Sangue Dos Relapsos

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Sangue dos Relapsos

— Ambientação.
2029, a ciência perdeu a corrida com o Covid-19. Aproximadamente 80% da
população mundial de 2019 foi devastada, resta apenas Um Bilhão e meio de
pessoas no planeta.
O Brasil é um dos países em que o falecimento em massa pelo vírus mais se
agravou, a falta de recursos básicos para grande parcela da população causou
um aumento grotesco nas mortes.
O mês de julho de 2020 foi o mês mais fatal, houve uma diminuição na
porcentagem de fatalidades e a população subestimou a variabilidade do vírus,
Cem Milhões de pessoas morreram neste mês, evento hoje denominado de
“Sangue dos Relapsos”.

A sociedade, as famílias, a bondade e a lei, ruíram. O sistema monetário


desmoronou-se e o mundo hoje funciona a base de uma moeda única, os
pecúlios.

Grandes nações como os Estados Unidos e China perderam seus principais


intelectuais, a ciência está estagnada ao ponto em que apenas procura
sobreviver, as pesquisas e sonhos para uma possível cura contra o vírus,
desmantelaram-se.

Os mais ricos se exilaram nos campos, longe de tudo, uma boa escolha. As
grandes cidades em ruínas se tornaram a casa e território de diversas gangues,
assassinos, traficantes, guerras e dos mentecaptos.

São chamados de mentecaptos aqueles que após contaminados, perderam


tudo: Família, economias, amigos e principalmente, sua sanidade. Um
fenômeno nunca antes visto na história, os contaminados, assim que atingem o

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pior estado possível de seu psicológico, perdem sua consciência e tornam-se
loucos, descontrolados e hemofágicos.

As ruas são perigosas, as pessoas que continuam nas cidades, apenas estão
ali pelos recursos que ela oferece, porque periodicamente são encontrados
estoques de ração e enlatados não perecíveis. Todos devem matar, não há
inocentes na Terra atual.

Anjos caídos, lamentando seu Criador, buscam abrigo em catedrais


abandonadas de ferro e ferrugem.

Por trás das silenciosas fachadas dos arranha-céus, pessoas vestidas de luxo
prendem suas vítimas em mesas frias de autópsia.

Rituais proibidos são tecidos com sangue humano e terror.

Corpos retorcidos são levados em sacos de lixo para desaparecerem para


sempre.

Cada encruzilhada, cada escadaria ou porta frágil, pode levar para mundos
desconhecidos.

Estamos aprisionados nas fronteiras da Escuridão e da Loucura, dos Sonhos e


da Morte.

— Players, etc.
Poucos tipos de profissão sobreviveram ao apocalipse.

Poderão haver apenas personagens que não tenham envolvimento com o


paranormal, tendo em vista que ele não existe nesse mundo.
Os personagens devem ter 5 facas narrativas em sua backstory.

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— Objetivo.

Ajudar

Leonardo Falcone, detetive particular.

a desvendar o assassinato do Subterrâneo.

O Assassinato no Subterrâneo.

— Primeira sessão.

‘’Hoje é dia 27 de abril de 2029. Há um pouco mais de 10 anos que o


Apocalipse começou.
Olhando em seus relógios, agora são duas e vinte e cinco da tarde. O dia
amanheceu frio e nublado, assim como todos os outros. O silêncio de São
Paulo é periodicamente interrompido por poucas motos e carros, um pouco
mais raramente, por alguns tiros, helicópteros de grandes chefões do crime ou
brigas na rua. A sensação é que o Sol já não nasce há eras, embora ele esteja
atrás da grande camada de nuvens pesadas e cinzas que sobrevoam vocês.’’
2 de 7 de Abril de 2029. 14h30 — A sessão começa com o Nicolas recebendo,
finalmente, a ligação de Leonardo Falcone, no seu telefone fixo de discagem
vermelho.
‘’Nicolas, boa tarde. Vou precisar de você. Me encontre na minha agência o
mais rápido possível.”

O resto dos jogadores estão na porta do prédio, todos esperando a porta abrir.

“É um prédio antigo, estreito. Tem 4 andares e algumas partes do concreto


estão descascadas, evidenciando o interior de tijolos europeus. Há uma porta
exterior de metal, pintada de preto, com uma janela de grade, mostrando uma
porta de madeira pintada de verde claro já desbotado. Acima da porta há uma
placa de ferro dizendo Agência Falcone de detetives”.

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[Cena de interlúdio entre os players]

Depois de algum tempo, a porta exterior é aberta. Subindo as escadas os


personagens percebem o papel de parede bege, o chão de madeira e as luzes
amarelas. Eles seguem um corredor mais longo do que o esperado, e conforme
eles andam vão começando a sentir cheiro de cigarro e começa a ser possível
ouvir um rockzão reverberando pelos corredores do prédio.

