Maquinas Eletricas
Maquinas Eletricas
Maquinas Eletricas
Maquinas- Eletricas
MÁQUINAS
ELÉTRICAS
Itabira
2004
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração/Organização
Eugênio Sérgio de Macedo Andrade
Unidade Operacional
Sumário
APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 05
1. TRANSFORMADORES ............................................................................ 06
1.1Relação de Transformação ................................................................. 09
1.2Relação de Potência em Transformadores ......................................... 10
1.3Diagrama Fazorial .............................................................................. 12
1.4Funcionamento de um Transformador a Vazio e com Carga ............. 12
Elétrica
____________________________________________________________
Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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1. TRANSFORMADORES
O transformador é um dispositivo que permite elevar ou abaixar os valores de
tensão ou corrente em um circuito de CA.
T T
R R
A
220V 110V 110V A 220V
N N
2A S 4A 4A 1A
S
F F
110 VCA O 220 VCA 220 VCA O 110 VCA
R R
M M
A A
D D
O O
R R
Figura 1.1
Figura 1.2
Figura 1.4
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 1.5
Figura 1.6
Figura 1.7
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 1.8
Para diminuir este aquecimento utiliza-se ferro silício laminado para a construção
do núcleo.
Figura 1.9
Elétrica
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Figura 1.11
Figura 1.12 – A tensão aplicada no primário dobra, a tensão induzida no secundário também
dobra
Verifica-se através dos exemplos das figuras acima que, no transformador tomado
com exemplo, a tensão do secundário é sempre a metade da tensão aplicada no
primário.
VS 20V NS
= =2 =2
VP 10V NP
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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VS NS
=
VP NP
VS
= 0,5
VP
VS
= Relação de Transformação
VP
Relação de
Tensões
Transformador
3 VS = 3 x VP
5,2 VS = 5,2 x VP
0,3 VS = 0,3 x VP
Tabela 1.1
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 1.14
PS = PP
Potência do Primário ⇒ PP = VP x IP
Potência do Secundário ⇒ PS = VS x IS
VS x IS = VP x IP ⇐ Relação de potências no
transformador
Exemplo
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Elétrica
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 1.18
2. TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Como já sabemos, o transformador é o equipamento que permite abaixar ou
elevar os valores de tensão ou corrente CA de um circuito. Seu princípio de
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Trabalham com três fases e são de porte grande e mais potentes que os
monofásicos.
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Elétrica
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 2.3
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Elétrica
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∆/∆
Triângulo-triângulo NX’
EX = . EH
NH
Y/Y
Estrela-estrela NX
EX = . EH
NH
∆/
Triângulo-ziguezague NX . EH . √3
EX =
2NH
Tabela 2.1
Para verificar se as ligações estão corretas, alimenta-se o transformador pelos
lides ou terminais de tensão mais elevada com uma fonte de corrente trifásica
apropriada. Em seguida, ligam-se os terminais H1 e X1 entre si (curto –circuito).
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Elétrica
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∆/Y
Triângulo-estrela NX . 1,73 . EH
EX =
NH
Y/∆
Estrela-triângulo NX . EH
EX =
NH . √3
Y/
Estrela-ziguezague NX . EH . √3
EX =
2NH
Tabela 2.2
Elétrica
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Antes de entrar diretamente no assunto acima , faremos uma rápida revisão sobre
os isolantes .
Placa A
G
ch
isolante
Ecc
Placa B
Figura 2.6
Q=CxE
Este campo elétrico tende a transferir a carga de uma placa para a outra através
do isolante . Quando isto ocorre , diz-se que está havendo uma fuga e aparece
uma corrente de uma placa para a outra , e esta é denominada corrente de fuga.
ic Placa A
G
++++
if isolante
Ecc R
Placa B
Figura 2.7
Se o isolante não é perfeito , a corrente de fuga if é diferente de 0 A , e o
galvanômetro registra it = if + ic . Se a chave ch for aberta , desligando a fonte , o
capacitor não permanecerá carregado pois a corrente de carga se escoará
através do isolante representado por R, na figura 2.7.
