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Maratona
Prof.: André Lopes Lista de História Data: 07 / 10 / 2024
4. (Enem 2ª aplicação)
TEXTO I
A) censura moral das produções culturais. CONY, C. H. Quase memória. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
B) limite do processo de distensão política.
C) interferência militar de países estrangeiros. A narrativa refere-se ao seguinte aspecto da segurança nacional
D) representação social das agremiações partidárias. durante a Ditadura Militar:
E) impedimento de eleição das assembleias estaduais.
A) Institucionalização da repressão como política estatal.
5. (Enem PPL) B) Normatização da censura como mecanismo de controle.
C) Legitimação da propaganda como estratégia psicossocial.
Temos vivido, como nação, atormentados pelos males D) Validação do conformismo como salvaguarda do consenso.
modernos e pelos males do passado, pelo velho e pelo novo, sem E) Ordenação do bipartidarismo como prerrogativa
termos podido conhecer uma história de rupturas revolucionárias. institucional.
Não que não tenhamos nos modernizado e chegado ao
desenvolvimento. Mas não eliminamos relações, estruturas e 2. (Enem 2ª aplicação)
procedimentos contrários ao espírito do tempo. Nossa
modernização tem sido conservadora.
NOGUEIRA, M. As possibilidades da política: ideias para a reforma democrática do
Estado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
GABARITO:
AULA 5
1. (Enem PPL)
Examinando detidamente o fator de maior
No período de 1964 a 1985, a estratégia do Regime Militar predominância na evolução social, penso não errar afirmando
abordada na charge foi caracterizada pela que a causa principal de falharem todos os sistemas econômicos,
experimentados para estabelecer o equilíbrio das forças
A) priorização da segurança nacional. produtivas, se encontra na livre atividade permitida à atuação das
B) captação de financiamentos estrangeiros. energias naturais, isto é, na falta de organização do capital e do
C) execução de cortes nos gastos públicos. trabalho.
D) nacionalização de empresas multinacionais.
E) promoção de políticas de distribuição de renda. VARGAS, G. As diretrizes da nova política do
Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1942.
5. (Enem) Nesse discurso de 1931, o então presidente Getúlio Vargas
condenava, de forma explícita, o
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reuniu
representantes de comissões estaduais e de várias instituições A) liberalismo econômico.
para apresentar um balanço dos trabalhos feitos e assinar termos B) intervencionismo estatal.
de cooperação com quatro organizações. O coordenador da CNV C) corporativismo trabalhista.
estima que, até o momento, a comissão examinou, “por baixo”, D) sistema oligárquico.
cerca de 30 milhões de páginas de documentos e fez centenas de E) nacionalismo econômico.
entrevistas.
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/secao/artigosldiscurso- Essa dinâmica expõe uma forma de desigualdade social comum
de-joao-goulart-no-comicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015. nas cidades brasileiras associada à dificuldade de ter acesso
6. (Enem simulado)
2. (Enem PPL)
Já em 1901, um dos primeiros levantamentos sobre a Sendo função social antes que direito, o voto era
situação da indústria no estado de São Paulo constata que as concedido àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar sua
mulheres representavam cerca de 49,95% do operariado têxtil, preservação. No Império, como na República, foram excluídos os
enquanto que as crianças respondiam por 22,79%. Em outras pobres (seja pela renda, seja pela exigência de alfabetização), os
palavras, 72,74% dos empregados têxteis eram mulheres e mendigos, as mulheres, os menores de idade, os praças de pré,
crianças. os membros de ordens religiosas.
DEL PRIORE, M. (Org.). História das mulheres no Brasil.
São Paulo: Contexto, 2001 (adaptado). CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi.
São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
Os dados apresentados indicam que o cotidiano do trabalho A restrição à participação eleitoral mencionada no texto visava
industrial no início do século XX estava vinculado à assegurar o poder político aos(às)
O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V.
entre os proprietários rurais e o governo, e significava o Mercê que me aprouve banir para essa cidade vários ciganos –
fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do homens, mulheres e crianças – devido ao seu escandaloso
coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos
político nacional, com base em barganhas entre o governo e os navios destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei
coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o recente, o uso da sua língua habitual, ordeno a V. Mercê que
delegado de polícia ate a professora primária. O coronel hipoteca cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permitindo que
seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto. ensinem dita língua a seus filhos, de maneira que daqui por
diante o seu uso desapareça.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos TEIXEIRA, R. C. História dos ciganos no Brasil. Recife:
de história política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado). Núcleo da Estudos Ciganos, 2000.
