01.MAC - COC.Patologia Geral
01.MAC - COC.Patologia Geral
01.MAC - COC.Patologia Geral
Priscila Paruci
SUMÁRIO
2
1 INTRODUÇÃO À PATOLOGIA E ADAPTAÇÃO CELULAR
Eu sou a professora Priscila Paruci e estarei com você até o último bloco de estudo.
Bons estudos!
O termo “patologia” tem origem na língua grega e significa estudo (logos) do sofrimento
(pathos). Essa é uma disciplina que liga as ciências básicas a uma prática clínica,
portanto, tem como base, o estudo das doenças, desde a causa, desenvolvimento e
alterações manifestadas pelo indivíduo. Na tentativa de explicar as causas e o
desenvolvimento da doença, a patologia utiliza-se de técnicas moleculares,
morfológicas, microbiológicas e imunológicas.
Podemos dividir a patologia em: Geral (aquela que concentra as alterações básicas do
tecido e células em reação aos estímulos de uma doença) e Específica ou Sistêmica (trata
da resposta específica de cada órgão e sistema). Para realizar um estudo sobre essas
alterações e doenças é necessário conhecer e investigar cinco aspectos. Esses aspectos
3
são o cerne da Patologia Geral, pois envolvem todas as alterações do organismo
(BRASILEIRO FILHO, 2018).
São eles:
4
• Análises clínicas: exames laboratoriais indicados para investigar
uma doença ou até mesmo verificar o estado de saúde do
paciente como num check-up. Envolve áreas como bioquímica,
hematologia, microbiologia, uroanálise, sorologia, parasitologia e
imunologia;
5
Figura 1.2 - Tomografia
6
Figura 1.4 – Pet Scan de corpo inteiro (medicina nuclear)
7
Figura 1.5 – Histopatologia
8
O diagnóstico por Biologia Molecular tem como princípio a pesquisa de doenças que
envolvam fator genético ou a pesquisa das causas envolvendo as interações entre DNA,
ENA, proteínas e receptores de membrana. Muito utilizada para detectar a etiologia e a
evolução da doença.
9
1.2 Lesão celular reversível e irreversível
O estudo das doenças começou a se desenvolver mais quando foi descoberto que tudo
começa por uma alteração celular. Normalmente as células são programadas para
manter o controle hídrico e oncótico estável entre o meio intra e extra celular, esse
controle é chamado homeostasia. Porém, se algum estímulo altera essa homeostasia,
algumas células têm a capacidade de se adaptar, alterando funções e sua morfologia,
isto é, alterando a fisiologia e a morfologia das células e tecidos, preservando a
viabilidade das células e tecidos. Esse processo adaptativo depende do tipo celular.
10
Figura 1.9 – Células estáveis no Tecido Conjuntivo
11
• Lesão celular reversível: quando a célula não consegue se adaptar, e os
limites da adaptação são em excesso, a célula sofre alterações. No
entanto, quando o estímulo é retirado, a célula consegue retornar ao seu
estado normal;
As causas de um estímulo lesivo, que acarretam desde a adaptação até a morte celular,
são: alteração no suprimento sanguíneo, alteração no suprimento nutricional, infecções,
atuação de toxinas, controle no crescimento celular, agentes físicos (alteração da
temperatura e traumas), agentes químicos, fatores imunológicos e alteração no DNA.
12
Tumefação Hidrópica: acúmulo de água no interior das
células. Também chamada de “degeneração hidrópica”.
Algumas outras substâncias também podem se acumular
dentro da célula, resultando em: degeneração gordurosa
(lipídios), degeneração hialina (proteína), degeneração
mucoide (muco) e degeneração glicogênica (carboidratos).
Caso o estímulo persista, a célula tenta encontrar uma forma de aumentar a quantidade
de ATP, começa então a fazer fosforilação anaeróbica. Porém, o produto dessa reação é
a formação do ácido lático, essa substância se acumula e promove maior entrada de
água nas células. Sendo assim, pode apresentar tumefação mitocondrial. Com a entrada
de água nas cristas mitocondriais a célula entra em estado de morte celular, o núcleo
diminui de tamanho (picnose), começa a se degradar (cariorrex) até que some
completamente (cariólise) (HANSEL et al., 2007).
13
Figura 1.12 – Esquema representando uma lesão celular
Fonte: A autora.
Podemos considerar uma lesão reversível até a tumefação hidrópica e uma lesão
irreversível até a morte celular. Isso quer dizer que o ponto de não retorno é a
tumefação hidrópica, caso o estímulo persista, a lesão que poderia ser reversível evolui
para uma lesão irreversível, que termina em morte celular (COTRAN et al., 2005).
