FT 5 Calor

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FICHA DE TRABALHO Nº5

Unidade 3: Energia, fenómenos térmicos e radiação


Física e Química 10º ano

Aluno: ______________________________________________________________
ANO LETIVO 2023/2024 Nº ________ Turma: _______ Data: ____ / ____ / ____

SISTEMA TERMODINÂMICO
Termodinâmica – Parte da Física que estuda os fenómenos térmicos.
Designa-se por sistema a região do espaço que se pretende estudar: corpo ou conjunto de corpos.
✓ A fronteira separa a vizinhança do sistema. FRONTEIRA
✓ A vizinhança é o exterior do sistema que com ele pode interagir. SISTEMA
• Sistema isolado – não troca matéria nem energia com o exterior;
• Sistema fechado – troca energia, mas não matéria com o exterior; VIZINHANÇA

• Sistema aberto – troca matéria e energia com o exterior.


Um sistema termodinâmico é aquele em que a variação da energia mecânica é desprezável e se tem em conta a variação da
energia interna (𝑼).
A energia interna é a energia associada às partículas que constituem um corpo. 𝑼 = 𝑬𝒄𝒊𝒏é𝒕𝒊𝒄𝒂 + 𝑬𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍
• A energia cinética interna está associada à temperatura do sistema e é uma medida da agitação das suas partículas. Assim,
um aumento de temperatura leva a um aumento da energia interna do sistema.
• A energia potencial interna está associada às interações entre as partículas que constituem o sistema, por isso, um aumento
da massa do sistema leva a um aumento da energia potencial do mesmo e, consequentemente, a um aumento da energia
interna do sistema.

A energia interna de um sistema é tanto maior quanto maior for a sua massa e a sua temperatura.

• Quando dois corpos a diferentes temperaturas são colocados em contacto térmico, ocorre transferência de energia até que
as temperaturas se igualem, atingindo-se o equilíbrio térmico entre os dois corpos.
• Corpos em equilíbrio térmico ficam à mesma temperatura, mas não obrigatoriamente com a mesma energia interna.
ESCALAS DE TEMPERATURA:
• A escala de temperatura mais usada internacionalmente é a escala em grau Celcius. Contudo, a escala do Sistema
Internacional é a escala Kelvin – escala de temperatura absoluta ou escala termodinâmica – que define como zero da escala
o chamado zero absoluto.
• O valor mínimo da escala Kelvin é 𝟎 𝑲 (−𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓 °𝑪), que é um valor de temperatura inatingível, em que a agitação térmica
das partículas seria nula.
• Conversão da escala de Celsius para a escala de Kelvin: 𝑻 (𝑲) = 𝒕(°𝑪) + 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓
• Como a escala de Celcius e de Kelvin são escalas centígradas, uma variação de temperatura em grau Celcius corresponde à
mesma variação em Kelvin (𝑻 ≠ 𝒕, mas ∆𝑻 = ∆𝒕)

TRANSFERÊNCIAS DE ENERGIA POR CALOR


Quando dois corpos não estão em equilíbrio térmico ocorre transferência de energia sob a forma de calor.

Calor, 𝑸: quantidade de energia transferida sistemas vizinhos que encontram a temperaturas diferentes.

• A transferência ocorre espontaneamente do corpo a temperatura mais


elevada para o corpo a temperatura mais baixa.
• A quantidade de calor recebida por um dos corpos é simétrica da quantidade
de calor cedida pelo outro se o conjunto for um sistema isolado.
• Por convenção, o calor é negativo se é transferido do sistema para o exterior
e é positivo se é transferido do exterior para o sistema.
• O calor pode ser transferido por radiação, condução e convecção. Enquanto os mecanismos de condução e convecção
requerem contacto (direto ou indireto), por radiação o calor é transferido na ausência de um meio material, através de
radiação eletromagnética.
Condução térmica: Necessita obrigatoriamente de meio material para se propagar; Transferência de energia de partículas mais
energéticas para partículas menos energéticas através do contacto direto; Ocorre principalmente nos sólidos.
Convecção térmica: Necessita obrigatoriamente de um meio material para se propagar; Transmissão de energia através da
agitação molecular e do movimento do próprio meio ou de partes desse meio; Ocorre apenas nos fluidos (gases e líquidos).
Radiação: Não necessita de meio material para se propagar; Ocorre através da propagação de luz; Toda a matéria emite radiação.

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EXPERIÊNCIA DE THOMPSON:
• Acreditava-se que para aquecer os corpos era necessário um fluído
– o calórico – que fluía dentro da matéria.
• Enquanto supervisionava o fabrico de canhões, Thomson observou
a realização de um orifício num cilindro metálico e verificou que o
aquecimento do cilindro era tão grande, que, ao ser introduzido
num tanque de água fria, esta fervia.
• Thomson rejeitou o conceito de calórico e concluiu que o aumento da temperatura do cilindro metálico resultava do trabalho
realizado pelas forças aplicadas na broca, ou seja, a energia que aquecia os materiais provinha da energia mecânica das
brocas.
• Ao correlacionar a equivalência da energia mecânica com o calor, Thompson deixou claro que o calor não é uma substância
que reside nos corpos: o calor é uma forma de energia que se transfere entre corpos.
EXPERIÊNCIA DE JOULE:
• Dentro de um vaso de cobre revestido com cortiça, contendo água, Joule,
montou um conjunto de pás que giravam juntamente com um eixo, ao qual
estavam ligadas. O conjunto girava dentro do recipiente quando um corpo,
preso a um fio, caía.
• Enquanto as pás rodavam, estas forças realizavam trabalho e a água aquecia
dentro do vaso calorimétrico – conversão de trabalho em calor. O calor era
igual ao trabalho do peso do corpo ao cair.
𝑄 = 𝑊 ⇔ 𝑚(á𝑔𝑢𝑎) × 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) × ∆𝑇 = 𝑚(𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜) × 𝑔 × ℎ
• Joule estabeleceu a equivalência entre calor e trabalho mecânico: para
aquecer a água dentro do recipiente tanto se podia usar calor como
trabalho. Ambas são manifestações diferentes da mesma grandeza –
energia – capazes de aumentar a energia interna da água.
• Determinou a energia necessária, para aumentar 1 °𝐶, a temperatura de
1 𝑔 de água, definindo a unidade de caloria e determinando o valor do
“equivalente mecânico de calor”: 𝟏 𝒄𝒂𝒍𝒐𝒓𝒊𝒂 (𝒄𝒂𝒍) = 𝟒, 𝟏𝟖 𝑱𝒐𝒖𝒍𝒆 (𝑱)

RADIAÇÃO E IRRADIÂNCIA
RADIAÇÃO: energia transferida através da propagação da luz (ondas eletromagnéticas). A radiação pode ser visível ou invisível.
• Quando incide radiação sobre um corpo, a sua energia interna aumenta provocando normalmente o aumento da sua
temperatura.
• Todos os corpos sem exceção emitem radiação, desde que estejam a uma temperatura superior ao zero absoluto (0 𝐾). O
tipo de radiação emitida por um corpo depende da sua temperatura. Quanto maior for a temperatura maiores são as
frequências atingidas no espetro de emissão do corpo, razão pela qual as estrelas emitem na região do visível.
• À temperatura ambiente todos os corpos emitem predominantemente radiação infravermelha.
Quando a radiação incide na superfície de um corpo, pode ser absorvida, refletida ou transmitida através do corpo.
ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO:
Quando a luz branca, resultante da combinação de todas as radiações da zona do visível, incide
sobre um corpo, este absorve parte dessas radiações, chegando apenas aos olhos do
observador as outras cores, as que foram refletidas pelo corpo.
• Os corpos pretos absorvem toda a radiação visível que sobre eles incide, aquecendo
bastante, logo são bons absorsores de calor e também bons emissores de calor.
• Uma superfície branca reflete toda a radiação visível, não a absorvendo (embora absorva
radiação não visível), é um mau absorsor e um mau emissor de calor.
• Superfícies espelhadas absorvem menos radiação que as superfícies rugosas uma vez que
as superfícies espelhadas refletem mais radiação que as rugosas.

