Transtornos de Aprendizagem UFJF

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A partir das informações sobre os transtornos de aprendizagem como um professor deve proceder

diante desse quadro? Faça uma breve análise escrita de aproximadamente 25 linhas.

Como sabemos, um dos aspectos mais importantes da infância é o processo de escolarização. É neste
período do desenvolvimento que tem início a aprendizagem formal por meio da aquisição de habilidades
básicas como leitura, escrita e cálculo, sobre as quais se apoiarão todos os outros conhecimentos que
serão construídos posteriormente (COLL e BOLEA, processo de escolarização requer uma série de
competências que se constituem como pré-requisitos para o processo de aprendizagem e que servem,
ao mesmo tempo, de parâmetros para a avaliação dos alunos e dos programas de avaliação do sistema
educacional. Ressalte-se que os estímulos ambientais são fundamentais no processo de aprendizagem.
Vale ressaltar que as condições externas podem afetar direta ou indiretamente as condições internas do
indivíduo
O professor desempenha um papel decisivo no processo de aprendizagem, pois suas atitudes,
concepções e intervenções são fatores determinantes no sucesso ou fracasso escolar de seus alunos. No
contato diário com a criança, professor atento logo perceberá entre eles aqueles que apresentam algum
tipo de dificuldade. A partir daí ele deve fazer o encaminhamento desta criança a um especialista, seja
ele um psicólogo escolar ou psicopedagogo, que deverá realizar o diagnóstico para avaliar as habilidades
perceptivas, motoras, linguísticas e cognitivas do mesmo e ainda os fatores emocionais e os próprios
atos de ler e escrever
efeitos podem ser trabalhados e minimizados. O mesmo podemos afirmar com relação aos transtornos
de aprendizagem.

Ao fazer uma análise criteriosa do quadro apresentado é notório inferir que, as Dificuldades de
Aprendizagem na infância estão estritamente ligadas à Aquisição de habilidades básicas que por sua vez
tem a ver com as condições externas, internas que refletem diretamente na escolarização dos alunos.
O professor precisa ter em mente que o processo de aprendizagem se dá de
forma diferente para cada aluno. desenvolver as habilidades socioemocionais nos estudantes
é alternativa.
Cada indivíduo possui e apresenta uma maneira própria de aprender, a
forma individual de adquirir conhecimento é definida como Estilo de Aprendizagem. Por
exemplo: algumas crianças aprendem com maior facilidade cantando músicas, outras
através de brincadeiras, brinquedos pedagógicos, entre outros.

Saiba respeitar o ritmo de cada criança e preparar


estratégias de ensino que privilegiem as atividades
diferenciadas

Existem crianças altas e baixas, loiras e morenas, gordas e magras.


Algumas nasceram em lares com pai, mãe e irmãos, todos
alfabetizados e leitores. Outras nem conhecem os pais, moram com
os avós, os tios, um parente distante. Muitas viajam nas férias.
Conhecem o mar, o mato e gente de lugares variados. Há quem
nunca tenha saído do bairro em que nasceu. Ninguém é igual a
ninguém. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada
por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. É assim na
vida, é assim na escola. A questão é como elaborar um projeto de
ensino que atenda a todos os alunos, sem exceção, dos mais
sensíveis aos mais pragmáticos, dos mais competitivos aos mais
colaborativos, dos mais lentos aos mais rápidos, dos vindos de lares
desestruturados aos que têm família com laços sólidos, dos
portadores de necessidades especiais aos superdotados.