Uma das maneiras de adaptação que a célula sofre é a alteração de crescimento. Esse
tipo de adaptação envolve alteração morfológica da célula e o ciclo celular (mitose),
além disso, depende do tipo celular e tecido (células lábeis ou estáveis) e do tempo de
duração do estímulo, bem como da intensidade do mesmo. A princípio essa adaptação
é considerada uma lesão reversível, porém, com as condições citadas, pode levar ao
desenvolvimento de uma lesão irreversível.
14
Essa resposta adaptativa pode ser um aumento no volume celular (hipertrofia) ou um
aumento do número de células (hiperplasia). No entanto, também podemos ter
alterações que envolvem a diminuição do tamanho e número de células (atrofia) e
também outras que envolvem a transformação da morfologia, a função das células e os
tecidos (metaplasia). Neste subtema iremos descrever essas alterações.
A) Atrofia:
ATROFIA MUSCULAR
Músculo normal
Enfraqueci-
mento e
quebra do
músculo
esquelético
tempo
15
Figura 1.14 – Histologia demonstrando atrofia
Observe a figura acima. A primeira foto apresenta um músculo normal, a segunda foto
demonstra a atrofia muscular com substituição pelo tecido conjuntivo propriamente
dito.
Para alguns autores, existem alguns tipos de alterações embrionárias que podem ser
consideradas atrofias. Para outros, são alterações do crescimento relacionadas às más
formações embrionárias, são elas:
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• Aplasia: formação de uma parte do órgão (arcabouço), mesmo
assim, o órgão não apresenta função;
HIPOPLASIA DO ÚTERO
B) Hipertrofia:
17
Figura 1.17 – Hipertrofia muscular do exercício
Coração normal
18
Outro tipo de hipertrofia patológica é a hipertrofia celular. Esse tipo de alteração ocorre
para ajudar o sistema imunológico. Os macrófagos, frente a uma infecção,
principalmente crônica, podem se agrupar formando uma célula gigante. Essa célula é
multinucleada e tem maior potencial destrutivo.
C) Hiperplasia:
19
Já um exemplo de hiperplasia patológica é a hiperplasia prostática. Com o aumento da
quantidade de testosterona, a próstata aumenta seu número de células, o que pode
aumentar a quantidade de uma proteína que indica o funcionamento da glândula, essa
proteína é conhecida como PSA (antígeno prostático específico).
BEXIGA
20
Figura 1.21 – Verruga ocasionada pelo HPV
D) Metaplasia:
Esse tipo de adaptação só ocorre com tecido epitelial. Por definição, a metaplasia é a
troca de um epitélio por um outro melhor adaptado, isto é, mais resistente. As causas
podem ser agressão prolongada, resposta ao calor ou substâncias químicas e resposta
inflamatória contra agentes agressores.
Essa troca de epitélio, se não houver controle ou o estímulo não for retirado, pode
evoluir para neoplasia maligna (HANSEL et al., 2007).
21
Figura 1.22 – Metaplasia escamosa da traqueia
E) Displasia:
As causas principais para essa alteração podem ser: ação hormonal, ação contrarreação
inflamatória e até mesmo a presença de um agente agressor, como o HPV.
22
Figura 1.23 – Displasia epitelial – Núcleos alterados na camada intermediária e
superficial do epitélio
Conclusão
O termo patologia significa “estudo das doenças”. Para realizar esse estudo, é necessário
conhecer os pontos de cada doença como: etiologia, patogenia, sinais, sintomas,
diagnóstico, prognóstico e tratamento. Com o advento da microscopia, descobriu-se
que toda doença começa com uma alteração na célula, com posterior desenvolvimento
para o tecido, e, então, para o órgão, levando ao aparecimento de um quadro clínico.
Uma célula tem capacidade de se adaptar às alterações e regular sua homeostasia.
Quando ocorre uma mudança na homeostasia, a célula pode sofrer dois tipos de lesão:
reversível e irreversível. A lesão reversível é aquela que quando se estabelecem
novamente as condições normais, a célula volta ao seu estado normal de morfologia e
função. A lesão irreversível leva a célula à morte celular. Existe um ponto de não retorno
entre os dois tipos de lesão.
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celular), hiperplasia (aumento do número de células), metaplasia (substituição de um
tecido por um outro melhor adaptado) e displasia (alteração na diferenciação celular).
Todos esses distúrbios são lesões reversíveis, porém, se o estímulo persiste por um
longo período de tempo, a intensidade for elevada e causar maiores danos à célula, ela
entra em estado de lesão irreversível sendo levada à morte celular, ou caso o perca o
controle desses distúrbios, algumas dessas alterações podem evoluir para neoplasias
malignas.
REFERÊNCIAS
24
2 MORTE CELULAR
2.1 Apoptose
25
Figura 2.1 – Preservação da membrana plasmática durante a apoptose
Célula Normal
Núcleo
Sinal para
apoptose
26
Esse evento de morte celular pode ter causas fisiológicas e patológicas.
