estar acometida
por graus diferentes que de sobrepõe, o que leva a terapeuta a escolher
diversas técnicas em um mesmo programa terapêutico, cada uma com seus
objetivos.

FLACIDEZ

A flacidez cutânea está associada basicamente à perda gradativa de


elementos importantes da constituição do tecido conjuntivo como elastina, os
fibroblastos e, por consequência, o colágeno, o que resulta na diminuição da
firmeza entre as células, ´´afrouxado´´ a pele, ou ainda, tracionando a estrutura
acima da sua capacidade resistiva.
É o resultado de causas intrínsecas, como o envelhecimento e
extrínsecas, como um processo excessivo de emagrecimento, gestação, sol,
má alimentação e até tabagismo.
O tecido conjuntivo é formado é formado por várias células e, dentre
elas, os fibroblastos, células responsáveis pela formação de fibras e do
material intercelular amorfo, ou seja, que sintetiza colágeno e fibras elásticas.
Portanto, a diminuição do número de fibroblastos ocasiona uma menor
reprodução de colágeno e desorganização dos já existentes.
A avaliação é feita pela inspeção visual, pois o tecido apresenta dobras
e vincos. É por meio de pinçamento que se pode perceber a diminuição da
tensão e consistência do tecido dérmico, deve-se tomas cuidado para não se
confundir com flacidez muscular.
Essa afecção pode ser tratada com equipamentos, como radiofrequência
e criofrequência para estímulo de colágeno.

ULTRASSOM

O aparelho de ultrassom ainda hoje continua sendo um dos mais


importantes e indispensáveis na clínica de estética para atender aos
tratamentos corporais. Existem atualmente inúmeros estudos a respeito do uso
do ultrassom, até agora não existe um consenso entre os diversos autores
sobre sua forma e parâmetros de utilização, mas todos, sem exceção,
concordam com seus efeitos benéficos.
Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano. As ondas
sonoras são compreendidas em frequências entre 20 HZ e 20.000 Hz (Borges,
2010). As ondas sonoras que se encontram na faixa de frequência acima de
20.000 Hz (ou20 KHz) não são audíveis ao ouvido humano e são chamadas de
ultrassom. Essas ondas, na faixa de frequência entre 0,7 MHz e 3 MHz têm
sido utilizadas na medicina com finalidade terapêutica.
O aparelho de ultrassom utilizado na estética consiste de um gerador de
corrente elétrica de alta frequência. Ou seja, quando você liga o aparelho ele
produz uma corrente elétrica de alta frequência. Conectado ao aparelho existe
um cabeçote dentro do qual temos um pequeno cristal cerâmico, que recebe a
corrente elétrica gerada pelo aparelho. A ação da corrente vai fazer o cristal se
comprimir e expandir, produzindo ondas sonoras de alta frequência. Esse efeito
de oscilação do cristal recebe o nome de efeito piezoelétrico. Esse cabeçote
que contém o cristal vibrando vai estar em contato com a pele do cliente e as
ondas ultrassônicas produzidas pelo cristal irão penetrar no tecido produzindo
calor internamente. Para que haja condução da onda é necessária a utilização
de gel, que é um condutor veiculado em base água, para aplicar o ultrassom
em seu cliente. O profissional de estética trabalha com o equipamento de
ultrassom na frequência de 3 MHz.
Para os tratamentos de gordura localizada e celulite, estudos mostram
que seus efeitos podem estar associados à indução da mobilização da gordura
por meio do aumento da secreção norepinefrina dos nervos simpáticos no
tecido adiposo branco, uma vez que já está descrito na literatura que epinefrina
e norepinefrita estimulam a lipólise.
Além da lipólise, pode ser indicado nos tratamentos de celulite por
apresentar efeitos positivos na inflamação e na regeneração tecidual aplicado
em modo pulsado entre 5% e 10%.
As ondas sonoras promovem a mudanças conformacionais das
proteínas, geram diminuição de edema e estimulam vias de transdução de
sinal, acelerando inicialmente a fibrinólise, estimulando fatores, aumentando a
angiogênese (formação de novos vasos), a capacidade de resposta dos
macrófagos, a adesão de leucócitos. Além disso, quando programada para
trazer respostas térmicas (modo contínuo), o ultrassom tem capacidade de
estimular o alinhamento e organização de fibras de colágeno.
O aparelho de ultrassom pode funcionar de forma contínua ou pulsada.
Vamos ver como isso acontece:
• Forma contínua – a emissão de ondas se dá de maneira ininterrupta,
ocorrendo acúmulo de calor no tecido. Essa forma de trabalho é utilizada
quando se deseja “amolecer” estruturas como nódulos de celulite ou fibroses
pós cirúrgicas. Nessa forma a ação mecânica do impacto das ondas sobres as
moléculas também é contínua.