No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia
descritas baseavam-se na americana, em 1718, apresentava um tratamento da identidade
cultural pautado em
A) coação das milícias locais.
B) estagnação da dinâmica urbana. A) converter grupos infiéis à religião oficial.
C) valorização do proselitismo partidário. B) suprimir formas divergentes de interação social.
D) disseminação de práticas clientelistas. C) evitar envolvimento estrangeiro na economia local.
E) centralização de decisões administrativas. D) reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.
E) controlar manifestações artísticas de comunidades
autóctones.
GABARITO:
3. (Enem)
Resposta da questão 1: [B] Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da
Resposta da questão 2: [E] Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores
Resposta da questão 3: [D] pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia
Resposta da questão 4: [B] começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da
Resposta da questão 5: [B] proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se
Resposta da questão 6: [D] alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios,
vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o
AULA 8 nome de Soldado Medeiros.
Para aprender a língua de seu povo, o professor Txaywa A) rigidez hierárquica da estrutura social.
Pataxó, de 29 anos, precisou estudar os fatores que, por diversas B) inserção feminina nos ofícios militares.
vezes, quase provocaram a extinção da língua patxôhã. Mergulhou C) adesão pública dos imigrantes portugueses.
na história do Brasil e descobriu fatos violentos que dispersaram D) flexibilidade administrativa do governo imperial.
os pataxós, forçados a abandonar a própria língua para escapar da E) receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.
perseguição. “Os pataxós se espalharam, principalmente, depois
do Fogo de 1951. Queimaram tudo e expulsaram a gente das 4. (Enem)
nossas terras. Isso constrange o nosso povo até hoje”, conta
Txaywa, estudante da Universidade Federal de Minas Gerais e A partir da segunda metade do século XVIII, o número
professor na aldeia Barra Velha, região de Porto Seguro (BA). Mais de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na
de quatro décadas depois, membros da etnia retornaram ao antigo Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos
local e iniciaram um movimento de recuperação da língua patxôhã. quanto o Rio de Janeiro.
Os filhos de Sameary Pataxó já são fluentes – e ela, que se mudou FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
quando já era adulta para a aldeia, tenta aprender um pouco com
eles. “É a nossa identidade. Você diz quem você é por meio da sua Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do
língua”, afirma a professora de ensino fundamental sobre a tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:
importância de restaurar a língua dos pataxós. O patxôhã está
entre as línguas indígenas faladas no Brasil: o IBGE estimou 274 A) Coleta de drogas do sertão.
línguas no último censo. A publicação Povos indígenas no Brasil B) Extração de metais preciosos.
2011/2016, do Instituto Socioambiental, calcula 160. Antes da C) Adoção da pecuária extensiva.
chegada dos portugueses, elas totalizavam mais de mil. D) Retirada de madeira do litoral.
E) Exploração da lavoura de tabaco.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 jun. 2019 (adaptado).
5. (Enem)
O movimento de recuperação da língua PATXÔHÃ assume um
Outra importante manifestação das crenças e tradições
caráter identitário peculiar na medida em que
africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas
de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava
A) denuncia o processo de perseguição histórica sofrida pelos uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da
povos indígenas. natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos
B) conjuga o ato de resistência étnica à preservação da memória urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc.
cultural. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o
C) associa a preservação linguística ao campo da pesquisa costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII,
acadêmica. envolvendo não apenas escravos, mas também homens
D) estimula o retorno de povos indígenas a suas terras de origem. brancos.
E) aumenta o número de línguas indígenas faladas no Brasil.
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto
representava um(a)
6. (Enem)
7. (Enem)
TEXTO I
TEXTO II
O movimento representado na imagem, do início dos anos de 1990,
arrebatou milhares de jovens no Brasil. Nesse contexto, a A anistia foi uma conquista. Não foi dádiva, foi luta. Não
juventude, movida por um forte sentimento cívico, tem que rever.
A) aliou-se aos partidos de oposição e organizou a campanha Entrevista com Therezinha de Godoy Zerbini. Disponível em:
www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (fragmento).
