Iroko

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Iroko

E AS RAIZES
ANCESTRAIS DO
TEMPO

Feito para
ler no
Celular!
ERLY CRISTIANO
Índice

Quem é Iroko? 3

Iroko e Loko 5

Kitembu 8

Onde entra são Francisco? 10

Bibliografia(fontes) 12
Quem é IROKO?

Iroko é Símbolo da Longevidade, Sabedoria e


Ancestralidade.
No panteão Iorubá, Iroko se ergue como um
gigante entre os orixás, encarnando a força
da natureza, a sabedoria ancestral e a
conexão com o mundo espiritual.
Reverenciado por sua longevidade,
simbolizada pela grandiosidade da árvore
que leva seu nome, Iroko é guardião da
ancestralidade e da sabedoria acumulada ao
longo das eras.
Sua figura imponente no Brasil a gameleira
Branca(Ficus insipida) e Iroko(Milicia
excelsa) na África, evoca a imponência da
natureza e a conexão profunda com os ciclos
da vida. Através de sua veneração, os
devotos buscam sabedoria, cura, harmonia e
a proteção dos ancestrais.

Iroko(milicia excelsa)
Um Orixá Multifacetado:
* Sabedoria Ancestral: Iroko detém o
conhecimento ancestral, servindo como guia
e mentor para aqueles que buscam sua
orientação.
* Longevidade e Vitalidade: Sua conexão
com a árvore Iroko, símbolo de vida longa,
concede aos seus devotos força vital e
resistência às doenças.
* Conexão com o Mundo Espiritual: Iroko
atua como ponte entre o mundo físico e
espiritual, facilitando a comunicação com
os orixás e ancestrais.
* Cura e Harmonia: Sua energia promove a
cura física e espiritual, além de trazer
paz, harmonia social e tranquilidade para
seus devotos.
* Oferendas: Folhas verdes, frutas, água,
azeite de dendê e objetos de madeira são
comumente oferecidos a Iroko em rituais.
* Papel na Comunidade: Iroko é um orixá
fundamental para a comunidade,
representando a ligação com os ancestrais,
a preservação da cultura e a busca por
sabedoria.

Iroko, em sua grandiosidade e sabedoria,


representa a força da natureza, a conexão
com os ancestrais e a busca por uma vida
longa e harmoniosa. Através de sua
veneração, os devotos encontram orientação,
cura e a força para enfrentar os desafios
da vida.

Gameleira Branca (Ficus obtusiuscula)


Iroko e loko
No candomblé
existe ainda a
conexão entre
Loko e Iroko, são
voduns e orixás
profundamente
conectados,
compartilhando
diversas
características e
Iroko simbologias.
Apesar de suas
origens
Gameleira Branca
distintas, ambos
representam:
* Ancestralidade: Ambos são considerados
ancestrais, ligados à criação do mundo e à
sabedoria dos antepassados.
* Força da natureza: Estão associados à
força da natureza, particularmente às
árvores e à floresta.
* Sabedoria: Representam a sabedoria, o
conhecimento ancestral e a conexão com o
mundo espiritual.
* Justiça: Simbolizam a justiça e a ordem
social.
Diferenças sutis:
* Origem: Loco é um vodum do candomblé
jeje, enquanto Iroko é um orixá do
candomblé Ketu.
* Manifestação: Loco se manifesta como
uma cobra, enquanto Iroko se manifesta
como uma árvore.
* Domínio: Loco está associado à terra,
enquanto Iroko está associado ao céu.
Conexão profunda:
Apesar das diferenças, a conexão entre
Loco
e Iroko é inegável. Ambos são pilares
fundamentais de suas respectivas
religiões, representando valores e
princípios essenciais para a comunidade. A
respeito mútuo e a compreensão das
diferenças entre as tradições são cruciais
para manter viva essa rica herança
cultural
As lendas de Loco
narram sua criação
por Mawu e Lissá e
seu papel
fundamental na
organização do
mundo. Algumas das
lendas mais
conhecidas incluem:
* A criação do
mundo: Loco teria
Iroko ajudado Mawu e
Lissá a moldar a
terra, plantar as
árvores e criar os
animais.
Vodum Loko