• Forma pulsada – a emissão de ondas sofre interrupções e entre um pulso e


outro o calor se dissipa. Alguns autores consideram essa forma atérmica, ou
seja, sem calor. Na forma pulsada a 5% o ultrassom pode trabalha flacidez
tissular, a 10% regeneração e 20% trabalha a lipólise de células de gordura nos
tratamentos de gordura localizada e celulite.
Fonoforese

Quando utilizamos um gel com princípios ativos, na aplicação do


ultrassom passa a ser uma modalidade denominada fonoforese ou sonoforese.
Consiste na penetração de substâncias ativas farmacológicas ou
cosmetológica, através da pele.
Deste modo, o ultrassom aumenta a permeabilidade da membrana
celular, facilitando a entrada de ativos. Pode ser utilizado de modo contínuo ou
pulsado. Estudos mostram que para essa pratica a indicação é 1 W/cm2, para
que desta maneira não desative as enzimas, tornando ineficaz o tratamento.
Indicação: gel com cafeína a 5% ou rutina 3% para inflamação (manipulado)

APLICAÇÃO

Segundo Borges (2010, p.55), e Guirro (2010, p.188), o ultrassom de


3Mhz utilizado pelo profissional de estética deve ser aplicado na intensidade
que varia entre 0,01 e 2,0 W/cm2 . Embora a maioria dos aparelhos apresente
a possibilidade de trabalhar na intensidade até 3W/cm2 , essa utilização não é
recomendada uma vez que a quantidade de energia concentrada na região
seria muito alta e poderia causar danos ao tecido.
Com relação à forma de pulso, contínua ou pulsada, como já dissemos
anteriormente, na forma contínua ocorre maior geração de calor. Assim, se
você estiver trabalhando nas regiões de glúteos, coxas e culote, que
apresentem celulite, principalmente com nódulos, a forma contínua é indicada
para que se obtenha o resultado de dissolver os nódulos e fibroses que se
formarem na matriz extracelular, diminuindo sua densidade e facilitando a
drenagem. Para os casos de celulite inflamatória o indicado é utilizar pulsado a
5% com 1,5W/cm2 no início do tratamento, até que esse quadro melhore e
possa trabalhar com outras terapêuticas.
A intensidades usual mais indicada é de 1,5W/cm2 , durante um tempo
de 2 a 5 minutos em cada quadrante (quadrante é o tamanho do cabeçote do
equipamento, deve-se verificar a indicação de W/cm2 do seu equipamento para
calcular o tempo a ser tratado em uma área X cm).
Na região abdominal, principalmente quando o cliente tiver uma
quantidade muito pequena de tecido adiposo, recomendamos utilizar a forma
pulsada entre 10-20% (estimula lipólise), onde a emissão de calor é menor e o
risco de lesões no tecido também diminui.
Nos tratamentos pós cirúrgicos imediatos, onde a presença de calor não
é interessante para não aumentar a vasodilatação e o edema, recomenda-se
trabalhar na forma pulsada, na intensidade de 0,5 W/cm2 .
Não existe um consenso em os autores em relação ao número de
sessões o usual é entre 10 e 20, elas devem ser realizadas entre 2 e 3 vezes
na semana.

Indicações

• Celulite
• Fibroses pós cirúrgicas
• Tratamentos pós cirúrgicos (processos de cicatrização)
• Gordura Localizada
• Fonoforese (permeação de ativos)

Contraindicações

• Neoplasias
• Gestantes
• Região cardíaca
• Região de globo ocular
• Presença de próteses e implantes metálicos na região de aplicação
• Processos infecciosos
• Sobre tromboses e varizes
• Sobre testículos e ovários

Essas contraindicações são consideradas absolutas. Existem casos em


que a aplicação não é totalmente contraindicada, mas requer cuidados e
atenção especiais. Para esses casos recomendamos solicitar autorização
médica por escrito, que deverá ficar anexada à ficha de anamnese do cliente.
Seriam as contraindicações relativas:

• Insuficiência cardíaca
• Insuficiência renal
• Diabetes descompensada
• Hipertensão descompensada

TERAPIA COMBINADA (ULTRASSOM COM CORRENTE ELÉTRICA)

O ultrassom conforme descrito acima é um potente no combate da


adiposidade localizada. A terapia combinada combina a utilização do ultrassom
com corrente elétrica utilizando um único cabeçote. Além dos mecanismos já
descritos da redução do tecido adiposo pelos efeitos térmicos no tecido, ocorre
também aumento do metabolismo local.
A associação de correntes terapêuticas pressupõe que ela tem a
capacidade de incrementar ainda mais a hemodinâmica da circulação dos
tecidos, baseando-se na contração muscular aumentando a pressão do
compartimento e comprimindo os vasos linfáticos e sanguíneo.
Ainda neste sentido existe a investigação de que a corrente pode influenciar
positivamente a atividade do músculo liso linfático.
Por fim, o mecanismo de ação se baseia na ligação dos
neurotransmissores com receptores adrenérgicos na membrana dos adipócitos.
Via ativação da enzima lipase sensível ele dispara uma cascata de sinalização
intracelular, que culminam na clivagem dos triglicerídeos armazenados,
produzindo ácido graxo livre e glicerol, com sua posterior liberação.

