Dissertação Rev05 Final
Dissertação Rev05 Final
Dissertação Rev05 Final
Júri
Presidente: Profª. Adjunta Olga Costa, Escola
Superior de Tecnologia de Setúbal
Orientador: Prof. Coordenador Filipe Didelet,
Escola Superior de Tecnologia de Setúbal
Arguente: Profª. Adjunta Aldina Soares, Escola
Superior de Tecnologia de Setúbal
Dezembro de 2021
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
RESUMO
Como qualquer atividade laboral, esta também comporta os seus perigos e inerentes riscos.
A identificação de perigos e consequentes riscos será feita por um método misto, que
engloba a observação direta em obra e o brainstorming, através de reuniões efetuadas com
a presença de todos os intervenientes em obra, como sendo a Fiscalização, a Coordenação
de Segurança e colaboradores do Empreiteiro. Desta investigação será elaborada uma
matriz de risco, a qual inclui uma avaliação de risco e a proposta de medidas mitigadoras
desse risco. A avaliação do risco será efetuada recorrendo ao método semi-quantitativo de
dois fatores, onde o risco é igual ao produto da probabilidade pela severidade.
Será efetuada uma análise dos resultados obtidos, quer na fase Pré-Controlo, quer na fase
Pós-Controlo, com vista a averiguar os resultados da aplicação das medidas mitigadoras.
Tendo em vista a implementação em obra das medidas de mitigação do risco, será ainda
proposto um Plano de Formação continua de todos os colaboradores.
Pretende-se assim, que o resultado final deste trabalho possa futuramente integrar os
Planos de Segurança e Saúde em obra para as atividades de dragagem e terraplanagem
costeiras, contribuindo dessa forma para a redução do número de acidentes de trabalho e
doenças profissionais.
III
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
ABSTRACT
The choice of this theme is related to the fact that the activity of dredging and pumping
sediments ashore is increasingly sought after, when the intention is to gain land from the
sea, namely, for the implementation of new harbors, airports, industrial plants, real estate
projects and in coastal defense activities.
Like any work activity, this one also carries its dangers and inherent risks.
Thus, the proposed work aims to exhaustively identify the dangers and risks inherent in
this type of activity, propose mitigating measures properly implemented using a Training
Plan directed at tasks that entail the most risks.
The identification of hazards and consequent risks will be done by a mixed method, which
includes direct observation on site and brainstorming, through meetings held with the
presence of all stakeholders on site, such as the Inspection, the Safety Coordination and the
Contractor’s employees. From this investigation, a risk matrix will be elaborated, which
includes a risk assessment and the proposal of mitigating measures for that risk. The risk
assessment will be performed using the semi-quantitative two-factor method, where the
risk is equal to the product of probability and severity.
An analysis of the results obtained will be carried out, both in the Pre-Control and Post-
Control phases, with a view to ascertaining the results of the application of mitigating
measures.
With a view to implementing risk mitigation measures on site, a continuous training plan
for all employees will also be proposed.
Finally, a conclusion of the work carried out will be made, highlighting the difficulties
encountered, the results obtained and its usefulness in the application in future works of
this nature.
IV
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
It is intended, therefore, that the final result of this work may in the future integrate the
Safety and Health Plans at work for the activities of coastal dredging and earthmoving,
thus contributing to the reduction of the number of work accidents and occupational
diseases.
V
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
ÍNDICE GERAL
RESUMO ............................................................................................................................................ II
ABSTRACT ....................................................................................................................................... IV
ÍNDICE GERAL ................................................................................................................................ VI
ÍNDICE DE TABELAS ..................................................................................................................... VII
ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................................... VIII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .......................................................................................... IX
INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 1
Objetivos ......................................................................................................................................... 2
Metodologia .................................................................................................................................... 3
Estrutura do Trabalho ..................................................................................................................... 3
1. RESENHA DO ESTADO DA ARTE ............................................................................................ 5
2. METODOLOGIA ...................................................................................................................... 15
2.1. Contextualização ................................................................................................................... 15
2.2. Método de identificação de riscos ......................................................................................... 15
2.3. Método de avaliação de riscos .............................................................................................. 16
2.4. Métodos escolhidos ............................................................................................................... 18
3. CASO DE ESTUDO ................................................................................................................... 19
3.1. Importância das condições locais para a segurança ....................................................... 20
3.2. Identificação dos equipamentos envolvidos ..................................................................... 20
3.3. Identificação dos recursos humanos envolvidos .............................................................. 24
3.4. Horário de laboração ........................................................................................................ 25
3.5. Desenvolvimento dos trabalhos – principais tarefas ........................................................ 26
4. AVALIAÇÃO DE RISCOS ........................................................................................................ 35
4.1. Identificação de Perigos ........................................................................................................ 35
4.2. Identificação de Riscos .............................................................................................................. 37
4.3. Análise e avaliação de riscos ...................................................................................................... 41
5. ANÁLISE DE RESULTADOS ................................................................................................... 43
5.1. Matrizes de risco ....................................................................................................................... 43
5.2. Plano de formação..................................................................................................................... 51
5.2.1. Levantamento das necessidades de formação ........................................................................ 51
5.2.2. Programa do Plano de Formação .......................................................................................... 54
5.2.3. Plano da sessão ................................................................................................................... 55
5.2.4. Ação de Formação .............................................................................................................. 55
5.2.5. Avaliação da ação de formação ............................................................................................ 58
CONCLUSÃO................................................................................................................................... 59
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................... 61
LEGISLAÇÃO E NORMAS ............................................................................................................. 62
GLOSSÁRIO .................................................................................................................................... 63
VI
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Acidentes graves por setor de atividade ............................................................................ 6
Tabela 2 - Acidentes mortais por setor de atividade .......................................................................... 6
Tabela 3 - Recursos humanos em obra............................................................................................. 25
Tabela 4- Tarefas e perigos associados à operação na draga ........................................................... 35
Tabela 5 - Tarefas e perigos associados à operação no terrapleno ................................................... 36
Tabela 6 - Perigos e respetivos Riscos associados à operação na draga .......................................... 37
Tabela 7 – Perigos e respetivos Riscos associados à operação no terrapleno .................................. 40
Tabela 8 – Escalas de Probabilidade e Severidade........................................................................... 41
Tabela 9 – Níveis de aceitação do risco ........................................................................................... 41
Tabela 10 – Medidas a tomar em função do nível de risco .............................................................. 42
Tabela 11 – Matriz de Riscos para as tarefas desenvolvidas no terrapleno ..................................... 44
Tabela 12 – Matriz de Riscos para as tarefas desenvolvidas a bordo da draga ................................ 47
Tabela 13 – Tabela de tarefas a integrar o Plano de Formação em obra .......................................... 53
Tabela 14 – Tabela resumo do Plano de Formação em obra............................................................ 57
VII
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
ÍNDICE DE FIGURAS
VIII
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
IX
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
INTRODUÇÃO
Por outro lado, também é prática comum, fazer armazenamento de areia para futuros
trabalhos de aterros, alimentação de praias, comercialização para a construção civil ou em
alguns casos, para a indústria cimenteira.