APOPTOSE
Antes da apoptose Redução do tamanho celular
27
• Morte de células inflamatórias após cumprir o programa de defesa: após
o término da resposta inflamatória, as células que foram recrutadas ao
campo de infecção entram em apoptose para que o tecido possa se
recuperar. Isso pode ocorrer também quando as células são infectadas
por vírus ou células neoplásicas, contanto que esse processo não seja
obstruído.
LINFÓCITO T CITOTÓXICO
• Morte celular induzida por agentes nocivos: como lesão no DNA por
radiação ou drogas citotóxicas;
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mecanismos de ativação, um externo e outro interno, chamados de via extrínseca e via
intrínseca, respectivamente (COTRAN et al., 2005).
• Via extrínseca: Para que ocorra a ativação da apoptose pela via extrínseca, é
necessária a ativação de um receptor de morte, isto é, um receptor de
membrana envolvido na interação proteína-proteína que, quando ativado,
promove a ativação das caspases. Os receptores de morte mais conhecidos são
os TNF 1 (fator de necrose tumoral 1) e os chamados proteína Fas (proteínas
indutoras de apoptose). Ambos os receptores de morte necessitam de um
ligante para ativação, quando isso acontece ocorre uma mudança na porção
intracelular e essa modificação é responsável pela transformação da pró-
caspases (pré-enzima) em caspases. No caso do receptor Fas, após a ligação do
ligante ocorre uma modificação, em que três ou quatro moléculas de Fas se
ligam, formando uma outra molécula chamada FADD (Fas-Associated Death
Domain) que ativa caspases-8, dando início à apoptose (COTRAN et al., 2005).
29
• Via intrínseca: Essa via tem duas maneiras, através da ativação por stress
mitocondrial ou lesão no DNA. Na membrana da mitocôndria existem
fatores/ligantes de receptores chamados de anti-apoptóticos, esses ligantes são
da família Bcl2 e Bclx, ficam em receptores na membrana da mitocôndria e
bloqueiam a liberação de substâncias internas das mitocôndrias. Quando temos
a privação celular de fatores de sobrevivência ou exposição ao stress adaptativo,
essas proteínas são liberadas e dão lugar às proteínas pró-apoptóticas presentes
no citoplasma das células. Essas proteínas pró-apoptóticas são as Bax e Bac.
Quando essas duas proteínas entram no lugar da Bcl2 e Bclx, a membrana da
mitocôndria fica mais permeável, deixando sair duas substâncias: citocromo C e
AIF. No citoplasma da célula, o citocromo C se liga com outra proteína chamada
de Apaf-1. Essa ligação ativa caspases e iniciam a apoptose. A proteína AIF (fator
indutor de apoptose), quando abundante no citoplasma, consegue ativar sozinha
as caspases (COTRAN et al., 2005).
30
Já a lesão do DNA é ativada diretamente por proteína produzida pelo gene guardião do
DNA chamado de p53. O Gene p53 tem capacidade de produzir proteína para rastrear o
DNA no momento da mitose, caso ocorra algum erro de troca de par de bases, as
proteínas seguem para o reparo do DNA. Caso não seja possível fazer o reparo, a
proteína p53 induz diretamente a célula para a apoptose. Acredita-se que essa ativação
esteja relacionada com a ativação de Bax, Bac e Apaf-1.
31
Figura 4.8 – Apoptose e formação dos corpos apoptóticos
APOPTOSE
Célula antes da Formando corpos apoptóticos
apoptose
Núcleo
condensado
Formação dos corpos
apoptóticos
Corpos Apoptóticos
Separação de restos
citoplasmáticos e núcleos
nos corpos apoptóticos
FAGOCITOSE
2.2 Necrose
32
Figura 2.9 – Tecido com células em necrose
33
cardiomiócitos fiquem sem oxigênio por mais de duas horas, as células começam
a entrar em necrose e apresentam a morfologia de morte celular.
Figura 2.10 – O círculo demarca uma região atingida por infarto agudo do
miocárdio
34
Figura 2.11 – Representação de um vaso com ateroscleose
ATEROSCLEROSE
Complicação/Ruptura
Lesão intermediária
Estenose
10 anos
20 anos
Aneurisma e
30 anos ruptura
40 anos
35
Figura 2.12 – Desenvolvimento de placas ateroscleróticas
36
• Necrose de liquefação: presença de dissolução total da célula, formando uma
massa viscosa, geralmente amarelo viscoso. Esse tipo de necrose está presente
nos processos inflamatórios, principalmente os bacterianos, e algumas vezes os
fúngicos. O material necrótico se dissolve e no corte histológico aparecem
somente os restos celulares, com intensa presença de células inflamatórias, esse
material é conhecido como pus.
37
Figura 2.15 – Tecido nervoso apresentando necrose de liquefação (morte de
neurônios)
O material necrótico liquefeito pode se alojar em alguns locais e assim lhe são conferidas
algumas características e classificações, como abcesso, pústula, furúnculo, flegmão e
empiema.
