Aula 7 Sistema Cardiovascular
Aula 7 Sistema Cardiovascular
Aula 7 Sistema Cardiovascular
SISTEMA
CARDIOVASCULAR
Prof. Dra. Ana Paula Christ
ROTEIRO
Sangue
Vasos
Coração
sanguíneos
DISLIPIDEMIAS
Anormalidades em um ou mais lipídios do organismo.
Resinas ligantes
Mudanças no
de ácidos Niacina Estatinas Ácidos Fíbricos
estilo de vida
biliares
Triglicerídeos
Mecanismo de ação
São inibidores competitivos de HMG-CoA
Representantes:
redutase, a etapa limitante da síntese de
colesterol. Inibindo a síntese do colesterol, o Pitavastatina
elas esgotam o seu estoque intracelular. o Rosuvastatina
O esgotamento do colesterol intracelular o Atorvastatina
leva a célula a aumentar, na superfície, o o Sinvastatina
número de receptores específicos de LDL-C o Pravastatina
que podem ligar o LDL-C circulante e o Lovastatina
internalizá-lo. Assim, o colesterol no
plasma diminui por redução da síntese e
aumento do seu catabolismo.
DISLIPIDEMIAS
Efeitos colaterais:
- Mialgia e artralgia
- Elevação da concentração das enzimas hepáticas
- Distúrbios gastrintestinais
- Insônia
- Rash
- Rabdomiólise (mais raro)
- Angioedema (mais raro)
Efeitos colaterais:
• Rabdomiólise → incomum e grave, podendo gerar insuficiência renal.
• Sintomas gastrintestinais.
• Rash cutâneo.
• Alguns fármacos podem predispor a formação de cálculos biliares.
Apresentações:
• Bezafibrato: Cedur® (Dose VO: 200 mg 3 ×/dia)
• Fenofibrato: Lipanon ® (Dose VO: 5 mg/kg)
• Ciprofibrto: Lipless ® (Dose VO: 100 mg/dia)
• Genfibrozila: Lopid ® (Dose VO: 300 a 600 mg 2 ×/dia)
DISLIPIDEMIAS
OBSERVAÇÕES
- Sua associação a estatinas deve ser feita com
cuidado, pois pode levar a rabdomiólise (se possível
evitar)
- Evitar o uso em pacientes com comprometimento
renal e alcoólatras → aumento do risco de
rabdomiólise.
- Aumentam a excreção biliar de colesterol →
predisposição à formação de cálculos renais.
- Avaliar a presença de sensibilidade e fraqueza
muscular → miosite
- Evitar o uso em pacientes com disfunção renal e
hepática graves, ou ainda em pacientes com doenças
preexistentes na vesícula biliar.
- São usados no tratamento das hipertrigliceridemias
HIPERTENSÃO
Elevação da pressão arterial sistólica,
diastólica ou ambas
Fatores de risco:
• Tabagismo
• Obesidade (IMC > 30
kg/m2)
• Inatividade Física Danos a órgãos importantes como coração
• Dislipidemia (Angina, Infarto, Insuficiência cardíaca)
• Diabetes melito Cérebro (AVC). Doença renal crônica.
• Idade
• Histórico familiar
Tratamento: não farmacológico e farmacológico
Diversos representantes e mecanismos de ação
HIPERTENSÃO
LOCAIS DE AÇÃO
DOS PRINCIPAIS
AGENTES ANTI-
HIPERTENSIVOS
EFEITOS DOS
AGENTES ANTI-
HIPERTENSIVOS
AGENTES BETABLOQUEADORES
Representantes: Atenolol, Propanolol, Metoprolol, Carvedilol
Efeitos colaterais
- Fadiga e/ou letargia
- Bradicardia
- Extremidades frias, fenômeno de Raynaud
- Distúrbios do sono e pesadelos
- Broncoespasmo
- Hipotensão
- Infarto do miocárdio → se retirada
abrupta.
- Redução da libido
- Distúrbios gastrintestinais
AGENTES BETABLOQUEADORES
OBSERVAÇÕES
Indicações:
Representantes: • Hipertensão
- Lisinopril • São medicamentos de escolha para
- Captopril pacientes com risco alto de doença
- Enalapril coronária ou história de diabetes, AVE,
- Ramipril insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio
ou doença renal crônica
• Bastante recomendados para pacientes com
nerfopatia diabética.
• Indicados para insuficiência cardíaca.
OBSERVAÇÕES
Representantes:
Indicações:
- Losartana
• Hipertensão em pacientes
- Ibesartana
jovens e diabéticos
- Telmisartana
• Nefropatia diabética
- Valsartana
• Insuficiência cardíaca congestiva
- Olmesartana
• Prevenção de acidente vascular
- Candesartana
cerebral
HIPERTENSÃO
Efeitos colaterais: BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DE
• Tontura ANGIOTENSINA II
• Hipotensão
• Hipercalemia
• Hipoglicemia
• Reações cutâneas
• Alterações gastrintestinais
• Não aumentam bradicinina (não causam
tosse)
• Efeitos colaterais semelhantes aos IECA.
