ADMINISTRATIVO

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AULA 1 Premissas

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Premissas do Direito Administrativo


Para o Direito Administrativo para existir é necessário ter um Estado de Direito que nele há:

Limitação do poder do Estado;

Organização, normas que delimitam o Estado e outros;

Governadores que são súditos dos cidadãos.

Além disso, necessário o Constitucionalismo, movimento social, político e jurídico a partir do qual emerge a constituição de uma nação, portanto, documentos escritos (Constituição) que
limita o poder dos governantes, princípio da legalidade.
Junto a isso, a Separação dos poderes, onde se frisa a ideia que só um poder freia outro poder, portanto cada função típica e atípica é necessária e eficaz para não vincular a Administração
Publica a um poder.
A Declaração dos Direitos Do Homem e do Cidadão (1789) diz nos artigos 16 e 15:
Artigo 15º- A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente público pela sua
administração.
Artigo 16º- Qualquer sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos,
nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.

Artigo 15º- A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente público pela sua
administração.
Artigo 16º- Qualquer sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos,
nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.

Portanto, o funcionário público tem a obrigação de demonstrar as contas públicas.

Conselho Nacional de Justiça e a Separação de Poderes


O conselho é responsável pelo controle administrativo e financeiro e pelos deveres funcionais dos juízes dos cinco segmentos do Poder Judiciário brasileiro.

Paralelo a isso, foi proposto uma ADI 3.367-1 DF, essa que foi favorável a tese, onde ingressou outro poder para fiscalizar e separar os poderes, fazendo com que mantenha a autonomia
dos Poderes.

Direito Administrativo Brasileiro


Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

As relação do Estado são entre Estados ou com indivíduos.

O Direito público tem como maior vinculação à realização de fins públicos, regime mais rigoroso e amarrado. Por ex. prestação de contas. Esse ainda é o direito que o estado se submete,
regula as relações de um estado com o agente público

Constituição Federal 1988

Estado democrático de Direito, Sistema Jurídico, Sistema Administrativo, Direitos fundamentais.

AULA 1 Premissas 1
Princípios
Legalidade - o administrador somente é dado realizar o que estiver previsto na lei, atuar conforme a lei.

Impessoalidade - exige que a atuação do administrador público seja voltada ao atendimento impessoal e geral.

Moralidade - estabelece a necessidade de toda a atividade administrativa atender a lei, à moral e à equidade.

Publicidade - faz com que sejam obrigatórios a divulgação e o fornecimento de informações de todos os atos praticados pela Administração Pública.

Eficiência - que impõe a necessidade de adoção, pelo administrador, de critérios técnicos e profissionais, que assegurem o melhor resultado possível, rechaçando-se qualquer
forma de atuação amadorística e ineficiente do Poder Público.

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


Conjunto de normas ( lógica e coerência) sistema
Normas constitucionais
DIREITA

📜 Podem ser regras e princípios


Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Princípio da legalidade → tem diferença entre o particular e a administração pública

Particular → Critério de não contradição à lei → CF 5, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei;

Administração Pública → subordinação a lei, faz somente o que a lei permite, restrita→ Art. 37. A
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
O controle de legalidade é realizado pelo princípio da estrita legalidade, todo ato normativo deve ser prevista em
lei.
Princípio da legalidade x Princípio da reserva de lei

Os dois se referem ao necessidade da lei todavia um é para o Penal

Lei 9.784/99 → regula o processo administrativo, esse qual é


regulado pela lei e o direito.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

AULA 1 Premissas 2
Não pode privilegiar ninguém , ato administrativo também é impessoal, não é do agente, mas da pessoa jurídica
a que ele pertence.

art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos


públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.

Devido a legalidade estrita, gera os controles dos atos administrativos, esses quais devem ter impessoalidade,
assim como supracitado.

CORRENTE TRADICIONAL/CLASSICA (HLM) → Finalidade é sinônimo da impessoalidade, para


verificar se é impessoal deve olhar para sua finalidade.

