Constitucional
Constitucional
Constitucional
- Somente a forma Federativa de estado é clausula pétrea. República não é clausula pétrea
- A afirmação de que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos,
nos termos da CF, retrata o princípio fundamental da República Federativa do Brasil denominado princípio
representativo
FORMAS DE FEDERALISMO
CENTRÍFUGO, CENTRIPETO, impróprio ou por desagregação: federação é formada pela subdivisão
de um Estado Unitário em entes menores e autônomos, para facilitar a manifestação da
soberania.
Entes autônomos não tem direito a secessão e são dotados de autogoverno
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- *Estado Federal é SEMPRE DESCENTRALIZADO
- Forma de Governo (FOGO) é o modo como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre
governantes e governados.
- No sistema presidencialista adotado no Brasil, o presidente, que, em regra, é escolhido pelo povo,
governa por um prazo fixo e determinado e assume a chefia de Estado e de governo.
- PARA ARISTÓTELES, três são as formas de governo: MONARQUIA, ARISTOCRACIA E POLITÉIA, que se
degeneram por meio da TIRANIA, DA OLIGARQUIA E DA DEMAGOGIA.
- Para Montesquieu, autor do livro Espírito despótico são formas de governo: republicano, monárquico e
despótico
Mescla dos tipos acima. Acontece por meio de representação de políticos em mandatos, mas
também pode contar com a participação da população em certos momentos.
Adotado pelo BRASIL
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- A democracia no Estado Brasileiro é semidireta = (princ. Representativo + democracia direta)
- O regime político adotado na CF, caracteriza a República Federativa do Brasil como um estado
democrático de direito, em que se conjuga o princípio representativo com a participação direta do povo
por meio do voto, do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular.
- Chama-se de Estado Policial o modelo estatal baseado por meio da polícia política, das Forças armadas,
de guardas civis e outros órgãos de patrulhamento e repressão política. O ESTADO POLICIAL É UM DOS
ASPECTOS DO TOTALITARISMO - não é estado democrático
- Para o CESPE, o Poder Executivo nunca exerce função jurisdicional, pois ele não faria efetivos
julgamentos, como faz o judiciário e o Poder Legislativo (quando julga crimes de responsabilidade de
autoridades públicas
- A cidadania envolve não só prerrogativas que viabilizem o poder do cidadão de influenciar as decisões
políticas, mas também a obrigação de respeitar tais decisões, ainda que delas discorde.
- Com base no princípio da dignidade da pessoa humana, o ordenamento jurídico brasileiro restringe o
uso de algemas no país.
"DECORE AUTO PISCINÃO". Princípios que regem o Brasil nas relações internacionais:
- DEfesa da paz
- COoperação entre os povos para o progresso da humanidade;
- REpúdio ao terrorismo e ao racismo;
- AUTODETERMINAÇÃO dos povos;
- Prevalência dos direitos humanos;
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- Igualdade entre os Estados;
- Solução pacífica dos conflitos;
- Concessão de asilo político;
- Independência nacional;
- NÃO intervenção
- A norma constitucional que prescreve que “o civilmente identificado não será submetido a identificação
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei” possui eficácia contida, uma vez que seu alcance pode ser
reduzido por legislação infraconstitucional.
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
- Consideram-se pilares de todo e qualquer movimento constitucionalista a concessão/proteção de direitos
fundamentais e a limitação do poder estatal.
*FASES DO CONSTITUCIONALISMO
PRIMITIVO CLÁSSICO
origina-se com o povo hebreu e vai até a época de Cesar
em Roma. Fases: Idade Média: : Magna Carta de 1215 - proteção
1ª fase: povo hebreu. Estado teocrático, de importantes direitos individuais –
o governo era limitado por dogmas religiosos constituição escrita. (gênese)
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MODERNO CONTEMPORANEO
- Marcado pelo surgimento de Constituições Marcado pelas seguintes características:
rígidas, escritas e formais, pela abstenção estatal e
pela proteção das liberdades públicas clássicas a) valor fundamental e supremo da
(direitos civis e políticos). dignidade da pessoa humana
b) reconhecimento da força normativa
Divide-se em 2 fases: da constituição
LIBERAL SOCIAL c) presença de normas programáticas
de conteúdo social
Constituição Americana de Constituição d) Foco nos direitos de 1ª geração.
1787 e Constituição francesa Mexicana de 1917 e e) Limitação ao poder arbitrário
1789. Caracteristicas: Constituição Alemã f) Obrigação de constituições escritas
(Weimar) 1919
- Constituição sintética
- Rígida separação dos
poderes
- Fortalecimento do
Judiciário visando evitar
abusos do legislativo
- O conceito moderno de Constituição pressupõe uma norma jurídico-política que prevê direitos
fundamentais e que organiza os poderes políticos.
- O objeto das Constituições é, essencialmente, direitos garantias dos cidadãos, deveres do Estado,
organização político-administrativa do Estado. Nesses termos, o estabelecimento do modo de aquisição do
poder e da forma do seu exercício exemplificam o objeto da Constituição
SENTIDOS DO CONSTITUCIONALISMO
NEOCONSTITUCIONALISMO
- REVALORIZA o direito constitucional, fomenta teoria dos direitos fundamentais e da força normativa da
constituição, transforma ESTADO LEGAL em ESTADO CONSTITUCIONAL.
- Tem por foco os direitos prestacionais de 2º geração e fundamenta eficácia horizontal dos direitos
fundamentais
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- As principais características do neoconstitucionalismo são:
positivação e concretização de um catálogo de direitos fundamentais;
onipresença dos princípios e das regras;
inovações hermenêuticas;
densificação da força normativa do Estado;
desenvolvimento da justiça distributiva
*MARCOS DO NEOCONSTITUCIONALISMO:
- A teoria geral dos sistemas sociais de Luhmann não trata de métodos de interpretação constitucional,
mas do papel da comunicação em regular as relações entre o sistema e o ambiente.
*Segundo Niklas Luhmann, com a modernidade a sociedade passou a se constituir de diversos sistemas ou
subsistemas sociais especializados (política, direito, religião, cultura, ciência, etc.). Para o autor a
Constituição é um elemento funcional na estrutura tanto do sistema jurídico quanto do sistema político.
Para a política a Constituição é instrumento de legitimação da vontade soberana e para o direito ela é
elemento de fundação de suas normas
Propõe o diálogo entre várias constituições para Visa criar uma Constituição internacional
fertilização constitucional cruzada, para solucionar objetivando sanar problemas da globalização.
problemas jurídico-constitucionais comuns a Direito Constitucional interno fica subordinado a
Estados. Constituições vinculadas entre si constituição internacional
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MULTICUTURALISMO *PATRIOTISMO CONSTITUCIONAL
CLASSIFICAÇÕES GERAIS
normas incorporadas ao reiteração de atos políticos que práticas dos órgãos ou agentes
ordenamento que são fundadas alteram o sentido da públicos desenvolvidas de seus
nas relações sociais Constituição, sem alteração de processos
constitucionais, reiteradas e texto
uniformes, que traduzem a
consciência jurídica geral ou
(opinio iuris).
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SENTIDOS DA CONSTITUIÇÃO
percussor ferdinad LASSALE, autor da essência AUTOR: Carl Schmitt, autor da OBRA: "Teoria da
da Constituição. Constituição”
CONCEITO: Constituição corresponde à "decisão
A constituição real decorre da soma dos fatores política fundamental" que o Poder Constituinte
reais de poder. Não havendo correspondência reconhece e pronuncia ao impor uma nova existência
entre texto e a soma dos fatores reais de poder, política. Constituição é um ato de exercício de
a constituição escrita seria mera folha de papel autoridade politicamente existente, que imporia sua
que sucumbiria a constituição real, que regularia vontade em consonância com a aclamação popular e,
a sociedade. a partir daí, daria existência jurídica as "leis
constitucionais. A constituição decorre da decisão
política fundamental que cria e organiza o Estado.
Validade do texto constitucional decorre da decisão
política que lhe dá existência e não na justiça de suas
normas
- *Sob a ótica da constituição política, um Estado pode ter uma constituição material sem que tenha uma
constituição escrita, que descreva a sua organização de poder
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SENTIDO JURÍDICO SENTIDO CULTURALISTA
precursor Hans Kelsen, autor da Teoria Pura do Direito. Constituição é Pode-se dizer que a Constituição é
puro dever-ser, adquirindo um significado exclusivamente normativo, produto de um fato cultural,
não devendo se fundar na filosofia, sociologia ou política, devendo ser
produzido pela sociedade e que
fundada no direito. A Constituição se transforma no conjunto de
nela pode influir. Conforme conclui
normas mais importantes de um Estado conforme um critério
J.H Meirelles Teixeira, a concepção
hierárquico.
culturalista do direito conduz ao
No sentido jurídico, a CF deverá ser vista de acordo com 2 fases. conceito de Constituição Total
LÓGICO-JURÍDICO: JURÍDICO-POSITIVO
: fundamenta a constituição
norma hipotética escrita que fica no topo do
fundamental, fundada no ordenamento dando azo a
dever ser, que fica fora e supremacia formal da
acima do ordenamento. constituição, controle de
constitucionalidade e rigidez
constitucional.
a) CONSTITUIÇÃO CULTURAL: decorre da cultura social que inclui aspectos econômicos, jurídicos,
sociais, filosóficos. Constituição é unitária, fechada e vinculada a cultura social. Veda alteração da
constituição através de processos hermeneuticos, evitando reduzir sua força normativa e sua
eficácia social
b) CONSTITUIÇÃO TOTAL: conforme anota Virigilio Afonso da Silva, a ideia central desse conceito
consiste na reinvindicação de que a Constituição é a lei fundamental, não somente de toda a
atividade estatal e das atividades relacionadas ao Estado, mas também a lei fundamental de toda a
vida social
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f) *CONSTITUIÇÃO SUAVE ou DÚCTIL: aquela que não predefine ou impõe uma forma ou projeto de vida, mas
sim deve criar condições para o exercício dos mais variados projetos de vida, sendo um espelho que reflita o
pluralismo ideológico, moral, político e econômico existente nas sociedades
i) CONSTITUIÇÃO CHAPA BRANCA: garante interesses e privilégios dos funcionários públicos perpetuando-os
no poder
l) CONSTITUIÇÃO ABERTA
a) Alteração formal e informal do Texto constitucional com emprego de conceitos jurídicos
indeterminados
b) Alteração visa adequação do texto a realidade social sendo obrigatória participação
popular.
c) Evita a perda da força normativa do texto constitucional, tornando a Constituição
permanente
CONSTITUCIONALISMO DO FUTURO
Consolidação dos direitos de terceira dimensão: fraternidade e solidariedade.
Seu idealizador é o jurista argentino José Roberto Dromi.
constitucionalismo do futuro identifica sete valores fundamentais que as Constituições do futuro
deverão observar:
Verdade Solidariedade
Consenso Continuidade
Participação Integração
Universalidade
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CONSTITUIÇÃO REGULADORA DO SISTEMA POLÍTICO: visa a redução da complexidade do
sistema político fundada na análise entre a conformidade do texto constitucional com as
leis infraconstitucionais, fundamentando o direito em si
CONSTITUIÇÃO-LEI: a Constituição não está acima do poder legislativo, mas a disposição dele,
sendo uma lei como outra qualquer.
Regras de aplicação da constituição. Exemplo ADCT Regras relativas aos meios de solução de conflitos
constitucionais, defesa do Estado e de Instituições
democráticas. Exemplo: Estado de Defesa, Estado de
Sitio
SOCIOIDEOLÓGICOS ORGÂNICOS
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CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO POR LUIS ROBERTO BARROSO
*Normas de organização disciplinam a estrutura básica do Estado, determinando a
forma de Estado, forma de governo, regime político, divisão de competências, separação de
poderes. Essas normas têm, na sua maioria, efetividade plena e imediata, pois apenas definem o
arcabouço do Estado em seu aspecto burocrático e estático.
Normas programáticas: normas indicam os fins sociais a serem atingidos pelo Estado
com a melhoria das condições econômicas, socais e políticas da população, tendo em vista a
concretização e o cumprimento dos objetivos fundamentais previstos na Constituição.
> Para Canotilho, a noção do CONCEITO IDEAL DE CONSTITUIÇÃO possui três elementos:
Documento escrito (formal);
Garantia das liberdades (previsão de direitos fundamentais) e da participação política do povo (participação
popular no parlamento);
Documento que visa a limitação ao poder (separação de poderes) por meio de programas constitucionais. A
doutrina costuma dividir o constitucionalismo em algumas fases.
- O conceito moderno de Constituição pressupõe uma norma jurídico-política que prevê direitos
fundamentais e que organiza os poderes políticos.
O. EX CO. M.I.A
PR. A. FO. D. E. R
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CLASSIFICAÇÃO CF/88
ORIGEM: promulgada.
EXTENSÃO: analítica.
CONTEÚDO: formal.
MODO DE ELABORAÇÃO: dogmática.
IDELOGIA: eclética.
ALTERAÇÃO: rígida
- Todas as Constituições Brasileiras aderiram a forma RIGIDA, salvo a Constituição Imperial, de 1824 que foi semi-
rígida
- *O objeto das Constituições são direitos garantias dos cidadãos, deveres do Estado e a organização
político-administrativa do Estado. Nesses termos, o estabelecimento do modo de aquisição do poder e da
forma do seu exercício exemplificam o objeto da Constituição
Quanto a FINALIDADE:
Constituição Garantia, Quadro, Balanço ou Registro: Dirigente ou Programática:
Estatutária ou Orgânica: aplicável por um período Visa organizar e limitar o poder e
Visa limitar o poder estatal, determinado de tempo, fixar planos, diretrizes e normas
garantir direitos fundamentais, elaborando um registro e programáticas, ordenando a
além de organizar os Poderes e o promovendo eventuais alterações atuação estatal para garantia de
Estado, sem o propósito de alterar nas normas constitucionais direitos sociais. Direitos de 2ª
a realidade da sociedade em que geração
se aplica. Constituição negativa,
direitos de 1ª geração.
QUANTO A FORMA
Escrita (instrumental) Não escrita (costumeira ou consuetudinária).
normas constitucionais estão previstas em único regras dispostas em leis esparsas, costumes,
documento. jurisprudência, convenções e instrumentos
escritos e dispersos, inclusive no tempo
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QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO ou MOMENTO DE SURGIMENTO
Dogmática (Sistemática) Histórica
resultante dos trabalhos de um órgão constituinte produto de lenta e contínua evolução histórica
sistematizador das ideias principais em um quanto aos costumes e tradições de um povo. Obs.
determinado momento histórico Toda constituição não escrita é histórica
QUANTO A ESTABILIDADE
Imutável ou Permanente: Fixa:
Constituição é transitoriamente só pode ser modificada pela autoridade que a elaborou (Poder
imutável Constituinte Originário). É também conhecida como constituição
silenciosa, pois não estabelece expressamente, o procedimento especial
de alteração
Semirrígida ou semiflexível: Flexível:
contém uma parte rígida, que exige pode ser modificada pelo mesmo rito que altera a legislação
procedimento especial para a sua infraconstitucional não sendo necessário processo formal mais
modificação, e outra parte flexível, dificultoso.
que dispensa formalidade para a
alteração Constituições Flexíveis não tem supremacia formal e não servem de
parâmetro para o controle de constitucionalidade.
*Todavia, são dotadas de supremacia material tendo em vista que há
uma consciência sobre a existência de que parte do seu texto tem
caráter constitucional.
Há a possibilidade que a Constituição seja transitoriamente flexível
Rígida:
exige um procedimento legislativo especial para sua modificação e alteração
QUANTO AO CONTEÚDO
Conjunto de normas (escritas ou não escritas) que define uma norma como constitucional é a forma
regulam a estrutura do Estado, organização do poder pela qual ela foi introduzida no
e direitos e garantias fundamentais. São normas ordenamento jurídico, e não o seu conteúdo.
essencialmente constitucionais. Por isso - diferentemente da concepção material,
pela qual todo Estado possui Constituição -,
- *A classificação de normas materialmente somente faz sentido falar em Constituição formal
constitucionais não fica imune à subjetividade do nos Estados dotados de Constituição escrita e
intérprete, porque este pode dar maior ou menor rígida. Logo, na constituição formal TODAS as
normas da constituição são efetivamente
alargamento àquilo que entende ser conteúdo
constitucionais
tipicamente constitucional.
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QUANTO A EXTENSÃO
QUANTO A IDEOLOGIA
*Eclética, compromissória, plural, multifacetária: Ortodoxa:
reconhece outras ideologias políticas e econômicas na só reconhece uma única corrente ideológica
sociedade, comtemplando mais de um viés ideológico
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
- O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO não é garantia constitucional.
- Remédios constitucionais não se limitam à seara judicial, havendo também aqueles de natureza administrativa,
por exemplo o direito de petição e o direito de certidão. O direito de petição configura instrumento de controle
administrativo
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direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
obtenção de certidões em REPARTIÇÕES PÚBLICAS, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal.
- A exigência de prévio requerimento administrativo, para ação visando a concessão de benefício previdenciário,
não ofende o direito de petição.
- Reconhecer a imunidade tributária das certidões requeridas ao Poder Judiciário que forem voltadas para a
defesa de direitos ou o esclarecimento de situação de interesse pessoal, presumindo essas finalidades
quando a certidão pleiteada for concernente ao próprio requerente, sendo desnecessária expressa e
fundamentada demonstração dos fins e das razões do pedido. Quando for de interesse indireto ou de
terceiros, a gratuidade da certidão, é imprescindível a demonstração da finalidade
HABEAS CORPUS
- HC pode ser impetrado por qualquer pessoa (até mesmo estrangeiros, incapazes, pessoas jurídicas) em
proveito próprio ou de terceiros. Todavia, a petição deve ser assinada pelo impetrante, pelo paciente ou
por alguém a seu pedido.
- Não cabe HC em prisão por transgressão militar quanto ao mérito. Todavia, é cabível para discutir a
legalidade da decisão. HC não é adequado para restituição de coisas apreendidas, inclusive passaporte
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Para impugnar medidas cautelares de natureza - Não cabe HC contra decisão transitada em
criminal diversas da prisão julgado.
Para apurar, eventual ilegalidade na fixação de - Não cabe HC para o crime de porte de droga para
medida protetiva de urgência, consistente na consumo pessoal
proibição de aproximar-se de vítima de violência
doméstica e familiar - **Não cabe HC o objetivo de discutir eventual
ilegalidade de decisão que imponha pena restritiva
Como substitutivo do recurso ordinário de direito diversa da prisão
Cabe HC controlar a razoabilidade da duração da - Não cabe HC originário contra ato do ministro do
investigação criminal STF
- **Compete originariamente ao Tribunal Justiça o julgamento de habeas corpus contra decisão de turma
recursal de juizados especiais criminais.
- *Contra decisão de HC do juizado especial, cabe recurso para turma recursal. Contra decisão de HC de
turma recursal dos juizados especiais vai para o respectivo TJ ou TRF.
- O habeas corpus não deve ser admitido e o exame das questões idênticas deve ser reservado ao recurso
previsto para a hipótese, ainda que a matéria discutida resvale, por via transversa, na liberdade individual.
- *Sentença de primeira instância concessiva de habeas corpus, no caso de crime contra detrimento de
bens, serviços ou interesses da UNIÃO, está sujeito a reexame necessário.
- *A aceitação do acordo de transação penal, não impede o exame de habeas corpus para questionar a
legitimidade da persecução penal
- O fato de o denunciado ter aceitado a proposta de suspensão condicional do processo formulada pelo
Ministério Público não constitui empecilho para que seja proposto e julgado habeas corpus em seu favor,
no qual se pede o trancamento da ação penal.
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- *É só lembrar do 4 x 4 (leia-se quatro por quatro): Compete ao STF julgar, em ROC (recurso
ordinário constitucional) o HC, MS, HD e MI do STJ, TST, STM e TSE, (se denegatória a decisão)
- OBS: *Segundo o STF, a legitimidade ativa do habeas corpus coletivo deve ser reservada, por analogia, aos
legitimados estabelecidos na Lei do Mandado de Injunção Coletivo
- O habeas corpus demanda prova pré-constituída dotada de certeza, só poderá trancar a ação penal
quando, excepcionalmente, for verificado:
a inocência do acusado;
a atipicidade da conduta;
a extinção da punibilidade.
- é admitida a concessão de medida liminar em habeas corpus. A liminar é um adiantamento da decisão até
o julgamento definitivo do HC
- O habeas corpus constitui medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilos
fiscal e bancário em procedimento criminal.
- MS, Habeas Corpus e Habeas Data: EXIGEM prova pré-constituída, de natureza meramente documental.
- Não é cabível habeas corpus para impugnar ato normativo que fixa medidas restritivas para prevenir a
disseminação da covid-19, por não constituir via própria para o controle abstrato da validade de leis e atos
normativos em geral
- É inadmissível a intervenção do assistente de acusação na ação de habeas corpus. Isto porque, inexiste
imposição legal de intimação do assistente do Ministério Público no habeas corpus impetrado em favor do
acusado
HABEAS DATA
impetrado por pessoa física, brasileira ou estrangeira, ou pessoa jurídica na defesa de seus
interesses
Isento de custas
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Só tem cabimento para o conhecimento ou retificação de informação pessoal do impetrante
que constar de registros públicos, sendo uma ação personalíssima não podendo ser utilizada
para informações de terceiros. Ademais, é requisito indispensável que tenha havido a negativa
da retificação de dados ou do pedido de informação
- O habeas data constitui instrumento que visa efetivar o direito de acesso à informação no âmbito de
qualquer entidade pública, sendo cabível tanto para obtenção de informações quanto para correção de
inexatidões de dados da pessoa impetrante ou mesmo de seu familiar falecido
- O Habeas Data é garantia constitucional adequada para a obtenção dos dados concernentes
ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas informatizados de apoio à
arrecadação dos órgãos da administração fazendária dos entes estatais
- Habeas Data é inadequado para a pretensão de sustar a publicação de matéria em sítio eletrônico
- Habeas Data pode ser usado para a obtenção dos dados concernentes ao pagamento de tributos do
próprio contribuinte constantes dos sistemas informatizados da Receita Federal
- *Súmula 368, do STJ: Compete à Justiça comum estadual processar e julgar os pedidos de retificação de
dados cadastrais da Justiça Eleitoral.
- Haverá habeas data repressivo. Esse entendimento decorre do fato de que se exige o prévio
indeferimento na via administrativa da autoridade detentora da informação.
- Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o coator do conteúdo da petição, entregando-lhe a
segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de dez
dias, preste as informações que julgar necessárias.
MANDADO DE INJUNÇÃO:
cabível quando a falta de regulação da norma impeça o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania. NSC
*Cabível para coibir a falta de regulamentação de normas de eficácia limitada.
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Havendo publicação da lei objeto da injunção, perde-se o objeto. Todavia, propositura de projetos de
lei não descaracteriza a evidência da inconstitucionalidade da persistente omissão de legislar, dessa
forma, a inertia deliberandi, demora em deliberar o projeto de lei, autoriza a propositura do
Mandado de Injunção para se discutir a mora
a) Não cabe Mandado de Injunção para sanar lacuna de período anterior a edição da lei.
c) *Não cabe aplicação de multa pecuniária em caso continuidade de omissão legislativa, tendo em
vista que a ação de MI é constitutiva e não tem natureza condenatória.
Segundo esta posição, o Poder Judiciário, ao julgar - Judiciário, ao julgar procedente o MI,
procedente o mandado de injunção, deverá apenas reconhecendo a omissão do Poder Público,
comunicar o Poder, órgão, entidade ou autoridade deverá editar a norma que está faltando ou
que está sendo omisso. determinar que seja aplicada, ao caso concreto,
Para os defensores desta posição, o Poder Judiciário, uma já existente para outras situações análogas.
por conta do princípio da separação dos Poderes, não É assim chamada porque o Poder Judiciário irá
pode criar a norma que está faltando nem "concretizar" uma norma que será utilizada a fim
determinar a aplicação, por analogia, de outra que já de viabilizar o direito, liberdade ou prerrogativa
exista e que regulamente situações parecidas. Esta é que estava inviabilizada pela falta de
a posição clássica do STF até 2007. regulamentação.
- Quanto à necessidade ou não de concessão de prazo para o impetrado, a posição concretista pode
ser dividida em:
• Corrente concretista direta: • Corrente concretista intermediária
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(diretamente), não sendo necessária nenhuma omisso para que este possa elaborar a
outra providência, a não ser a publicação do norma regulamentadora.
dispositivo da decisão. Assim, a decisão judicial fixa um prazo para
que o Poder, órgão, entidade ou
autoridade edite a norma Foi que está
faltando.
Caso esta determinação não seja cumprida
no prazo estipulado, aí sim o Poder
Judiciário poderá viabilizar o direito,
liberdade ou prerrogativa.
- Quanto às pessoas atingidas pela decisão, a corrente concretista pode ser dividida em:
a decisão que o Poder Judiciário der no - a solução "criada" pelo Poder Judiciário
mandado de injunção terá efeitos erga omnes e para sanar a omissão estatal valerá apenas
valerá para todas as demais pessoas que para o autor do MI.
estiverem na mesma situação. Em outras Ex: na corrente concretista intermediária
palavras, o Judiciário irá "criar" uma saída que individual, quando expirar o prazo, caso o
viabilize o direito, liberdade ou prerrogativa e impetrado não edite a norma faltante, a
esta solução valerá para todos. decisão judicial garantirá o direito, liberdade
Ex: na corrente concretista intermediária geral, ou prerrogativa apenas ao impetrante.
quando expirar o prazo assinalado pelo órgão •
judiciário, se não houver o suprimento da mora,
a decisão judicial irá garantir o direito, liberdade
ou prerrogativa com eficácia ultra partes ou
erga omnes.
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- Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, o mandado de injunção,
quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República e do
Congresso Nacional.
- O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos individuais, mas os efeitos da
coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desistência da demanda individual no
prazo de 30 dias a contar da ciência comprovada da impetração coletiva.
- Da decisão de relator que indeferir a petição inicial de mandado de injunção, caberá agravo em 5 dias,
para o órgão colegiado competente para o julgamento da impetração.
- *A sentença proferida em MI poderá estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou
das prerrogativas reclamados, caso haja mora do órgão impetrado. Se editada a norma faltante em momento posterior,
esta não retroagirá, exceto se for benéfica ao impetrante.
- *A norma regulamentadora superveniente, produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por
decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável.
- *Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão
monocrática do relator
- *Em caso de mandado de injunção coletivo, a norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex
nunc em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada
lhes for mais favorável. Estará PREJUDICADA A IMPETRAÇÃO se a norma regulamentadora for editada
antes da decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito
MANDADO DE SEGURANÇA: é remédio subsidiário, cabível para proteger direito líquido e certo,
não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, contra ilegalidade ou abuso de poder
decorrente de ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público
- Mandado de Segurança, impetrado contra juízo criminal, terá natureza de ação civil.
- Órgãos sem personalidade jurídica podem impetrar MS para defesa de suas prerrogativas institucionais
- Se MS não for conhecido, pode-se renovar o pedido desde que observado o prazo decadencial. MS não
produz efeitos patrimoniais relativos ao período pretérito, devendo ser ajuizada ação própria ou recurso
administrativo
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- *Concedido segurança, decisão será submetida ao DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. Só cabe duplo grau
para sentenças concessivas da segurança
- A sentença que conceder MS pode ser executada provisoriamente, salvo se vedada medida liminar.
- Súmula 266-STF: Se o ato normativo consubstancia ato administrativo, assim de efeitos concretos, cabe
contra ele o mandado de segurança. Todavia, se o ato (lei, medida provisória, regulamento) tem efeito
normativo genérico, por isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua
individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já
que, admiti-lo implicaria admitir a segurança contra lei em tese.
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- Não é cabível MS pra fornecimento de medicamentos, tendo em vista que a instrução feita somente com
laudo médico particular, não configura prova pré-constituída da liquidez e certeza do direito do
impetrante
- NÃO COMPETE, AO STF OU STJ, conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de
outros tribunais
SUMULAS
SÚMULA 333, STJ: cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação,
promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
Súmula 304, do STF: Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa julgada
contra o impetrante, não impede o uso da ação própria.
*SÚMULA 625 STF: controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de MS
*Súmula 430-STF: Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o
mandado de segurança.
*Súmula 512, do STF: Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de
segurança.
- Vetos presidenciais a Projetos de Lei, aprovados pelo Congresso, não podem ser questionados por meio
de Mandados de Segurança, por se tratar de atos políticos sujeitos ao exame de deputados e senadores.
- Originário da CF de 1984, documento que intentava aumentar a proteção dos direitos com a superação
da celebrada “teoria brasileira do habeas corpus”, eis que a utilização dessa ação constitucional era
bastante ampla em período anterior, abarcando também as hipóteses de defesa de direitos distintos da
liberdade de locomoção.
- A autoridade coatora (autoridade que praticou ato no exercício da competência delegada) ingressava no
feito suprimindo o vício de incompetência no MS. Assim, em caso de erro quanto a indicação de
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autoridade coatora, juiz suprimia a omissão se o erro na indicação da autoridade fosse escusável. Se for
de erro inescusável juiz indica a autoridade correta, mas não conhecia a ação.
- Atenção!!! A autoridade coatora é aquela que praticou o ato no exercício da competência delegada.
Requisitos cumulativos para aplicação da teoria da encampação:
a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a
prática do ato impugnado;
b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas;
c) ausência de modificação de competência estabelecida na CF
- Deliberações negativas do CNJ não estão sujeitas a revisão POR MS IMPETRADO NO STF
- *O termo inicial do PRAZO DECADENCIAL para MS que discuta edital que fundamenta a eliminação de
candidato, tem termo inicial a partir do conhecimento do candidato da decisão que determina sua
exclusão do certame, e não a da publicação do edital.
- *Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por
telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada
- *Para o Habeas data, é obrigatório a comprovação de esgotamento da via administrativa. Todavia, para
o mandado de segurança não há necessidade de comprovação de esgotamento da via administrativa.
- *O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá
impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 60
dias, quando notificado judicialmente.
25
- O objeto do mandado de segurança coletivo será um direito dos associados, independentemente de
guardar vínculo com os fins próprios da entidade Impetrante, exigindo-se que o direito esteja
compreendido na titularidade dos associados e que exista em razão das atividades exercidas, mas não se
exigindo que o direito seja peculiar, próprio da classe.
- No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo
ou categoria substituídos pelo impetrante.
- *No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do
representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 horas
- O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da
coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual, se não requerer a desistência de seu
mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da
segurança coletiva.
- Como regra, as entidades associativas agem na qualidade de representante dos representados, sendo
necessária autorização expressa para tal atuação. Entretanto, nas ações de mandado de segurança
coletivo, as entidades associativas atuam em substituição processual aos associados, sendo prescindível a
autorização por parte destes.
- *Em regra, é indispensável a intimação do Ministério Público para opinar nos processos de mandado de
segurança. No entanto, a oitiva do Ministério Público é desnecessária quando se tratar de controvérsia
acerca da qual o tribunal já tenha firmado jurisprudência
AÇÃO POPULAR
- legitimidade para o ajuizamento da ação popular é conferida aos cidadãos, ou seja, brasileiro no gozo da
capacidade eleitoral ativa (quem pode votar). Também os portugueses terão essa legitimidade, desde que
haja reciprocidade.
qualquer cidadão, no exercício dos direitos políticos no brasil, tem legitimidade para propor ação
popular em defesa do meio ambiente, independentemente de ter ou não domicílio civil ou eleitoral
na localidade em que o ato lesivo foi praticado
A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade. Em regra a
competência é do juízo competente de primeiro grau.
26
- O cidadão é o legitimado, mas, se ele desistir, o MP poderia prosseguir. Não se fala em sua legitimidade
para o MP ajuizar. Mas cuidado, pois se a pergunta vier cobrando a jurisprudência, você deve se
posicionar pela possibilidade de o MP ajuizar a ação popular.
A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação,
poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se
afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.
*A sentença que concluir, pela carência ou pela improcedência da ação, está sujeita ao duplo
grau de jurisdição. Não produz efeito, senão depois de confirmada pelo tribunal. Da que julgar
a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.
Se o autor desistir da ação ou der motivo à absolvição da instância, serão publicados editais
nos prazos e condições previstos, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao
representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 dias da última publicação feita,
promover o prosseguimento da ação.
A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a
ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá
intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
O Ministério Público poderá interpor recurso, contra sentença proferida que julgou
improcedente o pedido do autor da ação popular.
caso decorridos 60 dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que
o autor ou terceiro promova a respectiva execução, o representante do Ministério Público a
promoverá nos 30 dias seguintes, sob pena de falta grave.
- O STJ firmou entendimento de que, em ação civil pública promovida pelo Ministério Público, o
adiantamento dos honorários periciais ficará a cargo da Fazenda Pública a qual está vinculado o parquet.
LEGITIMADOS
o Ministério Público
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a Defensoria Pública
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista
associação
- O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse
social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser
protegido.
- * Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam contribuições previdenciárias.
Em caso de propositura de ação civil pública por um dos legitimados, fica facultado ao Poder Público e a
outras associações legitimadas habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes.
- em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público
ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
- ação civil pública deve ser proposta no local em que o dano ocorrer, cujo juízo terá competência
funcional para processar e julgar a causa.
- *decorridos 60 dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
- Na Lei ACP não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras
despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado,
custas e despesas processuais.´
- Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições
previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS – ou outros fundos de natureza
institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.
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- Após a condenação criminal transitada em julgado, os direitos políticos do infrator ficarão suspensos
enquanto durarem os efeitos da referida condenação.
- Não é necessário que o MP requeira autorização do TJ para investigar autoridade com foro privativo
naquele Tribunal.
DIREITOS INDIVIDUAIS
CONCEPÇÕES QUE FUNDAMENTAM OS DIREITOS FUNTAMENTAIS:
Teoria dos Quatro Status, de Georg Jellinek. Indica as quatro posições que o indivíduo pode
assumir frente ao Estado:
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Estado, possuindo apenas deveres a serem abordagem, por exemplo, a possibilidade de
cumpridos para a consecução do bem comum ocupação de cargos públicos (Iniciativa
(normas limitativas e proibitivas). - SUBMISSÃO Popular/Ação POPULAR. PARTICIPAÇÃO POPULAR
- Nos direitos fundamentais, o BINÔMIO DE JANUS significa que eles devem ser entendidos em
duas facetas ou dimensões: subjetiva e objetiva
1. SUBJETIVA: direito que o particular tem de invocar a prestação estatal quando houver
violação a um direito. Atuação Positiva ou Negativa do Estado
2. OBJETIVA: Relacionado a eficácia irradiante dos direitos fundamentais, com a tutela dos
valores fundamentais predominantes na comunidade.
- Em razão do direito à liberdade religiosa, é constitucional lei que autorize o sacrifício de animais em
cerimônias religiosas em que tal prática seja adotada como ritual.
- Os direitos fundamentais, considerados como cláusula pétrea das constituições, podem sofrer limitações por
ponderação judicial caso estejam em confronto com outros direitos fundamentais, por alteração legislativa, via
emenda constitucional, desde que, nesse último caso, seja respeitado o núcleo essencial que os caracteriza.
Estado entre Particular Particular entre Particular. O efeito horizontal indireto: obriga o poder
judiciário a observar a normatividade dos direitos fundamentais ao decidir
conflitos interindividuais. Teorias que orientam a eficácia horizontal
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EFICÁCIA INDIRETA TEORIA DA EFICÁCIA DIRETA
*A proteção judicial dos direitos fundamentais está assegurada tanto pela sua dimensão objetiva
quanto pela sua dimensão subjetiva (direitos do indivíduo perante o Estado).
- A dimensão objetiva dos direitos fundamentais atribui força aos direitos fundamentais que passam a ser
diretrizes para aplicação e interpretação das normas:
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c) EFICÁCIA DIAGONAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: observada nas relações travadas entre
particulares onde há um hipossuficiente. Vislumbrado nas relações contratuais, trabalhistas e
relações consumeristas
EFICÁCIA MEDIATA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: direitos fundamentais são aplicados de maneira reflexa,
tanto em uma dimensão proibitiva (voltada para o legislador que não poderá editar lei que viole direitos
fundamentais), como, positiva (voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais,
ponderando que devam aplicar-se às relações privadas).
TEORIA DUALISTA, de Ingo Sarlet. Direitos fundamentais são divididos em dois grandes
grupos: direitos de defesa (de defesa das liberdades públicas, grupo no qual estão os
direitos políticos) e direitos a prestações
TEORIA DOS LIMITES DOS LIMITES tem por objetivo restringir a possibilidade de limitação dos direitos
fundamentais
Os Tribunais Superiores reconhecem que os direitos sociais configuram, em um primeiro momento, direitos
subjetivos. Todavia, será possível negar o dever de o Estado fornecer determinada prestação desde que
demonstrado que concretamente não há meios econômicos e financeiros de fazer frente àquela pretensão,
aplicando-se a teoria da reserva do possível. Ainda que a aplicação da referida teoria seja, em tese, admitida, duas
considerações devem ser formuladas:
a teoria da reserva do possível não se aplica quando se tratar de prestação atrelada ao mínimo existencial
(nos quais se incluem praticamente todas aquelas ligadas ao direito à saúde);
cabe ao ente público demonstrar, de forma concreta, que não possui condições de fazer frente à prestação
o exigida.
- A cláusula da reserva do possível, que não pode ser invocada, pelo poder público, com o propósito de fraudar, de
frustrar e de inviabilizar a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição. Encontra
insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana.
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- Ensina que há um estado de tensão dialética entre a necessidade estatal de concretizar as
ações e prestações de saúde em favor das pessoas e a dificuldade governamental de viabilizar a
alocação de recursos financeiros.
- A tese explica o risco de ilegitimidade de decisões judiciais que não levam em consideração as
consequências fáticas. Num contexto de escolhas trágicas, a atuação judicial não deve
influenciar negativamente na distribuição da justiça social antes definida por outros poderes.
- Teoria diz que deixará de contemplar alguma necessidade também premente, mas que foi
considerada por quem de direito menos urgente que outra.
VEDAÇÃO DO RETROCESSO/EFEITO CLIQUET: O efeito "cliquet" dos direitos humanos significa que, os
direitos não podem retroagir, só podendo avançar nas proteções dos indivíduos.
- Tal princípio significa que é inconstitucional, qualquer medida, tendente a revogar os direitos sociais já
regulamentados, sem a criação de outros meios alternativos capazes de compensar a anulação desses benefícios.
- A eficácia imediata dos direitos fundamentais, encontra limites no núcleo irredutível da autonomia
pessoal, situação em que se configura a eficácia moderada na relação entre, os poderes privados e os
indivíduos.
-os direitos fundamentais são relativos e históricos, pois podem ser limitados por outros direitos
fundamentais e surgem e desaparecem ao longo da história humana.
Gerações de Direitos:
a. PRIMEIRA GERAÇÃO: INDIVIDUAIS, CIVIS E POLÍTICOS. LIBERDADE. índio cipó
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b. SEGUNDA GERAÇÃO: ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS. IGUALDADE. E Só CU. Os direitos de segunda
geração ou dimensão, voltados à intervenção estatal contra o arbítrio da liberdade individual e a busca de
melhores condições materiais de vida, estão constitucionalmente previstos, todavia, conforme texto da
CF, não fazem parte do núcleo constitucional intangível
iii. Tratado que verse sobre direitos humanos e aprovado pelo RITO DE CONSTITUCIONAL (2 turnos
de votação em cada, aprovado por 3/5 dos seus membros): equivalente a emenda
constitucional
iv. TRATADO QUE VERSE SOBRE DIREITOS HUMANOS E APROVADO POR RITO ORDINÁRIO. NORMA
SUPRALEGAL. Eficácia paralisante em relação as normas conflitantes.
- Discriminação reversa: como parcela da população (isonomia material) tem tratamento diferenciado em
detrimento de outros as ações afirmativas acabariam discriminando parcela da população que não tem
direito a esse tratamento diferenciado. TESE NÃO ACOLHIDA PELO STF.
- MP investigando um ente público como, por exemplo, um Município poderá requisitar diretamente à
instituição bancária os extratos sem autorização judicial quando da análise de verbas públicas.
- AÇÕES afirmativas (TEMPO LIMITADO), como a reserva de vagas para negros em concursos públicos, são uma
forma de garantia dos direitos fundamentais e visam minimizar ou eliminar uma situação histórica de desigualdade
ou discriminação.
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b) Entidades sindicais: atuam com substitutos processuais em defesa de direitos individuais ou coletivos.
Não precisam de autorização dos sindicalizados para substitui-los em juízo. (sem autorização sempre)
- Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida mediante abertura de carta,
telegrama, pacote ou meio análogo.
- Não há direito adquirido ao regime jurídico do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, tendo em vista
que não ostenta natureza contratual.
- A transitoriedade é a essência das ações afirmativas enquanto instrumentos de realização de igualdade material.
No âmbito judicial e administrativo, a todos são assegurados a razoável duração do processo e os meios
que garantam a celeridade de sua tramitação, previsão essa caracterizada como direito fundamental no
Pacto de San José da Costa Rica e instituída na CF por emenda constitucional.
- O PRINCÍPIO DA ALTERIDADE, visto de acordo com o prisma de norma fundamental, vetor maior do sistema
normativo positivo, considera a dinâmica das transformações sociais como filtro para o exercício do princípio da
alteridade, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar de outrém, em razão
- Com base no constitucionalismo contemporâneo a reserva legal tem abrangência menor que o princípio da
legalidade.
RESERVA LEGAL: constituição permite a restrição de um direito. Tal restrição pode ser classificada:
- Simples: CF apenas autoriza a restrição do direito
- Qualificada: CF autoriza a restrição e estabelece o que a lei fará quanto aos direitos
- Absoluta: matéria só pode ser regulada por lei em sentido formal
- Relativa: podem ser reguladas por outros instrumentos legais
- O princípio da legalidade permite ao Estado enunciar direitos e deveres somente por lei em sentido
estrito.
- Robert Alexey, com base na jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal Alemão, ensina que, com
relação ao direito à igualdade, é legítimo ao legislador criar distinções com a finalidade de igualar
oportunidades em prol de indivíduos e grupos menos favorecidos, pois, se houver uma razão suficiente
para o dever de um tratamento desigual, então, o tratamento desigual é obrigatório.
- *A pequena propriedade rural trabalhada pela família é impenhorável, mesmo que a dívida executada
não seja oriunda de sua atividade produtiva ou que o imóvel não sirva de moradia ao executado e sua
família, ou, ainda, que o proprietário devedor tenha dado a pequena propriedade em garantia hipotecária.
35
* STF promoveu a extensão da expressão “brasileiros e aos estrangeiros residentes no País” do art. 5º, por
meio de uma mutação constitucional, que amplia quem são os titulares dos direitos, amparando também
os estrangeiros. No entanto, destaca-se que o estrangeiro não poderá fazer uso de todos os direitos,
pois alguns são privativos de brasileiros.
- é dispensada a autorização prévia da pessoa biografada, das demais pessoas retratadas, bem como dos seus
familiares. Segundo o STF, a exigência de autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível
com a liberdade de expressão
DIREITO AUTORAL: Privilégio vitalício e ainda transmissível aos herdeiros, (por tempo que a lei fixar);
- Embora a Constituição Federal de 1988 preveja expressamente não distinção entre brasileiros, o próprio
constituinte estabeleceu, no texto constitucional, hipóteses de tratamentos distintos entre homens e mulheres.
- Dentre os direitos e garantias fundamentais, a CF só previu como cláusula pétrea os direitos e garantias individuais
e o voto com as suas características de ser "direto, secreto, universal e periódico".
- lei que define reserva de cargos para afrodescendentes só tem obrigatoriedade quando for concurso Federal.
Orientação do CNJ é para que reserve, mas lei só tem para concursos federais.
- Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero exercício de função
pública".
- No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular sem
prévia autorização judicial, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano decorrente da
ação.
- É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, podendo a lei estabelecer qualificações
profissionais específicas, conforme o caso.
- Tribunais de contas não poderão determinar a quebra de sigilo fiscal ou bancário, ainda que tais quebras
sejam relativas ao controle externo.
- Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam inconstitucionais dispositivos da Lei das
Eleições que, impediam emissoras de rádio e televisão, de veicular programas de humor envolvendo
candidatos, partidos e coligações nos três meses anteriores ao pleito, como forma de evitar que sejam
ridicularizados ou satirizados
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- Não confundir, a liberdade de expressão durante o pleito eleitoral com Fake News. Essas podem ser
combatidas já que comprometem a lisura do pleito.
- Jornal divulgou a foto do cadáver de um indivíduo morto em tiroteio ocorrido em via pública. Os
familiares do morto ajuizaram ação de indenização, por danos morais contra o jornal, alegando que houve
violação aos direitos de imagem. O STF julgou a ação improcedente, argumentando que condenar o jornal
seria uma forma de censura, o que afronta a liberdade de informação jornalística.
- Princípio da proibição do excesso: Princípio segundo o qual, na consecução de um fim, deve-se utilizar o meio
estritamente adequado, evitando-se todo excesso. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE PROTEÇÃO DEFICIENTE: É o revés
da proibição do excesso, quando o estado não legisla acerca de um determinado direito fundamental,
desprotegendo-o.
- Todos têm direito a receber dos órgãos públicos, informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado
- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente
- desapropriação poderá ser feita por interesse social, necessidade ou utilidade pública. Indenização, em regra por
dinheiro. NÃO SERÁ SEMPRE desapropriada, mediante justa e prévia indenização.
- A limitação de direitos individuais, enquanto direitos de hierarquia constitucional, deve se dar por expressa
disposição constitucional ou mediante lei promulgada, com fundamento imediato na própria Constituição Federal.
- As associações, em regra, não precisam de autorização da administração pública para reunir-se, assim como para a
sua criação.
- A vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível com o
princípio da isonomia, segundo o STF.
- No Brasil, o ensino religioso é de matrícula facultativa, constituindo disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
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Na ADI 4439/DF, o STF decidiu que o ensino religioso em escolas públicas pode ter caráter confessional,
ou seja, pode estar vinculado a uma religião específica. Não haverá qualquer violação ao Estado laico. É
possível, por exemplo, que seja ministrado em escola pública o ensino religioso de matriz católica.
- É inconstitucional lei estadual que obriga que as escolas e bibliotecas públicas tenham um exemplar da
Bíblia
- A redução da transparência dos dados referentes à Covid-19 viola o direito de acesso à informação, os
princípios da publicidade e transparência da Administração Pública e o direito à saúde.
- É incabível a requisição administrativa, pela União, de bens insumos contratados por unidade federativa e
destinados à execução do plano local de imunização, cujos pagamentos já foram empenhados
- É dever do Poder Público elaborar e implementar plano para o enfrentamento da pandemia COVID-19 nas
comunidades quilombolas
- É ilegítima a recusa dos pais à vacinação compulsória de filho menor, por motivo de convicção filosófica
-Lei estadual criou um benefício assistencial e previu que seu valor seria o do salário mínimo vigente. Tal
previsão, em princípio, viola o art. 7º, IV, da CF/88, que proíbe que o salário mínimo seja utilizado como
referência (parâmetro) para outras finalidades que não sejam a remuneração do trabalho. No entanto, o
STF afirmou que seria possível conferir interpretação conforme a Constituição e dizer que o dispositivo
previu que o valor do benefício seria igual ao salário mínimo vigente na época em que a lei foi editada (R$
545)
- É inconstitucional, por transgressão ao princípio da isonomia entre homens e mulheres (art. 5º, I, da
CF/88), a exigência de requisitos legais diferenciados para efeito de outorga de pensão por morte de ex-
servidores públicos em relação a seus respectivos cônjuges ou companheiros/companheiras.
- A determinação judicial para identificação dos usuários que operaram em determinada área geográfica,
suficientemente fundamentada, não ofende a proteção à privacidade e à intimidade.
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- É inconstitucional lei estadual que proíba a Administração Pública de contratar empresa que tenha tido
empregado condenado por crime ou contravenção relacionados com a prática de atos discriminatórios
- Conforme STF, há uma quarta exceção a não criminalização do aborto: a interrupção da gravidez no 1º
trimestre da gestação, provocado pela própria gestante ou com o seu consentimento também não seria
crime.
-o fato de ter sido feita uma manifestação depreciativa na seção de comentários do site não enseja direito
de resposta por parte do ofendido. Se entender pertinente, o ofendido poderá publicar um novo
comentário refutando o anterior.
- Individuo não tem direito a retirada de matéria jornalística em sítio eletrônico que vincula a existência de
processo criminal o qual foi inocentado. É permitida a circulação da matéria jornalística em razão da
liberdade jornalística e de comunicação, bem como da liberdade de informação.
- A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando
amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa
ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade dos atos praticados.
- contudo, existe uma lei de registros públicos que torna a certidão de nascimento e óbito gratuita para
todos.
- Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o
período de amamentação
- Súmula 654: A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da CF, não é invocável pela
entidade estatal que a tenha editado
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-Súmula 704. Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo
legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados
- A ausência de registro na Anvisa impede, como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão
judicial. É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso
de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido, quando preenchidos três requisitos:
a) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil, (salvo no caso de medicamentos órfãos
para doenças raras e ultrarraras);
b) a existência de registro do medicamento em renomadas agências de regulação no exterior;
c) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil.
- De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal – STF, é legítima a penhora de bem de
família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista no
art. 3º, VII, da Lei n.º 8.009/1990, com o direito à moradia consagrado no art. 6º da CF, com a redação da
EC 26/2000.
METODOS DE INTERPRETAÇÃO
FORMALISMO x REALISMO
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⇒ juiz apenas seria a “boca da lei”.
intérprete deve se limitar a aplicar o texto usam expressões abertas, dando mais autonomia
constitucional ao juiz que interpreta a norma.
Busca-se encontrar o
“sentido substancial da Constituição”.
Constituição deve ser interpretada de acordo com Constituição é interpretada de forma evolutiva
as leituras da época de sua aprovação, primazia onde a norma constitucional é interpretada
ao elemento histórico, original de quando foi conforme a mudança na dinâmica social.
criada.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
teoria ética que julga as ações pelos seus resultados, que não necessariamente tem um caráter
utilitarista, apesar ser uma forma de consequencialismo.
O que é "maior densidade normativa"? Trata-se de uma situação na qual uma norma é mais detalhista. A
lei traz vários artigos, com várias exceções. Exemplo: Código Civil. Nesse caso, havendo maior densidade
normativa, o esforço hermenêutico do interprete é menor, pois a lei cuida da devida regulamentação.
41
Sendo assim, a gama de métodos de interpretação existe, em parte, pela MENOR densidade normativa da
Constituição. As normas infraconstitucionais costumam ser mais objetivas e mandatórias.
Sugere que, em uma sociedade democrática, decisões políticas, especialmente aquelas que afetam
direitos fundamentais e questões de justiça básica, devem ser justificadas por razões que todos os
cidadãos possam aceitar.
Argumentos não devem se basear em doutrinas religiosas, filosóficas ou morais particulares que não
sejam compartilhadas por todos os membros da sociedade. O objetivo é garantir que as leis e políticas
sejam justas e legítimas aos olhos de todos, independentemente de suas crenças particulares
Deve-se interpretar a constituição como se fosse intérprete parte do problema para norma.
uma lei. (Gramatical, lógico, Teleológico, histórico ou Considera a Constituição como sistema aberto de
Genético) regras e princípios onde busca a melhor solução
para determinado caso jurídico, através da norma.
42
CIENTÍFICO ESPIRITUAL ou INTEGRATIVO
VALORATIVO, SOCIOLÓGICO – Rudolf Smend Normas constitucionais possuem caráter
fragmentário não abrangendo todas as situações
a Constituição é um fenômeno social e liga-se capazes de ocorrer
aos valores / espírito da sociedade, servindo como
instrumento integrador político-social. - * movimento de ir e vir” que inicia com a pré-
compreesão do intérprete a partir da primeira
Concentração da dimensão axiológica da CF → a
leitura (primazia da norma) [pressupostos
leitura flexível e extensiva, em que os valores
comunitários e a realidade existencial do subjetivos], depois há uma comparação com a
Estado se articulam com o fim integrador da realidade social (problema) [pressupostos
Constituição. objetivos], e a consequente releitura [relação
entre texto e contexto], o que se repete
A teoria integrativa de Smend = a tentativa
sucessivamente até a solução.
de superar o contraste rígido entre norma e fato,
deslocando o problema para o debate sobre estática
e dinâmica na teoria do Estado. Nessa teoria a A interpretação é resultado das pré-compreensões
Constituição é uma realidade integrante do intérprete e também do texto, para se extrair o
real significado da norma.
Norma constitucional deve ser analisada conforme a
realidade social e dos valores subjacentes ao seu
texto devendo considerar o espírito da constituição
quando ela foi criada
43
SEM REDUÇÃO DE TEXTO: COM REDUÇÃO DE TEXTO
ocorre quando determinadas normas são tidas como inconstitucionais, todavia não se pode retira-
las do ordenamento sem causar prejuízo indesejado.
*OBS: conforme o CESPE, a interpretação conforme a constituição é a interpretação menos obvia do interprete, na
qual, o interprete não irá analisar de imediato o que está escrito na norma mas sim aquela interpretação que seja
compatível com a finalidade constitucional.
- *Diante de normas polissêmicas ou plurissignificativas (que admitem mais de uma interpretação) é dado
preferência para aquela que seja mais compatível com a constituição. Aplicavel somente as normas
infraconstitucionais. Se for aplicado diretamente a constituição é o caso de mutação constitucional.
Mutação Constitucional: incide sobre normas Interpretação conforme: Incide sobre normas
Constitucionais. infraconstitucionais, plurissignificativas (com duas ou mais
interpretações possíveis
44
- *A interpretação constitucional segue os mesmos cânones hermenêuticos da interpretação das demais
normas jurídicas.
Sentenças DE RECHAÇO: diante de duas STF anula decisão judicial das instancias
interpretações de ato normativo, STF indica qual ordinárias, na qual, adotaram interpretação
intepretação é considerada constitucional, inconstitucional e, agindo como legislador
rechaçando outras positivo, modifica o ordenamento jurídico,
adicionando ou substituindo normas para adequar
o preceito a CF
DECISÕES MANIPULADORAS
- STF declara inconstitucional dispositivo legal por substitui parte da norma diante de outra
sua omissão e aumenta seu âmbito de incidência, existente mais compatível.
acrescentam uma norma jurídica decorrente de
decisão judicial, não prevista na legislação
45
- Só tem aplicabilidade quando a legislação é
omissa.
- Consoante Hans Kelsen, a concepção jurídica de Constituição a concebe como a norma por meio da qual
é regulada a produção das normas jurídicas gerais, podendo ser produzida, inclusive, pelo direito
consuetudinário.
- Apesar de o preâmbulo não ter caráter normativo, conforme já se manifestou o STF, é possível a sua
utilização como vetor interpretativo. ( tese da irrelevância jurídica)
- A invocação da proteção de Deus, presente no preâmbulo da Constituição Federal, não é norma central,
cuja reprodução seja obrigatória nas constituições estaduais, pois não possui força normativa.
- A LEITURA MORAL DA CONSTITUIÇÃO (RONALD DWORKIN): constituição não é proposta para toda e
qualquer interpretação constitucional, mas apenas para os chamados “hard cases”: casos difíceis, em que
o Direito não fornece uma interpretação única ou simples.
*PROCEDIMENTALISMO E SUBSTANCIALISMO
PROCEDIMENTALISTA SUBSTANCIALISMO
a Constituição é uma moldura de direitos que deve modelo de Constituição Dirigente, desenvolvida
regular apenas o processo deliberativo da pelo constitucionalista português Canotilho.
sociedade, ou seja, deve preservar os canais Acredita em um modelo constitucional onde o
democráticos de formação da vontade, de modo Poder Judiciário exerce amplo papel de
que a própria sociedade deve escolher sobre a consolidação dos direitos fundamentais,
implementação dos direitos previstos na implementando os direitos sociais sem freios.
Constituição.
é legítimo que os Juízes determinem a realização
46
Tal implementação não deve ser uma obra de políticas públicas, previstas como princípio na
primordial do Poder Judiciário (portanto, rejeita o Constituição, ainda que sem a interposição do
ativismo), mas, sim, mediante deliberações da Poder Legislativo.
sociedade via Legislativo.
Nesses casos, é suficiente a inércia do Poder
O procedimentalismo tem relação com a vertente Executivo em executar aquela promessa
doutrinária brasileira chamada de Democracia constitucional.
Deliberativa, tema de obra do jurista Cláudio Nesse contexto, a visão substancialista respeita a
Pereira de Souza Neto. possibilidade de o Juiz, à guisa de exemplo,
determinar a construção de uma escola em um
município, bem como determine a realização de
concurso público para Professor, ainda que não
exista planejamento pelo Executivo
PODER CONSTITUINTE
- Conforme Emmanuel Joseph Sieyès, percussor dos estudos sobre o poder constituinte, afirmar que o PC
se opõe opor ao poder absoluto dos monarcas detentores do direito Divino. O titular do Poder Constituinte
é o POVO, todavia para Sieyes o titular não é o povo e sim, a nação.
- O texto constitucional editado pela assembleia constituinte será validado juridicamente com a aprovação
do povo, mediante plebiscito ou referendo.
SUPREMACIA CONSTITUCIONAL
processo de alteração da constituição e das leis conteúdo das normas constitucionais apresentam
infraconstitucionais são diversos, sendo mais rígido hierarquia material em detrimento das normas que
o processo de alteração da constituição. tratam sobre temas constitucionais.
Apresentam supremacia formal as constituições
rígidas Obs: é possível que uma constituição não tenha
supremacia formal, mas tenha supremacia
material. É Caso das constituições flexíveis, onde o
processo de alteração da constituição e das leis
infraconstitucionais é o mesmo, mas as matérias
que tratam de temas constitucionais sejam
superiores a aquelas que não tratam
- *AS CONSTITUIÇÕES FLEXÍVEIS POSSUEM SUPREMACIA MATERIAL, MAS NÃO FORMAL, uma vez que
diante de uma CF flexível, não há que se falar em hierarquia entre a CF e lei infraconstitucional. Dessa
47
forma, uma lei infraconstitucional posterior tem o condão de modificar se assim expressamente o declarar,
por exemplo.
inaugura nova ordem jurídica não existindo inaugura nova ordem jurídica, rompendo com
ordem anterior ordem jurídica pré existente
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CLASSIFICAÇÃO DO PODER CONSTITUINTE
Assembleia Constituinte não tem liberdade de poder que é exercido quando o povo é titular do
criar normas de maneira esparsa, injustificada, seu poder
mas somente àquelas que correspondam a
realidade jurídica e cultural da sociedade à que
estão inseridas, sendo um reflexo do seu Povo e
da sua ordem natural
- Poder Constituinte Originário não se confunde com os poderes constituídos do Estado. Sua titularidade
pertence ao povo, mas seu exercício se dar pelos representantes eleitos pelo povo. Pode ser expressao
através da outorga e convenção.
- O texto constitucional editado pela assembleia constituinte em procedimento direto será validado
juridicamente com a aprovação do povo, mediante plebiscito ou referendo
- Ainda que exercido de forma ilegítima, o poder constituinte originário será sempre o criador de uma nova
constituição que estabeleça uma nova ordem constitucional em um Estado.
- A exigência de poderes políticos limitados, após a manifestação do PCO, fundamenta tanto o sentido
lógico-jurídico quanto o sentido jurídico-positivo da Constituição.
i. PC ORGINÁRIO SE DIVIDE EM
a. MATERIAL ou SUBSTANCIAL: cria normas com conteúdo constitucional. vinculado a supremacia
constitucional material e orienta a supremacia formal. Não cessa com a inauguração da nova
constituição, mas permanece em estado de latência.
b. FORMAL: processo pelo qual se atribui as normas do poder constituinte material a roupagem de
constituição. Desaparece ao criar nova constituição.
- obs: Sentidos substancial e formal do poder constituinte originário são limitados pelas estruturas
políticas, sociais, econômicas e culturais dominantes da sociedade, bem como pelos valores ideológicos de
que são portadores.
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g. Permanente
- Concepção jusnaturalista e pós-positivista vislumbram limitações para o PCO aos imperativos de direito
natural e aos os valores éticos e a consciência jurídica coletiva, incidindo nesta última, a proibição de
retrocesso (efeito cliquet)
i. DECORRENTE: poder dado aos Estados Membros para elaborar e modificar sua constituição. Se
subdivide em:
I. INSTITUCIONALIZADOR: criação da Constituição Estadual. Tal poder não é extensível aos
municípios. Contudo, a lei orgânica do DF serve como parâmetro para ADC. STF reconheceu
a legitimidade do Governador do DF e da Câmara do DF para propor ADI.
II. REFORMADOR ou DE REVISÃO ESTADUAL: poder que o Estado-Membro detém de alterar
sua constituição.
- Territórios federais são entidades autárquicas e não são frutos do derivado decorrente.
- obs: o poder constituinte derivado é inerente às constituições rígidas
50
finalidade a evitar a ruptura com princípios que expressam o
núcleo essencial da CF.
TEMPORAL IMPLÍCITAS
Estabelece um período durante o qual não se pode alterar Supressão das limitações expressas e
o texto constitucional. Não previsto para Emenda. Prevista alteração do titular do
para Reforma Constitucional poder Constituinte
FORMAIS ou PROCEDIMENTAIS
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-Obrigatoriedade de simetria do processo legislativo balizas reguladoras da capacidade de auto-
estadual em detrimento do federal. organização dos Estados. A doutrina os divide
em três tipos:
• LIMITES EXPLÍCITOS:
i. VEDATÓRIAS: proíbem os Estados de praticar
atos ou procedimentos contrários ao fixado
pelo poder constituinte originário
ii. MANDATÓRIA: restrições à liberdade de
organização
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previsão de limites materiais explícitos, apenas de uma dupla revisão. Segundo essa teoria, é
temporais e formais. possível fazer uma nova Revisão Constitucional no
Brasil, bastaria modificar o artigo 3º, do ADCT
Conforme o STF, a partir de 1990, o PC Revisor é (que prevê apenas uma revisão constitucional).
equiparou com PC Reformador ao adotar para a Feita essa “primeira etapa”, as portas estariam
revisão os mesmos requisitos formais e materiais abertas para novas revisões.
exigidos para as emendas i. Teoria não adotada
ii. Por exemplo, já que não é possível
Não há possibilidade de outra revisão, tendo em abolir um direito fundamental, por se
vista que é uma norma de eficácia exaurida tratar de uma cláusula pétrea, revoga-
extensível as constituições estaduais. se o artigo 60 da CF
OBS: O poder constituinte difuso pode ser caracterizado como um poder de fato e que serve de
fundamento para os mecanismos de atuação da mutação constitucional
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a) Poder encarregado de elaborar ou modificar as Constituições transnacionais, supranacionais ou
globais.
b) Fundamento de validade na cidadania universal e a multiplicidade de ordenamentos jurídicos, com
Estados que interagem entre si e reformulam o conceito clássico de soberania, admitindo a
existência de um documento comum que vincule as disposições internas.
ii.
HIATO CONSTITUCIONAL de IVO DANTAS: movimento que se fundamenta no
conflito gerado pela contrariedade do conteúdo da constituição política que não
está em harmoniza com a realidade social. Dessa forma, tal movimento trabalha
com uma tentativa de adaptação do texto constitucional às novas realidades
sociais (dinâmica constitucional). Movimento se materializa através da:
a) MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
b) REFORMA CONSTITUCIONAL POR EMENDAS CONSTITUCIONAIS (poder constituinte derivado);
c) HIATO AUTORITÁRIO CAUSADO POR UMA SITUAÇÃO DE CRISE QUE PERMITE UM PODER
IMPOSTO (poder constituinte originário autocrático).
- O caráter aberto e vago de muitas das disposições constitucionais, favorece uma interpretação
atualizadora e evolutiva, capaz de produzir, uma mutação constitucional informal ou não textual.
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iv. Retroatividade MÉDIA: a nova lei, sem alcançar os atos ou fatos anteriores, atinge os seus
efeitos ainda não ocorridos, efeitos pendentes, a partir da lei vigente. EXEMPLOS: Prestações
vencidas e não pagas, nova lei, que dispõe sobre a redução da taxa de juros, aplica-se às
prestações vencidas de um contrato, mas ainda não pagas.
- A CF não positivou expressamente a regra de que as leis não podem atingir fatos ocorridos no passado,
adotando a teoria subjetiva de proteção dos direitos adquiridos em face de leis novas.
- A Constituição nova, ainda que seja silente a respeito, revoga inteiramente a Constituição anterior,
fenômeno que decorre da normatização geral.
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Possuem eficácia positiva e negativa
Obs: A previsão de aplicabilidade imediata das
Exemplo: direitos sociais, remédios normas de direitos e garantias fundamentais
constitucionais, gratuidade de transporte alcança as normas que definem os direitos sociais.
urbano para maiores de 65 anos e a norma
constitucional que estabelece autonomia da
defensoria pública
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emenda
Tem eficácia positiva e negativa
Não necessitam de regulamentação. Ex.
clausulas pétreas.
- OBS: Normas do ADCT são normas de eficácia EXAURÍVEL (Aplicabilidade Esgotada e Eficácia Exaurida).
Destina-se a realizar a transição do regime constitucional anterior para o atual.
- O grau de eficácia da norma constitucional é aferido quando da sua entrada em vigor na CF. Assim,
quando o documento constitucional é publicado, é verificado se a norma é capaz de produzir, sozinha e
independentemente de qualquer normatização posterior, todos os seus efeitos essenciais.
DIREITOS SOCIAIS
- A Constituição Federal de 1988, por possuir expressivo conjunto de normas diretamente relacionado aos
direitos sociais, preserva os direitos fundamentais das minorias, como, por exemplo, o direito a terra dos
povos indígenas e das comunidades quilombolas.
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EDU – EDUCAÇÃO
MORA – MORADIA
LÁ – LAZER
SAÚ – SAÚDE
TRABALHA – TRABALHO
ALÍ – ALIMENTAÇÃO
ASSIS – ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS
PRO – PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA
SEG – SEGURANÇA
PRESO – PREVIDÊNCIA SOCIAL
a) 1-Piso salarial
b) 2-Participação no lucro
c) 3-Jornada de 6 horas
d) 4-Proteção da mulher
e) 5-Adicional, periculosidade, penosidade, insalubridade
f) 6-Proteção, automoção
g) 7-Prazo prescricional
h) 8-Proibição de distição de trabalho técnico,científico,intelectual
i) 9-Igualdade de direito
- O legislador infraconstitucional ainda não regulamentou sobre o direito de atividades penosas, mesmo
após 29 anos da nossa carta constitucional de 88, entretanto, como se trata de omissão do legislador,
entende-se que em algumas situações é cabivel o mandado de injunção para tal suprimento.
- É constitucional norma que obriga escolas privadas a oferecer atendimento adequado a pessoas com
deficiência, vedado o repasse do custo financeiro da adaptação às mensalidades escolares.
- É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em
que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. –
- prescrição dos créditos trabalhista 5 anos. Prescrição da ação até 2 anos após a extinção do contrato de
trabalho.
- *Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches
e pré-escolas;
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- O STF decidiu não ser inconstitucional a sentença fixada em salários mínimos, desde que a futura
atualização seja de acordo com índices oficias.
- De acordo com o artigo 8° da Constituição Federal, é livre a associação sindical, observado o seguinte: ao
sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativas.
- A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.
- *Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo valendo
para as respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é possível fixar prazos diversos em
função da idade da criança adotada
- O direito de greve é um direito social, não dependendo de uma prestação estatal específica para o seu
exercício.
- *A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público,
somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de
horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos
do FGTS.
- Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
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- Em regra, é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro de sua candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, tal dispensa é vedada até um
ano após o final do mandato.
- SÚMULA VINCULANTE 04: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão
judicial.
- De acordo com o texto da Constituição Federal, com relação ao direito de greve, é correto afirmar que compete
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender, cabendo à lei definir os serviços ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade.
PROVIDÊNCIAS QUE PODEM SER ADOTADAS POR DECRETO DO CHEFE DO EXERCUTIVO QUANTO A
GREVE.
convocação dos grevistas a reassumirem seus cargos
instauração de processo administrativo disciplinar
desconto em folha de pagamento dos dias de greve, salvo se o Estado tiver dado causa.
contratação temporária de servidores, referido decreto pode prever hipótese de
contratação temporária excepcional limitada ao período de duração da greve para garantir
a continuidade de serviços públicos essenciais.
exoneração dos ocupantes de cargo de provimento temporário e de função gratificada que
participarem da greve
- Recentemente, o transporte foi incluído no rol de direitos sociais previstos na CF, que já contemplavam,
entre outros, o direito à saúde, ao trabalho, à moradia e à previdência social, bem como a assistência aos
desamparados.
- Viola os princípios constitucionais da liberdade de associação e da liberdade sindical, norma legal que
condicione, ainda que indiretamente, o recebimento do benefício do seguro-desemprego à filiação do
interessado a colônia de pescadores de sua região.
- Se uma obrigação imposta a todos contrariar convicção de natureza filosófica de determinado indivíduo,
esse indivíduo pode invocar o direito à escusa de consciência.
DIREITOS DA NACIONALIDADE
São brasileiros naturalizados:
a. Estrangeiro de qualquer nacionalidade com residência ininterrupta no Brasil por mais 15 anos e
sem condenação criminal. Ato de concessão vinculado
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b. Naturais de países que tenha como língua oficial a portuguesa, que detenha idoneidade moral e
mais 1 ano, ininterrupto, de residência no Brasil.
- Após ter sido deferida a naturalização, seu desfazimento só pode ocorrer mediante processo judicial,
mesmo que o ato de concessão da naturalização tenha sido embasado em premissas falsas (erro de fato).
Assim, o Ministro de Estado da Justiça não tem competência para rever ato de naturalização.
- Apenas o brasileiro naturalizado poderá ter cancelada a sua naturalização por sentença judicial. Tal
sentença tem caráter de cível e deverá ter como fundamento atividade nociva ao interesse nacional.
Somente aplicável para brasileiro naturalizado. Sentença é atacável por ação rescisória
- Individuo, após condenação transitada em julgado pelo crime de tráfico de entorpecente, sofrerá com a suspensão
de direitos políticos, ainda que não sofresse a perda da nacionalidade brasileira.
- A competência para processar e julgar uma eventual ação de cancelamento de naturalização é da justiça comum
federal
- Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, brasileiro nato que tiver perdido a nacionalidade poderá
ser extraditado. Caso o brasileiro nato perca a sua nacionalidade, pela aquisição voluntária de outra nacionalidade,
ele estará sujeito à extradição.
- Aos portugueses com residência permanente no País, serão atribuídos os direitos inerentes a brasileiro
naturalizado, se houver reciprocidade de tratamento em favor dos brasileiros em Portugal. Essa regra dirige-se ao
português, que não quer a naturalização, mas sim permanecer como português no Brasil. Esse nacional português
terá os mesmos direitos do brasileiro naturalizado, mesmo sem ter obtido a naturalização, desde que haja
reciprocidade de tratamento para os brasileiros em Portugal.
-Os indivíduos que possuem multinacionalidade vinculam-se a dois requisitos de aquisição de nacionalidade
primária: o direito de sangue e o direito de solo.
- NACIONALIDADE X CIDADANIA
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- Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. É conhecida como
perda-mudança e o procedimento tramitará na esfera administrativa, perante o Ministério da Justiça,
cabendo a confirmação final dada pelo Presidente da República, mediante decreto com efeitos ex nunc.
- Havendo a perda da nacionalidade por este motivo, a sua reaquisição será possível por meio de pedido dirigido ao
Presidente da República, sendo o processo instruído no Ministério da Justiça. Caso seja concedida a reaquisição,
esta é feita por meio de Decreto. O STF já se pronunciou e consoante que se perde como nato volta como nato / se
perde como naturalizado volta como naturalizado.
- Heimatlos é uma outra palavra para apátrida, que é aquele que não tem pátria, ou seja, aquela pessoa a quem não
foi concedida a nacionalidade por nenhum Estado-nação.
- Como regra geral para a outorga da nacionalidade originária, o Brasil adota o critério do ius solis, ou
critério da territorialidade, admitindo, porém, em algumas situações, o critério do ius sanguinis (origem
sanguínea).
- Cidadão português, que legalmente adquira a nacionalidade brasileira, não poderá exercer cargo da
carreira diplomática, mas pode exercer o cargo de ministro de Estado das Relações Exteriores.
- É permitida a análise pelo Poder Judiciário somente dos aspectos de legitimidade jurídica concernentes
ao ato expulsório, não cabendo, portanto, o julgamento da nocividade da permanência do estrangeiro em
território nacional.
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b) SÚMULAS
Súmula nº 1/STF: É vedada a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro,
dependente da economia paterna
Súmula nº 421/STF: Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditado casado com brasileira
ou ter filho brasileiro
Entrega” (surrender ou remise), é o ato pelo qual o Estado coloca à disposição do TPI as pessoas que deverão ser
julgadas e/ou que foram condenadas por este órgão. É permitida a entrega de brasileiro nato para se submeter ao
TPI, não configurando extradição. Tribunal Penal Internacional que solicita a entrega de indivíduo que praticou crime
contra a humanidade. Essa não é uma competência conferida aos países signatários do Estatuto de Roma.
DIREITOS POLÍTICOS
*VOTO FACUTATIVO
a) Menor de 18 e maior de 16 anos e maiores de 70 anos
b) Analfabetos
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
a) Soberania popular é exercida pelo sufrágio universal, que é direito fundamental expresso na CF, e pelo voto
direito e secreto mediante: plebiscito, referendo e a iniciativa popular.
- O Plebiscito é convocado antes do ato legislativo ou administrativo. Referendo depois do ato legislativo ou
administrativo, no prazo de 30 dias. São convocados pelo Poder Executivo ou Legislativo através de decreto
legislativo.
- Iniciativa popular é feita, através de projeto apresentado na Câmara, por 1% do eleitorado nacional, distribuído no
mínimo em 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. Projeto só pode versar sobre 1
assunto e Câmara não está obrigada a colocar projeto de lei na pauta. Ademais, o projeto não pode ser rejeitado
por vício de forma.
- Legislativo e Judiciário não tem competência para determinar se um direito político é ou não direito
fundamental
CAPACIDADE ELEITORAL
a) ATIVA: direito de votar
b) PASSIVA: direito de ser votado. Ademais, o voto é direito público subjetivo de função política e
social de soberania popular
c) O voto tem por características o exercício direto, personalíssimo, obrigatório, livre, sigiloso,
igualitário e periódico. Mas a cláusula pétrea é do voto: direto, secreto, universal e periódico.
Obrigatoriedade do voto não é clausula pétrea
CLASSIFICAÇÃO DO SUFRÁGIO
a) SUFRAGIO UNIVERSAL: concedido independentemente de condições econômicas, culturais,
sociais ou outras condições especiais. Os critérios para exercício dos direitos políticos são não-
discriminatórios.
c) ELEGIBILIDADE E INEXIBILIDADE
Critérios de inexigibilidade somente são definidos através de lei complementar. Todavia, os
critérios de exigibilidade podem ser criados por lei ordinária.
REQUISITOS DE ELEGIBILIDADE:
- nacionalidade brasileira;
- pleno exercício dos direitos políticos;
- alistamento eleitoral;
- domicílio eleitoral na circunscrição há pelo menos 1 ano;
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- filiação partidária há pelo menos 1 ano, salvo se for militar 6 meses
- idade mínima verificada na data da posse, salvo para o cargo de vereador, no qual a idade será
verificada no ato da inscrição da candidatura.
- Militar alistável é elegível e, se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará, automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Caso acabe seu
mandato, ele pode voltar para função de militar. Todavia, se contar com menos de 10 anos, deverá ser
afastado e não tem direito a retornar a atividade militar, após o termino do mandato.
- O Vices dos cargos do executivo pode, se candidatar a outros cargos preservando o seu mandato
respectivo, desde que, nos seis meses anteriores ao pleito, não tenha sucedido ou substituído o Prefeito.
- Não se aplica a regra da perda de mandato por infidelidade partidária a governador que, depois de eleito
pelo sistema majoritário, resolva mudar de partido político.
- O voto direto impõe que o voto dado pelo eleitor seja conferido a determinado candidato ou a
determinado partido, sem que haja mediação por instância intermediária ou por um colégio eleitoral.
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- Hipóteses de perda tem prazo indeterminado já a suspensão tem prazo determinado. É possível
readquiri os direitos depois da perda ou suspensão. As hipóteses de perda e suspensão abrange tanto o
direito de votar como o direito de ser votado.
INEXIBILIDADES RELATIVAS: São regras que obstam a candidatura a certos cargos políticos, em virtude
de situações específicas previstas na Constituição ou em lei complementar
a) POR MOTIVOS FUNCIONAIS: reeleição para mais de um período subsequente no caso de chefes
do executivo.
- *Segundo o STF, o cidadão que já exerceu dois mandatos consecutivos de prefeito, ou seja, foi eleito e
reeleito,
fica inelegível para um terceiro mandato, ainda que seja em município diferente.
- O cidadão que já foi Chefe do Poder Executivo por dois mandatos consecutivos não poderá, na eleição
seguinte, se candidatar ao cargo de Vice. Vices, reeleitos ou não, poderão se candidatar ao cargo do titular
na eleição seguinte, mesmo que o tenham substituído no curso do mandato.
inelegibilidade reflexa, prevista no art. 14, § 7º, da CF/88, limita-se ao território de jurisdição do titular,
razão pela qual se admite a candidatura, para município vizinho, de cônjuge ou parente de prefeito
eleito, salvo quando o município resultar de desmembramento, incorporação ou fusão realizada na
legislatura imediatamente anterior ao pleito
b. CONDIÇÃO DE MILITAR
- A partir das eleições de 2020 será vedada a celebração de coligações nas eleições proporcionais,
permanecendo, apenas, a possibilidade de coligação partidária para eleições majoritárias.
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- A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação. Todavia, não se aplicará
para as eleições que ocorreram até um ano da data de sua vigência
JURISPRUDENCIA
- Segundo o STF, em relação aos parlamentares, a desfiliação e a infidelidade partidárias resultarão na
perda do mandato, salvo justa causa. Todavia, segundo a Corte, essa regra não se aplica aos candidatos
eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo
eleitor
- Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não
afasta a inelegibilidade
- O Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria de votos, que apenas a ausência de apresentação de
documento oficial de identificação com foto, pode impedir o eleitor de votar.
-.
- É permitido, ao preso provisório e ao maior de dezoito anos de idade internado, ao tempo em que era
adolescente, alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de
internação onde se encontrem.
- Os conscritos, durante o serviço militar obrigatório, são inavistáveis e absolutamente inelegíveis.
PARTIDOS POLÍTICOS
- O TRE pode anular diploma ou decretar perda de mandatos estaduais e federais.
- Partidos políticos após adquirirem personalidade jurídica registrarão seus estatutos no Tribunal Superior
Eleitoral.
- *Emenda constitucional nº 117/2022 implementou uma ação afirmativa necessária para fomentar a
participação das mulheres na política. Segundo a emenda, os partidos políticos devem aplicar no mínimo
5% (cinco por cento) dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de
promoção e difusão da participação política das mulheres. A mesma emenda também prevê que deve ser
aplicado no mínimo 30% dos recursos destinados a campanhas eleitorais a candidatas mulheres.
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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO
- ELEMENTOS DO Estado: povo, território e governo soberano. Governo soberano detém e exerce poder
de autodeterminação e auto-organização emanado do povo.
- A competência da União e dos municípios é expressa, sendo a competência administrativa dos Estados,
remanescente ou residual.
- A competência administrativa ou comum, NÃO INCLUI a atividade LEGIFERANTE (legislativa), seja ela
EXCLUSIVA ou PARALELA. Na verdade, a competência administrativa ou comum se relaciona
à REALIZAÇÃO DE DETERMINADAS ATIVIDADES e NÃO com a legislação sobre determinadas atividades.
- Emenda à Constituição de determinado estado da Federação, que extinga os tribunais de contas dos
municípios desse ente federado será constitucional, porque a CF não proíbe a extinção de tribunais de
contas dos municípios.
- Por suas características organizatórias, os entes federados podem apresentar, na prática, diferentes
níveis materiais de asseguramento dos direitos fundamentais formalmente reconhecidos.
- O princípio da simetria relativiza a autonomia dos estados, do Distrito Federal e dos municípios ao fixar,
ainda que de maneira não absoluta, a obrigação, para esses entes, de reprodução do modelo de
organização e de relação entre poderes estabelecidos pela CF em âmbito federal.
- Em relação à divisão das competências em matéria tributária, compete ao município instituir o IPTU, o
ITBI e o ISSQN. – colocar em tríbutário
- A forma federativa do Estado pressupõe a repartição de competências entre os entes federados, que são
dotados de capacidade de auto-organização e de autolegislação. O nosso sistema de repartição é
caracterizado como um sistema “misto”, em razão da adoção da técnica de repartição horizontal para
determinadas competência e repartição vertical para outras.
a) REPARTIÇÃO HORIZONTAL: distribuição taxativa e específica sem exercício compartilhado.
Competência privativa e exclusiva da união
b) REPARTIÇÃO VERTICAL: Mais de um ente atua conjuntamente sobre determinados temas.
Competencia concorrente da Uniao, Estados e DF.
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Organização do Estado - União
- COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO: CAPACETES DE PM E ATIRA “TRA TRA” COM MATERIAL BÉLICO NA
POPULAÇÃO INDÍGENA DE SÃO PAULO
- Também entra na competência privativa da União: normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios
BENS DA UNIÃO
os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal,
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É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins
de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa
exploração
- Conforme dispositivo da CF, as terras ocupadas, em passado remoto, por população indígena são bens
da União
- Os bens da União não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em
passado remoto.
- Domínio Público é o poder de dominação ou de regulamentação que o Estado exerce sobre os bens do
seu patrimônio (bens públicos), ou sobre os bens do patrimônio privado (bens particulares de interesse
público)ou sobre as coisas inapropriáveis individualmente, mas de fruição geral da coletividade (res
nullius.)
- SV 2 - É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
- *O Plenário do STF decidiu que a preferência da União em relação a Estados, Municípios e Distrito Federal
na cobrança judicial de créditos da dívida ativa não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988.
Essa previsão de “hierarquia” na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos Estados e
Distrito Federal ameaça o pacto federativo e contraria o inciso III do art. 19 da CF/88
- Compete à União definir regras de suspensão e interrupção do fornecimento dos serviços de energia
elétrica. Em razão disso, é inconstitucional lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias ou
permissionárias façam o corte do fornecimento de água, energia elétrica e dos serviços de telefonia, por
falta de pagamento, em determinados dias, salvo durante a pandemia de covid-19.
70
suplementar, de legislar sobre assuntos referentes aos seus interesses locais (CF , art. 24 , § 2º), onde
suplementar tem alcance semântico de pormenorização, detalhamento, minudenciamento.
Já quanto à repartição horizontal de competências, trata-se de uma rígida determinação do que cada
Ente é competente, havendo a enumeração da competência da União e reserva de competência aos
Estados e Municípios, havendo um fortalecimento da autonomia dos entes federativos, portanto.
ESTADOS
- Competência concorrente abrange:
a) União
b) Estados
c) Distrito Federal
d) Municípios apesar de não estar expresso na CF são abrangidos pela doutrina através de uma
interpretação sistemática
Penitenciário
Urbanístico
Tributário
Orçamento
Financeiro
Econômico
Juntas comerciais
Flora
Custas dos serviços forenses
71
- União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
a) não exclui a competência suplementar dos Estados.
b) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
c) A superveniência de lei federal suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário
- *Estados e o DF pode legislar concorrentemente sobre direito administrativo e tal matéria não é
privativa do chefe do Executivo.
- O STF declarou constitucional lei do Estado de Minas Gerais que dispõe sobre adaptação dos veículos de
transporte coletivo com a finalidade de assegurar seu acesso por pessoas com deficiência ou dificuldade de
locomoção. A Corte entendeu que é hipótese de competência legislativa concorrente (art. 24, XIV, CF) e que a
legislação é harmônica com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, primeiro
tratado internacional aprovado pelo rito legislativo previsto no art. 5º, § 3º, da Constituição Federal, e, portanto,
incorporado ao ordenamento constitucional com status constitucional
- Lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio invade a competência da
União para legislar sobre telecomunicações.
- *Os estados devem respeitar as leis federais, e os municípios, as leis federais e estaduais, mas isso
somente deve ocorrer nas hipóteses previstas na CF
- Para que um Estado federado institua regiões metropolitanas ou microrregiões urbanas, constituídas por
municípios limítrofes no âmbito de seu território só com LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL DE INICIATIVA
PARLAMENTAR. Sua constituição da obrigação de gestão compartilhada do serviço não importa em ofensa
ao princípio da autonomia federativa.
- Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar
- A despeito do seu papel auxiliar em relação a algumas competências das assembleias legislativas, os
tribunais de contas dos estados têm igualmente a atribuição de fiscalizá-las, não podendo as Constituições
estaduais vedar-lhes tal incumbência.
72
c) eleição do chefe do executivo;
d) processo legislativo.
- Mostra-se harmônico com a CF, preceito da Carta estadual prevendo a escolha do procurador-geral do
Estado, entre os integrantes da carreira.
- *Gás canalizado, prestado pelo Estado ou mediante concessão ou permissão, VEDADA A EDIÇÃO DE
MEDIDA PROVISÓRIA PARA A SUA REGULAMENTAÇÃO
- *Os estados e os municípios podem legislar sobre responsabilidade por DANO ao meio ambiente.
- É inconstitucional lei estadual que amplia definição estabelecida por texto federal, em matéria de
competência concorrente
Constituição Estadual não pode ampliar as hipóteses de reserva de lei complementar, ou seja, não pode
criar outras hipóteses em que é exigida lei complementar, além daquelas que já são previstas na
Constituição Federal. Dessa forma, não pode a Constituição Estadual determinar que a previsão de lei
orgânica da polícia civil seja veiculada por lei complementar
- *É constitucional lei estadual que autoriza a comercialização de bebidas alcoólicas nas arenas desportivas
e nos estádios. Trata-se de legislação sobre consumo, matéria de competência concorrente
- *A Constituição Estadual não pode ampliar as hipóteses de reserva de lei complementar, ou seja, não
pode criar outras hipóteses em que é exigida lei complementar, além daquelas que já são previstas na
Constituição Federal. Dessa forma, não pode a CE exigir que a lei orgânica da polícia civil seja lei
complementar.
73
* Súmula vinculante 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
* Súmula vinculante 38: É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
(deve respeitar normas federais e estaduais sobre a matéria)
- A auditoria de controle da câmara municipal, mediante controle externo, é exercida com o auxílio dos
TCs do estado ou do município.
- De acordo com a CF, o subsídio dos vereadores dependerá da população do município em que atuam e
do subsídio dos deputados estaduais
- Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja subordinada aos termos da Constituição estadual
correspondente, esta última Carta não pode estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização
dos municípios.
- Descabe, em lei orgânica de município, a normatização de direitos dos servidores, porquanto a prática
acaba por afrontar a iniciativa do Chefe do Poder Executivo.
- *A lei orgânica municipal será aprovada por dois terços dos membros da câmara municipal, após dois
turnos de discussão e votação, com interstício mínimo de dez dias entre as votações, e promulgada pela
câmara municipal, podendo ser declarada constitucional ou inconstitucional, em abstrato, tanto pelo TJ
do respectivo estado quanto pelo STF. BIZU da lei orgânica do Município: 2/3, mínimo 10, 2 turnos e
Câmara Promulga.
- Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação estadual.
- Súmula 702-STF: A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de
competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo
tribunal de segundo grau.
- Em decorrência do modelo de Estado federal adotado no Brasil, os territórios federais não possuem
autonomia, ao contrário do que ocorre com os municípios, ainda que estes não contem com Poder
Judiciário próprio.
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- SV 38: É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
- *Os Municípios com mais de 20 mil habitantes e o Distrito Federal podem legislar sobre programas e projetos
específicos de ordenamento do espaço urbano por meio de leis que sejam compatíveis com as diretrizes fixadas no
plano diretor. Isso significa que nem sempre que o Município for legislar sobre matéria urbanística, ele precisará
fazê-lo por meio do Plano Diretor.
- *Compete aos municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, o serviço
público de transporte coletivo.
- O parecer técnico elaborado pelo tribunal de contas tem natureza meramente opinativa, competindo à
câmara municipal o julgamento anual das contas do prefeito.
- *O Município tem competência para legislar sobre meio ambiente e controle da poluição, quando se
tratar de interesse local. Ex.: é constitucional lei municipal, regulamentada por decreto, que preveja a
aplicação de multas para os proprietários de veículos automotores que emitem fumaça acima de padrões
considerados aceitáveis.
- *O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
- *As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
- *É constitucional lei municipal que estabeleça limite de tempo de espera em fila para os usuários dos
serviços prestados pelos cartórios, já que a matéria não está inserida na disciplina dos registros públicos,
de competência da União.
75
Organização do Estado - Distrito Federal e Territórios
- SENADO FEDERAL tem competência privativa para aprovar por voto secreto e após arguição pública,
escolha do Governador de Território que será nomeado pelo Presidente
- Cada Estado, bem como o DF, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e
varas localizadas segundo o estabelecido em lei. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições
cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
-Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais.
- Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes normas básicas: VI - no caso
de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos
dentre juízes de direito de qualquer parte do País;
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- *intervenção é ato de natureza política, não sendo admissível, em regra, o controle jurisdicional de sua
decretação
a) Na assembleia Legislativa
i. Assegurar observância de princípios da Constituição Estadual ou prover execução de lei,
ordem ou decisão judicial.
77
b) Antes de decretar a intervenção, o Presidente consultará o Conselho da República e o Conselho de
Defesa Nacional, sendo tais manifestações apenas opinativas (não vinculantes).
a união poderá intervir no estado/df para prover (garantir) a execução de ordem ou decisão
judicial que esteja sendo desrespeitada.
PROCEDIMENTO
a) A decretação da intervenção dependerá de REQUISIÇÃO do STF, do STJ ou do TSE. Assim, o STF,
o STJ ou o TSE, irá requisitar do Presidente a intervenção federal. (descumprimento de ordem ou
decisão judicial)
c) NÃO é necessária a apreciação pelo CN tendo em vista que a intervenção foi determinada pelo
Poder Judiciário em julgamento de ação judicial.
- Súmula 637, STF: *Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de
intervenção estadual em Município.
78
- A falta de pagamento de precatórios AUTORIZA intervenção federal, salvo ausência de dolo do ente ao
não realizar os pagamentos. STF fixa como pressuposto o descumprimento voluntário e intencional de
decisão judicial transitada em julgado.
- A União tem competência para intervir nos estados e no Distrito Federal, mas em nenhuma hipótese
poderá intervir em municípios localizados em estados-membros.
- Segundo STF, é possível a intervenção estadual em município para assegurar a: observância do regime
democrático e do sistema representativo.
- *A intervenção somente será efetivada por meio de decreto do Presidente, em caso de intervenção
federal, ou de governador, em caso de intervenção de estado em município, observando-se que a
intervenção é ato de natureza política, não sendo admissível, em regra, o controle jurisdicional de sua
decretação. Exceção: ADI interventiva.
- A CF/88 não permite a intervenção federal ou estadual com fundamento em atos de corrupção ou
improbidade. Da mesma forma, não autoriza a intervenção em caso de existência de débitos
previdenciários.
- * A mudança do regime celetista para o estatutário enseja a extinção do contrato de trabalho, de forma
que as horas extras incorporadas no regime da Consolidação das Leis do Trabalho, ainda que decorrentes
de decisão judicial transitada em julgado, não subsistem após a conversão do regime de trabalho.
79
- *A regra que estabelece a necessidade de residência do servidor no município em que exerce suas
funções é compatível com a CF/88, a qual já prevê obrigação semelhante para magistrados, nos termos do
seu art. 93, VII. Por outro lado, viola a Constituição a lei estadual que proíba a saída do servidor do
Município sede da unidade em que atua sem autorização do superior hierárquico. Essa previsão configura
grave violação da liberdade fundamental de locomoção
- Conforme jurisprudência do STF, em respeito ao princípio da isonomia, a administração pública não pode
remarcar a data de realização de teste de aptidão física de candidato impossibilitado, em decorrência de
problema temporário de saúde certificado por atestado médico, de realizá-lo na data previamente
agendada, caso o edital do certame expressamente proíba a remarcação.
- Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo ou superiores ao limite do
máximo INSS
- *A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício
- Aposentadoria por invalidez foi transformada na aposentadoria por incapacidade permanente para o
trabalho, a qual exige a realização de exames periciais periódicos, nos termos definidos na lei do respectivo
ente federativo
80
- Antes da aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho, deverá ser buscada a readaptação
para o exercício de cargo compatível com as limitações físicas ou mentais sofridas pelo servidor.
- As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se APENAS às de direção, chefia e assessoramento.
- Dado o princípio da simetria, lei estadual para tratar de situação funcional de servidores públicos da
administração direta e indireta deverá ser proposta pelo governador do estado.
- *Segundo a CF, para a fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema
remuneratório dos servidores públicos, devem ser observados, além da natureza, do grau de
responsabilidade e da complexidade dos cargos componentes de cada carreira, os requisitos para a
investidura e as peculiaridades dos cargos.
- Segundo decisão liminar exarada pelo STF, permanece em vigor a redação original do dispositivo da CF
que consagra o regime jurídico único no âmbito da administração direta, das autarquias e das fundações,
tanto na esfera federal como estadual e municipal.
- SV 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
- O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos servidores
públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/88, não gera direito subjetivo a indenização. Deve o Poder
Executivo se pronunciar, de forma fundamentada, acerca das razões pelas quais não propôs a revisão.
81
- O subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça foi limitado pelo texto constitucional a 90,25% do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF, porém essa limitação foi entendida como
inconstitucional pelo STF.
- São ESTAVEIS após 3 anos de exercício EFETIVO os servidores nomeados para cargo, em virtude de
concurso público.
- Sempre que houver afastamento do cargo, emprego ou função para o exercício de mandato eletivo, o
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
- *Criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de direção, chefia e
assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou operacionais,
pressupondo necessária relação de confiança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado
Conforme STF é inconstitucional a delegação ao Chefe do Poder Executivo para dispor por decreto sobre as
competências e atribuições de cargos públicos, o que implicaria burla ao princípio da reserva legal para
criação desses cargos.
Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
a) mandato federal, estadual ou distrital: afastamento do cargo, emprego ou função;
b) mandato de Prefeito: afastamento do cargo, emprego ou função, facultado escolha da
remuneração;
c) mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários: recebe as do cargo, emprego ou
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, deve
escolher a remuneração;
d) segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente
federativo de origem
82
b) 1 cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões REGULAMENTADAS;
- A teoria Checks and Balances, também conhecida como Freios e Contrapesos, foi desenvolvido por
Montesquieu, em seu Livro “O Espirito das Leis”.
- O Poder Judiciário, além de sua função jurisdicional típica, exerce função normativa na elaboração dos regimentos
internos dos tribunais.
83
- O princípio da separação de poderes apresenta a dimensão positiva, que traça a ordenação e a
organização dos poderes constituídos, e a dimensão negativa, que fixa limites e controles na relação entre
os poderes.
- Apesar de a Constituição Federal de 1988 reservar a primazia da função legislativa ao Poder Legislativo,
ela não lhe concedeu o monopólio dessa função, tendo sido estabelecidas outras fontes normativas
primárias tanto no Executivo quanto no Judiciário.
PODER LEGISLATIVO
- *Ativismo congressual: reação legislativa frente a uma decisão do STF que declara a inconstitucionalidade
de determinada lei ou norma. O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado às
decisões proferidas em ADI, ADC e ADPF.
Isso também tem como finalidade evitar a "fossilização da Constituição".
Assim, o legislador, em tese, pode editar nova lei com o mesmo conteúdo daquilo que foi declarado
inconstitucional pelo STF (“ativismo congressual”).
- As casas legislativas que compõem o Congresso Nacional têm a competência privativa de, por ato
normativo próprio, criar, transformar ou extinguir os cargos de seus serviços.
- A chamada reserva jurisdicional é privativa do Poder Judiciário, não podendo, em hipótese alguma, ser
exercida pelos Poderes Executivo e Legislativo.
- O STF definiu que a aprovação, pelo Legislativo, da indicação dos Presidentes das entidades da
Administração Pública Indireta, restringe-se às autarquias e fundações públicas, dela excluídas as
sociedades de economia mista e as empresas públicas.
- Incide em afronta ao princípio da separação dos Poderes, ao impor a indicação pelo Poder Legislativo
estadual de um representante seu, no Conselho Estadual de Educação, pois cria modelo de contrapeso
que não guarda similitude com os parâmetros da CF.
