José Estalinhos

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Roteiro de Apresentação

Bruno Rafael Laskas Giovanni Theuz

Um mundo bipolarizado é caracterizado pela divisão


do poder global entre duas superpotências dominantes.
Este tipo de sistema internacional influenciou
significativamente a política, economia, cultura e
segurança global, especialmente durante a Guerra Fria,
quando os Estados Unidos e a União Soviética eram os
principais atores no cenário mundial. Este trabalho
explora as características, dinâmicas e impactos de um
mundo bipolarizado, com foco na era da Guerra Fria e
suas implicações.

Características de um Mundo Bipolarizado

1. Dois Centros de Poder


Em um sistema bipolar, o poder político, econômico e
militar é concentrado em duas grandes potências.
Essas potências competem entre si por influência e
controle global.

2. Alianças Estruturais
Cada superpotência lidera um bloco de nações
alinhadas com seus interesses políticos e ideológicos.
Exemplos incluem a OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte) liderada pelos EUA e o Pacto de
Varsóvia liderado pela URSS.

3. Conflitos Indiretos
Em vez de confrontos diretos, as superpotências
frequentemente se envolvem em guerras por
procuração. Países menores são apoiados pelas
superpotências em conflitos regionais que refletem a
luta global pelo poder.

4. Competição Ideológica
Cada bloco representa sistemas políticos e
econômicos distintos. Durante a Guerra Fria, isso se
manifestou como uma competição entre o capitalismo
democrático ocidental e o comunismo autoritário
oriental.

5. Estabilidade Relativa
Alguns teóricos sugerem que a bipolaridade pode
levar a uma estabilidade relativa, já que a competição
entre duas superpotências pode impedir o surgimento
de múltiplos centros de poder que poderiam gerar
conflitos globais.

A Guerra Fria: O Exemplo Clássico de Bipolaridade

Contexto Histórico
A Guerra Fria (1947-1991) surgiu após a Segunda
Guerra Mundial, com os EUA e a URSS emergindo como
as duas superpotências globais. Essa era foi marcada
pela divisão ideológica, política e militar entre o bloco
ocidental e o bloco oriental.

Bloco Ocidental
Liderado pelos Estados Unidos, o bloco ocidental
incluía nações democráticas e capitalistas como o Reino
Unido, França, Alemanha Ocidental, Japão, Canadá e
Austrália. A OTAN foi criada para garantir a segurança
coletiva desses países.

Bloco Oriental
Liderado pela União Soviética, o bloco oriental incluía
nações comunistas da Europa Oriental, como a Polônia,
Alemanha Oriental, Hungria, além de aliados como
Cuba, Vietnã e Coréia do Norte. O Pacto de Varsóvia foi
a resposta soviética à OTAN.

Impactos de um Mundo Bipolarizado

Políticos e Militares
A bipolaridade moldou a política internacional,
estabelecendo um claro delineamento de alianças e
influenciando a política interna de muitos países. O
medo de um confronto nuclear direto, a “Destruição
Mútua Assegurada” (MAD), impediu uma guerra
total entre as superpotências.

Econômicos
A competição levou a significativos gastos
militares e ao desenvolvimento de complexos
industriais-militares. Também incentivou políticas
econômicas distintas nos blocos capitalista e
comunista.

Sociais e Culturais
A Guerra Fria afetou a cultura global, com
propaganda ideológica de ambos os lados
permeando filmes, literatura e arte. Programas
educacionais e científicos foram direcionados para
apoiar a competição tecnológica e militar
O Plano Marshall

Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um


programa de ajuda econômica dos EUA aos países da
Europa Ocidental após a 2ª Guerra Mundial executado entre
1947 e 1951. Assim batizado em homenagem a seu
idealizador George Catlett Marshall, um general do exército
estadunidense, totalizou um aporte de 18 bilhões de
dólares aos europeus, utilizados para a reconstrução de
edificações e indústrias, importação de alimentos e
mercadorias industrializadas, bem como no financiamento
da agricultura.
O objetivo central do plano era reconstruir
economicamente os países europeus ocidentais que foram
destruídos ou que sofreram perdas com a ocorrência da
guerra, já seus outros objetivos eram realizar uma
propaganda maciça contra a URSS, estabilizar a situação
política e social na Alemanha e conter o avanço do poder de
partidos comunistas na França e na Itália.
O Plano Marshall concretizou a aproximação entre os EUA
e a Europa. O plano conseguiu reerguer os países
devastados pela guerra e garantiu maiores dividendos à
economia norte-americana. Além disso, a Europa Ocidental
se manteve alinhada com a política dos Estados Unidos e se
afastou da influência soviética.