MODERNA (CABM) Majoritária → Celso Antônio diz → impessoalidade é a intensão do sujeito


(subjetividade do sujeito) e a finalidade tem haver com a legalidade, pode ter ato legal mas realizado com má fé.

MORALIDADE

Fazem muito mal à República os políticos corruptos, pois não apenas se impregnam de vícios eles mesmo, mas
os infundem na sociedade, e não apenas prejudicam por se corrompem , mas também porque a corromper, e são
mais nocivos pelo exemplo do que pelo crime.
OU SEJA, se o gestor é corrupto, seu ato é pior que o próprio crime dele
Moralidade comum x Moralidade Administrativa

Conjunto de valores éticos que fixam um padrão de conduta que deve ser
necessariamente observado pelos agentes públicos como condição para uma honesta

Critérios

AULA 1 Premissas 3
O direito administrativo se pauta nos seguintes critérios:
Legalista → Conjunto de leis de administração, o próprio direito positivo;

Poder Executivo → Conjunto de regras que disciplinam o Poder Executivo;

Relações Jurídicas → Regras que regulam as relações relações da ADM. PÚB. com o administrador;

Serviço público → Regula a instituição e funcionamento dos serviços públicos;

Finalística → sistema de princípios que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins;

Negativista → regula toda a atividade que não seja legislativa e jurisdicional.

Definição
“DIREITO ADMINISTRATIVO COMO conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem órgãos, os agentes e as atividades tendentes a
realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. - Hely Lopes
Se conceitua como: conjunto harmônico dos princípios jurídicos que regem os órgãos , os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar,
concreta, direta e imediata os fins desejados pelo Estado

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO → regime do direito público, aplicável aos órgãos e entidades que compõe a administração pública

Portanto, é um conjunto de regras e princípios, seu próprio regime jurídico Rege órgãos, agentes e serviços
públicos;
Atividades praticada por ela mesma.

Realiza da forma DIRETA, CONCRETA e IMEDIATA

Teoria de Montesquieu no Estado Moderno


Prevê as funções típicas e atípicas dos Poderes em um estado, vejamos:

AULA 1 Premissas 4
Definição
“DIREITO ADMINISTRATIVO COMO conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem órgãos, os agentes e as atividades tendentes a
realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. - Hely Lopes

ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO

O D. Administrativo público não veio dos romanos, únicos relatos foram de “Coisa pública”.
Seu marco inicial é na França para organizar a administração pública, falando em leis como Lei 16/1790 e Lei do 28 pluvioso(1800), junto a isso o
Caso Agnés Blanco, vejamos:

FRANÇA:
Lei 16/1790 →
Indica a separação dos poderes e suas funções típicas e atípicas;

AULA 1 Premissas 5
Lei do 28 pluvioso(1800) → Demonstra a diferença de jurisdição aplicada na França pelo Concelho de Estado,
pois toda ação realizada pela administração corre na administração, foi cobrado dano civil e criado princípios
novos;

CASO AGNÉS BLANCO → Conflito de normas e de jurisdição e foi recebido

NO BRASIL → TODOS CONFLITOS SÃO PARA O P. JUDICIÁRIO, todavia há o contencioso administrativo (multa detran)

DIREITO AMINISTRATIVO BRASILEIRO

É a junção do direito francês + direto anglo americano, onde adota Adoção de teorias publicistas na
responsabilidade civil do Estado; Interesse público como eixo da atividade administrativa; Conceito de serviço público; Teoria dos atos
administrativos; Teoria do desvio de poder

Tem jurisdição única

Contencioso administrativo – não é jurisdição – o controle dos atos praticados pela Administração
deve ser realizado pela própria Administração, mas não são decisões irrecorríveis ou definitivas.

AULA 1 Premissas 6
Tanto Administração quanto o cidadão possuem os mesmos meios processuais para recorrer ao
Poder Judiciário, que é o responsável pela Jurisdição.

Conjunto harmônio de regras e princípios (regime jurídico da administração pública) – disciplina própria
Rege órgãos e agentes, ou seja, ordena a estrutura e o pessoal do serviço público, Atividades públicas, atos da Administração pública praticados
enquanto tal.

