Farmacologia Vol 2 PDF
Farmacologia Vol 2 PDF
Farmacologia Vol 2 PDF
Olá :) Preparei este material com muito carinho, de forma detalhada e objetiva. Espero
contribuir para seu conhecimento e facilitar os seus estudos. Beijos, Gabi! Ah, e se
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ATENÇÃO! Este conteúdo foi feito exclusivamente para você e todo compartilhamento,
reprodução, distribuição ou comercialização é extremamente PROIBIDA.
✓ Drogas antilipêmicas
✓ Farmacologia do Diabetes
✓ Farmacologia do Aparelho Respiratório
✓ Anestésicos Locais
✓ Antibioticos
✓ Farmacologia do Aparelho Digestório
✓ Drogas que atuam na coagulação
✓ Antidepressivos
✓ Antipsicóticos
✓ Hipnoanalgésicos
Bons estydos!
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Antilipêmicos
1) ESTATINAS ( = VASTATINAS)
- Sinvastatina
- Atorvastatina
- Rosuvastatina
- Lovastatina
- Pravastatina
- Fluvastatina
- Pitavasatatina
MECANISO DE AÇÃO
Inibem a enzima HMG Coa Redutase → Inibem a síntese hepática do colesterol → Com isso, a célula
hepática aumenta receptores para o LDL → “sequestra” LDL da circulação.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
- Melhor grupo para tratar HIPERCOLESTEROLEMMIA. Podem reduzir LDL em até +/- 55%;
- Rosu e Ator. São as de maior resposta clínica (↓ LDL em 55% em doses baixas)
- Sinvastatina tem boa resposta, mas não excedemos 20 ou 40 mg/dia → dose MAIS segura.
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- Metabilismo: P-450, exceto a pravastatina → há diferença entre as frações.
Obs: Pacientes com AIDS, que fazem uso de “coquetel” (associação de vários fármacos), podem
ter dislipidemia.
Pra quem tem AIDS, a preferência entre as estatinas é da PRAVASTATINA, pois não é
metabolizada pelo o P-450. Isto porque um grupo de fármacos (inibidores de protease), usados
na AIDS, são potentes inibidores do P-450.
EFEITOS ADVERSOS
- Disfunção hepática
- MIOPATIAS: Desde de dor muscular até evolução para RABDOMIÓLISE (lesão grave do
músculo esquelético, com mioglobina e insuficiência renal).
2 - EZETIMIBA
Inibem absorção intestinal de colesterol.
MECANISMO DE AÇÃO
Sequestram ácidos biliares no intestino e aumentam sua excreção pelas fezes → ↓ absorção
destes ácidos biliares → mais colesterol é usado para produzi-los → ↓ colesterol → fígado
também promove maior captação de LDL.
* Pode sequestrar outros fármacos também, podemos driblar o horário mas não em um idoso por
exemplo que toma muitos medicamentos.
4) FIBRATOS
Exemplos:
- Fenofibrato
- Clofibrato
- Bezafibrato
- Genfibrozila
- Auxiliam na ação da insulina → indicado para pacientes com dislipidemias e Diabetes Mellitus
(DM).
MECANISMO DE AÇÃO
Atuam em receptores nucleares (PPAR), alterando expressão gênica da célula.
EFEITO COLATERAL
MIOPATIAS → cuidado com a associação com estatinas.
- ↓ TG’s e ↑ HDL
MECANISMO DE AÇÃO
Reduz síntese de VLDL (fígado).
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EFEITOS COLATERAIS
- Favorece hiperglicemia (↓ ação da insulina)
- Disfunção hepática
- Rubor facial – uso com AAS evita este efeito. Está associado à formação de Prostaglandinas.
Tratamento do
Diabetes Mellitus
DM tipo 2 → +/- 90% dos casos de DM
▪ Obesidade
▪ Histórico familiar
▪ Idade
▪ Etc
1) METFORMINA
o Ótima resposta clínica
o Baixo custo
o Não causa hipoglicemia em monoterapia
o Pouquíssimas interações medicamentosas → eliminação renal (não depende do P-450)
MECANISMO DE AÇÃO
Aumenta ação da insulina (↓ resistência à insulina) → diminui produção hepática de glicose (↑
captação de glicose pelos tecidos insulina-dependentes.