* A guerra contra Agasu: Loco teria lutado


ao lado de Mawu e Lissá contra Agasu, o
deus do mar, em uma batalha épica que
determinou a ordem do mundo.
* A busca pelo conhecimento: Loco teria
viajado pelo mundo em busca de
conhecimento, aprendendo com os mais sábios
e trazendo seus ensinamentos de volta para
seu povo.
Rituais de culto a Loco
Os rituais de culto a Loco variam de acordo
com a nação e a família do vodum. No
entanto, alguns elementos comuns incluem:
* Cânticos e danças: Cânticos específicos
para Loco são entoados para invocar o vodum
e pedir sua proteção. Danças sagradas
também são realizadas para homenageá-lo.
* Oferendas: Frutas, flores, animais e
outros alimentos são oferecidos a Loco como
forma de agradecimento e para pedir suas
bênçãos.
* Sacrifícios: Em alguns casos, animais
podem ser sacrificados para Loco em rituais
específicos.
Aziza ou Loko

Vodum entra
* Posse: Um médium Loko em transe e é
possuído por Loco, que fala através dele e
dá conselhos aos fiéis.
Símbolos de Loco
Os símbolos de Loco representam seus
atributos e poderes. Alguns dos símbolos
mais comuns incluem:
* Árvore: A árvore é o símbolo principal
de Loco, pois ele reside dentro dela.
* Serpente: A serpente representa a
sabedoria e o poder de Loco.
* Lua: A lua representa a ligação de Loco
com o mundo espiritual.
* Espada: A espada representa a força e a
justiça de Loco.

E claro, é importante lembrar que os


rituais e símbolos de Loco podem variar de
acordo com a nação e a família do vodum. É
sempre recomendável consultar um babalorixá
ou ialorixá experiente para obter mais
informações sobre o culto a este vodum.
Kitembu

kitembu, também
Kitembu
conhecido como
Tempo, é uma
divindade venerada
em diversas
tradições afro-
brasileiras, como
o Candomblé e a
Umbanda. Associado
ao vento, às
estações do ano e
à agricultura,
Kitembu é
considerado um
guia poderoso e um
mediador do
destino das
comunidades.
O nome "Kitembu" deriva da língua Kikongo,
falada por povos do centro-oeste da África.
Significa "vento forte", uma referência à
força imponente e à natureza incontrolável
do vento, elementos centrais na
representação dessa divindade.

Kitembu é frequentemente representado pelas


quatro estações do ano, cada uma com sua
cor e orixá associados:
* Primavera: Verde, Oxum
* Verão: Amarelo, Iansã
* Outono: Vermelho, Xangô
* Inverno: Azul, Oxum

As cores azul, vermelho e branco também


estão intimamente ligadas a Kitembu,
enquanto objetos como a bandeira, a panela,
o fogareiro e a pedra são utilizados em
rituais para cultuá-lo.

Kitembu é invocado para diversas


finalidades, incluindo:
* Trazer boas colheitas e garantir a
prosperidade agrícola
* Proteger as comunidades contra desastres
naturais
Paramenta de Kitembu

* Guiar o destino individual e coletivo


* Oferecer sabedoria e orientação em
momentos de dificuldade

Rituais e Celebrações
A Franquia é um ritual específico para
Kitembu, realizado em momentos
importantes da vida da comunidade.
Envolve o uso da árvore, da pedra e do
fogareiro, elementos que simbolizam a
força da natureza, a ancestralidade e a
conexão com o divino.

