Psicologia Sebenta
Psicologia Sebenta
Psicologia Sebenta
CLE 2021-2025
Marisa Dinis
Psicologia 1
Índice
1. A Psicologia como ciência ..................................................................................................... 2
1.1. Objeto, conceitos e métodos de pesquisa .................................................................... 2
1.2. Diferentes domínios: Psicologia do desenvolvimento, da saúde, clínica, educacional e
social 4
2. Psicologia da saúde ............................................................................................................... 5
2.1. Introdução a alguns conceitos: crenças, comportamentos de saúde, resiliência, stress
e estratégias de Coping. ............................................................................................................ 5
3. Psicologia do desenvolvimento ........................................................................................... 10
3.1. Teorias do desenvolvimento humano......................................................................... 10
3.2. Etapas do Desenvolvimento cognitivo e psicossocial ao longo do ciclo de vida ........ 16
3.2.1. A interação mãe-bebé ......................................................................................... 16
3.2.2. A infância – primeiros anos de vida .................................................................... 17
3.2.3. A idade pré-escolar ............................................................................................. 25
3.2.4. A idade escolar .................................................................................................... 28
3.2.5. A adolescência ..................................................................................................... 30
3.2.6. O Jovem Adulto ................................................................................................... 33
3.2.7. Idade Adulta ........................................................................................................ 37
3.2.8. O idoso ................................................................................................................ 42
Psyche Alma/pensamento
Psicologia
Logos Conhecimento
Psiquiatria: Para além de constituir uma área de especialização em medicina, é
primariamente uma ciência que investiga a patologia mental, sendo modelo de
intervenção terapêutica medicamentosa.
Estudou:
▪ O comportamento para ver do que é que as pessoas tinham consciência;
▪ A perceção;
▪ Estrutura da experiência consciente.
Objetivo:
▪ Identificar a estrutura da experiência consciente, prestando atenção ao que
se passa no seu interior (a perceção não é objetiva pois varia de indivíduo
para indivíduo e não representa a realidade em si, mas um ponto de vista).
Métodos de pesquisa
▪ MÉTODO INTROSPETIVO
▪ MÉTODO EXPERIMENTAL
Descrição: Parte de uma hipótese que estabelece uma relação entre variáveis.
Manipula-se uma variável (independente) e observa-se que alteração ocorre na outra
(dependente). Permite estabelecer relações generalizáveis de causa-efeito que
expliquem os comportamentos de um grupo alargado de indivíduos.
▪ OBSERVAÇÃO NATURALISTA
▪ MÉTODO CLÍNICO
▪ PSICOLOGIA APLICADA
Modificar comportamentos e processos mentais de modo a torná-los mais apropriados
a adaptativos.
▪ Psicologia clínica
▪ Psicologia educacional
Interfere junto das crianças, dos pais e dos educadores – promoção do sucesso
educativo (p.e. dificuldade na aprendizagem).
Adequação dos conteúdos ensinados e dos métodos adotados ao nível do
desenvolvimento das crianças.
Orientação escolar e profissional.
A intervenção em distúrbios emocionais (tristeza) e comportamentais
(agressividade), influenciando os comportamentos dos educadores que têm estes
efeitos negativos no educando.
▪ Psicologia social
▪ Psicologia da saúde
Visa a promoção da saúde, a prevenção e o tratamento da doença. Avaliando
intervindo a nível: do comportamento (fumar, fazer dieta, exercício físico…); das
crenças (acreditar na eficácia do tratamento, perceção de seguir um determinado
tratamento…); das emoções (medo do tratamento, stress, dor intensa…).
2. Psicologia da saúde
2.1. Introdução a alguns conceitos: crenças, comportamentos de
saúde, resiliência, stress e estratégias de Coping.
Psicologia da saúde: Domínio que recorre aos acontecimentos provenientes das áreas
educacionais, científicas e profissionais da psicologia com vista a:
▪ Promoção e manutenção da saúde;
▪ À prevenção e tratamento da doença;
▪ À identificação da etiologia e diagnostico relacionados com a saúde, com as doenças
e disfunções associadas (Como é que as emoções contribuem para o aparecimento
da doença);
▪ À análise e melhoria do sistema de cuidados de saúde (p.e. desenhos colocados nas
paredes das alas pediátricas a fim de melhorar o acolhimento dessa faixa etária);
▪ E ao aperfeiçoamento da política de saúde (p.e. desinfetantes).