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Elétrica
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ch
R
it
Figura 2.8
Instante t segundos
If = 0 A
Ic = 0 A
Instante t segundos
If diferente de 0 A
Ic = 0 A
It = if
Medidas de Isolamento
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Elétrica
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tg(δ) = if .
ic
Assim sendo , não se deve isolar um fio em algodão para trabalhar dentro de uma
estufa , e assim a ASA classificou os isolantes segundo as temperaturas máximas
de trabalho , onde presume-se que o isolante não perde suas características
dielétricas . Esta classificação baseia-se em duas temperaturas notáveis e que
são :
a) Ponto de Fulgor
É a temperatura na qual um material começa a emanar vapores e sob chama
externa pode inflamar-se.
b) Ponto de Ignição
É a temperatura na qual espontaneamente sem presença de chama externa, o
material se inflama.
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Elétrica
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c) Constante Dielétrica
É uma grandeza que relaciona as capacitâncias de um isolante em relação à
capacitância do vácuo (permissividade).
K= C .
C0
d) Rigidez Dielétrica
Suponha a figura a seguir , onde se tenha um isolante de espessura `d` sobre o
qual se aplica um potencial proveniente de uma fonte de tensão.
Figura 2.9
Agora , falaremos sobre o assunto proposto que é analise de óleo e umidade nos
transformadores .
A rigidez dielétrica que é medida com eletrodos distanciados a 2,5mm deve ser de
30kV (ABNT –MB 330).
Elétrica
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Lembrar que o gás inerte e os vapores de óleo são sufocantes e podem causar a
morte .
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Elétrica
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Deve-se observar:
− rigidez dielétrica;
− fator de potência;
− número de neutralização;
− tensão interfacial;
− umidade.
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Elétrica
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Tabela 2.3
Assim que o valor de NN chegar a 0,10 mgKOH/g ou a TIF cair para 30 dina/cm,é
recomendável que o óleo seja submetido a tratamento.
− a seco;
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Elétrica
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Esse líquido isolante exerce duas funções: isolação e resfriamento, pois transfere
para as paredes do tanque o calor produzido.
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Elétrica
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Outras perdas são conhecidas como: perdas do núcleo que ocorrem pelo efeito
da histerese magnética, e perdas adicionais devidas às correntes parasitas (ou
correntes de Foucault).
Pode-se observar, através da fórmula, que as perdas no cobre sofrem dois tipos
de variação, ou seja:
Rendimento
Elétrica
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Impedância Percentual
VCC
Z% = . 100
Unp
Exemplo
30
Z% = . 100 = 6%
500
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Elétrica
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Ins
ICC = . 100
Z%
Exemplo
20
Icc = . 100 = 333 ou 333 A
6
2.4 APLICAÇÃO
Já aprendemos que a energia elétrica em corrente alternada é a mais comumente
usada, porque seus valores de tensão podem ser alterados com facilidade . Esse
fato facilita bastante a geração, a transmissão da energia elétrica, desde a usina
geradora até os consumidores.
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Elétrica
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Figura 2.10
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Elétrica
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3. MOTORES DE CA MONOFÁSICOS
Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Estudaremos os
motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA.
Para melhor entender o funcionamento desse tipo de motor, você deverá ter bons
conhecimentos sobre os princípios de magnetismo e eletromagnetismo, indução
eletromagnética e corrente alternada.
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Elétrica
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Uma vez que, no motor de campo distorcido, o rotor é do tipo gaiola de esquilo,
todas as ligações encontram-se no estator.
Esse tipo de motor não é reversível. Sua potência máxima é de 300W ou 0,5cv; a
velocidade é constante numa faixa de 900 a 3400rpm, de acordo com a
freqüência da rede e o número de pólos do motor.
Esses motores são usados, por exemplo, em ventiladores, toca-discos, secadores
de cabelo etc.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 3.6 – Estator do motor de campo distorcido com campo magnético acima de zero
Com o aumento gradativo do campo até 90°, a maior parte das linhas de força fica
concentrada fora da região do anel. Quando o campo atinge o máximo, ou seja,
os 90°, não há campo criado pela bobina auxiliar, formada pelo anel, e ele se
distribui na superfície da peça polar.
Figura 3.7 – Estator do motor de campo distorcidos com campo no nível máximo
Elétrica
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As correntes que circulam nesses enrolamentos são defasadas entre si. Devido à
maior indutância no enrolamento de trabalho (principal), a corrente que circula por
ele se atrasa em relação à que circula no enrolamento de partida (auxiliar), cuja
indutância é menor.