1
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
O presente tema assume extrema importância na atualidade, por se tratar de uma atividade
pouco desenvolvida, principalmente em Portugal, pelo que a análise dos riscos subjacentes
não está totalmente explorada. Acresce ainda, que se trata de um tipo de operação que está
sujeita aos elementos da natureza, que frequentemente se desenvolve num regime de
trabalho de 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana) e que em parte é executada num
ambiente não controlado.
A prevenção dos acidentes de trabalho deve ser um tema de grande preocupação para todos
os atores do mundo empresarial, uma vez que estes acarretam elevados custos sociais e
económicos, afetando não só os trabalhadores e suas famílias, como também as próprias
entidades empregadoras, a sociedade e a economia.
Objetivos
Metodologia
Estrutura do Trabalho
1
DDS – Diálogo Diário de Segurança, tem por finalidade instigar no colaborador a consciencialização envolvendo as suas atividades
quotidianas referentes à sua segurança.
3
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Conclusão.
4
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
A forte concorrência entre empresas em diversos setores, acentuada pela crise financeira
que se iniciou em 2008, tem levado a que diversas empresas tenham procurado formas de
se destacarem das restantes. Uma dessas formas, foi um investimento em sistemas de
gestão controlados e certificados, tais como os acima referidos. Pode-se inferir assim, que
a crise financeira foi um impulsionador da SHT em diversas empresas. Infelizmente esta
conclusão não pode ser generalizada, uma vez que também são conhecidos casos de
empresas que por falta de recursos financeiros, descoraram a aquisição de equipamentos de
proteção individual e coletiva e colocaram os prazos de entrega à frente da segurança.
5
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Tabela 1 - Acidentes graves por setor de atividade Tabela 2 - Acidentes mortais por setor de atividade
CAE 2018 2019 2020 2021 CAE 2018 2019 2020 2021
A - Agricultura, A - Agricultura,
Produção Animal, Caça, 28 23 16 1 Produção Animal, Caça, 15 16 12 4
Floresta e Pesca Floresta e Pesca
C - Indústrias C - Indústrias
170 154 88 22 37 18 17 10
Transformadoras Transformadoras
D - Eletricidade, Gás, D - Eletricidade, Gás,
Vapor, Água Quente e 3 0 0 1 Vapor, Água Quente e 2 1 0 0
Fria e Ar Frio Fria e Ar Frio
E - Captação, E - Captação,
Tratamento e Tratamento e
Distribuição de Água; 11 12 5 2 Distribuição de Água; 5 2 6 0
Saneamento, Gestão de Saneamento, Gestão de
Resíduos e Despoluição Resíduos e Despoluição
P - Educação 0 0 0 0 P - Educação 0 0 0 0
6
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
No entanto, este cenário não é exclusivo do mercado de trabalho português. Vários autores
consideram que o setor da construção é uma das indústrias mais perigosas do mundo
(Dong et al., 1995; Brunette, 2004; Waehrer et al. 2007; Sacks et al, 2009).
De acordo com a Eurostat, em 2018 o setor da construção foi o que representou maior
número de acidentes fatais e não fatais com gravidade. Do total de acidentes ocorridos
neste setor, mais de 20% foram fatais e cerca de 12% foram não fatais com gravidade.
Os setores dos transportes e logística e da indústria seguem nas posições seguintes.
De acordo com a Autoridade para as Condições no Trabalho, nos países onde existem
elevados níveis de Segurança e Saúde no Trabalho a competitividade das empresas
aumenta e diminuem os custos com os acidentes e as doenças profissionais.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Constatou-se na fase de investigação para a execução do presente trabalho que existe uma
lacuna de investigação e informação sobre o tema da segurança, no que se refere às obras
marítimas. Aparentemente, as empresas do setor têm desenvolvido os seus PSS com base
na experiência própria, que têm adquirido ao longo dos anos e não com base em estudos de
investigação, que tenham tido origem em equipas multidisciplinares, por forma a ter um
documento robusto que abarque todas as especialidades das obras marítimas.
