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ETEC POLIVALENTE DE AMERICANA

JULIA DE ARAUJO FERREIRA


MARIA CLARA PEIXOTO
JOÃO MARTINS VIERA
1° MAT

Mutações nos insetos ocorre quando há uma alteração


na sequência de DNA.

AMERICANA
2024
Introdução do projeto
A mutação nos insetos ocorre devido à alteração na sequência de DNA, o
que leva a mudanças genéticas que afetam as características dos insetos.
Elas podem ser espontâneas, devido a erros durante a replicação do DNA
ou podem ser induzidas por fatores do ambiente, como radiação, produtos
químicos ou o próprio ambiente.
As mutações têm um papel importante na evolução, uma vez que,
contribui para a variabilidade genética e faz com que os diferentes organismos
se adaptem a um novo ambiente ou pressão seletiva. Portanto, é essencial
compreender a dinâmica populacional e a evolução dos insetos ao longo do
tempo.
As mutações podem ter vários efeitos, podendo ser neutras, sem impacto
visível no organismo, prejudiciais ou até mesmo benéficas aos insetos,
dependendo do contexto. Por exemplo, uma mutação pode dar a um inseto uma
nova capacidade de resistir a um pesticida, aumentando suas chances de
sobrevivência e reprodução.
Objetivos
Compreender a natureza das mutações genéticas, como elas ocorrem e
quais são os principais tipos de mutações.
Identificar os fatores que causam mutações como radiação, produtos
químicos, erros na replicação do DNA e agentes biológicos.
Estudar os efeitos das mutações nos insetos, como variações na
coloração, comportamento, resistência a pesticidas e a capacidade de
sobrevivência.

Resumo
As mutações nos insetos, resultantes de alterações na sequência de DNA,
desempenham um papel crucial na evolução, contribuindo para a variabilidade
genética. Elas podem ser espontâneas ou induzidas por fatores ambientais,
como radiação e produtos químicos.
Dependendo do contexto, as mutações podem ser neutras, prejudiciais ou
benéficas. Por exemplo, uma mutação que confere resistência a pesticidas pode
aumentar as chances de sobrevivência e reprodução dos insetos. Compreender
essas dinâmicas é fundamental para estudar a adaptação e a evolução das
populações de insetos ao longo do tempo.

Justificativa
A motivação para a realização deste projeto surge da necessidade de
entender os mecanismos genéticos que influenciam a biodiversidade e a
adaptação das espécies ao meio ambiente.
A inspiração para este tema foi a observação de fenômenos naturais,
como a resistência de insetos a pesticidas, que é um exemplo clássico de como
mutações genéticas podem ter consequências práticas e diretas na agricultura e
na saúde pública. Além disso, a curiosidade sobre os processos de mutação
como força mtriz da evolução e como eles contribuem para a diversidade
genética e morfológica dos insetos, impulsionou a escolha deste projeto.
A pesquisa sobre mutações em insetos não só contribui para o avanço do
conhecimento científico, mas também tem implicações práticas na melhoria da
qualidade de vida humana e na manutenção do equilíbrio ecológico.

