QDR e QDM

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Aprendendo QDM e QDR

Tentando simplificar o tão temido QDM e QDR, nesse post vamos explicar como funciona a
leitura, setorização e mudança de QDM e QDR, no final final do post vamos a prática em
simulador para verificar seu aprendizado.

Primeiro alguns conceitos básicos.

1 - Quando estou me deslocando de um ponto qualquer em direção a estação, tenho um QDM.


2 - Quando estou me afastando da estação em direção a algum ponto tenho um QDR.

QDM QDR

Como ler QDM e QDR em ADF com limbo fixo e identificar o setor que estou da estação?

ADF - Instrumento que indica seu QDM e QDR, sua agulha sempre aponta para a estação,
então ponta da agulha = QDM e cauda da agulha = QDR.
HSI - Instrumento que indica sua proa magnética.
Setorização - A cauda da agulha sempre indica o meu setor.

Como seu ADF possui limbo fixo é interessante deixar ele sempre com o norte para cima. Para
saber o QDM e QDR, projete a agulha do ADF sobre o HSI e no HSI leia o QDM e QDR.

Ex1: No caso abaixo temos QDM = 240º QDR = 060º, para tomar a proa da estação basta pegar
a proa 240º, estou no setor Nordeste.
Ex2: Neste caso temos QDM = 330º e QDR = 150º, para tomar a proa da estação basta pegar a
proa 330º, estou no setor sudeste.

Ex3: Neste caso temos QDM = 330º e QDR = 150º, estamos com a proa da estação, se
aproximando pelo setor sudeste.

Obs1: Nunca esqueça de ler o QDM e QDR no HSI e não no ADF.

MUDANÇAS DE QDM

Acontece quando você está se aproximando por um QDM e deseja realizar aproximação por
outro qualquer, para melhor ajuste a órbita, solicitações do controle ou etc...
Imagine que você se aproxima pelo QDM 330º e o controle pede "...da presente se aproxime
pelo QDM 270º...", para saber para onde tem que curvar acompanhe a seguinte regra.

QDM = D→A→30 ou 30←A←D (Sempre abra 30º para o lado do seu QDM Atual)

Onde:
D = QDM Desejado
A = QDM Atual
30 = Afasta 30º

1º Passo - Identifique em seu HSI o QDM Atual (330º, Ponto em Amarelo), em seguida
o Desejado(300º, Ponto em Verde) e utilizando a regra D→A→30, verifique que devemos fazer
uma curva 30º à direita (360º, Ponto em Azul).
2º Passo - Mantenha a proa 360º, note que entre 360º e 300º existe 60º de diferença, a cabeça
da agulha vai começar a descer, neste caso, quando ela atingir 60º à esquerda em relação ao
norte do ADF, você estará no QDM 300º.

3º Passo - 5º antes de atingir seu QDM 300º inicie a curva até a proa 300º.

4º Passo - No final da curva sua proa será 300º e seu ADF apontará para 360º.

MUDANÇAS DE QDR

Acontece quando você está se afastando por um QDR e deseja realizar o afastamento por outro
qualquer, para cumprir saídas IFR, solicitações do controle ou etc...
Imagine que você se afasta pelo QDR 045º e o controle pede "...da presente se afaste pelo QDR
015º...", para saber para onde tem que curvar acompanhe a seguinte regra.

QDR = A→D→30 ou 30←D←A (Sempre abra 30º para o lado do seu Desejado)

Onde:
D = QDR Desejado
A = QDR Atual
30 = Afasta 30º

1º Passo - Identifique em seu HSI o QDR Atual (045º, Ponto em Amarelo), em seguida
o Desejado(015º, Ponto em Verde) e utilizando a regra 30←D←A, verifique que devemos fazer
uma curva 30º à esquerda (345º, Ponto em Azul).
2º Passo - Mantenha a proa 345º, note que entre 345º e 015º existe 30º de diferença, a cauda
da agulha vai começar a subir, neste caso, quando ela atingir 30º à direita em relação ao norte
do ADF, você estará no QDR 015º.