Vale ressaltar que as empresas dragadoras, por operarem navios sem restrições de
navegação ao redor do mundo, já estão sujeitas ao cumprimento de diversos tratados,
regulamentos e convenções, tais como, a International Convention for the Safety of Life at
Sea (SOLAS), a International Maritime Organization (IMO), o International Ship and Port
Facility Security (ISPS) Code, o International Safety Management (ISM) Code, para citar
os mais importantes.
Ao nível da literatura de investigação foi encontrada uma publicação sobre este tema,
(Cruickshank, I., Cork, S.,2005), intitulada “Construction health and safety in coastal and
maritime engineering”, e patrocinada por diversas entidades públicas e privadas britânicas.
É uma investigação genérica sobre diversos tipos de trabalhos marítimos, focando-se
bastante na
Esta publicação foi, assim, financiada pelo Departamento de Comércio e Indústria (Dti),
Agência Ambiental (EA), Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais
(Defra), entre mais de uma dezena de organismos públicos do Reino Unido e diversas
empresas privadas do setor. Segundo os seus autores,
“Os trabalhos de construção costeira e marítima são particularmente
perigosos devido à natureza hostil e por vezes imprevisível do ambiente em que
8
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Ainda assim, aquele documento apenas aborda as questões de segurança em traços gerais,
deixando recomendações a projetistas e empreiteiros, cabendo a estes aprofundar os
perigos e os inerentes riscos de cada especialidade das obras marítimas.
Por forma a sustentar a credibilidade deste trabalho, a investigação foi direcionada para as
empresas atuantes no setor internacional de dragagens, tendo sido possível obter excertos
de Planos de Segurança elaborados por essas empresas, nomeadamente, matrizes de risco
focadas nas tarefas dentro de navios. Não sendo bibliografia de acesso público, foi
assumida neste projeto como informação bastante credível, não fosse a mesma
desenvolvida pelas partes com maior experiência em avaliar riscos e a procurar processos
de os minimizar ou suprimir.
9
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
A título de exemplo, transcreve-se algumas inovações premiadas nos últimos anos por
aquela Associação (IADC Safety Awards):
Em 2021 a empresa Jan de Nul foi premiada pela conceção de uma plataforma para fazer a
transferência de tripulantes entre os cais e as embarcações e vice-versa, adaptada a todos os
cabeços de amarração, minimizando o risco de queda à água.
Fonte: Website da IADC em https://www.iadc-dredging.com/news/jan-de-nul-and-keppel-fels-
winners-of-the-iadc-safety-awards-2021/
Em 2020 o IADC Safety Awards foi cancelado devido ao estado pandémico provocado pelo
COVID19.
10
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
2018 a empresa Van Oord foi premiada por conceber uma plataforma de recolha dos
detritos removidos da cabeça de dragagem, evitando que a tripulação tenha que os carregar
manualmente para a área de depósito. Esta plataforma tem um funcionamento hidráulico,
levando os detritos até à área de depósito automaticamente.
Fonte: Website da IADC em https://www.iadc-dredging.com/video/safety-award-van-
oord-debris-removal-platform/
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Em 2017 a empresa Jan de Nul foi premiada pela conceção de sistema mais seguro para o
carregamento dos tubos de aço em camiões, evitando que os colaboradores tenham que se
aproximar dos mesmos para auxiliar na operação. O sistema inclui um spreder com o mesmo
comprimento dos tubos, ganchos de engate desenhados para encaixar perfeitamente nas flanges
que a empresa usa nos seus tubos e berços com batentes regulaveis para assentamento dos
tubos, podendo ser adaptado para diversos diâmetros.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=VlixFOCiWGA
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Após uma breve consulta ao website da IADC, nomeadamente, na aba referente ao Safety é
possível perceber que, apesar de academicamente não existir informação relacionada com
a higiene e segurança dedicada a este tipo de atividade, as empresas do setor têm
13
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
2. METODOLOGIA
2.1. Contextualização
A NP ISO 31000:2018 que estabelece as linhas orientadoras para a Gestão do Risco, define
que a apreciação do risco (risk assessment) divide-se em 3 elementos; a identificação do
risco, a análise do risco e a avaliação do risco.
A NP EN 31010:2016 estabelece as técnicas de apreciação de risco e assume que a
apreciação do risco é efetuada de acordo com a estrutura e o processo de gestão de risco
descritos na ISO 31000.
Cabe a cada organização estabelecer os seus parâmetros básicos para gerir o risco,
nomeadamente a aceitabilidade do risco, ou seja, qual o limite de risco que a organização
considera aceitável. Este estabelecimento de parâmetros é elaborado tendo em conta a
política de segurança da empresa, os seus valores e a sua missão. Mas não só os fatores
internos deverão ser tidos em conta. Fatores externos, tais como, os culturais, políticos,
legais, concorrenciais e os valores das partes interessadas (por exemplo os clientes da
organização), devem ser tidos em conta aquando do estabelecimento dos parâmetros de
aceitabilidade do risco.
Para a elaboração do presente trabalho foram estabelecidos os parâmetros de aceitabilidade
do risco constantes do ponto 5, Avaliação de Riscos.
2 HAZOP - Hazard and Operability Study é uma forma sistemática de identificar possíveis perigos num
processo. Este método tem uma grande aplicação na indústria química.
3 A metodologia Delphi é um procedimento para obter um consenso fiável das opiniões de um grupo de
peritos.
15
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
• Projeto de execução;
• Condições locais (marés, correntes, ventos e previsões meteorológicas diárias)
• Condicionantes do local (vias de acesso, existência ou não de dunas, plataforma de
areia disponível para execução dos trabalhos preparatórios);
• Procedimentos gerais de segurança para a atividade;
• Equipamentos em obra;
• Meios humanos disponíveis;
• Formação disponibilizada.