38
Figura 2.16 – Abcesso
39
Figura 2.18 – Presença de necrose caseosa no pulmão
40
Figura 2.19 – Pé diabético, presença de necrose gangrenosa
Qualquer um dos tipos de necrose descritos acima apresentam evolução. Podem ser
absorvidos por tecidos vizinhos (caso a área necrótica seja pequena), podem apresentar
uma drenagem (abrir um caminho até a superfície), cicatrizar (após a remoção das
41
células mortas pode aparecer um processo de cicatrização) ou calcificar. (HANSEL et al.,
2007; COTRAN et al., 2005; BRASILEIRO FILHO, 2018).
42
A calcificação metastática ocorre devido à hipercalcemia, isto é, o aumento da
quantidade de cálcio no sangue. Isso pode ocorrer devido ao aumento do hormônio da
paratireoide (paratormônio – PTH). Esse hormônio induz a ação dos osteoclastos e
aumenta a degradação óssea, aumentando o nível de cálcio sanguíneo. Isso pode
ocorrer devido à presença de tumor na glândula paratireoide.
Conclusão
Por outro lado, quando a célula passa por uma lesão irreversível temos a presença de
morte celular por necrose. Existem vários tipos de necrose, que dependem da causa ou
do tipo de tecido que é acometido, por exemplo: necrose de coagulação, liquefação,
gangrenosa, gomosa e caseosa. Cada uma tem uma característica de diferenciação. Ao
final, o tecido pode apresentar uma calcificação, que é classificada como distrófica
(devido a presença da morte celular).
43
O processo de calcificação não é exclusivo de morte celular por necrose, pode estar
presente devido a uma hipercalcemia, por problemas na paratireoide, tumores ósseos
ou desordens relacionadas à vitamina D.
REFERÊNCIAS
44
3 RESPOSTA INFLAMATÓRIA
Olá, estudante!
Bons estudos!
45
3.1 Componentes celulares e estruturais da resposta inflamatória
Parede da Artéria
Endotélio
Artéria Normal
Apesar dos componentes do tecido conjuntivo, junto às células endoteliais, serem muito
importantes para o processo de inflamação, os leucócitos são os elementos principais
de tal reação. Leucócitos são células presentes na corrente sanguínea e são produzidas
pela medula óssea. Geralmente, essas células estão inativas quando estão no interior
do vaso sanguíneo, mas, com o início do processo de inflamação, essas células passam
46
por uma sequência de eventos até atingir o tecido conjuntivo e o foco de infecção e,
assim, se tornam ativas e começam o processo de defesa. Os leucócitos são conhecidos
como as células brancas do sangue, ou série branca. Podem ser classificados como:
Polimorfonucleares (apresentam várias formas de núcleo) ou Mononucleares (uma
única forma nuclear).
Os Polimorfonucleares são:
47
• Eosinófilos: são células um pouco maiores que os neutrófilos, com núcleo
geralmente bilobulado e apresentam grânulos que se coram de vermelho
(eosinofílico) e são compostos por peroxidase, fosfatase ácida,
arilsulfatase e fosfolipase. Essas substâncias são importantes para a
atuação desse tipo celular, que age em reações alérgicas parasitárias.
(RODRIGUES et al., 2018).
48
Figura 3.4 – Basófilos apontados pela seta
49
Figura 3.5 – Macrófago apontado pela seta
50
3.2 Alterações vasculares do processo inflamatório
Para que o processo inflamatório seja ativado é necessário a liberação dos primeiros
mediadores químicos, que podem ser produzidos pelos macrófagos quando
reconhecem um agente infeccioso ou por alterações no tecido conjuntivo e sistema
vascular (quebra do colágeno ou liberação de fator de coagulação). Essas substâncias
promovem uma vasoconstrição seguida de vasodilatação, isso acarreta uma
marginação dos leucócitos presentes no vaso sanguíneo, permitindo assim mais acesso
à saída do vaso (HANSEL et al., 2007; COTRAN et al., 2005; BRASILEIRO FILHO, 2018).
51
Figura 3.7 – Demonstração da vasoconstrição seguida de vasodilatação
Vasoconstrição e Vasodilatação
Edema: Acúmulo de líquido anormal nos espaços teciduais intersticiais. Pode ser
ocasionado em função de processos inflamatórios como, também, pela diferença
entre a pressão oncótica e hidrostática, retenção de sódio e obstrução linfática.
52
Figura 3.8 – Saída de líquido devido a diferença entre pressão hidrostática e oncótica
Sangue
Pressão Hidrostática
Sentido
do sangue
Pressão oncótica
Espaço intersticial
O aumento da permeabilidade vascular permite a saída de células, mas, para que isso
seja possível, é necessário que as células passem pelo processo de rolagem e aderência.
