Resenha Crítica Do Livro Didática

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO TOCANTINS (CUNTINS)


FACULDADE DE EDUCAÇÃO

RESENHA

1- IDENTIFICAÇÃO DA OBRA:
Libâneo, José Carlos- A Aula como Forma de Organização de Ensino. IN Didática – São Paulo:
Cortez, 2006.

2- APRESENTAÇÃO DA OBRA:
No capítulo 8, José Carlos Libâneo discute o conceito de aula como forma de organização do
ensino. Na escola a aula é predominante de organização do processo de ensino, neste sentido
Libâneo explica o conjunto de meios e condições essenciais para realizarmos uma série de aulas,
estruturando sua relação entre tipos de aulas e métodos de ensino.

3- DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA:
O capítulo 8, possui 3 tópicos principais e 6 subtópicos.
1- Características gerais da aula
2- Estruturação didática da aula
2.1- Preparação e introdução da matéria
2.2-Tratamento didático da matéria nova
2.3- Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades
2.4- Aplicação
2.5- Controle e avaliação dos resultados escolares
3- Tipos de aulas e métodos de ensino
3.1 A tarefa de casa

4- DESCRIÇÃO DO CONTEÚDO:
Libâneo vem tratar no capítulo 8, a respeito de como a aula é uma forma de organização
muito importante no ensino, pois é através dela que o aluno consegue assimilar os
conhecimentos essenciais para desenvolver sua capacidade cognoscitiva. Ele defende que o
processo de ensino, por meio das aulas, possibilita o encontro entre os alunos e a matéria de
ensino, que é preparada didaticamente no plano de ensino e nos planos de aula.
Para compreender a aula como forma de organização do ensino, Libâneo divide o capítulo em
3 tópicos: características gerais da aula, estruturação didática da aula e por último tipos de
aula e métodos de ensino.
No primeiro tópico, ele trás um problema e uma defesa. Como problema, coloca que o termo
aula não se aplica somente à aula expositiva, mas sim, a todas as formas didáticas organizadas
e conduzidas, seja ela, direta ou indireta pelo professor. Nesse sentido, ele defende que não se
tem apenas uma aula, mas sim um conjunto de aulas onde o processo de ensino é contínuo, e
este são dados pelo professor e estrutura-se no plano de ensino e no de aulas.
No segundo tópico, o autor trata do trabalho docente e da estruturação didática da aula, ambos
são interligados. Por esta razão, é necessário que ao estudar os passos didáticos, é importante
assinalar que a estruturação da aula é um processo que implica a criatividade e flexibilidade
do professor, ou seja, a acuidade de saber o que fazer frente a situações didáticas específicas,
haja vista que o rumo nem sempre é previsível. Nesse sentido, é importante compreender os
passos didáticos como tarefas do processo de ensino, que são relativamente constantes e
comuns a todas as matérias, que são: preparação e introdução da matéria, tratamento didático
da matéria nova, consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades, aplicação e
por fim, controle e avaliação.
No último tópico é posto a questão de como deve ser conjugados as etapas ou passos de aula,
se ocorrem numa só aula ou em aulas diferentes. Para o mesmo, as tarefas docentes visam
organizar a assimilação ativa, o estudo independente do aluno, a aquisição dos métodos de
ensino, etc. Portanto, isso significa que sempre será de acordo com os objetivos e conteúdos
da matéria, as aulas poderão ser previstas em conformidade com as etapas do processo de
ensino. Nesse sentido, pode-se ser empregada aula de preparação e introdução da matéria no
início de uma unidade, aulas de tratamento mais sistematizadas da matéria nova, entre outras
formas. Porém, ele diz que deve haver uma preocupação de verificação das condições prévias
de orientação dos alunos para objetivos de consolidação e de avaliação de qualquer um desses
tipos de aula.
Em suma, ele ressalta que não há processo de ensino único, mas sim, processos concretos
determinados pela particularidade das matérias e pelas circunstâncias de cada situação
concreta. Além disso, os passos didáticos são interdependentes e se penetram mutuamente,
assim como a tarefa de casa é um importante complemento didático para a consolidação do
desenvolvimento das aulas.