STRESS
O stress é uma reação não especifica do corpo a um
acontecimento que é vivenciado intensamente. (Selye, 1936) STRESS
Sentimento de uma certa impotência. Situação que afeta de tal modo a condição
psicologia/fisiológica do individuo que este é forçado a desviar-se do seu funcionamento
normal. Não é necessariamente mau se não for em exagero.
Fatores de stress:
▪ Acontecimentos traumáticos: circunstâncias que poem em risco a vida do individuo
P.e.: ameaça de morte, vítima de violência, incêndio, terramoto, etc.
▪ Acontecimento significativos: alterações marcantes na vida do individuo.
P.e.: divórcio, morte do cônjuge ou familiar próximo, etc.
▪ Acontecimentos crónicos: problemas associados ao desempenho de papeis e das
atividades diárias.
P.e.: ter tarefas frequentes a realizar com prazo limitado, conflitos no trabalho/casa.
▪ Acontecimentos Micro: Pequenos acontecimentos do dia-a-dia com efeito
acumulativo perturbador.
P.e.: trânsito, vizinhos incomodativos, exposição a fumo não sendo fumador, etc.
▪ Acontecimentos Macro: Características da organização e do funcionamento social.
P.e.: impostos elevados, crises, prevalência elevada do desemprego, etc.
▪ Acontecimentos desejados que não ocorrem: Desejos que tardam em concretizar-
se, no âmbito das normas aceites pelo grupo social a que o indivíduo pertence.
P.e.: promoção na carreira, engravidar, não entrar para a faculdade, etc.
1. Avaliação Primária
“Posso fazer alguma Apoio Social – Que recursos sociais é que tenho? (Apoio
coisa para resolver o dos amigos, família, colegas, etc.)
problema?”
3. Psicologia do desenvolvimento
3.1. Teorias do desenvolvimento humano
Teoria Comportamentalista
Teoria Psicanalítica
Teoria Cognitivista
Cabe-lhe também responder à questão da diferença ou do desvio entre o que pode ser
considerado como fenómenos normais e o que pode ser considerado como fenómenos
patológicos.
O que é a psicodinâmica?
A Psicologia dinâmica ou psicodinâmica é a observação e a compreensão da
especificidade de cada ser humano, ou mesmo de cada ser vivo, de estar em conflito
com o mundo, com os outros e com ele próprio.
São impulsos (sobretudo de cariz sexual) que dinamizam e dão energia (libido) ao
comportamento, na procura do prazer erótico ou sensação, agradável. Ao longo do
desenvolvimento a satisfação do impulso sexual é obtida em diferentes zonas do corpo,
de modos diferentes.
Esta teoria baseia-se em dois pilares fundamentais que depois dão origem a uma visão
peculiar da infância e adolescência de um indivíduo, abordando o seu desenvolvimento
psicossexual.
1º Pilar
1ª tópica: O autor estudou a importância dos fenómenos
inconscientes nas nossas ações conscientes. Considerada
que a mente do ser humano era como um iceberg, sendo
que a parte mais visível do iceberg correspondia à
consciência enquanto que a parte submersa (maior)
correspondia ao pré-consciente e ao inconsciente.
2º Pilar
Conforme a zona erógena2 mais desenvolvida, Freud definiu cinco estádios
psicossexuais.
Estádio (idade) Descrição
Excitação da cavidade oral e dos lábios (a criança procura
Oral
satisfação levando objetos à boca).
(0-12 meses)
Forma-se o Ego.
Maturação e controlo do esfíncter, deslocando-se o prazer
Anal
para a zona anal.
(12 meses – 3 anos)
Controlo de impulsos agressivos.
O prazer desloca-se para os genitais.
Complexo de Édipo (♂) / Electra (♀) – desejo pelo progenitor
do sexo oposto.
