Introdução

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Introdução

Organismos internacionais são entidades formadas por países e instituições com o objetivo de
promover cooperação em áreas como paz, segurança, direitos humanos, economia e meio
ambiente. Exemplos incluem a ONU, o FMI, e a OMS, que atuam para resolver problemas que
ultrapassam fronteiras nacionais, como crises financeiras, pandemias e mudanças climáticas.
Essas organizações são fundamentais para a sociedade global, pois facilitam o diálogo entre
países, coordenam respostas a crises globais e apoiam o desenvolvimento de nações mais
vulneráveis. Assim, contribuem para a estabilidade, a segurança e o desenvolvimento
sustentável, promovendo uma ordem internacional mais integrada e cooperativa. Este trabalho
analisa a importância desses organismos e seu papel na construção de uma sociedade global
mais justa e sustentável.

O que é FMI?

O FMI é uma organização internacional situada em Washington (Estados Unidos) responsável


por promover resgates financeiros aos seus países-membros. Logo, ele tem um papel importante
na conservação da lógica econômica global, por meio da sua participação no evitamento de
distúrbios políticos, financeiros e cambiais. Sendo assim, o FMI atua decisivamente no
desenvolvimento da economia mundial.

Qual a história do FMI?

O FMI foi criado nos Estados Unidos, no ano de 1944, assim como o Banco Mundial. O contexto
histórico-econômico de criação dessa instituição ocorreu próximo ao fim da Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), quando diversos países reuniram-se para discutir as questões econômicas
e financeiras do pós-guerra, em um evento internacional chamado de Conferência de Bretton
Woods.
Assim, a história de fundação do FMI está atrelada à necessidade de criação de organismos
internacionais que atuam de forma global na prevenção de crises financeiras e na promoção do
desenvolvimento socioeconômico.
A sede do FMI está localizada nos Estados Unidos.

Estrutura do FMI

A organização do FMI reflete o seu funcionamento. Na sequência, detalharemos como o trabalho


dessa organização acontece.
● Assembleia de Governadores: a instância máxima do FMI. Cada país que integra o fundo
tem seus interesses representados por um governador e seu suplente. Eles são
comumente os ocupantes de cargos de chefia nos bancos centrais desses países ou seus
ministros da Economia. Entre as principais funções dos governadores, estão a admissão
de novos membros ou remoção (seguindo o Estatuto do órgão), a aprovação de aumentos
de cotas e a alocação dos Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês).
● Comitês ministeriais: aconselham a Assembleia de Governadores. O FMI possui dois
comitês ministeriais, o Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, em inglês) e o
Comitê de Desenvolvimento. O primeiro fica a cargo das questões da conjuntura da
economia e das finanças mundiais, enquanto o segundo, que oferece conselhos também
ao Banco Mundial, é responsável pelo trabalho com países emergentes.
● Diretoria Executiva: conduz os trabalhos diários do FMI, realizando uma série de reuniões
durante a semana para abordar desde questões relacionadas à economia mundial até
tratar de temas relacionados à própria organização interna da instituição. A Diretoria,
como é chamada, é formada por 24 diretores selecionados por um país ou um grupo de
países e também pelo Diretor-Geral. Seus poderes são delegados pela Assembleia de
Governadores e pelo Estatuto.
● Cotas: são a base do funcionamento do FMI. Elas são determinantes de quanto um país
deve contribuir para a manutenção dos recursos do fundo e, ao mesmo tempo, servem
para definir o poder de voto desse membro nas decisões da instituição. As cotas são
atribuídas conforme a posição do país no sistema econômico mundial, mediante a análise
de aspectos como o PIB, por exemplo. Nações mais ricas apresentam maiores cotas e,
portanto, maior poder de voto do que as nações mais pobres. Nota-se ainda que as cotas
são utilizadas também para estipular o tamanho dos empréstimos que cada membro pode
obter.
● Moeda: o FMI trabalha com uma espécie de moeda, ou unidade de conta, que
corresponde a um ativo de reserva internacional criado pela instituição, no ano de 1969,
com a função de complementar as reservas dos países-membros. Esse ativo é chamado
de direito especial de saque (DES ou SDR, na sigla em inglês). Seu valor é determinado a
partir de cinco moedas, que são o dólar, o euro, a libra, o renminbi e o iene. A título de
comparação, um dólar hoje equivale a 0,74893 SDR.
● Financiamentos: são feitos em caso de crises internas nos países ou na tentativa de
preveni-las. Eles são requisitados pelos países quando há déficit na sua balança de
pagamento. Segundo a instituição, os empréstimos podem ser realizados mediante
acordos concessionais, que possuem termos a serem seguidos e são revisados
periodicamente, e também não concessionais. Outra forma de empréstimo do FMI é o
empréstimo definitivo.
● Poder de voto: além dos votos básicos, que todos os membros possuem de forma
equivalente, os países apresentam poder de voto, que varia de acordo com a sua cota,
como vimos. Conforme explicação do FMI, a contabilização dos votos decisórios é feita
por meio do voto básico somado ao número de votos atribuídos por meio das cotas,
seguindo a lógica de que cada 100 SDR corresponde a um voto.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) atua como uma organização internacional com o objetivo
de promover a estabilidade econômica e financeira global. Suas principais áreas de atuação
incluem:

Supervisão e Monitoramento: O FMI realiza análises regulares da economia global e de cada país
membro, identificando riscos econômicos e oferecendo recomendações. Esse processo é
conhecido como vigilância. O FMI realiza consultas anuais com cada país (sob o Artigo IV do seu
acordo) para monitorar suas políticas econômicas e financeiras.
Assistência Financeira e Empréstimos: O FMI concede empréstimos a países com
dificuldades na balança de pagamentos ou em crise econômica, ajudando-os a evitar ou superar
problemas financeiros. Esses empréstimos são condicionados a programas de reformas
econômicas que buscam restaurar a estabilidade financeira. Alguns dos principais programas de
empréstimos incluem o Acordo Stand-By, o Serviço de Crédito Ampliado e o Mecanismo de
Financiamento Rápido.
Capacitação e Assistência Técnica: O FMI oferece assistência técnica e treinamento para
ajudar países a fortalecerem suas instituições e melhorar suas políticas econômicas. Isso
envolve áreas como administração fiscal, gestão da dívida, supervisão bancária, e coleta de
estatísticas econômicas.
Pesquisa e Publicações: O FMI realiza pesquisas econômicas e publica relatórios sobre a
economia global, como o Relatório de Perspectivas da Economia Mundial e o Relatório de
Estabilidade Financeira Global. Essas publicações são referência para formuladores de políticas
e especialistas econômicos.
Prevenção de Crises: O FMI trabalha com os países para identificar e reduzir vulnerabilidades
econômicas e financeiras, buscando evitar crises. Através de análises, recomendações e
programas de assistência técnica, o FMI apoia os países na construção de economias mais
resilientes.

A atuação do FMI visa garantir a estabilidade econômica global, prevenindo crises financeiras e
promovendo o crescimento sustentável. Ele é especialmente importante em momentos de crises
econômicas, quando pode intervir rapidamente para estabilizar economias afetadas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem uma importância central na promoção da


estabilidade financeira global e no fortalecimento das economias de seus países membros.
Como instituição financeira multilateral, sua atuação é estruturada para prevenir e mitigar crises
econômicas, preservar a confiança nas economias e promover o crescimento sustentável.
Abaixo, detalho as principais funções do FMI e sua contribuição à estabilidade financeira:

Monitoramento e Supervisão das Economias

O FMI realiza um monitoramento contínuo das economias de seus 190 países membros e da
economia global como um todo. Esse processo, conhecido como “vigilância”, é um dos principais
mecanismos para garantir a estabilidade financeira. A vigilância do FMI consiste em análises
regulares das políticas econômicas, fiscais e monetárias dos países, identificando riscos que
possam afetar o sistema financeiro global.

Durante as consultas do Artigo IV, o FMI realiza análises anuais da situação econômica de cada
país, estudando indicadores como crescimento, inflação, dívida e balança de pagamentos. Com
base nesses dados, o FMI emite relatórios com recomendações de políticas, ajudando os países
a anteciparem e a enfrentarem potenciais riscos econômicos. Esse trabalho preventivo permite
aos países adotar medidas que fortalecem suas economias, reduzindo a vulnerabilidade a
choques externos.
Além disso, o FMI publica relatórios importantes, como o Relatório de Estabilidade Financeira
Global, que oferece uma visão geral dos riscos financeiros em nível global. Esse relatório é
essencial para orientar decisões políticas e estratégias de governos, bancos centrais e
instituições financeiras.