Qualquer corpo absorve radiação. A intensidade da radiação absorvida depende das


propriedades do corpo e do tipo de radiação incidente.
Para comparar a energia emitida por dois corpos distintos deve ser considerada a potência da
𝑬
radiação emitida, designada potência irradiada pelo corpo: 𝑷 = ∆𝒕
IRRADIÂNCIA, 𝑬𝒓 : Energia da radiação emitida por um corpo por unidade de tempo e por
unidade de área.
𝑷 𝑬
𝑬𝒓 = ⟺ 𝑬𝒓 = (𝑾 𝒎−𝟐 𝒐𝒖 𝑱𝒎−𝟐 𝒔−𝟏 )
𝑨 𝑨 × ∆𝒕

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• Arrefecimento de um corpo: ocorre quando a temperatura do corpo é superior à do meio onde se encontra. A energia
radiativa que emite em cada segundo é superior à que recebe do meio, no mesmo segundo, levando a uma diminuição da
energia interna do corpo.
• Aquecimento de um corpo: ocorre quando a temperatura do corpo é inferior à do meio onde se encontra. A energia radiativa
que emite em cada segundo é inferior à que recebe do meio, no mesmo segundo, levando a um aumento da energia interna
do corpo.
• Equilíbrio térmico radiativo de um corpo: ocorre quando a temperatura do corpo é igual à do meio onde encontra. A energia
radiativa que emite em cada segundo é igual à que recebe do meio, no mesmo segundo, levando à não variação da energia
interna do corpo.

MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR: CONDUÇÃO E CONVECÇÃO


CONDUÇÃO TÉRMICA: Mecanismo de transferência de energia como calor que
ocorre devido à transferência de energia das partículas mais agitadas (a maior
temperatura) para as menos agitadas (a menor temperatura). As partículas mais
agitadas propagam a agitação às partículas vizinhas havendo assim transferência
de energia sem transporte de matéria: os corpúsculos do meio material vibram,
mas não se deslocam das suas posições médias de equilíbrio.
Este processo de transmissão de energia ocorre principalmente nos sólidos, mas
também pode ocorrer nos líquidos e gases.
CONVECÇÃO: Processo de transferência de energia como calor, através de fluídos (líquidos ou gases). Este processo dá-se por
deslocamento de partes do fluido de um lugar para outro (envolve um movimento real de matéria).
• O aquecimento dos fluídos provoca um aumento da energia cinética das suas partículas, o que origina uma expansão do
fluido e uma consequente diminuição da densidade, que o faz subir (corrente ascendente).
• À medida que sobe, o fluido transfere energia para as suas vizinhanças, por condução térmica, arrefecendo, e aumentando
a sua densidade, o que o faz descer, criando uma corrente fria descendente, onde volta a receber energia, repetindo-se o
processo.
• A estes processos contínuos, cíclicos e simultâneos de correntes quentes ascendentes e correntes frias descendentes, que
permitem o aquecimento do fluído, dá-se o nome de correntes de convecção.

Nos sólidos só é possível transferir energia sob a forma de calor por condução; nos fluidos pode transferir-se energia sob a
forma de calor por condução e/ou convecção, sendo o segundo mais eficaz.

CONDUÇÃO TÉRMICA E CONDUTIVIDADE TÉRMICA


Condutividade térmica de um material (𝒌): grandeza que se relaciona com a rapidez com que a energia se transfere, ao longo
desse material, por condução térmica. Unidade SI: 𝑾 𝒎−𝟏 𝑲−𝟏
• Bons condutores térmicos – materiais que recebem ou cedem energia sob a forma de calor, por condução térmica, muito
rapidamente. Apresentam valores de condutividade térmica elevados. Ex: metais e ligas metálicas.
• Maus condutores térmicos (isoladores térmicos) – materiais que transferem ou recebem energia sob a forma de calor, por
condução térmica, de um modo muito lento até que o equilíbrio térmico seja atingido. Apresentam valores de condutividade
térmica baixos. Ex.: borracha, madeira, plásticos, lã, ar…
De uma maneira geral, nos líquidos, a condutividade térmica é inferior à dos sólidos metálicos. E nos gases a condutividade
térmica é ainda menor, uma vez que as partículas dos gases estão muito afastadas umas das outras, comparativamente com as
dos líquidos e as dos sólidos

TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA COMO CALOR NUM COLETOR SOLAR


• Nos coletores solares há transformação de energia solar em energia interna, ou seja, coletor solar usa a radiação solar para
aquecer fluídos, água ou ar, que circulam no interior de tubos.
• No funcionamento do coletor solar, verificam-se os três mecanismos de transferência de energia como calor: radiação,
condução e convecção.
Há vários tipos de coletores solares, sendo o coletor solar plano o mais vulgar, que é
constituído por:
• Placa ou cobertura transparente à radiação – normalmente em vidro ou acrílico com
um tratamento antirreflexo na parte exterior de modo a minimizar a reflexão da
radiação. Esta cobertura, transparente à radiação visível incidente e opaca à radiação
infravermelha, provoca efeito de estufa no ar que se situa entre ela e a placa coletora,
não permitindo que o calor seja transferido por convecção.
• Placa coletora ou placa de absorção – normalmente de metal, porque os metais são
geralmente bons condutores térmicos, e de cor negra, o que permite absorver
praticamente toda a radiação visível. A esta placa estão soldados tubos de cobre
pintados de negro (o cobre tem uma boa condutividade térmica, permitindo uma

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transferência de energia rápida) em forma de serpentina o que permite maximizar a área de contacto dos tubos, que aquecem
por condução.
No interior dos tubos da serpentina circula um fluído térmico que aquece por convecção. O aumento da temperatura da água
em contacto com os tubos de cobre dá-se por condução, atingindo-se o equilíbrio térmico entre eles. O aumento da
temperatura da água dá origem a correntes de convecção, responsáveis pela transferência
de energia entre as partes da água a diferentes temperaturas.
Caixa isoladora - evita transferências de energia por calor
para o exterior; dá rigidez ao coletor e protege-o dos agentes
atmosféricos.
• Reservatório – para armazenamento da água aquecida
• Bomba – para elevar o fluído do reservatório para o
coletor (convecção forçada).
Para maximizar o rendimento de um coletor solar este deve
ser colocado no telhado e orientado de modo a que a radiação
incidente seja máxima.