3º Passo - 5º antes de atingir seu QDR 015º (marcação 035º no ADF) inicie a curva até a proa
015º.

4º Passo - No final da curva sua proa será 015º e a cauda de sua agulha apontará para 360º.

Bom pessoal, após a teoria, aconselho treinar QDR e QDM no link abaixo.

VOO por QDR e QDM, pequeno tutorial


por leandroLPPT em Sex 30 Jul 2010, 10:06

Boas Pessoal, venho aqui deixar um pequeno tutorial


simples, mas fácil de se entender, como voar em um
QDR e um QDM, na linguagem do dia a dia nosso,
espero que gostem, e o nosso amigo (GENERAL)
JHConfuso, pode dar mais uma incrementada aqui no
assunto!!

Espero que gostem!!

QDR, QDM, RDL e sopas de letrinhas


Por Marcello Fernandes
Antes de tudo, a gente precisa saber alguns conceitos
básicos para depoooois começarmos a falar disso.
Vamos lá…
NDB: Non Directional Beacon ou radiofarol, é um
transmissor que emite ondas eletromagnéticas em
todas as direções além de um grupo de 2 ou 3 letras
em código Morse, que o identificam. Essas ondas vão
da freqüência 100 até 1750KHz (baixas e médias
freqüências).
ADF: Automatic Direction Finder, ou rádio-compasso.
Vou falar uma palavra complicada, não se
assustem: é um instrumento de bordo
“radiogoniométrico” , ou seja, medidor de ângulos
com base em
ondas de rádio! É esse instrumento que recebe as
ondas eletromagnéticas emitidas por um NDB e
possui
um ponteiro que aponta na direção dele quando você
seleciona a freqüência certa e está no raio de alcance
dessas ondas (entre 40 e 150 milhas náuticas).
Proa: é o ângulo para onde aponta o nariz da
aeronave em relação ao norte magnético (em inglês,
heading)
Rumo: é a trajetória da aeronave em relação ao solo,
levando-se em consideração o norte magnético. A
indicação do rumo pode ser a mesma que a indicação
da proa se não houver desvio de direção causado por
ventos de través! (em inglês, track). Um exemplo da
diferença entre Proa e Rumo: imagine um helicóptero
com o nariz apontado para o norte (360°) e voando
de ré. A proa do helicóptero é 360°, mas, o rumo é o
oposto porque ele está voando para trás, ou seja, o
rumo é sul (180°). Agora imagine o mesmo
helicóptero
apontado para o norte e pairado no ar… temos, proa
360° e rumo “nulo” porque não existirá trajetória em
relação ao chão.
Marcação: é uma linha imaginária que que liga a
aeronave a uma superfície na terra (um VOR, NDB,
estação de radiodifusão, etc)
_______________________---
No exemplo acima, a linha que liga o carinha de olhos
esbugalhados à carinha vermelha é a linha de
Marcação (poderia ser em qualquer direção).
Marcação Magnética: é uma escala em graus do
ângulo formado entre a linha norte-sul magnética e
uma Marcação (a escala vai de zero a 359 graus),
essa marcação é carinhosamente conhecida como
QDM

N = 000º
S = 180º
L = 090º
O = 270º

Suponha que este “carinha sorridente” é um avião;


