Prova A01 Tipo 003 1
Prova A01 Tipo 003 1
Prova A01 Tipo 003 1
ASSINATURA DO CANDIDATO
No do Documento
0000000000000000
P R I M E I R A FA S E
E X A M E D E C O N H E C I M E N TO S ( P R O VA O B J E T I VA )
INSTRUÇÕES
Quando autorizado pelo fiscal
de sala, transcreva a frase
ao lado, com sua caligrafia
Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz
usual, no espaço apropriado somente até onde os outros já foram.
na Folha de Respostas.
VOCÊ DEVE
- Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS, conforme o exemplo: A C D E
ATENÇÃO
- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitida a utilização de
lápis, lapiseira, marca texto, régua ou borracha durante a realização da prova.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos, manuais,
impressos ou quaisquer anotações.
- A duração da prova é de 4 horas para responder a todas as questões objetivas e preencher a Folha de Respostas.
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido para conferência.
- É proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
Caderno de Prova ’A01’, Tipo 003
A charada do consumo
Atacar a espiral consumista é fácil; o desafio é entender a natureza do seu poder sobre a psicologia humana. A busca por
respostas remonta ao mundo antigo. “A riqueza demandada pela natureza”, sentenciou Epicuro no século IV a.C., “é limitada e fácil
de obter; a demandada pela vã imaginação estende-se ao infinito e é difícil de obter”. A centralidade da imaginação como mola propul-
sora do consumo reaparece, 2 mil anos mais tarde, na observação do crítico social inglês John Ruskin: “Três quartos das demandas
existentes no mundo são românticas; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da imaginação e do coração”.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. As exigências da natureza, é certo, impõem
limites e têm de ser atendidas; mas seria ingênuo supor que nossas necessidades básicas de consumo possam ser demarcadas por
um critério rigidamente biológico: artigos de consumo de primeira necessidade hoje em dia, como anestésicos, escovas de dente e
geladeiras, eram simplesmente desconhecidos nos tempos de Epicuro.
Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pacífico. A pergunta inicial, porém, permanece:
supridas as exigências básicas, o que move o consumo? O bombardeio de estímulos publicitários a que estamos submetidos é, sem
dúvida, parte da resposta, mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que insufla; se funciona, é porque
encontra solo fértil em nossa imaginação. A gama das fantasias que nos impelem a consumir não é menor que a pletora de artigos
disponíveis no mercado.
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar. Uma delas é a riqueza democrática: são
os bens cujo valor reside na satisfação direta que nos proporcionam. Coisa muito distinta, porém, é a demanda por riqueza
oligárquica: o desejo de desfrutar daquilo que nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos nossos semelhantes” − os
chamados “bens posicionais”. A satisfação proporcionada por esse tipo de bem depende essencialmente do fato de que sua posse é
privilégio de poucos no grupo de referência.
Daí que na contenda por bens posicionais, onde o sucesso de alguns é por definição a exclusão da maioria, há apetites de
consumo que se estendem ao infinito (dos tênis de marca, novos gadgets e cosméticos às obras de arte). A moeda escassa nesse
jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. Companhia das Letras. Edição do Kindle)
1. Sem prejuízo para o sentido, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
(A) A moeda escassa (plausível) nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
(B) mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que insufla (dissipa).
(C) Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pacífico (inquestionável).
(D) A gama das fantasias que nos impelem a consumir não é menor que a pletora (escassez) de artigos disponíveis no mercado.
(E) Daí que na contenda (contenção) por bens posicionais.
2. Defende-se no texto que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a razão para o consumo decorre, sobretudo,
(A) de aspectos subjetivos.
(B) de critérios referentes a fatores fisiológicos sem os quais não pode haver bem-estar.
(C) da exigência de que a sociedade partilhe igualmente dos bens básicos disponíveis.
(D) das demandas éticas e políticas.
(E) do desejo de agradar a todos.
o
3. O que o autor classifica como “riqueza oligárquica” (4 parágrafo) consiste no desejo de obter bens que
(A) dependem de necessidades reais e palpáveis.
(B) pudessem nos converter em indivíduos altruístas.
(C) possam garantir o afeto dos que nos rodeiam.
(D) permitam driblar as necessidades impostas pela natureza.
(E) permitam que aquilo que consumimos diferencie nossa imagem dos demais.
o
4. O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. (2 parágrafo)
No contexto em que se encontra, o termo sublinhado indica
(A) comparação.