ENERGIA TRANSFERIDA COMO CALOR COM E SEM MUDANÇA DE ESTADO FÍSICO


A variação da energia interna de um sistema devido a uma transferência de energia sob a forma de calor pode ser detetada, do
ponto de vista macroscópico, de duas formas: por uma variação de temperatura do sistema ou por uma mudança de estado
físico do sistema (que ocorre sem variação de temperatura).
ENERGIA TRANSFERIDA POR CALOR SEM MUDANÇA DE ESTADO FÍSICO:
𝑬 – energia transferida como calor [SI: 𝐽]
𝑬 = 𝒎 × 𝒄 × 𝑻
𝒎 – massa do sistema [SI: 𝑘𝑔]
𝑻 – variação da temperatura do sistema (𝑇 = 𝑇𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 – 𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ) [SI: 𝐾]
Aquecimento: 𝑇 0 → 𝐸 > 0
Arrefecimento: 𝑇 < 0 → 𝐸 < 0 𝒄 – capacidade térmica mássica do material constituinte do sistema [SI: 𝐽/(𝑘𝑔. 𝐾)]

A capacidade térmica mássica de uma substância é a quantidade de energia que é necessário fornecer (ou retirar) a uma massa
de 1 𝑘𝑔 dessa substância, para que experimente um aumento (ou diminuição) de temperatura de 1 𝐾 (ou 1 °𝐶).

Quanto maior for a capacidade térmica mássica de uma substância, menor é a sua variação de temperatura, para a mesma
energia transferida.

ENERGIA TRANSFERIDA POR CALOR NUMA MUDANÇA DE ESTADO FÍSICO:


• Durante a mudança de estado físico, apesar da substância receber ou ceder energia como calor, a sua temperatura mantém-
se constante, coexistindo os dois estados ficos.
• Durante a mudança de estado a temperatura não varia, pois a energia recebida pelo sistema no aquecimento é usada para
quebrar ligações entre os seus corpúsculos e não para aumentar a agitação corpuscular.
Variação da entalpia, 𝑯: quantidade de energia que é necessário transferir para que a massa de 1 𝑘𝑔 de uma substância altere
o seu estado físico, a pressão e temperatura constantes.
𝑬 – energia transferida como calor [SI: 𝐽]
𝑬 = 𝒎 × 𝑯 𝒎 – massa do sistema [SI: 𝑘𝑔]
𝑯 – variação da entalpia do sistema [SI: 𝐽/𝐾𝑔]

O gráfico de 𝐸 = 𝑓(𝑚) apresenta uma linha reta que passa na origem, o que traduz a proporcionalidade
direta destas grandezas, sendo o declive igual a 𝑯.

CURVA DE AQUECIMENTO DA ÁGUA:


• A → B: aquecimento do gelo: 𝐸 = 𝑚 × 𝑐𝑔𝑒𝑙𝑜 × ∆𝑇
• B → C fusão do gelo: 𝐸 = 𝑚 × ∆𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜
• C → D: aquecimento da água: 𝐸 = 𝑚 × 𝑐á𝑔𝑢𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 × ∆𝑇
• D → E vaporização da água: 𝐸 = 𝑚 × ∆𝐻𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜
• E → F: aquecimento do vapor

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1ª LEI DA TERMODINÂMICA
“A variação da energia interna sofrida por um sistema termodinâmico não isolado é igual à soma algébrica da quantidade de
energia transferida entre ele e as vizinhanças, sob a forma de calor e trabalho.”
∆𝑼 = 𝑸 + 𝑾
• Se ∆𝑈 > 0, a energia interna aumenta (o sistema recebe energia das vizinhanças).
• Se ∆𝑈 < 0, a energia interna diminui (o sistema cede energia às vizinhanças).
• Se ∆𝑈 = 0, o sistema é isolado (não há trocas de energia) ou o sistema recebe energia
por um processo mas cede a mesma energia por outro processo: |𝑊| = |𝑄|
Nesta “contabilidade” de energia que “entra” ou “sai” do sistema, considera-se:
• positivos, o trabalho e o calor fornecidos ao sistema pelo exterior;
• negativos, o trabalho e o calor cedidos pelo sistema ao exterior.
“A energia não se cria nem se destrói, mas pode-se transferir.”

2ª LEI DA TERMODINÂMICA
A Primeira Lei da Termodinâmica (ou Lei da Conservação da energia) indica que a energia se conserva, mas nada refere sobre o
aproveitamento da energia de forma útil.
Em qualquer processo, há sempre uma parte da energia que se degrada, ou seja, que não é aproveitada de forma útil.

“Os processos que ocorrem espontaneamente na Natureza dão-se sempre da diminuição da energia útil do Universo.”

• A evolução espontânea é sempre no sentido da degradação da


energia.
• O rendimento de uma máquina é sempre inferior a 100%.

EXERCÍCIOS:
TEMPERATURA E EQUILÍBRIO TÉRMICO
1. Entre as afirmações seguintes, seleciona a opção correta.
(A) Uma panela de pressão ao lume é um exemplo de um sistema isolado.
(B) A vizinhança de um sistema só pode estar no estado gasoso.
(C) Um automóvel em movimento é considerado um sistema fechado.
(D) Uma garrafa termos pode ser considerada um sistema isolado.

2. Colocaram-se termómetros em quatro recipientes com água, como ilustra


a figura seguinte.
(A) Os sistemas A e C têm a mesma energia interna.
(B) A energia interna do sistema A é igual à do C e a do B igual à do D.
(C) A energia interna do sistema B é maior do que a do sistema C.
(D) O sistema com maior energia interna é o D.

3. Uma barra de metal é removida de um forno à temperatura de 927 °𝐶 e é mergulhada num contentor com água à temperatura
de 27 °𝐶. Considera que não há trocas de energia entre o contentor e o meio exterior.
3.1. Indica o sistema, a fronteira e a vizinhança.
3.2. Como se classifica este sistema? Justifica.
3.3. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes.
A. A temperatura final coincide com a média das temperaturas iniciais da água e da barra
de metal.
B. Até se atingir o equilíbrio térmico, a energia interna da barra de metal diminui
enquanto a energia da água aumenta.
C. Ao fim de um certo intervalo de tempo, a água e a barra de metal estão em equilíbrio
térmico e por isso apresentam a mesma energia interna.
D. Quando a barra de metal é mergulhada na água, a energia é transferida da barra de metal para a água até que ambos
atinjam o mesmo valor de temperatura.
E. A variação de temperatura sofrida pela barra de ferro, até se atingir o equilíbrio térmico, é simétrica da variação de
temperatura sofrida pela água.
3.4. Indica os valores de temperatura iniciais da barra de metal e da água na unidade do Sistema Internacional.

4. O termómetro de mercúrio, atualmente proibido devido à toxicidade deste composto, mede a temperatura com base na
variação de uma propriedade física.
4.1. Qual é essa propriedade física?
4.2. Sabendo que o mercúrio solidifica a −39 °𝐶, indica o ponto de fusão desta substância na escala de Kelvin.

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4.3. Para medir a temperatura de um corpo com um termómetro de mercúrio, deve colocar-se a extremidade do termómetro em
contacto direto com o corpo e manter o termómetro assim durante algum tempo, antes de fazer a leitura. Por que razão é
necessário esperar um certo intervalo de tempo antes de se fazer a leitura da temperatura?
4.4. Comenta a seguinte afirmação: “O equilíbrio térmico entre dois sistemas implica que ambos os sistemas tenham a mesma
energia interna.”

