Rafael Backes Da Rosa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA 2015

Rafael Backes da Rosa

Planejamento familiar na atenção básica: um projeto de


intervenção

Florianópolis, Março de 2016


Rafael Backes da Rosa

Planejamento familiar na atenção básica: um projeto de


intervenção

Monografia apresentada ao Curso de Especi-


alização Multiprofissional na Atenção Básica
da Universidade Federal de Santa Catarina,
como requisito para obtenção do título de Es-
pecialista na Atenção Básica.

Orientador: Deise Warmling


Coordenador do Curso: Prof. Dr. Antonio Fernando Boing

Florianópolis, Março de 2016


Rafael Backes da Rosa

Planejamento familiar na atenção básica: um projeto de


intervenção

Essa monografia foi julgada adequada para


obtenção do título de “Especialista na aten-
ção básica”, e aprovada em sua forma final
pelo Departamento de Saúde Pública da Uni-
versidade Federal de Santa Catarina.

Prof. Dr. Antonio Fernando Boing


Coordenador do Curso

Deise Warmling
Orientador do trabalho

Florianópolis, Março de 2016


Resumo
Este projeto de intervenção será realizado na comunidade do bairro Cristo Rei, área pre-
dominantemente urbana, no município de Içara-SC. Constatou-se que 80% das gestações
em acompanhamento nesta área nāo haviam sido planejadas. Tem-se como causa a falta
de orientação/educação sexual e de métodos contraceptivos em si, o que reflete tanto no
não-uso quanto no seu uso inadequado. Tem como objetivo desenvolver um projeto de in-
tervenção com atividades educativas a fim de orientar a população sobre o planejamento
familiar na comunidade em questão. Consistirá em levantar as adolescentes de 10 a 19
anos da comunidade por meio do banco de dados e coletar informações sobre os méto-
dos de anticoncepção utilizados e expectativas sobre engravidar e constituir uma família.
Realizar confecção de panfletos com informações sobre a importância do planejamento
familiar, com ênfase nos métodos contraceptivos orais. Como parte do projeto educativo,
as agentes de saúde serão treinadas para realizar orientações sobre o uso de métodos anti-
concepcionais às visitas domiciliares, bem como convidar as pacientes à consulta médica
individual. Serão realizadas palestras junto às escolas, dirigidas também ao público mas-
culino, como parte integrante do planejamento familiar. Instituir, na quarta sexta-feira
de cada mês, à tarde, o dia de saúde da mulher jovem, no qual serão apresentados e de-
batidos, de modo informal e objetivo, temas referentes à saúde sexual, estimulando o uso
de contraceptivos orais e do planejamento familiar. Espera-se contribuir com a sensibili-
zação da população adolescente sobre a relevância do planejamento familiar e prevenção
da gestação indesejada, bem como fornecer instruções e métodos contraceptivos.

Palavras-chave: Planejamento Familiar, Saúde da Mulher, Contracepção, Atenção Pri-


mária de Saúde
Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

3 REVISÃO DA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

5 RESULTADOS ESPERADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9

1 Introdução

Este projeto de intervenção será desenvolvido a partir da experiência de atuação junto


