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A beleza da

UMBANDA

AMOR, FÉ E CARIDADE

Feito para
ler no
Celular!

ERLY CRISTIANO
Índice

O que são as umbandas?

Crenças e formas de crer

Voduns, Orixás, Nkises e Santos

Dúvidas comuns sobre as práticas

Umbanda é Cura

Etica, Moral e suas diferenças

Desmistificar é preciso

Bibliografia(fontes)
O que são as umbanda?
A Umbanda é uma das manifestações
religiosas mais fascinantes e únicas do
Brasil, nascida da confluência de
diversas tradições culturais e
espirituais.
No entanto, mesmo com sua rica história
e práticas de profunda espiritualidade,
a Umbanda ainda é amplamente mal
compreendida e cercada de preconceitos.

Este livro tem como objetivo


desmistificar a Umbanda, apresentando-a
como uma religião de luz, paz e cura,
demonstrando a profundidade de suas
raízes africanas.
Desde sua origem no início do século XX,
a Umbanda tem desempenhado um papel
vital na vida de milhões de brasileiros,
oferecendo não apenas um caminho
espiritual, mas também uma forma de
conexão com a natureza e com os
ancestrais.
Suas práticas e crenças refletem uma
harmonia entre o sagrado e o mundano,
mostrando como a espiritualidade pode
ser uma fonte de conforto, sabedoria e
transformação pessoal.

Oferenda para pomba gira


A Umbanda incorpora elementos do
catolicismo, espiritismo e das religiões
africanas trazidas ao Brasil pelos
escravizados.
Entre essas influências, a contribuição
africana é particularmente
significativa, trazendo consigo os
Orixás, Divindadess que representam
forças da natureza e guiam os
praticantes em sua jornada espiritual.
Essa sinergia de culturas resulta em uma
religião que é, ao mesmo tempo,
profundamente brasileira e universal em
sua mensagem de amor e respeito.

Nesse livro, exploraremos a história, as


crenças e os rituais da Umbanda,
revelando os princípios que norteiam
essa prática espiritual e os benefícios
que ela oferece. Vamos desvendar os
mistérios dos Orixás, entender os
fundamentos dos rituais e descobrir como
a Umbanda promove a cura espiritual e o
bem-estar.

Agora Convido você a embarcar nesta


jornada, para descobrir a beleza e a
profundidade da Umbanda. Ao longo deste
livro, espero não apenas informar, mas
também inspirar, mostrando como a
Umbanda pode ser uma fonte de luz e
positividade em um mundo muitas vezes
marcado pela escuridão e pelo
preconceito.
Abra sua mente e seu coração, e permita-
se conhecer uma religião que celebra a
vida, a natureza e o poder do bem.
Ao me aprofundar na história da Umbanda,
descobri que uma das influências mais
significativas na formação da religião
foi a Macumba Carioca, uma prática
espiritual afro-brasileira que floresceu
no Rio de Janeiro no final do século XIX
e início do século XX.

A Macumba Carioca, com suas raízes


profundas nas tradições africanas e sua
adaptação ao contexto urbano do Rio de
Janeiro, desempenhou um papel crucial no
desenvolvimento da Umbanda.

A Macumba Carioca era uma prática


espiritual sincrética que combinava
elementos das religiões africanas
trazidas pelos escravizados, do
catolicismo e do espiritismo kardecista.
Envolvia rituais de invocação de
espíritos e entidades conhecidas como
Exus e Pombagiras, que eram consultadas
para resolver problemas cotidianos,
realizar curas e trazer proteção.

Esses rituais eram realizados em


terreiros, espaços sagrados onde os
praticantes se reuniam para celebrar e
honrar essas entidades.
A influência da Macumba Carioca na
Umbanda é evidente em vários aspectos.

Ponto riscado na macumba carioca em 1952


Muitas das práticas rituais da Umbanda,
como o uso de atabaques (tambores),
danças e cantos para invocar espíritos,
têm suas origens na Macumba Carioca.
A incorporação de elementos africanos,
como o culto aos Orixás e a realização
de oferendas, também é uma herança
direta da Macumba.

A Macumba Carioca foi uma das primeiras


práticas espirituais a integrar
elementos do catolicismo e do
espiritismo com as tradições africanas.
Esse sincretismo é uma característica
central da Umbanda, que combina a
veneração dos Orixás com a devoção a
santos católicos e a comunicação com
espíritos conforme o espiritismo
kardecista.

A Macumba Carioca introduziu à Umbanda


várias entidades espirituais, como os
Exus e Pombagiras, que desempenham
papéis importantes nos rituais de
Umbanda. Essas entidades são vistas como
intermediários entre os humanos e o
mundo espiritual, oferecendo orientação
e proteção.