Observações:
- Não devem ser associados aos IECA para tratamento da hipertensão → mecanismo de
ação e efeitos adversos similares.
- São teratogênicos e não devem ser usados em gestantes.
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO (Antagonistas do Cálcio)
Mecanismo de ação: Redução da resistência vascular periférica por diminuição da
concentração de cálcio, nas células musculares lisas vasculares.
3. Repolarização
- Reabsorção do Ca++pelo retículo sarcoplasmático.
1. Despolarização: - Abertura dos canais de K+ voltagem dependente
- Abertura dos canais de Na+ voltagem dependente (Lentos).
(rápidos). - Efluxo (saída) de K+
- Influxo (entrada) de Na+ - Membrana vai voltando a se tornar negativa até
- Membrana fica mais excitável (positiva) chegar no Potencial de Repouso.
- Canais de Na+ se inativam rapidamente
Contração prolongada: evita a tetania → coração precisa relaxar
CLASSE NOME GENÉRICO MECANISMO
Ia Quinidina Bloqueadores de canais de sódio (ação intermediária)
Procainamida
Disopiramida
Ib Lidocaína Bloqueadores de canais de sódio (ação rápida)
Ic Flecainida Bloqueadores de canais de sódio (ação lenta)
Propafenona
II Propanolol Betabloqueadores
Metorpolol
III Amiodarona Bloqueadores de canais de potássio
Sotalol
IV Verapamil Bloqueadores dos canais de cálcio
Diltiazem
Diversos Adenosina Desaceleração a condução
Digoxina Estimulação vagal
Sulfato de magnésio
AGENTES ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE III ARRITMIAS
AMIODARONA
Tem mais de um mecanismo de ação. Prolonga a duração do potencial de ação nos tecidos, sem
afetar, significativamente, o potencial de membrana, pois bloqueia canais de potássio.
Efeitos colaterais:
Apresenta muitos efeitos tóxicos como:
- Fibrose pulmonar; Outros da classe:
- Neuropatia; - Sotalol;
- Hepatotoxicidade; - Dronedarona;
- Coloração acinzentada na pele;
- Hipo ou Hiper tireoidismo;
Com dosagens baixas ou monitorização de
tratamento os efeitos reduzem toxicidade e
mantém a eficácia clínica.
Observações:
- Normalmente é classificado como medicamento
potencialmente perigoso;
- É fotossensível;
- Apresenta uma grande quantidade de interações
medicamentosas: pode aumentar a ação dos
anticoagulantes cumarínicos e a ação e os efeitos
tóxicos dos digitálicos, da fenitoína e de outros
antiarrítmicos; o risco de arritmias associadas aos
diuréticos espoliadores de potássio; a
fotossensibilidade se administrado com produtos
fotossensíveis
- Apesar dos efeitos colaterais, é um dos anti-
arrítmicos mais usados (menor chance de causar
arritmias).
ADENOSINA
• Diminui a formação de impulsos no nó sinoatrial, diminui o tempo de condução no nó AV
• O receptor A1 é responsável pelo efeito no nó AV e é ligado ao canal de potássio cardíaco
ativado pela acetilcolina. A adenosina hiperpolariza o tecido de condução, tornando mais
lenta a velocidade de potencial de marcapasso
PADRONIZADO HRTGB
ANGINA
Angina pectoris
Nome dado à sensação de desconforto torácico
originada no coração causada pela falta de
oxigênio para as células cardíacas.
Sintoma para doença cardíaca isquêmica (DCI),
suprimento sanguíneo inadequado para as
células cardíacas.
Principais representantes para tratamento:
nitratos: nitroglicerina, isossorbida
Dois grupos de fármacos produzem esses efeitos, pois são vasodilatadores: os nitratos
orgânicos e os bloqueadores dos canais de cálcio. Além deles, os antagonistas dos beta
receptores adrenérgicos, que diminuem a frequência cardíaca (FC), são utilizados por
reduzirem a demanda metabólica do miocárdio.
NITROGLICERINA
Indicações:
• Angina pectoris: em pacientes que não responderam à nitroglicerina SL e aos
betabloqueadores
• ICC que não melhora com o tratamento convencional
• Tratamento de hipertensão pré-operatória
Efeitos colaterais:
•Cefaleia • Tontura
•Náuseas e vômitos • Metemoglobinemia
•Taquicardia • Tolerância
•Hipotensão • Prurido
•Choque • Hiperemia facial
•Bradicardia
Mecanismo de ação:
• É metabolizado com liberação de óxido nítrico, que ativa a guanilato ciclase, aumentando a
formação de GMPc, que ativa a proteína quinase G, desfosforilando as cadeias de miosina e
sequestrando o cálcio intracelular, ocasionando o relaxamento vascular;
• Relaxa a musculatura lisa vascular (as veias sistêmicas e as grandes artérias).
