Didactica de Geografia I CARLA

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação a Distância

A Geografia Como Disciplina Escolar

Docente:

Nome do Estudante: Carla da Conceição Alberto Aibo Chá-Verde


Código de Estudante: 708221490

Curso: Geografia
Disciplina: Didáctica de Geografia I
Ano de frequência: 2º ano

Quelimane, Maio de 2023


Folha de feedback

Classificação
Pontuaçã Nota Subtotal
Categoria Indicadores Padrões o máxima do
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Introdução  Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema)
Conteúdo  Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia adequada 2.0
ao objecto do trabalho
Análise e  Articulação e domínio 2.0
discussão do discurso académico
(expressão escrita
cuidada,
coerência/coesão
textual)
 Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafo, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das 4.0
bibliográfica edição em citações/referências
s citações e bibliográficas
bibliografia
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 5

1.2. Metodologia ................................................................................................................. 5

2. A Geografia como disciplina Escolar .............................................................................. 6

2.1. Tarefas da didáctica de Geografia ............................................................................... 7

2.2. Relação entre Educação e instrução ............................................................................. 7

2.3. As potencialidades da didáctica de Geografia ............................................................. 8

3. Conclusão ...................................................................................................................... 10

4. Bibliografia .................................................................................................................... 11
4

1. Introdução
Ao reconstituir a trajectória da Geografia Escolar, é possível entender as permanências, que
prejudicam as contribuições à formação cidadã no ensino dos componentes físico-naturais.
Este exercício é fundamental ao professor de Geografia, em formação inicial e continuada, a
fim de que entenda a génese dessas problemáticas na cultura escolar. De modo que, assim,
planeje suas aulas com consciência, autonomia e autoria, em coerência com as demandas
contemporâneas.
Todavia, olhando para a estrutura do trabalho, o mesmo começa com uma breve introdução
que se fará acompanhar da metodologia e do objectivo, isto na primeira parte, onde
posteriormente encontramos a fundamentação teórica, onde abordamos as questões pontuais
do nosso trabalho e por fim as referência bibliográficas.
5

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender a Geografia como disciplina Escolar
1.1.2. Objectivos específicos

 Descrever a geografia como uma disciplina escolar;


 Identificar as tarefas da didáctica de Geografia
 Explicar a relação entre Educação e instrução
 Explicar as potencialidades da didáctica de Geografia
1.2.Metodologia

Para o trabalho em alusão, partiremos de método indutivo e para a construção dos pontos
referenciados pautaremos pela revisão bibliográfica que segundo Minayo (2001), a pesquisa
possibilita uma aproximação e um entendimento da realidade a investigar, como um processo
permanentemente inacabado.
6

2. A Geografia como disciplina Escolar

A Geografia se inicia com a sua dimensão escolar, no Período Colonial. Tendo o sistema
formal de ensino organizado pelos Jesuítas, normatizado, que consistia um plano de
organização pedagógica e administrativa das instituições Jesuíticas em todo o mundo. Nesse
contexto, a Geografia não era uma disciplina escolar autónoma (Carlos 1999). Contudo, os
saberes geográficos eram mobilizados na prática do eruditio, ou seja, subsidiavam a
compreensão das obras literárias das disciplinas dominantes, como o latim e o grego.
Ademais, eram abordados ensinamentos sobre a Terra, em conexão com os conhecimentos da
astronomia, da cosmografia, da cartografia e da geometria (Rocha, 2000a como cit. por
Callai 1995).

A Geografia elaborada na Antiguidade foi apropriada e reinterpretada pelos padres da Igreja


ao longo da Idade Média, sob sua óptica cristã. Caracterizados por conhecimentos
enciclopédicos, pautados na descrição das coisas do mundo. Os conhecimentos cartográficos
relacionados à concepção ptolomaica da Terra, redondas divididas em cinco zonas, foram
retomados em função das navegações e exploração marítima (Cavalcanti 1998). Dessa forma,
os conhecimentos geográficos presentes no ensino no Período Colonial correspondiam à
Geografia clássica.