Na etapa seguinte foi reunida e analisada toda a informação obtida, a qual permitirá
elaborar uma checklist com os perigos que foram identificados e os consequentes riscos daí
advindos.
16
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Por sua vez, nos métodos semi-quantitativos, são criados índices para situações de risco e
são elaborados planos de atuação para hierarquizar o risco. Os mais comuns são o método
de William T. Fine e a Metodologia de Avaliação de Riscos e Acidentes de Trabalho
(MARAT). Este método deve ser escolhido quando os métodos qualitativos são
insuficientes e quando os quantitativos não são adequados (por exemplo pela
complexidade, custo e insuficiência de recursos). Este método estima o Nível do Risco
(NR) através da multiplicação Nível de Severidade (NS) pelo Nível de probabilidade (NP).
Por sua vez o Nível de Severidade é calculado multiplicando o Nível de Exposição (NE)
pelo Nível de Deficiência (ND).
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Neste sentido, para a avaliação dos riscos optou-se pelo método semi-quantitativo de dois
fatores, onde o risco corresponde á multiplicação da probabilidade pela severidade.
Para a identificação dos perigos optou-se por um método misto tendo em conta que se
torna mais abrangente relativamente a outros métodos mais complexos e baseados em
estudos existentes, que no caso particular e como já citado, não foi possível encontrar. Por
outro lado, o método misto adapta-se perfeitamente à atividade em análise, uma vez que
envolve diretamente todos os intervenientes no processo.
Desta forma, os métodos escolhidos para identificação dos perigos e análise dos riscos, são
os mais adequados à atividade em análise, apesar de não serem os mais complexos e
provavelmente os mais cientificamente acreditados, de entre os disponíveis na esfera da
Segurança e Saúde no Trabalho.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
3. CASO DE ESTUDO
Uma atividade com estas características tem duas frentes de trabalho; uma em meio
marinho e; outra em meio terrestre.
Desta forma, também os equipamentos se definem por equipamentos marítimos e
equipamentos terrestres.
No que toca aos equipamentos marítimos, nesta empreitada foi utilizada uma draga de
sucção em marcha TSHD (trailling suction hopper dredger) com capacidade de porão de
1500 m3 e potência total instalada de 5046 kW, dos quais 2350 kW estão associados à
potência de bombagem.
O navio tem 75 metros de comprimento e é operado por 7 tripulantes.
19
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
A área de estudo deste trabalho abrange não só os trabalhos desenvolvidos em terra, bem
como a atividade dentro da embarcação, muito embora esta já seja regulamentada por
convenções, tratados e regulamentos internacionais específicos.
O caso em estudo é um caso particular de obra marítima. São vários os fatores que o
tornam particular, destacando-se o facto de se desenvolver em regime de 24 horas, o solo
onde circulam máquinas e pessoas é areia solta e instável podendo ser movediça, estar
permanentemente sujeita à variação de maré, que afeta diretamente as operações a cada 6
horas, os trabalhos desenvolvem-se numa área onde são descarregados milhares de metros
cúbicos de mistura água/areia em apenas uma hora, acarretando riscos acrescidos da
existência de areias movediças e a existência de máquinas de grande porte a operar sobre
uma pilha de areia com vários metros de altura.
Excluindo as operações com equipamentos terrestres de grande porte, que é comum a
qualquer obra marítima, este caso estudo em particular é ainda afetado pelos fatores acima
referidos.
20
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
21
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Para a execução do trabalho noturno foi usado um gerador para alimentação de diversos
pontos de luz para possibilitar o trabalho noturno com segurança.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Esta operação foi efetuada com uma escavadora giratória do lado de terra e com o apoio da
draga do lado do mar. Após alinhar o pipeline na posição que se pretendia, o ar foi retirado
do seu interior e o mesmo afundou naquela posição.
Muito embora este tipo de atividade tenha uma forte componente mecânica, a mão de obra
é indispensável, sendo que os principais perigos estão na articulação entre estas duas
componentes.
No entanto, há um fator favorável, que se prende com o facto dos trabalhos se
desenvolverem numa área exterior, ampla, ao nível do solo e sem acumulação de
colaboradores em simultâneo na mesma atividade.
Nesta empreitada, na operação dos trabalhos terrestres, intervieram um Engenheiro
Responsável Técnico (Civil), um Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho,
um Encarregado, um Chefe de Equipa, seis Manobradores de Máquinas e três Serventes,
em turnos de 8 horas. No entanto, em simultâneo estiveram apenas entre 4 a 6
colaboradores em obra, distribuídos por uma área significativa. Sempre que possível, cada
tarefa que envolva manuseamento de tubos e equipamentos pesados, não deve de ser
24
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
executada por mais de dois colaboradores, por forma a reduzir as consequências em caso
de acidente.
Na operação da draga intervieram um Comandante, um Imediato, um Engº de Máquinas,
três Marinheiros e um Cozinheiro.
Na tabela abaixo é apresentada a compilação da equipa de colaboradores intervenientes em
obra:
Tabela 3 - Recursos humanos em obra
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
As principais tarefas inerentes à primeira fase são as que acarretam mais riscos,
principalmente devido a duas causas; a primeira está ligada com a inexperiência de alguns
dos colaboradores, porque em muitos casos, nunca trabalharam numa obra desta natureza e
a segunda causa, de carater técnico, refere-se às condições físicas do local disponível para
executar a descarga dos tubos, uma vez que os veículos pesados que os transportam e a
máquina giratória, podem não estar a operar em terreno firme e plano.