Tem como forma direta, concreta e imediata, vejamos:

Por fim, O Estado moderno, para completo atendimento dos seus fins, atua em três sentidos – administração, legislação e jurisdição e em todos eles
pede orientação ao Direito Administrativo, no que concerne à organização e funcionamento dos seus serviços, à administração de seus bens, à
regência de seu pessoal e à formalização dos seus atos de administração.

AULA 1 Premissas 7
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

FATOS OU ATOS AOS QUAIS O ORDENAMENTO JURÍDICO ATRIBUI PARA CRIAÇÃO DE UMA NORMA.

As fontes podem ser:

ESCRITAS → Lei, Doutrina, constituição, mp

Lei →De acordo com o art. 59 CF as leis podem ser Lei Ordinária, Lei Complementar, Medida Provisória,
Tradados de Direitos Humanos (emenda const.), Resolução e Decreto Legislativo, Decreto Legislativo (realizado
pelo Legislativo, Conselho Nacional, portanto tem força normativa Art. 49/CF) Decreto Presidencial ( Poder
Executivo, todavia contém uso estrito VER ART. 84, IV)→ são leis no SENTIDO AMPLO

A lei deve estar em vigor e ser constitucional.

NÃO ESCRITAS → Jurisprudência, Princípios e Costumes

Doutrina

Trabalho dos estudiosos, o ADM público é muito divergente


Doutrina é por exemplo a construção de conceitos, opinião sobre um tema diferente sobre um Manual.

Jurisprudência

Não é um simples julgado ou um simples acórdão.


Deve ser um entendimento majoritário ou súmula vinculante (matéria constitucional, realizada pelo STF).

Costumes

”Prática habitual, acreditando ser ela obrigatória”


Brasil - Não cria e nem exime obrigação - Luiz de Castro Neto (Fontes do Direito Administrativo, p.87) o costume
é fonte do direito adm, quer quanto reenche as omissões da lei, quer quando serve à sua interpretação e incidência,
mas não quando revoga ou a derroga. A praxe administrativa não se confunde com costume.

Princípios gerais

Vigas mestras do ordenamento jurídico. Princípios aplicados quando da lacuna da lei, mas não derrogam a lei,
utilizados para analogia, para resolver omissões. Princípios implícitos.

FONTES DO Direito Administrativo


A doutrina moderna aponta as fontes:
a) princípios;
b) leis;
c) atos normativos infralegais;
d) doutrina;
e) jurisprudência (destaque para SÚMULAS VINCULANTES e decisões em ADI, ADC e ADPF);
f) costumes;
g) precedentes administrativos.

Administração Pública
Vocabulário:

ESTADO → Pessoa jurídica como sujeito de direito e obrigações. Pessoa jurídica de direito público. Responsabilidade civil é do Estado →
sempre o responsabilizado (ex. Estado Br responde internacionalmente → representado pelo Estado)
Representa o Estado também a União, estados, DF e Municípios.

Governo → Comando da pessoa jurídica. Exercício do poder do Estado. Função mais politica e administrativa. → associado de comando,
exercício do poder, envolve partidos e políticas. → sem personalidade jurídica.

Administração Pública → Estrutura administrativa, composta por seus órgãos, bens públicos e agentes. Maquina administrativa → são os
agentes do Estado.

AULA 1 Premissas 8
DEFINIÇÃO

Administração pública corresponde à face do Estado que atua no desempenho da função administrativa para
atender interesses coletivos.

Subjetivo → Conjunto de entidades jurídicas, órgãos e etc. que compõe a estrutura


formal da administração. Sujeito da administração.

Objetiva → Conjunto de funções ou atividades de caráter essencialmente administrativo.


Funções administrativas.