Diretas Já.
B) manifestou-se contra a corrupção e pressionou pela A Lei de Anistia, aprovada pelo Congresso Nacional em 28 de
aprovação da Lei da Ficha Limpa. agosto de 1979, tem sido debatida pela sociedade brasileira. Nos
C) engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou a internet para textos, as posições assumidas revelam
agendar suas manifestações.
D) espelhou-se no movimento estudantil de 1968 e protagonizou A) retomada da ditadura militar em nome da unidade nacional.
ações revolucionárias armadas. B) valorização dos movimentos ligados à luta armada a partir
E) tornou-se porta-voz da sociedade e influenciou processo de da abertura dos arquivos
impeachment do então presidente Collor. C) relativização dos direitos humanos com base na
experiência ditatorial brasileira.
3. (Fuvest) D) reescrita da história do terrorismo esquerdista para
compreender o passado.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse E) reflexão crítica sobre o passado em função de mudanças
nesta segunda-feira [30/5] que o impeachment do ex-presidente no cenário político.
Fernando Collor de Mello foi apenas um “acidente” na história do
Brasil. Sarney minimizou o episódio em que Collor, que atualmente 5. (Enem 2ª aplicação)
é senador, teve seus direitos políticos cassados pelo Congresso
Nacional. “Eu não posso censurar os historiadores que foram
encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse
episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na
história do Brasil”, disse o presidente do Senado.
A) empresários industriais.
B) trabalhadores rurais.
C) oligarcas regionais.
D) profissionais liberais.
E) religiosos católicos.
No período anterior ao golpe militar de 1964, os
documentos episcopais indicavam para os bispos que o 3. (Enem)
desenvolvimento econômico, e claramente o desenvolvimento
capitalista, orientando-se no sentido da justa distribuição da Quando Getúlio Vargas se suicidou, em agosto de 1954,
riqueza, resolveria o problema da miséria rural e, o país parecia à beira do caos. Acuado por uma grave crise
consequentemente, suprimiria a possibilidade do proselitismo e da política, o velho líder preferiu uma bala no peito à humilhação de
expansão comunista entre os camponeses. Foi nesse sentido que aceitar uma nova deposição, como a que sofrera em outubro de
o golpe de Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido pela igreja. 1945. Entretanto, ao contrário do que imaginavam os inimigos,
ao ruído do estampido não se seguiu o silêncio que cerca a
MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místico. derrota.
São Paulo: Contexto. 2011 (adaptado).
REIS FILHO, D. A. O Estado à sombra de Vargas.
Revista Nossa História, n. 7, maio 2004.
Em que pesem as divergências no interior do clero após a
instalação da ditadura civil-militar, o posicionamento mencionado
O evento analisado no texto teve como repercussão imediata na
no texto fundamentou-se no entendimento da hierarquia católica de
política nacional a
que o(a)
A) reação popular.
A) luta de classes é estimulada pelo livre mercado. B) intervenção militar.
B) poder oligárquico é limitado pela ação do Exército. C) abertura democrática.
C) doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior. D) campanha anticomunista.
D) espaço político é dominado pelo interesse empresarial. E) radicalização oposicionista.
E) manipulação ideológica é favorecida pela privação material.
4. (Enem) 6. (Enem PPL)
A antiga Cidade Livre foi idealizada por Bernardo Sayão,
em 1956, para ser um centro comercial e recreativo para os
trabalhadores de Brasília. Ganhou esse nome porque lá era
permitido não só residir como também negociar, com isenção de
tributação. A perspectiva era de que a cidade desaparecesse
com a inauguração de Brasília. Com isso, os lotes não foram
vendidos, mas emprestados em forma de comodato àqueles
interessados em estabelecer residência ou comércio. A partir de
1960, os contratos de comodato foram cancelados e os
comerciantes, transferidos para a Asa Norte. Os terrenos
A democracia que eles pretendem é a democracia dos desocupados foram invadidos por famílias de baixa renda. Em
privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia 1961, o governo, pressionado pelo movimento popular, cria
que eles querem é para liquidar com a Petrobras, é a democracia oficialmente a cidade com o nome de Núcleo Bandeirante.
dos monopólios, nacionais e internacionais, a democracia que CARDOSO, H. H. P. Narrativas de um candango em Brasília.