à Estratégia de Saúde da Família (ESF) na comunidade Cristo Rei, do município de Içara
– SC. Cristo Rei faz parte do grande centro da cidade de Içara. Uma área urbana, de
crescimento predominamentemente longitudinal.
O bairro passou por duas incorporações na última década. Um loteamento (Lima),
surgido de loteamentos e construções subsidiadas ao longo de dois governos, e um con-
domínio (Amanda Costa), financiado por meio do programa ”minha casa, minha vida”e
com a regência da secretaria de assistência social do município.
São duas realidades distintas. O bairro, em sua dimensão originária, de classe média
e condições adequadas de moradia. Por outro lado, dois ambientes precários, em especial
o residencial Amanda Costa, cuja fonte predominante de renda é o programa de transfe-
rência de renda Bolsa Família e demais benefícios da assistência social.
Em relação aos serviços de educação e saúde conta com uma creche, duas escolas, uma
até o ensino fundamental e outra, de iniciativa privada, até o ensino médio. Há ainda uma
UBS, uma acadêmia ao ar livre, um campo de futebol e um ginásio de esportes junto ao
centro comunitário.
As forças sociais estão nos grupos de igreja, clube de mães e associação de moradores.
Das igrejas, uma é católica e outras são evangélicas não católicas.
No bairro não há área com esgotamento a céu aberto. As áreas que não são cobertas
por rede de esgoto contam com sistema de fossa sanitária. A cobertura da rede de água e
luz atinge 100% das famílias, bem como a coleta de lixo.
Em relação à renda da população, a parte original do bairro é composta por uma
classe média. Por outro lado, as duas áreas agregadas, o loteamento Lima e o residencial
Amanda Costa são de baixa renda, com quase totalidade beneficiária do bolsa família.
A UBS Cristo Rei acompanha atualmente 3.343 pessoas, sendo 1.586 homens e 1.757
mulheres. A distribuição por faixa etária da população corresponde à: indivíduos com
menos de 20 anos são 930, entre 20 e 59 anos são 1965 e acima de 60 são 448.
A prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica é de 13,9% (n= 465) e a de Diabetes
Mellitus de 4% (n=134). Não há indivíduos acometidos por Hanseníase ou Tuberculose.
Em relação aos principais motivos que levam os usuários à UBS, podemos destacar
como as queixas mais comuns: HAS, depressão, distúrbios do sono, lombalgia e disúria.
Sobre os indicadores de saúde materno-infantil, podemos elencar: o número absoluto
de óbitos em menores de 1 ano de idade em 2013 no município de Içara: 10; as causas
das mortes das crianças com menos de 1 ano de idade em 2013: 3 sepses, 3 afecções
respiratórias, 1 anomalia congênita cardíaca, 3 afecções perinatais. A proporção de crian-
ças com esquema vacinal completo no mês de maio foi de 100%. Das gestantes de 2014,
10 Capítulo 1. Introdução

92% realizaram sete ou mais consultas de pré-natal. As cinco principais causas de morte
dos residentes do bairro em 2014 foram: ICC, IAM, Neoplasia, Pneumonia e Sepse. As
cinco principais causas de internação dos idosos residentes do bairro em 2014 foram IAM,
Pneumonia, Desidratação, DPOC e ICC.
Ao longo do ano, em contato com as gestantes, constatamos que 80% parte das gesta-
ções em acompanhamento nāo haviam sido planejadas. Deste modo, decidimos intervir no
planejamento familiar, dando condições para tal. Consideramos que existem meios para
que mulheres que não desejem engravidar não o façam. Nós, profissionais de saúde, somos
dotados e preparados para fornecer e orientar sobre tais meios.
As causas de gravidezes não planejadas são a falta de orientação/educação sexual e
de métodos contraceptivos em si, tanto no não-uso quanto no uso inadequado. Impor-
tante também é o papel da reprodução da estrutura familiar. As consequências são a
interrupção de planos futuros, com resultados nas esferas socioeconômicas e psicológicas,
determinantes importantes na saúde do indivíduo e do concepto.
As mulheres em idade fértil que não tenham tolhidos seus projetos e as crianças que
são criadas em dificultosas condições, que acabam limitando oportunidades de desenvol-
vimento, são os maiores interessados.
Defender o direito da mulher sobre o seu corpo, inclusive decidindo o destino de uma
eventual gestação. Uma vez que o estado brasileiro não dá em pleno à mulher este direito,
como por meio da interrupção de uma gestação em curso, é ainda mais importante dotá-las
de meios de evitar as gestações não planejadas.
É plenamente possível, no âmbito da ESF, com todos os seus profissionais, realizar
um projeto de educação em planejamento familiar. Tal projeto é oportuno em razão do
grande número de gestações não planejadas, estando de acordo com o desejos das gestantes
em evitar eventos futuros e o sucesso das que ainda não vieram a gestar em escolher o
momento certo.
11

2 Objetivos

2.1 Objetivo geral


Desenvolver um projeto de intervenção com atividades educativas a fim de orientar
a população sobre o planejamento familiar na comunidade Cristo Rei, do município de
Içara - SC.