Assistência Financeira e Empréstimos Condicionais

Em momentos de crise financeira ou econômica, o FMI fornece assistência financeira aos países
membros por meio de empréstimos, com o objetivo de estabilizar suas economias e evitar o
contágio para outros países. Os recursos são disponibilizados sob determinadas condições,
visando à implementação de políticas de ajuste econômico e reformas estruturais que ajudarão o
país a restaurar a estabilidade.

Esses empréstimos são especialmente úteis para países que enfrentam dificuldades de balança
de pagamentos, como escassez de moeda estrangeira ou desvalorização da moeda.
Empréstimos como o Acordo Stand-By (SBA), o Serviço de Crédito Ampliado (ECF) e o
Mecanismo de Financiamento Rápido (RFI) ajudam a estabilizar a economia rapidamente. O FMI
fornece o financiamento necessário para evitar colapsos econômicos e facilitar a recuperação.

A assistência financeira do FMI é geralmente condicionada a programas de reforma econômica,


como cortes em despesas públicas, ajustes fiscais, controle da inflação e reestruturação do
setor financeiro. Essas medidas buscam resolver os problemas estruturais que levaram à crise,
assegurando que o país tenha uma recuperação sustentável.

Capacitação e Assistência Técnica

Além do apoio financeiro, o FMI também ajuda os países a desenvolverem suas capacidades
técnicas e institucionais, fornecendo treinamento e assistência em diversas áreas econômicas.
Através de programas de capacitação, o FMI orienta os países a melhorarem a administração
pública, a gestão de políticas fiscais, a regulamentação do setor financeiro e a coleta de dados
econômicos.

Por exemplo, a assistência técnica pode incluir o fortalecimento da supervisão bancária, a


modernização de sistemas de administração tributária e o aprimoramento de práticas de gestão
de dívida. Essas iniciativas ajudam os países a adotarem políticas e práticas que reforçam a
estabilidade e reduzem vulnerabilidades a choques externos, construindo uma base mais sólida
para o desenvolvimento econômico.

A capacitação do FMI contribui para a construção de instituições mais resilientes e para a


formação de políticas financeiras mais robustas, que são essenciais para a estabilidade e o
crescimento econômico de longo prazo.
Prevenção de Crises e Redução de Vulnerabilidades

Uma das principais funções do FMI é atuar na prevenção de crises financeiras, ajudando os
países a anteciparem e a mitigar riscos antes que eles comprometam a estabilidade econômica.
O FMI trabalha junto aos governos para implementar políticas macroprudenciais — medidas que
reduzem a possibilidade de crises bancárias e garantem um setor financeiro mais seguro.

O FMI também ajuda a estabelecer e promover políticas econômicas que reduzem


vulnerabilidades. Essas políticas incluem o controle de déficits fiscais, a gestão responsável da
dívida pública e a supervisão do sistema financeiro. Dessa forma, os países conseguem evitar
que problemas locais ou setoriais se transformem em crises de grandes proporções.

Além disso, em situações de crise, o FMI atua para coordenar respostas globais, promovendo a
cooperação entre países e outras instituições internacionais. Essa coordenação permite que
medidas urgentes sejam implementadas rapidamente, reduzindo o impacto das crises sobre a
economia global.

Coordenação Internacional e Cooperação

O FMI também é um dos principais promotores da cooperação econômica internacional,


incentivando o diálogo e a colaboração entre países para lidar com desafios econômicos globais.
Em crises financeiras que afetam múltiplos países, como a crise de 2008, o FMI atua como uma
plataforma para a coordenação de respostas conjuntas, buscando conter os efeitos da crise e
promover uma recuperação econômica.

Além disso, o FMI colabora com outras organizações internacionais, como o Banco Mundial, o
G20 e o Banco de Compensações Internacionais (BIS), para desenvolver políticas que
beneficiem a economia global. Esses esforços ajudam a reduzir desequilíbrios e desigualdades
entre os países, promovendo um sistema econômico mais estável e inclusivo.

Conclusão

As funções do FMI são cruciais para a estabilidade econômica e financeira global. Através de um
monitoramento contínuo, assistência financeira, capacitação técnica e coordenação
internacional, o FMI apoia os países na construção de economias mais fortes e resilientes. Em
tempos de crise, o FMI oferece suporte financeiro e orientação para evitar colapsos econômicos
e auxiliar na recuperação, desempenhando um papel fundamental na prevenção de crises e no
fortalecimento do sistema financeiro global.

Assim, o FMI contribui para a estabilidade econômica em nível mundial, promovendo o


desenvolvimento sustentável e a cooperação entre países, de forma a construir um futuro mais
seguro e próspero para todos os seus membros.

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