A Macumba Carioca se desenvolveu em um


contexto urbano e popular, refletindo as
necessidades e preocupações dos
habitantes das grandes cidades,
especialmente dos bairros mais pobres do
Rio de Janeiro.
Esse aspecto urbano e popular da Macumba
influenciou a Umbanda, que também é uma
religião acessível e adaptada às
realidades urbanas.
entender melhor essa influência,
recomendo a leitura de obras como "Magia
e Religião: Os Rituais da Macumba
Carioca" de Luís Nicolau Parés e
"Macumba: Ensaio de Etnografia
Religiosa" de Roger Bastide.
Esses livros oferecem uma visão
detalhada da prática da Macumba Carioca
e suas contribuições para a formação da
Umbanda.

À medida que a Umbanda se desenvolveu,


ela incorporou e reinterpretou muitos
dos elementos da Macumba Carioca,
criando uma religião única que honra
suas raízes africanas enquanto se adapta
às necessidades e contextos
contemporâneos.

Esta capacidade de absorção e


transformação é uma das maiores forças
da Umbanda, permitindo que ela continue
relevante e significativa para muitos
brasileiros.

Santuário do seu Zé pelintra no Rio de Janeiro


Crença e formas de crer
Outra situação que percebi quando
comecei a estudar a Umbanda, uma das
primeiras coisas que me chamou a atenção
foi a ênfase nos valores de amor, fé e
caridade.

Esses princípios não são apenas


conceitos abstratos, mas são vividos e
praticados diariamente nos terreiros de
Umbanda.
Eles são a base sobre a qual toda a
prática espiritual se apoia e refletem o
verdadeiro espírito da religião.
O amor é o coração pulsante da Umbanda.
Ao contrário de algumas práticas
religiosas que podem enfatizar a punição
ou a separação entre o divino e o
humano, a Umbanda coloca o amor
incondicional no centro de sua prática.
Esse amor é manifestado de várias
formas:

- Amor ao Próximo: Na Umbanda, o amor


ao próximo é demonstrado através da
caridade e da ajuda aos necessitados. Os
terreiros frequentemente organizam
eventos para ajudar a comunidade,
oferecendo assistência a pessoas em
situação de vulnerabilidade. Esse amor
ao próximo é visto como uma expressão do
amor divino e é fundamental para a
prática da religião.
Orixá Ibeji Iorubá
- Amor aos Orixás e Entidades: A
devoção aos Orixás e entidades
espirituais da Umbanda, é uma forma de
amor profundo e respeitoso.
Os praticantes oferecem preces, danças e
cânticos em honra a essas entidades,
buscando sua proteção e orientação. Essa
devoção reflete o amor e a gratidão que
os umbandistas sentem por essas forças
espirituais.

- Amor à Natureza: O respeito e a


reverência pela natureza também são
expressões do amor na Umbanda. Os Orixás
são frequentemente associados a
elementos naturais como rios, florestas
e montanhas, e cuidar da natureza é
visto como um ato de amor e reverência.

Para entender melhor como o amor é


praticado na Umbanda, sugiro a leitura
de "Umbanda: A Religião do Terceiro
Milênio" de Norberto Peixoto, que
explora como esse valor se manifesta nas
práticas diárias dos terreiros.

A fé é um pilar essencial da Umbanda,


sustentando a prática espiritual e a
conexão com o divino.
Muitos dos rituais e práticas da Umbanda
têm como objetivo a cura espiritual e
física.

A fé na capacidade dos Caboclos e Orixás


de proporcionar cura é fundamental para
a eficácia desses rituais.
Entendemos que a intervenção espiritual
pode trazer alívio e transformação para
aqueles que estão sofrendo.
A Umbanda ensina que o universo é regido
por uma justiça divina, onde cada ação
tem uma consequência. Essa crença na
justiça divina proporciona conforto e
orientação, nos ajudando a lidar com as
dificuldades da vida e a manter uma
perspectiva positiva.

Na Umbanda, a caridade é vista como uma


forma de cumprir a missão espiritual e
de promover o bem-estar da comunidade.
Algumas formas de caridade na Umbanda
incluem:

- Atendimento Espiritual: Muitos


terreiros oferecem atendimentos
espirituais gratuitos para ajudar
pessoas com problemas diversos, como
questões de saúde, problemas emocionais
ou dificuldades financeiras. Esse
atendimento é realizado com base na
caridade e no desejo de ajudar o
próximo.

- Distribuição de Alimentos e Roupas:


Os terreiros frequentemente organizam
campanhas para arrecadar e distribuir
alimentos, roupas e outros itens de
necessidade para a comunidade. Essas
ações são uma forma direta de exercer a
caridade e de apoiar aqueles que estão
em situação de vulnerabilidade.

- Educação e Orientação: A caridade na


Umbanda também se manifesta através da
oferta de orientação e aconselhamento
espiritual, ajudando as pessoas a
encontrar respostas para suas questões e
a melhorar suas vidas.