(B) condição.
(C) causa.
(D) oposição.
(E) finalidade.
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5. A redação de um comentário sobre o assunto do texto que está gramaticalmente correta se encontra em:
(A) Percebe-se uma interdependência entre os anseios de consumo, pois aquilo que cada um sente que não podem viver
sem, depende também do que possui os outros ao seu redor.
(B) Se me proporcionam sentimentos de conforto dormir com o ventilador ligado à noite, isso em nada depende de que outros
moradores da cidade podem ou não fazer o mesmo.
(C) No caso estadunidense, como evidencia Robert Fogel, a linha da pobreza, hoje, ao redor de 25 mil dólares anuais para uma
família de quatro pessoas levaram os pobres do século XXI a serem considerados relativamente ricos pelos padrões de 1890.
(D) Para a maior parte das pessoas, como já observou Adam Smith, a principal fruição da riqueza se dá quando elas pensam
possuir bens a que poucos tenham acesso.
(E) O luxo deixa de sê-lo, no seu componente oligárquico a partir do momento em que, se difundem por um grande número de
consumidores, tornando-se uma coisa comum.
6. Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar.
... há apetites de consumo que se estendem ao infinito...
A permuta das formas verbais de “haver” por “existir” nas frases acima tem como resultado, respectivamente:
(A) Existe – existem – existe
(B) Existe – existem – existem
(C) Existem – existe – existem
(D) Existe – existe – existe
(E) Existem – existem – existem
No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso. Isto se torna
ainda mais evidente no universo do esporte. A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é até hoje
idealizada como uma equipe que não precisava treinar, quando sabemos que, na verdade, a comissão técnica daquela seleção se
utilizou de métodos de preparação física dos mais modernos da época. Já a seleção que conquistou o tetracampeonato em 1994 foi
criticada na mídia justamente por utilizar “marcação forte” e “disciplina rígida”.
As narrativas que retratam as trajetórias de vida dos ídolos esportivos frequentemente ressaltam características que os trans-
formam em heróis, mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. A explicação
para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. A competição é inerente ao próprio espetáculo.
Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis. Enquanto as
celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. A saga clássica do herói fala de um ser que parte do
mundo cotidiano e se aventura a enfrentar obstáculos considerados intransponíveis, vence-os e retorna à casa, trazendo benefícios
aos seus semelhantes. Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno fértil para a produção de mitos
relevantes para a comunidade.
(Adaptado de: HELAL, Ronaldo. A construção de narrativas de idolatria no futebol brasileiro)
7. Já a seleção que conquistou o tetracampeonato em 1994 foi criticada na mídia justamente por utilizar de “marcação forte” e
“disciplina rígida”.
O autor recorre ao exemplo acima para embasar o seguinte argumento:
(A) No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso.
(B) Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis.
(C) Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno fértil para a produção de mitos relevantes
para a comunidade.
(D) A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é até hoje idealizada como uma equipe que
não precisava treinar.
(E) Enquanto as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade.
12. A coesão textual se dá pela omissão de um substantivo que pode ser subentendido pelo contexto no seguinte trecho:
o
(A) Isto se torna ainda mais evidente no universo do esporte. (1 parágrafo)
o
(B) A competição é inerente ao próprio espetáculo. (2 parágrafo)
o
(C) A explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. (2 parágrafo)
o
(D) ... mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. (2 parágrafo)
o
(E) A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é até hoje idealizada. (1 parágrafo)
13. Suponha que, com a ausência de reajustes salariais há mais de três anos, policiais militares de determinado Estado pretendam
entrar em greve, a fim de forçar o governo estadual a atender o pleito dos grevistas. À luz da Constituição Federal,
(A) como a segurança pública é atividade essencial, caberá ao Governador do Estado atender ao pleito dos manifestantes de
modo a permitir restabelecimento do serviço público imediatamente.
(B) somente o poder judiciário, analisando caso a caso, poderá decidir com base nos elementos presentes na situação apre-
sentada, se a greve dos policiais militares é ou não ilegal.
(C) tal manifestação é constitucional, haja vista que é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
(D) é ilícita a pretensão dos policiais militares, sendo vedado o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou moda-
lidade, a todos os servidores públicos que atuem diretamente na segurança pública.
(E) o direito de greve dos servidores públicos deverá ser exercido nos termos e limites definidos em lei específica que deva
permanecer inclusive quanto ao percentual do efetivo enquanto perdurar a greve.