ULTRACAVITAÇÃO

O aparelho de ultracavitação é um recurso semelhante ao ultrassom


convencional. Entretanto, apresenta frequências específicas que têm a
capacidade de se relacionar diretamente com o tecido adiposo a partir do
fenômeno ressonância.
Segundo a literatura, a ultracavitação é um fenômeno baseado em
ondas sonoras com frequências entre 28 e 80 kHz. Essas ondas tem a
capacidade de produzir microbolhas de gás ou vapor. Por consequência essas
microbolhas sofrerão rompimento e , por estarem próximas do adipócito, farão
com que ocorra a ruptura da sua membrana promovendo extravasamento do
triacilglicerol, este fica disperso no espaço intersticial. A partir dai, ocorre um
estímulo da adipocinas ou citocinas com aumento da pressão do fator de
necrose tumoral alfa (TNF-alfa), que induz a chegada de macrófagos na área
para a fagocitose local, ajudando a desencadear uma cascata lipolítica,
promovendo assim a liquefação de triglicerídeos por meio de lipases
endógenas.
Esse conteúdo lipídico é então transportado por macrófagos para o
fígado, onde é processado de modo semelhante ao dos AG oriundos da dieta.
Durante o tratamento o paciente deve ser orientado a prática de exercícios
físicos para estimular a lipólise e evitar sua reabsorção para o tecido adiposo.
O método de aplicação varia de acordo com o tipo de equipamento a ser
utilizado, a região a ser tratada e também a espessura da gordura subcutânea

CRIOLIPÓLISE

A criolipólise é uma das tecnologias mais recentes para o tratamento de


gordura localizada no mercado. Seus efeitos iniciais tiveram como pressuposto
episódios de paniculite, à partir dos quais pode-se compreender que tecidos
ricos em lipídeos são muito suscetíveis a lesões pelo frio do que tecidos com
alta concentração de água.
A técnica em si consiste em um resfriamento seletivo do tecido adiposo
subcutâneo de forma não invasiva, com temperaturas em torno de – 5C e –
15C, causando paniculite fria localizada, morte adipocitária por apoptose e ,
consequentemente, diminuição do contingente adiposo subcutâneo localizado.
O dispositivo de criolipólise utilizado atualmente, basicamente é um
aplicador (manopla) em forma de ´´copo´´, que utiliza um vácuo controlado para
puxar a ´´prega´´ (que deve conter no mínimo 2 cm), composta de pele e
gordura, para dentro do aplicador, posicionando-a entre duas placas de
resfriamento que executam extração do calor. Isso vai proporcionar uma
intensa diminuição da temperatura, induzindo os adipócitos aoptótica.
Vale ressaltar a importância da manta anticongelante sobre a pele antes
de realizar a sucção da prega, ela também deve contem tamanho adequado
para a região e não ´´entrar´´ totalmente no manípulo, ou seja, precisa ter
sobras quando a pele for sugada. Ela protege a pele do contato com o frio
intenso e evita danos como queimadura de pele. Essas mantas devem ser de
boa qualidade, com registro de ANVISA , não reutilizadas para outras regiões.
Este procedimento é indicado para tratar gordura localizada, portanto,
não é adequado para pessoas que possuam um grande volume de gordura,
gordura visceral ou flacidez (este sendo uma contraindicação).
Vale ressaltar que algumas células não são removidas logo após o
processo e continua no local às vezes por longo período (até 120 dias). De
maneira geral, a apoptose se caracteriza por ser um fenômeno que acontece
de forma relativamente rápida: após o estímulo, a célula evolui com a retração
que causa perda da aderência com a matriz extracelular. As organelas
intracelulares mantêm a sua morfologia, com exceção, em alguns casos, da
mitocôndria que pode apresentar uma ruptura na sua membrana externa. A
cromatina presente no núcleo sofre condensação e se concentra junto à
membrana nuclear, que se mantém intacta. Em seguida, a membrana celular
forma prolongamentos e o núcleo se desintegra em fragmentos.
É então desencadeada uma resposta inflamatória natural para remoção
dos corpos apoptóticos, sendo estes fagocitados (englobados e digerido por
enzimas) por macrófagos removedores.
De acordo com estudos, a lesão inflamatória é observada à partir do
segundo dia. Com a evolução do processo, com uma semana há uma
paniculite intensa com seu pico em 14 dias, tornando fagocitária e consistente
até o dia 30. Depois desse período o processo inflamatória se reduz, mas
atividade fagocitária continua, permitindo, a partir daí, que os resultados
clínicos comecem a ficar mais evidentes. A partir dai a inflamação diminui a
intensidade, permanecendo com resposta semelhante durante 60 a 120 dias.
Não há uma padronização em relação ao modelo dos equipamentos e
aplicadores, o profissional deve se atentar ao tamanho e região da área tratada
para um bom acoplamento e avaliar a temperatura a ser utilizada. A sucção
não precisa necessariamente ser forte, o importante é sugar toda a prega pra
dentro da manopla e manter ela de certa forma presa, após a sucção pode-se
diminuir a pressão para evitar desconforto e lesão a pele.
Após a sucção inicia-se então o resfriamento, a cliente pode sentir um
desconforto nos primeiros minutos, após cerca de 2-5 minuto o gelo causa uma
analgesia e essa sensação diminui. De acordo com estudos o tempo de
aplicação é de 60 minutos por região.
Não há uma regra específica sobre o número exato de sessões
necessária para se obter um bom resultado, estudos mostram uma diminuição
de até 25% de adipócitos da região. Vale lembrar que uma segunda sessão só
deve ser aplicada na mesma região após o período de diminuição da
inflamação e resultado final (pelo menos 2 meses)