EFEITOS COLATERAIS
Quais são essas condições? Insuficiência renal, Insuficiência respiratória, anemia, etc.
2. SULFONILURÉIAS (SFU)
Exemplos:
o Glibenclamida
o Glimepirida
o Glicazida
o Clorpropramida
o Etc
MECANISMO DE AÇÃO
Aumenta liberação de insulina pelas células beta pancreáticas e reduz glucagon.
EFEITOS COLATERAIS
o Hipoglicemia
o ↑ Apetite
o Retenção hídrica (Clorpropamida)
3. INCRETINOMIMÉTICOS
“Imitam a incretina atuando nos seus receptores”
MECANISMO DE AÇÃO
A) INJETÁVEIS
Análogos (Agonistas de GLP-1)
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o Exenotide
o LIRAGLUTIDA (VICTOZA®)*
o Lixisenatide
o Semaglutida
o Dulaglutida
*Liraglutida em dose maior “vira” o fármaco SAXENDA® aprovado para tratar obesidade.
B) ORAIS
São inibidores da enzima DPP-III → aumenta o tempo de ação de GLP-1 e GIP.
São as gliptinas
o Vildagliptina
o Sitagliptina
o Linagliptina
o Saxagliptina
o Etc
4) INIBIDORES DE SGLT2
SGLT2 → proteína que reabsorve a glicose filtrada (co-transporte Na+/glicose)
Estes fármacos, ao inibirem SGLT2, promovem perda urinária de glicose e também de água,
além de alguns eletrólitos.
o Canagliflozina
o EMPAGLIFLOZINA (Jardiance®)
o Dapagliflozida
EFEITOS COLATERAIS
- Infecção urinárias
- Hipotensão
- Alterações eletrolíticas (monitorar K+)
- Problemas renais
- ↑ LDL
Observações: Esta proteína fica no túbulo proximal (SGLT2). Reabsorve menor, logo teremos
glicosúria (glicose na urina) por causa do medicamento. Paciente também deve tomar mais
líquido.
INSULINAS
- Obtidas por técnicas de DNA recombinante
- Inalada: (Affrez®)
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CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O TEMPO DE AÇÃO:
CONTROLE DE GLICEMIA PÓS-PRANDIAL
Aparelho Respiratório
1) Descongestionantes Nasais
2) Farmacologia da Tosse
3) Broncodilatadores
4) Tratamento da Asma
5) Tratamento da DPOC
DESCONGESTIONANTES NASAIS
Atuam nos receptores ALFA ADRENÉRGICOS → Alfa Agonistas
Tratam os sintomas
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PODEM SER:
o Fenilefrina
Oral → Prolongado
o Pseudoefedrina
Nasal → Rápido
*VIA ORAL o efeito é prolongado
Droga é segura para ser
IMIDAZÓLICOS: usada por < 3 dias
*VIA NASAL o efeito é rápido
Nafazolina Somente
EFEITOS COLATERAIS
ORAL:
o ↑ P.A
o Taquicardia reflexa
É proibida para crianças < 1 ano → pode
o Insônia
provocar convulsões.
o Irritabilidade
o Retenção Urinária
NASAL:
o Prurido
o Ardência
o Perfuração do septo nasal
o Dependência da medicação
o Rinite vasomotora (dependência do medicamento nasal, se uso + de 3 dias, pode ter a
rinite vasomotora)
▪ Corticóides
▪ Antihistamínicos H1
TOSSE
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É sempre boa. A tosse é um mecanismo de reflexo de proteção a eliminar corpos estranhos das
vias aéreas. É um sintoma e deve-se tratar a causa que o origina.
❖ Seca – irritativa
TIPOS:
❖ Catarro – produtiva
BÉQUICOS OU ANTITUSSÍGENOS
Indicações: Tosse seca → tosse que interfere com o descanso normal ou desempenho das
pessoas. Tosses que impedem de: falar; comer; dormir.
o Clobutinol
BRÔNQUIOS:
o Cloperastina Vendem sem receita
o Levodopropizina
MUCOLÍTICO
• ACETILCISTEÍNA
Catarro fica + líquido
• CARBOXICISTEÍNA
BRONCODILATADORES
1) ß2 ADRENÉRGICOS
o Curta (drogas de resgate, crise de asma) → 6 a 8h
o Prolongada → 12h
o Ultraprolongada → 24h
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Como usar? – Agitar, 2 a 3 dedos de distância da boca, inspirar, contar até 10 e respirar.