Uma dic sobre como a caridade é


praticada na Umbanda, "Caridade e
Espiritualidade na Umbanda" de Edson
Carneiro oferece uma análise abrangente
dessas práticas.
Voduns, Orixás, Nkisis e Santos
Ao mergulhar no mundo da Umbanda, um dos
primeiros aspectos fascinantes que
encontrei foi a complexidade e a riqueza
das entidades espirituais que a religião
cultua.
Entre essas entidades, os Orixás, Voduns
e Nkisis desempenham papéis centrais, e
entender quem são e como se conectam com
a Umbanda é crucial para apreciar a
profundidade dessa tradição espiritual.

Os Orixás são divindades muito


importantes na Umbanda, e sua influência
é uma das características mais marcantes
da religião. Eles são originários das
tradições africanas, especialmente das
religiões Yoruba e Fon. Cada Orixá é
associado a aspectos específicos da
natureza, das forças cósmicas e das
experiências humanas.

Os Orixás vêm das tradições do povo


Yoruba, que trouxe essas divindades para
o Brasil durante o período colonial
pelos escravizados. Eles são vistos como
intermediários entre os seres humanos e
o Deus Supremo, Olodumare. Cada Orixá
tem suas próprias características,
histórias e atributos, refletindo
elementos da natureza como água, terra,
fogo e ar.

Principais Orixás na Umbanda: Alguns dos


Orixás mais reverenciados na Umbanda
incluem Oxalá (o Orixá da criação e da
paz), Iemanjá (a mae das águas e da
maternidade), Xangô (o deus da justiça e
do fogo e do raio) e Ogum (o deus da
tecnologia e do ferro). Cada um desses
Orixás tem um papel específico nas
práticas e nos rituais da Umbanda.
Na Umbanda, os Orixás são cultuados e
respeitados em rituais que buscam
harmonia, proteção e orientação. Eles
são invocados em momentos de
necessidade, e suas energias são
canalizadas para trazer equilíbrio e
cura aos praticantes.

Já os Voduns são entidades espirituais


que pertencem às tradições religiosas
dos povos Fon e Ewe, principalmente da
região do Benin, na África Ocidental.
Embora mais conhecidos no contexto do
Vodu, eles também têm um lugar
significativo na Umbanda.

Os Voduns são deidades associadas a


forças da natureza e a aspectos da vida
cotidiana. Cada Vodun tem suas próprias
características e áreas de influência,
muitas vezes relacionadas a aspectos
como a saúde, a prosperidade e a
proteção.

Na Umbanda, os Voduns são frequentemente


reverenciados ao lado dos Orixás,
especialmente em vertentes que têm uma
forte influência das tradições
africanas. Eles são integrados nos
rituais de Umbanda e são invocados para
trazer equilíbrio e benção.

Oxalá não sincretizado na Umbanda


E também temos as matrizes que trazem os
Nkisis que são divinidades espirituais
que pertencem às tradições dos povos
Bantu, especialmente na região do Congo
e Angola.
Eles desempenham um papel importante nas
religiões afro-brasileiras, incluindo a
Umbanda.

Nkisis são considerados intermediários


entre os seres humanos e o mundo
espiritual. Eles têm diferentes formas e
funções, podendo ser protetores,
curadores ou guias espirituais. Sua
influência é evidente em muitas práticas
tradicionais africanas.

Já na Umbanda, os Nkisis são muitas


vezes incorporados em rituais e práticas
que refletem a tradição Bantu. Eles são
reconhecidos e respeitados, e suas
energias são utilizadas para promover
cura, proteção e orientação espiritual.

Embora cada grupo tenha suas próprias


origens e características, a Umbanda os
incorpora em sua prática, adaptando e
respeitando suas tradições enquanto cria
uma religião que é ao mesmo tempo
inclusiva e diversificada.

Na Umbanda, as diferenças entre essas


entidades são respeitadas, e suas
energias são combinadas de forma a criar
uma prática espiritual rica e
harmoniosa.
O sincretismo permitiu que a Umbanda
oferecesse um caminho espiritual que é
tanto profundamente enraizado nas
tradições africanas quanto aberto a
novas formas de entendimento e prática
espiritual.
Uma das características mais complicadas
da Umbanda é o sincretismo religioso,
que mistura elementos de várias
tradições espirituais, incluindo o
catolicismo.
A conexão entre os Orixás, Voduns,
Nkisis e os santos católicos é um
exemplo notável de como a Umbanda
integra diferentes sistemas de crenças
em uma prática coesa.

O sincretismo entre os Orixás, Voduns,


Nkisis e os santos católicos começou
durante o período colonial, quando os
africanos escravizados eram forçados a
converter-se ao cristianismo.
Para manter suas práticas religiosas
tradicionais, eles associaram suas
divindades africanas aos santos
católicos, criando uma prática
sincrética que permitiu a continuidade
de suas crenças sob o disfarce do
catolicismo, cultuando Ogum por exemplo
a partir de uma Imagem de São Jorge.

Muitos Orixás foram sincretizados com


santos católicos com base em atributos
similares ou características que os
tornavam comparáveis.