Exemplo: eu trabalho muitos anos com a criolipólise Asgard, nela utilizo


30% da potência de sucção da prega e em seguida mantenho apenas em 10%
para que fique presa e mantenha a sucção, aliviando o desconforto e possíveis
lesões (equipamentos em KPA o usual é em tono de 80 a 100, também
diminuindo a pressão após a sucção), com o tempo de 50 minutos. As
temperaturas deste equipamento chegam ate -15C, em minha prática em peles
mais firmes como região abdominal, utilizo entre -7C e -10C. Para regiões com
pele mais fina e delicado, como braços e interno de coxa a temperatura usual é
de no máximo -5C. Lembrando que encontramos diversas formas de aplicação
na literatura, esta é apenas minha experiência que aprendi de maneira segura
e eficaz.

Reperfusão

Durante 6 anos trabalhei com criolipólise e utilizei a técnica de


reperfusão após o procedimento. Este se caracteriza pelo restabelecimento do
sangue numa área anteriormente isquêmica.
Segundo estudos, a restauração de sangue oxigenado na área antes
resfriada pela criolipólise é tida como um fenômeno capaz de produzir uma
matriz de radicais livres de oxigênio, que pode potencialmente desencadear a
perda de tecido adiposo.
Ainda neste sentido, segundo alguns autores, o uso de manobras de
massagem, e radiofrequência imediata é capaz de estimular reperfusão e
potencializar resultados.

Metabolização da gordura
Até o momento não existe na literatura um esclarecimento exato da
situação, por isso baseamo-nos em conceitos fisiológicos acerca de
macrófagos a fim de justificar como esse mecanismo ocorre.
Com base em diversos autores, entende-se que a gordura contida nos
corpos apoptóticos são fagocitadas pelo macrófago e retorna para os
adipócitos remanescentes, tanto no local do tratamento quanto em outras áreas
do corpo, desde que não haja consumo calórico por dietas e atividades físicas.

Contraindicação

• Hérnia no local da aplicação


• Lesões na região
• Pouca Gordura
• Crioglobulinemia
• Lúpus
• Alteração de sensibilidade
• Feridas abertas
• Cirurgia recente
• Diabetes
• Uso de anticoagulante e anti-inflamatório
• Trombofilia
• Varizes no local
• Excesso de peso
RADIOFREQUÊNCIA

A radiofrequência consiste em uma técnica de feito de conversão em


calor ao ser absorvida pelos tecidos biológicos. Sendo mais específico, esse
aparelho convencionalmente pode ser descrito como um emissor de onda
eletromagnética que gerar calor por conversão, compreendido entre 30 kHz e
300 MHz. É importante frisar que a frequência da onda é inversamente
proporcional à sua profundidade
Atualmente, existe uma enorme variedade de aparelhos no mercado,
entre eles na área da estética as mais comuns são:
Capacitiva: a manopla possui uma camada isolante no eletrodo, como
material plástico, tornando o equipamento menos intenso.
Resistiva: a manopla não possui nenhum material isolante, aumentando
a intensidade do equipamento
Os aparelhos também se diferem ao tipo de manoplas e número de
polos que as constituem.
Monopolar: apenas um polo e uma placa para fechar o circuito, tendo
maior ação nos tecidos mais profundos com tratamento de gordura localizada.
Bipolar: uma manopla de dois polos, neste caso o circuito fecha de um
lado para o outro, seu uso mais frequente é em alterações superficiais como
tratamento de flacidez tissular e estrias.
Tripolar: possui três polos ativos, sendo que uma energia transmitida é
heterogênia, já que um dos polos se concentra em maior escala. Utilizado
também em tratamentos de gordura localizada e celulite.
A transmissão de radiofrequência por tecidos biológicos pode produzir
uma série de respostas fisiológicas. Há três respostas possíveis:
Vibração iônica: os íons ao serem submetidos á radiofrequência,
vibram à sua frequência, gerando fricção e colisão entre os tecidos adjacentes,
além do aumento da temperatura.
Rotação das moléculas dipolares: a alta frequência faz moléculas de
água vibrarem e colidirem entre os tecidos adjacentes, gerando calor.
Distorção de moléculas: ou efeito térmico, faz com que as moléculas
de átomos eletricamente neutros, ao serem submetidos a RF, não apresentam
movimentação, o que gerará uma conversão mínima de energia elétrica.