imagine uma linha reta saindo dele e indo em direção
ao carinha de óculos escuros, cruzando exatamente
por cima do NDB. Se o carinha sorridente tem um
ADF
(instrumento que recebe as ondas do NDB) a bordo, o
ponteiro estará apontando na direção do NDB (ou
seja 045°) que é a QDM. Em outras palavras, para o
carinha sorridente chegar ao NDB, ele deverá seguir a
QDM (direção) 045° a partir do ponto onde ele está
no desenho. Por isso dizemos que é a “direção” de
aproximação para um NDB, porque você voa na proa
dele.
Mas, vamos supor que o carinha sorridente siga sua
rota em direção ao carinha de óculos escuros. Para
isso, ele terá que primeiramente sobrevoar o NDB
certo? Ele seguirá, sorridentemente, a direção que o
ponteiro do ADF está mostrando (045°) até chegar no
NDB. Depois que passar pelo NDB, o ponteiro ainda
continuará apontando, só que agora, para trás (pois o
NDB ficou pra trás!). Como a direção antes do NDB
era 045° (QDM), agora o ponteiro estará apontando
para a direção oposta, ou seja, 225° (045° + 180° =
225°), então, o carinha sorridente deverá seguir a
direção que a cauda do ponteiro indica. Isso mesmo!
A
parte de trás do ponteiro continuará apontando para
045° só que essa direção não é mais a QDM. Por que?
Porque QDM é a direção que o ponteiro aponta para
você se APROXIMAR do NDB.
Moral da estória: o ponteiro apontará na direção 225°
(NDB) e a cauda do ponteiro apontará na direção
045° e você estará se AFASTANDO do NDB nesta
direção! Quer saber o nome desta “direção”? É a QDR
(conhecida pelos amigos como Linha de Posição
Magnética).
Moral da estória 2: agora, a QDM é 225° (direção
para voltar a se aproximar do NDB que ficou pra
trás!) e
a QDR 045° (direção de afastamento do NDB para
chegar ao carinha de óculos escuros!).
Radiais: são ondas eletromagnéticas que se
propagam em todas as direções a partir de um
transmissor
fixo, por exemplo, um VOR. Imagine uma roda de
bicicleta com 360 raios. O eixo da roda seria o VOR e
os
raios seriam as radiais, cada uma seguindo sua
direção até um certo limite de distância a partir do
ponto de
onde saem.
A propósito: tanto QDM como QDR são tipos de
radiais sim! Radial é toda linha reta imaginária que
parte
de um ponto “X” e tem uma direção fixa até atingir
seu limite máximo. O NDB emite 360 radiais que,
como
vimos, dependendo de onde você está situado e
também para qual direção você está se deslocando
em
relação do NDB, essas radiais que ele emite recebem
os nomes QDM ou QDR.
Acho que deu pra entender o básico, né?
Para finalizar, é bom sabermos que o ponteiro do ADF
está sujeito a erros de marcação dependendo da
situação. Por exemplo, se você estiver sobrevoando
áreas de jazidas de minérios que podem conter
magnetita (ímã), áreas montanhosas que interferem
na propagação das ondas, reflexão ao se chocarem
com determinadas superfícies que não absorvem
essas ondas, refração ao estarem se propagando em
um ar
muito denso e logo em seguida adentrar um ar
rarefeito (ganham velocidade e mudam um pouco de
direção), enfim, vários fatores influenciam na
propagação dessas ondas e, detalhes são detalhes!
Aula 02 – Instrumentos de Navegação
O Vôo IFR no avião em causa, é feito com a ajuda dos seguintes instrumentos de
navegação: VOR/LOC e ADF. Atualmente existem outros auxílios à navegação, como
o INS, o LORAN e o GPS, que ao que tudo indica, deve tornar-se o método de
navegação do futuro. O ATP possui um sistema rudimentar de INS.

Os VOR/LOC são aqueles instrumentos à direita do Altímetro e do Climb. O ADF é


ativado no FS 5.X apertando-se as teclas SHIFT+TAB. Veja a figura 4.