Exemplo de altar sincretizado


Iemanjá é frequentemente associada a
Nossa Senhora dos Navegantes, devido à
sua conexão com o mar e a proteção dos
navegantes.
Xangô é sincretizado com São Jerônimo,
por sua associação com a justiça e a
força.
Ogum é relacionado a São Jorge, por sua
imagem de guerreiro e protetor.

O sincretismo entre Voduns e santos


católicos é menos documentado, mas
algumas conexões podem ser observadas
nas práticas afro-brasileiras que
incorporam Voduns.
Em muitos casos, as entidades Vodun são
associadas a santos que compartilham
características semelhantes ou que
desempenham papéis espirituais
comparáveis.

Já o sincretismo dos Nkisis com santos


católicos é mais restrito, mas alguns
Nkisis podem ser associados a santos com
características de proteção ou cura.
A integração dos Nkisis na Umbanda
reflete uma prática sincrética que
combina elementos de diferentes
tradições espirituais.
Oxum na UMBANDA
Dúvidas comuns sobre as práticas
A Umbanda é rica em rituais e práticas
que são realizados tanto nos terreiros
quanto em ambientes pessoais.
Para aqueles que estão começando a
explorar a Umbanda, pode haver muitas
perguntas sobre esses rituais.
Aqui estão algumas das dúvidas mais
comuns e suas respostas para ajudar a
entender melhor essa religião.

O que é um Terreiro?

Um terreiro é o local sagrado onde os


rituais de Umbanda são realizados. É um
espaço de devoção, onde os praticantes
se reúnem para cultuar os Orixás,
Caboclos, Pretos Velhos e outras
entidades espirituais. Os terreiros
podem variar em tamanho e estrutura, mas
todos têm áreas dedicadas a cerimônias,
oferendas e consultas espirituais.

Como são os Rituais de Umbanda?

Os rituais de Umbanda podem variar, mas


geralmente incluem cânticos, danças,
toques de atabaques (tambores),
defumações e oferendas.

Oferenda numa Cachoeira


Os cânticos, conhecidos como pontos, são
canções sagradas que invocam as
entidades espirituais.
As danças são realizadas para homenagear
e saudar os Orixás e outras entidades, e
cada movimento tem um significado
específico.

A defumação é usada para purificar o


ambiente e os participantes. Ervas,
resinas e outros materiais aromáticos
são queimados para limpar energias
negativas e atrair boas vibrações.

As oferendas são presentes dados aos


Orixás e entidades espirituais como
forma de agradecimento, pedido de ajuda
ou homenagem. Elas podem incluir
alimentos, bebidas, flores, velas e
objetos simbólicos.

Durante os rituais, é comum que os


médiuns entrem em transe e incorporem as
entidades espirituais. Isso permite que
as entidades se comuniquem diretamente
com os praticantes, oferecendo
orientação, cura e conselhos.

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O que é o Passe?

O passe é uma técnica de transmissão de


energias espirituais.
Ele pode ser aplicado por um médium ou
pela própria entidade espiritual
incorporada.
O objetivo do passe é equilibrar as
energias, remover influências negativas
e promover a cura.
Ele pode ser feito com o uso das mãos,
através de passes magnéticos, ou com a
ajuda de ervas e outros elementos
naturais.

Quais são as Festas e Celebrações na


Umbanda?

A Umbanda celebra várias festas ao longo


do ano, cada uma dedicada a um ou mais
Orixás. Essas celebrações incluem
rituais, danças, oferendas e festas
comunitárias.

Algumas das principais festas incluem:

- Festa de Iemanjá: Celebrada no dia 2


de fevereiro, é uma das festas mais
populares. Iemanjá, a rainha do mar, é
homenageada com oferendas jogadas no
mar.

- Festa de Ogum: Celebrada em 23 de


abril, Ogum, o Orixá da guerra e do
ferro, é homenageado com rituais que
incluem cânticos, danças e oferendas de
ferramentas de metal.

- Festa de Xangô: Celebrada em 29 de


junho, Xangô, o Orixá da justiça e dos
trovões, é homenageado com fogueiras e
oferendas de alimentos.
Como posso participar dos Rituais de
Umbanda?

Participar dos rituais de Umbanda


geralmente requer o consentimento do
dirigente do terreiro.
Os novatos são bem-vindos, mas é
importante respeitar as regras e
tradições do terreiro.
E se eu puder te dar algumas dicas:
Respeito e Humildade, Sempre aborde os
rituais e os praticantes com respeito e
humildade.
A Umbanda é uma religião de respeito
mútuo e harmonia.

Vista-se de forma apropriada para os


rituais, geralmente em roupas brancas ou
claras, que simbolizam pureza e paz.

Envolva-se nos cânticos, danças e outras


atividades, seguindo as orientações dos
médiuns e do dirigente.
E mantenha a mente aberta e esteja
consciente das energias e das
experiências espirituais durante os
rituais.

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Umbanda é cura
Quando comecei minha jornada na Umbanda,
uma das coisas que mais me tocou foi a
maneira como a religião aborda a cura. A
palavra "Umbanda" tem um significado
profundo, especialmente entre os povos
do Congo e Angola, onde é sinônimo de
cura. Esta conexão entre a
espiritualidade e a cura é um dos
aspectos mais poderosos e
transformadores da Umbanda.

Na Umbanda, a cura não se limita apenas


ao corpo físico, mas se estende à mente,
ao espírito e às emoções. Durante minhas
visitas aos terreiros, vi inúmeras
pessoas encontrarem alívio para suas
dores e desafios através dos rituais e
das consultas espirituais. A presença
dos Orixás, Caboclos, Pretos Velhos e
outras entidades espirituais oferece um
conforto profundo e uma sensação de
renovação.

Lembro-me de um dia em que uma mulher


entrou no terreiro, visivelmente
perturbada e carregando uma dor
emocional profunda. Durante a consulta,
um Preto Velho a acolheu com palavras de
sabedoria e ternura. Ele falou
diretamente ao seu coração, oferecendo
conselhos e uma nova perspectiva. A
transformação foi palpável; ela saiu do
terreiro com uma nova luz em seus olhos,
como se um peso enorme tivesse sido
removido de seus ombros.
Em Angola, a palavra "Umbanda" é
associada diretamente à cura. Essa
conexão é um reflexo da importância que
os povos Bantu dão à saúde holística,
onde corpo, mente e espírito são
tratados como uma unidade. Na Umbanda,
essa visão é central, e cada ritual,
cântico e oferenda é realizado com a
intenção de promover o bem-estar
integral dos praticantes.

A Umbanda me ensinou que a cura não é


apenas a ausência de doença, mas um
estado de equilíbrio e harmonia. Vi
pessoas curarem feridas emocionais
profundas, superarem traumas e
encontrarem forças para enfrentar
desafios aparentemente insuperáveis. A
presença das entidades espirituais
oferece um apoio contínuo, ajudando os
praticantes a encontrar paz e propósito
em suas vidas.

Ao longo dos anos, testemunhei muitos


relatos de cura na Umbanda. Cada
história é única, mas todas compartilham
um tema comum: a transformação através
da fé e da espiritualidade.

Claro que não vou usar nomes reais aqui


mas as histórias são muito importantes
para a minha trajetória.

- João, um homem que sofria de uma


doença crônica, veio ao terreiro em
busca de alívio. Os médicos já haviam
tentado de tudo, mas sua condição não
melhorava. Durante uma série de rituais
de cura, ele recebeu passes e
orientações espirituais. Com o tempo,
sua saúde começou a melhorar. Ele sempre
diz que foi a fé na Umbanda que lhe deu
a força para continuar lutando.
- Maria passou por um período difícil
após a perda de um ente querido. Ela
estava mergulhada em tristeza e
desesperança. Durante uma gira de
Caboclo, ela encontrou conforto e
orientação. O Caboclo falou sobre a
importância de honrar os que partiram
enquanto continuava a viver plenamente.
Essa mensagem ajudou Maria a encontrar
paz e a seguir em frente com esperança
renovada.

- Pedro enfrentava uma crise financeira


e emocional. Sentia-se perdido e sem
direção. Um Preto Velho o orientou a
fazer um ritual de limpeza espiritual e
a seguir um caminho de trabalho e
honestidade. Com o tempo, Pedro não só
superou suas dificuldades financeiras,
mas também encontrou um novo propósito
em sua vida, ajudando os outros no
terreiro.

Uma das coisas mais belas da Umbanda é a


força da comunidade. Nos terreiros,
encontrei um senso de pertencimento e
apoio que é raro em outros lugares. A
comunidade se une em momentos de
necessidade, oferecendo suporte mútuo e
solidariedade. Isso, por si só, tem um
efeito curativo profundo.

A Umbanda me mostrou que a cura é um


processo contínuo, sustentado pela fé,
pelo amor e pela comunidade. Cada
ritual, cada palavra de consolo e cada
ato de caridade contribuem para criar um
ambiente onde a cura pode florescer.
Ética, Moral e suas diferenças
Ao mergulhar na prática da Umbanda, uma das
primeiras lições que aprendi foi a distinção
entre moral e ética, e como esses conceitos são
aplicados na nossa vivência espiritual e
comunitária. A Umbanda, com suas raízes
profundas em diversas tradições culturais e
espirituais, sempre coloca a ética em primeiro
lugar, guiando nossas ações e decisões.

"Moral", refere-se ao conjunto de normas,


valores e costumes que orientam o comportamento
dos indivíduos em uma sociedade. É influenciada
pela cultura, religião, tradição e educação, e
pode variar amplamente entre diferentes
comunidades e épocas. A moral nos diz o que é
considerado "certo" ou "errado" em um contexto
social específico.

E,"Ética", por outro lado, é a reflexão crítica


sobre a moral. Ela envolve a análise e a
compreensão dos princípios que fundamentam as
normas morais, permitindo-nos questionar e
avaliar o que é justo, bom ou correto. A ética é
mais universal e atemporal, procurando
estabelecer padrões de conduta baseados em
princípios racionais e universais, como a
justiça, a honestidade e o respeito.