5. Dois blocos de madeira estão, durante um longo intervalo de tempo, em contacto direto com um outro de mármore,
constituindo um sistema isolado.
(A) A temperatura de cada bloco é distinta dos demais.
(B) A temperatura dos blocos de madeira é maior que a bloco de mármore.
(C) Os três blocos estão em equilíbrio térmico entre si.
(D) Os três blocos possuem a mesma energia interna.

6. Lord Kelvin (título de nobreza dado ao célebre físico britânico William Thompson) estabeleceu uma associação entre a energia
de agitação das moléculas de um sistema e a sua temperatura. Deduziu que a menor temperatura que um corpo poderia atingir,
corresponderia a −273,15 °𝐶. Esta temperatura passou a ser o zero da sua escala – o zero absoluto – mantendo-se o valor da
escala Celcius para uma unidade de diferença de temperatura.
Para cada uma das alíneas, seleciona a opção correta.
6.1. Considera um recipiente com gás, fechado e cuja variação de volume é desprezável.
(A) O estado de agitação é o mesmo para as temperaturas de 100 °𝐶 e 100 𝐾.
(B) À temperatura de 0 °𝐶, o estado de agitação das moléculas é o mesmo que a 273,15 𝐾.
(C) A energia cinética média interna das moléculas é maior a −173 °𝐶 do que a −127 °𝐶.
(D) A −32 °𝐶, a energia cinética média interna das moléculas é menor do que a 241,15 𝐾.
6.2. Numa determinada região, a temperatura média anual subiu de 13,35 °𝐶 em 1995 para 13,80 °𝐶 em 2010. Seguindo a
tendência de aumento linear observado entre 1995 e 2010, a temperatura média em 2014, em unidade do SI, deve ser
(A) 273,60 𝐾 (B) 259,23 𝐾 (C) 287,07 𝐾 (D) 272,70 𝐾

7. Classifica em verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes.


A. A temperatura de um corpo é a energia interna que o corpo contém.
B. A temperatura de um corpo depende do número de corpúsculos que o constituem.
C. A temperatura de um corpo é uma medida da energia cinética dos seus corpúsculos.
D. A energia cinética média das moléculas de água à temperatura de 5 °𝐶 é menor do que a das moléculas existentes no
mesmo volume de água à temperatura de 40 °𝐶.
E. Dois corpos em equilíbrio térmico podem apresentar temperaturas diferentes.

8. Duas panelas iguais, A e B, possuem a mesma quantidade de água à temperatura de 300 𝐾 e 360 𝐾, respetivamente.
8.1. Indica o valor de diferença de temperatura da água das duas panelas, expressa em grau Celsius.
8.2. Qual das panelas apresenta maior valor de energia interna? Justifica.

9. Os termómetros são instrumentos utilizados para medir a temperatura de um corpo. Os mais comuns baseiam-se na variação
de volume sofrida por um líquido considerado ideal, contido num tubo de vidro cuja dilatação é desprezada. Num termómetro
em que se utiliza mercúrio, verifica-se que a coluna desse líquido “sobe” cerca de 2,7 𝑐𝑚 para um aquecimento de 3,6 °𝐶. Se a
escala termométrica fosse a escala kelvin, para um aquecimento de 3,6 𝐾, a coluna de mercúrio “subiria”
(A) 11,8 𝑐𝑚 (B) 3,6 𝑐𝑚 (C) 2,7 𝑐𝑚 (D) 1,8 𝑐𝑚

10. Um químico queria medir a temperatura de um corpo, mas apenas dispunha de um termómetro cuja escala termométrica
inicialmente impressa ao lado da coluna de mercúrio estava ilegível. Para atingir o seu objetivo, colocou o termómetro inicialmente
num recipiente com gelo fundente, sob pressão normal, e verificou que no equilíbrio térmico a coluna de mercúrio atingiu 8,0 𝑐𝑚.
Ao colocar o termómetro em contacto com a água em ebulição, também sob pressão normal, a coluna de mercúrio atingiu
20,0 𝑐𝑚 de altura. Se nesse termómetro utilizarmos a escala Celcius e a temperatura do corpo registar um valor de 24 °𝐶, a coluna
de mercúrio terá uma altura de
(A) 2,9 𝑐𝑚 (B) 4,8 𝑐𝑚 (C) 10,9 𝑐𝑚 (D) 12,8 𝑐𝑚

TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA COMO CALOR


11. Enquanto supervisionava a produção de canhões, Thompson verificou que a rosca perfuradora fazia aquecer
consideravelmente a limalha de ferro e que era preciso uma grande quantidade de água para arrefecer o canhão. Assim, constatou
que é possível aumentar a energia interna de um sistema quer transferindo energia sob a forma de calor quer sob a forma de
trabalho, sugerindo a existência de uma relação entre trabalho e calor.
11.1. Sobre o conceito de calor, seleciona a opção correta.
(A) É uma forma de energia que se atribui somente aos corpos quentes.
(B) É uma forma de energia que se transfere somente entre sólidos.
(C) É uma forma de energia que é transferida entre dois corpos com diferentes valores de energia interna.
(D) É uma forma de energia que é transferida entre dois corpos com diferentes valores de temperatura.

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11.2. Seleciona, das opções seguintes, a que corresponde à transferência de energia sob a forma de trabalho.
(A) Abrir a cortina do quarto para o aquecer com os raios do Sol.
(B) Empurrar um caixote.
(C) Colocar chá a arrefecer numa chávena.
(D) Cozinhar num forno de micro-ondas.
11.3. Atualmente as brocas são usadas em berbequins, aparelho elétrico que faz com que a broca gire e corte o material,
perfurando-o. À semelhança dos canhões, ao perfurar uma parede com uma broca, esta aquece. Explica a origem do aquecimento.

12. Um grupo de alunos, com o intuito de comprovar a relação entre calor e


trabalho, colocou pequenas esferas de chumbo, de massa 100 𝑔, no interior
de um tubo de cartão, de 80 𝑐𝑚 de comprimento, com as extremidades
fechadas.
Numa das extremidades foi colocada uma pequena placa metálica, com um
sensor de temperatura acoplado.
O tubo foi invertido 20 vezes para que as esferas caíssem contra a placa
metálica. Um sistema computacional de medição registou a temperatura da
placa metálica ao longo do tempo.
12.1. Como se designa o processo de transferência de energia para as esferas
de metal?
12.2. Como interpretar a evolução da temperatura ao longo do tempo, representada no gráfico?
12.3. Se toda a energia potencial das esferas fosse convertida em energia interna das esferas, qual seria o valor da energia
transferida para as esferas?

13. Considera novamente a experiência descrita no exercício anterior em que pequenas esferas de chumbo (𝑚 = 50 𝑔) foram
colocadas no interior de um tubo de cartão com 70 𝑐𝑚 de comprimento com as extremidades tapadas.
Com um termómetro digital, mediu-se a temperatura das esferas antes e depois de inverter o tubo 30 vezes.
13.1. A energia interna das esferas ___ , uma vez que foi transferida energia sob a forma de ___
(A) … aumentou … calor. (C) … diminuiu … calor.
(B) … aumentou … trabalho. (D) … diminuiu … trabalho.
13.2. Sabendo que a variação da energia interna do sistema foi de 8,0 𝐽, qual o rendimento desta transferência de energia?

14. A figura mostra, em esquema, uma experiência de


importância histórica para a compreensão do conceito de
calor, realizada por James Joule.
Descreve em que consistiu essa experiência e o que ficou
provado com os resultados obtidos.