Bloqueio de Berlim
O Muro de Berlim
Com o acirramento das hostilidades durante a Guerra Fria,
entre a URSS e os países aliados aos EUA, os soviéticos
decretaram o Bloqueio de Berlim, entre 1948 e 1949.
Do lado soviético, a URSS lançou o Cominform e o
Comecom. O Cominform, também conhecido como
Comunismo Internacional Revolucionário, instituído em
1947, tinha por objetivo a coordenação das ações dos
países ditos comunistas do Leste Europeu. O Comecom, ou
Conselho de Assistência Econômica Mútua, cumpria uma
função de iniciar a integração econômica entre os países da
esfera de influência da URSS.
O Bloqueio de Berlim (24 de junho de 1948 – 12 de maio
de 1949) tornou-se uma das maiores crises da Guerra Fria,
desencadeada quando a União Soviética interrompeu o
acesso ferroviário, rodoviário e hidroviário à cidade de
Berlim Ocidental. Seu objetivo era forçar as potências
ocidentais a sair, dando assim o controle soviético sobre
toda a cidade.
Em resposta, os aliados ocidentais organizaram a ponte
aérea de Berlim para transportar suprimentos para as
pessoas em Berlim Ocidental.
Na primavera de 1949, esse esforço se mostrava
claramente um sucesso, e, em abril, o transporte aéreo
estava entregando um volume carga superior ao que era
anteriormente transportado de trem para a cidade. O
sucesso da ponte aérea de Berlim parece ter surpreendido
os soviéticos. O bloqueio foi finalmente levantado em maio
de 1949, com a criação de dois Estados alemães separados,
a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a
República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), ficando
a cidade de Berlim também dividida em dois setores -
Berlim Ocidental e Berlim Oriental.
De maneira bem direta, o Muro de Berlim foi construído
com o propósito de impedir que a população da Alemanha
Oriental continuasse fugindo para Berlim Ocidental. A
cidade de Berlim Ocidental recebia um grande fluxo de
pessoas da Alemanha Oriental porque era uma “ilha
capitalista” encravada dentro do território socialista. Por
todos os lados, Berlim Ocidental era cercada por territórios
da Alemanha Oriental.

OTAN vs Pacto de Varsóvia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o


Pacto de Varsóvia foram dois blocos militares opostos
durante a Guerra Fria. A OTAN foi estabelecida em 1949 e
era composta por países ocidentais, liderados pelos Estados
Unidos, com o objetivo de garantir a segurança coletiva e a
defesa mútua dos seus membros. O Pacto de Varsóvia, por
sua vez, foi formado em 1955 pela União Soviética e seus
aliados do bloco comunista, em resposta à criação da
OTAN.
A OTAN tinha como principal objetivo conter a expansão
do comunismo na Europa Ocidental, enquanto o Pacto de
Varsóvia buscava proteger os interesses soviéticos e
promover o socialismo nos países do bloco oriental. Esses
dois blocos militares representavam as duas superpotências
da época, os Estados Unidos e a União Soviética, e refletiam
a divisão ideológica e política que existia no mundo durante
a Guerra Fria.
A rivalidade entre a OTAN e o Pacto de Varsóvia resultou
em um período de tensão e confronto conhecido como
"equilíbrio do terror", em que ambos os lados acumularam
armas nucleares como forma de dissuasão. Essa rivalidade
também se manifestou em conflitos indiretos, como a
Guerra do Vietnã e a Guerra Fria na América Latina.
Com o fim da Guerra Fria e a dissolução da União
Soviética em 1991, tanto a OTAN quanto o Pacto de
Varsóvia perderam sua relevância. A OTAN passou a se
concentrar em questões de segurança global e expandiu
seu número de membros, enquanto o Pacto de Varsóvia foi
oficialmente dissolvido em 1991.
Hoje, a OTAN é uma aliança militar composta por 30
países membros que colaboram em questões de segurança
e defesa, enquanto o Pacto de Varsóvia deixou de existir. A
história desses dois blocos militares durante a Guerra Fria é
um lembrete das tensões e rivalidades que caracterizaram
aquele período da história mundial.

Aqui é a parte do theuz, ele não me mandou porque ele vai


faze a edição dos slides

A Corrida Armamentista e Espacial

A Guerra Fria foi um período de intensa rivalidade


geopolítica entre os Estados Unidos e a União Soviética, que
se manifestou em várias frentes, incluindo a corrida
armamentista e a corrida espacial.