Na Umbanda, a ética é um valor fundamental que


guia todas as nossas ações e decisões. Desde o
início, fui ensinado que a prática da Umbanda
deve ser conduzida com integridade, respeito e
responsabilidade.

Oferenda na Mata
A ética na Umbanda se manifesta de várias
maneiras, como ensina o respeito profundo por
todas as formas de vida e pela natureza. Nossos
rituais muitas vezes envolvem elementos
naturais, e sempre buscamos fazer isso de
maneira sustentável e respeitosa, honrando a
criação e evitando danos desnecessários.

A prática da Umbanda exige honestidade e


transparência em todas as nossas interações.
Seja nos atendimentos espirituais, nas consultas
ou nos rituais, a verdade é um princípio
inegociável. A confiança entre os praticantes e
os guias espirituais é construída com base na
honestidade.

A Umbanda valoriza a responsabilidade individual


e coletiva. Cada um de nós é responsável por
nossas ações e por contribuir positivamente para
a comunidade. Isso inclui ajudar os
necessitados, agir com caridade e trabalhar pelo
bem comum.

A justiça é um pilar central na Umbanda. Somos


ensinados a tratar todos com equidade e a buscar
justiça em todas as nossas ações. Isso significa
defender os direitos dos oprimidos, lutar contra
as injustiças sociais e promover a igualdade.

Umbanda é uma religião inclusiva que respeita e


valoriza as diferenças culturais, raciais, de
gênero e de orientação sexual. A diversidade é
celebrada, e todos são bem-vindos nos terreiros,
independentemente de suas origens ou
identidades.

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Uma das formas mais claras de ver a ética em
ação na Umbanda é através dos atendimentos
espirituais e das consultas. Durante esses
momentos, os médiuns e guias espirituais agem
com um profundo senso de responsabilidade e
respeito pelos consulentes. A confidencialidade,
a empatia e o compromisso com o bem-estar do
outro são primordiais.

Lembro-me de uma vez em que uma pessoa veio ao


meu terreiro em busca de ajuda para resolver um
conflito familiar. O Exú não apenas ofereceu
conselhos sábios, mas também enfatizou a
importância de agir com ética e respeito no
trato com os familiares. A orientação foi
baseada em princípios de justiça e equidade,
ajudando a restaurar a harmonia na famílias.

Os valores da Umbanda – como o amor, a fé e a


caridade – estão profundamente enraizados na
ética. A ética é o alicerce que sustenta esses
valores, garantindo que nossas ações sejam
sempre guiadas por princípios justos.

O amor na Umbanda é um amor universal que se


manifesta através do cuidado e da compaixão por
todos os seres. Agir com amor significa tratar
os outros com dignidade e respeito,
independentemente de quem sejam.

A fé na Umbanda é uma fé ativa, que se traduz em


ações concretas para melhorar a vida dos outros
e promover o bem-estar. A fé nos guia a agir com
ética, mesmo quando é difícil ou desafiador.

A caridade é a expressão prática do amor e da


fé. Na Umbanda, a caridade é vista como uma
obrigação ética, uma forma de retribuir ao mundo
e de ajudar os que estão em necessidade.

Batismo na Cachoeira
A Umbanda é uma religião profundamente enraizada
nas tradições africanas, e os valores dos povos
africanos permeiam seus fundamentos éticos. A
herança cultural e espiritual dos africanos
trazida ao Brasil pelos escravos deixou uma
marca indelével na Umbanda, moldando seus
princípios e práticas de maneira significativa.

Um dos valores centrais dos povos africanos é o


senso de comunidade e coletividade. Nas culturas
africanas, a comunidade é vista como uma
extensão da família, e cada indivíduo tem um
papel e uma responsabilidade dentro desse grupo.
Esse valor se reflete na Umbanda, onde a
comunidade do terreiro é essencial para a
prática religiosa. Todos trabalham juntos para o
bem comum, e o apoio mútuo é um princípio
fundamental.

O respeito aos ancestrais é um pilar das


tradições africanas, e isso se manifesta
claramente na Umbanda. Os Pretos Velhos, por
exemplo, são espíritos ancestrais altamente
reverenciados que oferecem sabedoria e
orientação. Honrar os ancestrais não é apenas
uma questão de respeito, mas também de
reconhecimento de sua influência contínua em
nossas vidas e práticas espirituais.

Os povos africanos têm uma profunda conexão com


a natureza, vendo-a como uma fonte de vida e
sustento espiritual. Na Umbanda, essa harmonia
com a natureza é evidente nos rituais e
oferendas que utilizam elementos naturais como
ervas, flores, água, sementes e pedras. A ética
da Umbanda inclui o respeito pela natureza e a
busca de viver em equilíbrio com o mundo
natural.