O culto a Kitembu apresenta elementos de


sincretismo com outras religiões, como o
catolicismo. Essa mistura de culturas é
característica da história do povo Banto
no Brasil. É importante lembrar que
existem diversas tradições e
interpretações dentro da cultura Banto, e
cada comunidade tem suas próprias
práticas e crenças relacionadas a
Kitembu.
Onde entra São Francisco?

São Francisco de Assis e Iroko, apesar de


origens distintas, apresentam uma profunda
conexão no sincretismo religioso
brasileiro, especialmente na Umbanda. Essa
união transcende as diferenças culturais e
cultua valores universais como:
* Ancestralidade: Ambos representam a
conexão com os ancestrais e a sabedoria
herdada das gerações passadas.
* Respeito à natureza: São Francisco e
Iroko defendem a harmonia com a natureza,
reconhecendo sua importância para a vida.
* Justiça social: Ambos lutam por justiça
e igualdade, buscando um mundo mais justo e
equitativo.
* Humildade e simplicidade: São Francisco
e Iroko valorizam a humildade e a
simplicidade, ensinando que a verdadeira
riqueza reside na simplicidade e no amor ao
próximo.
Simbologias que unem as divindades:
* Árvore: A árvore frondosa simboliza a
força, a longevidade e a sabedoria,
atributos compartilhados por ambos.
* Animais: São Francisco e Iroko
demonstram amor e respeito pelos animais,
reconhecendo-os como irmãos na criação.
* Elementos da natureza: A terra, o vento,
a água e o fogo são elementos sagrados para
ambas as tradições, representando a força
da criação.
Essa fusão sincrética nos ensina:
* A importância de honrar nossos
ancestrais e aprender com seus
ensinamentos.
* A necessidade de viver em harmonia com a
natureza, respeitando e protegendo o meio
ambiente.
* A busca por justiça social e igualdade
para todos os seres humanos.
* A valorização da humildade, da
simplicidade e do amor ao próximo.
Para entender essas conexões temos que ver
desde o início da história de São Francisco
nascido em Assis, Itália, em 1182, São
Francisco era filho de um rico comerciante.
Sua juventude foi marcada por excessos e
vida mundana.
Aos 25 anos, um encontro com o Crucificado
o transformou radicalmente. Ele renunciou à
riqueza, abraçou a pobreza e dedicou sua
vida a pregar o Evangelho e defender os
mais necessitados.
Fundou a Ordem dos Frades Menores,conhecida
por sua simplicidade, radicalidade e amor
ao próximo. Seus seguidores, os
franciscanos, espalharam-se por toda a
Europa, levando a mensagem de paz e
fraternidade.
São Francisco era conhecido por seu amor
pelos animais, com quem se comunicava e os
considerava irmãos na criação. Ele também
defendia a natureza e a importância de
viver em harmonia com o meio ambiente.
Morreu em 1226, aos 44 anos, deixando um
legado de amor, simplicidade, paz e
justiça. Foi canonizado pelo Papa Gregório
IX dois anos após sua morte.
A história de São Francisco de Assis é um
exemplo inspirador de transformação pessoal
e compromisso com os valores cristãos. Sua
mensagem continua atual e relevante,
convidando-nos a amar o próximo, cuidar da
natureza e viver uma vida simples e
autêntica.
Bibliografia (Fontes)
Vodum Loco:
Livros:
* Santos, A. P. (2016). Vodum: A cosmogonia da nação Gêge no Brasil. Editora
Pallas.
* Bastide, R. (1971). Le Candomblé du Dahomey. Éditions L'Harmattan.
* Mauger, S. (2003). Vodun: Africa's Invisible Powers. Oxford University Press.
Artigos científicos:
* Araújo, A. A. (2010). O vodum Loco na Bahia: Tradição, história e identidade.
Afro-Atlântica, 32(2), 377-406.**
* Silva, V. da S. (2008). O vodum Loco e a construção da identidade afro-brasileira.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, 23(67), 137-154.**
* Carneiro, S. de A. (1954). Religiões afro-brasileiras. Editora Civilização
Brasileira.**