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Caderno de Prova ’A01’, Tipo 003
15. Ao disciplinar o estado de defesa e o estado de sítio, a Constituição Federal estabelece:
(A) Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, restando prejudicada a responsa-
bilização dos executores e agentes pelos ilícitos eventualmente cometidos, em razão da anistia de suas condutas durante
o período de exceção.
(B) Na vigência do estado de defesa, a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a trinta dias, indepen-
dentemente de autorização do Poder Judiciário.
(C) Na hipótese de estado de sítio, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal deverão permanecer fechados até o
término das medidas coercitivas.
(D) O tempo de duração do estado de defesa não será superior a noventa dias, podendo ser prorrogado tantas vezes quantas
necessárias, por iguais períodos, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
(E) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de
defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social,
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
17. Segundo o que estabelece a Constituição Federal acerca das normas de proteção ao trabalho do menor,
(A) é proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos.
(B) o empregador, além do salário, deverá custear a educação do trabalhador carente menor de dezoito anos, mediante o for-
necimento de bolsa de estudo, desde que comprovada a matrícula em estabelecimento regular de ensino.
(C) é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de doze anos.
(D) a jornada de trabalho do maior de dezesseis e menor de dezoito anos não deverá ultrapassar seis horas diárias.
(E) a remuneração do serviço do menor de dezoito anos deverá ser, no mínimo, cinquenta por cento maior que a do trabalha-
dor adulto.
21. A doutrina conceitua o Ato Administrativo como a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.
Considere os cinco elementos ou requisitos do Ato Administrativo e as definições apresentadas no quadro a seguir:
Elemento/Requisito Definição
III - Forma c - Pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao Ato Administrativo.
IV - Motivo d - Resultado que a Administração quer alcançar com a prática do Ato Administrativo.
V - Objeto e - Poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.
23. Suzana encontrava-se presa em penitenciária estadual de determinado Estado, cumprindo pena por tráfico de drogas, ocasião
em que, após se desentender com uma colega de cela, foi por ela assassinada. Diante de tal situação, à luz da Constituição
Federal, o Estado
(A) somente poderá ser responsabilizado pela morte da vítima caso comprovada a coautoria do homicídio por parte de algum
funcionário da penitenciária estadual.
(B) poderá ser condenado a reparar os danos materiais e morais decorrentes da morte de Suzana, em razão de sua
responsabilidade objetiva, regrada pela teoria do risco administrativo.
(C) não poderá ser responsabilizado a reparar qualquer dano decorrente da morte, por não ter sido o evento causado por um
de seus agentes.
(D) somente poderá ser responsabilizado a reparar danos decorrentes da morte de Suzana se comprovada a sua responsa-
bilidade subjetiva, o nexo causal, e o dolo da Administração Penitenciária.
(E) está isento de qualquer dever de reparação de danos, pois o Estado não pode ser responsabilizado por atos de terceiros.
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24. No que diz respeito ao princípio da autotutela, é correto afirmar:
(A) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e res-
salvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
(B) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, mantidos, contudo, os
direitos que deles se originaram, em obediência ao princípio da segurança jurídica. A revogação por motivo de
conveniência ou oportunidade, caberá apenas ao Poder Judiciário, a fim de que sejam respeitados os direitos adquiridos.
(C) A Administração pode revogar seus próprios atos por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos. Contudo, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, somente o
Poder Judiciário poderá anulá-los, quando provocado.
(D) Somente o Poder Judiciário pode revogar ou anular os atos da Administração pública, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ou por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
(E) A Administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, independente da observância acerca de
eventuais direitos adquiridos.
25. Jonas, policial em patrulhamento em determinada cidade, decide, no meio do seu expediente de trabalho, estacionar a viatura
que conduzia, em via pública, para tomar café em uma padaria, deixando as chaves na ignição do veículo. Um indivíduo não
identificado, aproveitando-se da situação, ingressa no interior da viatura e a subtrai do local. Nesse caso, Jonas poderá ser
responsabilizado por peculato
(A) desvio.
(B) culposo.
(C) furto.
(D) apropriação.
(E) mediante erro de outrem.
26. Segundo o que dispõe o Código Penal, se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico,
(A) ambos serão punidos, mas o executor da ação terá a sua pena diminuída por ter sido coagido.
(B) só será punido o executor da ordem, o agente hierarquicamente inferior.