Oferendas para Iemanjá na praia


A justiça é um valor fundamental nas culturas
africanas, onde as decisões são frequentemente
tomadas em conselho, com a participação de todos
os membros da comunidade. Esse valor de justiça
e equidade é incorporado na Umbanda, onde se
busca tratar todos com respeito e igualdade. A
justiça é praticada tanto nos rituais quanto nas
interações diárias, promovendo um ambiente de
equidade e harmonia.

Nas culturas africanas, a palavra dada é


altamente valorizada e considerada um
compromisso sagrado. Na Umbanda, a honestidade e
a integridade são igualmente importantes. As
promessas feitas aos Orixás e aos guias
espirituais são cumpridas com seriedade,
refletindo o valor africano da palavra e do
compromisso.

O conceito de Ubuntu, por exemplo, originário


das tradições africanas, encapsula a ideia de
que "Eu sou porque nós somos." Ele enfatiza a
interconectividade, a solidariedade e a
humanidade compartilhada, destacando que a
identidade e o bem-estar de um indivíduo estão
intrinsecamente ligados ao coletivo.

Essa filosofia de vida se traduz em práticas de


respeito, cooperação e empatia, onde cada pessoa
reconhece que suas ações impactam a comunidade
como um todo e vice-versa. Na essência, Ubuntu
promove a ideia de que a humanidade de um
indivíduo é expressa através de suas relações e
contribuições para a comunidade.

Santuário de tranca ruas - cemitério da saudade SP


Desmistificar é preciso
Chegou a hora de abordar, com toda a indignação
que a situação merece, os mitos e preconceitos
mais persistentes e prejudiciais que a Umbanda
enfrenta. É revoltante ver como, ainda hoje,
tantos equívocos são disseminados sobre nossa
religião, muitas vezes alimentados por
desinformação e intolerância. Vamos direto ao
ponto e desmascarar esses mitos com fatos e
fontes confiáveis.

1. Umbanda é coisa do diabo

Um dos mitos mais absurdos e ofensivos é a


associação da Umbanda com o diabo. Nada poderia
estar mais longe da verdade. A Umbanda é uma
religião que prega o amor, a caridade e o
respeito. Esse preconceito tem raízes em antigas
campanhas difamatórias feitas por outras
religiões e pela mídia sensacionalista. O jornal
"O Globo" por exemplo já publicou artigos
esclarecendo que a Umbanda é uma religião
brasileira que promove o bem e ajuda milhares de
pessoas através de seus rituais de cura e
aconselhamento espiritual.

2. Os umbandistas praticam magia negra

É necessário entender que esse termo magia negra


não esta verdadeiramente conectado a um conceito
de "bem e mal" mas sim, o conceito da magia que
vem dos povos negros, dos povos de cor que não a
branca.
Então entendendo que o termo ja tem um problema,
temos que chegar na conclusão que sim, o
umbandista faz magia negra, pois o fundamento é
de povos negros e indígenas, mas na UMBANDA o
mal está no que eu não quero que aconteça ou
seja feito para mim.

Praça do Preto Velho Campo Grande - MS


3. Os rituais são perigosos e envolvem
sacrifícios humanos

Esse é um dos preconceitos mais grotescos e


desinformados. A Umbanda não envolve qualquer
tipo de sacrifício humano. Nossos rituais são
pacíficos e focados em orações, cantos, danças e
oferendas simbólicas. "Orixás: Os Deuses Iorubás
na África e no Novo Mundo" de Pierre Verger é
uma excelente fonte que desmente esses absurdos,
explicando a verdadeira natureza dos rituais na
Umbanda.

4. Umbanda é coisa de gente ignorante

Essa visão elitista e preconceituosa


desconsidera a rica tradição cultural e
espiritual da Umbanda. A religião é praticada
por pessoas de todas as classes sociais e níveis
educacionais. Estudos acadêmicos, como os de
Roger Bastide em "The African Religions of
Brazil", demonstram a complexidade e a
profundidade da Umbanda, refutando a ideia de
que é uma prática para os ignorantes.

5. A Umbanda é ilegal

Há quem acredite que a prática da Umbanda é


ilegal. Embora a perseguição religiosa tenha
sido uma realidade no passado, hoje a Umbanda é
legalmente reconhecida e protegida pela
Constituição brasileira. Documentos históricos e
reportagens da época do Estado Novo mostram como
os terreiros foram perseguidos, mas também como
resistiram e conquistaram o direito de praticar
livremente.

6. A Umbanda não tem ética

Outro mito prejudicial é que a Umbanda não


possui princípios éticos. Como já discutimos, a
ética é central na prática da Umbanda. A
moralidade e a ética dos umbandistas são
baseadas no respeito à vida, na caridade e na
justiça. Livros como "Ethics in Umbanda:
Spiritual and Social Dimensions" mostram
claramente como os fundamentos éticos permeiam
todas as práticas religiosas.
7. Umbanda e Candomblé são a mesma coisa

Embora a Umbanda e o Candomblé compartilhem


algumas raízes africanas, são religiões
distintas com práticas, rituais e crenças
diferentes. "O Candomblé na Umbanda" de
Reginaldo Prandi detalha essas diferenças e
mostra como cada religião tem sua própria
identidade e riqueza espiritual .