15. Calor é a energia transferida entre dois sistemas quando


entre eles existe uma diferença de temperatura.
A transferência de energia pode ocorrer por condução, convecção ou radiação.
Relativamente aos mecanismos de transferência de energia sob a forma de calor, seleciona a opção correta.
(A) Na condução, a transferência de energia sob a forma de calor ocorre de partícula a partícula, dentro de um corpo ou
entre dois corpos em contacto.
(B) Num fluído, a transferência de energia sob a forma de calor ocorre apenas por convecção.
(C) A transferência de energia sob a forma de calor por radiação exige contacto entre os sistemas.
(D) A condução e a convecção são processos de transmissão de calor que ocorrem em metais.

RADIAÇÃO E IRRADIÂNCIA. PAINÉIS FOTOVOLTAICOS


16. Considera três latas de alumínio cilíndricas: uma pintada com brilho metálico, outra com tinta baça preta e outra com tinta
baça branca. As latas foram colocadas à mesma distância de uma lâmpada de incandescência, durante o mesmo intervalo de
tempo. Durante esse intervalo de tempo, registou-se, regularmente, a temperatura no interior de cada uma das latas.
16.1. Qual o principal mecanismo de transferência de energia responsável pelo aquecimento das latas?
16.2. O filamento da lâmpada incandescente, com área de 50 𝑚𝑚2 , emite 1,8 × 103 𝐽 de energia, em 20 segundos. Determina a
irradiância do filamento da lâmpada incandescente.
16.3. Indica, justificando, em qual das latas se terá observado uma maior variação de temperatura, durante o referido intervalo
de tempo.

17. Um ferro elétrico quente, depois de desligado, é deixado sobre uma tábua de passar roupa com a sua base exposta ao ar
durante 120 𝑠, irradiando 1,50 × 105 𝐽 de energia. Sabendo que a base tem uma área de superfície de 200 𝑐𝑚2 , determina:
17.1. a potência irradiada.
17.2. a irradiância junto à superfície emissora.
18. O valor médio da irradiância numa cidade é 6,75 kW ℎ 𝑚−2 𝑑𝑖𝑎 −1 .
Indica o valor da irradiância na unidade SI.

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19. Além de absorver parte da energia emitida pelo Sol, a Terra também emite radiação cujo espetro é determinado pela
temperatura à superfície. Mediante este processo de absorção e de emissão, mantém-se uma condição de equilíbrio que é
conhecida como equilíbrio térmico da Terra, atingido através da igualdade entre a potência absorvida e a potência emitida pela
Terra, que é responsável pela temperatura constante da mesma, de cerca de 15 °𝐶.
Dados: 𝐴𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 = 4 𝑟 2 e 𝑟𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 = 6,37 × 106 𝑚
19.1. Sabendo que a quantidade de energia absorvida pela Terra, em cada segundo, é de 1,22 × 1017 𝐽, determina a irradiância
da Terra junto à sua superfície.
19.2. Onde se localiza, no conjunto das radiações eletromagnéticas, o espetro de radiação emitida pela Terra?

20. Um cilindro X, de alumínio, foi pintado de preto e outro igual, Y, foi polido e ficou com aspeto
brilhante.
Colocou-se um êmbolo móvel no interior de cada cilindro retendo-se, assim, um volume de ar igual
nos seus interiores. A figura ao lado mostra a situação em que ficaram.
Depois, ambos os cilindros foram expostos durante o mesmo tempo à radiação solar.
Das seguintes figuras, qual seria a situação previsível após aquele tempo de exposição ao sol?

(A) (B) (C) (D)

21. Colocou-se uma lata pintada de branco a uma certa distância de uma lâmpada de
100 𝑊, e registou-se, regularmente, a temperatura no interior dessa lata.
Repetiu-se, posteriormente, o mesmo procedimento para outra lata pintada de preto.
O gráfico traduz a evolução da temperatura de cada uma das latas.
21.1. Seleciona, justificando, a curva da figura que traduz a evolução da temperatura da lata
pintada de preto.
21.2. Qual o mecanismo de transferência de energia responsável pelo aumento de
temperatura das latas?
21.3. Tendo em conta as caraterísticas de ambas as superfícies das latas, indica qual:
a) atinge a temperatura mais elevada.
b) absorve maior quantidade de energia.
c) reflete maior quantidade de energia.

22. Pretende-se instalar um painel fotovoltaico numa vivenda em Lisboa. O painel, com um rendimento médio de 15%, destina-
se a alimentar um conjunto de eletrodomésticos, cujo consumo diário é de 1,08 × 108 𝐽. A irradiância solar média em Lisboa, num
dia claro, corresponde a 414 𝑊 𝑚−2. Nestas condições, calcula a área do painel fotovoltaico que deve ser instalada, sabendo que
o tempo de exposição ao sol é de 8 horas diárias.

23. Uma localidade dispõe de sete horas de sol por dia. Nessa localidade, um morador pretende colocar um painel fotovoltaico,
com uma área de 4,0 𝑚2 e com um rendimento de 15%.
Calcula a energia elétrica fornecida pelo painel, sabendo que a energia solar que atinge o painel, por segundo e por unidade de
área, é 0,85 𝑘𝑊 ℎ.

24. Pretende-se que uma bateria alimente duas lâmpadas de 100 𝑊 cada, durante 4 horas. A bateria é carregada durante o dia
por um painel fotovoltaico.
Admite que as perdas no processo de carga e descarga da bateria são de 40% da energia fornecida pelo painel.
24.1. Calcula a energia que é necessário a bateria fornecer durante a noite para fazer funcionar as lâmpadas.
24.2. Quantas células fotovoltaicas são necessárias para fornecer a corrente necessária para carregar a bateria? Admite, que o
painel, está em média 5 horas exposto à luz solar e que cada célula tem 10 𝑊 de potência útil.

25. O consumo de eletricidade em Portugal, em 2002, foi 4,2 × 1010 𝑘𝑊 ℎ. Sabendo que a energia média da radiação solar em
Portugal é 1500 𝑘𝑊 ℎ/𝑎𝑛𝑜 por cada metro quadrado e que um painel fotovoltaico tem, em média, um rendimento de 15%,
determina a área de painéis fotovoltaicos que deveria existir em Portugal para que o consumo energético pudesse ter sido
satisfeito só com painéis fotovoltaicos.

26. Uma máquina de calcular científica funciona através da energia elétrica produzida numa célula fotovoltaica, de potência útil
20 𝑚𝑊 e 6,0 𝑐𝑚2 de área. Calcula o rendimento de funcionamento da célula quando está exposta à radiação solar de potência
340 𝑊 por metro quadrado.

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27. Os painéis solares contribuem ainda muito pouco para a produção mundial de energia elétrica. Isto deve-se ao custo de
produção que é cerca de dez vezes maior que o dos combustíveis fósseis. No entanto, tornam-se comuns em algumas aplicações,
tais como as baterias de suporte, antenas, dispositivos elétricos em estradas, em parquímetros e semáforos.
Considera um semáforo, que funciona à custa da energia elétrica fornecida por um painel fotovoltaico de dimensão 30 𝑐𝑚 por
50 𝑐𝑚, que apresenta um rendimento de 15%.
A irradiância solar média nesse local é de 400 𝑊 𝑚−2 e o painel fotovoltaico origina uma diferença de potencial de 40 𝑉.
27.1. Qual é a corrente elétrica que alimenta o semáforo?
27.2. Verifica se a energia que o semáforo recebe, durante um dia de funcionamento, do painel fotovoltaico, em que o tempo de
exposição ao Sol é de 8,0 ℎ, é suficiente para alimentar o semáforo em dois dias, sabendo que consome 400 𝑘𝐽 por dia.