Com isso, a Geografia Escolar congrega componentes físico-naturais e sociais na condição de


conteúdos de ensino que, a partir da mediação do professor, devem operacionalizar leituras da
realidade. Contudo, os componentes físico-naturais, isto é, aqueles que se originam
independente da acção antrópica, mas que ao mesmo tempo no estágio actual de
desenvolvimento técnico não pode ser desconsiderada sua relação com a sociedade, haja vista
a origem de inúmeras consequências, por vezes, negativas. Portanto, coloca-se na Geografia
Escolar no âmbito do currículo, a importância de considerar a dinâmica da natureza em si e
desta com a sociedade.
Como afirma Cavalcanti (1998), os conceitos geográficos de lugar, paisagem, território,
região e ambiente são requisitados para a abordagem dos conteúdos, a fim de propiciarem
diferentes perspectivas de leituras do espaço geográfico. Com destaque especial para os
conceitos de lugar, paisagem e ambiente no ensino dos elementos que compõe a natureza,
diante das orientações de valorizar o contexto em que os alunos estão inseridos, em suas
dimensões vividas e percebidas, de modo que construa uma compreensão crítica dos
problemas ambientais.
7

A geografia entanto disciplina escolar, dá a conhecer ao aluno o que ocorre no seu meio e
ainda tudo o que diz respeito ao seu país, à sua região, ao seu continente e ao mundo em geral.

2.1.Tarefas da didáctica de Geografia

A didáctica de Geografia temo como primeira tarefa determinar os objectivos de ensino de


Geografia, de forma a proporcionar material necessário para a sua leccionação, por isso,
permite responder:

 O que estudar na disciplina de Geografia?


 Porque estudar?
 Como estudar?
 Onde estudar?
 Quando estudar?

A segunda tarefa da didáctica de Geografia visa proporcionar bases de organização do


processo de ensino de Geografia com ajuda de métodos apropriados:

 Como ensinar a Geografia na Escola?

E a terceira tarefa visa investigar as condições e particularidades de aquisição de


conhecimentos por parte dos alunos:

 Como os alunos adquirem os conhecimentos?


 Como os alunos desenvolvem as capacidades, habilidades e atitudes.
2.2.Relação entre Educação e instrução

Educação é o processo que visa o desenvolvimento harmonioso do homem nos seus aspectos
intelectual, moral e físico e a sua inserção na sociedade. Enquanto a Instrução é o acto de
instruir ou ensinar. (Pontuschka 1995).

A instrução se refere à formação intelectual, formação e desenvolvimento das capacidades


cognoscitivas mediante o domínio de certo nível de conhecimentos sistematizados.

O ensino corresponde a acções, meio e condições para realização da instrução; contém, pois, a
instrução.
8

Segundo Castrogiovanni, (1999):

Há uma relação de subordinação da instrução à educação, uma vez que


o processo e o resultado da instrução são orientados para o
desenvolvimento das qualidades específicas da personalidade. Portanto,
a instrução, mediante o ensino, tem resultados formativos quando
converge para o objectivo educativo, isto é, quando os conhecimentos,
habilidades e capacidades propiciados pelo ensino se tornam princípios
reguladores da acção humana, em convicções e atitudes reais frente à
realidade.

Há, pois, uma unidade entre educação e instrução, embora sejam processos diferentes; pode-
se instruir sem educar, e educar sem instruir; conhecer os conteúdos de uma matéria, conhecer
os princípios morais e normas de conduta não leva necessariamente a praticá-los, isto é, a
transformá-los em convicções e atitudes efectivas frente aos problemas e desafios da
realidade.

Ou seja, o objectivo educativo não é um resultado natural e colateral do ensino, devendo-se


supor por parte do educador um propósito intencional e explícito de orientar a instrução e o
ensino para objectivos educativos. Cumpre acentuar, entretanto, que o ensino é o principal
meio e factor da educação — ainda que não o único — e, por isso, destaca-se como campo
principal da instrução e educação. Neste sentido, quando mencionamos o termo educação
escolar, referimo-nos a ensino. (Castrogiovanni, 1999).

2.3.As potencialidades da didáctica de Geografia

O estudo geográfico debruça-se sobre questões naturais, políticas, sociais, ambientais,


culturais, económicas e, é sem dúvida, de extrema importância para a vida em sociedade.

"Ao estudar o seu país, o aluno desenvolve o amor pela natureza e espírito de patriotismo: o
amor pela sua pátria, pelo seu povo, pela sua cultura, o orgulho de ser cidadão de uma pátria e
nação". (Carlos, 1999)

Simultaneamente, a geografia situa também o aluno como cidadão do mundo, do planeta


Terra e salienta a necessidade de uma ampla cooperação entre todos os povos.