Existe também o espaçador (aerocâmara) e então mais droga pode ser aproveitada.
EFEITOS COLATERAIS
• Tremor
Mais frequentes
• Taquicardia
• ↑ doses pode causar: Hipo K+, hipo Mg+, ↑ hipoglicemia, arritmia.
2) ANTIMUSCARÍNICOS
Asma, DPOC
o Ipratrópio (Atrovent®) – 8h
o Tiotrópio
o Umeclidio 24h
o Glicopirrônio
Observação: Beta + ipratrópio (famosa combinação) = diminui os efeitos colaterais.
EFEITO COLATERAL
Boca seca
3) XANTINAS
o Teofilina
Oral
o Bamifilina
o Aminoflina – Venosa
*É uma droga de exceção (usa-se quando não consegue controlar com outras drogas).
BRONCODILATADORES ANTI-INFLAMATÓRIOS
1) CORTICÓIDE
Emergência: Corticóide EV (Endovenosa) → Quando paciente melhorar, corticóide oral.
Venoso:
o Hidrocortisona
o Solumedrol
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Oral:
o Prednisona
o Prednisolona
o Deplazacort
Inalatório:
o Budesonida
o Fluticosona
o Beclometosona
Observações: Por via inalatória não sente os efeitos colaterais mas pode ter disfonia (alteração
da voz) e candidíase oral.
2) MONTELUCAST
Inibe os leucotrienos (quem causa broncoespasmo – edema de brônquios).
Via oral:
o Omalizumab
o Mepolizumab
Observações: São fármacos que não são acessíveis, são altamente caros.
Anestésicos Locais
• Perda de sensibilidade transitória
• NÃO PODE ACONTECER PERDA DE CONSCIÊNCIA
• Anestésico geral promove perda de consciência, amnésia, etc.
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ANESTÉSICO LOCAL + MORFINA + ANTI-INFLAMATÓRIO
DOR
Temperatura
Função motora
▪ AL é uma base fraca cujo grau de ionização varia de acordo com o pH do meio.
▪ Se o pH do meio estiver mais ácido, predomina a forma ionizada do anestésico.
PREDOMINA A FORMA
IONIZADA DO ANESTÉSICO
(ALH+)
PREDOMINA A FORMA
MOLECULAR DO ANESTÉSICO
(AL)
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Quando ocorre o famoso “a anestesia não pega” significa que o meio está ÁCIDO.
INSTERSTÍCIO → ÁCIDO.
Não é lipossolúvel e não sendo lipossolúvel, não atravessa a membrana e não há efeito
anestésico.
MECANISMO DE AÇÃO
Etapas:
EFEITOS ADVERSOS
*AL só provoca efeitos adversos quando atinge a circulação sistêmica em altas doses.
E quando ocorre? Ocorrem quando o AL atinge a circulação sistêmica em doses elevadas, devido
a:
➢ Rápida absorção
➢ Administração intravascular acidental
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- Doses elevadas: depressão dos neurônios inibitórios → estimulação do SNC → agitação,
tremores e convulsão.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
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ATENÇÃO: Risco de injeção intravascular acidental é maior com anestesia peridural pois o
espaço epidural é muito vascularizado.
Complicação mais comum da anestesia RAQUI: cefaleia pós raqui (cefaleia postural).
É comum haver retenção urinária pós-operatória com o uso de ambas as anestesias (bloqueio da
descarga autonômica pélvica).
Para entender um pouco mais a questão da retenção urinária, assim como dito acima, o
anestésico local bloqueia descarga autonômica pélvica e com isso, bloqueia liberação de Acetil-
colina (que é quem aumenta a motilidade da bexiga e do intestino) e então, o paciente não
consegue defecar nem urinar.