pudesse lutar contra o povo. Ainda ontem eu afirmava que a Revista Brasileira de História, n. 47, 2004 (adaptado).
democracia jamais poderia ser ameaçada pelo povo, quando o
povo livremente vem para as praças – as praças que são do povo. Essa dinâmica expõe uma forma de desigualdade social comum
Para as ruas – que são do povo. nas cidades brasileiras associada à dificuldade de ter acesso
✓ 196° – Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe deverá 6. (Enem PPL 2020)
arrancar o olho. No início do século XVI, as relíquias continuavam
✓ 197° – Se ele quebra o osso a um outro, se lhe deverá quebrar protegendo edifícios e cidades, promovendo curas milagrosas,
o osso. sendo levadas em solenes procissões pelas ruas, sacralizando
✓ 198° – Se ele arranca o olho de um liberto, deverá pagar uma altares de igrejas por toda a Europa, em uma notável
mina. continuidade em relação ao papel que haviam desempenhado
✓ 199° – Se ele arranca um olho de um escravo alheio, ou quebra havia mais de mil anos no continente. Mas, em meados daquele
um osso ao escravo alheio, deverá pagar a metade de seu século, essa situação tinha se transformado. O culto às relíquias
preço. Código de Hamurabi. foi fortemente repudiado pelos reformadores protestantes, que
Disponível em: www.dhnet.org.br. Acesso em: 6 dez. 2017. pregavam uma igreja invisível.
Esse trecho apresenta uma característica de um código legal CYMBALISTA, R. Relíquias sagradas e a construção do território cristão na Idade
elaborado no contexto da Antiguidade Oriental explicitada no Moderna. Anais do Museu Paulista, n. 2, jul.-dez. 2006.
A) recusa do direito natural para expressão da vontade divina. A nova abordagem sobre a prática indicada no texto
B) caracterização do objeto do delito para a definição da pena. fundamentava-se no(a)
C) engajamento da coletividade para a institucionalização da
justiça. A) abandono de objetos mediadores.
D) flexibilização das normas para garantia do arbítrio dos B) instituição do ascetismo monástico.
magistrados. C) desprezo do proselitismo religioso.
E) cerceamento da possibilidade de defesa para preservação D) revalorização dos ritos sacramentais.
da autoridade. E) consagração de preceitos populares.
7. (Enem PPL 2020) 10. (Enem PPL 2019)
Posturas e concepções presentes nos movimentos
religiosos, como a ideia de que existem povos escolhidos e Os pesquisadores que trabalham com sociedades
abençoados por Deus, passariam a povoar o imaginário coletivo indígenas centram sua atenção em documentos do tipo jurídico
da nação que se acreditava eleita para um destino glorioso. A fé administrativo (visitas, testamentos, processos) ou em relações
nas instituições livres e democráticas também se intensificava. A e informes e têm deixado em segundo plano as crônicas.
partir disso, desenvolveu-se a ideia de “destino manifesto”: seria Quando as utilizam, dão maior importância àquelas que foram
uma missão espalhar a concepção de sociedade norte-americana escritas primeiro e que têm caráter menos teórico e
para as regiões vistas como carentes e necessitadas de ajuda. intelectualizado, por acharem que estas podem oferecer
informações menos deformadas. Contrariamos esse
KARNAL, L. et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. posicionamento, pois as crônicas são importantes fontes
São Paulo: Contexto, 2013.
etnográficas, independentemente de serem contemporâneas ao
O projeto de posicionamento geopolítico exposto no texto momento da conquista ou de terem sido redigidas em período
fundamentava-se na articulação entre posterior. O fato de seus autores serem verdadeiros humanistas
ou pouco letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.
A) fomento à expansão territorial e avanço da acumulação
capitalista. PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas:
B) apelo a lideranças carismáticas e adoção de diplomacia um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). São Paulo:
isolacionista. Cultura Acadêmica, 2009.
C) privatização da instrução pública e ampliação do ensino
confessional. As fontes valorizadas no texto são relevantes para a
D) construção do monolitismo partidário e abandono do legislativo reconstrução da história das sociedades pré-colombianas
bicameral. porque
E) contenção da indústria de defesa e promoção do
internacionalismo pacifista. A) sintetizam os ensinamentos da catequese.
B) enfatizam os esforços de colonização.