(C) só será punível o autor da coação ou da ordem.
(D) tanto o autor do fato quanto o da coação serão punidos, mas o segundo terá a sua pena agravada.
(E) ambos serão punidos na medida de sua culpabilidade.
27. Jorge, delegado de polícia, sacava dinheiro em uma agência bancária, ocasião em que foi abordado por Ronaldo que, fazendo
uso de uma faca, anunciou o assalto, subtraiu o valor sacado por Jorge e fugiu do local com sua motocicleta. Jorge, armado de
um revólver, o perseguiu, localizando-o cerca de duas horas após os fatos, há cinco quilômetros do local, quando então efetuou
dois disparos contra Ronaldo que, ferido, caiu da motocicleta e morreu no local. Nesse caso, Jorge
(A) praticou crime de homicídio doloso.
(B) ficará isento de pena por ter agido em estrito cumprimento de um dever legal.
(C) agiu em legítima defesa, mas deverá responder pelo excesso.
(D) ficará isento de pena por inexigibilidade de conduta diversa.
(E) estará acobertado pela excludente da legítima defesa.
28. Horácio, após uma violenta discussão com Geraldo, seu vizinho, com quem vinha se desentendendo há muito tempo, desfere
contra ele diversas facadas, com intenção de matá-lo, e o deixa gravemente ferido. Ocorre que outros moradores do condomínio
testemunharam a ação e acionaram rapidamente o socorro. Contudo, a ambulância que fazia o transporte de Geraldo, a
caminho do hospital, colidiu com um caminhão-tanque de combustível que explodiu no local, matando a todos os ocupantes da
ambulância. Diante de tal situação, Horácio poderá ser responsabilizado pelo crime de
(A) lesão corporal seguida de morte com relação a Geraldo e homicídio culposo em relação aos demais ocupantes da ambu-
lância.
(B) homicídio consumado com relação a todos os ocupantes da ambulância.
(C) homicídio consumado com relação a Geraldo.
(D) homicídio tentado com relação a Geraldo.
(E) lesão corporal seguida de morte com relação a Geraldo.
a
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Caderno de Prova ’A01’, Tipo 003
29. Sobre o abuso de autoridade, a legislação em vigor estabelece:
(A) Membros dos Poder Legislativo e Executivo não podem ser sujeitos ativos do crime de abuso de autoridade.
(B) Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de
comparecimento ao juízo é crime punido com reclusão.
(C) As responsabilidades civil e administrativa dependem da responsabilidade criminal, podendo-se questionar a existência ou
a autoria do fato ainda que essas questões já tenham sido decididas no juízo criminal.
(D) O crime de abuso de autoridade é de ação penal pública condicionada a representação do ofendido.
(E) É efeito da condenação tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento
do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os pre-
juízos por ele sofridos.
32. Pelo princípio da vedação ao retrocesso, em matéria de direitos humanos, também conhecido como princípio da proibição de re-
gresso,
(A) não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal.
(B) a testemunha, após prestar o seu depoimento em audiência, não poderá mais alterá-lo.
(C) a aplicação da lei só pode regular efeitos futuros, não podendo retroagir.
(D) o preso, após a progressão do regime fechado para o semiaberto, não poderá mais voltar para o regime mais severo.
(E) os direitos não podem retroagir, só podendo avançar na proteção dos indivíduos.
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34. A Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância estabelece que os
Estados se comprometem a prevenir, eliminar, proibir e punir, de acordo com suas normas constitucionais e com as disposições
da Convenção, todos os atos e manifestações de racismo, discriminação racial e formas correlatas de intolerância,
(A) porém, não prevê eventuais práticas de restrição ou limitação, com base em discriminação racial, do direito de a pessoa de
obter acesso à água, aos recursos naturais, aos ecossistemas, à biodiversidade e aos serviços ecológicos, uma vez que
se trata de patrimônio nacional de cada Estado.
(B) todavia, não há qualquer referência à publicação, circulação ou difusão de qualquer material racista ou racialmente
discriminatório, por meio da internet, haja vista que a sua promulgação se deu antes da proliferação do uso desse meio de
transmissão de informações.
(C) inclusive, qualquer restrição racialmente discriminatória do gozo dos direitos humanos consagrados nos instrumentos
internacionais e regionais aplicáveis e pela jurisprudência dos tribunais internacionais e regionais de direitos humanos,
especialmente com relação a minorias ou grupos em situação de vulnerabilidade e sujeitos à discriminação racial.