Fálico
Complexo de castração – onde aprende a ouvir o 1º não.
(3-5 anos)
Caso esta rejeição seja constante, a autonomia da
criança fica comprometida.
Formação do Superego.
Pausa na evolução da sexualidade. Dissipação da energia
Latência
pelas três zonas erógenas.
(6 anos – puberdade)
Investe a sua energia em atividades escolares.
1
Energia que impulsiona a satisfação dos nossos prazeres nas zonas erógenas, que variam com a idade.
2
Zonas de grande sensibilidade/excitabilidade sexual, onde se obtém o prazer
Relação precoce: relação recíproca que tem por base o conjunto de comportamentos
que nos primeiros tempos de vida permitem estabelecer a ligação afetiva entre a criança
e quem dela cuida. Terão um processo fundamental na construção do eu. As relações
precoces iniciam-se com os cuidados sob a forma de vinculação precoce.
HARLOW
Segundo Freud, o bebé pouco mais era do que uma boca que se afeiçoava à pessoa que
o amamentava.
Harlow vem demonstrar que o vínculo do bebe à mãe está para além da satisfação das
necessidades básicas (alívio da fome, sede, dor, etc.), recorrendo ao método
experimental por experiências etológicas.
Colocaram um macaco numa jaula com ambas as mães. Reparou-se que o macaco
passou 17/18 horas na mãe felpuda e mais ou menos 1 hora na mãe de arame. Quando
assustado correu também para a mãe felpuda à procura de conforto, quando estabelece
contacto depois até começa a “gritar” com o boneco que o assusta.
LORENZ
Este processo ocorre durante um período crítico do início da vida do animal de modo
que a proximidade da figura de vinculação fornece conforto e segurança ao passo que o
seu afastamento causa angústia.
Entre os 6-8 meses o bebé começa a diferenciar a mãe das outras pessoas, chorando e
inquietando-se quando a vê partir.
3
É uma resposta de comportamento adquirida no início de vida, não reversível e normalmente provocada
por uma situação ou estímulo que a desencadeia.
À medida que a criança cresce, vai confiando que a mãe estará presente quando ela
precisar, o que permite aceitar separações cada vez mais longas.
ESTUDO DE BOWLBY
Segundo Bowlby, a vinculação só se desenvolve até aos dois anos mas é essencial para
entender todas as outras relações.
A causa básica da vinculação é o medo inato do desconhecido que leva as crias a fazerem
tudo o que podem para se manterem junto de algum objeto (geralmente a mãe) que se
tornou familiar.
O bebé tem competências inatas que lhes permite manter a proximidade com a figura
de vinculação – respostas ou comportamentos instintivos: sorrir, chorar, agarrar,
chuchar, seguir – e estabelecer com ela uma relação de vinculação.
Conclusões de Bowlby:
▪ A personalidade do adulto constrói-se a partir das ligações socioafetivas
precoces;
▪ Os vínculos precoces repousam sobre necessidades e fundamentos biológicos;
▪ A tendência para estabelecer laços afetivos é independente de outras
necessidades básicas, incluindo a alimentação.
ESTUDO DE AINSWORTH
Procedimento experimental:
▪ Criança introduzida com a mãe numa sala desconhecida com alguns brinquedos
apelativos;
▪ Entrada de um estranho que interage com a mãe e se aproxima da criança;
▪ A mãe ausenta-se, deixando a criança dentro da sala com o desconhecido;
▪ Observação dos comportamentos do bebé após a saída da mãe.
Enquanto a mãe está presente, estas crianças não exploram a sala, ficando
extremamente angustiadas e em pânico com a saída da mãe. No momento do
regresso, reagem com ambivalência emocional, correndo para ela para serem
pegadas ao colo e lutando com raiva depois para voltarem para o chão.
3. Vinculação Evitante
Enquanto a mãe está presente, estas crianças mantêm-se distantes e afastadas dela.
Mostram pouca perturbação quando a mãe sai, ignorando o regresso dela.
Características da vinculação:
▪ Procuram proximidade, sobretudo em casos de tensão;
▪ Prazer na reunião com a figura de vinculação;
▪ Desconforto emocional na separação;
▪ Não procuram conforto num estranho.