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Antibióticos
Desafios da Antibioterapia:
o Ingestão correta pelo paciente → devemos manter a CIM (concentração inibitória mínima),
para que o tratamento seja eficaz.
o Espectro de ação do antibiótico → geralmente utilizam antibióticos de amplo/largo espectro,
antes da identificação do micro-organismo.
o Toxicidade do antibiótico
o Histórico clínico (idade do paciente)
CLASSIFICAÇÃO
➢ Antimetabólitos
➢ Inibidores de Síntese Proteíca
➢ Inibidores da Formação da Parede
➢ Inibidores da Formação de DNA
AÇÃO BACTERICIDA → Mata a bactéria. Alguns antibióticos podem ser bacteriostáticos para um
determinado grupo de bactérias e bactericida para outros.
1) SULFAS
Exemplos:
o Sulfametoxazol
o Sulfasalazina (não é absorvido – uso no tratamento de colite ulcerativa)
o Sulfadiazina
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Sulfametoxazol + Trimetoprin = COTRIMOXAZO → ação bactericida, usada principalmente em
ITU’s (Infecção do trato urinário).
- Esta associação impede formação de ácido fólico e folínico → dificulta a síntese de material
genético da bactéria. A única forma de obtenção de ácido fólico pela bactéria é por síntese.
Diidropteroato sintetase
Ácido folínico
Aminoácidos
Sulfametoxazol (SMT) –> análogo do PABA → acaba impedindo a formação do ácido fólico
(núcleo estrutural das sulfas é semelhante do PABA = ácido paraminobenzóico).
Trimetoprim → inibe a enzima diidrofolato redutase → inibe a conversão de ácido fólico à ácido
folínico. – Esta associação representa um SINERGISMO (atua de duas formas, 2 mecanismos
complementares).
OBS: O sulfametoxazol é altamente seletivo para a bactéria. O trimetoprim é muito seletivo mas
ainda pode ter uma pequena ação sobre as células humanas. Se for necessário, fazer
suplementação de ácido folínico para o paciente.
EFEITOS ADVERSOS
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o Tetraciclinas
o Aminoglicosídeos Se ligam à subunidade 30s do ribossomo
o Macrolídeos
o Cloranfenicol
o Clindamicina Se ligam à subunidade 50s do ribossomo
A) TETRACICLINAS
Exemplos:
o Tetraciclina
o Doxiciclina
o Minociclina
Uso clínico mais comum (atualmente): tratamento de ACNE e infecções por clamídias.
• Alta afinidade por cátions di e trivalentes (Ca²+, Mg²+, Al³+, Fe²+/Fe³+, etc)
• NÃO USAR EM CRIANÇAS: compromete formação óssea e compromete dentição de
forma permanente.
• Não ingerir com alimentos / Exemplo: leite e derivados, ricos em Ca²+, Fe²+/Fe²+, etc. →
Formam complexos com estes íons e não conseguem ser absorvidos integralmente.
• A doxiciclina e a minociclina têm menor afinidade por estes íons.
B) AMINOGLICOSÍDEOS
Exemplos:
o Estuptomicina
o Gentamicina
o Tobramicina
o Amicocina
o Neomicina
- Uso tópico (Ex: pomada com neomicina; colírio de tobramicina) e parenteral. → Não tem
absorção por via oral, somente absorção LOCAL;
Observação: Usada como profilaxia em pacientes que serão submetidos a cirurgias abdominais
(ela terá ação local → não é absorvida!)
EFEITOS COLATERAIS
• Nefrotoxicidade
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• Ototoxidade → lesões no ouvido interno (auditiva e aparelho vestibular) → Não associar
com fármacos que também são ototóxicos, como a furosemida.
• Comprometimento neuromuscular: reduzem liberação de acetil-colina. Não usar no pós-
operatório de pacientes que usaram bloqueadores de Junção Neuromuscular (vecurônio,
rocurônio).
C) MACROLÍDEOS
Exemplos:
• Eritromicina
• Claritromicina (usado para H. pylori)
• Azitromicina
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
As modificações moleculares realizadas neste grupo permitiram que estes antibióticos (Clari. E
Azi.) tenham melhor absorção, melhor distribuição tecidual e aumento do tempo de meia-vida.
Ex: Azitromicina atinge amplamente os tecidos e pode ser usado 1x/dia por ter meia-vida longa.