28. Uma mochila com painéis fotovoltaicos acoplados permite manter um equipamento elétrico, como, por exemplo, um
computador portátil, sempre com a bateria carregada.
Em média, a irradiância solar num determinado local é 340 𝑊/𝑚2 .
Calcula a área mínima de painéis que é necessária para carregar a bateria de um computador portátil com a potência de 30,0 𝑊,
sabendo que o sistema de painéis fotovoltaicos tem um rendimento de 10%.

29. O equipamento doméstico de escritório é o que mais contribui para o crescimento do consumo de energia elétrica nos lares
da União Europeia. No entanto, estes equipamentos apresentam um elevado potencial de economia de energia, estimando-se
um potencial superior a 50% decorrente da aplicação de políticas e medidas apropriadas.
Verifica se um painel de 2,00 𝑚2 de área, com rendimento médio de 15%, é capaz de alimentar um computador de secretária de
120 𝑊 e um monitor CRT de 80,0 𝑊, sabendo que a irradiância solar média nesse local é de 400 𝑊/𝑚2 .

30. A central fotovoltaica da Amareleja, situada no concelho de Moura, no


Alentejo, está dotada de um sistema de orientação de painéis solares para
acompanhar automaticamente a trajetória do Sol sobre o horizonte em cada
dia do ano. Esta central é constituída por 2520 seguidores solares que
otimizam a captação de energia. Cada seguidor é composto por 104 módulos.
Cada módulo, de dimensões 1,335 𝑚 × 0,99 𝑚, produz, em média, cerca de
354 𝑘𝑊 ℎ de energia por ano. O rendimento da conversão de energia solar é,
em média, cerca de 12%. A central produz energia suficiente para abastecer
30 mil habitações.
30.1. Explica como é que os seguidores otimizam a captação de energia.
30.2. Seleciona a opção que corresponde à energia produzida por um ano, em
média, pela central fotovoltaica de Amareleja, expressa em 𝑘𝑊 ℎ.

354×104 2520×104
(A) (C)
2520 354
354×2520
(B) (D) 354 × 104 × 2520
104
30.3. Determina, na unidade SI, o valor médio da irradiância solar incidente nos módulos.

CONDUÇÃO E CONVECÇÃO
31. A figura mostra o esquema da realização de uma experiência. Apoiou-se
um cilindro de aço com um êmbolo sobre uma placa de cobre. Preencheu-se o
interior do cilindro com um gás. Prendeu-se a placa de cobre num suporte e
por baixo dela colocou-se um bico de Bunsen.
Após se ter acendido o bico de Bunsen, o êmbolo moveu-se.
31.1. Identifica o tipo de sistema constituído pelo gás no interior do cilindro.
31.2. Seleciona a afirmação que indica o que se pode concluir com aquela
observação.
(A) A energia cinética das moléculas do gás aumentou.
(B) O trabalho realizado pela força exercida pelo êmbolo sobre o gás no
cilindro é positivo.
(C) A transferência de energia para o gás não foi espontânea, porque havia um bico de Bunsen aceso.
(D) A temperatura do gás ficou igual à da placa de cobre.
31.3. Junto à extremidade da placa de cobre onde se colocou o cilindro, e em contacto com ela, fixou-se um termómetro. De facto,
o que é a temperatura lida?
(A) Temperatura a que estava a placa ao contactar com o termómetro.
(B) Uma temperatura superior à que estava o termómetro ao contactar com a placa.
(C) A temperatura de equilíbrio térmico entre a placa e o termómetro.
(D) A temperatura de equilíbrio térmico entre a placa, o meio envolvente e o termómetro.

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31.4. Na experiência foi transferida energia por calor para o gás. Isso resultou porque
(A) o calor da placa de cobre era maior do que o do cilindro de aço.
(B) a placa de cobre tinha uma temperatura mais alta.
(C) o gás tinha menos energia interna do que a transferida da placa de cobre para o cilindro de aço.
(D) a energia cinética total das moléculas de gás era menor do que a energia cinética com que ficaram as partículas no cilindro
de aço.
31.5. A chama do bico de Bunsen encontrava-se afastada do cilindro de aço, mas este recebeu energia. Indica qual o nome do
mecanismo que ocorre e como ele se processa.
31.6. Dos materiais alumínio, cortiça, ferro ou vidro, indica um que poderia colocar por cima da placa de cobre para evitar que o
êmbolo se deslocasse. Justifica a tua escolha.

32. Três placas metálicas encontram-se em equilíbrio térmico.


Considera a tabela seguinte com os valores das respetivas condutividades térmicas. Placa 𝑲/𝒄𝒂𝒍 𝒔−𝟏 𝒎−𝟏 °𝑪−𝟏
32.1. Ao tocar com a mão, que se encontra a uma temperatura superior, em cada uma das A 92
placas, ter-se-á, em cada uma destas, a sensação de frio. Qual das placas parecerá estar mais B 50
fria? Justifica. C 0,1
32.2. Apresenta o valor da condutividade térmica, 𝐾, do metal da placa B na unidade SI.
1 𝑐𝑎𝑙 = 4,18 𝐽.
33. Uma panela com água é aquecida num fogão. A energia libertada na combustão transmite-se, através do fundo da panela,
para a água que está em contacto com o fundo da panela e daí para a restante água. Seleciona a opção que indica, na ordem desta
descrição, a forma como, predominantemente, ocorreu a transferência de energia sob a forma de calor para a água.
(A) Radiação e convecção. (C) Convecção e condução.
(B) Radiação e condução. (D) Condução e convecção.

34. A energia emitida pelo Sol, a emissão de gases residuais da combustão pelas chaminés e o aquecimento da colher que mexe
o café quente são, respetivamente, exemplos de propagação de calor por
(A) condução, convecção e radiação. (C) convecção, condução e radiação.
(B) radiação, convecção e condução. (D) radiação, condução e convecção.

35. Seleciona a opção correta.


35.1. Se o calor for transferido espontaneamente de um corpo A para um corpo B, pode dizer-se que
(A) a temperatura de A é maior do que a de B.
(B) a capacidade térmica de A é maior do que a de B.
(C) a capacidade térmica mássica de A é maior do que a de B.
(D) a é melhor condutor que B.
35.2. Quando, numa noite de baixa temperatura, vamos para a cama, encontramo-la fria, mesmo que sobre ela estejam vários
cobertores de lã. Passado algum tempo, nós aquecemos porque
(A) o cobertor de lã impede a entrada de frio.
(B) o cobertor de lã não é aquecedor, mas sim um bom isolador térmico.
(C) o cobertor de lã só produz calor quando em contacto com o nosso corpo.
(D) o cobertor de lã não é um bom absorvente do frio.
35.3. É correto afirmar-se que
(A) leite quente arrefece mais facilmente dentro de um copo de vidro do que dentro de um recipiente metálico.
(B) quando se atinge o equilíbrio térmico, as transferências de energia entre as partículas que constituem os corpos cessam.
(C) a variação de temperatura expressa em graus celsius e em kelvin é igual.
(D) a transferência de energia como calor por convecção, no ar, é muito lenta.
35.4. Relativamente aos mecanismos de transferência de calor, pode afirmar-se que
(A) a radiação é um processo de transmissão de calor que só se verifica em meios sólidos.
(B) no vácuo, a única transmissão de calor é por convecção.
(C) a condução e radiação só ocorrem no vácuo.
(D) a convecção térmica ocorre nos fluidos.