As células estão em constante movimentação dentro do vaso sanguíneo. Para passar
pelas células endoteliais e seguir para o foco de infecção, os leucócitos promovem o
processo de rolagem, isto é, as células endoteliais e os leucócitos, ativados por
mediadores químicos, promovem a exposição de receptores de membrana que se
interligam. Assim, os leucócitos rolam sobre as células endoteliais, diminuindo a
velocidade até que param, promovendo a aderência (HANSEL et al., 2007; COTRAN et
al., 2005; BRASILEIRO FILHO, 2018).
53
Figura 3.9 – (1) Ligação entre receptores de leucócitos com as células endoteliais, (2 e
3) processo de rolagem, (4) aderência, (5) diapedese
Bactéria
54
Figura 3.10 – (1) Processo de marginação e rolagem, (2) Diapedese, (3) Diapedese
guiado por quimiotaxia e (4) fagocitose
INFLAMAÇÃO
Mediadores Bactéria
Mastócito Neutrófilo
Químicos
55
Cada família faz ligações entre si, isto é, um componente endotelial com um
componente leucocitário (HANSEL et al., 2007; COTRAN et al., 2005; BRASILEIRO FILHO,
2018).
Monócito
Célula
endotelial
Espaço
Subendotelial
56
Figura 3.12 – Principais mediadores químicos e seus produtores
Vamos descrever os principais mediadores químicos, por quem são produzidos e suas
principais funções:
57
▪ H4: estimula a quimiotaxia de mastócitos e eosinófilos e estimula
a medula óssea (HANSEL et al., 2007; COTRAN et al., 2005;
BRASILEIRO FILHO, 2018).
Mastócito
RECEPTORES
DE HISTAMINA
Histamina
Histamina
58
(também produzido pelo fígado e está na forma inativa) em fibrina e
ocorre a formação de um trombo.
59
complementar e aumentar a permeabilidade vascular. Os produtos
solúveis da fibrina também aumentam a permeabilidade vascular.
C. Sistema das cininas: Também ativado pelo fator Hageman que ativa a
pré-calicreína (produzida pelo fígado e inativa no sistema vascular)
em calicreína, que por sua vez ativa o cininogênio (produzido pelo
fígado) em cinina, sendo a bradicinina a mais importante. a calicreína
age como quimiotático de neutrófilos e a bradicinina promove
vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e age no
processo da dor.
60
Figura 3.15 – Sistema das cininas
61
Figura 3.15 – Sistema complemento
4. Outros mediadores:
REFERÊNCIAS
63
4 RESPOSTA INFLAMATÓRIA CRÔNICA E CONSEQUÊNCIAS DA
INFLAMAÇÃO
66
Figura 4.3 – Pulmão apresentando células epitelioides
67
Figura 4.4 - Granuloma
68
Figura 4.5 – Granulomas devido a tuberculose
69
• Granuloma imune: é caracterizado pela presença de agente infeccioso
(microrganismos) de difícil degradação, que induzem à resposta imunológica.
Pode ser classificado em granuloma piogênico (resposta bacteriana) ou
antigênico (viral). Geralmente esse tipo de granuloma apresenta necrose
central. No caso da tuberculose, é chamado de tubérculo e apresenta
necrose caseosa central.
Todo esse processo é chamado de “reparo” e pode ser dividido em: regeneração e
cicatrização. O processo de regeneração depende do tipo celular acometido e do
tamanho da lesão, geralmente, lesões em tecidos lábeis de pequeno tamanho têm o
70
processo de regeneração ativado. Agora, caso a lesão seja grande, estável ou persistente
e/ou em células lábeis, o processo ativado é o de cicatrização (COTRAN et al., 2005;
HANSEL et al., 2007).
71
endotelial vascular (VEGF), fator de crescimento de plaquetas (PDGF) e o fator de
crescimento de fibroblasto (FGF) (COTRAN et al., 2005; HANSEL et al., 2007).
• Resolução: limpeza da área. Ocorre por ação dos macrófagos que fazem
fagocitose dos restos celulares necróticos e dos restos das células de defesa
que entraram em apoptose após a finalização do processo inflamatório;
72
Figura 4.9 – Aproximação das bordas da ferida utilizando a sutura
FECHAMENTO DA FERIDA
Ferida Sutura
73
Figura 4.10 – (A) Tecido de granulação avascular, (B) Tecido de granulação vascular
74
Figura 4.11 – Presença do tecido de granulação com o coágulo sobreposto
CICATRIZAÇÃO
Fibrina
Epiderme
Derme
TC
TC – Tecido de Granulação
Gordura
Regeneração
Tec. de
granulação
75
• Contração e resistência: maturação da ferida, resistência do tecido epitelial
e do conjuntivo.
Cicatrização de 1a
intensão
Já a cicatrização de segunda intensão é aquela que acontece quando temos uma ferida
muito grande, com bordas muito separadas ou aquelas feridas que foram abertas e a
resposta inflamatória foi reativada (COTRAN et al., 2005; HANSEL et al., 2007).