2.2 Objetivos específicos


• Sensibilizar a população adolescente da comunidade sobre a relevância do planeja-
mento familiar e prevenção da gestação indesejada.

• Desenvolver ações de educação em saúde, no âmbito individual e coletivo, com os


adolescentes da comunidade.
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3 Revisão da Literatura

A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada em 2006, observou que


46% dos nascimentos não foram planejados, compostos por 28% que eram desejados para
mais tarde e 18% que não eram desejados.(BRASIL, 2009a)
A gravidez não planejada é toda a gestação que não foi programada pelo casal ou, pelo
menos, pela mulher. Pode ser indesejada, quando se contrapõe aos desejos e às expectati-
vas do casal, ou inoportuna, quando acontece em um momento considerado desfavorável.
Ambas são responsáveis por uma série de agravos ligados à saúde reprodutiva materna e
perinatal. A sua ocorrência tem impacto importante na oferta de cuidados de pré-natal,
na orientação sobre aleitamento materno, no estado nutricional infantil e nas taxas de
morbimortalidade materno-infantil. Embora pouco estudada, a gravidez não planejada
representa risco aumentado de ansiedade e de depressão, sobretudo no período puerpe-
ral.(GIPSON; KOENIG; HINDIN, 2008)
Em estudo realizado em Rio Grande - RS, a prevalência de gravidez não planejada
chegou a 65%, estando bem próxima da taxa descrita por outros estudos comparados.
O mesmo estudo identificou alguns fatores associados à gravidez não planejada, demons-
trando que esses eventos não são completamente aleatórios e estão, de alguma forma,
ligados ao desejo de engravidar. As mulheres de cor da pele preta ou parda, as mais jo-
vens, as que não vivem maritalmente, as mais pobres, as que vivem com mais de três
pessoas em seus domicílios, as fumantes, as que já tinham filhos, as que não tiveram
apoio dos pais de seus filhos e as não assistidas por planos de saúde privados foram as que
apresentaram maior probabilidade de terem tido gravidez não planejada.(PRIETSCH et
al., 2011)
Em relação à anticoncepção, um estudo demonstrou baixos índices de utilização de mé-
todos contraceptivos em jovens sexualmente ativas, em torno de 50% no Brasil.(GADOW
et al., 1998) É possível que o uso incorreto e inadequado de métodos anticoncepcionais
responda pela maioria dos casos de insucesso na prevenção da gravidez, e não a falta de
conhecimento sobre o método em si.(PANIZ; FASSA; SILVA, 2005)
Programas de planejamento familiar constituem-se em importantes meios de preven-
ção da gravidez indesejada. Os dados encontrados permitem reconhecer a vulnerabilidade
e a exposição das adolescentes à gravidez e sua repetição. Reforçam a importância do
estabelecimento de políticas públicas e programas voltados para a saúde sexual e repro-
dutiva dos adolescentes e jovens que englobem a educação, os conceitos e o uso correto
dos métodos contraceptivos, que ofereçam além do método, o acompanhamento médico
e de enfermagem, visto a necessidade destes de informações e meios de prevenção de
gravidez.(BERLOFI et al., 2006)
De acordo com o Ministério da Saúde, planejamento familiar é o direito que toda
14 Capítulo 3. Revisão da Literatura