(D) entretanto, não faz referência a qualquer restrição ou limitação do uso de idioma, tradições, costumes e cultura das pes-
soas em atividades públicas ou privadas, por serem manifestações que fogem ao escopo da Convenção.
(E) excepcionalmente, contudo, autoriza, em nome do progresso científico, a realização de pesquisas ou aplicação dos resul-
tados de pesquisas sobre o genoma humano, especialmente nas áreas da biologia, genética e medicina, com vistas à
seleção ou à clonagem humana, sem qualquer restrição.
35. As garantias e os direitos fundamentais permeiam todo o texto da Constituição Federal, que inclui, entre outras disposições, que
(A) o tratado e convenção internacional sobre direitos humanos que for aprovado, em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às leis ordinárias.
(B) o princípio da dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, servindo de parâ-
metro orientador para toda atuação do Estado brasileiro.
(C) ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, salvo em caso de guerra declarada.
(D) a República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, pelos princípios da intervenção e subordinação
dos povos.
(E) o princípio da igualdade entre homens e mulheres não é absoluto, podendo ser admitidas restrições à igualdade da mulher
que a cultura e a religião nacional imponham.
Completando-se o padrão descrito até a figura 100, a soma dos números de triângulos formados da figura 1 até a figura 100
será igual a
(A) 15100
(B) 15500
(C) 7525
(D) 7550
(E) 15050
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38. De acordo com dados estatísticos, a porcentagem de negros na população do Brasil é 54% e a porcentagem de policiais negros
no efetivo da polícia brasileira é cerca de 45%. Usando esses dados, se existem x policiais no efetivo da polícia brasileira e se fos-
sem contratados y novos policiais negros, de tal forma que a nova porcentagem de policiais negros no efetivo da polícia brasileira
y
se equiparasse à porcentagem de negros da população brasileira, então seria equivalente a
x
1
(A)
5
1
(B)
11
7
(C)
45
1
(D)
6
9
(E)
46
39. A figura descreve um acidente sequencial de seis carros, provocado pelo carro I, dirigido por Paulo. Dois dos carros são da cor
vermelha, dois são da cor cinza, um da cor amarela e um da cor azul. Não houve batida entre carros de uma mesma cor.
I II III IV V VI
Paulo dirigia um carro cinza. O carro azul de Luís era o único carro entre os carros de Bruno e Renato. O carro de David não era
cinza e se envolveu no acidente apenas com o carro de Bruno. Um carro vermelho bateu no carro de David. O carro de Roberto,
que também se envolveu no acidente, e sua cor eram:
(A) II, vermelho.
(B) V, vermelho.
(C) V, amarelo.
(D) V, cinza.
40. Nenhum Médico desgosta de Biologia. Certos Médicos também são Químicos. Em consequência dessas proposições, é correto
afirmar que
(A) Médicos podem ser Químicos que não gostam de Biologia.
41. Em uma reunião no dia 30 de setembro de 2021, pediu-se aos oito participantes que somassem sua idade, naquela data, com o
ano de seu nascimento. Se a soma de todos os resultados obtidos foi 16165, o número de participantes que ainda não tinham
feito aniversário naquela data de 2021 era
(A) 7
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6
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Caderno de Prova ’A01’, Tipo 003
42. Sobre o efetivo das polícias civil e militar, considere os dados a seguir.
Atualidades
43. No início do mês de maio de 2022, dois países europeus anunciaram que pediriam para entrar na OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte) motivados principalmente pelas ameaças da vizinha Rússia e pela guerra na Ucrânia. Para o
processo ser concluído, é necessário ter a aprovação de todos os 30 países membros do bloco. Um destes países, a Turquia, se
opõe à entrada destes dois países.
(Disponível em: estadao.com.br. Adaptado)
Os países que postulam a entrada na OTAN são
(A) Letônia e Estônia.
(B) República Checa e Hungria.
(C) Suécia e Finlândia.
(D) Alemanha e Grécia.
(E) Polônia e Suíça.
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Caderno de Prova ’A01’, Tipo 003
44. Alteração relevante nas regras de patentes de medicamentos, que opunham setores farmacêuticos de genéricos e de medica-
mentos patenteados, foi decidida em maio de 2021. Foi derrubado trecho da Lei de Propriedade Industrial (LPI) que prevê exten-
são do prazo de patentes em caso de demora na análise pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Foi responsável pela alteração das regras o
(A) Poder Executivo.