Observação: Tempo de meia-vida → tempo que leva para que a concentração plasmática do
fármaco caia pela metade (está vinculada à sua velocidade de eliminação).
- Elas atuam mais sobre Gram Positivo / principalmente eritromicina; as outras atuam sobre Gram
Positivo e outros microorganismos, como clamídeas.
- Podem ser uma opção para pacientes com hipersensibilidade às penicilinas (alérgicos). Ex:
eritromicina.
D) CLORANFENICOL
Ele é muito tóxico, mas tem uma boa ação sobre bactérias que causam meningite (Neisseria)
Recém-nascidos: Síndrome cinzenta → acúmulo do cloranfenicol nos tecidos por níveis baixos
de proteínas plasmáticas (ele fica muito na forma livre). Causa danos ao SNC – encefalopatia.
3) QUINOLONAS/FLUORQUINOLONAS
MECANISMO DE AÇÃO: Inibem a síntese do DNA bacteriano/inibem a enzima topoisomerase
IV.
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FLUORQUINOLONAS:
o Ciprofloxacino Maior ação sobre Gram Negativo. (2°
o Oflaxacino geração)
o Norfoxacino
Além das Gram Negativas, têm ação sobre
o Levofloxacino
Gram Positiva. (3° geração)
o Moxiflaxacino
- 3° geração tem uma grande aplicação em infecção de vias aéreas (ex: sinusite)
EFEITOS ADVERSOS
Observação: Estes fármacos interagem com cátions di e trivalente (Ca²+, Al³+, Mg²+, etc) → NÃO
MINISTRAR junto com alguns alimentos (ex: leite) e antiácidos (têm em sua composição estes
cátions).
Glicopeptídeo: VANCOMICINA
PENICILINAS
- Naturais: Penicilina G. (injetável); Penicilina V. (oral); Ambas com ação sobre Gram Positivo
*Beta lactamases (produzido por bactérias): enzimaque destrói o anel beta lactâmico
(mecanismo de resistência).
- Para reduzir esta resistência: associação das penicilinas (amoxicilina e ampicilina) com
inibidores das beta lactamases.
• Hipersensibilidade
• Neutotóxico (risco pequeno)
5) BETA LACTÂMICOS
CEFALOSPORINAS
1° Geração: ação bactericida contra Gram Positivo e Gram Negativo - CEFALEXINA (oral) e
CEFALOTINA (injetável).
CARBAPENENS
IMIPENEM + CILASTATINA: A cilastatina inibe uma dipeptase tubular renal que degrada o
imipenem.
MONOLACTÂMICO
AZTREONAM (injetável)
GLICOPEPTÍDEOS
• VANCOMICINA: uso em infecções mais graves (infecções por Gram Positivos). Uso em
infecções por estafilococos meticilina resistentes.
• Tem elevada nefrotoxidade.
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Sistema Digestório
Farmacologia do vômito: vômito é o ato reflexo pelo qual o organismo elimina o conteúdo
gastrointestinal.
CAUSAS: doenças digestivas, de orofaringe, infarto, dores intensas, cólica nefrótica, quimio e
radioterapia, hipertensão intracraniana, doenças vestibulares, linetose, gravidez, entre outros.
PATOFISIOLOGIA DO VÔMTO:
Córtex cerebral
• Cheiro
• Visão Náuseas
Quimioterápicos opioides • Pensar
Pensa
CENTRO EMÉTICO Núcleo Vestibular
Muscarínico 5HT3,
Histamínico H1,
Neurocinina 1
Quimio e Radioterapia
Gastroenterite
Faringe e Trato
Gastrointestinal
Receptores 5HT3
1) ANTIHISTAMÍNICOS H1
o Meelizina (Meclin)
o Dimenidrinolato (Dramin)
o Prometozina – Gravidez
Droga mais efetiva para doenças do labirinto e cinetose. (Muito fraca para quimioterapia).
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2) BLOQUEADORES D2 (DOPAMINÉRGICO D2) PROCINÉTICOS
o Plasil (Metoclopramida) – Não utilizar em crianças
o Digesan
o Matirium
o Peridol (Domperidona)
Efeito procinético (Plasil): ação no receptor 5HT4 (esvazia o estômago mais rápido)
Uso por via oral, retal, intramuscular ou venosa. *Atravessam a barreira hematoencefálica (Plasil
e Digesan).