• Diminui o retorno venoso e a pressão diastólica no ventrículo esquerdo, diminuindo as
necessidades de oxigênio miocárdico.
• Dilata os vasos arteriais de pouca resistência, melhorando a distribuição do fluxo coronariano.
• Antagonista da vitamina K
• Inibe a síntese de fatores de coagulação dependentes da vitamina K, incluindo os fatores
II, VII, IX e X e as proteínas anticoagulantes C e S
• A vitamina K é um cofator essencial para a síntese pós-ribossômica dos fatores de
coagulação dependentes dela
INDICAÇÕES:
• Tratamento e prevenção da doença tromboembólica Efeitos colaterais:
• Fibrilação atrial • Hemorragias (intestinal e
• Na prevenção do tromboembolismo sistêmico em cerebral)
pacientes com prótese de válvulas cardíacas • Hepatotoxicidade
• Na prevenção do AVC, do infarto agudo do miocárdio e • Necrose de tecidos moles, por
da recorrência do infarto trombose de vênulas, por
• No tratamento subsequente à administração de heparina inibição da biossíntese da
em algumas doenças tromboembólicas proteína C
VARFARINA
OBSERVAÇÕES
• Em pacientes internados, deve-se monitorar, diariamente, a anticoagulação por meio do
TP/INR, iniciando-se após a segunda ou a terceira dose, até que o valor terapêutico seja
atingido por 2 dias consecutivos
• O valor do INR terapêutico, para a maioria das situações, deve ser entre 2,0 e 3,0
• Uma variedade de medicamentos influencia a absorção ou o metabolismo dos
cumarínicos, assim como a dieta, cujas variações no conteúdo de vitamina K alteram o
efeito. O aumento na ingestão de vitamina K é suficiente para reduzir o efeito
anticoagulante da varfarina e causar redução do TP/INR
• O pico de concentração ocorre em 1 h, mas o efeito farmacológico se dá 48 h depois
• Atravessa a barreira placentária, podendo ter efeito teratogênico e causar hemorragia
intracraniana no feto, durante o parto e o aborto
• Não aparece no leite durante a amamentação
• Conforme a idade do paciente aumenta, é, geralmente, necessária uma dose menor de
varfarina para que se atinja um nível terapêutico de anticoagulação
DISTÚRBIOS
CUIDADOS TROMBOEMBÓLICOS
VARFARINA
• Atentar para o medicamento não ser administrado em pacientes que apresentem
sangramento ativo
• Evitar acidentes e quedas
• Ensinar o paciente a vigiar sinais de hemorragia em gengiva, hematúria, epistaxe, sangue nas
fezes e melena
• Orientar o paciente sobre os possíveis efeitos colaterais e, quando em acompanhamento
ambulatorial, fazer monitoração regular do INR para o ajuste da dose e a eficácia do
tratamento
• Atentar para interação medicamentosa: apresenta aumento do efeito anticoagulante quando
associado a amiodarona, androgênicos, cimetidina, clofibrato, dissulfiram, hormônios
tireoidianos, metronidazol, plicamicina, salicilatos, sulfimpirazona, quinidina, inibidores de
agregação plaquetária, entre outros medicamentos que causam diminuição das plaquetas
• Pode ter sua ação vasodilatadora potencializada quando administrada com fármacos alfa-
bloqueadores
HEPARINA (alto peso molecular)
• Inibe a coagulação por meio da ativação da
antitrombina III, que, como cofator, neutraliza vários
fatores ativados da coagulação (calicreína XIIa, XIa, IXa,
Xa e trombina).
• A antitrombina III inibe a trombina e outras serina-
proteases, por ligação ao local ativo da serina.
INDICAÇÕES:
• Tromboses e embolias (prevenção e tratamento).
• Tratamento da coagulação intravascular disseminada.
• Trombofilias e outros distúrbios de coagulação.
DISTÚRBIOS
TROMBOEMBÓLICOS
OBSERVAÇÕES
HEPARINA
INDICAÇÕES
EFEITOS COLATERAIS
• Prevenção do tromboembolismo
• Hemorragia
pré e pós-cirurgias gerais e
• Trombocitopenia
ortopédicas em pacientes de alto
risco trombótico • Hematoma
• Angina instável • Febre
• Profilaxia de TVP (trombose • Necrose da pele
venosa profunda) • Dor local
• Profilaxia de TEP (tromboembolia • Prurido
pulmonar)
OBSERVAÇÕES E CUIDADOS