5- ANÁLISE DE FORMA CRÍTICA:


Nesse capítulo, Libâneo ressalta que o conhecimento tem sua origem e sua destinação na
prática social do aluno, mas o que vemos na prática pedagógica do professor, é a ausência
dessa teoria, principalmente na rede pública de ensino. A realidade de nossas escolas está
distante dessa teoria, pois o que vemos na prática, e cada vez é o ensino mecanizado, muitas
vezes a prática pedagógica do professor não leva em consideração a cultura do aluno, o que
ele já sabe ao longo da sua vivência, tornando a sala de aula, um ambiente de pouca
relevância para a consolidação do conhecimento, sem enfatizar a vivência social e cultural,
que é um dos requisitos primordiais para a busca do aprendizado.
Para o autor, a aula não é apenas aula, onde pode ver apenas uma aula expositiva, mas que ela
trás consigo muitas vantagens pra aprendizagem que favorece o aluno em muitos aspectos,
mas que muita das vezes que não é visto dessa forma, mas apenas como “uma aula", mas que
pra nós alunos, é necessário, e o autor reforça muito isso, e nunca deve ser deixado de lado
como algo que não vai ser útil em nada, com certeza muitas coisas estão presente dentro da
sala de aula, onde o aluno acha que só outros métodos podem ser mais útil pra ele, mas a aula
expositiva tem seus aprimoramentos e muito a agregar na aprendizagem do aluno.
Muitas vezes o professor está preocupado em repassar conhecimento ao aluno, afim que os
conteúdos da matéria sejam assimilados pelo aluno, sem levar em consideração diversos
fatores, como as características individuais de cada aluno, os problemas e desafios que
ocorrem dentro da sala de aula.
O professor não deve ir para dentro da sala sem está preparado, sem ter objetivos, sem
condições de suscitar interesse, motivação dos alunos, ou seja, para que o aluno possa está
“preparado” para receber e assimilar o conteúdo.
Paulo Freire já defendia que o diálogo dentro da sala é extremamente importante para
conhecer o aluno. Conhecer as vivências e experiências, seus temas geradores, seu universo
vocabular, as palavras que fazem parte do cotidiano do aluno e da comunidade onde ele está
inserido, para que assim, o educador possa selecionar as palavras e utilizar durante sua aula.

6- RECOMENDAÇÃO DA OBRA: a todos os discentes de licenciaturas, professores


da rede municipal de ensino, pedagogos, coordenadores pedagógicos, e a todos os
interessados em atuar na área da educação.

7- IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR:

Graduado Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1966), mestrado em
Filosofia da Educação (1984) e doutorado em Filosofia e História da Educação pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (1990). Pós-doutorado pela Universidade de Valladolid,
Espanha (2005). Professor Titular aposentado da Universidade Federal de Goiás. Atualmente
é Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, atuando no Programa de
Pós-Graduação em Educação, na Linha de Pesquisa Teorias da Educação e Processos
Pedagógicos. Coordena o Grupo de Pesquisa do CNPq: Teorias e Processos educacionais. É
membro do Conselho Editorial das seguintes revistas: Olhar de Professor (UEPG), Revista de
Estudos Universitárias (Sorocaba), Educativa (PUC Goiás), Espaço Pedagógico (UPF),
Interface- Comunicação, Saúde e Educação (Unesp Botucatu), parecerista da Revista
Brasileira de Educação e Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Pesquisa e escreve sobre
os seguintes temas: teoria da educação, teoria histórico-cultural, didática, formação de
professores, ensino e aprendizagem, políticas públicas para a escola, organização e gestão da
escola. Possui Bolsa de Produtividade do CNPq, Nível 2. É membro do GT Didática da
ANPEd-Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação. É fundador e
membro do Centro de Estudos sobre Didática e Práticas de Ensino (CEPEd), fundador e
Secretário da Associação Nacional de Didática e Práticas de Ensino (ANDIPE), membro da
Comissão Organizador dos Encontros Estaduais de Didática e Práticas de Ensino (ENDIPE).

Você também pode gostar