ESTUDO DE BRAZELTON
Brazelton centrou-se num estudo das reações parentais aquando do surgimento de uma
situação ameaçadora (p.e.: sinais verbais e não-verbais de desconforto, como a
expressão de dor), perigosa (p.e.: queda) ou stressante (p.e.: separação) para a criança.
Se por um lado a criança procura ser protegida, por outro, a figura parental tenta
proporcionar proteção através de um sistema de prestação de cuidados.
A regulação emocional começa assim por ser relacional entre a mãe e o bebé, para
progressivamente se tornar numa capacidade individual do bebé.
ESTUDO DE SPITZ
O bebé fica angustiado quando vê a mãe partir mas fica pior se ela não voltar
rapidamente. As separações longas podem ter efeitos graves.
WILFRED BION
Na relação mãe-filho, por mais que o filho seja capaz de investir percetivamente a mãe
e de a pré-conceber, não pode existir a não ser que a mãe lhe confira existência através
da sua capacidade de lhe dar significado. Assim, a mãe é continente dos conteúdos do
seu bebé.
▪ Função alfa – função transformadora de uma situação desconfortável em situação
confortável (descodificação do motivo de desconforto).
▪ Produção de conhecimentos
▪ Capacidade de Rêverie – estar em estado de sonho e captar o que se passa com o
filho pela intuição.
▪ Ser continente dos conteúdos do bebé: acolher, conter, descodificar…
DONALD WINNICOTT
Focaliza-se em 2 partes:
▪ Crescimento emocional do bebé;
▪ Qualidades relacionais da mãe na satisfação das necessidades do bebé.
Estádio sensório-motor
Idade Descrição
As atividades da criança centram-se essencialmente no seu
1 – 4 meses
próprio corpo.
Desenvolve-se a coordenação entre as atividades percetiva
e motora;
Agarra um objeto que tiver ao seu alcance;
4 – 8 meses
Novos comportamentos acidentais, ou seja, a criança ainda
não escolhe deliberadamente usar um esquema como
meio para atingir um fim.
Aperfeiçoa a coordenação motora;
8 – 12 meses A acidental ocorrência de novos comportamentos dá lugar
às primeiras formas de comportamento intencional;
“Será que consigo fazer as coisas por mim próprio ou tenho de depender quase
sempre dos outros?”
Estádio Pré-operatório
Capacidade de
Idade Descrição
classificação
Pensamento Transdutivo/Pré-concetual, centrado na imaginação
Egocentrismo
• A criança passa a ser o centro do universo;
• O seu ponto de vista é o único possível;
Coleção de figuras,
• Comportamentos do próprio como causa dos
sem importar
2 – 4 anos acontecimentos.
agrupá-las e
Causalidade mágico-fenomenológica
classificá-las
• Atribuição de um relacionamento causa efeito a dois
acontecimentos sem qualquer relação.
Várias características mentais resultam do predomínio do
pensamento mágico:
Redução do egocentrismo
3.2.3. A adolescência
É neste estádio que o jovem levanta hipóteses sobre diversos tipos de conhecimento.
Pensamento abstrato
Pensamento hipotético-dedutivo
Pensamento combinatório
Pensamento proposicional
Público Imaginário
Narrativa Pessoal
Considera que tem sentimentos, crenças e ideias que outros não têm e
não podem compreender.
Comportamentos de risco
Fatores de proteção
▪ Apoio da família e dos amigos;
▪ Espaços de apoio ao aluno;
▪ Espaço de educação para a cidadania, saúde e desenvolvimento pessoal social.
“Quem sou eu? Qual o lugar que ocupo na sociedade? O que quero ser no futuro?”
Moratória Psicossocial
Estádio genital
Pensamento relativista
Modelo que estipula sete estádios sobre a forma como o pensamento é utilizado ao
longo das diferentes etapas da vida.
Desenvolvimento Psicossocial
Fatores de proteção
Casamento
▪ Satisfação de necessidades fundamentais como a intimidade (partilha de
sentimentos e confidencias), amizade, preenchimento sexual e
companheirismo.