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Elétrica
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Os motores monofásicos de fase auxiliar podem ser construídos com dois, quatro
ou seis terminais de saída.
Os de quatro terminais são construídos para uma tensão (110 ou 220V) e dois
sentidos de rotação, os quais são determinados conforme a ligação efetuada
entre o enrolamento principal e o auxiliar.
Os motores de seis terminais são construídos para duas tensões (110 e 220V) e
para dois sentidos de rotação.
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Elétrica
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A potência desse motor varia de 1/6cv até 1cv, mas para trabalhos especiais
existem motores de maior potência.
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Elétrica
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4.1 CONSTRUÇÃO
O MIT é composto, basicamente, por duas partes:
− rotor;
− estator.
Rotor
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Elétrica
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Figura 4.4
Estas bobinas interagem, produzindo um campo magnético girante, que só é
possível graças à construção do estator (as bobinas estão defasadas de 120º
geométricos), e por serem alimentados por correntes alternadas trifásicas, cujas
fases estão defasadas entre si de 120º elétricos.
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Elétrica
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Figura 4.6 - Formas de onda das correntes alternadas que vão gerar os campos magnéticos,
defasados de 120º, alimentando os enrolamentos do estator
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Elétrica
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Figura 4.7 - Novo sentido do campo magnético girante, após a inversão das fases A e C, por
exemplo, no estator do motor
F 60F 60 . 2 . F 120 . F
NS(rps) = ___ ⇒ NS(rpm) = _____ ⇒ NS(rpm) = ________ ⇒ NS(rpm) = ______
P p p p
___
2
Elétrica
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S = Ns – Nr . 100
Ns
ou simplesmente:
Nr = Ns.(1-S)
onde: S é o escorregamento;
Ns é a velocidade síncrona do campo magnético girante, em rpm;
Nr é a velocidade do rotor.
O motor de indução, ou melhor, o estator do MIT, pode ser ligado a uma, duas ou
quatro tensões diferentes, padronizadas por norma.
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Elétrica
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Figura 4.10 - Interações dos condutores do rotor com o campo magnético do estator
Para analisar esta figura, deve-se imaginar que o rotor esteja travado e o campo
magnético do estator girando no sentido horário.
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Elétrica
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FR = S . FS
XR = S . Xbl
Elétrica
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Pode-se observar que a reatância a rotor bloqueado é uma referência que vai do
máximo a rotor bloqueado e varia de acordo com a rotação.
ER = S . Ebl
Conclusão
T = K. φ . IR . cos θR
Torque de Partida
Elétrica
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cos θR = RR
zbl
Ebl RR K . φ . Ebl . RR
Tp = K . φ . x =
√R2R + X2bl √R2R + X2bl R2R + X2bl
Como já foi dito, esta análise do torque de partida é a partir do rotor travado, e as
tensões são induzidas nos condutores por ação transformadora.
A tensão Ebl é proporcional ao fluxo φ, que por sua vez é proporcional à tensão do
barramento que alimenta o estator. Como a tensão que alimenta o estator é
definida como Vf ‘ , tem-se:
K . V2f . RR
TP =
R2R + X2bl
Uma vez que a resistência RR e a reatância a rotor bloqueado Xbl são constantes
para uma determinada tensão aplicada, pode-se concluir que:
K . RR
Se K’ = então TP = K’ . Vf2
2 2
R R +X bl
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Elétrica
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S . Ebl RR
IR = e cos θR =
√R2R + (S . Xbl)2 √R2R + (S . Xbl)2
K . φ . S . Ebl RR K . φ . S . Ebl . RR
T= . ⇒T=
√R2
R + (S . Xbl) 2
√R 2
R + (S . Xbl) 2
R2R + (S . Xbl)2
K . φ2 . S . RR
T=
R2R + (S . Xbl)2
dT
=0
dRR
dT
Fazendo = 0 para que se determine o valor máximo de T, teremos:
dRR
K . φ2 . R2R + (S . Xbl)2 – K . φ2 . R2R . 2
=0
R2R + (S . Xbl)2 2
Elétrica
____________________________________________________________
⇒ R2R = (S . Xbl)2
⇒ RR = S . Xbl
RR
RR = STmáx . Xbl ⇒ STmáx =
Xbl
K . φ2 . S . RR
T=
R2R + (S . Xbl)2
tem-se:
RR
2
K . V . RR . _____
f
Xbl KVf2
T= ⇒ Tmáx =
RR 2 2Xbl
2
R R + ____ . Xbl
Xbl
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Elétrica
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Figura 4.11
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Elétrica
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K . V2 . RR
TP =
R2R + X2bl
K . V2 . (RR + Re) RR + Re
TP = cos θ =
(RR + Re)2 + X2bl √(RR + Re)2 + (S . Xbl )2
Na prática, é usual partir o MIT de rotor bobinado com resistores fixos em série
com ele, e, através de contatores ou outras chaves, reduzir o valor dos resistores
até o curto-circuito, ou seja, até ficar com o rotor bobinado curto-circuitado com
apenas a resistência RR .