8. (Enem PPL 2020) C) tipificam os sítios arqueológicos.
D) relativizam os registros oficiais.
E) substituem as narrativas orais.
Nos romances clássicos do século XIX, sobretudo de O Equador foi o primeiro país do mundo a introduzir os
Balzac ou Jane Austen, a equivalência entre capital e rendimento direitos da natureza numa constituição. O movimento indígena
anual, por intermédio de uma taxa de rendimento de 5% (ou, mais camponês-ambientalista rejeitou a exploração do petróleo nos
raramente, de 4%), era uma evidência absoluta. Por esse motivo, contrafortes andino-amazônicos (Parque Nacional de Yasuny).
com frequência os escritores omitiam a natureza do capital e se A reivindicação foi acatada pelo governo de Rafael Correa e
contentavam em indicar apenas o montante da renda anual esta é a primeira proposta concreta que não se faz como
produzida. Informavam nos, por exemplo, que um personagem compensação dos países ricos a algum país pobre, enquanto
dispunha de 50.000 francos ou de 2.000 libras esterlinas de renda, continuam explorando e lançando gases do efeito estufa na
sem precisar se eram rendimentos da terra ou de juros sobre a atmosfera.
dívida pública. Pouco importava, já que a renda era segura e
sistemática nos dois casos, permitindo reproduzir, ao longo do PORTO-GONÇALVES, C. W.; QUENTAL, P. América Latina e colonialidade do
tempo, uma estratificação social conhecida. poder. In: HAESBAERT, R. (Org.).
PIKETTY, T. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014 (adaptado). A ação do governo equatoriano foi resultado de uma mobilização
marcada pelo(a)
A equivalência destacada nas obras desses romancistas remete
aos seguintes aspectos da dinâmica europeia naquele período: A) protagonismo dos povos originários.
B) imposição dos magistrados locais.
A) Conflito de classes e movimentos migratórios. C) redução dos recursos minerais.
B) Cultura individualista e ampliação do consumo. D) empreendedorismo comercial global.
C) Desenvolvimento científico e expansão urbana. E) indenização monetária internacional.
D) Modernização produtiva e desconcentração fundiária.
E) Monetarização das trocas e financiamento do Estado. 17. (Enem PPL 2020)
14. (Enem PPL 2021) No Brasil, após a eclosão da Bossa Nova, no fim dos
anos 1950 – quando efetivamente a canção popular começou a
O Barroco foi o estilo das formas dramáticas, grandiosas
ser objeto de debate e análise por parte das elites culturais –
e opulentas, voltado ao intenso decorativismo e caracterizado
desenvolveram-se duas principais vertentes interpretativas da
pela exuberância dos dourados nas volutas e espirais. O Barroco
nossa música: a vertente da tradição e a vertente da
exprimiu as incertezas de uma época – a Idade Moderna – que
modernidade, dualismo que não surgiu nesta época e nem se
oscilava entre velhos e novos valores. Foi largamente utilizado
restringe ao tema da produção musical. Desde pelo menos
pela Igreja da Contrarreforma como elemento de propaganda,
1922, a tensão entre “tradicional” e “moderno” ocupa o centro do
destinado a atrair as criaturas pela pompa e magnificência.
debate político-cultural no país, refletindo o dilema de uma elite
Através do Barroco, a Igreja compeliu Deus a vestir as mais
em busca da identidade brasileira.
suntuosas roupagens humanas, reproduzindo o Céu em toda a
sua magnificência, grandeza e esplendor, extasiando e ARAÚJO, P. C. Eu não sou cachorro, não. Rio de Janeiro: Record, 2013.
arrebatando os fiéis que frequentavam os templos.
A manifestação cultural que, a partir da década de 1960,
LOPEZ, L. R. História do Brasil colonial. Porto Alegre: Novo Século, 2001.
pretendeu sintetizar o dualismo apresentado no texto foi:
O movimento estético-cultural no texto constitui-se historicamente
A) Jovem Guarda, releitura do rock anglófono com letras em
em uma resposta às
português.
B) Samba-canção, combinação de ritmos africanos com tons
A) contestações aos domínios espiritual e terreno exercidos
de boleros.
pelo papado.
C) Tropicália, junção da música pop internacional com ritmos
B) oposições ao absolutismo monárquico como base do poder
nacionais.
político.