A Corrida Armamentista

A competição entre os Estados Unidos e a União Soviética


por áreas de influência, o medo que cada potência tinha da
outra e os interesses da indústria bélica desencadearam
uma corrida armamentista. Em 1949, ambas as
superpotências possuíam bombas atômicas e investiam
quantias cada vez maiores em armas nucleares. No final de
1952, os Estados Unidos descobriram o modo de fazer a
bomba de hidrogênio e a testaram no Oceano Pacífico. Ela
tinha uma potência 4 mil vezes superior à da bomba
atômica. Três anos depois, era a vez de a URSS testar sua
bomba. Essa corrida exigia altos investimentos do Estado,
provocando o aumento de impostos pagos pelos cidadãos,
além de causar sérios prejuízos ao meio ambiente.

Início da Corrida Espacial

Cientes de que não era possível resolver a disputa


militarmente, devido ao enorme poder de destruição de
suas armas nucleares, os Estados Unidos e a União
Soviética passaram a investir na exploração do espaço, a
fim de demonstrar ao mundo qual deles tinha o melhor
sistema socioeconômico. Na corrida espacial, a URSS saiu
na frente. Em 1957, lançou dois satélites artificiais: Sputnik
1 e Sputnik 2 (que tinha a bordo uma cadela chamada
Laika). Quatro anos depois, a URSS lançava a primeira nave
pilotada por um ser humano, o russo Yuri Gagarin.

Primeiros Satélites

A corrida espacial começou oficialmente com o lançamento


do satélite soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957.
Este evento não apenas demonstrou a capacidade da União
Soviética de lançar objetos ao espaço, mas também gerou
temores nos Estados Unidos sobre a potencial militarização
do espaço. Em resposta, os EUA criaram a NASA
(Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) em 1958
e lançaram o satélite Explorer 1 em 31 de janeiro de 1958,
que descobriu o Cinturão de Van Allen, uma região
radioativa ao redor da Terra.
Avanços Soviéticos

Os soviéticos continuaram a liderar a corrida espacial com o


lançamento do Sputnik 2 em 3 de novembro de 1957, que
levou a cadela Laika ao espaço. Embora Laika tenha
morrido poucos dias depois devido ao superaquecimento da
nave, seu voo demonstrou a viabilidade de enviar seres
vivos ao espaço. Em 12 de abril de 1961, Yuri Gagarin se
tornou o primeiro ser humano a orbitar a Terra a bordo da
Vostok 1. Sua missão durou 108 minutos e ele proclamou a
famosa frase "A Terra é azul". Este feito aumentou ainda
mais a pressão sobre os Estados Unidos, levando o
presidente John F. Kennedy a anunciar, em um famoso
discurso em 25 de maio de 1961, a meta de enviar um
homem à Lua e trazê-lo de volta em segurança antes do
final da década, iniciando o Programa Apollo.

Programa Apollo e a Conquista da Lua

O Programa Apollo culminou com o pouso do Apollo 11 na


Lua em 20 de julho de 1969, quando Neil Armstrong e Buzz
Aldrin se tornaram os primeiros humanos a caminhar na
superfície lunar. A missão Apollo 11 foi lançada em 16 de
julho de 1969, com Armstrong pronunciando a icônica frase
"Este é um pequeno passo para o homem, mas um grande
salto para a humanidade" ao pisar na Lua. A missão trouxe
de volta 21 kg de rochas lunares, que foram usadas em
numerosos estudos científicos. Este evento consolidou a
liderança dos Estados Unidos na corrida espacial e
representou uma vitória simbólica na Guerra Fria.

Avanços Tecnológicos e Militarização do Espaço

Além das missões tripuladas, a Guerra Espacial também


envolveu avanços tecnológicos significativos em satélites
de comunicação, reconhecimento e navegação. Ambos os
países desenvolveram sistemas de satélites para
espionagem e coleta de dados, aumentando
significativamente suas capacidades de vigilância global. A
rivalidade espacial trouxe à tona questões sobre a
militarização do espaço. Os Estados Unidos e a União
Soviética realizaram testes de armas anti-satélite e
exploraram a viabilidade de colocar armas nucleares em
órbita. No entanto, o Tratado do Espaço Exterior de 1967
proibiu a colocação de armas nucleares em órbita e
estabeleceu o espaço como um domínio para usos
pacíficos.

Outras Conquistas Notáveis

Outros marcos importantes incluem a primeira sonda


soviética a orbitar o Sol, a Luna 1, e o envio da primeira
mulher ao espaço, Valentina Tereshkova, em 16 de junho
de 1963, a bordo da Vostok 6. Nos Estados Unidos, a NASA
continuou a realizar expedições bem-sucedidas com o
Programa Gemini, que precedeu o Apollo, focando em
técnicas de voos espaciais que seriam críticas para as
missões lunares.