Derrubar modelos

A escola é o lugar em que todas as crianças devem ter as mesmas


oportunidades, mas com estratégias de aprendizagem diferentes. "É
necessário parar de privilegiar determinadas qualidades. O aluno
mais rápido não é melhor que o mais lento", afirma Ângela Soligo,
do Departamento de Psicologia Educacional da Universidade
Estadual de Campinas.
As crianças são o resultado de suas experiências. Para compreender
seu desenvolvimento é preciso considerar o espaço em que elas
vivem, a maneira como constroem significados, as práticas culturais
etc. "Sabe-se hoje que cada ser humano tem um conjunto de células
do sistema nervoso tão particular quanto a impressão digital",
afirma a psicóloga Elvira Souza Lima. "Não existe um modelo de
criança de 6 anos", completa Terezinha Nunes, coordenadora do
departamento de psicologia da Universidade de Oxford Brookes, na
Inglaterra. "Pensar assim é discriminar."
Pense quantos tipos ou estilos de aprendizagem há em sua sala de
aula? Alguns estudantes são mais introvertidos e se dão bem
fazendo trabalhos manuais. Outros são mais elétricos e precisam de
agitação. Não há certo ou errado, melhor ou pior. É tudo uma
questão de respeitar as diferenças.
Estratégia: atividades diversificadas

É muito comum trabalhar as mesmas tarefas com todos os alunos,


na maioria das vezes sentados em fileiras.
Portanto, trabalhar um determinado conteúdo dessa forma pode
atingir determinados alunos, mas outros não. A saída está em
promover diversas atividades, de conteúdos diferentes ou iguais, na
mesma turma, respeitando o tempo de cada criança.
O ideal é que façam parte da rotina diária de um aluno:

? trabalho em grupo,
? trabalho em dupla
? trabalho individual.
O mesmo vale para os espaços:
? no pátio,
? no laboratório,
? na sala de aula etc.
E também com materiais pedagógicos que explorem todos os sentidos:

? massinha,
? tinta,
? argila,
? jogos didáticos e esportivos,
? maquetes,
? música,
? dança etc.
Teoria

A expressão zona proximal de desenvolvimento surgiu com o


psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), que a usou para
esclarecer como se estruturam a aprendizagem e a interação das
pessoas do ponto de vista da construção do conhecimento. Ela é a
distância entre o nível de desenvolvimento real de um aluno, ou
seja, um saber que ele já adquiriu e um nível mais elevado que ele
pode alcançar com a ajuda do professor e de colegas que já
dominem o assunto.
Veja como é importante propor trabalhos em grupo e misturar
alunos que apresentem diversos níveis de aprendizagem para que
cada um desenvolva diferentes maneiras de pensar e trabalhar.
Esse conceito, hoje largamente difundido, confirma a tese de que a
aprendizagem não depende apenas da estrutura biológica, mas
também do meio e da qualidade dos estímulos que todos nós
recebemos desde a primeira infância. Por isso, é papel de todo
professor ter muito claros os objetivos e resultados que pretende
alcançar com uma atividade, para não exigir mais nem menos da
turma.
Adeus à fila de carteiras

Na escola Cresça, em Brasília, os alunos têm sempre diversas


atividades ao mesmo tempo. "Se as pessoas não são iguais, não
posso conceber atividades iguais e carteiras enfileiradas", diz
Consuelo Araújo, a diretora. O segredo para dar conta de 30 alunos
na sala é o planejamento. Toda segunda-feira os professores
debatem os conteúdos a explorar. Já a avaliação é diária. Enquanto
um grupo resolve um problema de Matemática, outro faz uma
redação. Num canto, estudantes participam de um jogo de cartas.
Até o final do dia todos terão passado por todas as mesas. E a
professora terá dispensado atenção por igual às crianças. "Sei as
dificuldades de cada um, em qual mesa deve ficar mais tempo e até
onde posso avançar", diz Kátia Oliveira Paranaguá Lago, professora
da 2ª série. Conheça um dia dessa turma:
Fotos: Gilberto Tadday

1. O dia começa com uma explicação, com todos em círculo. O tema


da aula: meio ambiente. O objetivo de Kátia é ajudar as crianças a
compreender o mundo em que vivem, a reconhecer as
características e condições da vida vegetal e animal e a valorizar
atitudes e comportamentos.

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