A geografia entanto disciplina escolar, dá a conhecer ao aluno o que ocorre no seu meio e
ainda tudo o que diz respeito ao seu país, à sua região, ao seu continente e ao mundo em geral.
9

A grande potencialidade do ensino de geografia é a formação do cidadão, visto que seu


objecto de estudo é o espaço. Este se constitui como político, cultural, social, como também
físico. É, ao mesmo tempo, concreto e abstracto. É, enfim, dialéctico. Portanto o espaço
geográfico pode/deve não apenas ser visto, como trabalhado como o lugar de vivência,
aproximando-se portanto do aluno e de sua realidade.

Segundo Santos (2006) é no espaço geográfico que os processos sociais ocorrem e através de
seu estudo que o aluno compreende a dinâmica dos lugares, já que o lugar não está sozinho,
mas é reflexo de um todo.

As transformações políticas, sociais, económicas e culturais articulam-se no lugar, resultando


suas particularidades. Portanto, ao almejar um ensino significativo e atraente para os alunos
cuja efectivação propicie as bases para o exercício pleno da cidadania, deve-se partir da
Realidade próxima e das condições sociais de vivência desses mesmos alunos. Isso nos leva a
uma categoria de análise e estudo da Geografia que é o Lugar:

“Lugar é a porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e cria
identidade. Ele possui densidade técnica, comunicacional, informacional e normativa. Guarda
em si o movimento da vida, enquanto dimensão do tempo passado e presente. É nele que se dá
a cidadania, o quadro das mediações se torna claro e a relação sujeito-objecto directa.

É no lugar que ocorrem as relações de consenso e conflito, dominação e resistência. É a base


da reprodução da vida, da tríade cidadão identidade lugar, da reflexão sobre o quotidiano,
onde o banal e o familiar revelam as transformações do mundo e servem de referência para
identifica-las e explicadas” (Callai 1995).

O ensino da Geografia possibilita e proporciona uma educação cidadã, mas nunca apenas a
Geografia. Na verdade, o que proporciona a cidadania é um conjunto de disciplinas onde a
Geografia tem uma importância fundamental, assim como a História e até outras disciplinas
que a gente acha que não tem uma certa relação, como a Matemática e a Física, com certeza,
têm. (Serra-ES, 2008)
10

3. Conclusão

A Geografia Escolar dispõe de certa autonomia em relação à Geografia Académica, embora


mantenha uma relação intrínseca, não configurando uma transposição didáctica, isto é, uma
vulgarização do conhecimento produzido em nível académico. Para se compreender como se
deu sua construção e seus efeitos na actualidade, deve-se analisar “. a relação entre a escola e
a academia, admitindo que a relação entre essas duas instituições se configura por trocas, e
não somente por determinações.
A didáctica de Geografia é o ensino de Geografia ou a Geografia na Escola, com vista a
melhorar o processo de ensino, determinar os meios e métodos mais eficazes
para o ensino de Geografia e ajudar os professores de Geografia a aumentar a eficiência no
ensino da própria Geografia.

Pontuschka (2010) argumenta que o docente de geografia precisa propor atividades


para desenvolver seu raciocínio geográfico. Assim aconteceu nas aulas de geografia, quando
os alunos passaram a compreender como se dar a formação do solo, as suas características e
camadas e aos alunos do nono ano a compreensão de escala e identificar onde cada continente
se encontra.
11

4. Bibliografia

Callai, H. C. (1995), O ensino da geografia: sua constituição no espaço-tempo. InGeografia –


.um certo espaço, uma certa aprendizagem. São Paulo.

Castrogiovanni, A. C. (1999), O ensino de geografia: recortes espaciais para


análise. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 2. ed. porto Alegre.

Cavalcanti, L. S. (1998), Ciência geográfica e ensino de geografia. In:Geografia, escola e


construção do conhecimentos. Campinas, SP.

Pontuschka, N. N. (1995), O perfil do professor e o ensino/aprendizagem da geografia.


In: Cadernos CEDES. N.º 39. Campinas : Papirus.

Carlos, A. F. A. (1999), Novos caminhos da geografia, contexto, São Paulo.

Santos, D. (2006), Conteúdo e objetivo pedagógico no ensino de Geografia. Caderno


Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 17, pp.20-6.

Minayo, M. C. S. (2001), Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis

Você também pode gostar