(B) Congresso Nacional.
(C) Supremo Tribunal Federal (STF).
(D) Senado Federal.
(E) Superior Tribunal de Justiça (STJ).
45. O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (03/jan/2022) que a balança comercial brasileira registrou superávit de
US$ 61 bilhões em 2021, valor abaixo do previsto pelo governo.
O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, isto é, as importações
superam as exportações, o resultado é de déficit.
(Disponível em: https://g1.globo.com. Adaptado)
No que se refere à balança comercial brasileira,
(A) o nosso principal parceiro comercial é a China.
(B) a redução do superávit está relacionada à menor exportação de automóveis.
(C) o superávit registrado torna o Brasil o segundo maior exportador do mundo.
(D) quase metade das nossas exportações são produtos industrializados.
(E) o Brasil deixou de exportar produtos para o Mercosul.
46. Em 2020, dois cientistas ganharam o prêmio Nobel de medicina com a descoberta do vírus causador da doença. O estudo é
uma contribuição “decisiva” na luta contra a doença − que provoca cirrose e câncer no fígado.
Trata-se do vírus
(A) do sarampo.
(B) HIV.
(C) H1N2.
(D) da hepatite C.
(E) do Ebola.
47. Na Academia Brasileira de Letras (ABL), a eleição de pessoas ligadas a outras áreas da cultura, como ocorreu recentemente, é
muitas vezes criticada. A alegação é de que só escritores poderiam se inscrever na ABL, mas o debate vem desde a fundação
da academia, no final do século XIX.
(Disponível em: https://vejario.abril.com.br/. Adaptado)
Neste ano de 2022, tomaram posse como novos “imortais” da ABL
(A) Sebastião Salgado e Fernando Morais.
(B) Luís Fux e Glória Menezes.
(C) Chico Buarque de Holanda e Dráuzio Varella.
(D) Caetano Veloso e Fernando Henrique Cardoso.
(E) Fernanda Montenegro e Gilberto Gil.
48. A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, foi escolhida a personalidade do ano de 2019 pela revista americana Time. O título
é concedido anualmente a pessoas que, por diferentes razões, se destacaram por suas atividades. Desde 2018 ela se tornou um
símbolo de luta com protestos que começaram em Estocolmo e ganharam o mundo. Com discursos comoventes nas
conferências da ONU, ela despertou a antipatia de líderes mundiais, mas também foi, de acordo com a revista, a voz do maior
desafio enfrentado pelo planeta.
A ativista se tornou conhecida por seus discursos
(A) de proteção ao meio ambiente.
(B) de defesa do movimento feminista.
(C) contra o racismo.
(D) a favor do desarmamento.
(E) condenando as armas nucleares.
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50. Antes de o domínio português ser reconhecido pelo Tratado de Utrech no século XVIII, a região onde se encontra o atual
Amapá foi objeto de disputas territoriais entre várias potências coloniais, dentre as quais:
52. Na primeira metade do século XX, sobretudo até meados da década de 1940, houve uma importante atividade econômica que
conectou o território do Amapá à economia nacional e mundial, marcada
(A) pelo cultivo de especiarias do sertão.
(B) pela pecuária bovina de larga escala.
(C) pelo cultivo da soja para exportação.
(D) pela criação de lagosta em nível industrial.
(E) pela extração do látex para a produção da borracha.
Para a Amazônia, a nova política para a região foi denominada “Operação Amazônia”, lançada em 01/02/1966, em Macapá, com
a presença de governadores e ministros. A chave da nova política era a distribuição de incentivos fiscais. Dadas as prioridades
da ditadura militar, as razões da política não eram apenas econômicas, tendo também o objetivo político de ocupar a Amazônia,
eliminando um vácuo que poderia ser ocupado por potências estrangeiras ou, à maneira das Farcs na Amazônia colombiana,
por forças subversivas como, anos mais tarde, a guerrilha do Araguaia.
(FERREIRA, Sylvio Mario P. e BASTOS, Paulo Zahluth. Disponível em: https://www.eco.unicamp.br)
(A) os objetivos de origem política, nos anos 1960, foram mais importantes que os econômicos, uma vez que o Estado prio-
rizou o combate às forças estrangeiras, como eram exemplos as Farcs e os guerrilheiros do Araguaia.
