Aula 1 GESTÃO DE PESSOAS E PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Aula 1 GESTÃO DE PESSOAS E PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Aula 1 GESTÃO DE PESSOAS E PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
GESTÃO DE PESSOAS E
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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de seu entorno, é um conjunto de diversos domínios. Alguns psicólogos
realizam pesquisa básica, alguns fazem pesquisa aplicada e outros
prestam serviços profissionais. Em psicologia, não há um acordo na
metodologia e não há uma terminologia comum, mas sim existe uma diversidade
enorme de orientações teórico-metodológicas. O comportamento e a experiência
do homem observado e descrito pelos filósofos gregos eram vistos como resultado
das manifestações da alma. A psicologia ganhou espaço, na ciência, no final do
séc. XIX. O objeto de estudo da psicologia tem variado ao longo do tempo e sua
pré-história confunde-se com a própria história da filosofia.
Antes de 300 a.C., o filósofo grego Aristóteles teorizou sobre temas como:
aprendizagem e memória;
motivação e emoção; e
percepção e personalidade.
como se dá o aprendizado?
como acontece o desenvolvimento físico, motor, emocional, social,
intelectual da criança?
o que são as fases da adolescência?
que fatores influem no desenvolvimento da criança?
o que são emoções? elas são inatas ou adquiridas?
por que nos lembramos e esquecemos das coisas?
como se desenvolve o pensamento?
qual a ligação entre pensamento e linguagem?
como se dá a resolução de problemas?
qual a influência dos grupos sobre os indivíduos?
como se desenvolve a personalidade?
como se dá percepção?
quais são os fatores responsáveis pelos diversos tipos de retardamento
mental?
o que motiva o comportamento?
como explicar as diferenças individuais?
quais as causas dos desvios de comportamento?
como atuar sobre o desajustamento?
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qual a influência dos valores e das atitudes na percepção dos indivíduos?
como estimular a criatividade das pessoas?
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Behaviorismo – surgiu nos EUA com John Watson (1878-1958). Foi
conhecida pela teoria S-R, ou seja, de que para cada resposta
comportamental existe um estímulo. Essa linha trabalha com o
comportamento das pessoas. O analista avalia inicialmente do que o
paciente necessita e, então, por meio de algumas técnicas, auxilia na
mudança do seu comportamento. Os teóricos dessa linha entendem que o
ser humano é suscetível à mudança de comportamento de acordo com o
ambiente em que esteja inserido. Seu foco é mais diretivo, nas atitudes. É
eficaz para pessoas que apresentam quadros de ansiedade, pânico, fobia
social, depressão, dependência química e problemas de aprendizagem.
Gestaltismo – essa teoria propõe uma visão mais integrada, colocando em
foco mente e corpo como uma unidade, sem cisão. Ela surgiu na Europa,
na Alemanha, com Wertheimer, Köhler e Koffka, entre 1910 e 1912, e
postula a necessidade de se compreender o homem como um todo,
resgatando as relações da psicologia com a filosofia. Tem uma visão
holística do ser humano e do mundo, em que um afeta reciprocamente o
outro. Acredita que o pensar, o sentir e o agir precisam estar em sintonia e
serem respeitados, para que o indivíduo tenha saúde. Está concentrada no
aqui e agora: o terapeuta estuda o cliente nas suas ações, gestos, postura,
tom de voz e expressões faciais.
Psicanálise – teoria elaborada por Sigmund Freud (1856-1939), que
recupera a importância da afetividade e tem como objeto de estudo o
inconsciente. Hoje, no século XXI, com os conhecimentos produzidos e
diante da complexidade e capacidade de transformação do ser humano,
ampliou-se em grande medida sua área de atuação. De acordo com Freud,
o ser humano funciona por meio de duas pulsões inatas, a sexual e a de
morte. Ele baseou toda a sua explicação nas ideias de níveis de
consciência, modelo estrutural de personalidade, mecanismos de defesa e
fases do desenvolvimento psicossexual. Durante todo o século XX, sua
obra influenciou grande parte do pensamento psicoterapêutico, além de
acentuar a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento
do indivíduo. Essa abordagem busca estimular o próprio paciente a ter seus
insights, ou seja, que ele mesmo compreenda o que está acontecendo
consigo e quais vias ele pode usar para se modificar e resolver o problema
em que se encontra. As interpretações feitas pelo psicanalista durante a
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sessão propiciam autoconhecimento e transformação gradual dos
sintomas. É importante também salientar que essa é uma técnica não
diretiva, ou seja, o analista não sugere que o paciente faça isto ou aquilo.
A análise acontece com base nas associações produzidas pelo próprio
paciente.
Psicologia analítica de Jung ou análise junguiana – Jung discorda de
algumas teorias de Freud. Seu objeto de estudo principal são os sonhos e,
pela sua metodologia, o terapeuta busca manter a conversa sempre em
torno dos problemas que levaram o paciente até ele. Para estimular a
imaginação, são utilizadas técnicas geralmente ligadas às artes, como
pinturas, esculturas, desenhos, textos escritos e caixa de areia (sandplay).
Normalmente, é indicada para quem busca autoconhecimento profundo.
Humanismo – essa vertente se baseia na aceitação, no conceito de que
só conseguimos mudar quando assumimos para nós mesmos que existe
um problema que precisa ser tratado. Uma frase do humanista Carl Rogers
define bem esse método: “O paradoxo curioso é que quando eu me aceito
como eu sou, então eu mudo“. O humanismo acredita que toda pessoa tem
capacidade de crescimento e desenvolvimento. Para propiciar isso ao seu
paciente, o terapeuta não o direciona, mas cria um ambiente acolhedor e
empático para que o paciente possa se desenvolver no sentido em que ele
escolher e ser realmente quem é, gerando mudança e lhe proporcionando
autoconfiança. Normalmente, é um modelo indicado a pessoas que
apresentam algum tipo de vício ou comportamento autodestrutivo.