pessoa tem à informação e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e conscien-
temente por ter ou não ter filhos. O número, o espaçamento entre eles e a escolha do
método anticoncepcional mais adequado são opções que toda mulher deve ter em relação
ao direito de escolher de forma livre e por meio da informação, sem discriminação, coerção
ou violência.(BRASIL, 2002)
O acesso à mulheres e homens à informação e aos métodos contraceptivos é uma
das ações imprescindíveis para se garantir o exercício dos direitos reprodutivos no país.
Em 1996, um projeto de lei que regulamenta o planejamento familiar foi aprovado pelo
Congresso Nacional e sancionado pela Presidência da República. A Lei estabelece que
as instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os seus níveis, estão
obrigadas a garantir à mulher, ao homem ou ao casal, em toda a sua rede de serviços,
assistência à concepção e contracepção como parte das demais ações que compõem a
assistência integral à saúde.(BRASIL, 2002)
Em 2007 o governo federal lançou a Política Nacional de Planejamento Familiar, am-
pliando a oferta de métodos contraceptivos na rede pública de saúde e nas drogarias e
farmácias privadas credenciadas ao Programa Farmácia Popular do Brasil. A proposta
também incluia uma ampla campanha de esclarecimento e estímulo ao planejamento fa-
miliar, com a distribuição, em larga escala, de material educativo sobre os diferentes
métodos de contracepção, a escolas, centros comunitários, no Programa Saúde da Fa-
mília, contendo informações sobre as diversas maneiras de se evitar uma gravidez não
planejada.(BRASIL, 2009b)
15

4 Metodologia

Este trabalho consistirá em um projeto de intervenção, o qua se fundamenta na me-


todologia da pesquisa- ação. Esta parte da relação dialética entre pesquisa e ação, com
enfoque na transformação de algum processo real, que se dá no campo. Em seu caráter
pedagógico, essa metodologia possibilita que os sujeitos, ao pesquisarem a sua prática
profissional, dela se apropriam e se tornam capazes de ressignificá-la, estando pesquisador
e pesquisados envolvidos em um processo de mudança (LINDNER et al., 2014).
Como no Curso de Especialização Multiprofissional na Atenção Básica, o Plano de
Intervenção (PI) parte de uma proposta de ação feita pelo profissional para a resolução
de um problema real observado em seu território de atuação, este PI abordará o seguinte
problema: a constatamos de que 80% parte das gestações em acompanhamento pela UBS
nāo haviam sido planejadas. Deste modo, decidimos intervir no planejamento familiar,
dando condições para tal. A partir disso, este PI espera desenvolver um projeto de in-
tervenção com atividades educativas a fim de orientar a população sobre o planejamento
familiar na comunidade Cristo Rei, do município de Içara - SC.
Para a concretização desse objetivo geral, será necessário atuar sob duas linhas cen-
trais:
I) Sensibilizar a população adolescente da comunidade sobre a relevância do planeja-
mento familiar e prevenção da gestação indesejada.
É preciso conscientizar as adolescentes que, conforme exposto por Gipson, Koenig e
Hindin (2008), a ocorrência da gravidez não-planejada tem impacto importante na oferta
de cuidados de pré-natal, na orientação sobre aleitamento materno, no estado nutricional
infantil, nas taxas de morbimortalidade materno-infantil e no risco aumentado de ansi-
edade e depressão. Ações com tal intuito serão realizadas ao longo do ano corrente, por
meio de visitas domiciliares realizadas pelas ACS previamente capacitadas, nas escolas
pelos profissionais da ESF e na UBS, também pelos profissionais e em carater excepci-
onal com convidados palestrantes. Inclui-se na UBS as consultas ambulatoriais padrão
com o profissional médico. A parceria com as escolas deve ter como objetivo não apenas
as atividades realizadas pelos profissionais da estratégia com os alunos, mas a prepara-
ção dos profissionais da escola para trabalhar o tema sem a participação direta da ESF.
É importante que todos os profissionais da estratégia sejam corresponsáveis, evitando o
protagonismo excessivo de apenas um profissional.
II) Desenvolver ações de educação em saúde, no âmbito individual e coletivo, com os
adolescentes da comunidade.
Em um primeiro momento, levantaremos as adolescentes de 10 a 19 anos pertencentes à
comunidade, o que será realizado de maneira rápida por meio do banco de dados eletrônico
da unidade de saúde. Após, as agentes de saúde realizarão, em suas visitas, coleta de
16 Capítulo 4. Metodologia

informações sobre os métodos de anticoncepção utilizados e expectativas sobre engravidar