- O controle político é delineado pela Constituição, objetivando o equilíbrio das instituições democráticas
da República
84
Já o indireto, chamado de técnico-financeiro, fica a cargo das Cortes de Contas.
- A sessão legislativa não será interrompida sem que haja a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias
CONGRESSO NACIONAL
Quem vai julgar, a porra toda das contas do presidente, é o congresso
TCU aprecia as contas
CÂMARA DOS DEPUTADOS: procede a tomada caso o Presidente não apresente em 60 dias
comissão mista permanente da Câmara e Senado compete examinar e emitir parecer
- Comissão mista de senadores e deputados, diante de indícios de despesas não autorizadas, poderá
solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de 5 dias, preste os esclarecimentos
necessários.
- Cabe ao Congresso Nacional, mediante CONTROLE EXTERNO, fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos
repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste e outros instrumentos congêneres, a Estado, ao
Distrito Federal ou a Município. A constituição traz todas as funções de fiscalização do congresso nacional
exercidas com auxílio do TCU. Quem exerce o controle externo é o Congresso Nacional e não o TCU.
d. Fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;
e. Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa. Não são só os atos do PR que se submetem ao controle
político quanto delegação legislativa ou do poder regulamentar, mas de todo Executivo
Federal.
85
g. Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender
qualquer uma dessas medidas." AUSS, AP ESDIN
- 1/3 dos Membros do TCU: indicados pelo Presidente, com aprovação do Senado. Os outros 2/3:
indicados pelo Congresso Nacional.
- No Poder Legislativo da União, há três órgãos deliberativos, já que a Câmara dos Deputados, o Senado
Federal e o Congresso Nacional são detentores de competências, regimentos internos, mesas e serviços
próprios.
- Considere que uma AGÊNCIA REGULADORA, ao editar um ato regulamentar, tenha criado uma obrigação
não prevista em lei. Nessa situação, compete ao CONGRESSO NACIONAL sustar o referido ato.
- Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre as matérias que
constem da pauta da convocação. Entretanto, se houver medidas provisórias em vigor na data da
convocação, serão elas automaticamente incluídas no rol das matérias a serem apreciadas
86
Câmara dos Deputados e Senado Federal convocam tais pessoas para prestar informações
sobre assunto previamente determinado. Informações devem ser prestadas pessoalmente. Se
ausente, responde por crime de responsabilidade, salvo ausência justificada
Mesas da Câmara ou Senado solicitam pedido de informações escritas que devem ser
apresentadas em 30 dias, sob pena de crime de responsabilidade.
SENADO FEDERAL
Compete exclusivamente ao SENADO FEDERAL
a) processar e julgar o presidente e o vice-presidente da República, no caso de crimes de
RESPONSABILIDADE.
b) Processar se julgar: ministros do STF, membros CNJ e CNMP, PGR e AGU nos crimes de
responsabilidade.
- Cada unidade da Federação com representação no Senado Federal, elegerá 3 Senadores, com mandato
de 8 anos. Cada Senador tem 2 suplentes.
- Os atos do presidente da República, que atentem contra a probidade da administração, serão considerados crimes
de responsabilidade, definidos em lei especial, e não em lei complementar
- Compete às Assembleias Legislativas dispor RESOLUÇÃO (e não por lei) sobre seu regimento interno,
polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
87
a) IMUNIDADE FORMAL PROCESSUAL: Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, STF dará ciência à respectiva Casa, que, por iniciativa de partido
político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final,
sustar o andamento da ação (e do prazo prescricional)
2. O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva, no prazo improrrogável de 45 dias,
contados do seu recebimento pela Mesa.
1. PRERROGATIVA TESTEMUNHAL: parlamentares podem combinar com o juiz o dia, hora e local
de sua oitiva. Só cabível quando parlamentar for testemunha.
d) IMUNIDADE MATERIAL: inviolabilidade quanto Palavra, opinião e voto. Incide dentro e fora da
casa legislativa. Todavia, a imunidade material fora da casa só pode ser invocada quando os atos
guardarem pertinência com o exercício do mandato. Imunidade afasta a ilicitude da conduta
abrangendo as esferas penal, civil e administrativa. Todavia, a administrativa não está prevista na
CF.
- *Corréus que praticam crime junto com parlamentar também serão abrangidos por essa
imunidade. (excludente do fato típico)
88
FORA DA CASA LEGISLATIVA:
Imunidade tem natureza relativa e Presunção juris tantum
Palavra, opinião ou voto deve ter pertinência temática com exercício da função
parlamentar.
STF decidiu que não se aplica a inviolabilidade quando envolver discussões no âmbito de
campanha eleitoral
- Haverá necessidade de prévia autorização do STF, para instauração de inquérito policial contra
senadores e deputados federais, autoridades sujeitas à jurisdição originária da Corte.
- Imunidade dos deputados estaduais não precisa estar prevista na Constituição Estadual para se
efetivarem. (princípio da simetria)
- Os TRE podem anular diplomas ou decretar a perda de mandatos eletivos, tanto estaduais quanto
federais.
NÃO PODERA O PARLAMENTAR. FIA da POSSE
a) Desde a diplomação:
1. FIrmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes (empresário)
2. Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis
"ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior. Por exemplo: tem que deixar de exercer
cargo de auditor do TCU
b) Desde a POSSE:
- Vereadores só tem direito a IMUNIDADE MATERIAL nos limites da circunscrição do município e havendo
pertinência com o exercício do mandato.
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- O SUPLENTE não goza das prerrogativas constitucionais dos parlamentares federais quando não estiver
no exercício das funções parlamentares, todavia, gozam de tal imunidade quando estiverem no exercício
do cargo que substituem
- A inviolabilidade penal dos deputados e dos senadores por opiniões, palavras e votos garante-lhes, em
qualquer hipótese, o livre exercício de seus mandatos, ainda que haja constrangimento de autoridades
causado por críticas dirigidas ao desempenho de suas atribuições.
- *Assembleia Legislativa pode rejeitar, a prisão preventiva e as medidas cautelares impostas pelo Poder
Judiciário contra Deputados Estaduais
Extinção é declarada pela mesa Cassação decida pelo plenário em maioria absoluta
a) deixar de comparecer, em cada sessão mediante provocação da mesa ou de partido político
legislativa, a 1/3 das sessões ordinárias da representado no congresso
Casa, salvo licença ou missão autorizada a) infringir o FIA DA POSSE.
b) perder ou tiver suspensos os direitos b) FALTA DE DECORRO PARLAMENTAR
políticos. c) sofrer condenação criminal em sentença
c) Decretado pela Justiça Eleitoral transitada em julgado
- Cassação do mandato “é a decretação da perda do mandato por ter seu titular incorrido em falta
funcional definida em lei e punida com esta sanção, enquanto extinção do mandato, define-se como “o
perecimento do mandato pela ocorrência de fato ou ato que torna automaticamente inexistente a
investidura eletiva, tal como a morte, a renúncia, o não comparecimento a certo número de sessões
expressamente fixado
- Caso determinado deputado federal, acusado de corrupção, renuncie ao seu mandato no transcurso de
procedimento de cassação, a renúncia só produzirá efeitos após decisão final decorrente do referido
procedimento.
CONDENAÇÃO CRIMINAL com o trânsito em julgado acarreta a suspensão dos direitos políticos.
Todavia, a perda do mandato será decidia pelo plenário
a) *Parlamentar condenado a mais de 120 dias, em regime fechado, a perda do cargo será uma
consequência lógica da condenação, cabendo a mesa apenas declarara a perda SEM PODER
DISCORDAR DA DECISÃO DO STF
90
- *Não perderá o mandato, deputado ou senador, que seja investido no cargo: migo secreto do chefe de
missão diplomática temporária e do prefeito da capital.
Ministro de estado.
Governador de território.
Secretário de Estado, DF, Território ou PREFEITURA DE CAPITAL.
CHEFE de missão DIPLOMÁTICA TEMPORÁRIA.
Licenciado pela respectiva Casa, por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que o afastamento não ultrapasse 120 DIAS por sessão legislativa.
- *Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 15 meses
para o término do mandato.
- *Parlamentar que assumir outro cargo no poder executivo não perde foro por prerrogativa de função mas
perde as imunidades parlamentares podendo perder o cargo de parlamentar por quebra de decoro
parlamentar mesmo que pratique durante o exercício dos cargos.
PROCESSO LEGISLATIVO
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INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL – PROCESSO LEGISLATIVO – SIC (sujeito, iniciativa, ©Quorum)
- O poder legiferante do Senado engloba qualquer questão pública, mesmo sendo a casa de
representação dos estados.
- *Em respeito ao princípio da separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição Federal, quando
não caracterizado o desrespeito às normas constitucionais pertinentes ao processo legislativo, é defeso ao
Poder Judiciário exercer o controle jurisdicional em relação à interpretação do sentido e do alcance de
normas meramente regimentais das Casas Legislativas, por se tratar de matéria ‘in
terna corporis’
92
- Votação para resolver Questões do Executivo ou Legislativo + de Relevância Nacional, é convocado ATRAVÉS DE
DECRETO LEGISLATIVO, mediante requerimento de 1/3 dos membros de qualquer casa do CN:
Plebiscito, antes do ato administrativo ou legislativo
Referendo depois, do ato administrativo ou legislativo
não precisa de sanção presidencial.
Será Aprovado ou Rejeitado, por maioria simples
- Ao passo que, "Resolução é o ato normativo destinado a disciplinar a competência privativa da Câmara
dos Deputados (art. 51 da Constituição Federal), a competência privativa do Senado Federal (art. 52 da
Constituição Federal) e, em alguns casos, a competência do Congresso Nacional, nas hipóteses previstas na
Constituição ou no Regimento Comum do Congresso Nacional.
LEIS DELEGADAS: são elaboradas pelo Presidente, mediante solicitação de delegação ao Congresso
Nacional. Delegação terá forma de Resolução que especificará seu conteúdo e os termos de seu
exercício.
MODALIDADES DE DELEGAÇÃO
a) DELEGAÇÃO PRÓPRIA: Delegação não determina o retorno do projeto para análise pelo
Congresso Nacional
b) DELEGAÇÃO IMPRÓPRIA: resolução estabelece que o projeto de lei delegada deve ser submetido
a análise do CN em votação única
93
- PROJETO DE LEI ORDINÁRIA E COMPLEMENTAR é de iniciativa do presidente, STF, tribunais superiores,
PGR parlamentares, cidadãos, entre outros.
a) TRAMITAÇÃO DO PROJETO
- *Em cada uma das Casas, o texto é obrigatoriamente submetido, à apreciação da respectiva Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) de cada casa que vai avaliar os aspectos jurídicos da proposição, cujo parecer é
terminativo. A Casa iniciadora em um turno de votação, aprovará (com ou sem emendas) ou rejeitará a
proposta, sendo possível duas situações:
QUORUM DE APROVAÇÃO:
LEIS ORDINÁRIAS: maioria simples ou relativa, presente a maioria absoluta de seus membros
LEI COMPLEMENTAR: maioria absoluta ou qualificada de seus membros
- Lei complementar pode tratar de matéria referente à lei ordinária (matéria residual), sem haver
qualquer invalidade ou vício. É possível a tramitação de proposta de lei que seja formalmente
complementar, mas materialmente ordinária. Todavia, caso lei ordinária trate sobre matéria de lei
complementar e seja aprovada pelo quórum de maioria absoluta não será inconstitucional
94
Se o veto não for mantido, o projeto é enviado para o Presidente promulgar o projeto de lei. Se
o Presidente não promulgar em 48 horas, caberá ao Presidente do Senado e se esse não fizer
caberá ao Vice-Presidente do Senado.
- *É constitucional a promulgação, pelo Chefe do Poder Executivo, de parte incontroversa de projeto da lei
que não foi vetada, antes da manifestação do Poder Legislativo pela manutenção ou pela rejeição do veto,
inexistindo vício de inconstitucionalidade dessa parte inicialmente publicada pela ausência de promulgação
da derrubada dos vetos. Dessa forma, projeto de lei que apenas foi vetado parcialmente pelo chefe do
Executivo e que não se manifestou pela sanção do restante do projeto, será promulgado quando a parte
referente a sanção tácita mesmo, independentemente na votação do veto pelo legislativo
TIPOS DE VETO
- A ulterior aquiescência do chefe do Poder Executivo, mediante sanção do projeto de lei, ainda quando
dele seja a prerrogativa usurpada, não tem o condão de sanar o vício da inconstitucionalidade
- *Lei de iniciativa parlamentar vedando o nepotismo não é inconstitucional, sob o ponto de vista formal.
- Como norma jurídica inferior à lei, decreto regulamentar será considerado ilegal se vier a reduzir ou a
ampliar o que estiver prescrito por lei.
- Projeto de lei de iniciativa do PR, do STF ou dos TRIBUNAIS SUPERIORES é enviado para o congresso
nacional:
votado e discutido na câmara dos deputados
depois vai ser votado no SENADO
após é sancionado pelo PR.
95
- *Os Decretos Legislativos são espécies legislativas destinadas a regular assuntos de competência
exclusiva do Congresso Nacional, como a aprovação de tratados, acordos ou atos internacionais que
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
-É indispensável a iniciativa do chefe do Poder Executivo na elaboração de normas que de alguma forma
remodelem as atribuições de órgão pertencente à estrutura administrativa de determinada unidade da
Federação.
- A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, NÃO pode ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa.
- **Parlamentares estaduais não podem propor emendas CE sobre temas de iniciativa reservada. Todavia,
tal proibição não é aplicavel a CF quanto aos parlamentares federais. Ademais, conforme o STF, tal
proibição não é aplicavel as normas da constituições estaduais que sejam normas originárias (fruto do
constituinte decorrente institucionalizador)
- *Não houve ofensa à iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo porque a regra de iniciativa privativa
do art. 61, § 1º, da CF/88 não se aplica para normas originárias da Constituição Estadual (e também da Lei
Orgânica do DF).
- Segundo o STF, a norma em questão, por ser oriunda do poder constituinte originário decorrente, não
sofre vício de reserva de iniciativa legislativa do chefe do Poder Executivo. Importante não confundir :
a) *Normas originárias da Constituição estadual: não estão limitadas ao art. 61, § 1º, da CF/88.
b) *Emendas à Constituição estadual: não podem contrariar a iniciativa reservada do art. 61, §
96
- *A CF proíbe a aprovação de EC durante intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio, mas NÃO
veda propostas durante esses períodos
Presidente envia proposta para o Congresso para ser *perderá a eficácia desde a edição, (e não da
votada, separadamente na Câmara ou no Senado, rejeição), MP não for convertida em lei, no prazo
*após parecer prévio de Comissão Mista acerca dos de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período,
pressupostos constitucionais (urgência e relevância) sendo tal prazo suspenso em período de recesso
do CN.
Governadores podem editar medidas provisórias
Perdendo sua eficácia as relações dela
votação submetida ao Congresso. Votação se inicia decorrentes será reguladas por decreto legislativo
na Câmara. Se for aprovada pelas casas, sem editado pelo congresso e, caso não seja editado,
emendas, seguira direto para publicação. Todavia, será regulado pela disposições nela vigentes
se for emendado pela casa Revisora:
- Se a medida provisória NÃO for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime
de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso, ficando sobrestadas, até que se
ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
- Sobrestamento atinge apenas projetos de lei ordinária que possam ser tratados por MP. Assim mesmo
havendo medida provisória trancando a pauta pelo fato de não ter sido apreciada no prazo de 45 dias,
ainda assim a Câmara ou o Senado poderão votar normalmente:
propostas de emenda constitucional;
projetos de lei complementar;
projetos de resolução;
projetos de decreto legislativo;
projetos de lei ordinária que tratem sobre assuntos que não podem ser tratados por MP
97
f) de matérias reservadas a lei complementar;
g) de matéria já disciplinada, em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, e pendente de
sanção ou veto do Presidente da República.
-*OBS: O presidente da República pode editar medida provisória para instituir ou majorar impostos, bem
como, sobre direito civil
- *É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal. Todavia, o STF firmou
jurisprudência no sentido de que as medidas provisórias podem ser utilizadas na esfera penal, desde que
benéficas ao agente.
- *A proteção ao meio ambiente é um limite material implícito à edição de medida provisória, ainda que
não conste expressamente. Todavia, segundo o STF, é possível a edição de medidas provisórias tratando
sobre matéria ambiental, mas sempre veiculando normas favoráveis ao meio ambiente
- *MP não pode ser retirada da apreciação do CONGRESSO, pelo PRESIDENTE, a partir da sua publicação.
Contudo, o presidente da República, no entanto, pode revogá-la, mediante a edição de outra medida provisória, eis que
se trata de ato normativo de mesma hierarquia.
- É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de MEDIDA PROVISÓRIA que tenha sido rejeitada ou
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
- Medida provisória em tramitação no Congresso pode ser objeto de emenda parlamentar, desde tenha
pertinência temática.
**CONTRABANDO LEGISLATIVO: inserção, por meio de emenda parlamentar de assunto diverso do que
é tratado na MP em apreciação pelo Congresso configura "contrabando legislativo", sendo uma prática
vedada. É inconstitucional a apresentação de emendas sem relação de pertinência temática com
medida provisória submetida à sua apreciação. Ou que sejam pertinentes, mas prevejam aumento de
despesa.
- * O STF admite a possibilidade de controle judicial quanto a verificação de existência dos pressupostos
de relevância e urgência para a edição de medidas provisórias.
- É possível a edição de medidas provisórias pelo governador do estado ou prefeito, analisadas pelo Poder
Legislativo local, desde que, no primeiro caso (Estado), exista previsão expressa na Constituição Estadual e
no segundo(município), previsão nessa (Const. Estadual) e na respectiva Lei Orgânica do Município.
98
- *A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá ser
acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro.
(CPI’S)
- *Segundo posicionamento do STF, é CONSTITUCIONAL dispositivo regimental da Câmara dos Deputados que limita
em cinco a criação simultânea de CPIs, pois constitui obstáculo à livre atuação da função fiscalizadora da Casa
Legislativa.
- As comissões parlamentares de inquérito (CPI), criadas no âmbito do Congresso Nacional, têm competência para
investigar com poderes investigativos próprios das autoridades judiciais
a)
b) ..
i. TODAVIA, PARA O CESPE: CPI que tomar conhecimento de fatos novos, irrefutáveis e
diretamente relacionados ao objeto para o qual tenha sido criada NÃO, NÃO, NÃO E NÃO
poderá alargar o âmbito do inquérito para apurá-los.
c) .
- Para o STF, é nula a intimação de indígena não aculturado para oitiva em CPI como testemunha, fora de
sua comunidade.
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- A CPI tem competência para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde
que essa diligência não se efetive em local inviolável.
- A jurisprudência do STF entende prejudicadas as ações de MS ou HC, caso no curso destas, os trabalhos
da CPI forem concluido, independentemente da aprovaçãoo do relatório final.
- *O PR, Vice, Ministros do STF, não são obrigados a comparecer e nem poderão ser convocados a prestar
depoimentos as CPI’s. Aplicável as CPI’s Estaduais e Municipais quanto Governadores, Prefeitos e VICE.
Regramento só aplicavel quando forem testemunhas
- É assegurada às câmaras municipais a prerrogativa de instaurar CPIs municipais. Contudo, elas não
possuem os mesmos poderes que os das autoridades judiciais, tendo em vista, que não há poder judiciário
municipal.
- Ainda que seja omissa a LC 105/2001, as comissões estaduais podem requerer quebra de sigilo de dados
bancários, com base no art. 58, § 3.º, da Constituição
- *Não há impedimento para que seja criada mais de uma CPI, em cada casa do CN, para apuração de um
mesmo fato.
100
TCU demorando mais de 5 anos para julgar a aposentadoria, reforma ou pensão, considera-se o
ato registrado.
Cidadão, partido, associação ou sindicato podem denunciar ilegalidade ao TCU
- As decisões das cortes de contas são decisões administrativas e sujeitas a controle judicial
- Conforme teoria dos poderes implícitos, TC podem impor medidas cautelares a Membros do MP que
atuam perante a corte são garantidos direitos do MP comum
- *** Súmula 347, STF - O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
- *O Supremo Tribunal Federal possui entendimento de que a possibilidade dos Tribunais de Contas
exercerem controle incidental de constitucionalidade representa, como via de regra, um alargamento
indevido da competência fiscalizadora que lhe foi atribuída pela Constituição Federal, frente à ausência de
função jurisdicional dos órgãos administrativos.
ATENÇÃO!!!
- Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais de Contas estão
sujeitos ao prazo de 5 (cinco) anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial
de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas (e
não da concessão inicial do benefício)
- A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria ou qualquer outro ato aprovado
pelo Tribunal de Contas não produz efeitos antes de aprovada por aquele Tribunal, ressalvada a
competência revisora do Judiciário. Se o ato complexo foi originado pela manifestação de 2 órgãos,
para ser extinto ele também precisará da manifestação desses 2 órgãos.
MINISTROS DO TCU
101
TCU é composto por 9 ministros. 1/3 são nomeados pelo Presidente com Aprovação do Senado e
os outros 2/3 são nomeados pelo Congresso Nacional.
Tem mesmas garantias que os ministros do STJ. Ademais, ministro substituto tem mesmas
garantias que desembargador do TRF
Devem ser maiores de 35 anos e menores de 70 anos, ter idoneidade moral e reputação ilibada
(ATENÇÃO!!! ALTERAÇÃO RECENTE)
notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública e mais de 10 de exercício nessas funções
- É INCONSTITUCIONAL NORMA local, que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar
exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público.
- *É possível aos tribunais de contas sustar diretamente procedimento licitatório realizado pelo Poder
Executivo.
-Sigilo bancário que não se aplica a dados inerentes a sociedade de economia mista, enquanto entidade
integrante da administração pública indireta, nem a operações que envolvam recursos públicos.
- Poder Legislativo manterá sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo
exercido pelo Tribunal de Contas, no exercício de sua missão institucional. O poder Executivo e Judiciário
também manterão esse sistema.
- O Tribunal de Contas da União (TCU) pode realizar, por iniciativa própria, auditoria de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas de todos os poderes da
República.
- Cabe aos responsáveis pelo controle interno dar ciência ao respectivo tribunal de contas de qualquer
irregularidade ou ilegalidade de que tenham conhecimento, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA.
ATENÇÃO !!!
No controle externo, o Tribunal de Contas da União, no exercício de suas atribuições, poderá sustar a
execução de ATO impugnado, se não atendido, situação em que deve comunicar a decisão às duas
102
casas do Congresso Nacional (CAMARA E DEPOIS SENADO). Congresso Nacional susta CONTRATO.
Solicitando ao Executivo as medidas cabíveis.
- Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
- O TCU tem iniciativa para propor lei cuidando da sua organização administrativa, criação de cargos e
remuneração de servidores, e fixação de subsídios dos seus membros.
- A despeito do seu papel auxiliar em relação a algumas competências das assembleias legislativas, os
tribunais de contas dos estados têm igualmente a atribuição de fiscalizá-las, não podendo as Constituições
estaduais vedar-lhes tal incumbência.
- *As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte
(não é cidadão), para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
- O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos membros da Câmara Municipal.
- Membro de tribunal de contas estadual que, no exercício da sua função, cometer ato previsto como
crime comum deverá ser processado e julgado originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.
- *É inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de
validade de contratos
103
- *É inconstitucional norma de Constituição Estadual que confira competência ao TCE para homologar os cálculos das
cotas do ICMS devidas aos Municípios, por ofensa ao princípio da separação e da independência dos Poderes
- *A competência técnica do Tribunal de Contas do Estado, ao negar registro de admissão de pessoal, não
se subordina à revisão pelo Poder Legislativo respectivo.
PODER EXECUTIVO
ELEIÇÃO DO PRESIDENTE
Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a
maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
Ninguém recebendo a maioria absoluta de voto: faz segundo turno em 20 dias. Mais de um
candidato na posição, preferência é do idoso.
Passados 10 dias sem ninguém tomar posse, salvo motivo de força maior, cargo é declarado
VAGO.
Atribuições do vice serão definidas em lei complementar
2 primeiros anos: eleições diretas em 90 dias 2 últimos anos: eleições indiretas convocadas
pelo Congresso em 30 dias da vacância do
último cargo – mandato tampão
-*O Presidente e o Vice- não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período
superior a 15 dias, sob pena de perda do cargo.
- Somente cabe ao Presidente, nomear os membros do conselho da república. Quem elege é a câmara e o
senado.
104
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de ÓRGÃOS públicos
extinção de FUNÇÕES ou CARGOS públicos, quando vagos
- Conforme STF, ampliou-se o entendimento de quem pode PROVER pode DESPROVER decorre da
mutação constitucional (PODER CONSTITUINTE DIFUSO).
- A competência do decreto autônomo não é absoluta, pois, mesmo em casos das matérias que podem ser
objeto de decreto autônomo, é constitucional a lei que vier a disciplinar o mesmo assunto.
- No Brasil, adota-se o orçamento misto, visto que sua elaboração é competência do Poder Executivo, e sua votação
e controle são competências do Poder Legislativo
- O presidente da República poderá vetar alínea de projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional,
desde que o faça integralmente.
105
- *Se o Presidente faz um decreto regulamentando diretamente a Constituição, tal ato pode ser objeto de
ADI ou ADC, por ser ato normativo primário. Caso contrário não seria possível, podendo ocorrer, no
máximo, uma inconstituicionalidade indireta.
- MUNICÍPIOS COM MENOS DE 200.000 HABITANTES: não se realiza segundo turno (sistema majoritário
simples).
- O presidente da República no Brasil possui o papel de chefe de Estado e chefe de governo. Como chefe de
Estado, representa o Estado Brasileiro nas suas relações internacionais e, como chefe de governo, gerencia
os negócios internos de natureza politica ou de natureza administrativa.
- As instruções normativas, ato normativo de competência dos Ministros de Estado, possuem caráter
secundário, ou seja, visam explicar ou complementar a lei, atos de caráter primários são aqueles
elaborados pelo Poder Legislativo.
- *Minuta de decreto sobre a atribuições de um ministério, editada pelo PR, precisa ser referendada pelo
respectivo ministro de Estado do ministério.
- *Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos (não precisa ser
brasileiro nato) e no exercício dos direitos políticos.
- *O Presidente ficará suspenso de suas funções por 180 dias, após o recebimento da denúncia pelo STF
pela prática de crime comum cometido no exercício da função. Ficará suspenso, também, após a
instauração do processo, pelo senado, em crimes de responsabilidade.
106
- *Juízo de admissibilidade da câmara, para julgar presidente é só para acusação (processo), quanto ao
início das investigações não precisa haver tal juízo.
- *Das três imunidades do Presidente, só a necessidade de autorização, por dois terços da câmara dos
deputados, é extensível aos governadores de estado, nos casos de crimes de responsabilidade. A
Constituição Estadual poderá prever que, o Governador só responderá por crimes de responsabilidade,
após autorização da Assembleia Legislativa, por dois terços de seus membros);
- *As outras duas imunidades (afastamento das prisões cautelares, irresponsabilidade, na vigência do
mandato, por atos estranhos ao mandato) NÃO podem ser outorgadas aos governadores. Tais imunidades
decorrem da posição de Chefe de Estado.
- A denúncia será ofertada pelo PGR, nos casos de ação Penal Pública e a queixa-crime, pelo ofendido, nos
casos de ação penal privada, perante o STF. (CRIMES COMUNS)
- *Nos crimes de responsabilidade do Presidente tanto o PGR pode oferecer a denúncia, quanto cidadão
pode oferecer um requerimento para que se apure os crimes de responsabilidade. Todavia, o cidadão deve
anexar o requerimento com documentos comprobatórios e com indicação de, no máximo, 5 testemunhas.
- Não há possibilidade de o STF conhecer e julgar qualquer questão ou matéria defensiva suscitada pelo
Presidente antes que a matéria seja examinada pela Câmara dos Deputados
107
- No Brasil, de acordo com o STF, a regra é a observância do princípio da publicidade, razão pela qual, em
impeachment de presidente da República, o sigilo do escrutínio é incompatível com a natureza e a
gravidade do processo.
- As infrações penais, praticadas antes do início do mandato ou durante a sua vigência, porém sem
qualquer relação com a função presidencial, NÃO poderão ser objeto da persecutio criminis, que ficará,
provisoriamente, inibida, acarretando, logicamente, a suspensão do curso da prescrição. Trata-se da
irresponsabilidade penal RELATIVA, pois a imunidade só abrange ilícitos penais praticados antes do
mandato, ou durante, SEM relação funcional.
- *A decisão do Senado Federal que absolve ou condena o presidente da República em processo pela
prática de crime de responsabilidade não pode ser reformada pelo Poder Judiciário.
- O rol de crimes de responsabilidade EXEMPLIFICATIVO e assembleia Estadual não tem competência para
dispor acerca de tais crimes tendo em vista que a competência é PRIVATICA DA UNIÃO
b) crimes funcionais
- *Atos que atentem contra a probidade na administração, a lei orçamentária e o
cumprimento das leis e das decisões judiciais.
- Necessidade autorização da Câmara dos Deputados (2/3) para a instauração de processo para o crime
comum ou de responsabilidade, aplica-se aos ministros no caso de crime conexo com o do Presidente.
Assim, em se tratando de crime comum ou de crime de responsabilidade praticado por Ministro de
Estado, sem conexão com o praticado pelo Presidente da República, não haverá necessidade de
autorização pela Câmara dos Deputados.
- MUITO IMPORTANTE: A imunidade formal não se estende para os codenunciados, que não se encontrem
investidos nos cargos de Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministro de Estado.
- Não se deve confundir o impeachment com o recall. O impeachment é realizado em face de infrações
praticadas pelo Presidente. Por sua vez, o recall pode ocorrer quando há uma desconfiança ou falta de
108
credibilidade em relação ao Presidente.
- Na vigência de seu mandato, o presidente da República goza de imunidades processuais, podendo, por
isso, ser processado pela prática de crimes de responsabilidade praticados no exercício de suas funções,
BEM COMO, ser processado (no STF) pela prática de infrações penais comuns se cometidas no exercício
de suas funções (os chamados crimes funcionais, como, por exemplo, uma corrupção passiva).
- A chamada imunidade à persecução penal, que é temporária (pois só dura enquanto o Presidente
estiver no mandato), somente se aplica aos crimes NÃO FUNCIONAIS, isto é, àqueles cometidos
pelo Presidente fora do exercício funcional (ex: um homicídio).
- Por esses crimes não funcionais (desvinculados da função) (ex: um homicídio) o Presidente não
responde enquanto estiver no mandato, ficando suspenso o curso da prescrição. Responderá,
entretanto, após cessar o mandato.
- Em enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República
não estará sujeito a prisão. Não cabe, pois, prisão provisória. Mas tanto a imunidade penal quanto a
imunidade prisional, não podem ser estendidas aos chefes de outras esferas de governo
POST
- L.1079: Art. 78. *O Governador será julgado nos crimes de responsabilidade, pela forma que determinar
a Constituição do Estado; e
a) Se condenado, terá aplicada a pena de perda do cargo, com inabilitação até CINCO anos,
para o exercício de qualquer função pública, sem prejuízo da ação da justiça comum.
b) STF entendeu que processos instaurados contra o Presidente, Ministro de Estado, Ministros
do STF ou contra o Procurador-Geral, a pena de inabilitação é de 8 anos. No entanto, para
Governadores, foi mantido o prazo de 5 anos.
- *Segundo a jurisprudência do STF, a competência dos presidentes da Câmara dos Deputados e da Mesa
do Senado Federal para o recebimento, ou não, de denúncia no processo de impeachment contra o
presidente da República NÃO se restringe a uma admissão meramente burocrática, cabendo- lhes,
inclusive, a faculdade de rejeitá-la, de plano, acaso entendam-na patentemente inepta ou despida de
justa causa.
- *Conforme orientação do STF, a manifestação do Conselho de Defesa Nacional não constitui requisito de
validade da demarcação de terras indígenas, mesmo daquelas situadas em região de fronteira.
109
CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Conselho da Defesa Nacional competência para se pronunciar sobre assuntos relacionados a soberania
nacional e defesa do estado democrático.
- MEMBROS DO CONSELHO DA REPÚBLICA, Não precisam ser brasileiros natos :os líderes da maioria e da
minoria na Câmara dos Deputados; os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal e o Ministro da
Justiça
110
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território
nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas
com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
PODER JUDICIÁRIO
- O Poder Executivo e o Poder Legislativo não devem intervir na escolha dos dirigentes dos tribunais de
justiça, porque a Constituição da República preceitua que o presidente desses órgãos deve ser escolhido
mediante eleição dos respectivos membros.
- Compete privativamente aos tribunais: prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de
carreira da respectiva jurisdição
Promoção por antiguidade: o tribunal só pode recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de 2/3
dos seus membros, assegurado ampla defesa.
- *A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado (só pode ser ampliada pela
C.E), sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
- Os pagamentos devidos pelas fazendas públicas dos entes federados, em virtude de sentença judiciária,
deverão ser efetuados exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios; são de
natureza administrativa as decisões dos tribunais proferidas no cumprimento dos precatórios judiciais.
- Súmula 649 do STF: É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle
administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades.
- Pagamentos devidos pela fazenda pública federal, estadual, distrital e municipal em virtude de sentença
judiciária deverão ser feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios.
- É aplicável o regime de precatório apenas à: União, aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios, às
autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas e às sociedades de economia mista prestadoras
de serviço público próprio do Estado.
- A competência do STF para processar e julgar demanda contra o CNJ restringe-se às ações tipicamente
constitucionais.
111
- Conforme entendimento do STF, sua competência originária contra atos do CNJ deve ser
interpretada de forma restrita e se limita às ações tipicamente constitucionais.
- Salvo em situações graves e excepcionais, NÃO cabe ao Poder Judiciário, sob pena de violação ao
principio da separação de Poderes, interferir na função do Poder Legislativo de definir receitas e despesas
da Administração Publica, emendando projetos de leis orçamentarias, quando atendidas as condições
previstas no art. 166, §§ 3º e 4º, da CF.
- SV 17: Durante o período previsto no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da Constituição, NÃO
incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
- *Não incidem juros de mora sobre os precatórios que sejam pagos até o final do exercício seguinte ao da
apresentação, desde que esta ocorra até o dia 1.º de julho do exercício.
- No segundo grau vitaliciedade é adquirida na posse, podendo perder o cargo por sentença judicial
transitada em julgado.
- Conflita com a CF norma da Carta do Estado que junge à aprovação da Assembleia Legislativa a escolha
de candidato à vaga do quinto em Tribunal.
- Não há, na legislação vigente, nenhum impedimento a que ocupante do cargo de juiz no TRE na vaga
destinada aos advogados no TRE concorra ao cargo de desembargador pelo quinto constitucional no TJ.
- Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares
cometidos contra civis.
- Exceto: Crime militar contra vida de civil compete ao Tribunal do Júri.
- Compete ao CNJ: receber e conhecer das RECLAMAÇÕES contra membros ou órgãos do Poder
Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
competência disciplinar e correcional dos tribunais.
- Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
112
- *Súmula 627 STF: No mandado de segurança contra a nomeação de magistrado da competência do
presidente da república, este é considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da impetração
seja nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento.
- Revela-se legítima e plenamente compatível com a exigência imposta pelo art. 93, IX, da Constituição da
República, o ato judicial que apenas faz remissão expressa a manifestações ou peças processuais
existentes nos autos, produzidas pelas partes, pelo MP ou por autoridades públicas, cujo teor indique os
fundamentos de fato e(ou) de direito que justifiquem a decisão emanada do Poder Judiciário.
- Para efeito de definição da competência penal originária do Supremo Tribunal Federal, NÃO se
consideram Ministros de Estado os titulares de cargos de natureza especial da estrutura orgânica da
Presidência da República, malgrado lhes confira a lei prerrogativas, garantias, vantagens e direitos
equivalentes aos dos titulares dos Ministérios, na consideração de que tais predicados repercutem
somente nas esferas administrativas, financeira e protocolar.
- Cancelamento da naturalização: não poderá readquiri-la, a não ser mediante ação rescisória.
Aquisição de outra nacionalidade: o art. 36 da Lei n. 818/49 prevê a possibilidade de reaquisição
por decreto presidencial, se o ex-brasileiro estiver domiciliado no Brasil.
- Os pagamentos devidos pela fazenda pública em virtude de sentença judicial far-se-ão mediante
precatório, salvo quando forem pertinentes a obrigações definidas em lei como de pequeno valor.
- Caso não haja lei específica do ente da Federação, considerar-se-ão como de pequeno valor os débitos
ou obrigações da fazenda pública estadual que tenham valor igual ou inferior a quarenta salários mínimos.
- Art. 87 ADCT:
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal;
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios.
- Art. 98 ADCT: O número de defensores públicos na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva
demanda pelo serviço da Defensoria Pública e à respectiva população.
- No julgamento de deputado federal por crime doloso contra a vida, prevalece a competência do STF
sobre a do tribunal do júri por força de norma constitucional especial.
- Nos termos da CF, no que se refere ao dispêndio de recursos públicos, a administração financeira do
Poder Judiciário se submete à fiscalização e ao controle de legalidade dos tribunais de contas.
- Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com
competência exclusiva para questões agrárias.
113
- *As decisões administrativas dos tribunais judiciais, em regra, serão motivadas e em sessão pública,
sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
- *Súmula 311-STJ: Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e pagamento
de precatório não têm caráter jurisdicional.
- O quinto constitucional previsto para o provimento de lugares em Tribunal, quando eventualmente não
observado, não gera nulidade do julgado, máxime em razão da ilegitimidade da parte para questionar os
critérios de preenchimento das vagas nos órgãos do Judiciário, mercê da incidência do princípio pas de
nullité sans grief.
- *O quinto constitucional abrangera a escolha de 1/5 dos membros dos TRF, TJDFT ou TJs com
preenchimento de Membros de MP com mais de 10 anos de carreia ou advogados com mais 10 anos de
atividade profissional + reputação ilibada.
- Para preenchimento da vaga do quinto constitucional, se o número de vagas no tribunal não for múltiplo
de cinco, deve haver o arredondamento para cima, nunca podendo haver representação inferior a 1/5 dos
membros do tribunal.
- A competência dos tribunais não é lei de iniciativa dos respectivos tribunais, mas da Constituição
Estadual de cada Estado. Ademais, a lei de organização judiciaria é de competência dos respectivos
tribunais.
114
ORDEM DE PAGAMENTO DOS PRECATÓRIOS
a) Natureza alimentícia para titular DD60 (originário ou por sucessão hereditária):
i. Tenha idade igual ou superior a 60 anos;
ii. Doente grave;
iii. Deficiente.
Obs.: precatórios até o valor equivalente ao triplo daquele fixado em lei como de pequeno valor, sendo
admitido o fracionamento para essa finalidade.
b. Natureza alimentícia comum:
i. Salários, vencimentos, proventos, pensões;
ii. Benefício previdenciário;
iii. Indenização por invalidez ou morte, fundadas em responsabilidade civil.
c. Ordem cronológica
*ATENÇÃO: não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor.
- Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
*versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
- O TSE, órgão máximo da justiça eleitoral, atua como revisor de decisões de tribunais regionais e, nas
eleições presidenciais, como instância originária.
- Súmula 368 do STJ: Compete à Justiça comum estadual processar e julgar os pedidos de retificação de
dados cadastrais da Justiça Eleitoral.
- * Das decisões do Tribunal Superior Eleitoral que negarem habeas corpus e mandado de segurança cabe
recurso ao Supremo Tribunal Federal.
- As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
115
*as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada
ou residente no País;
*os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse
da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e
ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral. Cabendo recurso ordinário para
STF (crime político)
- Pela técnica da remissão normativa, a Constituição estadual pode incorporar o conteúdo de normas da
CF, podendo os preceitos constitucionais estaduais de remissão servir de parâmetro no controle abstrato
de normas de âmbito estadual.
- Julgamento do prefeito...
Crimes da Justiça comum: TJ
Desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal: Justiça Federal
Crimes Eleitorais: TRE
Crimes de Responsabilidade próprio*: Câmara Municipal
Crimes de Responsabilidade impróprios* e crimes dolosos contra a vida: TJ
Ações populares, ACP e demais ações de natureza cível, bem como improbidade administrativa: TJ
(primeira instância).
- Compete aos juízes federais julgar os crimes cometidos a bordo de avião, ainda que se trate de voo
doméstico, ressalvados os crimes militares.
- JULGAMENTO DE MILITAR:
- Homicídio doloso DE MILITAR CONTRA vítima civil: Tribunal do Júri;
- Homicídio doloso cometido por militar, sendo a vítima militar: Justiça Militar
- Homicídio culposo cometido por militar (art. 206, CPM), sendo a vítima civil ou militar: Justiça
Militar.
116
- STJ Súmula nº 161 - É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores relativos
ao PIS-PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta.
- STJ Súmula nº 203: Não cabe Recurso Especial contra decisão proferida, nos limites de sua competência,
por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais. (Cabe RE)
- Compete privativamente aos tribunais de justiça julgar os juízes estaduais e os do Distrito Federal, assim
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a
competência da justiça eleitoral.
- Cabe ao Tribunal de Justiça, como juiz natural ou constitucional dos magistrados locais, processá-los e
julgá-los, mesmo na hipótese de prática de crime de competência da justiça federal???
- Compete privativamente: aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e
Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade,
ressalvada a competência da Justiça ELEITORAL.
117
a) Para o STF: dos Tribunais superiores (DECISÃO DENEGATÓRIA DE HC, MS, HD , MI OU CRIME
POLÍTICO)
b) Para o STJ: dos TRF ou TJ (DECISÃO DENEGATÓRIA DE HC e MS OU Estado estrangeiro ou
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada
no País;
- Embora a decisão proferida pelo STF, em recurso extraordinário submetido ao regime de repercussão
geral, vincule os demais órgãos do Poder Judiciário, sua aplicação aos demais casos concretos NÃO pode
ser buscada, diretamente na Suprema Corte, antes da efetiva apreciação da controvérsia pelas instâncias
ordinárias.
- É competência exclusiva do STF processar e julgar, originariamente, todas as ações ajuizadas contra
decisões do Conselho CNJ e do CNMP proferidas no exercício de suas competências constitucionais.
- É importante observar que os processos que envolvem Estado Estrangeiro (EE) ou Organismo
Internacional (OI) podem começar diretamente no STF ou no juiz Federal de primeiro grau. O que define se
a causa será julgada lá em cima (STF) ou lá embaixo (JF de 1º grau) é o sujeito contra quem a ação será
movida.
*Assim, se a ação for contra a União, os Estados, o DF ou os Territórios, a competência será do STF. Por
outro lado, se envolver pessoa (natural ou jurídica) ou Município, o processo tramitará perante o Juiz
Federal de 1º grau.
118
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
Composição do STJ: 33 ministros. Idade de CRISTO
Nomeados pelos PR, após aprovação pelo SENADO
Brasileiro maior de 35 anos e menor de 65 anos
Deve ter notável saber jurídico e reputação ilibada
c) HC: COATOR OU PACIENTE for qualquer das pessoas mencionadas na alínea “a”, ou
quando o COATOR for TRIBUNAL sujeito a sua JURISDIÇÃO, MINISTRO DE ESTADO ou
COMANDANTE da MARINHA, do EXÉRCITO ou da AERONÁUTICA, ressalvada a competência
da Justiça Eleitoral
119
2. os HC e MS decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão for denegatória
c) Para o STF: dos Tribunais superiores (DECISÃO DENEGATÓRIA DE HC, MS, HD , MI OU CRIME
POLÍTICO)
d) Para o STJ: dos TRF ou TJ (DECISÃO DENEGATÓRIA DE HC e MS OU Estado estrangeiro ou
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada
no País;
OBS: HC, HD e MS que forem denegados em última instancias em TRIBUNAIS NÃO SUPERIORES É STJ. Se
for tribunais SUPERIORES é STF. Sempre se caso de RECURSO ORDINÁRIO
Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade
de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos
dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do
inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
- Sendo o réu de ação penal relativa à prática de homicídio um conselheiro do TCE/RO, a referida ação
deve ser processada e julgada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
CNJ e CNMP
CNJ CNMP
15 Membros 14 Membros
Mandato: 2 anos Mandato: 2 anos
1 recondução 1 recondução
120
Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do SF (sabatina) Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela
Com exceção do Ministro Presidente que é o Presidente do maioria absoluta do SF (sabatina)
STF
Presidente: Presidente do STF Presidente: PGR
Corregedor: Ministro do STJ Corregedor: Escolhido pelo Conselho em votação secreta
- Em regra, as ações ordinárias contra atos do CNJ devem ser processadas e julgadas na Justiça Federal
- - O CNJ é presidido pelo presidente do STF e, na ausência ou no impedimento deste, pelo seu vice-
presidente. os demais membros do CNJ serão nomeados pelo presidente da República, após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal.
- O Estatuto da Magistratura pode AMPLIAR o rol de competências do CNJ previsto na CF, uma vez que
esse rol é exemplificativo.
- Entre as competências do CNJ, órgão do Poder Judiciário, inclui-se o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário.
- O CNJ exerce o controle da atuação administrativa INTERNA do Poder Judiciário e não externa, ademais
o CNJ NÃO exerce função jurisdicional.
- Entre outras atribuições, cabe ao CNJ avocar processos disciplinares em curso e representar ao MP nos
casos de crimes contra a administração pública ou de abuso de autoridade.
- ADCT: Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da
Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de
Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (SETENTA E CINCO) anos de idade, nas
condições do art. 52 da Constituição Federal.
- Conforme o entendimento do STF, a decisão negativa do CNJ não está sujeita a revisão por meio de
mandado de segurança impetrado diretamente na Suprema Corte.
- O processamento e o julgamento de membro do Tribunal de Contas da União que vier a praticar crime
de homicídio doloso serão realizados pelo STF.
Compete ao STF processar e julgar originariamente ações propostas contra o CNJ e contra o CNMP no
exercício de suas atividades-fim. A Constituição não discriminou quais ações contra o CNJ e contra o
CNMP seriam da alçada do STF, do que se extrai ter procurado fixar atribuição mais ampla para a análise
121
de tais demandas. Essa leitura é corroborada pelo fato de que, quando pretendeu restringir a
competência do Tribunal apenas às ações mandamentais, o constituinte o fez de forma expressa
CNMP
O constituinte, ao erigir o CNMP como órgão de CONTROLE EXTERNO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, atribuiu-
lhe, expressamente, competência revisional ampla, de sorte que não há vinculação à aplicação da
penalidade ou à gradação da sanção imputada pelo órgão correcional local
MINISTÉRIO PÚBLICO
*é inconstitucional a remoção por permuta entre membros do MPE
efetua o controle externo da atividade policial
*vitaliciamento de membro é ato administrativo sujeito a controle de legalidade pelo CNMP
promover, privativamente ação penal pública
direitos, vedações e forma de investidura dos membros MP aplicam-se a MP dos tribunais de
contas
princípios institucionais: indivisibilidade, unidade e independência funcional
122
MPDFT: Presidente da República
Lista Não Sim
Recondução Não há limites Admite apenas uma
Nomeação Aprovação por maioria absoluta dos Não é necessária aprovação pela
Sabatina membros do Senado Federal Assembleia Legislativa
Autorização da maioria absoluta dos
Autorização da maioria absoluta dos
Destituição membros do Assembleia Estadual, na
membros do Senado Federal
forma da LC respectiva
Crime comum: STF
Foro p/ Julgamento Crime de responsabilidade: Senado Federal Crime comum e de responsabilidade: TJ
- O STF já entendeu que o PGR será um membro do MPU e os PGJs serão membros dos MPEs. Ou seja, pode ser
membro do MPE, desde que seja PGJ
- O Ministério Público junto ao TCU possui fisionomia institucional própria, que não se confunde com a do
Ministério Público comum, sejam os dos Estados, seja o da União.
- *Foi com a CF88 que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função essencial à justiça.
- Cabe ao próprio Ministério Público a iniciativa de propor ao Poder Legislativo a edição de lei ordinária
que disponha sobre a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como sobre a política
remuneratória e seus planos de carreira.
- é inconstitucional o disposto que prever a perda dos vencimentos e demais vantagens do cargo, em
razão da propositura de ação civil, para a perda do cargo, após regular processo administrativo
- Dado o princípio da INDIVISIBILIDADE, os membros do MP podem ser substituídos uns pelos outros,
desde que sejam da mesma carreira.
- As Constituições Estaduais podem prever outras funções para o Ministério Público em âmbito estadual,
além daquelas fixadas pela CF.
- Ao elaborar sua proposta orçamentária, deve o MP ater-se aos limites estabelecidos na LDO, não sendo
dado ao chefe do Poder Executivo estadual interferir nessa proposta, ressalvada a possibilidade de
pleitear a sua redução ao respectivo parlamento.
- No Brasil, de acordo com o STF, a regra é a observância do princípio da publicidade, razão pela qual, em
impeachment de presidente da República, o sigilo do escrutínio é incompatível com a natureza e a
gravidade do processo.
123
- Com a promulgação da EC 45/2004, a vedação ao exercício de atividade político-partidária passou a ter
natureza absoluta, não comportando nenhuma exceção.
- Significa dizer que a inelegibilidade do membro do Ministério Público passou a ser absoluta, assim
como sempre foi dos membros do Poder Judiciário.
- Com isso, os membros do Ministério Público não poderão mais filiar-se ao partido político,
tampouco disputar qualquer mandato eletivo, exceto se optarem pela exoneração ou
aposentadoria do cargo.
- *PGR é nomeado pelo presidente, após aprovação pelo senado, por maioria absoluta, pelo mandato de 2
anos, permitida a recondução. Para destituí-lo antes do término do mandato segue-se o caminho inverso,
precisa de autorização da maioria absoluta do Senado, e não do Congresso
- *Todavia, A nomeação do Procurador-Geral de Justiça dos estados não está sujeita à aprovação da
Assembleia Legislativa. Compete ao Governador nomeá-lo dentre lista tríplice composta de integrantes da
carreira
DEFENSORIA PÚBLICA
- Além da elaboração de proposta para a lei orçamentária anual, a iniciativa de proposta orçamentária da
Defensoria Pública alcança a necessária participação do órgão na elaboração da lei de diretrizes
orçamentárias.
-* Entre os modelos de assistência jurídica dos Estados contemporâneos, o Brasil adotou o sistema
salaried staff model, incumbindo exclusivamente à defensoria pública a assistência jurídica, integral e
gratuita aos que comprovem insuficiência de recursos econômicos, como também hipossuficiência
jurídica, informacional e técnica.
- *Norma estadual que atribui à Defensoria Pública do Estado a defesa judicial de servidores públicos
estaduais processados civil ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo extrapola o modelo da
CF
- a Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura da ação civil pública, ainda que esta vise
promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas
necessitadas.
- *Para a posse como membro da Defensoria Pública há necessidade de inscrição na OAB. Todavia, para o
exercício efetivo da função de defensor prescinde de inscrição nos quadros da OAB, capacidade
postulatória vem do cargo e não da presença nos quadros da ordem
124
- A Defensoria Pública pode propor ação civil pública na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos.
--O STF possui entendimento pacífico no sentido de que são inconstitucionais leis ou outros atos que
subordinem a Defensoria Pública ao Poder Executivo, por implicar violação à autonomia funcional e
administrativa da instituição.
- *O Judiciário não pode determinar a interiorização da Defensoria Pública. Considerada a atual limitação
orçamentária e de recursos humanos, o cumprimento de tal ordem comprometeria o desempenho de
outras atividades essenciais já desenvolvidas pelo órgão. Para Toffoli, as decisões gerariam risco de lesão à
ordem e à economia públicas; para ele, além disso, a jurisprudência pacífica é a de que não é cabível ao
Poder Judiciário interferir em questões internas de órgão público.
*A AGU é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Todavia, tal
competência de representação judicial e extrajudicial atribuída AGU não se restringe somente ao Poder
Executivo, estendendo-se aos Poderes Legislativo e Judiciário, conforme entendimento do STF, não
havendo previsão expressa na CF nesse sentido.
- *As Procuradorias de Estado, por integrarem os respectivos Poderes Executivos, não gozam de autonomia
funcional, administrativa ou financeira, uma vez que a administração direta é una e não comporta a criação
de distinções entre órgãos em hipóteses não contempladas explícita ou implicitamente pela Constituição
Federal
- *O advogado (seja público ou privado) é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei
- O advogado deve comprovar sua efetiva habilitação profissional, demonstrando a regularidade de sua
inscrição na OAB, sob pena de inexistência dos atos processuais por ele praticados.
125
- A inviolabilidade do advogado é relativa, de modo que ele pode responder penalmente pela utilização de
expressões ofensivas durante o exercício da sua profissão.
- **Info 954 STF. O art. 132 da CF/88 confere às Procuradorias dos E/DF atribuição para as
atividades de consultoria jurídica e de representação judicial apenas no que se refere à
administração pública direta, autárquica e fundacional
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
- A teoria originária de Kelsen sobre controle preocupa-se, precipuamente, com a preservação da
supremacia constitucional, reconhecendo, em regra, a ANULABILIDADE norma julgada inconstitucional,
muito embora possa haver a modulação dos efeitos.
- Foi adotado pelo Brasil o CONTROLE FORTE DE CONSTITUCIONALIDADE, bem como, a TEORIA DA
NULIDADE na qual a decisão de controle tem eficácia retroativa (ex tunc). Todavia, a teoria da nulidade
sofre mitigação através do instituto da modulação dos efeitos
- STF adotou, através da mutação constitucional do art. 52, X da CF, a teoria da ABSTRATIVIZAÇÃO DO
CONTROLE DIFUSO determinando que todas as decisões proferidas pelo pleno do STF, em controle difuso
ou concentrado, tem eficácia erga omnes e ex tunc. Dessa forma, não precisa ser declarada pelo Senado
Federal
- *APELO AO LEGISLADOR: desenvolvida na Alemanha, trata-se de reconhecimento
da constitucionalidade da norma por parte da Corte. No entanto, há um alerta feito ao legislador de que
a norma está se encaminhando para deixar de sê-lo. O objetivo desta medida é alertar o legislador
dando-lhe prazo para a correção da norma, vale dizer, que não há reconhecimento de
inconstitucionalidade da norma, de outro modo, reconhece-se a validade da norma .
126
Não é cabível nas ações concentradas de constitucionalidade: DAIRA:
- D - Desistência;
- A - Ação rescisória
- I - Intervenção de terceiros;
- R - Recursos (salvo embargos de terceiro);
- A - Assistência;
b) INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Não cabível, salvo em caso de AMICUS CURIAE. É possível sua inclusão até a inclusão do feito em
feita. Todavia, pode ser incluído depois em casos excepcionais.
AMINUS CURIAE não opõe recursos, salvo para impugnar a decisão que não admite sua intervenção
nos autos
Amicus curiae não tem legitimidade para interpor medida cautelar
Pode fazer suspensão oral de 15 min. Havendo 3 amicus curiae, o tempo será do 30 min dividido
entre os 3.
Seu ingresso é previsto para ações de natureza objetiva, sendo excepcional quanto a processos
subjetivo quando houver multiplicidade de demandas aptas a indicar a generalização do
julgamento.
ATENÇÃO!!!
- A decisão do Relator que admite ou inadmite o ingresso do amicus curiae é irrecorrível..
- OAB não pode intervir como amicus curiae em causa que não tem potencial para gerar efeito
multiplicador e envolve apenas direitos individuais.
- É adotado como regra o controle de constitucionalidade judicial repressivo. Todavia, pode ser adotado
o controle preventivo. Hipóteses do controle preventivo político e judicial:
Controle Político (feito pelo Legislativo): Controle exercido pelas Comissões de Constituição, Justiça
e Cidadania das casas legislativas.
Atenção!!
Apenas o veto jurídico é uma modalidade de controle de constitucionalidade. O Veto político é decisão
administrativa e não pode ser alvo de controle de constitucionalidade.
127
Parlamentar impetra MS diante de violação ao devido processo legislativo (PEC ou Projeto de lei) ou
contra PEC que atente contra as cláusulas pétreas. Todavia, a perda superveniente da qualidade de
parlamentar prejudica a ADIN.
Somente o parlamentar federal vinculado a casa que o projeto esteja tramitando é que será
legitimado para impetrar o MS preventivo. Legitimidade é sempre restrita aos membros do órgão
legislativo perante o qual esteja em curso o projeto, no caso aparentemente do Senado, já que houve
violação também do seu regimento interno.
Ou seja, não é qualquer parlamentar, mas somente aqueles que estejam atuando no órgão que o
projeto esteja em curso, pois somente estes tiveram seu direito público subjetivo à observância do
devido processo legislativo constitucional violado.
ATENÇÃO!!!
- Nas ações de controle concentrado impetradas por partidos políticos com representação no
congresso, se houver perda superveniente da representação no congresso, não haverá perda
superveniente da legitimidade da ação.
PREVENTIVO: antes do ato REPRESSIVO: depois do ato normativo começar a surtir efeitos
normativo começar a surtir
efeitos *POLÍTICO REPRESSIVO (exemplos): parecer da comissão mista na
conversão de MP em lei, decreto legislativo que susta lei delegada,
administração revendo seus próprios atos e TCU apreciando a
constitucionalidade de leis e atos do poder público no exercício de suas
funções
QUANTO A FINALIDADE
SUBJETIVO: solucionar casos concretos que envolvam pessoas, situações e relações jurídicas
determinadas
OBJETIVO: solucionar casos de inconstitucionalidade abstrata de leis e atos normativos.
QUANTO AO ÓRGÃO
JUDICIAL: feito pelo Judiciário
POLÍTICO: feito por outros poderes
QUANTO AO OBJETIVO
128
- realizado de forma incidental e em casos - realizado somente pelo STF em caso de leis ou
concretos. Tem efeitos ex nunc e eficácia inter atos normativos. Efeitos ex tunc e erga omnes.
partes. Feito por via principal. STF somente age se
provocado
- *Partes podem alegar incidentalmente a
inconstitucionalidade, bem como, pode ser
declarada de oficio pelo juiz . Feito por via de
exceção
TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE
FORMAL ou NOMODINÂMICA: inconstitucionalidade se dá no processo de formação da norma.
Subdivide-se: (sujeito-iniciativa-corum)
ORGÂNICA: Vicio quanto a repartição PROPRIAMENTE DITA: POR VIOLAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS
de competências legislativas OBJETIVOS: referente aos
estabelecida pela CF e vício quanto a SUBJETIVO: vício relacionado pressupostos considerados pela CF
inadequação normativa para a legitimidade para à como elementos determinantes de
tratamento de determinada matéria. iniciativa do projeto de lei. competência dos órgãos legislativos
Exemplo: assunto deveria ser tratado Exemplo: projeto de lei é de em relação a certas matérias, por
por lei complementar, mas é tratado competência do chefe do exemplo, edição de medida provisória
por lei ordinária executivo e é proposto por sem observância dos requisitos de
parlamentar. relevância e urgência ou criação de
municípios sem os requisitos do art.
OBJETIVO: vício relacionado 18, §4º, CF.
as demais fases do processo
legislativo, por exemplo,
edição de lei complementar
com quórum de maioria
relativa da casa;
INCONSTITUCIONALIDADE POR VÍCIO
DE DECORO LEGISLATIVO ou
PARLAMENTAR:
129
INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL NORMATIVA OU QUALITATIVA OU VERTICAL: mesmo que
inconstitucionalidade parcial sem redução de texto
CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES
PGR deve ser previamente ouvido nas ações diretas de inconstitucionalidade e em todos os
processos de competência do STF.
Fazenda Pública não possui prazo em dobro nos processos objetivos de controle de
constitucionalidade
Não admite que pessoas privadas figurem no polo passivo de ADI
- Estado-membro não possui legitimidade para recorrer contra processos de controle propostos pelo
Governador. Mesa do Congresso, AGU e conselho de fiscalização profissional não são legitimados
ATENÇÃO!!!
- Embora as entidades e associações sindicais não tenham legitimidade se representarem parte dos
interesses dos associados nas ações de controle, nas ações de mandado de segurança e mandado de
injunção coletivo elas podem representar parte dos interesses dos associados, não se exigindo
autorização destes para tanto
130
REQUISITOS para as ASSOCIAÇÕES OU ENTIDADES DE CLASSE PROMOVEREM AÇÕES DE CONTROLE
Representação deve ser de categoria empresarial ou profissional;
A representação deve ser de toda a categoria
Deve ter representatividade em pelo menos 9 estados brasileiros;
Deve haver Pertinência temática entre as finalidades institucionais e o objeto da impugnação
pode ter efeito a partir do trânsito em julgado ou outro momento a ser decido pelo Tribunal, podendo
ser aplicada também a período retroativo em relação a decisão
*Atenção!!!: Quórum de 8 ministros para julgamento no STF não é exigida para casos em que eles estejam
analisando a recepção ou não de lei ou ato normativo. Somente é exigido para decisões de constitucionalidade
ou inconstitucionalidade.
- *A repercussão geral, oriunda do poder constituinte derivado, promoveu a aproximação entre controles
concentrado e difuso de constitucionalidade, tendo conferido especial eficácia expansiva aos
pronunciamentos do STF tomados a partir de casos concretos, esvaziando o papel do Senado Federal no
controle de constitucionalidade.
131
infraconstitucional. Caso, a regulamentação de norma de eficácia limitada facultativa, não cabe ADIN por
omissão.
- OMISSÃO pode ser RELATIVA ou PROPRIAMENTE DITA (TOTAL). Em caso de omissão parcial divide-se em:
OMISSÃO RELATIVA: existe lei regulamentadora, OMISSÃO PROPRIAMENTE DITA: existe lei
todavia, a regulamentação só atinge regulamentadora, todavia sua regulação é
determinadas pessoas e não se aplica a outras. insuficiente, sendo um caso de insuficiência
Caso de insuficiência quantitativa. Atinge uns e qualitativa. Atinge todos, mas de forma deficiente
outros não
- Declarada a omissão, STF dará ciência ao poder competente para adotar providências para sanar a
omissão. Se for órgão administrativo, este deverá adotar providências em 30 dias
- Não é possível aplicar a fungibilidade entre a ADO e Mandado de injunção. Mandado de Injunção tutela
um processo subjetivo já a ADIN por omissão retrata um processo objetivo. Ademais, no mandado de
injunção não cabe a figura da liminar suspendendo o curso dos processos em que há falta de lei
regulamentadora
CAUTELAR EM ADO: Dada por decisão de maioria absoluta. Se for concedida pode ser precedida de
audiência com órgão omissos que devem se pronunciar em 5 dias.
- Concedida cautelar em ADO, tribunais e juízes devem suspender a eficácia de ato normativo em caso de
omissão parcial, devem suspender processos judiciais ou administrativos ou outra providência a ser
fixada pelo Tribunal.
132
- Legitimados deve incluir na petição da ADIN a lei ou ato a ser impugnado, fundamentos do pedido e
pedido. Conforme STF, a fundamentação deve ser dotada de concretude e especificidade, não admitindo
fundamentação genérica.
- Admitida ADI, autoridade que fez a lei deve prestar informações em 30 dias. Se norma impugnada já
tiver sido objeto de controle e tiver sido declarada constitucional, relator indeferirá liminar mente a ADI
- Lei que tenha destinatários determináveis não perde seu caráter abstrato e geral, podendo ser objeto de
ação direta de inconstitucionalidade.
- Cabe ADIN contra deliberações administrativas de Tribunais, Resoluções do CNJ e do CNMP, resoluções
de Tribunais bem com seus regimentos, regimento Interno do Legislativo se as normas tiverem caráter
autônomo, decretos Autônomos e Regulamentares do Executivo, decreto presidencial de promulgação de
Tratado Internacional
- Cabe ADIN contra súmulas e súmulas vinculantes e excepcionalmente, contra lei de efeitos concretos no
caso das leis orçamentárias. EX: LOA; LDO
- *O aditamento à petição inicial da ADIN para que sejam incluídos novos dispositivos legais somente é
possível quando a inclusão da nova impugnação:
a) dispense a requisição de novas informações e manifestações; e
b) não prejudique o cerne da ação.
MANIFESTAÇÃO DO PGR: PGR deve se manifestar no prazo de 15 dias, atuando como custus legis.
Todavia, caso o PGR tenha proposto a ADI, sua atuação estará adstrita a parecer como fiscal da lei
133
tem eficácia erga omnes, EX NUNC e efeito vinculante
- Indeferida cautelar não cabe reclamação constitucional. Cautelar não tem caráter ambivalente e deve
ser considerada a conveniência política na sua aplicação
ATENÇÃO!!!!
A alteração do parâmetro constitucional, quando o processo ainda está em curso, não prejudica o
conhecimento da ADI. Isso para evitar situações em que uma lei que nasceu claramente inconstitucional
volte a produzir, em tese, seus efeitos
Caso haja revogação da lei que estava sendo objeto de ADIN, haverá perda superveniente do objeto e a
ADI não deverá ser conhecida, salvo:
demonstração de fraude processual, ou seja, revogação tinha por finalidade evitar que o STF
declarasse sua inconstitucionalidade e anulasse seus efeitos.
repetição do conteudo impugnado em outro diploma normativo.
caso o STF tenha julgado o mérito da ação sem ter sido comunicado previamente da revogação
do dispositivo.
Se for editada MP, revogando lei que está sendo questionada por meio de ADI, ação poderá ser
julgada enquanto a MP não for votada (enquanto a MP não for votada, não há perda do objeto).
b) Não prejudica a ação direta de inconstitucionalidade, caso haja medida provisória e sua
conversão em lei, sem que haja alterações em seu texto, tendo em vista, que sua conversão em
lei apenas tornam definitiva a vigência, com eficácia "ex tunc" e sem solução de
continuidade, preservada a identidade originaria do seu conteúdo normativo, objeto da
arguição de invalidade.
134
- ADI INTERVENTIVA é uma exceção ao controle concentrado abstrato, sendo hipótese de CONTROLE
CONCENTRADO CONCRETO. Tem-se um processo subjetivo, no qual há partes, sendo o PGR contra Estado
ou DF
- Em relação à ADI interventiva, a intervenção estadual em município será possível quando o Poder
Judiciário verificar que ato normativo municipal viola princípio constitucional sensível previsto na
Constituição estadual.
- Decreto legislativo que susta os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar pode ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade impondo a análise os
pressupostos legitimadores do exercício dessa excepcional competência deferida a instituição
parlamentar *
Pode ser feita ADIN nos TJs locais para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos municipais e estaduais, em face da Constituição do Estado.
Lei ou ato normativo federal, não pode ser objeto de controle, usando como parâmetro a
constituição estadual.
Estado não pode instituir apenas 1 legitimado para controle de constitucionalidade no TJ.
Se for editada MP revogando lei que está sendo questionada por meio de ADI, esta ação poderá ser julgada
enquanto a MP não for votada (enquanto a MP não for votada, não há perda do objeto). (STF)
135
SIMULTANEIDADE DE ADIN (uma no TJ local e outra no STF)
i. Sendo impetrado ação de controle concentrado no TJ, usando com parametro preceito contido
na Constituição Estadual, mas de reprodução obrigatória e também sendo impetrado ação de
controle perante o STF, questionando a mesma norma acontecerá:
1. Suspenção da ação de controle que corre perante o TJ local até deliberação final do STF
2. Caso STF decida pela inconstitucionalidade da norma, ação que corre perante o TJ local
será extinta, sem resolução do mérito
3. Caso o STF decida por sua constitucionalidade, a ação que corre perante o TJ local terá
seguimento, levando como parametro a Constituição Estadual
- Os Estados-membros não podem afastar a legitimidade do Chefe do Ministério Público estadual para
propositura de ADIN perante o Tribunal de Justiça local
- A lei orgânica municipal será aprovada por dois terços dos membros da câmara municipal, após dois
turnos de discussão e votação, podendo ser declarada constitucional ou inconstitucional, em abstrato,
tanto pelo TJ do respectivo estado (usado como parâmetro a Constituição Estadual) quanto pelo STF em
sede de ADPF, em regra.
- Governador de Estado afastado cautelarmente de suas funções, por recebimento de denúncia por crime
comum, não tem legitimidade ativa para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade.
- *A procuradoria jurídica estadual ou municipal possui legitimidade para interpor recurso em face de
acórdão de tribunal de justiça proferido em representação de inconstitucionalidade
FUNN BEACH
136
-Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial,
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público
Se for deferida cautelar pela suspensão da norma, ficam as demais instâncias judiciais impedidas de
aplicar a lei nos processos de sua competência, valendo a mesma proibição para o Tribunal de Contas do
Estado Membro, eventualmente, tenha sob sua responsabilidade feitos envolvendo o diploma suspenso
- SÚMULA VINCULANTE 10: Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
137
Técnica aplicável ao sistema de controle de constitucionalidade em situações em que dentro
circunstâncias fáticas vigentes sustentam a manutenção das normas questionadas do
ordenamento jurídico. Para que não haja a declaração de inconstitucionalidade da norma,
prefere-se mantê-la no ordenamento jurídico com o status constitucional, até que certas
situações fáticas sejam implementadas, quando então aquela mesma norma passa a ter o
caráter de inconstitucional.
- Na ADC deve ser comprovado a “controvérsia judicial relevante”. A mera divergência doutrinária não é
suficiente para autorizar a propositura de ADC.
138
- Admite-se o controle abstrato de constitucionalidade, pelo Tribunal de Justiça, de leis e atos normativos
estaduais e municipais em face da Constituição da República, apenas quando o parâmetro de controle
invocado for norma de reprodução obrigatória ou exista, no âmbito da Constituição estadual, regra de
caráter remissivo à Carta federal.
- *Não cabe ADPF para revisão ou cancelamento de sumula vinculante e nem contra decisão judicial
transitada em julgado.
- *A fungibilidade, entre a ADPF e a ADIN, pressupõe dúvida aceitável a respeito da ação apropriada, a fim
de não legitimar o erro grosseiro na escolha
- **A (ADPF) é instrumento eficaz de controle da inconstitucionalidade por omissão. A ADPF pode ter por
objeto as omissões do poder público, quer totais ou parciais, normativas ou não normativas, nas mesmas
circunstâncias em que ela é cabível contra os atos em geral do poder público, desde que essas omissões se
afigurem lesivas a preceito fundamental, a ponto de obstar a efetividade de norma constitucional que o
consagra.
- ADIN cujo objeto seja a discussão acerca da recepção, pela CF, de determinada lei ou ato normativo pode
ser admitida como ADPF, uma vez preenchidos seus respectivos requisitos, com base na fungibilidade
- Dúvida razoável sobre o caráter autônomo de atos infralegais, aliada à alteração superveniente de
norma constitucional utilizada como parâmetro de controle, têm o condão de autorizar a fungibilidade
entre arguição de descumprimento de preceito fundamental e ação direta de inconstitucionalidade.
139
- SÃO INCONSTITUCIONAIS OS ATOS JUDICIAIS OU ADMINISTRATIVOS QUE DETERMINEM OU
PROMOVAM:
• o ingresso de agentes públicos em universidades públicas e privadas;
• o recolhimento de documentos (ex: panfletos);
• a interrupção de aulas, debates ou manifestações de docentes e discentes universitários;
• a realização de atividade disciplinar docente e discente e a coleta irregular de depoimentos desses
cidadãos pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes
universitários ou em equipamentos sob a administração de universidades públicas e privadas.
• Cabível ADPF
- PODE ADPF INCIDIR sobre norma que já foi atacada por meio de ADI, tendo como parâmetro a antiga
constituição. “Eventual cogitação sobre a inconstitucionalidade da norma impugnada em face da
constituição anterior, sob cujo império ela foi editada, não constitui óbice ao conhecimento da ADPF, uma
vez que nessa ação o que se persegue é a verificação da compatibilidade, ou não, da norma pré-
constitucional com a ordem constitucional superveniente.”
ATENÇÃO!!!
- * É possível a celebração de acordo num processo de índole objetiva, como a ADPF, desde que fique
demonstrado que há no feito um conflito intersubjetivo subjacente (implícito), que comporta solução
por meio de autocomposição.
Todavia, não significa que o STF irá chancelar as teses apresentadas pelas partes. O Supremo apenas
homologará as disposições patrimoniais acordadas dentro da disponibilidade das partes no processo.
- Tratando-se o veto de ato político componente do processo legislativo, o seu controle é insuscetível de
judicialização, porquanto realizado exclusivamente pela câmara municipal, a qual poderá mantê-lo ou
rejeitá-lo.
DISPOSIÇÕES DIVERSAS
Inconstitucionalidade antecedente ou imediata. Decorre de violação direta e imediata de princípio
ou determinação constitucional.
Inconstitucionalidade consequente ou derivada. Ocorre sobre norma dependente de outra,
pertencentes ambas ao mesmo diploma legislativo. Quando aquela é declarada inconstitucional, por
relação de dependência, o vício atinge também está, de maneira conseqüente ou derivada.