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Elétrica
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Figura 4.14
− Diagrama unifilar;
− Tabela de cargas do circuito;
− A tabela de capacidade de corrente dos condutores;
− Tabelas de fator de correção para eletrodutos;
− Tabela de quedas de tensão em função da carga;
− Tabela de características gerais dos dispositivos de proteção.
− Capacidade de corrente;
− Queda de tensão admissível.
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Elétrica
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I= P ( CV ) x 736 . ou I = P ( HP ) x 746 .
√ 3 x Vn x cós(ϕ) x η √ 3 x Vn x cós(ϕ) x η
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Elétrica
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assegura sua efetiva operação (I2) durante sobre cargas ou curto-circuitos, tempo
de atuação do dispositivo (t) quando ocorrem sobre cargas ou curto-circuitos.
Ip = k x In
Estes pontos devem ser lançados nas curvas dos fusíveis e/ou disjuntores e
representaram o limite máximo ( * ) em que a vida do equipamento será
seriamente comprometida se a proteção falhar.
Exemplo
In = 1 x 736 W . = 2,95 A
1,73 x 220 x 0,8 x 0,82
Ip = 5 x 2,95 A = 14,75 A
A partir daí então este ponto e os de tempo são levados à curva do dispositivo de
proteção por exemplo fusível diazed conforme o esboço abaixo:
t(s)
10 2 3 4 6 10
*
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5
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Elétrica
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I (A)
0 5 10 15 20 25 30 40
Figura 4.15
O fusível a ser escolhido para operar o motor acima deve ser o de 4 A , pois é o
primeiro dispositivo cuja curva passa abaixo do ponto limite.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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O rotor de dupla gaiola foi desenhado para que se conseguisse um melhor motor
de indução de partida direta da linha. Na figura, observamos um rotor fundido
correspondente a um motor de grande capacidade, no qual são usados dois
conjuntos de barras do rotor de diferentes ligas, tendo secões transversais de
mesma área ou de áreas diferentes. A barra de cima é construída de uma liga de
cobre de alta resistência e a barra de baixo pode ser de alumínio fundido ou de
uma liga de cobre de baixa resistência. As barras de cima estão próximas do
campo magnético girante e estão engastadas em ferro, de maneira que, quando
por elas circula a corrente, sua auto-indutância e sua reatância de dispersão são
pequenas. As barras de baixo são engastadas profundamente nas ranhuras e
estão separadas do ferro do estator por um grande entreferro magnético,
produzindo uma elevada auto-indutância e uma grande reatância de dispersão.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Esse motor possui dois enrolamentos distintos, no mesmo estator. Por essa
razão, apresenta também duas velocidades. É como se fossem dois motores em
um.
Uma precaução é necessária neste tipo de motor: sempre que se fecha um dos
enrolamentos e o liga à rede, o outro deverá ficar aberto e isolado; caso contrário
haverá tensão induzida no enrolamento ( mesmo efeito que acontece no
transformador e acarretará, acidentalmente, circulação de corrente pelo
enrolamento ).
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 7.1
Figura 7.2
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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P = E x I x cos ϕ
P = C te
E = C te
Vários são os métodos empregados para a partida dos motores síncronos, entre
os quais podem citar-se os seguintes:
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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“Todo condutor, percorrido por uma corrente elétrica, imerso num campo
magnético, está sujeito a uma força magnética”.