Psicoterapia corporal ou de Reich – para Reich, o paciente apenas se
sentar diante de seu terapeuta e falar sobre seus problemas não parecia
ser a melhor solução para resolvê-los. Sendo assim, discordando de alguns
estudiosos, ele propôs o modelo da psicoterapia corporal. Essa técnica
trabalha o fato de que toda mobilização emocional gera uma reação
corporal e vice-versa. Com isso, Reich descobriu que todo distúrbio
psicoemocional está associado a distúrbios corporais. O profissional que
trabalha com esse método trata dos problemas não só mediante conversas
com seus pacientes nas sessões de terapia, mas principalmente por meio
de modificações corporais, de postura, respiração e relaxamento das
tensões nos olhos, boca, garganta, diafragma, genitais, ânus etc.
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Terapia cognitivo-comportamental (TCC) – essa abordagem tem o seu
foco voltado para mudar pensamentos disfuncionais. A sua base teórica
vem de Aaron Beck, que mostra como cada pessoa tem um jeito de ver o
mundo e, quando adota uma forma autodestrutiva de fazê-lo, começam
a lhe aparecer distúrbios emocionais.
psicologia experimental;
psicologia da personalidade;
psicologia clínica;
psicologia do desenvolvimento;
psicologia organizacional;
psicologia da educação;
psicologia da aprendizagem;
psicologia esportiva;
psicologia forense; e
neuropsicologia.
Crédito: Marish/Shutterstock.
significado
[...]
Sentido de uma palavra, termo, frase; sentido, conceito.
Definição atribuída a um termo, palavra, frase, texto [...].
Relevância que se dá a algo [...].
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[...]
Aquilo que alguma coisa quer dizer [...]. (Significado, [20--], grifo do
original)
trabalho
[...]
Conjunto das atividades realizadas por alguém para alcançar um
determinado fim ou propósito. (Trabalho, [20--], grifo do original)
indivíduo
Ser humano; pessoa considerada de modo isolado em sua comunidade,
numa sociedade ou coletividade; o ser que faz parte da espécie humana;
o homem: os direitos do indivíduo. (Indivíduo, [20--], grifo do original)
Crédito: Seita/Shutterstock.
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Crédito: Fizkes/Shutterstock.
A motivação é um estado interior que faz como que cada indivíduo assuma
determinados tipos de comportamento e que consiste basicamente no esforço que
cada um está disposto a depreender para adquirir ou alcançar algum objetivo.
Resulta, assim, de desejos, necessidades ou vontades.
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laboral e se reflete diretamente nos resultados auferidos e no clima organizacional
como um todo.
TEMA 4 – O INDIVÍDUO
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e ao modo particular do indivíduo de ser, perceber, pensar, sentir e agir, diante da
interferência de fatores externos, culturais e sociais.
Segundos Feist, Feist e Roberts (2015), no livro Teorias da personalidade,
personalidade é definida como “[...] um padrão de traços relativamente
permanentes e características únicas que dão consistência e individualidade ao
comportamento de uma pessoa”. Para os autores, esses traços podem ser únicos,
comuns a um grupo ou compartilhados por uma espécie toda, porém o seu padrão
se manifesta de modo diferente em cada pessoa. Embora as pessoas se pareçam
com seus familiares em alguns aspectos psicológicos, por exemplo, cada membro
da família possui uma personalidade única, seu jeito, sua individualidade (Feist;
Feist; Roberts, 2015).
Existem diversas áreas que estudam a personalidade e uma delas é a
psicanálise. Freud foi o primeiro estudioso a organizar o conceito de teoria da
personalidade, em 1896, cuja base de estudo se fundamenta no inconsciente.
Freud, considerado o pai da psicanálise, define a personalidade como algo
resultante de três sistemas, que são:
1. id;
2. ego; e
3. superego.
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teorias psicodinâmicas;
teorias humanistas/existenciais;
teorias disposicionais;
teorias biológico-evolucionistas; e
teorias cognitivas e da aprendizagem.
1. Indivíduos – toda organização é composta por pessoas, seja ela qual for.
Essas pessoas levam para o ambiente das empresas suas histórias, suas
experiências, suas vivências e seus conhecimentos técnicos e
comportamentais. Por meio de suas competências, realizam as tarefas e
buscam resultados organizacionais. É relevante entender como funciona
individualmente cada profissional e como se dá a sua interação com o
grupo e a tarefa.
2. Tarefas – realizadas pelas pessoas, em uma organização, tratam-se das
atividades que requerem um conjunto de competências necessárias para o
seu desenvolvimento, com maior ou menor grau de complexidade,
podendo ser realizadas individualmente ou em grupo. São elementos
concretos e visíveis, mas a avaliação de seu desempenho pode ser
subjetivo, pois cada um entende suas realizações conforme seu próprio
modelo mental e forma de interpretar o mundo.
3. Grupos – são os responsáveis pelo desenvolvimento coletivo das tarefas,
de uma maneira estruturada e organizada.
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f. percepção do papel individual a se desempenhar e dos sistemas de valores
vigentes;
g. sentimentos, emoções, necessidades e desejos presentes nos indivíduos
e grupos de uma organização;
h. unidade de medida para contabilização dos recursos humanos.
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REFERÊNCIAS
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