(B) os anos 1960 foram para o Amapá, e para a região amazônica de modo geral, um período de emprego de uma forte polí-
tica estatal de desenvolvimento econômico, já que se julgava importante e urgente industrializar a região.
(C) os incentivos fiscais foram empregados durante o regime militar para reprimir as chamadas “forças subversivas” após a
Guerrilha do Araguaia.
(D) o governo militar procurou atrair investimentos por meio de incentivos fiscais visando ocupar a região que era desabitada,
principalmente no caso da capital do Amapá.
(E) os interesses políticos e econômicos pesaram conjuntamente na decisão do regime militar em aumentar a ocupação e o
controle da região, a partir do lançamento de uma política com esse fim, no Amapá.
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54. A Cabanagem foi um episódio histórico marcante para a história do Amapá e, de modo geral, também para a história da região
Norte, pois
(A) foi um movimento republicano liderado por trabalhadores das camadas médias e apoiado pelos holandeses que tinham,
desde o período colonial, interesses territoriais na região.
(B) definiu-se como um movimento popular de inspiração comunista que tomou o poder e conseguiu abolir a escravidão no
Amapá, provocando reações da província do Pará.
(C) provocou uma guerra civil entre as províncias da região Norte e as do Nordeste, divididas entre escravocratas e abolicio-
nistas.
(D) constituiu-se como um movimento liderado por grandes proprietários de terras que pressionavam, com a formação de
frentes de batalha, pela abdicação de Dom Pedro I.
(E) mobilizou as elites locais em torno da autonomia provincial e contou com forte participação popular, de índios e negros,
que lutaram pela melhoria das condições de vida.
55. Algumas características da população amapaense, observadas no Censo de 2010, permanecem nos dias atuais, tais como:
(A) as baixas taxas de natalidade e o aumento das atividades secundárias.
(B) a baixa expectativa de vida e o predomínio das atividades primárias.
(C) as altas taxas de mortalidade infantil e o envelhecimento da população.
(D) o pequeno número de jovens e a baixa taxa de fecundidade.
(E) o predomínio da população rural e a ampliação do número de analfabetos.
(IBGE)
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57. No Amapá, o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) cresceu de 2010 para 2017: passou de 0,738 para 0,740,
conforme o Radar IDHM.
A evolução do IDHM do Amapá deve-se ao crescimento dos seguintes fatores:
(A) produtividade e avanço tecnológico.
(B) renda e produtividade.
(C) educação e longevidade.
(D) atividade comercial e educação.
(E) avanço tecnológico e longevidade.
A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre o espaço econômico e social do Amapá permitem afirmar que o Estado
(A) apresentou, a partir de 2000, taxa de urbanização estável, devido à expansão da fronteira agrícola com a de soja no Estado.
(B) possui regular distribuição demográfica e Macapá concentra cerca de 25% da população amapaense.
(C) apresentou forte crescimento da população urbana porque desde 1980 aumentou para 30 o número de municípios.
(D) é tradicionalmente urbano e, em consequência, apresenta predomínio de atividades secundárias e terciárias.
(E) redistribuiu a população pelo espaço amapaense em razão do aumento da urbanização no século XXI.
59. Esses plantios começaram há cerca de dez anos, quando chegaram à capital, Macapá, produtores e filhos de agricultores vindos
do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e até do Paraguai. O plano era criar uma nova fronteira, aproveitando o sol e a
chuva abundantes da região. Até 2019, o grupo, que chegou a 40 agricultores, tinha a atividade agrícola assegurada pela Licen-
ça Ambiental Única (LAU), emitida pelo Estado e renovada a cada ano.
(Disponível em: revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/)
60. O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador importante para mensurar o comportamento da atividade econômica de um Estado
ou região. No caso do Amapá, o setor
(A) industrial está em plena evolução tendo atingido 45% do PIB com a dinamização da reserva extrativista do Cajari.
(B) industrial é dependente dos resultados cíclicos da indústria de extração mineral e vegetal e representa pouco mais de 10%
do PIB.
(C) de serviços tem decrescido por falta de investimentos privados e, atualmente, representa cerca de 50% do PIB estadual.
(D) agropecuário está em processo de forte crescimento, tendo atingido ao final de 2020 a participação de 30% do PIB.
(E) de serviços tende a se recuperar e atingir 60% do PIB com a dinamização da Área de Livre Comércio de Macapá-San-
tana.
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