▪ Baseado em interesses e valores comuns;
▪ Êxito no casamento ⟶ intimamente associado à forma como os cônjuges
comunicam, tomam decisões e lidam com conflitos.
Amizade
▪ Baseadas em interesses e valores comuns;
▪ Influência positivamente a saúde.
Fatores de risco
A nível das relações íntimas
▪ Insatisfação com relações de amor e/ou amizade;
▪ Focar na carreira, levando à falta de tempo para relacionamentos;
▪ Dificuldades em assumir e/ou experimentar a sexualidade;
▪ Incapacidade para realizar tarefas psicológicas do casamento;
▪ Divórcio.
A nível parental
▪ Infertilidade (provoca alterações na intimidade e o desgaste emocional do
casamento);
▪ Dificuldades na educação dos filhos;
▪ Focar nos filhos, prejudicando o casamento.
A nível profissional
▪ Dificuldades em encontrar trabalho compatível com as habilitações;
▪ Grandes exigências ⟶ assertividade;
▪ Competitividade.
▪ Nesta idade, ocorre um período de grande tensão devido aos encargos
financeiros e às escolhas cruciais a serem tomadas.
3.2.5. Idade Adulta
35 – 65 anos
“Serei bem sucedido na minha vida afetiva e social? Produzirei algo com verdadeiro
valor? Conseguirei contribuir para melhorar a vida dos outros?”
Circunstâncias familiares
Casais sem filhos
▪ A exclusão na teoria de Erikson de estilos de vida de casais sem filhos deixa
em aberto esta alternativa de desenvolvimento saudável.
▪ Decisão tomada antes do casamento ou adiada.
▪ Motivos subjacentes à decisão de não ter filhos:
o Concentração nas carreiras ou em causas sociais;
o Maior conforto em lidar com adultos;
o Crença de que não serão bons pais;
o Manter a intimidade da lua de mel;
o Gozar a liberdade, como viajar ou tomar decisões repentinas;
o Evitar as despesas financeiras subjacentes a uma criança;
o Dificuldades em conciliar parentalidade com a profissão.
Ninho vazio
▪ Quando o último filho deixa o lar;
▪ Mais fácil para mulheres que a encaram como uma experiência libertadora
para realizarem aspirações pessoais.
Porta Giratória
▪ Quando o filho regressa ao lar para se reorganizar depois de ter sofrido
dificuldades financeiras, conjugais ou de outro tipo.
Netos
▪ Em relação aos quais podem ser professores, cuidadores, modelos e até
mediadores na relação com os pais;
▪ Podem ter de tomar conta deles a tempo inteiro.
Fatores de proteção
Atividade profissional
▪ Maior satisfação profissional;
▪ Alcance do topo da carreira.
Relações íntimas
▪ Aumento da satisfação conjugal;
▪ Relações mais íntimas com amigos.
Saúde física
▪ Ser saudável é uma pessoa conseguir fazer a sua vida normal,
independente e sem sofrimento.
Fatores de risco
Perdas cognitivas
▪ Preocupação com os primeiros sinais.
Alterações físicas
▪ Não aceitação de rugas, óculos, perda de cabelo, etc.
▪ Dificuldade em lidar com o aumento de peso;
▪ Menopausa;
▪ Aumento do risco para determinadas doenças
Papeis familiares
▪ Dificuldades na relação com filhos adolescentes;
▪ Ninho vazio ⟶ mulheres mais centradas na maternidade e que não
antecipam rotinas familiares para a saída de casa dos filhos;
▪ Pais que se arrependem de não ter passado mais tempo com os filhos;
▪ Geralmente assumido pelas filhas de meia-idade que podem sentir-se
incapazes de prestar cuidados aos pais.
Atividade profissional
▪ Impossibilidade de progredir na carreira;
▪ Desadequação a novas tarefas profissionais;
▪ Inadaptação à reforma;
Crise de meia-idade:
▪ Fase de transição;
▪ Depende de acontecimentos stressantes;
▪ Tem baixa incidência em pessoas com educação superior, de classe
média/alta;
▪ Tem como consequências o aumento da ideação suicida, o consumo de
álcool e a ansiedade.