Colaboração e Fim da Corrida Espacial

A corrida espacial culminou em julho de 1975 com a missão


cooperativa entre os americanos e soviéticos, envolvendo
as naves Apollo (Apollo 18) e Soyuz 19. Esta missão,
conhecida como Apollo-Soyuz Test Project, marcou o fim da
disputa e o início de uma fase de cooperação científica
entre os EUA e a URSS, simbolizando um degelo nas
tensões da Guerra Fria.

Legado da Corrida Espacial


Em resumo, a corrida espacial foi não apenas uma
competição tecnológica, mas também um campo de
batalha ideológico, onde a exploração espacial era vista
como um símbolo de progresso e superioridade. Este
período de inovação rápida deixou um legado duradouro,
estabelecendo as bases para a exploração espacial
moderna e demonstrando como a ambição humana pode
transcender fronteiras terrestres em busca de novos
horizontes.

O Movimento Hippie

O movimento hippie surgiu na cidade de São Francisco, na


costa oeste dos Estados Unidos, na década de 60. A
juventude dos anos 1960 manifestou sua insatisfação com
o "sistema" por meio de movimentos pacifistas, como o
movimento hippie, cujo lema era "Paz e amor". Os hippies
usavam cabelos compridos, sandálias, chapéus
extravagantes e roupas indianas, elementos esses que
chocavam a sociedade da época. Geralmente, eles
pertenciam à classe média e tinham conforto em casa, mas
rejeitavam radicalmente a hierarquia, a disciplina e a
obediência que caracterizavam o modo de vida de seus
pais. Defendiam o convívio com a natureza, o consumo de
comida vegetariana e a prática do amor livre (isto é,
relações sexuais livres).

Muitos hippies abandonavam seus lares e iam viver no


campo, em comunidades alternativas, onde cultivavam a
terra, criavam animais e cuidavam dos filhos em grupo e
em total liberdade. Os hippies adotavam certas ideias da
Índia, especialmente de Mahatma Gandhi, líder pacifista
favorável à resistência não violenta. Por isso, os hippies
estadunidenses fizeram muitos protestos pacíficos contra a
Guerra do Vietnã, ostentando cartazes com os dizeres "Faça
amor, não faça guerra!" Ao final de suas passeatas, eles
ofereciam, com um sorriso nos lábios, flores para as
pessoas.

Os hippies também utilizavam o consumo de drogas a fim


de abrir a mente e serem mais criativos. A cultura beat, que
surgiu com a escalada de violência entre Estados Unidos e
União Soviética durante a Guerra Fria, influenciou
fortemente o movimento hippie. A cultura beat questionava
os valores tradicionais americanos e ocidentais, como a
moral, o matrimônio, os padrões de beleza e o estilo de
vida baseado no consumismo. Sua origem remonta a um
grupo de escritores que se reuniram nos anos 50 com o
objetivo de criar obras literárias e criticar a sociedade
americana. Os principais nomes foram Jack Kerouac, Allen
Ginsberg, William Burroughs, Anne Waldman, Elise Cowen,
entre outros.

Características da Cultura Hippie

O movimento hippie foi herdeiro da cultura beat americana,


mas foi além de uma escola literária e criou um estilo de
vida próprio. Não demorou para que os jovens americanos,
desiludidos pelo que acontecia na Guerra do Vietnã, se
sentissem atraídos pelo discurso de “paz e amor” e “faça
amor, não faça a guerra”. Por esta razão, o movimento
hippie encaixa-se na vertente da contracultura, pois
discorda da cultura dominante. Acreditavam que o consumo
de drogas alucinógenas abria a mente a novas
possibilidades criativas.

Os hippies protestaram contra a guerra participando de


marchas e também se implicaram nos movimentos
feministas e de direitos civis aos afrodescendentes, na linha
proposta por Martin Luther King. Com sua defesa à
liberdade sexual, também ajudaram a discutir temas
referentes à homossexualidade. Vestiam-se de forma
oposta à moda vigente, com calças e blusas largas, artigos
de estampas florais, faixas nos longos cabelos e o uso de
barbas grandes para os homens. O grande marco do
movimento hippie foi a realização do festival de música
ocorrido em Woodstock

Bibliografia
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-
plano-marshall.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/plano-
marshall.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/bloqueio-berlim-
guerra-fria.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bloqueio_de_Berlim
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/muro-berlim.htm
mundo educação
toda matéria
Brasil escola

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