Administração Pública, objeto específico do Direito Administrativo, (Estado-Gestor) como um conjunto de pessoas
ou entidade jurídicas (pública ou Privada), de órgãos públicos, agentes que estão, por lei, imbuídos do dever-poder
de exercer a função ou atividade administrativas, consistente em realizar concreta, direita e imediatamente os fins
constitucionalmente atribuídos ao Estado
Pode ser uma Empresa → Estado o CEO, GOV , ADM Pública é os funcionários

Administração Pública → Ente que exerce a gestão


administração pública → Atividade

Função Administrativa

Prestação de serviço público

Realizar serviços como ensino, saúde e etc.


Por meio de concessão, contratos ou por seus órgãos e etc. para direcionar utilidades a
proporcionar utilidades ou comodidades a serem usufruídas pelos administrados como
modo de satisfação das suas necessidades.

Exercício do poder da policia administrativa

Fiscalizar → pode fechar estabelecimentos.


Restringir, conter o exercício ou gozo da propriedade (Tombamento), tendo por fim
adequá-las aos interesses públicos e ao bem estar social da comunidade.
Desapropriação.

Atividades de Fomento

Incentivo, dando bolsas, valores para revitalização de praças.

Atividades de intervenção

Intervir na economia, ex. bancos CAIXA, BNDS

Organização

Constituição 88 → art. 1º e 18 (federalismo)

AULA 1 Premissas 9
Art. 1ª - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
Art. 18 -
. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.

Temos entes autônomos, portanto, temos Administração nas quatro esferas ( União, Estados, DF e Municípios)

Política eleitoral (eleições), funções normativas (Leis federal, estadual, municipal e


distrital), Administração (autogestão), atividade administrativas FIM (serviços
públicos, direitos, meio ambiente), atividade de MEIO (bens e serviços)

Competência administrativa → art. 21 e 23

art. 21 ler
art. 23 ler

Competências Legislativas → art. 22 e 24

art. 22 ler
art. 24 ler

Pessoas jurídicas de Direito Público → art. 41 e 43 CC

art. 41 São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação da EC 19/1998)
art. 43 Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo
complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das
desigualdades regionais

Decreto-Lei 200/67 → organiza a adm. pública federal, logo, os outros entes.

art. 4 - Administração Direta da União se constitui dos serviços integrados na estrutura


administrativa da Presidência da
República e seus ministérios. → Princípio da Simetria Federativa

DIRETA → que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da


Presidente da República e dos Ministério → Conjunto de órgãos públicos
despersonalizados (sem personalidade jurídica) através dos quais o Estado desempenha
diretamente a atividade administrativa. Pessoas jurídicas de direito público (União,
Estados, DF, Municípios) composta de órgãos públicos (conjunto ou centros de
competências despersonalizados)

AULA 1 Premissas 10
INDIRETA → Compreende as seguintes categorias de entidade, dotadas de
personalidade jurídica própria → Autarquias, Empresas públicas, fundações públicas →
conjunto de Entidades dotadas de personalidades jurídica própria, responsáveis pelo
exercício em caráter da especializado e descentralizado de determinada atividade. O
Estado desempenha indiretamente a atividade administrativa. Composta de pessoas
jurídicas (direito público – autarquias, fundações) e (direito privado – fundações,
sociedade de economia mista, empresas públicas)

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

Termo utilizado para referir os entes instituídos diretamente pela


Nação, por ocasião do exercício do poder constituinte originário.
Administração direta é um dos meios pelos quais o Estado se torna
presente na vida social. Seu núcleo está determinado e delimitado
pela Constituição.
Pessoas jurídicas de direito público, extensível às suas estruturas
internas, seus órgãos.
Decreto 200/67, art. 4º, I – Administração Direta da União se
constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da

AULA 1 Premissas 11
Presidência da
República e seus ministérios. → Princípio da Simetria Federativa

PLANEJAMENTO Art. 7º - São direitos dos


trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: LER

COORDENAÇÃO art. 8º e 9º - ler

Descentralização administrativa (art. 10)

Delegação de competências (art. 11 e 12)

Controle (art. 13 e 14)

Presidência da República (Art. 82, 84 ) Órgãos que integram a sua


administração: Casa Civil, Conselho de Desenvolvimento,
Assessoria
especial.
Ministérios (Art. 87, 88) Órgãos da estrutura básica da
Administração direta federal e hierarquicamente vinculados a
Presidência.
Administração Estadual (art. 25) Administração Municipal (art. 29)
Administração distrital (art.32).
UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIO

Subordinadas a procedimentos financeiros públicos,


regras de contabilidade pública e limites da LRF.

AULA 1 Premissas 12
Submetem-se às exigências de concurso público
(art. 37, II, CF)

Dever de licitar (art. 37, XXI CF)

Quadro composto por servidores públicos


Atos administrativos com presunção de
legitimidade, autoexecutoriedade e coercibilidade

Contratos seguem regime administrativo

Privilégios tributários e imunidade recíproca para


impostos (art. 150, VI, ”a”, CF)

Órgão Público

AULA 1 Premissas 13
”Centro ou círculo de competências ou atribuições, despersonalizado e instituído por lei para o desempenho de
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertence.”

Teoria do Órgão: mero centro despersonalizado de competências, é uma parte da pessoa jurídica estatal. Órgão não
é pessoa, não é sujeito de direitos, nem de obrigações. Realiza a ligação entre pessoa jurídica estatal e o agente
público.
A pessoa jurídica expressa a sua vontade por meio dos seus órgãos, assim quando os agentes que a compõe
manifestam essa vontade, é como se a própria pessoa o fizesse.

característica

Não tem personalidade jurídica (ex. Súmula 525, STJ);


Pode ter CNPJ (art. 4, IN 1863/18);

Representação própria;
Possibilidade de ir à juízo;

Pode estar Adm direta e indireta;

Classificação

Quanto a sua posição estatal ou hierarquia.

Órgãos independentes

AULA 1 Premissas 14
Órgãos do Poder Legislativo (Congresso Nacional, Assembléias...)
Órgãos do Poder Executivo (Presidência, Governadorias....)
Órgãos do poder Judiciário (STF, Tribunais superiores – STJ, TSE,
TST...)
Órgãos do MP (União e Estados)
Tribunais de Contas (União, Estados e Municípios)
CNJ
CNMP
Defensorias Públicas

Órgãos Autônomos

Ministérios de Estado, Secretarias, AGU, Controladorias

Estrutura

Órgãos simples ou unitários (escola, delegacia)


Órgãos compostos (secretaria de segurança pública...)
esfera de atuação dos órgãos públicos

Órgãos centrais
Órgãos locais
composição ou atuação funcional

Singulares e unipessoais
pluripessoais

REGIME JURÍDICO
”só se pode falar em Direito Administrativo, no pressuposto de que existam princípios que lhe são peculiares e que guardem entre si uma relação
lógica de coerência e unidade compondo um sistema ou regime: o regime jurídico administrativo”

DICOTOMIA → regime jurídico administrativo x regime jurídico da Administração Pública

regime jurídico administrativo → essencialmente direito público – princípios e regras


regime jurídico da Administração Pública → mais amplo, incluindo direito privado, ao qual a Administração se
submete

AULA 1 Premissas 15
D. público e privado na adm pública

De forma geral, a Administração atua sob regime de direito público, mas há hipóteses em que está
constitucionalmente autorizada a atuar sob regime de
direito privado.

Quando se submete a regime de direito privado, a Administração se nivela ao particular, deixando de exercer as
prerrogativas de Poder Público na relação jurídica, mas nunca se despe de determinados privilégios e restrições
concernentes à finalidade pública de sua atuação

📜 Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando

necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos
em lei.
 § 1o A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
dispondo sobre:
 I - sua
função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
 II - a sujeição ao r
egime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
comerciais, trabalhistas e tributários;
 III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
 IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de
acionistas minoritários;
 V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a
responsabilidade dos administradores

O início se da pela CF, TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (art. 18 a 43),  Capítulo VII – Da
Administração Pública (art. 37 a 43),  Seção I – Disposições gerais (art. 37 e 38), Seção II – Dos Servidores
públicos (art. 39 a 41)

📜 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: - incisos

A eficácia dos princípios é suficiente para produzir efeitos?

Existem alguns tipos de princípios, eles sendo:


a) Princípios explícitos e implícitos → interpretação
b) Função positiva → otimização e cânone
c) Função negativa → limite e controle

AULA 1 Premissas 16
O artigo 37 da CF elenca os seguintes artigos, princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e seguintes
A norma constitucional é imbuída com eficácia e aplicabilidade, sendo assim, conta com
eficácia plena, eficácia contida e aplicabilidade imediata, portanto a eficácia dos
princípios são suficientes para produzir seus efeitos, conforme entendimento dos
tribunais, vejamos:

📜 “Administração pública. Vedação ao nepotismo. Necessidade de lei formal.


Inexigibilidade. Proibição decorrente do art. 37, caput, da CF. Embora restrita
ao âmbito do Judiciário, a Resolução 7/2005 do CNJ, a prática do nepotismo
nos demais Poderes é ilícita. A vedação ao nepotismo não exige edição de lei
formal para coibir a prática. Proibição que decorre diretamente dos princípios
contidos no art. 37, caput, da CF. Precedentes. RE 579.951, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento 20/08/08.”

📜 ”mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição


fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e
servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por
definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a
tônica e lhe dá sentido harmônico. É o conhecimento dos princípios que preside
a intelecção das diferentes partes componentes do todo unitário que há por nome
sistema jurídico positivo.” CABM

PEDRAS DE TOQUE

Nesse sentido, temos princípios magnos, conhecidos como pedras de toque, são eles
pilares da administração pública.
Temos eles sendo como SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE OS
INTERESSES PRIVADOS e INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
Eles representam prerrogativas de autoridade aos sujeitos da Administração (necessárias
a supremacia) e impõe sujeições e restrições a estes mesmos sujeitos (indisponibilidade e
garantia de direitos)
Supremacia do interesse público sobre o interesse privado

Princípio implícito na Constituição Federal, sendo ele um


pressuposto do convivo social, ou seja, o bem coletivo prevalece
sobre o privado.

AULA 1 Premissas 17
A superioridade não é do gestor, não adota uma imagem de um rei,
mas sim a maquina administrativa é detentora dessa prerrogativa

📜 ”exalta a superioridade do interesse da coletividade,


estabelecendo a prevalência do interesse público sobre o
interesse particular, como condição indispensável de
assegurar e viabilizar os interesses individuais” CABM

Prerrogativas, restrições, Privilégios da Administração Público

PRERROGATIVAS → São instrumentos jurídicos para assegurar


autoridade à Administração Pública na consecução de seus fins.
(restrição a propriedade privada, cláusulas exorbitantes nos
contratos, Autoexecutoriedade dos atos administrativo)

RESTRIÇÕES → são limites à autoridade da Administração, para


tutelar as finalidades públicas e salvaguardar liberdades:
“Observância da lei e do direito” ( A observância de princípios
constitucionais da legalidade, moralidade, publicidade;  Sujeição à
regra do concurso seleção de pessoal; Sujeição ao processo de
licitação para contratação pública;)

PRIVILÉGIOS → alguns autores não fazem distinção acerca de


prerrogativas e privilégios, mencionando-os como sinônimos.

Privilégios e interesses públicos secundários (da


pessoa jurídica)
“Privilégios” de caráter processuais conferidos à
Fazenda Pública:
 Prazo especial em dobro (NCPC art. 183);
 Não se dá o efeito principal da revelia (NCPC art

AULA 1 Premissas 18
344/345);
 Reexame necessário de decisões contrárias à
Fazenda Pública (NCPC Art. 496);
 Execução por precatórios (CF/88, art. 100);
 Formação unilateral de título executivo - inscrição
em dívida ativa – Lei 6.830/1980.
 Dispensa de adiantamento de custas (NCPC, art.
91);
 Regime especial de tutela contra a fazenda pública
Indisponibilidade do interesse público

Limite à supremacia do interesse público ( A Administração pode


’quase tudo’, mas NÃO pode abrir mão do interesse público.)
Administrador público exerce função pública Encargo + obrigação +
munus público
O interesse público pode ser:

PRIMÁRIO → interesses da coletividade como um todo. “interesse


resultante do conjunto dos interesses que os indivíduos pessoalmente
têm quando considerados em sua qualidade de membros da
sociedade e pelo simples fato de o serem.”