36. Num frigorífico com congelador interno é recomendado que o mesmo seja colocado na
parte superior do frigorífico.
36.1. O congelador de um frigorífico deve ser colocado na parte superior, porque
(A) favorece a convecção. Permitindo arrefecer tanto a parte superior como a inferior.
(B) favorece a organização do espaço para os alimentos.
(C) favorece a transferência de energia, sob a forma de calor, por condução por toda a
estrutura do frigorífico.
(D) deve ficar o mais afastado possível do motor externo, que está situado na parte
inferior.

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36.2. Descreve o mecanismo de transferência de energia responsável pela circulação de ar no interior do frigorífico que garante a
conservação das verduras e das frutas colocadas na gaveta inferior do frigorífico.

37. A figura representa um corte transversal de uma garrafa térmica hermeticamente


fechada. Ela é constituída por duas paredes de vidro. A parede interna é duplamente
espelhada e entre ela e a parede externa existe uma região com ar rarefeito que se assemelha
ao vácuo.
37.1. Como se explica o facto de a temperatura de fluído no interior da garrafa manter-se
quase inalterada durante um longo período de tempo?
37.2. Se o vácuo existente entre as paredes de uma garrafa térmica fosse total, propagar-se-
ia calor de uma parede para a outra apenas por
(A) condução. (C) Radiação.
(B) convecção. (D) convecção e radiação.

38. Considera as seguintes afirmações:


A. O aquecimento de muitas salas de aula é conseguido usando radiadores térmicos.
B. Um jarro elétrico é um eletrodoméstico utilizado para o aquecimento de água.
38.1. Qual é o mecanismo de transferência de energia como calor que permite o aquecimento de toda a sala de aula?
38.2. Que mecanismo de transferência de energia como calor ocorre entre a resistência do jarro
elétrico e a água?
38.3. Descreve os processos referidos nas alíneas anteriores.

39. Pretendia-se arrefecer cerveja de um barril com um bloco de gelo. Para isso, foram
avançadas duas hipóteses: colocar o bloco de gelo por cima do barril ou por baixo.
Tendo em conta o mecanismo de transferência de energia por calor que se verificaria, conclui,
justificando, qual das hipóteses é mais eficaz para obter o resultado pretendido.

40. Porque têm as cafeteiras de aquecimento a resistência em baixo?

41. A densidade da água líquida varia ligeiramente e de forma muito peculiar com a
temperatura: tem um valor máximo de 1 𝑔 𝑐𝑚−3 para a temperatura de 4 °𝐶.
Tendo em conta esta informação e o modo como o mecanismo de convecção se processa,
explica porque é que os lagos congelam de cima para baixo.

CAPACIDADE TÉRMICA MÁSSICA


42. O conhecimento de propriedades físicas, como a
capacidade térmica mássica e a condutividade
térmica, é fundamental quando se analisam situações
que envolvem transferências de energia sob a forma
de calor.
Para arrefecer um líquido de massa 𝑚 e capacidade
térmica mássica, 𝑐, colocou-se o recipiente que o
contém dentro de um outro com gelo e registou-se a
temperatura do líquido ao longo do tempo.
O gráfico ao lado representa o valor absoluto da
variação de temperatura do líquido em função do
valor absoluto da energia transferida.
42.1. Seleciona a opção que traduz a expressão do declive da reta do gráfico da variação de temperatura em função da energia.
𝑐 𝑚 1
(A) (B) 𝑚 × 𝑐 (C) (D)
𝑚 𝑐 𝑚×𝑐
42.2. A partir dos resultados experimentais, e sabendo que a massa do líquido é 500 𝑔, determina a capacidade térmica mássica
do líquido.
42.3. Que diferenças se observariam no declive do gráfico se se repetisse a experiência com outro líquido de maior capacidade
térmica mássica? Justifica.
42.4. Para que o arrefecimento seja mais rápido, é conveniente que o material que constitui o recipiente que contém o líquido
tenha
(A) elevada capacidade térmica mássica e baixa condutividade térmica.
(B) elevada capacidade térmica mássica e elevada condutividade térmica.
(C) baixa capacidade térmica mássica e baixa condutividade térmica.
(D) baixa capacidade térmica mássica e elevada condutividade térmica.

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43. Dois recipientes, um contendo água e outro contendo azeite, possuem igual volume. Sabendo que o volume dos recipientes é
de 0,500 𝑑𝑚3 e que as massas volúmicas da água e do azeite são, respetivamente, 1,00 𝑔 𝑐𝑚−3 e 0,92 𝑔 𝑐𝑚−3 , compara a
quantidade de energia que é necessário fornecer a cada um dos líquidos contidos nos recipientes de modo a conseguir um igual
aumento da sua temperatura. Dados: 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4186 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1 ; 𝑐(𝑎𝑧𝑒𝑖𝑡𝑒) = 2000 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1

44. Para arrefecer uma barra de aço de 300 𝑔 à temperatura de 115,0 °𝐶, mergulhou-se a barra num recipiente com 500 𝑔 de
água a 25,0 °𝐶. Considerando o sistema, formado pelo conjunto água e barra de ferro, isolado determina a sua temperatura final.
Dados: 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4186 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1 ; 𝑐(𝑎ç𝑜) = 460 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1

45. A temperatura de 100 𝑔 de um líquido cuja capacidade térmica mássica é 0,5 𝐽/(𝑔 °𝐶) sobe de −10°𝐶 até 30°𝐶. Em quantos
segundos será realizado esse aquecimento com uma fonte que tem uma potência de 50 𝑊?
Considera que toda a energia da resistência foi transferida para o líquido.

46. Um corpo de massa 200 𝑔 é aquecido por uma fonte de potência constante e igual a 200
calorias por segundo. O gráfico mostra como varia, no tempo, a temperatura do corpo.
Determina a capacidade térmica mássica no SI da substância que constitui o corpo,
considerando que toda a energia da fonte foi transferida para o líquido.
Dado: 1 𝑐𝑎𝑙 = 4,18 𝐽.

47. Num calorímetro, de capacidade térmica


desprezável, aqueceu-se 100 𝑚𝐿 de água,
inicialmente a 15°𝐶, utilizando um aquecedor de imersão, com a potência de 600 𝑊,
durante 30 segundos. Determina a temperatura final da água, considerando que
toda a energia da fonte foi transferida para o líquido.
Dados: (á𝑔𝑢𝑎) = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 ; 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4,2 × 103 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1

48. O gráfico da figura representa a variação de temperatura, ∆𝑇, de dois blocos do mesmo
material, 𝑀 e 𝑁, em função da energia, 𝐸, fornecida a cada bloco.
48.1. Seleciona a única opção que traduz a relação correta entre as massas dos dois blocos,
𝑚𝑀 e 𝑚𝑁 .
(A) 𝑚𝑀 = 2 𝑚𝑁 (C) 𝑚𝑀 = 4 𝑚𝑁
1 1
(B) 𝑚𝑀 = 𝑚𝑁 (D) 𝑚𝑀 = 𝑚𝑁
2 4
48.2. Calcula a capacidade térmica do material constituinte dos blocos, sabendo que a massa
do bloco 𝑀 é 208 𝑔.