Para o tratamento de flacidez tissular e estrias o mais indicado é a


utilização de manopla bipolar (energia mais superficial) a uma frequência média
de 2.4 Mhz, com temperaturas entre 39C e 42C na superfície aferidas por um
termômetro digital, com 3 a 4 graus Celcius interno mais elevado, deste modo
atingindo fibroblastos para uma neocolagenase.
Inicialmente promove a contração imediata do colágeno; logo em
seguida, ocorre a ativação de uma cascata de sinalização envolvendo
mediadores do processo inflamatório e de reparação/regeneração tecidual, em
resposta à leve lesão térmica promovida. Esse efeito promove a reestruturação
da pele e do tecido subcutâneo, proporcionando uma aparência mais lisa e
firme da mesma, através da deposição e remodelação do colágeno
(neocolagênese) e da elastina (neoelastogenese), tendendo a perdurar e a
incrementar o resultado ao longo dos meses.
Nos casos de diminuição adipocitária (FEG e Gordura localizada), a alta
temperatura é utilizada para causar um trauma térmico na membrana,
inutilizando o adipócito para armazenar triglicerídeos, diminuindo a quantidade
de gordura subcutânea, sendo utilizadas ponteiras monopolar, tripolar e
hexapolar à uma temperatura de até 38C com frequências entre 0.8 Mhz e 1.7
Mhz, atingindo tecidos mais profundos (principalmente em casos de FEG e
fibrose as temperaturas não podem ser elevadas, pois podem retrair ainda
mais as fibras de colágeno e gerar necrose tumoral desencadeando processo
inflamatório).
A energia gerada pela radiofrequência penetra em nível celular na
epiderme, derme e hipoderme e alcança inclusive as células musculares.
Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou resistência
dos tecidos, produzindo uma elevação térmica da temperatura tissular. No
momento em que o organismo detecta uma maior temperatura que o
fisiológico, aumenta a vasodilatação com abertura dos capilares, o que melhora
o trofismo tissular, a reabsorção dos líquidos intercelulares excessivos e o
aumento da circulação. Com isso, há um ganho nutricional de oxigênio,
nutrientes e oligoelementos para o tecido, e também ocorre uma melhora no
sistema de drenagem dos resíduos celulares (toxinas e radicais livres).
Esses efeitos proporcionam a possibilidade de fortalecer a qualidade dos
adipócitos, provocando lipólise homeostática e produção de fibras elásticas de
melhor qualidade, atuando nos fibroblastos e em outras células. Logo, o
tratamento por radiofrequência permite a elevação da temperatura interna do
tecido promove aumento da circulação sanguínea em direção ao tecido
conectivo, estimula a drenagem linfática, diminuindo a concentração de toxinas
no adipócito, reduzindo assim seu tamanho, melhorando inclusive a gordura e
celulite. (GOMÉZ A.C., 2007)
Não existe na literatura em consenso de tempo de aplicação por área, o
mais recomendado é demarcar a área por quadrantes e realizar movimentos
circulares mantendo a temperatura em cada quadrante por uma média de 10
minutos, sem causar desconforto ao paciente. Vale ressaltar que deve-se
também seguir as orientações dos manuais dos equipamentos, existe uma
variedade muito grande no mercado, então não existe uma padronização de
aplicação para todos eles. Deste modo juntando seus conhecimentos com as
informações fornecidas você consegue trabalhar com qualquer marca de
equipamento .