76
Figura 4.14 – Cicatrização de segunda intensão
Quando temos a reabertura da ferida, uma reinfecção ou outros fatores que interferem
nos fatores de crescimento podemos ter complicações no processo de cicatrização:
A B
78
4.3 Pigmentação Patológica
Portanto, os pigmentos que se acumulam no interior das células e tecidos podem ser
endógenos (melanina e ferro) ou exógenos (tatuagem e outras substâncias tóxicas).
(BRASILEIRO FILHO, 2018).
Os pigmentos exógenos são aqueles que entram em contato com o tecido e, como são
de difícil degradação, acabam se acumulando e gerando problemas para os tecidos e
órgãos. Vamos aos exemplos de pigmentação patológica exógena:
79
Figura 4.18 – Tecido pulmonar (alvéolos) presença de antracose que na coloração
deixa o local enegrecido
80
• Siderose: Inalação de óxido de ferro (hematita);
Figura 4.19 – (A) Seta azul indica abestose, seta vermelha indica antracose; (B) telha
de amianto
81
• Argiria: acúmulo de sais de prata, deixando mucosas, esclera e a pele com cor
azulada. Os sais de prata podem ser inalados no manuseio do material. A doença
pode ocorrer também quando um paciente usa em excesso algum colírio que
possua os sais de prata em sua fórmula.
82
Figura 4.20 – (A) Representação da pele apresentando os melanócitos e distribuição
da melanina; (B) Representação histológica, a seta indica os melanócitos
Melanina
Reação do
oxigênio
A Melanócito B
A ativação dos melanócitos ocorre por influência dos raios UV, que leva ao aumento da
tirosinase e ao aumento de ACTH (hormônio melanotrófico estimulante produzido pela
hipófise). De acordo com Brasileiro Filho (2018) e Cotran et al. (2005), os problemas
relacionados a melanina são:
83
Figura 4.21 – Sardas (Efélides)
84
Figura 4.22 – Lentigo simples, mais frequente em idosos
85
• Albinismo: doença genética relacionada à ausência de melanócitos. Está
envolvida com a alteração na produção de tirosina (estimulante do ACTH). A
alteração está presente na pele, cabelo e pelos.
86
Figura 4.25 – Hemossiderose no fígado, devido a congestão passiva
87
Conclusão
88
REFERÊNCIAS
89
5 DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
Olá, estudante!
A condição normal das células e tecidos é fundamental para manter os órgãos em bom
funcionamento, bem como a integridade total do corpo humano. O processo de
circulação sanguínea é fundamental para esse equilíbrio, porque além de distribuir
oxigênio e nutrientes, participa também do equilíbrio hídrico normal do corpo. Mesmo
que o conteúdo sanguíneo seja estável, as alterações na permeabilidade vascular ou da
homeostasia acarretam lesões celulares e consequências para o aparecimento de
doenças (COTRAN et al., 2005).
90
um sangramento local ou sistêmico, altera a pressão arterial (hipotensão), que pode
levar o indivíduo à morte (COTRAN et al., 2005)
Distúrbios como Hiperemia e Congestão são duas alterações vasculares que estão
relacionadas às doenças. A Hiperemia e a Congestão são caracterizadas pelo aumento
do volume sanguíneo oxigenado em um determinado tecido ou órgão.
91
Figura 5.1 – Hiperemia devido ao processo inflamatório
Em uma congestão passiva crônica, isto é, aquela que se estende por um longo período,
a estase sanguínea pode levar à hipóxia do tecido e, sendo assim, acarreta a morte
celular dos tecidos. Os exemplos mais comuns de congestão são:
92
• Congestão Pulmonar: nos eventos agudos ocorre distensão dos capilares
alveolares, o que resulta num acúmulo de líquido no septo alveolar associado às
hemorragias pontuais. Pode evoluir para um estado crônico, o tecido começa a
ficar fibroso, perde a capacidade elástica, dificultando a respiração, e apresenta
hemossiderose. Pode ocorrer em razão de micro hemorragias, de insuficiência
cardíaca, de edema pulmonar (decorrente de inflamação) e de fibrose devido às
consequências de processos inflamatórios graves no pulmão (HANSEL, et al.,
2007);
93
Figura 5.3 – Histologicamente, vemos uma região de hepatócitos em morte (necrose)
próximo à veia centro lobular e sinusoides preenchidos de sangue
94
• Congestão Esplênica: A congestão hepática pode acarretar a congestão do baço,
devido a hipertensão portal. O aumento do volume sanguíneo no baço acarreta
o aumento do órgão e no aumento do número de macrófagos que vão fagocitar
as hemácias e, assim, leva ao aparecimento de plaquetopenia e anemia. O
parênquima esplênico se apresenta com fibrose e regiões calcificadas
(BRASILEIRO FILHO, 2018).