O ADF:
O mais simples instrumento de navegação é o ADF (Automatic Direction Finder). Foi
o primeiro auxílio-rádio para o vôo IFR. Surgiu por volta de 1923 e é usado até hoje.
Utiliza-se de sinais em AM de estações transmissoras chamadas de NDB (Non
Directional Beacon) ou radiofarol, ou então de emissoras de rádio em AM comuns (
Broadcasts).Consiste o ADF um receptor e de uma unidade receptora. Vamos
primeiro analisar o seu mostrador. Ele consiste de um ponteiro, que gira sobre um
mostrador dividido em 360 graus. Veja a figura.
QDM e QDR (no código
Q) (Marcação magnética e
Linha de Posição):
O código Q foi concebido para ser usado em linguagem telegráfica e não falada. Não
se sabe quem iniciou a usar em linguagem falada os termos QDM e QDR em lugar
de “Marcação Magnética” e de “Linha de Posição”, os termos corretos e
coerentes com o termo “Marcação Relativa”. O termo “Linha de Posição”, significa
a linha à partir da antena transmissora do NDB, sobre a qual está o avião, medida à
partir do norte magnético. A Marcação Magnética é a linha magnética que leva à
antena do NDB. A Linha de Posição, portanto é a recíproca da Marcação Magnética.
A primeira eqüivale ao FROM do VOR, e a segunda ao TO. Enfim, introduziu-se a
“semântica” aeronáutica e, pelo menos no Brasil, tornou-se lugar comum os
aviadores adotarem alguns itens do código Q em comunicações por voz: QDR, QDM,
QNH, QFE – Talvez pela maior facilidade de pronunciar QDM do que Marcação
Magnética; QNH do que Ajuste de Altímetro QFE do que Ajuste a Zero; QRM no
lugar de Ruído, QAF em vez de Altura; QSL em vez de Freqüência; QAM em vez de
Boletim Meteorológico.

Conhecendo o conceito de marcação relativa, vamos nos aprofundar no conceito de


QDM e QDR. Com o avião em Meigs Field, alinhado na cabeceira 36, ou seja, com
proa de 001 graus, sintonize o ADF na freqüência 414 e ative o receptor
(SHIFT+TAB). O ponteiro do ADF vai apontar para uma relativa de 310 graus (60
graus à esquerda). Então, o nosso rumo para o NDB (QDM) é (Proa do avião+MR)
que seria 311. Para saber qual o QDM, some a sua proa com a MR. Se passar de
360, diminua 360 graus que você vai encontrá-la. Outro exemplo: Suponha que o
avião está com proa 325 e MR de 120. O QDM é (325+120)= 445. Só que 445 é
maior que 360, então subtraímos 360 de 445 e encontramos 085, que é o QDM. Para
voar para o NDB devemos então voar com proa 085. O QDR é um rumo a partir de
um NDB, ou seja, um rumo de afastamento. Suponha que você esteja voando na
direção de um NDB com proa 035. O seu QDM então é 035. Se após passar sobre
ele você mantiver proa 035 e a sua MR for de 180 graus aí você estará no QDR 035,
ou seja, se estará afastando com proa 035. Se nessa hora você quisesse voltar para
o NDB, seu QDM seria (035+180)=215. Note que o QDR é 180 graus oposto ao
QDM. Muitas vezes é necessário aproximar em um determinado QDM. Para isso,
usamos as TÉCNICAS DE MUDANÇA de QDM.

Vejamos um exemplo de mudança de QDM:

Suponha que estamos voando no QDM 090, ou seja, estamos com proa 090 e MR
zero (1). Queremos nos aproximar no QDM 105. Para isso devemos proceder da
seguinte maneira: Voar com uma proa MENOR que a atual (por exemplo, 070). Você
verá que a sua MR agora é 20 graus ( Proa 070+MR 020=QDM 090 ) (2). Mantenha
a proa e você verá que a sua MR vai aumentando. Quando a sua MR for de 35 graus,
você estará no QDM 105 (3), pois proa 070+ MR 035=QDM 105. Vire à direita para
a proa 105. Sua MR deverá agora ser zero (4) Veja a figura:

Vamos agora fazer um vôo simulado usando exclusivamente o ADF para orientação.:

O vôo sairá de Avalon para San Diego, na Califórnia. Vá no menu Airports do FS 5 e


escolha a área de Los Angeles. Clique no aeroporto de Avalon, pista 04. Sintonize o
ADF na freqüência de 245, que é o NDB BONG e ative o receptor usando SHIFT+TAB.
O ponteiro do ADF vai apontar para a direita. Decole da pista 04 e inicie uma curva
para a direita de modo que a seta do ADF aponte para o numero zero no instrumento.
A proa vai ser aproximadamente 110. Mantenha esse rumo. O vôo é meio demorado,
por isso eu recomendo ligar o autopilot mantendo uma altitude de 1500 pés e rumo
110. Acelere o tempo do SIM se você quiser (usando R e + ou – ). Ao se aproximar
da costa, você vai notar que o ponteiro pode começar a cair para a direita ou para a
esquerda. Mude o rumo a fim de mantê-lo sempre apontando para o zero do
instrumento. Vamos pousar na cabeceira 09 de San Diego, O NDB BONG fica a 800
metros da cabeceira 09 e alinhado com o eixo da pista. Seria interessante
aproximarmos para pouso alinhados com a pista, então aproximaremos com o
QDM 092, que é o rumo da pista. Nosso QDM atual é cerca de 105 a 110, então
proceda da seguinte forma:

Quando estiver com a costa a vista, vire para a direita rumo 122. Você verá que o
ponteiro vai se deslocar para a esquerda. Voe na proa 122 até que a ponta da seta
esteja apontando para o numero 33 no indicador do ADF (MR 330 graus). Faça então
uma curva suave (1 ponteiro de bank) para a esquerda. Você verá que o ponteiro
vai virando para a direita. Alinhe-o com o numero zero. Veja o rumo que você esta
voando. Se for 092, parabéns! Você estará praticamente alinhado com a cabeceira
09. Continue nesse rumo que você vai sair lá. Se o rumo for MAIOR que 092 , você
está a ESQUERDA do eixo da pista. Teremos que fazer outra correção de QDM. Voe
para uma proa 20 graus maior que o QDM atual e espere que a soma da sua
proa+MR seja igual ao QDM desejado (092).Vire então para a esquerda de modo a
ficar com MR igual a zero. Se o seu QDM for 092 você verá a pista em frente.
Suponha então que ao fazer a curva o seu QDM ficou em 103. Vire para proa 123, e
espere até que a sua MR seja de 329. Vire então para a esquerda até que a sua MR
seja zero e a proa 092. Suponha agora que o seu QDM ficou em 087. Vire para a
esquerda, proa 067 e espere até a sua MR ser de 025. Quando a MR for 025, vire
para a direita até que a MR seja zero e a proa 092. Visualize a situação na figura.
Devo lembrá-lo que o NDB não é um radioauxílio muito preciso, e que muitas vezes,
embora o ponteiro esteja marcando o QDM correto, podemos estar um pouco
desalinhados com a posição desejada. Na vida real é assim também, às vezes é até
pior…
O uso do ADF nos Estados Unidos atualmente está mais restrito à indicação do
Marcador Externo no ILS. Aqui no Brasil, no entanto, muitos aeroportos ainda
dependem exclusivamente do NDB para operar IFR. Mostramos como aproximar-se
por um determinado QDM. Para afastar-nos por um determinado QDR deveremos
adotar o seguinte procedimento:

Após o passar sobre o NDB, veja qual o QDR que você se está afastando. Para isso,
tem que deixar o ponteiro do ADF na MR 180 (diretamente na cauda). Suponha
então que após bloquear o NDB BONG foi solicitado se afastar no QDR 110. Lembre-
se que se estava aproximando pelo QDM 092, se mantiver a proa após o bloqueio,
estará agora no QDR 092. O QDR 110 estará à sua DIREITA. Voe com uma proa 30
graus MAIOR que o QDR desejado (no caso proa 140) e aguarde a MR de 150 graus.
Quando chegar a essa MR, vire a esquerda para proa 110. O ponteiro vai estar na
MR 180, e você estará no QDR. Se houvesse sido solicitado voar no QDR 075, por
exemplo, ele estaria à ESQUERDA. Faríamos curva à ESQUERDA para proa 30 graus
MENOR que o QDR, ou seja, proa 045. Esperaríamos agora uma MR de 210 graus,
e então viraríamos à direita para proa 075, a fim de afastar no QDR desejado. Veja
a figura, mostrando uma mudança de QDR :