e constituir uma família.
Em um segundo momento, será iniciado o projeto educativo. Confecção de panfletos
com informações sobre a importância do planejamento familiar, com ênfase nos métodos
contraceptivos orais, panfletos os quais serão distribuídos nos atendimentos individuais e
coletivos, ficando também expostos na UBS.
Como parte do projeto educativo ativo, as agentes de saúde serão treinadas para re-
alizar orientações sobre o uso de métodos anticoncepcionais às visitas domiciliares, bem
como convidar as pacientes a comparecer em consulta médica individual, se assim lhes
interessar. Serão realizadas palestras junto às escolas com a distribuição do material edu-
cativo e, por ocasião da oportunidade, dirigidas também ao público masculino, como parte
integrante do planejamento familiar.
Será instituído, na quarta sexta-feira de cada mês, à tarde, o dia de saúde da mu-
lher jovem, no qual serão apresentados e debatidos, de modo informal e objetivo, temas
referentes à saúde sexual, estimulando o uso de contaceptivos orais e do planejamento
familiar.
Para o desenvolvimento destas ações, serão utilizados os recursos humanos já dispen-
sados à UBS pela secretaria municipal de saúde, sem haver necessidade de financiamentos
adicionais ou externos.
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5 Resultados Esperados

Ao final da execução das ações previstas neste projeto de intervenção, esperamos ter
contribuído com a sensibilização da população adolescente da comunidade sobre a rele-
vância do planejamento familiar e prevenção indesejada. Também espera-se sensbilizar
e mobilizar para essa pauta, professores das escolas, demais profissionais de saúde e po-
pulação em geral. É relevante destacar que o diálogo, as ações educativas e preventivas
que envolvem o planejamento familiar, devem ser constantes e se dar tanto nos espaços
escolares, de saúde e familiares, para que haja êxito na sua realização.
Os fatores que levam as adolescentes a engravidarem são diversos e contextuais a cada
local, devendo a equipe de saúde estar atenta a trabalhar com os fatores socio-culturais
envolvidos, respeitando os valores, crenças e desejos das famílias, bem como instruindo-os
sobre os cuidados pertinentes em saúde.
Esperamos, em última instância, reduzir a realidade atual na qual mais de metade das
gestações em acompanhameanto pré-natal na unidade não planejou a gravidez. Enquanto
um caminho possível para realização enxergam-se as ações em educação em saúde, ante-
riormente delineadas, que ao tomarem corpo, contem com a participação ativa dos atores
envolvidos.
19

Referências

BERLOFI, L. M. et al. Prevenção da reincidência de gravidez em adolescentes: efeitos


de um programa de planejamento familiar. Acta Paul Enferm, v. 19, n. 2, p. 196–200,
2006. Citado na página 13.

BRASIL, M. da Saúde do. Assistência em planejamento familiar: manual técnico.


Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Citado na página 14.

BRASIL, M. da Saúde do. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e


da Mulher – PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança.
Brasília: Ministério da Saúde, 2009. Citado na página 13.

BRASIL, M. da Saúde do. Resultados e Conquistas: Uma prestação de contas à


sociedade. 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/mais_
saude_resultados_conquistas.pdf>. Acesso em: 19 Jan. 2016. Citado na página 14.

GADOW, E. C. et al. Unintended pregnancies in women delivering at 18 south


american hospitals, nfp-eclamc group, latin american collaborative study of congenital
malformations. Hum Reprod, v. 13, n. 7, p. 1991–1995, 1998. Citado na página 13.

GIPSON, J. D.; KOENIG, M. A.; HINDIN, M. J. The effects of unintended pregnancy


on infant, child, and parental health: A review of the literature. Studies in Family
Planning, p. 18–38, 2008. Citado 2 vezes nas páginas 13 e 15.

LINDNER, S. R. et al. Metodologia. Florianópolis: Ministério da saúde, 2014. Citado


na página 15.

PANIZ, V. M. V.; FASSA, A. C. G.; SILVA, M. C. Conhecimento sobre anticoncepcionais


em uma população de 15 anos ou mais de uma cidade do sul do brasil. Cadernos de
Saúde Pública, p. 1747–1760, 2005. Citado na página 13.

PRIETSCH, S. O. M. et al. Gravidez não planejada no extremo sul do brasil: prevalência


e fatores associados. Cadernos de Saúde Pública, p. 1906–1916, 2011. Citado na página
13.

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