Segunda Lista de Exerccios

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Universidade Federal do Cariri - UFCA

Centro de Ciências e Tecnologia - CCT


Curso de Matemática Computacional
Disciplina de Análise I
Prof. Francisco Pereira Chaves

Segunda Lista de Exercı́cios

1. Seja A ⊂ R um conjunto com a seguinte propriedade: “toda sequência (xn ) que converge
para um ponto a ∈ A tem seus termos xn pertencentes a A para todo n suficientemente
grande”. Prove que A é aberto.

2. Seja B ⊂ R aberto. Mostre que, para todo x ∈ R, o conjunto x + B = {x + y; y ∈ B} é


aberto. Analogamente, se x 6= 0, então o conjunto x · B = {x · y; y ∈ B} é aberto.

3. Chamamos de fronteira de um conjunto X ⊂ R o conjunto fr X formado pelos pontos


x ∈ R tais que toda vizinhança de x contém pontos de X e pontos de R − X.

(a) Prove que, para todo X ⊂ R, vale a união disjunta R = int X ∪ int(R − X) ∪ fr X.
(b) Prove que A ⊂ R é aberto se, e somente se, A ∩ fr A = ∅.

4. Sejam I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · · intervalos limitados dois a dois distintos, cuja interseção



T
I= In é não vazia. Prove que I é um intervalo, o qual nunca é aberto.
n=1

5. Sejam I um intervalo não degenerado e k > 1 um número natural. Prove que o conjunto
dos números racionais da forma m/k n , cujos denominadores são potências de k com
expoente n ∈ N, é denso em I.

6. Prove que se X ⊂ R tem fronteira vazia, então X = ∅ ou X = R.

7. Prove que, para todo X ⊂ R, tem-se X = X ∪ X 0 . Conclua que X é fechado se, e


somente se, X contém todos os seus pontos de acumulação.

8. Prove que toda coleção de intervalos não degenerados dois a dois disjuntos é enumerável.

9. Prove que todo conjunto não enumerável X ⊂ R possui algum ponto de acumulação
a ∈ X.

10. Prove que, para todo X ⊂ R, X 0 é um conjunto fechado.

11. Sejam X e Y conjuntos disjuntos e não vazios, com X compacto e Y fechado. Prove que
existem x0 ∈ X, y0 ∈ Y tais que |x0 − y0 | ≤ |x − y|, para quaisquer x ∈ X, y ∈ Y .

12. Prove que se X ⊂ F e F é fechado, então X ⊂ F .

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13. Definimos a distância entre dois conjuntos não vazios A e B de R como
d(A, B) = inf{|a − b|; a ∈ A e b ∈ B}.

(a) Prove que se d(A, B) = 0, com A fechado e B compacto, então A ∩ B 6= ∅.


(b) Dê exemplos de dois conjuntos fechados A e B tais que d(A, B) = 0 e A ∩ B 6= ∅.

14. Dado arbitrariamente a ∈ [0, 1], prove que existem x < y pertencentes ao conjunto de
Cantor tais que y − x = a.

15. Prove que os extremos dos intervalos removidos na construção do conjunto de Cantor
formam um subconjunto enumerável denso no conjunto de Cantor.

16. Seja f : R → R definida por f (0) = 0 e f (x) = sen(1/x) se x 6= 0. Mostre que, para todo
c ∈ [−1, 1], existe uma sequência de pontos xn 6= 0 tais que lim xn = 0 e lim f (xn ) = c.
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17. Seja f : R − {0} → R definida por f (x) = . Mostre que lim+ f (x) = 0 e
1 + e1/x x→0
lim f (x) = 1.
x→0−

18. Seja f : I → R uma função monótona, definida no intervalo I. Se a imagem f (I) de f é


um intervalo, prove que f é contı́nua.

19. Seja f : [0, 1] → R contı́nua, tal que f (0) = f (1).

(a) Prove que existe x ∈ [0, 1/2] tal que f (x) = f (x + 1/2).
(b) Prove que, para cada n ∈ N existe x ∈ [0, 1/n] tal que f (x) = f (x + 1/n).

20. Prove que não existe uma função contı́nua f : [a, b] → R que assuma cada um dos seus
valores f (x), x ∈ [a, b], exatamente duas vezes.

