A Guerra Fria (Apostila)
A Guerra Fria (Apostila)
A Guerra Fria (Apostila)
A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial, cujo grande marco
foi o discurso realizado pelo presidente americano Harry Truman, em 1947. Este
discurso foi proferido no Congresso americano e, nessa ocasião, o presidente
solicitou verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar para evitar o
avanço do comunismo na Europa.
Na visão de Truman, era papel dos EUA liderar a luta contra o avanço do
comunismo no continente europeu. Esse é um dos pontos chaves para entender o
que foi a Guerra Fria. Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como
“doutrina Truman”, que consistiu no conjunto de medidas tomadas pelos EUA para
conter o avanço do comunismo.
Os Estados Unidos adotam uma estratégia de diplomacia defensiva, uma espécie
de ação responsiva, enquanto os soviéticos se comportavam diplomaticamente de
forma agressiva e expansionista.
Enquanto os EUA desmobilizaram suas tropas após a II Guerra, a URSS deixou
seus exércitos ocupando os países do leste europeu.
A URSS também só retirou suas tropas do Irã após forte pressão internacional.
Apesar disso, bloqueou Berlim em 1948 e 1949, tentando expulsar os governos
ocidentais que estavam legitimamente no território.
Diante do cenário de agressões e expansionismo soviético, os Estados Unidos
reformularam sua política diplomática, o que deu início às tensões da Guerra Fria.
Os principais planos econômicos e militares foram:
Plano Marshall - plano econômico dos EUA;
Plano COMECON - plano econômico da URSS;
OTAN - aliança militar dos EUA;
Pacto de Varsóvia - aliança militar socialista da URSS.
Com um orçamento quase infinito e uma vasta rede de agentes bem treinados, a
KGB inclinou os rumos a favor dos russos.
Enquanto isso, os Estados Unidos tentavam usar das informações coletadas pela
CIA para fazer frente ao imenso aparato de espionagem soviético.
No território americano, predominava o chamado macarthismo, que foi a
perseguição promovida pelo governo aos ideais socialistas, aos partidos e seus
membros.
Este conjunto de leis foi criado pelo senador John McCarthy, para combater
eventos como a exposição da inteligência americana por políticos socialistas dos
EUA para a URSS.
Em virtude da política macarthista, muitos foram perseguidos pelo governo e
censurados. Enquanto isso, a tensão entre ambas potências crescia
internacionalmente.
Acontecimentos importantes da Guerra Fria
A Guerra Fria criou um clima de forte tensão internacional a respeito da
possibilidade de um conflito aberto entre americanos e soviéticos. A existência de
armamentos nucleares e termonucleares sob a posse desses países tornava essa
expectativa algo pavoroso.
Ao longo das décadas da Guerra Fria, houve inúmeros momentos de tensão,
alcançando níveis militares. Os principais são:
Revolução Chinesa;
Guerra da Coreia;
Revolução Cubana;
Crise dos Mísseis em Cuba;
Guerra do Vietnã;
Revolução Chinesa
A Guerra Civil Chinesa, que se arrastava desde a década de 1920, retornou com
força depois da Segunda Guerra Mundial. Os comunistas se fortaleceram, liderados
por Mao Tsé-tung, o que levou os americanos a apoiar os nacionalistas, liderados
por Chiang Kai-shek.
A vitória dos comunistas, conhecida como Revolução Chinesa, em 1949, alarmou
os americanos sob a possibilidade de que o comunismo fosse disseminado pelo
continente asiático por meio da influência chinesa.
Na época da revolução, Stalin recebeu um telegrama assinado por Mao Tsé-Tung,
líder do movimento, solicitando respostas em relação a dúvidas acerca da ideologia
marxista. Stalin respondeu aos questionamentos.
Ele e Mao trocaram muitos telegramas ideológicos neste momento. Stalin estava a
par da existência de Mao Tsé-Tung, um guerrilheiro. Contudo, nunca achou que ele
fosse conseguir tomar o poder.
Apesar disso, a China foi tomada pelo furor revolucionário e converteu-se em
governo socialista.