D) Brega, amostra do dia a dia dos setores populares com
C) divisões da nobreza fortalecida pelas expansões marítima e
temas românticos.
comercial.
E) Cancioneiro caipira, retrato do cotidiano do homem do
D) críticas ao heliocentrismo como modelo de funcionamento do
campo com melodias tristes.
cosmos.
E) revoltas do campesinato oprimido pela multiplicidade de
18. (Enem PPL 2020)
seitas religiosas.
Ordena-se pela autoridade do Parlamento, que ninguém
15. (Enem PPL 2021)
leve, ou faça levar, para fora deste reino ou Gales, ou qualquer
parte do mesmo, qualquer forma de dinheiro da moeda desse
A produção de um ou dois cultivos de exportação
reino, ou de dinheiro e moedas de outros reinos, terras ou
transformou-se em regra em 1935: cacau na Costa do Ouro,
senhorias, nem bandejas, vasilhas, barras ou joias de ouro
amendoim no Senegal e em Gâmbia, algodão no Sudão, café e
guarnecidas ou não, ou de prata, sem a licença do rei.
algodão em Uganda, café e sisal na Tanzânia etc. O trabalho
forçado e o abandono da produção alimentar provocaram muita HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
desnutrição, graves surtos de fome e epidemias, em certas partes
da África, no início da Era Colonial. A temática exposta no texto, referente à Inglaterra dos séculos
XVI e XVII, caracteriza uma associação entre
BOAHEN, A. A. O legado do Colonialismo.
Correio da Unesco, n. 7,jul. 1984 (adaptado).
A) determinação de regras protecionistas e fortalecimento das
instituições monárquicas.
Nos termos apresentados no texto, o Neocolonialismo europeu
B) racionalização da empresa colonial e reconhecimento dos
deixou o seguinte legado para as áreas ocupadas:
particularismos regionais.
C) demarcação de fronteiras comerciais e descentralização
A) Desconcentração da estrutura fundiária.
dos poderes políticos.
B) Expropriação de direitos humanitários.
D) expansão das atividades extrativas e questionamento da
C) Autossuficiência do mercado interno.
investidura divina.
D) Valorização de técnicas ancestrais.
E) difusão de práticas artesanais e aumento do controle do
E) Autonomia do setor financeiro.
legislativo.
19. (Enem digital 2020) O gesto representado no quadro simboliza uma diferença entre
o império napoleônico e a monarquia absolutista, por
Na primeira bica abasteciam os negros, forros e cativos, os
mulatos e os índios; na segunda, os moiros das galés, e os da A) reduzir a autoridade do clero.
primeira bica, quando fosse necessário; a terceira e quarta B) instaurar a censura da imprensa.
estavam reservadas aos homens e moços brancos; na quinta C) controlar a organização judiciária.
enchiam as mulheres pretas e na sexta, as mulheres e moças D) suspender as pensões da nobreza.
brancas. A quem infringisse esta ordem eram aplicados severos E) desrespeitar a propriedade privada.
castigos – açoitamento com baraço e pregão, ao redor do
Chafariz, sendo de cor; 2.000 réis de multa e três dias de cadeia, 22. (Enem PPL 2020)
sendo branco o prevaricador.
31. (Enem PPL 2018) A partir da segunda metade do século XVIII, com a
primeira Revolução Industrial e o nascimento do proletariado,
A antiga Cidade Livre foi idealizada por Bernardo Sayão, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a
em 1956, para ser um centro comercial e recreativo para os urbanização intensificou-se, recriando uma paisagem social
trabalhadores de Brasília. Ganhou esse nome porque lá era muito distinta da que antes existia.
permitido não só residir como também negociar, com isenção de
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de
tributação. A perspectiva era de que a cidade desaparecesse com clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
a inauguração de Brasília. Com isso, os lotes não foram vendidos,
mas emprestados em forma de comodato àqueles interessados As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos
em estabelecer residência ou comércio. A partir de 1960, os seguintes atores sociais:
contratos de comodato foram cancelados e os comerciantes,
transferidos para a Asa Norte. Os terrenos desocupados foram A) Burguesia e trabalhadores assalariados.
invadidos por famílias de baixa renda. Em 1961, o governo, B) Igreja e corporações de ofício.
pressionado pelo movimento popular, cria oficialmente a cidade C) Realeza e comerciantes.
com o nome de Núcleo Bandeirante. D) Campesinato e artesãos.