Estimando o tempo e a
distância para o NDB:
Ao contrário do VOR/DME que nos dá a distância para a estação, o NDB não nos
fornece tal ajuda. Podemos, no entanto, calcular o tempo para a estação e a
distância, usando o método da variação de marcações relativas. Lembram de eu ter
dito que quanto mais próximos estivéssemos do NDB, mais rápida seria a mudança
de MR’s ? Pois usaremos essa característica para determinar o tempo de vôo e a
distância para o NDB: Aproe o NDB. Anote e a sua proa. Agora vire para uma proa
30 graus MENOR que a atual Sua MR agora será de 30 Graus. Acione o cronômetro
e aguarde até que a MR seja de 60 graus. Esse é o tempo de vôo para a estação.
Aproe novamente o NDB. Para saber a distância é só multiplicar a velocidade no
solo por minuto(VS/min) pelo tempo encontrado até a leitura dessa marcação
dobrada. Exemplo: Se a VS for de 100 Kt e o tempo encontrado for de 10 minutos:
100 dividido por 60= 1,666 nm/min x 10 = 16,6 nm da antena do NDB. Se você
não tiver como saber a VS, use a VA que o resultado será de razoável precisão. Há
um método para fazer a estimativa a partir do través da estação, por exemplo:

O piloto manobra para colocar a estação no través, mantém a proa, altitude e


velocidade estabilizadas; dispara o cronômetro e espera a marcação cair 10 graus,
marca o tempo em segundos, digamos 120 segundos; divide por dez e obtém o
tempo para a estação em minutos. Ao multiplicar a VS/min pelo tempo em minutos,
da mesma forma obtém a distância estimada.

Voando IFR com o ADF


Vamos agora aprender a efetuar saídas e chegadas IFR. Usaremos aqui as cartas de
subida (SIDs) e as cartas de descida (IALs) publicadas pela DEPV. Existem outros
padrões, tais como o Jeppesen e o NOAA americanos, mas todos eles são similares.
As diferenças resumem-se a detalhes. Vejamos inicialmente uma típica SID. Será
usada como exemplo a SID ORCA 1 do aeroporto de Salvador.
Notem que além das saídas ORCA1 e ITAU1 há ainda a saída ALBA1 com suas
respectivas transições. Prestem atenção na seção RMK, onde existem informações a
respeito de mínimos para decolagem, altitude de transição (altitude acima da qual o
ajuste do altímetro deve ser 1013,2 Hpa ou 29.92 Pol.) e principalmente o gradiente
de subida que é o ângulo mínimo com que você deve subir para evitar os
obstáculos. Para transformar o Gradiente em razão de subida, que é a indicação que
temos no painel do avião, multiplique o gradiente pela sua velocidade em
nós. Arredonde o resultado para o múltiplo de 50 imediatamente superior. Ex.: Para
uma velocidade de subida de 120 Kts com um gradiente de 3,3% a razão mínima
seria de 120×3.3=396 .Arredonde para 400 pés por minuto. Essa é a razão mínima
que você deve manter durante a subida. Outro exemplo: para uma velocidade de
130 Kts, qual seria a razão de subida mínima para um gradiente de 4.5% ? Teremos
130×4.5=585, arredondando obtemos 600 ft/min.