CRIOFREQUÊNCIA

A criofrequência é um equipamento de tecnologia nova na estética,


pode-se dizer que veio como uma evolução da radiofrequência. Visa oferecer
um tratamento eficaz para a adposidade localizada e flacidez tissular, pois
trata-se da associação da crioterapia e radiofrequência, sendo dessa forma,
uma técnica não invasiva, a qual busca a diminuição de medidas e estímulo de
colágeno.
Ela possui o mesmo mecanismo de ação, porém com temperaturas
internas mais elevadas. A grande diferença é que ela possui uma ponteira que
resfria em média -10C, deste modo consegue-se chegar a uma temperatura
nos tecidos muito mais elevada sem causar danos a epiderme ou desconforto
ao paciente, além de promover choque térmico nos tecido.
O choque térmico aumenta a oxigenação e a dilatação dos vasos,
aumentando consequentemente o metabolismo celular além de desintoxicar o
tecido, ocasionando a reorganização das fibras de colágeno. As temperaturas
controladas e aplicadas pelo equipamento estimulam uma proteína de choque
térmico, conhecida como HSP (Heat Shock Protein) a qual protege o colágeno
tipo I durante a sua síntese (Agne, 2009; Borges et al., 2007; Verrico e Moore,
1997; Alster e Lupton, 2007, Del Pino et al., 2006).
A criofrequência possui aplicação muito parecida com a radiofrequência,
porém faltam ainda muitos estudos quanto a dosagem dos parâmetros. Diante
disto o indicado é seguir as recomendações do fabricante.

Contraindicação (radiofrequência e criofrequência)

• Gestantes
• Prótese metalizas na região
• DIU metálico
• Toxina botulínica
• Marca-passo e problemas vasculares
• Diabetes e hipertensão descompensados
• Câncer
• Trombose
• Doenças dermatológicas
• Lesões na região tratada
ELETROLIPÓLISE

É uma técnica terapêutica muito empregada para essa disfunção


estética, já que atua sobre o tecido adiposo, estimulando a lipólise
fisiológica, e é uma técnica de baixo custo.
Para a realização dessa técnica aplica-se uma corrente específica de
baixa frequência, em torno de 25 Hz, tendo como meio de condução
eletrodos e agulhas de acupuntura.
O campo elétrico formado entre os eletrodos promove uma série de
modificações fisiológicas no meio intersticial local, favorecendo trocas
metabólicas e, sobretudo, a lipólise.
A estimulação elétrica é capaz de ativar a lipólise, degradando o
triglicerídeo contido nos adipócitos em ácidos graxos livres e glicerol, que
serão mobilizados e lançados na corrente circulatória. São quatro os
principais efeitos promovidos com a aplicação da
eletrolipólise.
• Efeito Joule: relacionado ao aumento de “calor” local, promovendo
vasodilatação dos capilares e consequente incremento da circulação.
• Efeito eletrolítico: gasto energético em nível celular, pela tentativa de
manutenção do potencial elétrico de membrana normal, já que a corrente
elétrica tende a inverter a polaridade da membrana celular.
• Efeito circulatório: incremento da microcirculação em consequência do
efeito Joule.
• Efeito neuro-hormonal: estimulação do sistema nervoso simpático com
consequente estímulo da lipólise, ocasionando o objetivo principal da
terapêutica, que é a diminuição da espessura da tela subcutânea.

A técnica

As agulhas de acupuntura utilizadas para a realização da técnica são de


tamanhos variados, oscilando de 2 cm a 12 cm de comprimento e de 0,25
mm a 0,3 mm de diâmetro, fabricadas normalmente em aço inoxidável. As
agulhas mais grossas resultam num melhor efeito, além da maior facilidade
para a sua introdução
A área a ser tratada deve ser previamente higienizada com álcool a 70%
ousolução antisséptica. Com a agulha dentro do tubo guia, o profissional
pressiona-o perpendicularmente sobre a pele do cliente com uma mão e,
com o dedo indicador da outra mão (a dominante), de forma rápida e
precisa, “golpeia” a agulha, introduzindo-a parcialmente no tecido
subcutâneo. Após isso, retira-se o tubo guia, faz-se uma inclinação da
agulha introduzindo-a por completo em direção ao tecido adiposo
Cada par de agulhas forma um circuito de passagem da corrente e deve-
se atentar para a distância estabelecida entre elas, evitando um
afastamento maior que 10 cm.

Sequência de aplicação

Ao realizar a colocação de agulhas, conectam-se os eletrodos garra


jacaré, respeitando os circuitos formados, ou seja, cada par de agulhas é
contemplado por um canal de saída de corrente do aparelho normalmente
de cores diferentes (azul e vermelho para fechar o canal).
Colocação dos eletrodos fechando corrente