No motor CC, o condutor é cada fio que compõe a armadura. Todos os fios
estarão alimentados por uma corrente contínua e imersos num campo magnético.
O campo magnético pode ser produzido pelas bobinas de campo.
Fm = B.I.I.sen θ.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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O sentido das forças, nos dois condutores, é determinado pela regra da mão
esquerda, na qual os dedos indicadores, médio e polegar devem estar
perpendiculares entre si, indicando: sentido do campo magnético, sentido da
corrente na armadura e sentido do movimento, respectivamente.
Sob ação de cada uma dessas forças, a espira tende a se movimentar. Pode-se
observar que as forças que surgem em toda a sua extensão útil produzem um
conjugado ou torque, que é demonstrado por meio de sua equação fundamental:
T = K . φ . Ia
Comutação
Figura 8.2
Força Contra-Eletromotriz
O torque desenvolvido nos condutores faz com que o rotor se movimente dentro
do campo magnético, resultando uma variação de fluxo concatenado em volta
destes condutores, induzindo assim uma f.e.m. nos condutores do motor.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 8.3 - Sentido da f.e.m. induzida comprovado pela regra da mão direita para os
mesmos sentidos do campo e movimento.
Assim, quando quer que ocorra a ação motora, uma ação geradora é
simultaneamente desenvolvida.
Se toda vez que ocorre a ação motora também se estabelece a ação geradora,
pode-se questionar a possível ocorrência do caso inverso.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Figura 8.4 - Comparação do motor e do gerador elementar para o mesmo sentido de rotação
e circuitos elétricos de cada um.
Definido o sentido da corrente aplicada, a ação motora que resulta, produz uma
força que gira os condutores da f.e.m. induzida; é também mostrado como oposto
ao da tensão aplicada, conforme as figuras 8.4 a e 8.4c. Pode-se observar que,
para que a corrente produza uma rotação no sentido horário e tenha o sentido
mostrado na figura, é necessário que a tensão aplicada nos terminais da
armadura Va seja maior que a força contra-eletromotriz induzida Ec . Conclui-se,
então, que: quando uma máquina CC é operada como motor, a força contra-
eletromotriz Ec é menor que a tensão nos terminais que produz a ação motora e
se opõe à corrente da armadura.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Esta distinção entre gerador e motor, a tensão gerada na armadura tem mesmo
sentido ou se opõe à corrente da armadura, respectivamente, dá lugar às
equações básicas do circuito da armadura, mostrados na figura 4.4 e resumidos a
seguir:
Para um motor:
Va = Ec + Ia . Ra
Para um gerador:
Eg = Va + Ia . Ra
GERADOR MOTOR
Transforma energia mecânica em Transforma energia elétrica em
elétrica. mecânica
A tensão gerada Eg auxilia e produz Ia . A f.e.m. (Ec) se opõe à corrente Ia e a
tensão Va .
Eg = Va + Ia . Ra ⇒ Va ∠ Eg Va = Ec + Ia . Ra ⇒ Va > Ec
O torque eletromagnético se opõe à O torque eletromagnético auxilia a
rotação rotação
Tabela 8.1
À medida que acontece a ação motora, surge também, devida à ação geradora, a
força contra-eletromotriz, que é expressa pela equação Ec = K.φ.N.
Ia = Va – (Ec + Ev)
Ra
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Como se sabe:
Ec = K.φ.N
Ia = Va – K. φ.N
Ra
Então
N = Va – Ia. Ra
K.φ
Ao dar a partida em motor CC, deve-se atentar ao fato de que sua armadura está
inerte. Então, a força contra-eletromotriz, neste instante, é nula. Por isto o valor da
corrente na armadura é:
Ia = Va
Ra
Elétrica
____________________________________________________________
utilizar o fluxo magnético máximo, que pode ser controlado por meio de uma outra
fonte variável ou simplesmente ou por um reostato em série com o circuito de
excitação, chamado de reostato de campo.
Para análise das características de torque dos motores CC será considerado que
o motor teve sua partida realizada e possui em seus terminais, tanto de campo
quanto da armadura, a tensão nominal. Será analisado, então o efeito da variação
de carga sobre torques dos motores série, shunt e composto.