Vejam agora um outro exemplo de SID:


Vejam o exemplo acima ,da Saída MOGI 3 do Campo de Marte, São Paulo. Devemos
decolar e afastar no QDR 112 do NDB MAE, mantendo condições VFR até cruzarmos
o QDR 205 de IG. Ao interceptar o QDR 164 de IG, curvar à direita e afastar neste
QDR. Note que você está restrito a 5000 pés até interceptar o QDR/radial 224 de
BCO. (Aqui é bom observar que o QDR do NDB e a Radial do VOR são os mesmos
– isso é devido à distância que o avião está das antenas respectivas, e do fato delas
estarem relativamente bem próximas entre si) Vire à esquerda e afaste na radial 096
de CGO até cruzar o QDR 148 de BCO e prossiga de acordo com a transição que
você deve efetuar. Note que se fizer a transição BRAGANÇA você deverá estar no
mínimo no FL 070 quando estiver a 20 NM do VOR BGC (não mostrado no detalhe).

Mudança de QDMs
O primeiro passo quando você está realizando uma navegação por instrumentos utilizando um NDB e
saber qual sua localização. Ou seja, por qual QDM você está se aproximando da estação. Para efetuar a
localização, basta você verificar para onde está apontando a “cabeça” da agulha do seu ADF e transferir a
marcação para o seu giro direcional. transferir a marcação para o giro direcional, a grosso modo, significa
você transferir “mentalmente” a agulha do ADF na mesma posição que ela está, para o giro direcional, de
maneira que ela aponte para uma determinada proa no giro. Isso significa que se você quiser voar na
direção da estação, basta curvar para a proa desejada, deixando a agulha do ADF exatamente para cima.
Esse será o seu QDM Atual.

Após devidamente localizado, você deverá localizar novo QDM, chamado de QDM Desejado, o qual você
deseja utilizar para se aproximar da estação. De posse dessas duas marcações, você precisa saber se a
diferença entre elas, em ângulos, ultrapassa 90º.

Caso a diferença entre essas duas marcações seja menor que 90º, para interceptar o QDM Desejado, você
precisa curvar a aeronave 30º para o lado oposto do QDM Desejado, a partir do QDM Atual. A proa que
você tomará, será chamada de Proa a Aguardar.

Enquanto você mantém essa proa, observe que a agulha do ADF começa a cair para o lado que o seu
QDM Desejado está (ver no giro direcional). Utilizando a mesma técnica de transferir a agulha do ADF
para o giro direcional, quando esta se posicionar a aproximadamente 10º antes de atingir o QDM
Desejado, realizar a curva para a proa deste QDM. Dosar a razão da curva para atingir a proa desejada
com a agulha apontada para cima. Pronto, você fez uma mudança de QDM menor que 90º.

Caso a diferença do QDM seja maior que 90º, o procedimento a ser adotado é um pouco diferente, mas
não mais difícil.

De posse do seu QDM Atual e Desejado, já identificada uma mudança de QDM maior que 90º, você
deverá voar na proa recíproca do QDM Desejado (Voar para o lado totalmente oposto) até a agulha do
ADF indicar que você está no través da estação.

Ao passar o través da estação, você terá que marcar 2 minutos no cronômetro mantendo essa mesma
proa. Esse tempo é necessário para que você realize as mudanças de proas sem fazê-las tão próximas do
bloqueio da estação, o que dificultaria e inviabilizaria a operação. Passado os 2 minutos, curve 90º para o
lado que a agulha está apontando o local da estação (90º para direita ou esquerda).

E então, quando a agulha apontar novamente o través (aproximadamente 10º antes do través), efetuar
novamente a curva de 90º para “cima” da estação, cuidando para dosar corretamente a razão de curva e

interceptar o QDM Desejado. Fácil

Caso ainda existam dúvidas, só comentar aqui em baixo que eu tentarei explicar com maior clareza. Ainda
estou pensando na possibilidade de postar um vídeo fazendo essas mudanças, mas aconselho que essa
leitura seja feita com o FS ao lado e fazendo tudo passo-a-passo!

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