2. Estádio Realizador
3.2.6. O idoso
Atitudes negativas
▪ Automorfismo social – ausência de reconhecimento da especificidade de
cada idoso.
▪ Gerontofobia – medo irracional de envelhecer e de tudo o que se relaciona
com a velhice.
▪ Idadismo (Butler, 1969) – discriminação das pessoa mais velhas pelas mais
novas.
▪ Infantilização – tratar as pessoas como se fossem crianças.
Atitudes positivas
▪ Respeito;
▪ Confiança;
▪ Luta contra gerontofobia.
Envelhecimento fisiológico
Alterações na aparência
▪ Pele mais pálida, manchada e menos elástica;
▪ Aparecimento de rugas;
▪ Diminuição do tecido adiposo;
▪ Cabelos grisalhos e finos;
▪ Aquisição de uma postura curvada;
▪ Diminuição da altura.
Sinais neuro-oftalmológicos
▪ Menor contraste visual;
▪ Menor adaptação tanto à luz fraca como à luz intensa.
Sinais motores
▪ Menor coordenação fina;
▪ Maior tempo de reação;
▪ Menor força muscular, sobretudo nos músculos dos membros inferiores.
Desenvolvimento cognitivo
Alterações fisiológicas
▪ Perda de axónios;
▪ Perda de células do cerebelo, que controla o equilíbrio e a motricidade fina.
Alterações da memória
▪ Curto prazo – diminuição da capacidade para manipular informação retida há
pouco tempo;
▪ Longo prazo – manutenção da memoria semântica e procedimental.
2. A pragmática da inteligência
Tem como base a experiência de vida, nomeadamente n educação e no
trabalho.
Tende a desenvolver-se com a idade.
Implicações
▪ Funcionalidades financeiras;
▪ Funcionalidades físicas;
▪ Funcionalidades emocionais;
▪ Ocupação do tempo (estudo, trabalhos parciais, hobbies, voluntariado, etc.);
▪ Mais tempo para a família e os amigos;
Relacionamentos pessoais
Viver com familiares
▪ Cônjuge
o Casamento duradouro, emocionalmente muito importante nesta idade;
o Mais satisfatório do que na meia-idade devido à disponibilidade da
reforma, terminar de cuidar dos filhos e mais dinheiro no banco;
o Mais interesse e prazer na companhia um do outro.
▪ Familiares (filhos)
o Convívio entre várias gerações;
o Contacto com netos e bisnetos.
Fatores psicológicos
▪ Ser infeliz no casamento;
▪ Dependência;
▪ Insatisfação nas relações interpessoais;
▪ Perda de animais e/ou objetos significativos;
▪ Perda de familiares e/ou amigos.
A morte e o luto
Fatores de risco
Nível financeiro
▪ Idosos pertencentes a minorias têm menor probabilidade de sustento
financeiros por terem tido trabalhos que não descontaram para a segurança
social;
▪ Mulheres mais velhas sozinhas (que não contam com a pensão do marido) e
idosos doentes têm também mais dificuldades financeiras.
▪ O divórcio numa idade nesta faixa etária pode levar ao isolamento social e
maiores taxas de doença mental e morte.
Nível familiar
▪ Ir viver com os filhos
o Entre duas gerações que valorizam a independência, os pais não
querem ser um fardo para os filhos e gastar os seus recursos;
o Pode ser difícil para o idosos abdicar da sua liberdade e privacidade;
o Pode sentir-se inútil, entediado e isolado dos amigos;
o Pode dar-se mal com o genro/nora;
▪ Ter como cuidador um dos filhos com mais de 60 anos;
o Prestar cuidados a um idoso com vários problemas crónicos pode ser
física e emocionalmente extenuante para o cuidador.
▪ Institucionalização
o O idoso pode sentir-se rejeitado e os filhos culpados.
Fatores de proteção
Longevidade
▪ As mulheres tendem a viver mais seis anos do que os homens, devido à sua
maior tendência para cuidar de si mesma e procurar cuidados médicos.
Casamento
▪ Os idosos casados tendem a cuidar um do outro