O tempo de aplicação é entre 40 e 60 minutos com uma frequência


usual na estética de 50 mA. A intensidade da corrente deve ser aumentada
até o limiar do suportável do cliente, ou seja, quando ele relatar desconforto
é sinal que a intensidade pode estar adequada. Entretanto, há situações em
que a agulha está posicionada próximo a vasos e nervos do tecido
gorduroso. Isso faz com que o cliente fique mais sensível à corrente,
impedindo assim de se aumentar muito a intensidade da corrente.
A ação lipolítica deste tipo de eletroestimulação inicia-se com a
estimulação do sistema nervoso simpático, onde duas enzimas lipolíticas
principais Lipase sensível a hormônio (LSH) e lipoproteína lipase (LPL)
atuam respectivamente no interior do adipócito e nas lipoproteínas ricas em
triglicérides (TG). A ação da LSH causa liberação do glicerol livre e ácido
graxo livre (AGL) na circulação sistêmica. A LPL atua liberando o glicerol e
ácido graxo (AG) na circulação principalmente pela ação sobre as
lipoproteínas de densidade muito baixas. O ácido graxo é captado pelo
tecido adiposo produzindo TG. Os AGL são captados pelo músculo e fígado
pra serem oxidados (obtenção de energia), parcialmente oxidação
(produção de corpos cetônicos) ou reesterificados pra formarem triglicérides
novamente. (GUYTON & HALL, 2006).
Associações terapêuticas como a eletroestimulação muscular,
estimulaçãode pontos de acupuntura, plataforma vibratória, massagem
modeladora,drenagem linfática e carboxiterapia podem ser realizadas na
mesma sessão, a fim de potencializar os resultados da eletrolipólise,
segundo a literatura.

Contraindicações

• clientes cardiopatas ou portadores de marcapasso (somente se a corrente


passar no eixo do coração ou do marcapasso);
• gravidez em qualquer idade gestacional;
• clientes com nefropatias (pode haver sobrecarga renal);
• clientes fazendo uso de anticoagulantes (pode haver sangramento
excessivo, caso se perfure um vaso acidentalmente);
• sobre áreas com câncer;
• aplicações na face ou na cabeça em clientes com tendência a ataques
convulsivos;
• presença de dermatites e dermatoses no local da aplicação.

CORRENTES EXCITOMOTORAS (Corrente Russa)

A corrente russa ou também conhecida como estimulaçoa muscular , é


uma modalidade terapêutica capaz de produzir estímulos elétricos e induzir
à contração muscular. Na estética é utilizada para auxiliar no fortalecimento
muscular e oxidação de AG e AGL.
Sua frequência varia de 2,500 à 5.000 Hz e pode também ser modulada
em bursts. Na estética essa teraA intensidade aplicada desta corrente pode
varias entre 50 e 100 mA, com uma potência média de
A força muscular através da eletroestimulação de forma isolada pode ser
aumentada por ativar um maior número de unidades motoras que um
indivíduo poderia ativar voluntariamente. Desta forma, é possível fortalecer
a musculatura pela condição de estimular a qualidade do tecido muscular
desejado (Cansian et al., 2005; Briel et al., 2003).
Porém ainda encontram-se divergências na literatura quanto aos efeitos
promovidos por este recurso terapêutico. No entanto sua real influência no
aprimoramento da força muscular é a principal incógnita
Podemos modular o tempo em que a corrente passa para os tecidos,
assim como o tempo em que ela cessa sua passagem. ON Time ou Tempo
ON é o tempo em que um trem de pulsos ou uma série de bursts é
fornecido em uma aplicação terapêutica, ou seja, quando há a contração
muscular. OFF Time ou Tempo OFF é o tempo entre trens de pulsos ou
uma série de bursts, ou seja, é quando cessa a contração muscular.
Uma outra modulação encontrada mais frequêntemente na estimulação
elétrica clínica é a modulação de rampa. A rampa determina um aumento
ou diminuição gradativa da duração de pulso, da amplitude de pulso, ou
ambos, dentro de um determinado período de tempo, variando normalmente
de 1 a 5 segundos, permitindo assim um aumento ou diminuição gradual da
contração muscular.
O aumento progressivo da carga do pulso é chamado de rampa de
subida ou Rise, e a diminuição gradual da carga até o fim do tempo ON é
chamada de rampa de descida ou Decay.

COSMETOLOGIA APLICADA AOS TRATAMENTOS CORPORAIS

O avanço da tecnologia e as constantes pesquisas na área


cosmetológica têm gerado cosméticos cada vez mais eficientes nos
tratamentos estéticos. Por isso, o objetivo deste capítulo é oferecer
informações técnicas e orientações práticas aos profissionais para que, em
suas atividades, apliquem o conhecimento necessário na escolha do cosmético
ideal durante a realização do tratamento eleito para o cliente.
Para trabalhar de forma adequada com os cosméticos, precisamos
entender alguns conceitos básicos como cosmetologia, cosmético e
cosmecêutico:
• Cosmetologia: é o estudo da fabricação de um cosmético, desde sua
matéria-prima até sua composição final e a aplicação do produto elaborado.
• Cosmético: é o produto destinado a embelezar a pele e seus anexos,
sem afetar sua estrutura ou função. Por exemplo: maquiagem.
• Cosmecêutico: Os cosmecêuticos contêm substâncias medicinalmente
ativas, ou seja, são cosméticos com leve ação medicamentosa e que têm em
sua fórmula ingredientes com moderadas propriedades terapêuticas. Esse
termo, porém, não é reconhecido por nenhuma autoridade regulamentadora de
farmacêuticos ou de produtos cosméticos. Os cosmecêuticos também podem
ser chamados de dermocosméticos. Por exemplo: produtos utilizados para os
tratamentos em cabine, como hidratantes, esfoliantes e máscaras.