Os veículos pesados chegam à obra com um peso bruto a rondar as 30 toneladas e a
máquina giratória pesa entre 25 a 30 toneladas. Quando o terreno não é firme e plano,
existe um risco considerável de queda dos tubos, quando são retiradas as cintas de
transporte. Esta operação tem de ser sempre coordenada pelo encarregado e nenhuma cinta
poderá ser desapertada sem a sua ordem.
Nesta fase ainda se incluem o transporte e a distribuição dos tubos pelo terrapleno e os
trabalhos de aparafusamento topo a topo dos tubos, que comportam diversos riscos devido
à proximidade entre os trabalhadores e os tubos de aço que são movimentados pelas
máquinas giratórias. Acidentes como entalamentos ou esmagamentos podem ser frequentes
se a operação não obedecer a todas as regras de segurança. É imprescindível que todos os
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Figura 16 – Aparafusamento dos tubos topo a topo com auxílio das máquinas giratórias
A segunda fase de desenvolvimento dos trabalhos pode-se considerar que é a que comporta
um menor número de acidentes, muito embora, quando ocorrem, possam ser de maior
gravidade. É a fase de dragagem e repulsão da mistura água/areia da draga para terra e o
seu espalhamento de acordo com o perfil de pilha constante do projeto de execução.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Figura 17 – Polpa água/sedimentos a serem descarregados no terrapleno para constituir a pilha de areia
Aparentemente parece não haver nada de extraordinário nesta tarefa, não fosse o facto de a
cada 2 horas serem bombeados cerca de 5.000 m3 de mistura água/areia. A água é
devolvida ao meio hídrico e os 1500 m3 de areia de cada carga ficam retidos na pilha de
sedimentos. Este é o ritmo de trabalho durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias
por mês.
Uma vez que uma draga do tipo da usada nesta empreitada é classificada como sendo um
navio, embora com especificidades diferentes dos navios de transporte de mercadorias, esta
está sujeita a todos os regulamentos internacionais como qualquer navio, acrescidos de
regulamentos específicos para trabalhos de dragagem no mar. Entre as normas de
segurança a serem atendidas sobressai a sinalização da draga enquanto está a executar
operações de dragagem, ou seja, as outras embarcações precisam ser avisadas que há um
equipamento de dragagem naquele local, a navegar a baixa velocidade e em manobras
constantes de mudança de rumo. Uma vez que a draga opera de dia e de noite existem dois
tipos de avisos à navegação para a identificar; de dia são usadas as marcas no mastro
principal da draga (círculo, losango, círculo) e no período noturno é ainda usado o código
de luzes verticais vermelha, branca, vermelha, conforme mostrado na Figura 18.
29
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Figura 18 – Códigos de marcas e de luzes para sinalização de embarcação com capacidade de manobra
restrita
Conforme já referido, esta fase dos trabalhos é a que acarreta menos perigos, embora sejam
de destacar essencialmente dois; a operação de acoplamento/desacoplamento do pipeline
na draga a cada descarga e a movimentação dos equipamentos de terraplanagem dentro da
bacia de decantação da pilha de sedimentos.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Nesta empreitada tal situação ocorreu uma vez, tendo uma escavadora giratória ficado
enterrada. O operador foi de imediato retirado de dentro do equipamento. Com a
colaboração de outra máquina similar foi possível recuperar o equipamento acidentado sem
qualquer dano para o mesmo.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Conforme já referido, em termos de segurança, esta fase dos trabalhos é a que apresenta
menos riscos. Isto porque, por um lado estão em permanência poucos colaboradores em
obra e por outro, quase todas as tarefas são executadas pelos equipamentos de
terraplanagem, havendo pouca intervenção de trabalho braçal. Salvo qualquer imprevisto,
somente as operações de acoplamento de novos tubos ao pipeline e os deslocamentos do
mesmo, carecem da presença dos colaboradores junto das máquinas.
Desta forma, a reduzida exposição dos colaboradores aos riscos, reduz a probabilidade de
ocorrência de acidentes.
Como medida preventiva, no período de trabalho noturno não são efetuadas manobras de
movimentação da tubagem, uma vez que é uma manobra que comporta alguns riscos e
mesmo havendo uma iluminação adequada, é de todo desaconselhado qualquer destas
atividades.
Após 45 dias de operação foi possível concluir os trabalhos, tendo sido dragados mais de
460.000 m3 de sedimentos e acondicionados em duas pilhas de armazenamento.
Nas figuras 21 e 22 abaixo é notória a diferença do terrapleno antes e depois de concluída a
empreitada.
Relativamente a incidentes, não houve a registar qualquer incidente ou quase acidente com
os colaboradores presentes na empreitada. Apenas há a referir o incidente com a
escavadora giratória, que por acontecer com regularidade neste tipo de atividade, é
encarado com tranquilidade, seguindo-se os procedimentos pré-definidos para retirar o
operador em segurança e posteriormente o recuperar o equipamento.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
4. AVALIAÇÃO DE RISCOS
Conforme referido anteriormente, para a identificação dos perigos e dos riscos optou-se
por um método misto, envolvendo a observação direta em obra e o brainstorming, sendo a
informação recolhida cruzada com matrizes de risco desenvolvidas por empresas
internacionais atuantes no setor das dragagens, principalmente no que toca às tarefas
desenvolvidas a bordo de dragas de sucção em marcha (TSHD).
Dessa investigação foram produzidas as tabelas abaixo com a identificação de todos os
perigos a bordo da draga e na operação terrestre.
TAREFAS PERIGOS
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
• Queda à água
• Queda no convés
Emergência médica • Procedimentos e exercícios de
emergência não treinados
Abastecimento de combustível • Fogo
• Explosão
• Derramamento de combustível
Entrar e/ou trabalhar em espaços • Potencial presença de fumos
confinados. • Níveis baixos de oxigênio
• Combustíveis e contaminantes
tóxicos presentes no ar.
Trabalhos com altas temperaturas • Eletrocussão
• Cortes
• Proximidade à água
• Inalação de vapores
• Faíscas
• Pó de esmerilamento e/ou limalhas.
Operações com o(s) tubo(s) de sucção • Corrente
• Águas rasas
• Tubos de sucção subindo e descendo
do convés
Operação de limpeza das cabeças de • Proximidade à água
dragagem • Guindaste do navio
• Objetos em queda (resíduos de
dragagem)
• Trabalhos em altura
TAREFAS PERIGOS
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Partindo dos perigos atrás identificados, foram considerados os riscos inerentes, conforme
tabelas abaixo, igualmente separadas pelo tipo de atividade; dentro da embarcação e no
terrapleno.
Tabela 6 - Perigos e respetivos Riscos associados à operação na draga
PERIGOS RISCOS
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
PERIGOS RISCOS
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
• Hipotermia
Presença de pessoas estranhas à obra na • Atropelamento
envolvente da mesma • Entalamento e/ou esmagamento
• Soterramento
• Projeção de partículas
• Queda da carga em altura
Trabalhos em altura • Queda em altura
Movimentação de veículos rodoviários • Atropelamento
pesados
Acondicionamento da carga • Entalamento e/ou esmagamento
Escala de frequência/probabilidade
Escala de Severidade (S)
(P)
Ocorrência altamente improvável 1 Pequenas Lesões
Possibilidade remota de ocorrência 2 Lesão superficial sem paragem de trabalho
Ocorrência ocasional 3 Lesões graves com paragem de trabalho
Ocorre com frequência e regularidade 4 Lesão grave com sequela
Ocorrência muito provável 5 Ferimentos múltiplos graves com sequelas
Ocorre de certeza 6 Morte
Através da aplicação das escalas acima, obtemos os resultados constantes das tabelas 7 e 8,
relativos aos níveis de aceitação do risco e às respetivas medidas a tomar.
Tabela 9 – Níveis de aceitação do risco
Severidade
R= PxS 1 2 3 4 5 6
1 1 2 3 4 5 6
Frequência (P)
Probabilidade/
2 2 4 6 8 10 12
3 3 6 9 12 15 18
4 4 8 12 16 20 24
5 5 10 15 20 25 30
6 6 12 18 24 30 36
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Risco Mínimo
Risco considerável aceitável, não necessitando de medidas adicionais
para o controlo e prevenção
Baixo Risco
Será necessário tomar medidas de médio prazo, para o controlo e
prevenção.
Risco Médio
Será necessário tomar medidas de curto prazo, de forma a reduzir o risco.
Alto Risco
O trabalho deverá ser imediatamente suspenso até que se tenham posto
em prática medidas de forma que o risco se torne aceitável.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
5. ANÁLISE DE RESULTADOS
Após a identificação dos perigos e consequentes riscos, bem como da definição das escalas
de probabilidade de ocorrência e severidade dos prováveis acidentes, foram elaboradas as
Matrizes de Risco, na fase Pré-Controlo por forma a analisar quais os riscos que careciam
de intervenção prevenção e/ou proteção.
Após análise dos resultados obtidos, observa-se que, no que toca aos trabalhos em terra,
77% das tarefas encontram-se no grau de risco médio e 23% no grau de risco baixo.
Já no que toca às tarefas desenvolvidas a bordo da embarcação, 50% situam-se no grau de
risco alto e 48% no grau de risco médio.
Com estes resultados, obviamente que tiveram que ser tomadas medidas de
prevenção/proteção, as quais estão elencadas nas Matrizes de Risco a seguir reproduzidas.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Aceitabilidade/
Aceitabilidade/
Probabilidade
Probabilidade
Grau de Risco
Grau de Risco
Severidade
Medidas de
Severidade
Medidas de
Tarefa Perigos Riscos Medidas de Prevenção/Protecção
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
45
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Máquinas em movimento
Manter contacto visual com os operadores de outros
com cargas arrastadas
Colisão entre equipamentos e estar atento aos avisos sonoros. No período
3 3 9 noturno manter contato visual com a iluminação de aviso dos 3 1 3
equipamentos
outros equipamentos.
Deslocamentos do pipeline
Utilização de equipamentos CE. Utilização de bancos
Ruído e vibrações 3 6 18 3 2 6
ergonómicos. Manutenção periódica dos equipamentos.
As mangueiras do compressor deverão ser verificadas antes de
Injeção de ar cada utilização, bem como as válvulas e os respetivos
comprimido no pipeline Contusões/fraturas 4 3 12 acoplamentos. Em caso de existirem danos nos equipamentos ou 4 1 4
para flutuação do mesmo acessórios, parar o trabalho até que sejam repostas as
(rebentamento de um condições de segurança.
tubo) Projeção de partículas de Esta operação deverá ser efetuda com oculos de proteção
3 3 9 contra partículas projetadas. 3 1 3
areia
Na movimentação de terras é expressamente proibido a
permanência dos colaboradores junto dos equipamentos, com
Soterramento 5 3 15 exceção do colaborador que estiver a dar opoio direto ao 5 1 5
operador. Estes deverão manter-se em contato visual
permanente.
Não é permitida a presença de nenhum colaborador junto à
Areias movediças na saída da mistura de repulsão água/sedimentos. Qualquer
Repulsão da mistura água/sedimentos Afogamento colaborador que venha a executar por qualquer trabalho junto à
zona de descarga do 5 3 15 5 1 5
para o terrapleno linha de maré deverá usar colete salva vidas autoinsuflável.
pipeline
Máquinas em movimento
Usar EPI´s adequados (marca CE), nomeadamente luvas de
com cargas suspensas acordo com a Norma EN 388, nivel de desempenho 4421. Não
deverão aproximar-se dos tubos antes do operador da máquina
Entalamento e/ou
4 2 8 terminar o seu posicionamento. Em caso de ajuste no 4 2 8
esmagamento
posicionamento dos tubos, os colaboradores deverão afastar-se
dos mesmos durante esse ajuste.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
PRÉ-CONTROLO PÓS-CONTROLO
CONTROLO DO RISCO
DO RISCO DO RISCO
Aceitabilidade/
Aceitabilidade/
Probabilidade
Probabilidade
Grau de Risco
Grau de Risco
Severidade
Medidas de
Severidade
Medidas de
Tarefa Perigos Riscos Medidas de Prevenção/Protecção
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Superfícies ou elementos
5 5 25 3 2 6
escorregadios.
EPI para chuva (calçado de segurança, roupas de chuva).
Escorregamentos,
Limpeza (zonas de circulação limpas e desobstruídas)
tropeções e quedas
devido a superfícies
Chuva forte 3 4 12 3 2 6
escorregadias, resultando
em ferimentos aos
tripulantes.
48
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
49
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Pela análise das Matrizes de Risco e com base no Nível de Aceitabilidade do Risco
definidas, após a aplicação das medidas de prevenção/proteção, na generalidade os riscos
inerentes à atividade exercida no terrapleno encontram-se no Grau de Risco Baixo (61%).
Não existem tarefas com Grau de Risco Médio e Elevado e existe um número considerável
de tarefas com Grau de Risco Mínimo (39%).
Vale salientar, que pela análise do Grau de Risco das tarefas antes da aplicação das
medidas de prevenção/proteção, verifica-se que os níveis de risco são bastante mais
elevados, principalmente nas tarefas executadas dentro da draga, onde 50% das tarefas
tinham um Grau de Risco Alto e nenhuma tarefa tinha um Grau de Risco Mínimo.
De facto, não há qualquer dúvida que as tarefas executadas dentro de navios, na
generalidade são tarefas que acarretam riscos muito elevados, principalmente por se
tratarem de equipamentos flutuantes, com uma estabilidade diretamente afetada pelas
condições de mar, toda a sua construção é feita em aço (propicio a agravar as
consequências de quedas e de choques com a estrutura) e todos os equipamentos
operacionais são de elevado porte.
Estas análises permitem-nos ainda concluir que as medidas de prevenção e proteção são
fundamentais para a diminuição dos acidentes de trabalho e as doenças profissionais.
50
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Pela análise das matrizes de risco, foram selecionadas as tarefas que, embora se encontrem
num nível baixo de risco, se aproximam do nível médio, nomeadamente as tarefas com
grau de risco igual ou superior a 9. Desta forma, foram selecionadas as tarefas constantes
da Tabela 13 a seguir apresentada, para integrarem o Plano de Formação a implementar em
obra.
Analisando agora cada uma das tarefas constantes da referida tabela optou-se por enfatizar
a formação em duas atividades consideradas mais críticas em termos de mitigação dos
riscos, nomeadamente, a “montagem e desmontagem das linhas de tubagem para repulsão
dos sedimentos dragados” e “operações com o(s) tubo(s) de sucção” em “águas rasas”.
Para estas atividades será proposta uma ação de formação direcionada e em momentos
diferentes da formação geral, que será ministrada para as restantes tarefas.
Assim, para todas as atividades a integrar o Plano de Formação serão realizadas ações de
formação mensais e para as duas tarefas selecionadas como críticas serão realizadas ações
de formação semanais. Estas serão direcionadas para todos os colaboradores a operar em
terra no que respeita à ação de formação relativa à tarefa “montagem e desmontagem das
linhas de tubagem para repulsão dos sedimentos dragados” e direcionada para o
Comandante e Imediato da draga no que toca à tarefa “operações com o(s) tubo(s) de
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
sucção” em “águas rasas”. Esta última seleção prende-se com o facto de que somente o
Comandante e o Imediato operam a draga.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
PRÉ-CONTROLO PÓS-CONTROLO
CONTROLO DO RISCO
DO RISCO DO RISCO
Aceitabilidade/
Aceitabilidade/
Probabilidade
Probabilidade
Grau de Risco
Grau de Risco
Severidade
Medidas de
Severidade
Medidas de
Tarefa Perigos Riscos Medidas de Prevenção/Protecção
PRÉ-CONTROLO PÓS-CONTROLO
CONTROLO DO RISCO
DO RISCO DO RISCO
Aceitabilidade/
Aceitabilidade/
Probabilidade
Probabilidade
Grau de Risco
Grau de Risco
Severidade
Medidas de
Severidade
Medidas de
Tarefa Perigos Riscos Medidas de Prevenção/Protecção
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Antes do início dos trabalhos será ministrada uma ação de formação destinada a todos os
colaboradores que irão operar em terra, bem como aos tripulantes. De salientar que deverá
ser dada especial atenção aos colaboradores menos experientes nesta atividade e aos que
eventualmente tenham alguma dificuldade para entender a língua portuguesa.
O Programa das ações de formação deverá ser comunicado aos colaboradores através da
afixação do mesmo na vitrina de obra.
