Tecnologia CRIANÇAS AUTISTAS
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2. OBJETIVOS
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 AUTISMO
Ainda não existe uma definição concreta sobre o que de fato seja o autismo,
bem como, o que ocasiona essa síndrome. Porém, muitos estudos mostram que se
trata de um distúrbio que dificulta a socialização deste ser humano com a sociedade,
por ausência de verbalização por parte do indivíduo.
O psiquiatra Bleuler empregou o termo autismo pela primeira vez em 1911
com intuito de caracterizar a fuga da realidade e o afastamento para o mundo
interior dos pacientes adultos diagnosticados com esquizofrenia (FERRARI, 2015).
Segundo Schawartzman (1994) as primeiras publicações a respeito do
autismo ocorreram na década de 1940 e o descreviam como um dos desvios no
comportamento infantil causadores da incapacidade da criança estabelecer relações
normais com outras pessoas.
Nesse sentido, ressalta-se que a partir das descrições de Kanner, por algum
tempo o autismo infantil foi considerado de forma unânime como uma alteração
causada por “uma relação afetiva inadequada, oriunda em geral de uma afetividade
gélida por parte da mãe” e que “... levaria a profundas distorções no
desenvolvimento psico-afetivo da criança.” (SCHAWARTZMAN,1994, p.25).
Uma característica da síndrome do autismo é a dificuldade de interação social
destas pessoas. Fato que, se não trabalhado corretamente pelos professores, pode
acarretar em percas pedagógicas na aprendizagem, assim como, se a família não
procurar envolver as crianças autistas nas relações que se estabelecem no espaço
familiar, acontecerão às mesmas percas sociais e interacionais.
Atualmente, essa visão tem sido revista e estudos posteriores têm
demonstrado que o autismo infantil apresenta determinantes biológicos e não um
problema provocado pelos pais. Schwartzman (1994) e Batispta e Bosa (2002) citam
o fato de o autismo apresentar diferentes graus, em função de sua associação com
outras síndromes, como a paralisia cerebral, epilepsia e com a deficiência mental,
entre outras.
Apontam que a pessoa com autismo, em alguns casos, apresenta boa
evolução e um bom rendimento intelectual, colocação profissional razoável e uma
vida independente. Para Baptista e Bosa (2012) [...] compreender o autismo exige
uma constante aprendizagem, uma revisão continua sobre nossas crenças, valores
e conhecimento sobre o mundo e sobre tudo sobre nós mesmo. (BAPTISTA e
BOSA, 2012, p.22).
Com base no Manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais
(DSM.IV e V) e a Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID 11), são
classificados como Transtornos Globais do Desenvolvimento: Autismo; Síndrome de
Rett; Transtorno ou Síndrome de Asperge; Transtorno Desintegrativo da Infância;
Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação.
Especificamente em relação ao autismo, o DSM-IV/V e CID 11 irão
caracterizá-lo pelo prejuízo nas áreas da interação social, linguagem e
comportamento. As manifestações desses transtornos irão variar conforme o
desenvolvimento e a faixa etária da pessoa com autismo.
Nessa perspectiva, pode-se manifestar a presença de espectro anormal e/ou
comprometido antes da idade de três anos pelo tipo característico de funcionamento
deficitário em todas as três áreas: interação social, comunicação e comportamento
restrito e repetitivo.
A expressão Transtornos do Espectro Autismo Globais foi proposta pela CID-
11, para referenciar crianças e adolescentes, também identificadas como com
autismo e seus graus, que apresentam alterações qualitativas nas interações sociais
recíprocas, nas modalidades de comunicação e um repertório de interesses e
atividades restrito, estereotipado e repetitivo (CID-11, 1993).
Ressalta-se que para a elaboração de cuidados educativos e terapêuticos da
criança autista é importante um diagnóstico preciso e precoce. Mesmo que muitos
autores descrevam o autismo como uma síndrome incapacitante, ainda é um
caminho obscuro, no qual permanece um mistério quanto à sua origem e sua
evolução e com várias interrogações.
Em suma, tem havido uma expansão considerável de pesquisas sobre os
aspectos sociais e cognitivos na área do autismo. Entretanto, uma interpretação
única e final do conhecimento acumulado ao longo dos anos permanece impossível
por várias razões.
Finalmente, esse campo tem sido dominado pela polêmica em torno de
prioridades causais (afetivas, cognitivas, biológicas) na determinação da síndrome.
Ainda que a interação destes diferentes processos tenha sido proposta e
reconhecida em termos teóricos, a sua operacionalização ainda constitui um grande
desafio aos futuros estudos.
Esforços devem ser concentrados na desafiadora tarefa de integrarem-se os
achados das diferentes áreas a fim de compreenderem-se os mecanismos através
dos quais diferentes facetas do comportamento combinam-se para formar o
intrigante perfil que caracteriza o autismo.
4. METODOLOGIA DA PESQUISA
O presente estudo será norteado a partir da modalidade de pesquisa
descritiva de abordagem quantitativa que possibilitará a “busca em informações
matematizáveis ou quantificáveis”. (CAMPOS, 2008) e envolve como técnica de
investigação a análise do discurso que permitirá “compreender de uma forma mais
viva e direta o modo como os indivíduos reais e concretos pensam” (LEFÈVRE apud
MAZZA, 2000).
4.2CAMPOS DE INTERVENÇÕES
3.4 PRODUTO
Instituição do Programa de Treinamento de Habilidades Sociais para crianças
com TEA
REFERÊNCIAS
AMARAL, L.A. Diferenças, Estigma e Preconceito: o Desafio da Inclusão. In:
Psicologia, educação e as tendências da vida contemporânea [S.l: s.n.], 2002.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual de Diagnóstico e Estatística
de Distúrbios Mentais DSM-IV. São Paulo: Manole, 2002.
APORTA, Ana Paula; LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. Estudo de Caso
sobre Atividades Desenvolvidas para um Aluno com Autismo no Ensino
Fundamental I. Rev. bras. educ. espec., Bauru , v. 24, n. 1, p. 45-58, Mar. 2018 .
FERRARI, P. Autismo Infantil: o que é e como tratar. São Paulo: Paulinas, 2015
MELLO, A. M. S. R de. Autismo: guia prático. 5 ed. São Paulo: AMA. Brasília:
CORDE, 2007.
OLIVEIRA, M.K. de; SOUZA, D.T.R.; REGO, T.C. (orgs.). Psicologia, educação e
as Temáticas da Vida Contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002. Cap. 11, pp.
233-248.