Backup - Estudo (Recuperado)
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“Se eu fosse o diabo um dos meus primeiros objetivos seria impedir que as
pessoas se interessassem pela bíblia. Sabendo que ela é a palavra de Deus
e tem como propósito ensinar as pessoas a conhecer, amar e servir ao Deus
da palavra, faria todo o possível para cercá-la de equivalentes espirituais a
armadilhas, cercas de espinho e ciladas, para afugentar as pessoas.
Como? Bem, tentaria dissuadir todos os pastores e sacerdotes de pregar e
ensinar a bíblia, e, espalharia o sentimento de que o estudo pessoal deste
livro antigo é um fardo extra que os cristãos modernos podem dispensar
sem grande prejuízo. Propagaria dúvidas a respeito da verdade, da
importância, do bom senso e da honestidade da bíblia e, se porventura
alguém ainda insistisse em lê-la, eu o induziria admitir que o benefício da
leitura se resume aos sentimentos Nobres e tranquilos que ela evoca, e não
em atentar para aquilo que as escrituras realmente proclamam. De todas as
formas tentaria impedi-los de usar disciplinadamente suas faculdades
mentais para compreender a dimensão de sua mensagem.
Se eu fosse o diabo, avaliando o meu trabalho nos dias de hoje, creio que
ficaria satisfeito com o progresso alcançado”.
Por esse e outros motivos, a igreja cristã se viu obrigada a indagar quais
eram os livros realmente inspirados por Deus. E diferente do que os
católicos romanos dizem, não foi a autoridade da igreja em seus concílios
que definiu quais livros vinham da parte de Deus ou não. Na verdade, a
igreja buscou encontrar o testemunho interno das Escrituras, a ligação dos
escritos com os homens que falavam da parte de Deus (ex: profetas e
apóstolos) e a aceitação quase que unânime, desses escritos, nas
comunidades evangélicas. Em outras palavras eles deixaram que aquilo que
vinha de Deus demonstrasse por si só a sua autoridade.
Enquanto a ICAR quer, de toda forma, atribuir autoridade à igreja na
definição dos livros canônicos.
Uma segunda prova para a canonicidade deles são as citações que esse
povo fazia aos livros inspirados em seus próprios escritos. Por exemplo:
No livro A Guerra dos Filhos da Luz e dos Filhos das Trevas cita
Deuteronômio, Números e Isaías como sendo Palavra de Deus.
O Manual de Disciplina afirma que a Lei de Moisés é inviolável e cita
Êxodo e Isaías.
Já o Documento de Damasco cita os livros do Pentateuco, Isaías, Ezequiel,
Oséias, Amós, Miqueias, Naum, Zacarias e Malaquias.
E também foram encontrados comentários sobre partes de Gênesis,
Habacuque, Oseias, Isaías, Naum, Salmos e Miqueias.
Exemplos:
Ele disse em Marcos 12.36 que elas foram escritas sob influência do Espírito
Santo, e, que nem um til da lei falharia (Lc 16.17)
Mas ainda com todas essas citações de Jesus, não fica tão claro assim quais
livros os judeus aceitavam como inspirados. Vimos que alguns não foram
citados por Jesus, então como fica isso?
Bom, o historiador judeu Flávio Josefo que foi contemporâneo dos apóstolos,
ou seja, da época deles, afirmou em um de seus escritos (Contra Apião 1:8)
que os judeus consideravam sagrados apenas 22 livros – 5 da Lei de Moisés,
13 dos Profetas e 4 de Hinos a Deus…
Esses 22 livros são os nossos 39. A diferença se dá por que os 12 livros dos
profetas menores foram escritos em um único rolo, bem como, 1 e 2 Samuel
ficaram juntos; 1 e 2Reis também, 1 e 2 Crônicas, Esdras com Neemias,
Juízes com Rute e Jeremias com Lamentações. Assim contamos 22 livros
inspirados, pelo testemunho de Josefo.
Acho que não é novidade para ninguém aqui dizer que a Bíblia católica
possui 73 livros enquanto a nossa possui 66. Em cima disso, muitos
católicos criam acusações terríveis contra a reforma e contra Lutero,
afirmando se tratar de um desrespeito e pecado retirar os 7 livros que eles
possuem a mais na Bíblia.
Mas porque nós não temos esses livros? Será que eles não são realmente
inspirados?
De toda forma, alguns estudiosos que foram surgindo ao longo dos tempos
questionaram a autoridade e autoria de alguns livros. E por isso eu vou citar
alguns critérios que foram observados para a definição do que era
inspirado:
Deuteronômio 32:4: "Ele é a Rocha, sua obra é perfeita: porque todos os seus caminhos juízo são: Deus
é verdade, e não há nele injustiça; justo e reto ele é".
João 1:14: "E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito
do Pai, cheio de graça e de verdade".
João 1:17: "Porque a lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo".
João 3:33: "Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro".
João 14:6: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida: ninguém vem ao Pai, senão por
mim".
Hebreus 6:18: "Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a
firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta".
Dizer isso, para mim, é como dizer que Deus não se importa com o seu
povo, seus próprios filhos ou que ele ama mais alguns do que outros. Já
vimos que a Bíblia vem de origem divina, mas ela foi comunicada em
linguagem humana, justamente para que nós possamos compreender a
mensagem e o querer de Deus para nós! Então eu quero tentar refutar essa
ideia com alguns argumentos:
Como já foi demonstrado anteriormente, a Bíblia foi dada por Deus aos
homens, inspirada pelo próprio Espírito Santo, para que nós pudéssemos
aprender a andar da maneira que Deus quer. Ou seja, sem a leitura, estudo
e compreensão da Bíblia, é impossível agradar a Deus irmãos.
Outro ponto importante é que, por mais que o pastor tenha tantas e tantas
formações, ele continua sendo um homem sujeito a falha, por isso não é
correto darmos crédito absoluto as pregações em nossas igrejas locais como
se fossem infalíveis.
Os bereianos analisavam tudo que Paulo lhes pregava a luz das Escrituras e
foram chamados de nobres por isso. Então, muitos de nós dependemos sim
dos pastores ou de quem tem ministério na igreja, e Deus os colocou ali
para isso mesmo, todavia, tudo que nos for dito deve ser analisado a luz da
Bíblia. E como vamos analisar se não lermos e estudarmos ela?
Na parte teórica:
Na parte prática:
- Propósito: