TGPP 2º Teste Resumos
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São Tomás de Aquino – Monarquia; Aristocracia; Democracia; Oligarquia. Defende como forma
perfeita a conciliação entre monarquia, aristocracia e democracia. A tirania para este pensador
era uma forma perversa e violenta de governo.
Monarquia – sistema político em que a soberania reside numa só pessoa. O chefe do Estado é
vitalício e em geral hereditário, pelo que não está sujeito ao princípio democrático.
República – sistema político em que que a soberania reside na comunidade política, que a
exerce diretamente ou através de magistrados eleitos temporariamente e encarregues de
executar as leis votadas pela maioria dos cidadãos ou elaboradas pelos representantes destes.
O chefe do Estado é o Presidente da República, eleito de entre os cidadãos comuns, tendo um
mandato temporário (e em princípio, um número de mandatos limitado).
Critérios Fundamentais
As oligarquias liberais – são aquelas em que o poder é dominado por um pequeno grupo
dirigente (oligarquia), mas em que o poder político se abstém de excessiva repressão das
liberdades individuais e de ingerência na esfera económica e social.
• Regimes ditatoriais – Não existia nenhuma forma de democracia, não existe separação
de poderes, não existe pluralismo político partidário nem descentralização territorial.
TGPP 1º SEMESTRE 2º TESTE DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA
Conceção de Democracia
Democracia política – é o sistema político em que os titulares do poder político, pelo menos a
assembleia representativa, são escolhidos por sufrágio universal em eleições periódicas e
livres, incluindo a liberdade de apresentação de candidatos. É uma “democracia eleitoral”, em
que o poder político é legitimado pelo direito de sufrágio, exercido em eleições periódicas e
assente no recenseamento eleitoral (democracia representativa).
Sistema de governo (ou forma de governo) – modo como numa democracia representativa se
repartem as diversas funções do Estado pelos diferentes órgãos superiores deste, bem como o
modo como estes se articulam entre si, tendo em conta especialmente o poder executivo e as
suas relações com o poder legislativo. Na base da distinção dos sistemas de governo está o
princípio da separação de poderes. Considerado o “mito fundador” dos sistemas de governo.
Rousseau, em contraposição à separação dos poderes, defendeu a unidade do poder: o poder
do soberano, o povo, expresso na “vontade geral”, devia ser ilimitada e indivisível.
a um governo chefiado por um primeiro ministro, nomeado pelo chefe do Estado de acordo
com a composição parlamentar (sendo o chefe do governo quase sempre o líder do partido
maioritário no parlamento); O governo não pode exercer funções sem a confiança política do
parlamento; Em princípio, só existem eleições para o parlamento, que servem
simultaneamente para a escolha do governo; pode haver, porém, eleições presidenciais, no
caso das repúblicas parlamentares com presidente diretamente eleito; O governo só é
politicamente responsável perante o parlamento, que pode fazer demitir o governo, mediante
a aprovação de moções de censura; O governo pode antecipar eleições parlamentares,
mediante dissolução parlamentar, que é determinada pelo chefe do Estado a pedido do
governo.
limitado, quer nos seis meses depois das eleições parlamentares, quer nos seis meses finais do
mandato presidencial (172º/1); Poder de veto na nomeação de um conjunto de altos cargos
públicos propostos pelo Governo.
Chefe de estado:
Presidente da República – O presidente é um cargo temporário e eletivo, variando o regime de
eleição, a duração do mandato e a esfera dos seus poderes, conforme se trate de um sistema
parlamentar ou de um sistema presidencial ou misto.
Rei – Nas monarquias constitucionais, os reis não têm em geral poderes ativos no sistema
político, para os quais carecem de legitimação democrática, por não serem eleitos. Por isso, as
monarquias constitucionais não podem ter um sistema de governo presidencialista.
Suíça – não dispõem de um chefe de Estado uninominal autónomo: as funções pertencem
coletivamente ao Conselho Federal, cabendo o seu exercício a um secretário eleito
rotativamente de entre os seus membros.
Países comunistas – as funções cabem ao comité permanente (Presidium) da assembleia
nacional, o qual também tem um secretário eleito de entre os seus membros.
Irresponsabilidade política:
• Em geral o cargo de chefe do Estado é caracterizado pela irresponsabilidade
política, pelo que não tem de prestar contas nem pode ser demitido por nenhum
outro órgão.
• Caso especial era o da constituição alemã de Weimar (1919-1933), que previa a
destituição do Presidente (que era diretamente eleito), por meio de revogação
popular do mandato (recall), num referendo popular ad hoc.
Vice-Presidente:
• Em geral, nos sistemas presidencialistas há um vice-presidente da República, eleito
junto com o presidente e destinado a substituí-lo em caso de impedimento, morte ou
perda de mandato, incluindo para completar o mandato daquele.
TGPP 1º SEMESTRE 2º TESTE DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA
Assembleias representativas
As assembleias representativas são um traço comum à esmagadora maioria dos Estados
contemporâneos.
• Função legislativa;
• Função de controlo da atividade governamental;
• Função fiscal e orçamental;
• Função eletiva;
• e aquilo a que alguns chamam a "função representativa” .
• Uma função típica das assembleias representativas, que constitui, aliás, uma das suas
prerrogativas originárias, consiste na aprovação dos orçamentos do Estado e das
respetivas contas públicas, bem como a aprovação e autorização anual de cobrança
dos impostos.
• Se existe uma tarefa singular que justificou historicamente o sistema representativo
ela encontra-se justamente nas funções orçamentais e fiscais das assembleias
representativas. No taxation without representation – tal era o lema dos
revolucionários norte-americanos.
Função eletiva:
• que se traduz na competência para eleger ou participar na eleição de certos altos
cargos públicos, nomeadamente o Presidente da República (como sucede em muitos
sistemas parlamentares, v. g., Alemanha), os juízes do tribunal constitucional, membro
do conselho superior de magistratura…
• Juízes do Tribunal Constitucional:
o A AR elege, por maioria de dois terços dos Deputados presentes, desde que
superior à maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções, dez
juízes do Tribunal Constitucional (163º/h).
o O Tribunal Constitucional é composto por treze juízes, sendo dez designados
pela Assembleia da República e três cooptados por estes (222º/1).
Organização e funcionamento
• Sistema unicameralista: a assembleia funciona em sistema de uma só câmara
representativa;
• Sistema bicameralista: a assembleia funciona em sistema de duas câmaras
representativas;
Direitos, liberdades e garantias – A conceção liberal dos direitos fundamentais, até bem dentro
do século XX, apresentava-os exclusivamente como “direitos negativos”, como garantia de
uma esfera de liberdade de ação dos indivíduos, no plano pessoal, económico e político,
contra a ingerência do poder. Como frisou BENJAMIN CONSTANT, a “liberdade dos modernos”
é essencialmente a liberdade de não ser vítima de ingerências do Estado.
Princípio da subsidiariedade
• As coletividades políticas superiores (organizações supranacionais) só devem atuar
quando as tarefas públicas não possam ser realizadas satisfatoriamente pelas
coletividades inferiores (poder local, comunidades infraestaduais autónomas).
• O princípio da subsidiariedade encontra-se explicitamente consagrado no Tratado da
União Europeia, no respeitante ao desempenho das competências compartilhadas
entre a UE e os Estados-membros, e na CRP, no que respeita à divisão de tarefas entre
o Estado por um lado e as comunidades infraestaduais, por outro lado.
TGPP 1º SEMESTRE 2º TESTE DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA
• Legislativo – Parlamento.
• Executivo – Rei e seu governo.
• Judicial – Tribunais.
• Nos EUA o executivo (Presidente) tem direito de veto sobre as decisões do Congresso.
• O Congresso goza do poder de veto sobre as nomeações do Presidente.
• Impeachment – o Congresso pode impugnar o mandato presidencial em caso de crime
ou de contravenção presidencial. (O primeiro impeachment surge no Parlamento
inglês de 1376)
• No sistema de governo parlamentar, o governo depende da confiança política do
parlamento, que o pode demitir mediante moção de censura.
• Uma vez que numa democracia o poder legítimo é o poder da maioria, o único modo
de limitar e controlar o poder é estabelecer limites ao poder da maioria, de modo a
evitar o risco da “ditadura das maiorias”. A principal limitação ao poder das maiorias
num Estado constitucional é a própria Constituição, na medida em que ela impede que
as maiorias parlamentares legislem em sentido contrário à Constituição. Assim, os
direitos fundamentais e outras normas impositivas ou proibitivas da Constituição
traduzem-se em outros tantos limites ao poder das maiorias.
• Outros mecanismos de limitação ao poder da maioria são: as maiorias qualificadas
(revisão da constituição e algumas leis de valor reforçado), o veto do presidente da
República, os limites ais referendos e aos plebiscitos, o direito de oposição e a
democracia participativa.
Os direitos da oposição:
A democracia participativa:
Requisitos procedimentais:
Estado de direito
• Estado de Direito pressupõe uma submissão dos poderes do Estado ao Direito.
• As revoluções liberais surgem para combater o Estado absoluto (legibus solutos), em
que o monarca não está submetido à lei.
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Incompatibilidades:
Transparência do poder
Transparência do poder – mecanismos
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Fiscalização da constitucionalidade:
Fiscalização da legalidade:
• Como o próprio nome diz, a fiscalização judicial da legalidade visa rejeitar normas ou
atos administrativos que tenham infringido princípios ou normas legislativos, por
violação dos princípios da precedência da lei (falta de habilitação legal), da reserva de
lei (ação administrativa que só poderia ser tomada por via de lei) ou da primazia da lei
(violação de uma norma legislativa). MONTESQUIEU: “Liberdade é fazer tudo o que a
lei permite”.
• O Estado absoluto era ilimitado tanto na ordem interna como na ordem externa, não
sofrendo nenhuma inibição vinda do exterior. Levando ao extremo, a ideia de
soberania do Estado proibia qualquer ingerência nos assuntos internos dos Estados. E
isso incluía obviamente a proibição de censura ou de condenação externa da ordem
constitucional interna e da organização interna do poder.
• Hoje existe:
o Vinculação internacional dos Estados.
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o Justiça internacional.
o Sanções internacionais.
A “Captura” do Poder Político por Interesses Privados
• Entre os interesses privados a que o Estado pode ser mais vulnerável incluem-se
tradicionalmente três, a saber o poder económico, o poder mediático e o poder
religioso.
o O poder económico.
o O poder mediático ou “quarto poder”.
o O poder religioso:
▪ separação oficial entre o Estado e a igrejas e consagração do princípio
da neutralidade religiosa do Estado (laicidade);
▪ garantia da liberdade religiosa e da igualdade das igrejas perante a lei
e abolição de qualquer discriminação por motivos religiosos.
1. Reino Unido
No Reino Unido vigora um sistema eleitoral maioritário, sendo os deputados eleitos
em círculos eleitorais uninominais (tantos quantos os deputados a eleger), sendo eleito em
cada círculo o candidato que tenha mais votos (maioria simples). Esse sistema eleitoral leva a
que os grandes partidos elejam a grande maioria dos deputados, pelo que existe uma
sobrerrepresentação parlamentar dos grandes partidos e uma sub-representação dos
pequenos partidos. Esse sistema favorece a constituição de sistemas tendencionalmente
bipartidários, facilita a obtenção de maiorias parlamentares do partido vencedor mesmo com
votações muito abaixo da maioria absoluta. Por conseguinte, os governos são em geral
monopartidários e gozam de grande estabilidade, visto que dispõem de maioria no
parlamento.
Todavia, este modelo tendencionalmente bipartidário é perturbado pelo apoio eleitos
dos partidos regionais e nacionalistas na Escócia, na Irlanda e no País de Gales, o que lhes
permite obter representação parlamentar em Londres, apesar da sua escassa
representatividade nacional.
Inglaterra é considerada a mãe do parlamentarismo, que tem as seguintes
caraterísticas fundamentais:
• Responsabilidade política do governo perante o parlamento;
• O monarca ou o Presidente da República é o chefe de Estado, mas não
o chefe do Governo;
• A função executiva cabe a um governo chefiado por um primeiro-
ministro, nomeado pelo chefe de Estado de acordo com a composição
parlamentar;
• O governo não pode exercer funções sem a confiança política do
parlamento;
• Em princípio, só existem eleições para o parlamento;
• O governo só é politicamente responsável perante o parlamento que
pode fazer demitir o governo;
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3. França
Sendo tradicionalmente um Estado altamente centralizado, herança da monarquia
absoluta e do Estado liberal de inspiração jacobina, a França é hoje caraterizada por um grau
razoável de descentralização territorial regional, embora dentro do quadro do Estado unitário.
Sendo uma República, o presidente é eleito diretamente por maioria absoluta,
havendo uma segunda volta em caso de nenhum candidato obter tal maioria na primeira
votação.
Quanto ao sistema de governo, a Constituição de 1958 institui um modelo misto, com
traços parlamentares e presidenciais. Existe um primeiro-ministro e um governo, nomeados de
acordo com a composição do Parlamento e perante estes responsáveis. Todavia, o Presidente
da República, além dos poderes típicos de chefe de Estado, detém certos poderes governativos
e preside ao conselho de ministros.
O Presidente da República tende a ser o verdadeiro chefe do governo, sendo o
primeiro-ministro uma espécie de chefe operacional.
Outra inovação do sistema político francês é o sistema eleitoral das eleições
parlamentares, caraterizado pela regra da maioria absoluta a duas voltas em círculos
uninominais.
Tradicionalmente, o modelo parlamentar francês exibe um sistema bicamaral, com
uma câmara de deputados e um Senado eleito com base nas coletividades territoriais
infranacionais.
4. Alemanha
TGPP 1º SEMESTRE 2º TESTE DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA
Unificada apenas em 1871, a história moderna da Alemanha foi marcada pelas duas
guerras mundiais que protagonizou e em que foi derrotada. Da derrota da I Guerra Mundial
surgiu a proclamação da República democrática, cujas fragilidades levaram à ditadura nazi. Da
derrota da II Guerra Mundial nasceu a divisão da Alemanha em dois Estados (RFA e a RDA),
que só se reunificaram depois da queda do Muro de Berlim em 1989.
As principais caraterísticas da Alemanha são as seguintes:
• É um Estado federal, constituído pela União e pelos territórios
federados, cada um destes dotado da sua constituição e de autonomia
legislativa e órgãos de governo próprios; consequentemente, na
federação há duas câmaras representativas;
• É uma república, sendo o Presidente eleito pelo parlamento federal e
tendo apenas os poderes típicos do chefe do Estado em regimes
parlamentares;
• O sistema de governo é tipicamente parlamentar;
• O sistema eleitoral é assaz original, caraterizado por uma grande
proporcionalidade;
• O sistema partidário é pluripartidário.
5. Suíça
A Suíça apresenta várias peculiaridades quanto ao seu sistema político, a primeira das
quais é a natureza pluriétnica e plurirreligiosa do país.
Trata-se de um Estado federal, composto pelos cantões helvéticos, cada um deles
dotado da sua constituição e de autonomia legislativa e governativa, bem como de órgãos de
governo próprios.
Trata-se de uma república, mas sem um presidente da federação. A presidência reside
no Conselho de Estado como órgão colegial, cabendo a função presidencial rotativamente aos
seus membros.
O sistema de governo é muito peculiar, normalmente designado como sistema
“diretorial”, em que o governo é um órgão colegial, constituído somente por 7 membros,
eleitos pelas 2 câmaras do parlamento para um mandato de 4 anos. Não há primeiro-ministro,
todos são iguais.
O sistema eleitoral da câmara federal é proporcional, o que gera um sistema
pluripartidário e um parlamento partidariamente fragmentado.
Por fim, o sistema político suíço recorre frequentemente ao referendo, que é desde
logo obrigatório para mudar a constituição.
6. Rússia
A Rússia é um Estado federal, como é natural, dada a sua enorme extensão e a sua
diversidade étnica e linguística. A federação tem as atribuições definidas na constituição
federal. As muitas entidades federadas gozam de autonomia constitucional legislativa e
governativa e de instituições políticas próprias e participam na vida da União através da
assembleia federal.
Existem duas câmaras legislativas, a assembleia representativa dos cidadãos e a
assembleia representativa das entidades federadas.
A Duma é diretamente eleita e tem um mandato de 5 anos.
A Rússia é uma República, sendo o presidente diretamente eleito, à maneira francesa
(maioria absoluta com segunda votação, se não houver tal maioria na primeira votação). O
Presidente tem um mandato de 6 anos e não pode ser eleito para mais de dois mandatos
consecutivos, mas é permitido voltar ao cargo depois de passados 6 anos.
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7. China
A China é um país milenar, mas a República Popular da China só foi criada em 1949,
culminando a tomada do poder pelo Partido Comunista da China sob a liderança de Mao Tse-
Tung. Depois do fim da União Soviética e da transição política nos países comunistas do leste
europeu e da Ásia central, a China permanece como principal exemplo das “democracias
populares” que restam.
A China é um estado unitário e não federal, o que constitui uma execção entre grandes
países.
A China é uma república, sendo o Presidente da República eleito pelo Congresso e
sendo desprovido de poderes de decisão.
A espinha dorsal de poder político no sistema político chinês continua a ser o Partido
Comunista da China, que é um partido oficial, cuja organização obdece às regras hierárquicas
do “centralismo democrático”.
O órgão supremo do PCC é o Congresso, que reúne de 5 em 5 anos e que elege o
comité central.
O Partido desempenha 3 importantes funções políticas:
• Seleção dos candidatos às eleições dos órgãos do Estado;
• Controlo dos órgãos do poder do Estado;
• Exercícios dos principais cargos do poder do Estado.
No que diz respeito à organização do Estado, todo o poder reside nominalmente na
assembleia popular, sendo o governo uma simples emanação dela. O sistema de
governo compreende os seguintes órgãos:
• Congresso do Povo, como assembleia representativa suprema;
• Comissão permanente do Congresso;
• Conselho de Estado, órgão executivo (governo), composto por um chefe de
governo eleito pelo Congresso;
• Chefe de Estado eleito pelo Congresso, com poderes puramente simbólicos.
A China é um país relativamente descentralizado, com assembleias eleitas e governos
provinciais por elas eleitos, mas sempre sob controlo do PCC.
8. Arábia Saudita
A Arábia Saudita é um Estado árabe e islâmico.
Sendo das poucas monarquias absolutas remanescentes no mundo, o país rege-se por
uma Lei Básica editada pelo próprio Rei em 1992 e que considera que o Corão (livro sagrado
do Islão) é a verdadeira constituição do país.
O rei, hereditário, é o chefe do Estado e chefe do governo, governando quase
exclusivamente com o apoio da família real. Sendo uma monarquia absoluta, não existe nem
assembleia representativa nem separação de poderes. O rei é o titular do poder legislativo, do
poder executivo e do supremo poder judicial.
A Arábia Saudita é um Estado religioso, sem separação entre a religião e o Estado.
Não existindo democracia representativa, nem eleições, nem parlamento também não
existem partidos políticos.
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9. Brasil
O Brasil consumou a transição democrática com a constituição de 1988, que refundou em
termos democráticos a herança federal, republicana e presidencialista do sistema político
brasileiro.
Principais traços:
• Estado federal, tendo os estados federados autonomia constitucional, legislativa,
governativa e judicial, sem prejuízo da primazia da Constituição e do direito federal.
Duas câmaras representativas, uma representando os cidadãos da União (Câmara dos
deputados), outra as 27 unidades federadas (senado), que assim participam na vida
política da União; Os estados federados gozam da mesma representação no Senado (3
senadores), como nos Estados Unidos.
• República, com um presidente diretamente eleito por maioria absoluta, à maneira
francesa, de duas voltas; limite de dois mandatos presidenciais de 4 anos.
• Presidencialismo, sendo o presidente da república o titular da função governativa;
separação escrita de poderes entre o legislativo e o executivo – poder de veto do
presidente e poder de veto parlamentar às nomeações presidenciais. Possibilidade de
impeachment do presidente pelo congresso em caso de atuação inconstitucional.
• Sistema eleitoral proporcional nas eleições da camara de deputado, em regime de lista
aberta e sem cláusula barreira.
• Acentuada fragmentação partidária e da representação parlamentar o que dificulta a
formação de coligações coerentes de apoio ao governo.
O sistema eleitoral da câmara baixa do parlamento é do tipo proporcional, sendo metade dos
deputados eleitos em círculos provinciais e a outra metade eleita num círculo nacional, o que
lhe confere um alto grau de proporcionalidade eleitoral, favorecendo um sistema
pluripartidário.
Países Tipo de estado Forma de Regime político Modo de Sistema de Camaras Sistema Sistema
estado eleição do PR governo legislativas eleitoral partidário
Parlamento
Reino Estado unitário Monarquia Democracia n/a Parlamentar Bicamaral Maioritário Tendencial-
unido descentralizado constitucional representativa em círculos mente
uninominais bipartidário
Estados Estado federal República Democracia Eleição Presidencialista Bicamaral Maioritário Bipartidário
Unidos representativa popular em círculos
indireta uninominais
França Estado unitário República Democracia Eleição direta Semi- Bicamaral Maioritário a Pluripartidário
descentralizado representativa em 2 voltas presidencialista duas voltas com
tendências
bipartidárias
Alemanha Estado federal República Democracia Eleição Parlamentar Bicamaral Proporcional Pluripartidário
representativa parlamentar com círculos
uninominais
TGPP 1º SEMESTRE 2º TESTE DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA
de
candidatura
Suíça Estado federal República Democracia Eleição “diretorial” Bicamaral Proporcional Pluripartidário
representativa parlamentar
(uso do indireta
referendo)
Rússia Estado federal República Democracia Eleição direta Semi- Bicamaral Proporcional Pluripartidário
representativa em 2 voltas presidencialista com partido
(imperfeita) dominante
China Estado unitário República “democracia Eleição Sistema Monocameral Maioritário Partido oficial
centralizado popular” parlamentar “convencional” único
Arábia Estado unitário Monarquia Regime n/a Monarquia n/a n/a n/a
saudita centralizado hereditária autoritário absoluta
Brasil Estado federal República Democracia Eleição direta Presidencialista Bicamaral Proporcional Pluripartidário
representativa a duas voltas com lista fragmentado
aberta
Africa do Estado quase República Democracia Eleição pelo Presidencialista Bicamaral Proporcional Pluripartidário
Sul federal representativa parlamento atípico
por maioria
absoluta
U.E. Sistema político n/a Democracia n/a De tipo Bicamaral (PE + Proporcional Pluripartidário
tipo federal representativa parlamentar Conselho)