E) Nobreza e artífices.
CARDOSO, H. H. P. Narrativas de um candango em Brasília.
Revista Brasileira de História, n. 47, 2004 (adaptado). 35. (Enem PPL 2018)
Essa dinâmica expõe uma forma de desigualdade social comum O parlamento britânico aprovou uma lei, em 1835, cujo
nas cidades brasileiras associada à dificuldade de ter acesso objetivo era regular o tráfego crescente nas principais vias no
interior da Inglaterra, uma espécie de “código rodoviário”. A lei
A) às áreas com lazer gratuito. de 1835 estabeleceu a velocidade máxima de 4 milhas por hora
B) ao mercado imobiliário formal. para veículos autopropulsionados. As regras foram revistas pelo
C) ao transporte público eficiente. parlamento em 1896, quando foi aumentada a velocidade
D) aos reservatórios com água potável. máxima para 10 milhas. Em 1903, novamente elevou-se o limite
E) ao emprego com carteira assinada. de velocidade para 20 milhas por hora. Em 1930, aboliu-se o
limite de velocidade para carros e motos.
32. (Enem PPL 2018)
ELIAS, N. Tecnização e civilização. In: ELIAS, N.
Escritos e ensaios. Rio de Janeiro: Zahar, 2006 (adaptado).
Temos vivido, como nação, atormentados pelos males
modernos e pelos males do passado, pelo velho e pelo novo, sem O processo descrito alude à necessidade de atualização da
termos podido conhecer uma história de rupturas revolucionárias. legislação conforme
Não que não tenhamos nos modernizado e chegado ao
A) as transformações tecnológicas.
desenvolvimento. Mas não eliminamos relações, estruturas e
B) a renovação do congresso.
procedimentos contrários ao espírito do tempo. Nossa
C) os interesses políticos.
modernização tem sido conservadora.
D) o modo de produção.
NOGUEIRA, M. As possibilidades da política: E) a opinião pública.
ideias para a reforma democrática do Estado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
36. (Enem PPL 2018)
O texto apresenta uma análise recorrente sobre o processo de
modernização do Brasil na segunda metade do século XX. De TEXTO I
acordo com a análise, uma característica desse processo reside
na(s) É da maior utilidade saber falar de modo a persuadir e
conter o arrebatamento dos espíritos desviados pela doçura da
A) uniformização técnica dos espaços de produção. sua eloquência. Foi com este fim que me apliquei a formar uma
B) construção municipalista do regime representativo. biblioteca. Desde há muito tempo em Roma, em toda a Itália, na
C) organização estadual das agremiações partidárias. Germânia e na Bélgica, gastei muito dinheiro para pagar a
D) limitações políticas no estabelecimento de reformas sociais. copistas e livros, ajudado em cada província pela boa vontade e
E) restrições financeiras no encaminhamento das demandas solicitude dos meus amigos.
ruralistas.
GEBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G.
História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
33. (Enem PPL 2018)
TEXTO II
Quanto aos campos de batalha, os nomes de ilhas
melanésias e assentamentos nos desertos norte-africanos, na Eu não sou doutor nem sequer sei do que trata esse
Birmânia e nas Filipinas tornaram-se tão conhecidos dos leitores livro; mas, como a gente tem que se acomodar às exigências da
de jornais e radiouvintes quanto os nomes de batalhas no Ártico e boa sociedade de Córdova, preciso ter uma biblioteca. Nas
no Cáucaso, na Normandia, em Stalingrado e em Kursk. A minhas prateleiras tenho um buraco exatamente do tamanho
Segunda Guerra Mundial foi uma aula de geografia. desse livro e como vejo que tem uma letra e encadernação
muito bonitas, gostei dele e quis comprá-lo. Por outro lado, nem
HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991. reparei no preço. Graças a Deus sobra-me dinheiro para essas
São Paulo: Cia. das Letras, 1997 (adaptado). coisas.
Um dos principais acontecimentos do século XX, a Segunda AL HADRAMI. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. A
Grande Guerra (1939-1945) foi interpretada no texto como uma Península Ibérica entre o Oriente e o Ocidente: cristãos, judeus e muçulmanos.
aula de geografia porque São Paulo: Atual, 2002.