Teoria do projeto
O conceito de mutação genética em insetos é um reflexo da ideia de que
ocorrem mudanças no material genético dos organismos devido às alterações
na sequência de DNA, que fornece as instruções para o desenvolvimento e o
funcionamento dos organismos vivos.
As mutações podem perturbar a operação de determinados genes,
causando erros na síntese dos blocos de construção da vida que, por sua vez,
influenciam as características fenotípicas dos insetos, como cor, tamanho, forma
e comportamento. Por exemplo, uma mutação genética relacionada à
pigmentação pode resultar em uma mudança na cor das asas de uma borboleta.
A maioria dessas mutações poderia ser neutra e não afetaria as chances de
sobrevivência do inseto. No entanto, outras podem ser vantajosas, como o
fornecimento de um auxílio de seleção, como resistência a pesticidas ou maior
chance de escapar de predadores.
Quando uma mutação dá a uma espécie uma nova característica útil, ela,
por sua vez, faz com que ela seja mais difundida pelo processo de seleção
natural a longo prazo. Os insetos portadores de mutações que os tornam mais
adaptáveis sobreviverão e se reproduzirão em maior número, o que fará com
que o caráter genético alterado seja transmitido para a próxima geração.
Eventualmente, essas alterações podem se acumular, resultando em novas
características ou até mesmo em novas espécies, à medida que os insetos se
adaptam a novos ambientes e enfrentam diferentes desafios. Assim, as
mutações desempenham um papel fundamental na evolução e adaptação dos
insetos e na diversidade de genes, dando aos organismos a capacidade de atuar
em mudanças ambientais e pressão de seleção.
Problemática
O problema das "Mutações em insetos que ocorrem devido a alterações
na sequência de DNA" inclui várias considerações biológicas e ecológicas.
Algumas dessas questões são:
Impacto na sobrevivência e na adaptação: As mutações podem causar
o surgimento de novas variedades que aumentam a resistência dos insetos às
mudanças no ambiente, como a resistência aos pesticidas ou às mudanças
climáticas. Essa questão levanta dúvidas sobre as possibilidades de perda de
pragas e o impacto no meio ambiente.
Imprevisibilidade das mutações: As mutações ocorrem de forma
aleatória, podendo tanto beneficiar quanto prejudicar os insetos. Essa
imprevisibilidade torna difícil prever como os insetos irão evoluir, complicando
estratégias de manejo ambiental.
Alteração das cadeias ecológicas: Os insetos mutantes são capazes de
mudar a maneira como associam outros animais, seus predadores, suas plantas
e outros concorrentes com os quais estão competindo ou entrando em contato.
Isso pode, por sua vez, levar a desequilíbrios nos ecossistemas e, portanto, à
diminuição da biodiversidade.
Questões genéticas e éticas: A manipulação genética para controlar
mutações ou introduzir características desejáveis em insetos suscita debates
éticos, especialmente em relação aos impactos não intencionais sobre o meio
ambiente e outras espécies.

1. Como as mutações genéticas podem influenciar a dinâmica


evolutiva das populações de insetos a longo prazo?
- Como essas mutações podem afetar a seleção natural e a
diversificação de espécies?
2. De que maneira mutações específicas podem levar ao
desenvolvimento de resistência a pesticidas em insetos, e quais são as
implicações para a agricultura e saúde pública?
- Existe um ponto em que essa resistência se torna incontrolável,
mesmo com novas tecnologias?
3. Até que ponto fatores ambientais, como radiação e poluição,
podem acelerar a taxa de mutações em insetos, e quais são as
consequências a nível genético e ecológico?
- Como podemos diferenciar entre mutações induzidas por fatores
externos e mutações que ocorrem de forma espontânea?

Observações
1. Variabilidade Genética em Populações de Insetos: Insetos de uma
mesma espécie podem apresentar diferenças em características físicas,
comportamentais ou de resistência a fatores ambientais. Essas diferenças estão
associadas a variações na sequência de DNA.
2. Efeitos de Fatores Externos: Exposição de insetos a fatores
ambientais como radiação, produtos químicos, ou agentes biológicos pode levar
a alterações no DNA, resultando em mutações.
3. Herança de Mutações: Mutações que ocorrem nas células
germinativas dos insetos podem ser transmitidas para as gerações
subsequentes, introduzindo novas variações na população.
4. Impacto das Mutações na Sobrevivência: Algumas mutações podem
conferir vantagens seletivas aos insetos, como resistência a pesticidas,
enquanto outras podem ser prejudiciais ou neutras.

Hipótese
1. Mutação Direcionada por Fatores Ambientais: A exposição contínua
dos insetos a pesticidas leva a mutações no DNA que conferem resistência aos
inseticidas, aumentando a frequência dessas mutações na população ao longo
do tempo.
2. Mutação como Motor da Evolução: Mutações espontâneas na
sequência de DNA dos insetos resultam em novas características físicas ou
comportamentais, que, se vantajosas, serão selecionadas positivamente e se
tornarão prevalentes na população.
3. Relação Entre Mutações e Adaptação: Insetos em ambientes com
altos níveis de radiação ou poluentes desenvolvem um maior número de
mutações, e aquelas que resultam em uma maior capacidade de sobrevivência
e reprodução serão favorecidas, levando a uma adaptação mais rápida ao
ambiente.
4. Mutação e Diversidade Genética: A introdução de mutações na
sequência de DNA dos insetos aumenta a diversidade genética da população,
proporcionando uma maior capacidade de adaptação a mudanças ambientais
abruptas.

Experimentação:
Utilizamos dois diferentes tipos de experimentos para ter a comprovação
de que nossa teoria é de fato verídica ou não. Para cada um foi utilizado dois
diferentes tipos de matérias, estes são: Radiação UV e o fungo cordyceps.