EFEITOS COLATERAIS
➢ Sedação
➢ Galactorréia
➢ Ginecomastia
➢ Síndrome extrapiramidal em crianças
Fármacos disponíveis:
o Ondasetron (Zofran®)
o Granisetron (Kytril®)
o Dolasetron (Anzemet®)
o Tropidetron (Navoban®)
o Palonosetron (Aloxi®)
INDICAÇÕES
➢ Quimioterapia
➢ Radioterapia
➢ Pós-operatório
EFEITOS COLATERAIS
▪ Efeitos colaterais raros
▪ Cefaleia e constipação
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▪ Prolongamento do intervalo Q-T (causa arritmia, cuidado em cardíacos) mais pronunciado
com dolasetron
OUTROS
CANABIS
Adjuvante para controle de vômito por quimioterapia.
DEXAMETASONA
Usado como adjuvante para controle de vômito por quimioterapia.
ANTICOLINÉRGICOS
Escopolamina (hioscina) – usado em patch para cinetose
CONTRA-INDICAÇÕES
DOENÇAS DO ESTÔMAGO
o Cimetidina
o Nizatidina
o Ranitidina
o Famotidina
EFEITOS COLATERAIS
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▪ Ginecomastia e impotência sexual
▪ Deficiência de Vit B12
▪ Neutropenia, Plaquetopenia e Anemia
▪ Polimiosite com dor muscular
▪ Cefaleia, sonolência, agitação
▪ Bradicardia
▪ Interação medicamentosa
2) INIBIDORES DE BOMBA
H+K Atpase
Fármacos disponíveis:
o Rabeprazol
o Pantoprazol
o Omeprazol
o Lansoprazil
o Esomeprazol
o Deslanzoprazol
EFEITOS COLATERAIS
3) PROCINÉTICOS
Esvazia o estômago mais rápido.
Fármacos disponíveis:
o Metoclopramida
o Bomoprida
o Doomperidona
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o Cisaprida
4) ANTIÁCIDOS
• Tratam os sintomas
• Atual neutralizando o ácido gástrico, elevando o pH
• Inibe a atividade péptica
• Mais comuns: sais de magnésio e de alumínio ABSORVÍVEIS (EVITAR):
• Tratamento de apoio – alívio da doença leve
• Tratamento sintomático Bicarbonato de Sódio
Carbonato de Cálcio
NÃO ABSORVÍVEIS:
EFEITOS COLATERAIS
Sais de Mg – hidróxido de Mg
▪ Constipação ou diarreia
Sais de Al – Hidróxico de Alumínio
▪ Alcalose metabólica
▪ Ricos em sódio
▪ Hipermagnesemia
▪ Hipercalcemia
▪ Hipofosfatemia
▪ Efeito rebote
▪ Impedem absorção de outras drogas
5) PROTETORES DE MUCOSA
✓ Somente úlcera gástrica e gastrite
✓ FAVORECEM os mecanismos de cicatrização das lesões ulcerosas
Fármacos disponíveis:
Terapia combinada:
Outras combinações:
LAXANTES OU CATARTICOS
INDICAÇÕES
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Tratamento: Idosos, reestabelecer a função intestinal (gravidez, pós-parto), secundária a
medicamentos.
ANTIDIARRÉICOS
➢ Adsorventes: caulim, pectina
➢ Anticolinérgicos
➢ Opióides
➢ Inibidor da encefolinase: raceladotril
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Fármacos Anticoagulantes e
Antiplaquetários
São fármacos empregados no tratamento e profilaxia de distúrbios da coagulação
IMPEDEM A ATIVAÇÃO e
Interferem na cascata de coagulação, AGREGAÇÃO Plaquetárias (trombose
IMPEDINDO a formação de FIBRINA arterial).
(trombose venosa).