Mais alguns passos à frente, tem uma porta de madeira com dois vazos de
planta de cada lado. Na porta, tem uma versão um pouco menor da mesma
placa lá de fora.

Abrindo a porta, o escritório de Falcone é revelado:

Visão inicial, assim que entram. Visão da Saída do Escritório.

‘’Boa tarde. É um prazer reencontrar quem já conheço e um encanto conhecer


os que ainda não foram apresentados a mim. Como devem estar imaginando,
eu não os chamaria até aqui por nada, ainda mais um grupo tão heterogêneo.’’

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Leonardo Falcone.

Interlúdio para apresentação.

‘’Indo direto ao assunto, preciso de um favor. Tenho investigado há algum


tempo um caso, e uma nova pista foi causada. Um assassinato, no
subterrâneo, na estação de Santa Rita, corredor oito. Já providenciei que a
área esteja limpa para vocês. Esse homicídio deve muito provavelmente estar
ligado a um problema muito maior. Preciso resolver algumas coisas e, com todo
respeito, estudei muitas pessoas que conheço. Vocês são o resultado mais
vantajoso para me ajudar com isso. Claro, haverão recompensas, tudo que
estiver ao meu alcance e que for de seus desejos, darei-lhes.’’

-Entrega Relatório de Óbito ainda a ser preenchido

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Relatório de Óbito de Marcelo Château-briand ainda a ser preenchido.

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O grupo segue até a estação de Santa Rita, no corredor oito.
Eles sentem que há algo os observando. Num teste bem-sucedido de Vontade
(CD 15), o personagem admite que não é nada. Caso o teste resulte em um
número abaixo de 5, o personagem terá adquirido paranóia temporária (até o
fim da cena) em ser perseguido.

Chegando na estação mais próxima da Linha Oito, Antonio João, são recebidos
pela Feira de Todas as Coisas, uma forma de manter o comércio vivo, longe
dos mentecaptos, nos trilhos do Metrô da Grande São Paulo.

Eles passam por algumas barracas e podem decidir comprar algo (decisão do
mestre caso queiram achar algo específico para comprar).

Depois de mais um tempo, finalmente chegam na Estação Santa Rita. A área


parece estar realmente vazia, entretanto, haverá um garoto, escondido. Num
teste de percepção bem-sucedido (CD 17) irão percebê-lo, caso falhem, não
irão, os personagens que estejam paranóicos têm vantagem.

O garoto se chama Nico, pelo menos é como ele se apresenta.

Nicolas dos Anjos

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Ele é seco, um pouco mal-educado, mas mantém a soberba em seu olhar, ele
está escondido acima de uma viga, caso o percebam, ele se rende e desce.
Caso o perguntem, ele perdeu a irmã recentemente e achou que encontraria
algum dinheiro nos bolsos desse coitado, tendo em vista que vestia um terno
aparentemente caro. Mas só achou um “Papel estúpido e sem sentido’’.

Papel estúpido e sem sentido

O menino cobra 20 pecúlios para entregar o papel.


Após a conversa ele some voltando pelo caminho que eles vieram.

-Começa a cena de investigação

Repentinamente, na hora que quiserem ir embora, serão interrompidos por um


som bestial, algo que provavelmente já foi, mas há tempos, não é humano. Um
mentecapto aparece no topo da escada rolante que desce para a estação, e
começa a correr em direção aos jogadores.
Acontece um combate. Os mentecaptos são repletos de insanidade e
adrenalina, então são naturalmente mais resistentes que os humanos comuns.

Um homem muito bem-vestido, com um terno grená, aparece na hora em que o


mentecapto iria matar um dos personagens à asfixia, e com um tiro, atravessa
a cabeça do louco.

“Óh, céus. Me perdoem por gentileza.” Diz o homem com certa preocupação e
parecendo atrapalhado, mas mantendo a classe.

“Eu estava caçando esse daí há algum tempo, e ele fugiu pra cá, achei que
estivesse vazia a estação.”
“Bom, muito prazer em conhecê-los, me chamo Caim. Sou ex-policial e blá blá
blá.”

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Ele caminha até o mentecapto e agacha ao seu lado, com uma seringa, tira uma
amostra do sangue.

“Eu… não vou atrapalhar mais vocês, muito prazer! Nos vemos por aí!”
Ele sobe as escadas rolantes paradas, e sai.
É perceptível, para quem rolar acima de 10 em percepção, que o sangue do
mentecapto saindo de sua cabeça, misturado com pedaços do seu cérebro,
forma uma cruz de leviatã no chão, perfeitamente desenhada, uma coisa
impossível de acontecer. Mas num piscar de olhos, volta a ser apenas sangue
espirrado.
[E é aqui que terminamos a primeira sessão de Sangue dos Relapsos]

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