Orixá Iroko:
Livros:
* Prandi, J. (2001). Mitologia dos orixás. Editora Brasiliense.
* Santos, R. V. dos. (2007). Orixás e voduns: Uma análise comparativa. Editora
Pallas.
* Verger, P. F. (1995). Orixás: Os deuses iorubás na África e no Novo Mundo.
Editora WMF Martins Fontes.**
Artigos científicos:
* Oliveira, B. de S. (2012). O orixá Iroko na Umbanda: Simbolismo e representações.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, 27(81), 145-162.**
* Silva, M. G. da. (2009). O orixá Iroko e a religiosidade afro-brasileira. Revista
Brasileira de Estudos Africanos, 31(2), 237-256.**
* Azevedo, M. J. de. (2004). O orixá Iroko e a cultura afro-brasileira. Revista
Brasileira de Ciências Sociais, 19(54), 123-140.**

Inquice Kitembu:
Livros:
* Santos, R. V. dos. (2007). Orixás e voduns: Uma análise comparativa. Editora
Pallas.
* Prandi, J. (2001). Mitologia dos orixás. Editora Brasiliense.
* Verger, P. F. (1995). Orixás: Os deuses iorubás na África e no Novo Mundo.
Editora WMF Martins Fontes.**
Artigos científicos:
* Silva, M. G. da. (2009). O orixá Iroko e a religiosidade afro-brasileira. Revista
Brasileira de Estudos Africanos, 31(2), 237-256.**
* Azevedo, M. J. de. (2004). O orixá Iroko e a cultura afro-brasileira. Revista
Brasileira de Ciências Sociais, 19(54), 123-140.**
* Santos, A. P. (2016). Vodum: A cosmogonia da nação Gêge no Brasil. Editora
Pallas.**

São Francisco de Assis


Livros:
* Chesterton, G. K. (2011). São Francisco de Assis. Editora WMF Martins Fontes.
* Thompson, F. (1993). Vida de São Francisco de Assis. Editora Paulus.
* Lazzarini, M. (2008). Francisco de Assis: O homem, o santo, o mito. Editora
Vozes.**
Biografias:
* Celano, Tomás de. (1994). Vida Primeira de São Francisco de Assis. Editora
Vozes.
* Celano, Tomás de. (1994). Vida Segunda de São Francisco de Assis. Editora Vozes.
* Fioretti de São Francisco. (2004). Editora Paulus.
Estudos históricos:
* Le Goff, J. (2003). São Francisco de Assis: Um homem poético. Editora Vozes.
* Jacob, K. H. (2006). Francisco de Assis: Entre a história e a lenda. Editora Paulus.
* Flood, D. (2007). Os primeiros franciscanos. Editora Vozes.**

E claro, os fundamentos trabalhados em nossa casa de Axé trazidos pelas próprias


entidades as quais fundamento com minhas experiências.
ESSE LIVRO FAZ PARTE DA COLETÂNEA
"CONHECIMENTOS DA UMBANDA".
NÃO DEIXE DE LER OS LIVROS TRAZIDO
NA BIBLIOGRAFIA PARA APRENDER
MAIS AINDA SOBRE OS ASSUNTOS EM
VISÕES DE OUTROS AUTORES, E CLARO,
NÃO DEIXE DE LER OS OUTROS LIVROS!

LEMBRANDO QUE OS CONHECIMENTOS


APRESENTADOS NESSE LIVRO SÃO
VIVENCIADOS NA NOSSA CASA DE AXÉ E
TRANSMITIDO POR GERAÇÕES, OONDE
ALIADOS A HISTÓRIA PODEMOS
CONSTRUIR UM FUTURO ONDE O
CONHECIMENTO NÃO ESTÁ MAIS NO
ESCURO.

AXÉ ODARA A TODOS!


E NOS VEMOS NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES.

@PAIERLY

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