Apa - Doenças Do Trabalho

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1. O que é ergonomia?

Na prática, ela é o conjunto de regras e procedimentos que estudam a organização do


ambiente de trabalho e as interações entre o homem, as máquinas e equipamentos. Seu
objetivo é reduzir riscos, atuando nas condições dos espaços físicos da empresa e
organização de processos corporativos.

Por isso, práticas como a ginástica laboral, podem ser consideradas ergonômicas.

Além de proporcionar conforto para o trabalhador, ela busca prevenir doenças


ocupacionais. Como por exemplo lesões, dores no corpo e preservação das capacidades
físicas e psicológicas do colaborador.

De maneira resumida, podemos entender ergonomia como o estudo da relação que


existe entre o homem e a forma como ele executa seu trabalho – presente, inclusive, na
legislação por meio da Norma Regulamentadora 17.

2. Qual é o principal objetivo da ergonomia?

Com a intenção de prevenir acidentes, corrigir erros e diminuir riscos, seu principal
objetivo é aumentar o conforto, a saúde e a segurança do trabalhador.

Por meio da análise da postura, dos movimentos corporais, dos equipamentos usados e
dos fatores físicos do ambiente de trabalho, ela busca promover a perfeita integração
entre as capacidades e limitações do trabalhador, suas condições de trabalho e a
eficiência do sistema produtivo.

Ao analisar esses fatores em um local de trabalho, pode surgir a necessidade de


intervenções que informem, sensibilizem e corrijam problemas. A partir daí, é possível
obter aumento na eficiência organizacional e, consequentemente, na produtividade e nos
lucros da empresa.

3. Quais são os tipos de ergonomia?

A ergonomia tem uma abordagem bastante ampla que considera diferentes fatores.
Sendo eles físicos, cognitivos, ambientais, sociais, organizacionais e outros que sejam
relevantes. Por isso, pode ser classificada em tipos de especialização com abordagens
mais aprofundadas.
Muito se fala sobre a ergonomia e como ela é fundamental para garantir conforto
e bem-estar para aos trabalhadores, além de reduzir os riscos de acidentes e
doenças laborais:

3.1. Ergonomia Física

Estuda a relação entre a anatomia do ser humano, sua fisiologia, biomecânica e


antropometria com as atividades físicas que ele realiza. Envolve aspectos
como:

 posturas;
 manuseio de materiais;
 movimentos repetitivos;
 distúrbios musculoesqueléticos.
Analisa, por exemplo, se a cadeira utilizada favorece uma postura correta ou se
a movimentação para manipular e levantar determinado objeto é adequada ou
prejudicial.

3.2. Ergonomia Organizacional

Envolve clima organizacional, cultura, processos e políticas da empresa.


Considera as pessoas como partes inerentes do sistema. Alguns aspectos são:

 trabalho em grupo;
 tempo de trabalho;
 gestão de qualidade;
 processos comunicativos;
 projetos participativos.
Feedbacks de equipe ou programas para promover maior interação entre
setores são alguns exemplos de aplicação.

3.3. Ergonomia Cognitiva

Trata de processos mentais, como raciocínio e memória — utilizados pelo


trabalhador na realização de funções —, e sua influência na interação com
outros fatores. São aspectos como:

 tomadas de decisão;
 confiabilidade humana;
 estresse profissional;
 carga mental;
 interação homem-máquina.
Intervenções desse tipo envolvem ações de treinamento e desenvolvimento dos
funcionários. Um exemplo é a promoção da alimentação saudável dos
colaboradores, por ser um tipo de ação em prol do bem-estar e da saúde física e
mental.

4. O Domínio da Ergonomia

A saúde dos trabalhadores é um domínio de estudo que se ocupa da promoção e


manutenção da saúde individual no ambiente de trabalho. Trata-se de um domínio
interdisciplinar que procura compreender e abordar os efeitos físicos, mentais dos
trabalhadores.

5. Do que se trata a LER e DORT?

LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Perturbações Musculoesqueléticas


Relacionadas com o Trabalho) são normalmente utilizadas para descrever uma série de
condições que afetam músculos, tendões, ligamentos, nervos e outras estruturas
corporais relacionadas com o trabalho Terminologia.
Estas patologias podem ser causadas por fatores como tarefas repetitivas, postura
inadequada, esforço excessivo e vibrações.

A caracterização específica de LER e DORT pode variar de acordo com o país e a


terminologia médica utilizada, mas em geral, eles englobam várias condições,
incluindo:

 Tendinite: inflamação dos tendões devido ao uso excessivo ou lesão repetitiva.


 Bursite: inflamação das bursas, que são pequenas bolsas cheias de líquido que
amortecem as articulações.
 Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano no punho, resultando em
dor, formigamento e fraqueza nas mãos e dedos.

6. Prevenção e Intervenção:

Ergonomia: Garantir que os locais de trabalho sejam adequadamente projetados e


configurados ergonomicamente para minimizar os riscos de lesões. Isso inclui fornecer
cadeiras e mesas ajustáveis, apoios para os pulsos, suportes para as costas e adequada
iluminação.

Pausas e rotação de tarefas: Incentivar pausas regulares durante atividades repetitivas,


permitindo que os trabalhadores descansem e alonguem os músculos.

Além disso, a rotação de tarefas entre os funcionários pode ajudar a distribuir a carga de
trabalho.

Treinamento: Fornecer treinamento adequado aos funcionários sobre posturas corretas,


técnicas de levantamento de peso, uso adequado de equipamentos e boas práticas
ergonômicas.

Modificação das tarefas: Identificar e modificar tarefas que possam representar um


risco maior para o desenvolvimento de LER/DORT. Isso pode envolver a automação de
certos processos, a utilização de ferramentas ou dispositivos ergonômicos e a
implementação de métodos de trabalho mais seguros.

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