140
- Controle de constitucionalidade é uma manifestação contramajoritária do poder judiciário em face de
deliberações das maiorias eventuais que, em tese, sejam ofensivas aos direitos fundamentais e às regras
do jogo democrático
- É possível o controle judicial difuso de constitucionalidade de normas pré-constitucionais, desde que não
se adote a atual Constituição como parâmetro. ato serão apenas ex nunc.
- Não é necessário que haja obrigatoriamente ofensa às cláusulas pétreas, para que seja possível controle
judicial das emendas constitucionais, haja vista que a inconstitucionalidade material não é a única
modalidade de análise de normas, podendo ainda o Judiciário apreciar a inconstitucionalidade no que
tange ao procedimento formal (inconstitucionalidade formal objetiva ou propriamente dita), bem como
no que toca aos vícios de iniciativa (inconstitucionalidade formal subjetiva ou orgânica).
- No controle difuso, a referência do controle pode ser qualquer norma constitucional vigente ou já
revogada.
- O exame de constitucionalidade do decreto legislativo que suspende a eficácia de ato do Poder Executivo
(susta lei delegada), incide sobre os pressupostos do exercício desse exame. Cabe ao STF verificar atos
normativos emanados do executivo aos limites do poder regulamentar ou aos da delegação legislativa.
Deverá analisar se o objeto de delegação legislataiva extrapolou a lei objeto de regulamentação para,
somente depois disso, decidir sobre a constitucionalidade do referido decreto legislativo.
- Atos interna corporis, decisões normativas dos tribunais, sob a forma de resoluções administrativas ou
portarias, podem se submeter ao controle concentrado.
- O STF, ao julgar as ações em controle concentrado não está vinculado aos fundamentos jurídicos
invocados pelo autor, posto que a causa de pedir é aberta. Todavia, os pedidos da ADIN seguem o
princípio da adstrição aos pedidos, vinculação aos pedidos. Contudo STF pode ampliar o pedido em:
a) Inconstitucionalidade por arrastamento, consequencial ou por reverberação normativa
141
b) Inconstitucionalidade incidental de lei não sendo ela objeto do pedido:
c) É possível a cumulação de pedidos de inconstitucionalidade e de constitucionalidade de normas de
uma lei em uma mesma Ação direta
- Não há necessidade de pedido das partes para que haja o deslocamento do incidente de
inconstitucionalidade para o Pleno do tribunal. Isso porque é dever de ofício do órgão fracionário esse
envio, uma vez que não pode declarar expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, nem afastar sua incidência, no todo ou em parte.
- *Súmula 614, STF - Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta
interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal.
SUMULA VINCULANTE
- O STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de 2/3 dos seus membros, após reiteradas
decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial,
terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
- Súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das
quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que
acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos.
- O PGR, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou
cancelamento de enunciado de súmula vinculante
- Mero descontentamento ou divergência quanto ao conteúdo da SV não legitima que se possa pedir o
seu cancelamento ou revisão.
- Aprovação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante poderá ser provocado pelos mesmos
legitimados para propor ação direta de inconstitucionalidade acrescidos:
Defensor Público Geral da União.
os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios,
os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais
Eleitorais e os Tribunais Militares.
142
- O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a
revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do
processo
- Não cabe a aplicação da teoria dos motivos determinantes em sede de reclamação constitucional. Contra
omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das
vias administrativas
- *A aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo das decisões paradigmas é requisito de
admissibilidade da reclamação constitucional.
- Não cabe reclamação para o controle da aplicação de entendimento firmado pelo STJ em recurso especial
repetitivo
- *Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha
desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal
Efeitos da Reclamação:
A. Anula o ato administrativo
B. No caso de decisão judicial, cassa a decisão e determinará que outra seja proferida com ou sem a
- Não se admite o manejo de reclamação constitucional contra ato administrativo contrário a enunciado
de súmula vinculante, durante a pendência de recurso interposto na esfera administrativa. Todavia,
esgotada a via administrativa e judicializada a matéria, A RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL não obstará a
interposição dos recursos eventualmente cabíveis e a apresentação de outros meios admissíveis de
impugnação.
- Uma vez descumprida súmula vinculante, por autoridade administrativa ou judicial, caberá reclamação,
a qual deverá ser julgada pela turma do STF e não pelo seu plenário.
143
- A EC 3, de 1993, fez surgir no cenário brasileiro a ação declaratória de constitucionalidade.
O Controle abstrato das leis e atos normativos distritais em face da Lei Orgânica do Distrito Federal cabe à
União. Portanto, no Distrito Federal, o controle abstrato de constitucionalidade não é instituído pela
Câmara Legislativa e não está na previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal, mas, sim em Lei federal,
editada pelo congresso Nacional. Dessa forma, esse controle de constitucionalidade não é de competência
do próprio Distrito Federal
- A técnica da interpretação conforme pode ser utilizada tanto no controle de constitucionalidade difuso e
abstrato.
O modelo de controle nos EUA foi defenido a partir do caso MARBURY x MADISON decidido entre os anos
de 1801 e 1803 pela Suprema Corte norte-americana.[...]
O controle nos EUA é, portanto, judicial, difuso( qualquer órgão do poder Judiciário norte-americano pode
fazê-lo- Judicial Review), incidental (em casos concretos) e fundamentado no Princípio da NULIDADE
(NORMA INCONSTITUCIONAL É NULA DESDE O SEU NASCIMENTO).
ESTADO DE DEFESA
- Decretado o estado de defesa pelo Presidente da República, a mesa do Congresso Nacional, ouvidos os
líderes partidários, designará comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar
a execução das medidas referentes ao estado de defesa.
- NO ESTADO DE DEFESA, Presidente DECRETA e congresso nacional aprova. Decretado o estado de defesa
ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva
justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
- O estado de defesa não será superior a 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se
persistirem as razões que justificaram a sua decretação
144
- O estado de defesa poderá ser instituído por decreto que especifique as áreas a serem abrangidas e as
medidas coercitivas a vigorarem, a exemplo de restrições de direitos e ocupação e uso temporário de
bens e serviços públicos.
- O direito ao sigilo de correspondência é constitucionalmente previsto, mas poderá ser restringido nas hipóteses de
estado de defesa e de estado de sítio.
- Atenção: Enquanto no estado de defesa há restrição do direito de reunião, no estado de sítio há a suspensão do
direito de reunião.
- Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento, devendo
continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa
- Tanto o Estado de Defesa quanto o Estado de Sítio possuem controle político e controle jurisdicional,
uma vez que, apesar de serem estados de excepcionalidade constitucional, o decreto do Chefe do Poder
Executivo não pode viger de forma soberana, sendo necessário o controle dos demais Poderes do Estados.
Sendo assim, o decreto do chefe do Executivo passa a ser fiscalizado Pelo Poder Legislativo e pelo Poder
Judiciário.
As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensa
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva. Já no estado de defesa, as imunidades
subsistirão, não havendo previsão de suspensão
ESTADO DE SÍTIO
- No cenário de controle de crises (sistema jurídico extraordinário) existe o estado de defesa que constitui
mecanismo constitucional para recuperação da normalidade (ordem pública, paz social). Constitui um
instrumento de restauração da ordem mais brando, já que sua operacionalização não conflita tanto com
os direitos fundamentais comparado ao Estado de Sítio
* O controle político exercido pelo Congresso Nacional sobre a decretação do estado de sítio é sempre
prévio.
145
- no caso de agressão estrangeira ocorrer no intervalo das sessões legislativas, o Presidente poderá
decretar o Estado de Sítio sem a prévia autorização do Congresso que será convocado para referendar a
medida
- Medidas para (estado de sitio REPRESSIVO) comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa:
obrigação de permanência em localidade determinada
detenção em edifício, não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns
restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação
de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
suspensão da liberdade de reunião;
busca e apreensão em domicílio
intervenção nas empresas de serviços públicos;
requisição de bens
- As especificações da AMPLITUDE do estado de SÍTIO podem ser feitas após a sua decretação.
- estado de sítio pelo presidente solicita prévia autorização do Congresso. Estado de defesa só informa ao
congresso.
- Conforme a doutrina majoritária, o Poder Judiciário pode reprimir abusos e ilegalidades cometidos nos
estados de defesa e de sítio, mas NÃO pode perquirir acerca da existência ou não da conveniência e
oportunidade política para a sua decretação.
- o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo
de guerra.
146
- A punição disciplinar militar imposta, sem que haja previsão legal, é passível de impugnação via habeas
corpus.
- Compete à União concorrentemente estabelecer normas gerais sobre a organização das polícias civis. UNIÃO SE
LIMITA A ESTABELECER NORMAS GERAIS.
- Os Municípios poderão constituir guardas municipais, destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei.
- A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
seu patrimônio nas vias públicas.
- O objetivo fundamental da segurança pública, exercida por meio das polícias federal, rodoviária federal,
civis, militares e dos corpos de bombeiros militares, policias penais federal, estaduais e distritais , é a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
- A Força Nacional de Segurança Pública NÃO é órgão e não integra o rol taxativo constante no art. 144,
caput, da CF.
- As polícias civis, às quais incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária
e a apuração de infrações penais, exceto as militares, subordinam-se aos governadores dos estados, do DF
e dos territórios.
147
- A União, os estados, o DF e os municípios devem incentivar o turismo, como fator de desenvolvimento
social e econômico.
- Constituem monopólio da União a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro, a pesquisa e a lavra das
jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, PODENDO ELA A União poderá
contratar com empresas estatais ou PRIVADAS a realização das atividades
- . Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
- A LC 105, não conferiu ao Tribunal de Contas da União poderes para determinar a quebra do sigilo
bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil.
- O Estado deve intervir na economia para garantir a defesa do consumidor — dadas a sua hipossuficiência
e vulnerabilidade — e a do meio ambiente, condicionando a utilização e fruição das riquezas naturais e
dos fatores de produção.
- Só é permitida a criação de empresa estatal para a execução de atividades econômicas caso ela seja
indispensável à garantia da segurança nacional ou em caso de relevante interesse coletivo.
- É NULA a contratação para a investidura em cargo ou emprego público nas empresas públicas ou nas
sociedades de economia mista que exerçam atividades econômicas SEM prévia aprovação em concurso
público;
- Razão pela qual ela não gera efeitos trabalhistas, ressalvado o pagamento do saldo de salários dos dias
efetivamente trabalhados, sob pena de enriquecimento sem causa.
- Viola disposição da CF o convênio firmado entre estado e município com o objetivo de realizar
transferência voluntária de recursos financeiros para pagamento de despesas com Les integrantes da rede
pública de ensino.
148
São VEDADOS: a transferência voluntária de recursos E a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para
pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
- Há previsão constitucional para que recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio
econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados sejam
destinados ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
- As empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras, cuja sede e administração encontrem-
se no país, poderão gozar de tratamento diferenciado, SEM que as vantagens concedidas a essas
empresas constituam antinomia com o princípio da livre concorrência.
- A atuação do Estado brasileiro na atividade econômica é SUPLETIVA, devendo ele agir como agente
normativo e regulador, funções que se corporificam na fiscalização, no incentivo e no planejamento.
- De acordo com a CF, a lei que instituir a contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE)
relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados poderá ter alíquota
reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo.
POLÍTICA URBANA
- A política de desenvolvimento urbano, executada pelo MUNICÍPIO, deve obedecer às diretrizes gerais
fixadas em lei nacional, sem prejuízo da competência das câmaras municipais para editar o plano diretor
do município.
- Postos de gasolina. Atividade de alto risco que justifica o prudente distanciamento, na mesma área
geográfica, de estabelecimentos congêneres.
- São isentas de impostos municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins
de reforma agrária.
- A política de desenvolvimento urbano deve ficar a cargo do município, a partir de diretrizes comuns
fixadas por lei federal.
149
- A concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares requer prévia
aprovação DO CONGRESSO, exceto as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de
REFORMA AGRÁRIA.
- A propriedade produtiva NÃO pode ser desapropriada, ainda que a justificativa para a desapropriação
seja a realização de reforma agrária.
- Uma das formas de financiamento da seguridade social é a contribuição social incidente sobre a receita
de concursos de prognósticos
- É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras
entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua
contribuição normal poderá exceder a do segurado.
- Não configura bis in idem a coexistência de acórdão condenatório do Tribunal de Contas, título executivo
extrajudicial, e a sentença condenatória em ação civil pública de improbidade administrativa.)
- É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, a internação em
acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do próprio SUS, ou por
médico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores correspondentes.
- Os agentes comunitários de saúde podem ser admitidos pelo gestor local do SUS por meio de processo
seletivo público em conformidade com a natureza, a complexidade e os requisitos específicos para sua
atuação.
- Atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, descentralização com direção única
em cada esfera de governo e participação da comunidade são DIRETRIZES que devem integrar as ações
públicas de saúde
- O direito à saúde efetiva-se mediante ações distributivas e alocativas relacionadas à promoção, proteção
e recuperação da saúde
150
- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que, apesar do caráter meramente
programático atribuído ao art. 196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de
propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde dos cidadãos.
- No âmbito da SAÚDE, existe proibição constitucional para o repasse de recursos públicos para auxílios ou
subvenções às instituições privadas COM fins lucrativos.
- De acordo com a CF: É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na
assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
PREVIDÊNCIA SOCIAL
- Os Estados da Federação, suas autarquias e fundações poderão atuar como patrocinadores de entidades
fechadas de previdência complementar
- Súmula 563, STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades ABERTAS de previdência
complementar, NÃO incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas.
- O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do
respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por
intermédio de entidades FECHADAS de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão
aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade e contribuição definida.
- Portanto, regime de previdência complementar será instituído somente por LEI de iniciativa do
executivo.
- Sobre a receita de loterias, apostas e sorteio de números incidirá contribuição social destinada a
financiar a seguridade social
- O serviço público deve-se orientar na estruturação da seguridade social pelos seguintes objetivos, entre
outros: equidade na forma de participação no custeio e caráter democrático e descentralizado da
administração.
- UUSEI Esta DICA
U (Universalidade da cobertura e do atendimento),
U (Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais),
SE (SEletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços),
I (Irredutibilidade do valor dos benefícios),
Esta (Equidade na forma de participação no custeio),
DI (DIversidade da base de financiamento),
151
CA (CAráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados).
- A previdência social (e não a seguridade) será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória.
- A União pode instituir, mediante LEI COMPLEMENTAR, outras fontes destinadas à obtenção de receita
para a manutenção da seguridade social, além das previstas na CF.
- O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
- A garantia constitucional da gratuidade de ensino não obsta a cobrança, por universidades públicas, de
mensalidade em curso de especialização. Todavia, as universidades públicas não podem cobrar
mensalidade de graduação, mestrado e doutorado.
- Os municípios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil; ao passo que
os estados devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e no médio.
- São exemplos de normas de eficácia limitada de princípios programáticos: Saúde (196), Educação (205),
Desporto (217), Ciência, tecnologia e Inovação (218).
152
- O Estado deve garantir educação infantil em creches e pré-escolas às crianças de até CINCO anos de
idade (208, IV).
- É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades
públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica (218).
- Logo, a União e os Municípios NÃO podem vincular parcela de suas receitas orçamentárias a entidades
públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
- SV 12: A cobrança de taxa de matrícula nas Universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal.
- Aplica-se ao Sistema Nacional de Cultura o princípio da complementaridade nos papéis dos agentes
culturais (Art. 216-A).
- Conforme a CF, constituem patrimônio cultural brasileiro: os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, entre os quais se incluem as formas de expressão e
os modos de criar, fazer e viver.
- Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XVI - autorizar, em terras indígenas, a
exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
- As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em LEI FEDERAL, sem o
que não poderão ser instaladas. NÃO É LEI COMPLEMENTAR.
- Art. 220 § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
153
- Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos
sistemas privado, público e estatal
- A participação do capital estrangeiro em empresas de comunicação deve ser restrita a, no máximo, 30%
do capital total e do capital votante dessas empresas.
- A CF admite a incidência de CIDE sobre a importação de petróleo e seus derivados, de gás natural e seus
derivados e de álcool combustível, podendo a alíquota dessa contribuição ser diferenciada por produto ou
uso, ou reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, sem a observância do princípio da
anterioridade.
- Apesar de competir ao Poder Executivo outorgar e renovar a concessão, permissão ou autorização para o
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, referidos atos somente produzem efeitos legais após
deliberação do Congresso Nacional.
MEIO AMBIENTE
- Pessoas físicas ou jurídicas que degradarem o meio ambiente poderão sofrer sanções penais, civis e
administrativas.
- Após a promulgação da EC nº 96/2017, a Carta Magna passou a prever que não se consideram cruéis as
práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, registradas como
bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por
lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos (art. 225, § 7º, CF).
- Apesar de a floresta amazônica, a mata atlântica, a Serra do Mar, o pantanal mato-grossense e a zona
costeira serem patrimônios nacionais, NÃO se consideram bens públicos os imóveis particulares existentes
nessas áreas.
- TRF5: As normas específicas fixadas pela União no Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro NÃO são
obrigatórias para estados e municípios (Lei 7.661).
154
- O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado um direito fundamental de
terceira geração, em razão de ser baseado no interesse comum que liga e une as pessoas e ter caráter
universal.
- O direito à integridade do meio ambiente é típico direito de terceira dimensão e constitui prerrogativa
jurídica de titularidade coletiva.
- A competência para ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais das cidades e garantir o bem-
estar de seus habitantes é do município.
- A CF garante, conforme dispuser a lei, o benefício assistencial mensal, de um salário mínimo, à pessoa
idosa (+65), desde que esta comprove não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família (Art. 203.).
- O Brasil, ao tipificar o crime de TORTURA contra crianças ou adolescentes, revelou-se fiel aos
compromissos que assumiu na ordem internacional. O legislador brasileiro, ao conferir expressão típica a
essa modalidade de infração delituosa, deu aplicação efetiva ao texto da Constituição Federal, que impõe
ao poder público a obrigação de proteger os menores contra toda a forma de violência, crueldade e
opressão.
- A CF admite a responsabilização penal de pessoa jurídica por crime contra o meio ambiente.
- Os programas de amparo aos idosos desenvolvidos pelo Estado serão executados preferencialmente nos
lares dos idosos.
- É PERMITIDA a vinculação das receitas próprias geradas pelos impostos municipais à prestação de
contragarantia à União.
155
- É uma das exceções do chamado Princípio da NÃO AFETAÇÃO DAS RECEITAS, outras permissões:
- Repartição CONSTITUCIONAL dos impostos;
- Destinação de recursos para a saúde;
- Destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino;
- Destinação de recursos para a atividade tributária;
- Garantias: às operações de crédito por antecipação da receita orçamentária (ARO);
- À União para: prestação de garantia, contra-garantia e pagamento de débitos.
- No âmbito das finanças públicas, é necessária a existência de prévia autorização legislativa para a
instituição de fundos de qualquer natureza.
É VEDADO À UNIÃO: II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
- Ou seja, a União pode tributar a renda das obrigações da dívida pública, desde que NÃO o faça
em níveis superiores aos que fixar para as suas próprias obrigações.
- SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL consiste no sistema das finanças privadas e do seu controle efetuado
pelo governo.
- Pela classificação constitucional, não se confunde o SISTEMA DAS FINANÇAS PÚBLICAS, que alcança os
subsistemas tributário, orçamentário, os gastos públicos e o sistema monetário (arts. 145 a 169), com o
sistema financeiro nacional, que compreende as instituições privadas, inclusive os bancos pertencentes
aos poderes públicos que operem sob a forma de pessoa jurídica de direito privado.
- Embora a CF vede a retenção ou qualquer outra restrição à entrega e ao emprego dos recursos
atribuídos aos estados, ao DF e aos municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a
impostos, a União e os estados podem condicionar a entrega de recursos.
- A CF de 1988 determina que a emissão e o resgate de títulos da dívida pública sejam tratados por lei
complementar.
- Art. 185, A lei orçamentária anual NÃO conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
156
- A competência da União para emitir moeda deve ser exercida exclusivamente pelo Banco Central do
Brasil, instituição à qual é vedado conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e
a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
- As matérias relacionadas às finanças públicas devem ser regulamentadas por LEI COMPLEMENTAR.
- A CF veda a abertura de crédito suplementar ou especial sem a indicação dos recursos correspondentes
e sem prévia autorização legislativa
- É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual (art. 167, I, da
CF/1988).
- A CF admite a edição de medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para o atendimento
de despesas imprevisíveis e urgentes, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (NÃO
ENTRA NA REGRA DAS ANTERIORIDAES)
- A AUTORIZAÇÃO NÃO É PRÉVIA. (CESPE-2017)
- Art. 62, CF: § 1º: É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a: d) planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o
previsto (EMPRESTIMOS COMPULSÓRIOS)
- Art. 167, § 3º, CF: A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
- Assim sendo, a CF veda que Medidas Provisórias prevejam matérias orçamentárias.
- Entretanto, admite-se que Medida Provisória trate de abertura de crédito extraordinário, nos
casos excepcionais previstos no Art. 167, § 3º, CF, são situações GRAVES.
- Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na
forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
- única possibilidade de utilização de medida provisória em matéria orçamentária é para abrir crédito
extraordinário
- Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redução de desigualdades
entre as diversas regiões brasileiras, o ORÇAMENTO FEDERAL DE INVESTIMENTO deve conter as previsões
de receitas e despesas das empresas nas quais a União detenha a maioria do capital social com direito a
voto; (165, §5).
157
- As disponibilidades financeiras do município devem ser depositadas em instituições financeiras oficiais,
cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir eventuais exceções a essa regra geral.
- As disponibilidades de caixa dos Estados-membros, dos órgãos ou entidades que os integram e das
empresas por eles controladas deverão ser depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo,
unicamente, à União Federal, mediante lei de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo art.
164, § 3º, da CF. [ADI 2.661 MC].
- De acordo com a CF, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO PODE PROPOR ALTERAÇÕES AO PROJETO DE LEI
ORÇAMENTÁRIA EM RELAÇÃO A MATÉRIA CUJA VOTAÇÃO JÁ TENHA SE INICIADO na comissão mista
permanente competente para emitir parecer no âmbito do Congresso Nacional (166, §5).
- O início de programas e projetos governamentais NÃO será possível sem a inclusão deles na LOA.
- Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são disciplinados por leis cuja
iniciativa é do Poder Executivo.
- O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido
da execução orçamentária.
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Estados Municípios
IR - 100% dos seus servidores
Imp. Residuais da União - 20% IR - 100% dos seus servidores
ITR - 50% ou 100% (se for o
município que cobrar)
IPVA - 50%
ICMS - 25%
- A exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda
discutir a exigibilidade de crédito tributário é inconstitucional.
- É VEDADO aos estados e aos municípios legislar o modo como isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados. cabe à LEI COMPLEMENTAR: regular a forma como, mediante deliberação
dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
- A CF/88 estabeleceu uma descentralização do sistema tributário, aumentando o poder dos estados e
municípios.
- É vedada qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida pelos contribuintes,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
- CF, exige a prévia celebração de CONVÊNIO entre os Estados-membros e o DF, nos termos de lei
complementar, para concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais concernentes a créditos do
ICMS.
- A exigência, pela fazenda pública, de prestação de FIANÇA para a impressão de notas fiscais de
contribuintes em débito com o fisco viola as garantias do livre exercício do trabalho, ofício ou profissão,
da atividade econômica e do devido processo legal.
- SÚMULA 323 DO STF: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento
de tributos.
- A imunidade tributária dos impostos sobre a renda também alcança as empresas públicas prestadoras de
serviços públicos.
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- NORMA LOCAL QUE CONDICIONE A CONCESSÃO DE REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO À
APRESENTAÇÃO DE CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS CONSTITUI MEIO INDIRETO DE
COBRANÇA DE TRIBUTO.
- Não incidem juros de mora sobre os precatórios que sejam pagos até o final do exercício seguinte ao da
apresentação, desde que esta ocorra até o dia 1º de julho do exercício.
- As leis em matéria tributária enquadram-se na regra de iniciativa geral, que autoriza a qualquer
parlamentar – deputado federal ou senador – apresentar projeto de lei cujo conteúdo consista em
instituir, modificar ou revogar tributo. “Não há, no texto constitucional em vigor, qualquer mandamento
que determine a iniciativa exclusiva do chefe do Executivo quanto aos tributos”.
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