A Guerra da Coreia foi um dos momentos de maior tensão entre Estados Unidos e
União Soviética durante o que foi a Guerra Fria.
Este conflito iniciou-se em 1950, quando os comunistas norte-coreanos, apoiados
por chineses e soviéticos, invadiram o território sul-coreano, apoiados pelos
americanos. O objetivo era reunificar a Península da Coreia sob a liderança dos
comunistas.
Esse conflito contou com o envolvimento direto de soldados americanos e
soviéticos, mas ao longo do conflito nenhum dos dois lados sobressaiu.
O conflito teve fim, em 1953, com um armistício que ratificou a divisão das Coreias
— divisão que existe até hoje.
Revolução Cubana
A Guerra do Vietnã foi um conflito travado entre 1959 e 1975 entre Vietnã do Norte
e Vietnã do Sul. Ambos os lados procuravam unificar o país sob seu controle. Com
a presença soviética intensificada no Vietnã, os Estados Unidos decidem entrar de
vez na guerra.
Os americanos entraram nesse conflito, em 1965, e enviaram milhares de soldados
ao Vietnã.
Os americanos, com dificuldades de adentrar nas matas do Vietnã, veem-se
obrigados a explodir bombas do tipo napalm para abrir caminho. Todavia, o
deslocamento pelo Vietnã era longo e essa estratégia seria muito cara.
Dentro das matas vietnamitas, os americanos se viram em desvantagem contra as
estratégias de guerrilha dos vietcongues.
Apesar de reverter o cenário com seu forte arsenal bélico, os americanos enfrentam
três problemas:
a presença chinesa com um vasto exército;
a presença soviética e seu extenso arsenal;
a pressão dos movimentos hippie e da mídia no território americano.
Os Estados Unidos foram derrotados no Vietnã em 1975. Essa guerra foi
extremamente impopular nos EUA. Os americanos retiraram-se do conflito em
1973, sem alcançar seus objetivos. Os comunistas tomaram o controle do país, em
1976, logo após vencerem a guerra.
Guerra do Afeganistão
A Rússia sempre teve poder de influência no Cazaquistão, o qual fazia parte da
União Soviética. Havia interesse soviético de estender essa influência ao
Afeganistão. Por isso, quando uma revolta comunista surgiu no Afeganistão, os
soviéticos a financiaram.
Os soviéticos não vislumbraram que o Afeganistão era um país muçulmano. O
governo comunista chegou ao poder, mas o comunismo é ateu e os muçulmanos
levam a sério a religião. Assim, em resposta à revolução, eles empreendem a jihad.
Os mujahidin, grupos islâmicos que defendem a fé, tentam combater a revolta
comunista. Os Estados Unidos financiaram os mujahidin para que lutassem contra
os comunistas.
Esses grupos islâmicos eram o Hamas, Hezbollah e Al-Qaeda. Eles usaram
dinheiro dos Estados Unidos para comprar armamento — bombas, fuzis,
metralhadoras — e realizar treinamentos.
Os mujahedins lutam em nome de Deus, grande motivador que tiveram contra a
revolução.
A guerra do Afeganistão foi a guerra que mais demandou dinheiro soviético da
história das guerras satélites. Os Estados Unidos colocaram um montante
exorbitante nesse confronto.
Era tanto dinheiro, que os países do Oriente Médio, como Paquistão e Uzbequistão,
fortaleceram-se e criaram facções islâmicas para ajudar os mujahidin.
Esse processo foi liderado por Osama Bin Laden, que encaminha os
financiamentos. Osama Bin Laden perdeu filhos, família, amigos e companheiros na
guerra dos mujahidin contra o exército comunista.
A guerra terminou com os islâmicos como vitoriosos. Depois de findado esse
confronto, apesar da ajuda americana, eles decidiram explodi-los, promovendo o
famoso ataque do dia 09 de setembro.
O alvo foi a capital financeira dos Estados Unidos, o World Trade Center, principal
prédio de finanças, negociações e investimentos dos Estados Unidos, localizado
em Nova York.