Porém, quando temos a ruptura de grandes vasos como artérias e veias, o motivo é
quase sempre uma lesão vascular, como traumas, aterosclerose, inflamações e
neoplasias. Pode ser classificada em vários padrões:
95
Figura 5.4 – (A) Hematoma tecidual; (B) Hematoma epidural
96
Figura 5.5 – (A) Petéquias na pele; (B) Petéquias na mucosa oral
A B
A B
97
• Acúmulos de sangue em cavidades corpóreas: O nome varia de acordo com a
área de ocorrência, por exemplo, hemotórax (acúmulo de sangue na pleura),
hemopericárdio (acúmulo de sangue no pericárdio), hemoperitônio (acúmulo
de sangue na cavidade abdominal) e hemartrose (acúmulo de sangue nas
articulações) (COTRAN et al., 2005; HANSEL et al., 2007);
HEMOTÓRAX
Traqueia
Pulmão
direito
Pulmão
esquerdo
Sangue
cavidade
Hemorragia Pulmão
Pleural saudável
98
Figura 5.8 – Foto registrando sangue na máscara devido a hemoptise
99
pode ocorrer a doença denominada “Trombose” (BRASILEIRO FILHO, 2018; HANSEL et
al., 2007).
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
Glóbulos Fibrina
Vermelhos
Glóbulos
Plaquetas
Brancos
100
Figura 5.10 – Tipos de aneurismas que provocam turbulência sanguínea e
consequente trombose
Tipos de Aneurisma
Aneurismas verdadeiros Dissecção do Falso
Vaso saudável Sacular Fusiforme aneurisma Aneurisma
Extravasamento de sangue
Tec. Conjuntivo
Corte longitudinal extravascular
Adventícia Sangue Extravascular
Média
Intima
Corte transversal
101
Geralmente, para a trombose se instalar é necessário ter dois ou mais desses fatores
agindo ao mesmo tempo. Por exemplo, o aparecimento de trombose em pacientes
acamados pós-cirúrgicos. Neste caso, temos a lesão endotelial (devido ao ato da
cirurgia), a estase sanguínea (devido à falta de movimentação no leito) e a
hipercoagulabilidade (devido à fase aguda da inflamação após injuria tecidual).
(BRASILEIRO FILHO, 2018; COTRAN et al., 2005).
102
Figura 5.13 – Trombo provocando a isquemia
Outro exemplo é a Trombose Venosa, que pode ser superficial (também chamada de
tromboflebite) ou profunda (flebotrombose).
O êmbolo é classificado como uma massa sólida, líquida ou gasosa solta que é carregada
pelo sangue e se encontra em um local distante do qual foi formado. A embolia
geralmente está relacionada com a formação de um trombo, formando o que
chamamos de tromboembolismo, porém, a embolia pode aparecer devido à presença
de gotas de gorduras, bolhas de ar, nitrogênio, detritos da aterosclerose, pedaço da
103
medula óssea, fragmentos de neoplasias ou corpos estranhos (como vidro ou projetil)
(COTRAN et al., 2005).
Embolismo Pulmonar
104
adiposo pode estar envolvido pela técnica de lipoaspiração ou lipoescultura,
com o desprendimento, o tecido gorduroso pode cair na corrente sanguínea
através de lesões em vasos sanguíneos (BRASILEIRO FILHO, 2018; COTRAN et
al., 2005);
Outro problema que envolve a circulação são os infartos. O infarto pode ocorrer em
qualquer órgão e, geralmente, está ligado à isquemia, levando ao aparecimento de uma
necrose isquêmica causada pela oclusão de vasos ou pela diminuição do suprimento
sanguíneo. Morfologicamente, os infartos são classificados de acordo com o material
hemorrágico (branco ou vermelho) ou pela presença de microrganismos.
Os Infartos Brancos (anêmicos) ocorrem por obstrução arterial em locais com escassa
ou sem circulação colateral, se dão principalmente no coração, rim, baço e encéfalo.
105
Figura 5.15 – Setas brancas demarcam os locais de infartos brancos no rim
106
“Edema”, que pode apresentar-se de diversas maneiras, dependendo da sua
localização, por exemplo, nos pulmões a água preenche os alvéolos, nos membros
causam tumefação.
Figura 4.16 – Sinal de cacifo, depressão superficial causada por compressão que
indica edema
A obstrução linfática pode ser outra causa de edema. Essa obstrução pode ocorrer
durante a gestação (com o crescimento do útero e diminuição do calibre dos vasos
linfáticos), edema em membros superiores devido à neoplasia maligna de mama ou por
infecção de um parasita chamado Wuchereria bancrofti, que causa a filariose, conhecida
107
como elefantíase. A larva da filária se desenvolve no interior dos vasos linfáticos
promovendo a obstrução e a resposta imunológica contra o parasita.