Injetáveis: o AAS
o Clopidogrel
o HEPARINAS
o Abciximab
Orais:
o Varfarina
o Rivaroxabano
o Dabizatrana
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ANTICOAGULANTES
Via extrínseca da cascata de coagulação
VIIIa + Ca²+
X Xa
Ca ²+ XIII
(estabiliza o coágulo)
Fibrinogênio FRIBRINA
FÁRMACOS ANTICOAGULANTES
Injetáveis → HEPARINAS
2 TIPOS
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INJETÁVEIS (DIFERENÇA)
ORAIS
ANTIPLAQUETÁRIOS
Lesão endotelial → exposição de colágeno → ADESÃO das plaquetas ao colágeno
ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA
COX1
AAS
CLOPIDOGREL
O fármaco clopidogrel é um pró-fármaco*
➔ Inibe o receptor para ADP nas plaquetas → Impede a ativação e agregação plaquetária.
➔ Inibição IRREVERSÍVEL → Efeito antiplaquetário persiste aproximadamente 10 dias!
Observação: Se ingerir com omeprazol, não é metabolizado e corre o risco de trombose. Em caso
de dor no estômago, é preferível que tome ranitidina.
Fármacos Antidepressivos
Indicações Clínicas:
❖ Tratamento da Depressão
❖ Tratamento do Transtorno de Ansiedade
❖ Tratamento da Fibromialgia
❖ Tratamento Profilático da Enxaqueca
o Serotonina (5HT)
o Noradrenalina (NA)
o Dopamina (DA)
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Redução da concentração sináptica de 5HT, NA e/ou DA → UP-REGULATION COMPENSATÓRIA
DOS RECEPTORES ( ↑ número de receptores) no neurônio pós-sináptico, na tentativa de manter
a neurotransmissão. → DEPRESSÃO.
FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS
Hipótese dos Receptores de Monoaminas para a ação dos Antidepressivos
15-21 dias...
*Depois de começar a tomar, só depois de 15 a 21 dias depois (tempo que leva para acontecer a
down-regulation) → Só começa a melhorar depois da down-regulation → é nesse tempo que
sente os efeitos adversos.
o Citalopram (Cipramil®)
o Escitalopram (Lexapro®)
o Fluoxetina (Prozac®)
o Fluvoxamina (Luvox®)
o Paroxetina (Aropax®)
o Sertralina (Zoloft®)
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INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E
NORADRENALINA (IRSN)
Fármacos:
*Estes efeitos tendem a minimizar e desaparecer após os primeiros 21 dias de tratamento! (down-
regulation dos receptores)
Mirtazapina: melhor para idosos, principalmente se for um idoso emagrecido pois este
medicamento pode engordar.
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Outras: Tratamento da compulsão alimentar e em associação aos ISRS ou IRSN no tratamento
da depressão.
o Amitriptilina (Tryptano®)
o Clomipramida (Anafranil®)
o Imipramida (Tofranil®)
o Nortriptilina (Pamelor®)
Constipação intestinal, retenção urinária, visão turva, boca seca, sonolência, confusão mental.
IRSN X TCA
Ambos inibem a recaptação neuronal de NA e 5HT. Qual a diferença entre eles?
Os IRSN são MAIS SELETIVOS, sem ação antagonista sobre receptores A1, H1 e M1 e portanto
NÃO provocam efeitos adversos antiadrenérgicos, anti-histamínicos e anticolinérgicos.
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Fármacos Antipsicóticos
INDICAÇÕES CLÍNICAS:
❖ Esquizofrenia
❖ Fase de mania do Transtorno Bipolar
❖ Depressão com sintomas psicóticos
❖ - controle da intolerância e agressividade em pacientes demenciados ou com delirium.
Psicose: Psicose é uma síndrome caracterizada por distorção grave da realidade, associado a
alteração das capacidades afetivas, de comunicação e de relacionamentos.
➔ A psicose pode estar associado a diversos transtornos psiquiátricos diferentes, não sendo
uma síndrome exclusiva da esquizofrenia.
Sintomas psicóticos:
➢ Delírios
➢ Alucinações
➢ Fala e comportamento desorganizado
➢ Distorção grave da realidade
ESQUIZOFRENIA
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico no qual os sinais contínuos da perturbação persistem
por pelo menos 6 meses, incluindo ao menos 1 mês de sintomas psicóticos (fase ativa), havendo
prejuízo sócio/ocupacional por um período de tempo significante. (DSM-livro)
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▪ Delírios: interpretação equivocada da realidade percebida ou crenças falsas. Mais comuns:
perdecutórios.