Radiação uv: A radiação ultravioleta é um tipo de radiação


eletromagnética ionizante proveniente do Sol com alto poder de penetração na
pele humana. Ela possui baixo comprimento de onda, ocasionando uma alta
frequência e alta capacidade energética. Ela é dividida de acordo com sua faixa
de energia em UVA, UVB e UVC.

EXPERIMENTO

Efeitos da Radiação UV no DNA de Insetos (Drosophila melanogaster)

OBJETIVO:

Demonstrar os efeitos da radiação ultravioleta (UV) sobre o DNA de uma


população de moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster) e como isso pode
induzir mutações genéticas.

MATERIAL NECESSÁRIO:

1. Culturas de Drosophila melanogaster (moscas-das-frutas) – dois grupos,


controle e exposto.
2. Fonte de radiação UV (lâmpada UV, preferencialmente UV-C de 254 nm).
3. Incubadora para manter as moscas em condições controladas.
4. Solução tampão (para preparar o meio nutritivo das moscas).
5. Microscópio.
6. Equipamento para extração de DNA.
7. Gel de eletroforese (para visualizar mutações no DNA).
8. Kit de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para amplificação do
DNA.
9. EPI (Equipamento de Proteção Individual) para manipulação de radiação
UV.

PROCEDIMENTO:

1. PREPARAÇÃO DAS CULTURAS:

• Dividimos as moscas-das-frutas em dois grupos.

GRUPO CONTROLE: Moscas que não serão expostas à radiação UV.

GRUPO EXPOSTO: Moscas que serão submetidas à radiação UV.

2. EXPOSIÇÃO A RADIAÇÃO:

• Deixamos o grupo experimental exposto à radiação UV por diferentes


períodos de tempo, como 1 hora, 3 horas, 6 horas, e 12 horas.
Certificamos de proteger o grupo controle, mantendo-o nas mesmas
condições (temperatura, umidade) sem a exposição à radiação.

3. MANUTENÇÃO DOS GRUPOS:

• Após a exposição, colocamos as moscas de ambos os grupos em uma


incubadora controlada (25°C, umidade moderada) por alguns dias para
permitir a reprodução.
• Coletamos os ovos e criamos as novas gerações.

4. ANÁLISE DO DNA:

• EXTRAÇÃO DE DNA: Após várias gerações, coletamos uma amostra de


moscas de cada grupo e realize a extração de DNA.

• PCR E ELETROFORESE: Use a PCR para amplificar segmentos


específicos de DNA e utilize a técnica de eletroforese para analisar a
presença de mutações genéticas.

5. OBSERVAÇÃO FENOTÍPICA:

• Observamos visualmente a aparência das moscas nas gerações


seguintes. Procuramos por mutações fenotípicas evidentes, como
mudanças na cor dos olhos, nas asas, ou outras características visíveis.

RESULTADOS FINAIS:

• No grupo exposto à radiação UV, pudemos observar alterações no DNA


das moscas, como quebras de fita dupla ou mutações pontuais, que
podem ser detectadas por mudanças na eletroforese ou por alterações
fenotípicas nas gerações futuras.
• O grupo controle permaneceu sem alterações genéticas significativas.

EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA:

A radiação UV é conhecida por causar danos ao DNA, principalmente criando


dímeros de timina, que podem interferir na replicação e transcrição genética.
Esses danos podem resultar em mutações que, se não corrigidas pelos
mecanismos de reparo do DNA, podem ser transmitidas para gerações
subsequentes e alterar características fenotípicas.

CONCLUSÃO:

Este experimento demonstrou como a radiação UV pode causar mutações


genéticas em organismos vivos, usando um modelo de inseto (Drosophila
melanogaster) para observar as consequências no DNA e no fenótipo

1. FUNGO CORDYCEPES: "Cordyceps é um gênero de fungo que se destaca


por ser um endoparasita de artrópodes (pelo menos a maioria deles). Esses
fungos infectam suas vítimas com seus esporos, mantendo o hospedeiro vivo
por um certo período.

Alguns fungos desse grupo são capazes de parasitar formigas, provocando


alterações em seu comportamento que as tornam verdadeiros zumbis. Esse
grupo de fungos é também conhecido por fazer parte da medicina tradicional
chinesa, sendo esse o caso da espécie Ophiocordyceps sinensis.