Composição

Os cosméticos geralmente são compostos por princípio ativo, veículo,


corante, fragrância, corretivos e conservantes.
• Princípio ativo: é responsável pela ação do cosmético na pele. É
importante ressaltar que o princípio ativo presente no produto pode
especificar sua indicação.
• Veículo: é a substância que leva o princípio ativo para a pele e constitui
a maior parte da formulação. É o que determina a forma física do cosmético
(emulsão, gel, óleo etc.).
• Corante e fragrância: são substâncias responsáveis pela cor e pelo
odor do produto, e visam ao aspecto comercial.
• Corretivos: são utilizados para corrigir a fórmula do cosmético,
conforme o efeito desejado.
• Conservantes: servem para preservar o cosmético, assegurando seu
prazo de validade e a segurança de seu uso.

MECANISMOS DE AÇÃO DOS PRINCÍPIOS ATIVOS PARA


REDUÇÃO DE GORDURA

Os princípios ativos para tratamento de gordura localizada e celulite


atuam na estimulação da lipólise por alguns mecanismos, como:
• bloqueio dos receptores alfa-2-adrenérgicos;
• estímulo dos receptores beta-adrenérgicos;
• inibição da enzima fosfodiesterase, aumentando o AMPc, estimulando
a lipólise;
• o estímulo do receptor beta-adrenérgico também ativa a adenilciclase
de membrana, aumentando o AMPc;
• estímulo da atividade da enzima lipase, promovendo a quebra dos
triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol.

LIPODISTROFIA GINOIDE (CELULITE)

Os princípios ativos para tratamento da celulite atuam no tecido adiposo,


favorecendo a lipólise pelos mesmos mecanismos já citados. Atuam no
interstício, combatendo o processo inflamatório; estimulam a drenagem dos
tecidos, reduzindo o edema; regeneram a matriz extracelular; hidratam o
tecido e combatem os radicais livres. Além disso, buscam melhorar e
corrigir alterações da circulação venolinfática, restabelecendo a
microcirculação local, proporcionando uma melhor qualidade da pele.

PRINCIPAIS PRINCÍPIOS ATIVOS PARA TRATAMENTOS


CORPORAIS (GORDURA LOCALIZADA E CELULITE)

• Cavalinha: é uma planta da família das equináceas que tem ação


altamente diurética e remineralizante.
• Amarashape: composto por sinefrina (extraída da laranja amarga –
Citrus aurantium amara) e cafeína. O Amarashape® induz a lipólise por dois
mecanismos: estimulando os receptores beta-adrenérgicos dos adipócitos e
inibindo a fosfodiesterase, aumentando assim o AMPc.
• Extrato de arnica: ativa a circulação sanguínea e tem ação
antiinflamatória.
• Fosfatidilcolina: é utilizada como carreador de ativos, pois é a
matériaprima básica na formação de lipossomas. Também age hidrolisando
os triglicerídeos.
• Slimbuster H: melhora o fluxo sanguíneo, com redução da retenção
de líquidos, e produz hidrólise da gordura armazenada nos adipócitos pelo
bloqueio dos receptores alfa-2-adrenérgicos.
• Xantalgosil: inibe a fosfodiesterase, aumentando o AMPc, e tem ação
firmante.
• Remoduline: são bioflavonoides da laranja amarga que estimulam a
microcirculação local.
• Cafeína: inibe a fosfodiesterase e estimula os receptores
betaadrenérgicos, induzindo a lipólise.
É importante lembrar que, nos protocolos de tratamento corporal,
também precisamos preparar a pele para uma melhor penetração dos
princípios ativos. Dessa forma, é importante a higienização e a esfoliação
da região a ser trabalhada antes da aplicação do cosmético, a fim de
permitir uma maior absorção dos ativos utilizados no tratamento.
Citamos aqui os princípios ativos mais utilizados e comercializados para
tratamento, mas a área da cosmetologia e quantidade de princípios ativos é
muito ampla. Sempre gosto de dizer que você não precisa ficar ´´preso´´ a
nenhuma marca especifica de produtos, basta conhecer ou princípios ativos
importantes e essenciais para cada tratamento, desta forma podemos
mandar manipular uma fórmula personalizada para nossos tratamentos e
clientes ou escolher os que desejam comprar já industrializados também
através dos ativos e composição da fórmula pelo seu conhecimento em
cosmetologia.
Deixo também pra você as principais fórmulas que utilizo em meus
tratamentos e todos os home care que indico para minhas clientes.

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