▪ Alucinações: Alteração de qualquer uma das modalidades sensoriais (audição, visão, tato
e paladar).
▪ Discurso desorganizado: argumentos incoerentes, ilógicos.
▪ Comportamentos desorganizados: desleixo com a aparência e higiene; hiperatividade,
inquietação, respostas emocionais inadequadas.
Sintomas NEGATIVOS
ESTÁGIOS E EVOLUÇÃO
❖ Estágio I (0-15 anos): assintomático, funcionamento cerebral integral.
❖ Estágio II (15-20 anos): Fase prodrômica – sintomas que apesar de presentes não
satisfazem aos critérios diagnósticos para esquizofrenia.
❖ Estágio III (20-40 anos): Fase aguda sintomas positivos, negativos, remissões e recaídas.
Redução, sem recuperação do funcionamento cerebral normal.
❖ Estágio IV ( > 40 anos): predomínio de sintomas negativos e cognitivos.
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Hipoatividade dopaminérgica da via mesocortical → Pouca estimulação dos receptores D2 pela
dopamina → SINTOMAS NEGATIVOS.
TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA
Fármacos antipsicóticos + Reabilitação Psicosocial.
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ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS
MECANISMO DE AÇÃO: Antagonista de receptores D2 na via mesolímbica → REDUZ a
atividade dopaminérgica na via mesolímbica → Melhora dos sintomas positivos.
EFEITOS ADVERSOS
Devido ao antagonismo de D2
▪ Bloqueio de M1: visão turva, boca seca, sonolência, constipação e retenção urinária.
▪ Bloqueio H1: sonolência e ganho de peso.
▪ Bloqueio A1: tontura e hipotensão ortostática.
▪ MUITO SEDATIVOS → contraindicado para idosos.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
São antagonistas de Serotonina e Dopamina
VANTAGENS:
• ↑ Liberação de DA na via mesocortical → melhora dos sintomas negativos
• Menor risco de sintomas extrapiramidais e discinesia tardia
EFEITOS ADVERSOS
Hipoanalgésicos
➔ Padrão de classe: MORFINA
✓ Fármacos que induzem o sono (efeito hipnótico) e promovem ALÍVIO DA DOR
MODERADA A INTENSA (efeito analgésico).
✓ São analgésicos com propriedades SEDATIVAS, ou seja, reduzem a ansiedade e a
agitação, oferecendo conforto para o paciente.
✓ FÁRMACOS HIPOANALGÉSICOS: OPIÓIDES
2 Componentes
O sinal gerado no nociceptor é conduzido pelas FIBRAS NOCICEPTIVAS (1° neurônio) até a
medula espinhal.
Para que o estímulo nocivo na periferia chegue ao SNC, deve ser feito 2 coisas: LIBERAÇÃO DE:
GLUTAMATO E DESPOLARIZAÇÃO.
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FÁRMACOS OPIÓIDES
Receptores opioides
K (KOR) δ (DOR)
U (MOR)
o Morfina o Naloxona
o Fentanil o Naltrexona
o Metadona
o Oxicodona
o Buprenorfina
o Codeína
o Tramadol
↓ Liberação de Subst. P
↑ Saída de K+
↓ Liberação de Glutamato
Hiperpolarização do 2° neurônio
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Ação Agonista em receptores U nos
neurônios pré-sinápticos (fibras Aδ e
C): → ↓ liberação de glutamato e
substância P.
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INTOXICAÇÃO OPIÓIDE (OVERDOSE)
Euforia ou disforia miose, sensação de calor, rubor facial ou coceira, constipação, retenção
urinária, sonolência, depressão resp., arreflexia, apneia, sedação e coma.
NALOXONA → ANTAGONISTA
Tratamento da Intoxicação por opioides. OBS: Adm (em monodroga) a dependentes de morfina
ou heróina → ABSTINÊNCIA precipitada por antagonista (ansiedade, hiperventilação,
hipertermia, antagonista (ansiedade, hiperventilação, taquicardia, calafrios).
ANOTAÇÕES
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