Todos os participantes nas ações de formação deverão, no final das mesmas, assinar a
folha de presenças, a qual será incorporada no DPPSS (Desenvolvimento Prático do Plano
de Segurança e Saúde) em obra.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
rochosos podem provocar acidentes graves, com todas as consequências que se podem
imaginar, desde o pequeno incidente até à perda da embarcação e dos seus tripulantes.
Conforme já referido, a ação de formação geral deverá preceder o arranque dos trabalhos,
sendo desejável que a mesma ocorra com a presença de todos os colaboradores que irão
intervir na empreitada.
Caso não seja possível reunir todos os colaboradores numa mesma sessão, nomeadamente
os tripulantes das dragas, que só chegam ao local dos trabalhos quando todos os trabalhos
preparatórios já foram executados, deverá ser prevista uma segunda ação de formação para
a tripulação. O encarregado da empreitada, que é o elemento que faz o interface entre a
equipa terrestre e a tripulação, deverá estar presente nas duas ações de formação.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Após a conclusão de cada ação de formação todos os intervenientes deverão assinar a folha
de presenças e responder a um teste de avaliação da eficácia da ação de formação, que terá
como finalidade a aplicação de ações corretivas para as próximas sessões.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
CONCLUSÃO
Procurou-se com este trabalho fazer uma avaliação de riscos numa atividade atualmente
pouco comum, mas com tendência de crescimento no futuro, não só tendo em vista a
implantação de novos projetos portuários, aeroportuários e industriais, mas também devido
à necessidade de promover a proteção costeira contra a subida do nível médio das águas do
mar.
Por outro lado, as previsões ambientais para o futuro não são muito promissoras. Com o
aquecimento global, a subida do nível médio da água do mar parece ser uma consequência
inquestionável, obrigando as entidades responsáveis pela proteção do território a tomarem
medidas para a proteção das populações litorâneas, promovendo a proteção costeira com
areia dragada no mar e colocada sobre a linha de costa na recomposição de praias e dunas
primárias.
Por forma a sustentar a credibilidade deste trabalho, a investigação foi direcionada para as
empresas atuantes no setor internacional de dragagens, tendo sido possível obter excertos
de Planos de Segurança elaborados por essas empresas, nomeadamente, matrizes de risco
focadas nas tarefas a bordo dos navios. Não sendo bibliografia de acesso público, foi
assumida neste projeto como informação bastante credível, não fosse a mesma
desenvolvida pelas partes com maior experiência em avaliar riscos e a procurar processos
de os minimizar ou suprimir.
Desta forma, elaborar este trabalho foi um desafio, dada a falta de informação
sistematizada, tendo obrigado a desenvolver as matrizes de risco quase de raiz.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Da análise das matrizes de risco há a salientar os efeitos práticos bastante positivos das
medidas de mitigação dos riscos associados às tarefas. Na fase de Pós-Controlo de riscos
verifica-se que, tanto nas atividades desenvolvidas a bordo da draga, quanto nas atividades
desenvolvidas em terra, há uma diminuição acentuada dos riscos a que os trabalhadores
estão expostos.
Este trabalho é assim, uma modesta contribuição para que no futuro a matriz de risco
produzida, possa ser aplicada em Planos de Segurança e Saúde de obras desta natureza.
Por forma a colocar em prática toda a investigação realizada para a elaboração do presente
trabalho, é proposto um Plano de Formação em obra que retratará as tarefas com grau de
risco mais elevado.
Estão previstas diversas ações de formação, quer de caracter mais geral destinada a todos
os colaboradores, quer de caracter mais restrito, destinadas às atividades desenvolvidas
apenas por alguns colaboradores.
Procura-se com essas ações de formação não só dar a conhecer os riscos inerentes às
atividades e as ações propostas para prevenir/reduzir acidentes de trabalho e doenças
profissionais, bem como recolher informações dos colaboradores sobre os riscos que
eventualmente não foram contemplados nas matrizes apresentadas, uma vez que se
pretende que sejam documentos dinâmicos.
Pretende-se desta forma que todos os colaboradores possam terminar cada jornada de
trabalho no mesmo estado de saúde com que a iniciaram.
60
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
BIBLIOGRAFIA
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LEGISLAÇÃO E NORMAS
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
GLOSSÁRIO
Avaliação de Riscos – Processo que mede os riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É uma análise sistemática de
todos os aspetos relacionados com o trabalho, que identifica aquilo que é suscetível de
causar lesões ou danos, a possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o
caso, as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir, para controlar
os riscos.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Dano para a Saúde – Condição física ou mental identificável e adversa resultante de/ou
consequência da realização do trabalho e/ou situação relacionada com o trabalho.
Higiene do Trabalho - Propõe-se a combater, dum ponto de vista não médico, as doenças
profissionais, identificando os agentes ambientais que podem afetar o ambiente do trabalho
e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de
trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem-estar do trabalhador).
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Plano de ação – Conjunto de ações integradas para atingir determinada meta, com
indicação de quem, quando e onde serão executadas.
Risco –Possibilidade elevada ou reduzida, de alguém sofrer danos provocados pelo perigo.
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRABALHOS DE DRAGAGEM E BOMBAGEM PARA TERRAPLENO
Segurança – atividade que tem por finalidade reduzir danos e perdas provocados por
agentes agressivos. É uma variável inversamente proporcional ao risco. Quanto maior o
risco, menor a segurança e vice-versa e, aumentar a segurança significa reduzir riscos. A
função segurança desdobra-se nas funções auxiliares de controlo de riscos e controlo de
emergências.
67