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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T = K . φ . Ia
φ = K’ . Ia
T = K’ . K . Ia . I a ⇒ T = K” . I a 2
T = K . φ . Ia
φ = K’
T = K . K’ . Ia ⇒ T = K” . Ia
Elétrica
____________________________________________________________
Como o motor composto tem os dois enrolamentos, série e shunt, o seu torque
será, então, a combinação dos motores série e shunt, como mostra o diagrama a
seguir:
Então, da expressão:
T = K . φ . Ia
T = K . (φ f + φ s ) . Ia
Elétrica
____________________________________________________________
Va – Ia.Ra
N=
Kφ
Considerando K’ = 1 tem-se:
K
N = K’ . (Va – Ia . Ra)
φ
φ α Ia ⇒ φ = K” . Ia
N =k’ . Va – Ia .(Ra+Rs)
K” . Ia
Sendo
N = Ks . Va – Ia . (Ra + Rs)
Ia
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Elétrica
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N = Va – Ia. Ra ⇒ N = K’ . Va – Ia . Ra , considerando K’ = 1
K.φ φ K
A forma de ligar estes dois campos caracteriza o tipo de motor composto, que
pode ser:
N = K’ . Va – Ia . Ra ⇒ N = K’ . Va – Ia . (Ra + Rs)
φ φs + φf
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Mantenedor Eletroeletrônico
Elétrica
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Esta f.c.e.m. varia de acordo com a tensão aplicada aos terminais da armadura a
plena carga, desde 80% de Va’ , para máquinas de pequena potência, a 95% de
Va’ , para máquinas de grande potência.
Ec . Ia = Va . Ia – I2a . Ra
Pode-se concluir que, quanto maior for a força contra-eletromotriz Ec num motor,
maior será o rendimento. Nas máquinas elétricas, em geral, o rendimento
máximo ocorre quando há perdas fixas.
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Elétrica
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De acordo com este gráfico, para se ter boa comutação e controle estável de
velocidade, a corrente de armadura poderá ser normal somente até a velocidade
máxima, a fim de não ocorrer uma sobrecarga térmica, pois o valor máximo da
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Elétrica
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Figura 8.12 – Interação do fluxo polar e da armadura para deslocar o neutro magnético
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8.8 ENROLAMENTOS
Enrolamento de Interpolo
Enrolamento de Compensação
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Elétrica
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Pode parecer que a corrente Ia não seja a mais indicada para fazer a reversão,
desde que o circuito da armadura carregue uma corrente maior. Porém, ao utilizar
dispositivos automáticos de reversão, o circuito da armadura é o escolhido para a
inversão em virtude de:
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8.10 FRENAGENS
Frenagem Em Motor CC
Frenagem Dinâmica
Frenagem Regenerativa
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Elétrica
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Figura 8.16
Percebe-se:
Va – Ia . Ra – La . diA – Ec = 0
df
Va – Ia . Ra – Ec = 0
Ec = K1 . φc . N
φc = K2 . Ic
N = Va – Ia . Ra
K1 . φc
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Figura 8.19
Observa-se que a armadura foi invertida pelos contatos. Quando for conectada a
uma fonte única, e no instante que EC = Va e Ia = 0, o valor médio na saída do
conversor será negativo e terá módulo constantemente diminuído. Desta forma, a
energia flui do motor para a rede e o motor desacelera. Esta desaceleração é
conhecida como frenagem regenerativa.
É a operação da máquina CC, ora como motor, como gerador, com o objetivo de
fazer o acionamento.
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Elétrica
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Figura 8.20
Este material utilizado não era o mais adequado, pois além de se desgastarem
rapidamente, agrediam a superfície do comutador. Como primeira evolução
surgiram os contatos formados de tela de latão enrolada e prensada em forma
paralelepípedo. Mais tarde desenvolveu-se um contato de carvão obtido pela
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8.13 O CARBONO
Elaboração do Grafite
Matérias-primas:
Elétrica
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− escovas metálicas.
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Elétrica
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Referências Bibliográficas:
1. APOSTILA – Máquinas Elétricas – Eletrotécnica Teoria e Prática Curso
Eletricista de Manutenção - SENAI-MG 1998
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