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Resumo: Por meio de uma reflexão acerca das convergências entre a crítica e a
teoria da literatura fantástica, o presente trabalho demonstrará como o processo de
realidade e de sobrenaturalidade atua no gênero fantástico. Para tanto, refletiremos
acerca do conceito de verossimilhança clássica e moderna para compreendermos a
construção do cenário realístico dessa literatura.
Palavras -chave: Verossimilhança. Teoria. Literatura Fantástica.
Resumen: Por medio de una reflexión acerca de las convergencias entre la crítica y
la teoría de la literatura fantástica, el presente trabajo demostrará cómo el proceso
de la realidad y los actos sobrenaturales actúan en el género de la fantasía. Por lo
tanto reflexionaremos sobre el concepto de verosimilitud clásica y moderna para
entender la construcción del entorno o escenario realista de esta literatura.
Palabras Clave: Verosimilitud. Teoría. Literatura Fantástica.
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Doutoranda em Letras (2012) na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP-
IBILCE).
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Introdução
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Vide Realismo Mágico, Realismo Maravilhoso e Neofantástico.
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A verossimilhança na modernidade
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encadeamento.” (p. 24). Isso nos faz entender que o novo verossímil
barthesiano, o qual constata o uso excessivo no contexto moderno do
significante no texto, e o verossímil todoroviano, sendo sua definição
“conforme a realidade”, são entidades produtoras de um certo realismo
que uma narrativa, por excelência, almeja criar, uma realidade,
independente do período de sua composição. Esse real não é o próprio,
não coexiste na realidade, ele simplesmente é uma impressão, ilustra
uma situação, um objeto, refere-se, simula, almeja a, aspira a,
comporta-se como, é uma fotocópia, mascara, imita, aparenta, enfim, é,
nas palavras de Barthes, um efeito, e nas nossas, um avatar realista.
Uma pergunta nos cabe. Se a realidade é uma ilusão, como a
própria designação especifica, por que algumas citações dos teóricos
parecem confundir o real contextual, vivido pela sociedade, com o
avatar realista? Ressaltamos que, além do excerto todoroviano sobre o
mundo, citado acima, o teórico italiano, Remo Ceserani, em O
fantástico, expõe: “O conto fantástico envolve fortemente o leitor, leva-
o para dentro de um mundo a ele familiar, aceitável, pacífico, para
depois fazer disparar os mecanismos da surpresa”. (2006: 71). Já no
campo da crítica não é diferente, porquanto Braulio Tavares argumenta:
Uma definição do fantástico depende, por exemplo, do fato
de que a concepção do real, para muitas pessoas, está
misturada à sua crença religiosa. Para um ateu, uma história
em que aparecem fantasmas é uma história fantástica, porque
a comunicação com as almas das pessoas mortas é impossível
(e a própria existência de tais almas é posta em dúvida).
(TAVARES, s/d, s/p).
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Considerações finais
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Referências
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