SECUNDÁRIO → interesses do Estado como sujeito de direitos.


LOGO, a adm. pública não a Administração Pública pode quase
tudo, mas não pode abrir mão do interesse público.
Princípio da legalidade

Previsto nos arts. 5,II, 37, 84, 150 da CF

princípio da legalidade administrativa determina, portanto, que os

AULA 1 Premissas 19
administrados somente poderão ser obrigados a fazer (ou proibidos
de não fazer) ou deixar de fazer (ou proibidos de fazer) junto à
Administração Pública, sem seu consentimento, caso lei adequada
assim o determine.
Para privado → não contrariar a leis
Para adm → Subordinação a lei
Citação da Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo
federal e prevê nos processos administrativos a observância de
critérios conforme
a lei e o direito.
Impessoalidade

”A Administração pública tem que tratar a todos sem


discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo, nem
perseguições são toleráveis. Simpatias pessoas, políticas ou
ideológicas não pode interferir na atuação administrativa.
ausência de subjetividade → concurso, licitação
Não pode haver interesse para favorecer um terceiro
impessoalidade é ausência de subjetividade e finalidade significa
buscar o espírito da lei, a vontade maior da lei, estando mais
conectado a
legalidade

Lei 9.784/99, art. 2o, parágrafo único, III ”objetividade no


atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de
agentes e autoridades”
Moralidade

Conjunto de valores éticos que fixam um padrão de conduta que


deve ser necessariamente observado pelos agentes públicos como
condição para uma honesta, proba e íntegra gestão da coisa pública,
de modo a impor que estes agentes atuem no desempenho de suas

AULA 1 Premissas 20
funções com retidão de
caráter, decência, lealdade, decoro e boa-fé.
Moralidade diverge de legalidade e probidade, enquanto probidade é
não fazer, legalidade é realizar o que esta dentro de lei, a moralidade
tem seu significa mais amplo está ligado ao exercício do
administrador na sua função, sobretudo, no dever de identificar o
honesto do desonesto e não desprezar o elemento da conduta, como
ex. o nepotismo, não pe moral
Publicidade

Exige uma atividade administrativa transparente e visível aos olhos


do cidadão, para que o administrado tome conhecimento dos
comportamentos administrativos do Estado.
art. 5o, XXXIII - ”Todos tem direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo
ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
à segurança da sociedade e Estado”
Eficiência

Dever explícito de boa administração, realizando suas atribuições


com rapidez, perfeição e rendimento, criando modelo gerencial,
Produtividade, rendimento funcional, agilidade e economia.
Outros princípios

Princípio do devido processo legal → Art. 5, LV - Contraditório e


ampla defesa, Exigências da ampla defesa: Defesa prévia
(procedimento e penas definidos), Direito à informação, Direito de
defesa técnica (advogado obrigatório), Direito a produção de provas,
Direito de recurso (SV 21)

ISONOMIA → Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de

AULA 1 Premissas 21
forma desigual na medida da sua desigualdade

HIERARQUIA → Relação de coordenação e subordinação, com


funções atribuídas por lei

MOTIVAÇÃO → Todos os atos e decisões da Administração


Pública devem ser fundamentados. Motivação é diferente do Motivo
do ato administrativo, é a revelação ou exteriorização formal do
motivo. Art. 93, IX e X CF/88; Lei 9784/99, art. 2 ”critérios de
indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a
decisão”. EXCESSÃO, CARGO EM COMISSÃO
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE →
Coerência, lógica, não pode ser descuidado. Equilíbrio entre atos e
medidas, entre benefícios e prejuízos. Limitam a discricionariedade
do administrador

AULA 1 Premissas 22

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