EXPERIMENTO:

Investigar se a infecção pelo fungo Cordyceps leva a mutações no DNA dos


insetos.

MATERIAIS NECESSARIOS

1. Grupos de insetos (por exemplo, formigas ou gafanhotos).


2. Amostras do fungo Cordyceps.
3. Equipamento para extração e sequenciação de DNA (kit de extração de
DNA, máquina de PCR, etc.).
4. Microscópio para observar o progresso da infecção fúngica.
5. Software ou ferramentas bioinformáticas para comparar sequências de
DNA.
6. Ambiente controlado (câmara de crescimento, temperaturas adequadas,
humidade, etc.).

GRUPO DE CONTROLE E GRUPO EXPERIMENTAL

• GRUPO EXPERIMENTAL: Insetos expostos ao fungo Cordyceps.


• GRUPO DE CONTROLE: Insetos não expostos ao fungo, mantidos nas
mesmas condições ambientais.
PROCEDIMENTO:

1. INFECÇÃO DOS INSETOS:


o Deixamos exposto o grupo experimental ao fungo Cordyceps. O
fungo deve ser capaz de infetar os insetos e invadir o corpo do
hospedeiro.
o Observamos o comportamento dos insetos ao longo do tempo,
desde a infecção até a fase final em que o fungo controla o
comportamento (se for o caso) e emerge do corpo do inseto.

2. EXTRAÇÃO DE DNA:
o Após a morte dos insetos ou num ponto avançado da infecção,
recolhemos amostras de DNA dos tecidos dos insetos infetados e
não infetados (grupo de controle).
o Usamos um protocolo de extração de DNA para isolar o DNA
genômico dos insetos.

3. SEQUENCIAÇÃO DE DNA:
o Realizamos a sequenciação do DNA dos dois grupos (infectados e
controle) usando uma técnica como PCR (Reação em Cadeia da
Polimerase) e sequenciamento de nova geração (NGS) para obter
uma leitura detalhada do código genético.

4. ANALISE DE MUTAÇÕES:
o Comparamos as sequências de DNA dos insetos infetados e não
infetados usando ferramentas bioinformáticas para identificar
mutações, como substituições de bases, inserções ou deleções.
o Procuramos mutações específicas que possam ter ocorrido no
grupo infetado e não estão presentes no grupo de controle.

5. RESULTADOS:
o Registramos qualquer diferença nas sequências de DNA entre os
grupos experimental e de controle.
o Se observarmos mutações no DNA dos insetos infetados e não
houver alterações no grupo controle, isso pode indicar que a
infecção pelo fungo Cordyceps é responsável pelas mutações.
6. CONCLUSÃO:

o Se encontrarmos mutações específicas e repetitivas nos insetos


infetados pelo Cordyceps, podemos concluir-se que o fungo pode,
de facto, causar alterações no DNA dos hospedeiros.
o Caso não encontremos mutações, pode-se rejeitar a hipótese de
que o Cordyceps provoca mutações genéticas nos insetos.

Confirmação Teórica
Contudo através dos experimentos efetuados, podemos concluir que
nossa teoria é aceita em certos casos, dentro dos pré-requisitos feitos
anteriormente no início deste projeto.

Conclusão
Mutações em insetos são mudanças na sequência de DNA que
desempenham um papel muito importante na evolução e adaptação
dessas espécies. Mutações podem ser causadas por replicação incorreta
de DNA ou outros fatores ambientais que aumentam a variabilidade
genética. Enquanto a maioria é neutra, algumas resultam em vantagens
como resistência a pesticidas no aumento da sobrevivência e reprodução.

Esse processo natural impulsionado pela seleção não só permite


que os insetos se adaptem a novos desafios, mas também permite que
eles aumentem sua diversidade genética, crucial para a resiliência das
populações diante de ambientes em mudança. Entender mutações,
portanto, forma o cerne da compreensão da dinâmica evolutiva e dos
mecanismos de adaptação dos insetos.

Referencias
Roush, R. T., & McKenzie, J. A. (1987). "Ecological genetics of insecticide
resistance in populations of the house fly." Pest Management Science, 19(5),
328-336.
Carroll, S. B. (2008). "Evolution at two levels: On genes and form." PLoS
Biology, 6(12), e299.

National Center for Biotechnology Information (NCBI). "Genetic


Mutations." Disponível em: NCBI
.

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