21. Prove que se toda função contı́nua f : X → R é uniformemente contı́nua, então o con-
junto X é fechado, porém, não necessariamente compacto.

22. Mostre que a função contı́nua f : R → R, dada por f (x) = sen(x2 ), não é uniformemente
contı́nua.

23. Seja f : R → R contı́nua. Prove que se existem lim f (x) e lim f (x), então f é
x→+∞ x→−∞
uniformemente contı́nua.

24. Prove que uma função f : X → R é derivável no ponto a ∈ X ∩ X 0 se, e somente se,
existe uma função η : X → R, contı́nua no ponto a, tal que f (x) = f (a) + η(x)(x − a),
para todo x ∈ X.

25. Seja f : X → R derivável no ponto a ∈ X ∩ X+0 ∩ X−0 . Prove que se xn < a < yn para
todo n e lim xn = lim yn = a, então
f (yn ) − f (xn )
lim = f 0 (a).
n→+∞ y n − xn
Interprete este fato geometricamente.

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26. Dê exemplo de uma função derivável f : R → R e sequências de pontos 0 < xn < yn ,
f (yn ) − f (xn )
com lim xn = lim yn = 0, sem que entretanto exista o limite lim .
n→+∞ y n − xn
27. Seja f : R → R derivável, tal que f (tx) = tf (x), para quaisquer t, x ∈ R. Prove que
f (x) = f 0 (0) · x, qualquer que seja x ∈ R. Mais geralmente, se f : R → R é k vezes
f (k) (0) k
derivável e f (tx) = tk · f (x), para quaisquer t, x ∈ R, prove que f (x) = · x , para
k!
todo x ∈ R.

28. Prove que se f : R → R é de classe C 1 , o conjunto dos seus pontos crı́ticos é fechado.
Dê exemplo de uma função derivável f : R → R tal que 0 seja limite de uma sequência
de pontos crı́ticos de f , mas f 0 (0) > 0.

29. Seja f : I → R derivável no intervalo aberto I. Um ponto crı́tico c ∈ I é dito não


degenerado quando f 00 (c) 6= 0. Prove que todo ponto crı́tico não degenerado é um ponto
de máximo local ou de mı́nimo local.

30. Seja f : I → R derivável no intervalo aberto I. Prove que se c ∈ I é um ponto crı́tico não
degenerado de f , então existe δ > 0 tal que c é o único ponto crı́tico de f no intervalo
(c − δ, c + δ). Conclua que, se f é de classe C 1 , então num conjunto compacto K ⊂ I,
onde os pontos crı́ticos de f são todos não degenerados, só existe um número finito deles.

31. Prove que se o ponto crı́tico c da função f : I → R é limite de uma sequência de pontos
crı́ticos cn 6= c e f 00 (c) existe, então f 00 (c) = 0.

32. Seja g : I → R contı́nua no intervalo aberto I, exceto no ponto c ∈ I. Se existem os


limites laterais lim− g(x) = A e lim+ g(x) = B, com A 6= B, então nenhuma função
x→c x→c
derivável f : I → R tem derivada f 0 = g.

33. Seja f : (a, b) → R limitada e derivável. Prove que se não existe lim+ f (x) ou lim− f (x),
x→a x→b
então, para todo c ∈ R, existe x ∈ (a, b) tal que f 0 (x) = c.

34. Seja f : [a, b] → R contı́nua em [a, b] e derivável no intervalo aberto (a, b), com f 0 (x) ≥ 0,
para todo x ∈ (a, b). Se f 0 (x) = 0 apenas num conjunto finito, prove que f é crescente.

35. Seja f : [a, b] → R contı́nua em [a, b] e derivável no intervalo aberto (a, b), exceto possi-
velmente no ponto c ∈ (a, b). Prove que se existe lim f 0 (x) = L, então f 0 (c) existe e é
x→c
igual a L.

36. Prove que se f é derivável num intervalo I e f 0 é contı́nua no ponto a ∈ I, então


para quaisquer sequências de pontos xn 6= yn em I, com lim xn = lim yn = a, tem-se
f (yn ) − f (xn )
lim = f 0 (a).
n→+∞ y n − xn

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