Alimentação Especial e Estratégicas de Controle Da Obesidade

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Alimentação Especial e

Estratégicas de Controle da
Obesidade
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A alimentação é um fator essencial para a saúde e bem-estar de uma pessoa. Cada fase
da vida traz consigo necessidades nutricionais específicas, que devem ser atendidas por
meio de uma dieta equilibrada e adequada às demandas do corpo.

Quando bebês, as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que é


necessário que se pratique o aleitamento de maneira exclusiva até os seis primeiros
meses de vida, visto que o leite materno é rico em nutrientes que garantem o
desenvolvimento pleno de um bebê, exceto em casos específicos que devem ser
observados por um pediatra.

Na infância, por exemplo, depois que os bebês já estão maiores e habituados a comer
diversos grupos alimentares, é fundamental garantir uma alimentação rica em nutrientes
para que o crescimento e desenvolvimento sejam saudáveis. Nessa fase, é importante
priorizar alimentos fontes de proteínas, vitaminas e minerais, além de incentivar o
consumo de frutas, legumes e verduras.

Já na adolescência, é comum que ocorra um aumento no consumo de alimentos


processados e fast food, o que pode levar a deficiências nutricionais. Por isso, é
importante incentivar hábitos alimentares saudáveis desde cedo, como o consumo de
alimentos integrais, frutas e verduras.

A criação dos hábitos alimentares começa desde cedo, as crianças aprendem a comer
aquilo que é oferecido a elas, então se em sua casa ou na escola são ofertados alimentos
ricos em açúcar, gordura e sal, seu paladar e consequente gosto alimentar dará
preferência para alimentos menos saudáveis, entretanto, se no desenvolvimento deste
processo, ela é habituada a comer alimentos mais saudáveis e balanceados, conseguirá
desenvolver e manter hábitos alimentares melhores. Martins (2020) afirma que
atualmente a população idosa consome mais alimentos naturais que os mais jovens, visto
que muitos dão preferência para alimentos industrializados e altamente processados por
questões como praticidade e rapidez, mas acabam comprometendo o valor nutricional da
refeição.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou
que 50,5% da alimentação brasileira é composta de alimentos processados, conforme é
possível observar na imagem abaixo.

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O perfil alimentício da população brasileira

Fonte: Periódico UEPG (2020)

Diante desse cenário, na contemporaneidade é preocupante as doenças que acometem


crianças e adolescentes, sobretudo aquelas ligadas ao processo alimentar, como a
obesidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma
condição em que o excesso de gordura corporal acumulada pode prejudicar a saúde. É
medida através do Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado a partir do peso e
altura da pessoa.

Ela é uma condição de saúde que tem se tornado cada vez mais prevalente em todo o
mundo, afetando pessoas de todas as idades e classes sociais. A OMS estima que mais de
1 bilhão de pessoas no mundo sejam obesas, sendo que desse montante 39 milhões são
crianças, além disso, ela ainda observa que até 2025, cerca de 167 milhões de pessoas
ficarão obesas ou com sobrepeso (OPAS, 2022).

As causas da obesidade são múltiplas e complexas, envolvendo fatores genéticos,


ambientais, sociais e comportamentais. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento
da obesidade, destacam-se o sedentarismo, a má alimentação, o consumo excessivo de
alimentos ricos em açúcar e gordura, e a falta de acesso a alimentos saudáveis.

Por isso, a prevenção e o tratamento da obesidade envolvem uma abordagem


multidisciplinar, que inclui mudanças na alimentação, aumento da atividade física, apoio
psicológico e, em casos mais graves, intervenções médicas. A OMS recomenda a adoção
de um estilo de vida saudável como forma de prevenção e tratamento da obesidade, que
inclui uma dieta equilibrada e atividade física regular.

Alimentação especial e controle da obesidade


A obesidade é uma condição de saúde que afeta cada vez mais pessoas no mundo todo,
sendo considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma
das principais causas da obesidade é a má alimentação, que pode ser corrigida através de
uma alimentação especial para controle da obesidade.

A dieta para controle da obesidade tem como objetivo fornecer ao organismo os


nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, sem exceder a quantidade de
calorias diárias recomendadas para cada indivíduo, portanto ela deve ser equilibrada e
variada, com alimentos saudáveis e de baixa caloria.

Uma das estratégias mais importantes para o controle da obesidade é a redução da


ingestão de alimentos calóricos e ricos em açúcar e gordura, como refrigerantes, doces,
frituras, alimentos processados, entre outros. É importante substituir esses alimentos por
opções mais saudáveis, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas

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magras.

Outra estratégia importante é o controle das porções. É recomendado que a pessoa faça
refeições em horários regulares e em quantidades adequadas, evitando comer em
excesso, prestando sempre atenção aos sinais de saciedade do corpo e parar de comer
quando se sentir satisfeito.

Além disso, é importante incluir na dieta alimentos que ajudam a controlar a fome e
manter a saciedade, como frutas, verduras e legumes ricos em fibras. As fibras ajudam a
regular o trânsito intestinal e a controlar o apetite, reduzindo a vontade de comer
alimentos calóricos.

O consumo de água também é fundamental para o controle da obesidade, visto que ela
ajuda a manter o corpo hidratado, auxilia na digestão e pode reduzir a vontade de comer
alimentos calóricos e açucarados. Na imagem abaixo é possível verificar as trocas
sugeridas na alimentação, servindo como estratégias para combater a obesidade e deixar
o corpo mais saudável.

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Estratégias alimentares para o combate da obesidade

Fonte: CRN-8 (2021)

Sendo assim, o combate à obesidade é mais que uma iniciativa individual, ele precisa ser
encarado como uma estratégia de saúde coletiva, visando o bem-estar de toda a
população. Isso só é possível por meio da garantia de alimentação saudável e de
qualidade para todos, diminuindo a compra e consumo de alimentos “mais baratos”, mas
sem qualidade nutricional.

Vale destacar que o controle da obesidade traz benefícios de médio e longo prazo para a
saúde. No curto prazo, a perda de peso pode melhorar a pressão arterial, reduzir o nível
de colesterol e triglicerídeos no sangue, melhorando ainda a qualidade do sono e diminuir
o risco de doenças respiratórias.

Já a longo prazo, a perda de peso pode prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas e


aumentar a expectativa de vida. Além disso, a melhoria na qualidade de vida e autoestima
são benefícios adicionais da perda de peso.

A alimentação saudável e equilibrada é fundamental no combate à obesidade. A dieta


deve ser rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras, e pobre
em alimentos ricos em açúcar, gorduras e sal. É importante controlar as porções e evitar o
consumo excessivo de alimentos industrializados.

Uma estratégia importante para combater a obesidade é buscar ajuda profissional, como
nutricionistas e endocrinologistas, para orientação na elaboração de um plano alimentar

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adequado e personalizado. Além disso, a prática regular de atividades físicas também é
importante no processo de perda de peso e manutenção do peso saudável.

O combate à obesidade é uma tarefa de todos, não apenas do indivíduo, mas também das
autoridades de saúde e da sociedade em geral. A conscientização sobre a importância da
alimentação saudável e da prática de atividades físicas deve ser disseminada e
incentivada em todas as faixas etárias e grupos sociais.

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Referências
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[S.L.], v. 80, n. 1, p. 1-3, fev. 2004.

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