8. Umbanda não é uma religião verdadeira

Esse mito é uma afronta à identidade e à fé dos


umbandistas. A Umbanda é uma religião legítima,
com seus próprios rituais, teologia e estrutura
organizacional. "Religião e Sociedade: O
Reconhecimento da Umbanda" explora como a
Umbanda se estabeleceu como uma religião
autêntica no Brasil, com milhões de praticantes
e uma rica tradição espiritual .

9. Os médiuns são charlatães

Acusar todos os médiuns de charlatanismo é uma


generalização injusta e ofensiva. Embora existam
casos de fraude em qualquer campo, a maioria dos
médiuns na Umbanda dedica-se sinceramente à
ajuda espiritual e à caridade. Reportagens
investigativas e estudos como "Médiuns de
Umbanda: Entre o Sagrado e o Profano" mostram o
comprometimento e a seriedade da prática
mediúnica.

10. A Umbanda é incompatível com a ciência

Muitos acreditam que a Umbanda é oposta à


ciência, mas essa é uma visão simplista e
errônea. A Umbanda não rejeita a ciência; ao
contrário, muitos de seus praticantes são
profissionais da saúde, cientistas e acadêmicos
que vêem a espiritualidade como algo
complementar, e não contraditório, à ciência. Há
um crescente corpo de pesquisas que explora como
práticas espirituais podem contribuir para o
bem-estar emocional e psicológico. O livro "A
Ciência da Umbanda: Estudos sobre
Espiritualidade e Saúde" oferece uma visão
equilibrada e esclarecedora sobre a integração
entre ciência e espiritualidade, mostrando que
fé e razão podem coexistir de forma harmoniosa e
benéfica.
Bibliografia (Fontes)
1. *Umbanda: A New Brazilian Religion* - Diana Brown

2. *Orixás: Os Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo* - Pierre Verger

3. *The African Religions of Brazil: Toward a Sociology of the Interpenetration of


Civilizations* - Roger Bastide

4. *Macumba: The Teachings of Maria Loa* - Harv Bishop e Harold W. Turner

5. *Candomblé e Umbanda: Caminhos da Devoção Brasileira* - Reginaldo Prandi

6. *Umbanda e Política: Conflitos e Acordos no Campo Religioso Brasileiro* - Vagner


Gonçalves da Silva

7. *Guardiões do Sagrado: A Tradição Afro-Brasileira e seus Desafios* - Juana Elbein


dos Santos

8. *Religião e Sociedade: A Cultura Afro-Brasileira em Debate* - Carlos Eugênio


Marcondes de Moura

9. *The Ritual Process: Structure and Anti-Structure* - Victor Turner

10. *African Traditional Religion in South Africa: An Annotated Bibliography* -


David Chidester, Chirevo V. Kwenda, et al.

11. *Axé: African Brazilian Religious Traditions and their Influence on Brazilian
Culture* - Yvonne Daniel

12. *Religions of the African Diaspora* - Stephen D. Glazier

13. *Healing Practices in Brazilian Umbanda: A Study of Spirit Mediumship* - Kelly


Hayes

14. *Afro-Brazilian Culture and Politics: Bahia, 1790s-1990s* - Hendrik Kraay

15. *Umbanda: Religion and Politics in Urban Brazil* - Angela L. Goldstein

16. *O Sagrado e o Profano na Umbanda: Análises Antropológicas* - Maria Laura


Viveiros de Castro Cavalcanti

17. *Candomblé: African Brazilian Religious Tradition* - Judith Gleason

18. *Theories of Personality and Psychotherapy: Umbanda and Brazilian Spiritism* -


Sidney M. Greenfield

19. *Spirituality and Religion in Social Work Practice: Umbanda and Afro-Brazilian
Traditions* - John Russell Hawkins

20. *As Religiões Afro-Brasileiras e o Sincretismo Religioso no Brasil* - José Flávio


Pessoa de Barros
ESSE É O PRIMEIRO LIVRO DA
COLETÂNEA "CONHECIMENTOS DA
UMBANDA".

NÃO DEIXE DE LER OS LIVROS TRAZIDOS


NA BIBLIOGRAFIA PARA APRENDER
MAIS AINDA SOBRE OS ASSUNTOS EM
VISÕES DE OUTROS AUTORES, E CLARO,
NÃO DEIXE DE LER OS OUTROS LIVROS!

LEMBRANDO QUE OS CONHECIMENTOS


APRESENTADOS NESSE LIVRO SÃO
VIVENCIADOS NA NOSSA CASA DE AXÉ E
TRANSMITIDO POR GERAÇÕES, ONDE
ALIADOS A HISTÓRIA PODEMOS
CONSTRUIR UM FUTURO ONDE O
CONHECIMENTO NÃO ESTÁ MAIS NO
ESCURO.

AXÉ ODARA A TODOS!


E NOS VEMOS NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES.

@PAIERLY

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