Figura 5.17 – (A) Membro inferior de paciente que apresenta Filariose; (B) Larva
filária e esfregaço
A
B
Conclusão
108
A hemorragia é caracterizada pelo extravasamento de sangue para fora do vaso, em
razão de ruptura ou problemas que envolvem as células endoteliais. Existem diversos
tipos de hemorragias, porém as mais graves podem evoluir para choque. Choque é uma
falência da bomba cardiogênica, diminuição do débito cardíaco e diminuição da
perfusão. Com a diminuição do suprimento sanguíneo pode ocorrer um infarto, com
morte celular.
REFERÊNCIAS
109
6 NEOPLASIA
Para auxiliar seus estudos, na biblioteca virtual, você poderá consultar os livros Bogliolo
– Patologia (2016), Bogliolo – Patologia Geral (2018) e Fundamentos da Patologia
(2017), entre outros materiais disponibilizados.
Caro estudante, espero que essa disciplina tenha agregado conhecimento à sua
formação!
O termo neoplasia significa “novo crescimento”. Esse tipo de processo, mais uma vez,
envolve o ciclo celular, porém, nesse caso, temos uma lesão irreversível. O estudo das
neoplasias está vinculado à oncologia (estudo dos tumores), mas, mesmo que o termo
neoplasia seja sempre relacionado aos tumores, temos que levar em consideração que
a definição de tumor relacionada a uma massa ou líquido formado no meio intersticial.
Como a neoplasia é um crescimento de uma massa celular com características próprias
110
e que causam alterações no hospedeiro, podemos chamá-la de tumor, mas, vale lembrar
que temos tumores também no processo inflamatório, com o aparecimento de edema.
Uma célula neoplásica apresenta um descontrole no ciclo celular, isso promove uma
alteração nos mecanismos regulatórios de multiplicação e a célula adquire autonomia
de crescimento independente dos estímulos de crescimento celular fisiológico.
(BRASILEIRO FILHO, 2018).
Mudanças Divisão
Genéticas Celular
Célula Célula
Normal Cancerígena
Células
Malignas
O termo câncer (caranguejo) surgiu em 201 d.C., usado por Cláudio Galeno (129 d. C. -
?), que observou uma massa na qual os vasos superficiais do órgão eram túrgidos e
ramificados, lembrando uma pata de caranguejo. Essa definição de câncer está ligada à
neoplasia maligna e não benigna (COTRAN et al., 2005).
111
Para nomear as neoplasias é usado o prefixo de acordo com o tecido de formação, o
sufixo indica se um tumor é benigno ou maligno. O sufixo “oma” indica uma neoplasia
benigna e o sufixo “sarcoma” indica neoplasia maligna, isso para os tecidos primários.
112
• Proliferação da Mucosa (tecido epitelial + conjuntivo que reveste cavidades):
Pólipo;
Figura 6.4 – (A) Histologia do tecido glandular mamário normal; (B) lâmina de mama
com adenoma
A B
113
Existe algumas exceções, são os casos de tumores que, apesar de receberem
nomenclatura benignas, são malignos:
114
1. Discariose: alteração nuclear que envolve tamanho, cor e forma. A célula
apresenta:
115
Figura 6.6 – Célula com formato de girino
116
4. Presença de macronucléolos: a célula neoplásica maligna apresenta nucléolos
bem ativos. O nucléolo é caracterizado por um aglomerado de cromatina
hiperpigmentado e um halo em volta.
Benigno Maligno
117
Figura 6.9 – Apresentação da diferença entre neoplasia benigna e maligna
Benigno e Maligno
Necrose
Invasão
linfática
Cápsula
Tumor Benigno
- Não é câncer;
- Apresenta cápsula;
- Não invasivo;
- Crescimento lento;
- Não sofre metástase;
- Células diferenciadas.
118
Não é câncer, apresenta cápsula, não é invasivo, seu crescimento é lento, não sofre
metástase, e tem células diferenciadas.
119
Figura 6.12 – Demonstrativo de proliferação de neoplasia maligna e metástase
Proliferação de
células Células normais
Metástase
Mecanismo do Câncer
As vias de metástase podem ser: implante direto (órgãos e tecidos adjacentes), vias
sanguíneas e linfáticas.
120
malignas se encontram em grupos essa destruição é dificultada.
(BRASILEIRO FILHO, 2018).
121
Figura 6.14 – Interação entre um vírus e o DNA provocando alteração genética
Conclusão
As neoplasias são massas de crescimento descontrolado que são ativadas por genes
mutantes chamados “oncogenes”. A mutação desses genes pode ocorrer devido a
diversos fatores, tais como, ambiente, herança genética, inflamação, idade e hormônios.
A mutação acontece nos proto-oncogenes, genes que controlam a divisão celular.
Quando esses genes se modificam, as células se multiplicam descontroladamente e são
incapacitadas de sofrer apoptose. Existem dois tipos de neoplasias: benignas e malignas.
O importante é identificar esse tipo de célula, pois como elas têm o crescimento
descontrolado, são predadoras do hospedeiro.
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REFERÊNCIAS
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