49. Num recipiente contendo 500 𝑔 de água à temperatura de 20,0 °𝐶, introduziu-se uma resistência elétrica de aquecimento
com 300 𝑊. A resistência esteve ligada durante 10 minutos e, quando foi desligada, a temperatura da água passou para 80,0 °𝐶.
Dado: 𝑐(𝑎𝑔𝑢𝑎) = 4,186 × 103 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1
49.1. Determina a energia transferida pela resistência elétrica durante o aquecimento da água.
49.2. Qual a energia transferida como calor para a água?
49.3. Calcula o rendimento do processo de aquecimento.

50. Um bloco de cobre (𝑐 = 387 𝐽 𝑘𝑔−1 ℃−1 ) de 60 𝑔 perde 332 𝐽 sob a forma de calor. Sabendo que, inicialmente, se encontrava
a 40,0 °𝐶, determina a sua temperatura final.

51. A figura mostra as quantidades de calor absorvido por dois corpos, A e B,


em função da sua temperatura.
Sabendo que a capacidade térmica mássica da substância que constitui o corpo
B é duas vezes maior que a capacidade térmica mássica que constitui o corpo
𝑚
A, determina a razão 𝐴 .
𝑚𝐵

52. Duas amostras de água são misturadas dentro de um calorímetro,


formando um sistema isolado.
Por análise do gráfico 𝜃 = 𝑓(𝑡), conclui-se que a relação entre as massas de água é
(A) 𝑚1 = 3𝑚2 (C) 𝑚1 = 2𝑚2
𝑚 𝑚
(B) 𝑚1 = 2 (D) 𝑚1 = 2
3 2

53. Uma piscina de 40 𝑚2 de área contém água com uma profundidade de 1,0 𝑚. A
irradiância solar no local onde se encontra piscina é 836 𝑊 𝑚−2. Determina o tempo
de exposição médio para que a temperatura da água aumente de 17 °𝐶 para 19 °𝐶.
Dados: (á𝑔𝑢𝑎) = 1,0 𝑘𝑔⁄𝑑𝑚3 ; 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4,18 𝑘𝐽 𝑘𝑔−1 ℃−1

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54. No interior de um calorímetro ideal, é colocado um corpo A à temperatura de 10°𝐶 em contacto com um corpo B à
temperatura de 60°𝐶. Ambos os corpos possuem a mesma massa e quando atingem o equilíbrio térmico foi registada uma
temperatura de 30°𝐶.
𝑐
A razão entre as capacidades térmicas mássicas de A e B, 𝐴 , é
𝑐𝐵
(A) 0,50 (B) 0,75 (C) 1,5 (D) 1,8

55. O calor de combustão é a quantidade de calor libertada na queima de uma unidade de massa do combustível. No caso do gás
da cozinha, o calor de combustão é de 2,50 × 104 𝑘𝐽 𝑘𝑔−1 .
Qual a massa de água, à temperatura inicial de 20,0 °𝐶, que pode ser aquecida até à temperatura de 100,0 °𝐶 com uma botija de
gás de 13,0 𝑘𝑔? Considera o rendimento no processo de aquecimento de 75%. Dado: 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4,18 𝑘𝐽 𝑘𝑔−1 ℃−1

56. Considera um ferro elétrico de brunir de 1000 𝑊 cuja base é feita de uma liga de alumínio com a espessura de 0,50 𝑐𝑚 ( =
2770 𝑘𝑔 𝑚−3 e 𝑐 = 900 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1 ). A placa da base tem uma superfície de 0,030 𝑚2 . Inicialmente, o ferro está em equilíbrio
térmico com o ambiente, a 22,0 °𝐶.
56.1. Considerando que 85% do calor gerado pela resistência é transferido para a placa, determina o tempo mínimo necessário
para a temperatura da placa atingir 140,0 °𝐶.
56.2. A placa da base emite 4,0 × 104 𝐽 de energia, em 20 𝑠, sob a forma de calor, quando exposta à temperatura ambiente.
Determina a irradiância da placa da base.

57. Um bloco de ferro de 50,0 𝑘𝑔 e um bloco de cobre (𝑐 = 387 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1) de igual massa, ambos inicialmente a 80,0 °𝐶, são
mergulhados num recipiente com 16,0 𝑘𝑔 de água (𝑐 = 4186 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1 ). A 15,0 °𝐶. O equilíbrio térmico é estabelecido após
algum tempo devido à transferência de energia, sob a forma de calor, entre os blocos e a água, tendo-se registado, nessas
circunstâncias, uma temperatura do conjunto blocos de ferro e cobre + água de 40,0 °𝐶.
57.1. Qual a quantidade de energia transferida para a água?
57.2. Calcula a quantidade de energia cedida pelo bloco de cobre.
57.3. Para a mesma variação de temperatura, a quantidade de energia transferida do bloco de ferro para a água é ____ à
quantidade de energia transferida do bloco de cobre para a água, pelo que se pode concluir que o ferro tem ____ capacidade
térmica mássica.
(A) … superior … maior… (C) … superior … menor…
(B) … inferior … menor… (D) … inferior … maior…

58. Numa siderurgia, uma amostra de 20,0 𝑔 de ferro (𝑐 = 448 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1 ) foi aquecida até á temperatura de 2000 𝐾,
tornando-se incandescente. Depois de moldada, a amostra foi arrefecida em 500 𝑔 de água (𝑐 = 4186 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1 ) à
temperatura ambiente de 20,0 °𝐶.
58.1. Determina a temperatura final prevista para o ferro, no instante em que atingiria o equilíbrio térmico com a água, se o
sistema fosse isolado.
58.2. Em sistema aberto, verificou-se que o ferro atingiu uma temperatura final de 25,0 °𝐶. Determina a variação da energia
interna do sistema (ferro + água) e apresenta uma justificação para o valor obtido.

59. Dois blocos, A (𝑐 = 370 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1 ) e B (𝑐 = 460 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1 ), com massas iguais, encontravam-se a diferentes
temperaturas, quando foram colocados em contacto térmico ocorrendo transferência de energia do bloco A para o bloco B, até
se atingir o equilíbrio térmico.
O gráfico representa a evolução de temperatura, 𝑇, de cada um
dos blocos, em função do tempo, 𝑡.
59.1. Determina o valor teoricamente previsto para a
temperatura final dos dois blocos, se o sistema fosse
perfeitamente isolado, e compara-o com o valor obtido
experimentalmente.
59.2. Sabendo que a massa dos blocos é 200 𝑔, efetua o
balanço energético para cada um dos blocos, identificando os
sistemas que recebem e que fornecem energia.
59.3. Atendendo aos resultados obtidos na alínea anterior, determina a variação da energia interna do sistema constituído pelos
dois blocos e interpreta o sinal do resultado obtido.

60. Considera o esquema do coletor solar seguinte.


Seleciona a única opção incorreta.
(A) A placa coletora é preta para uma maior absorção de calor por
radiação.
(B) No processo de aquecimento, não há transferência de calor por
condução.
(C) No reservatório há transferência de calor por convecção térmica.
(D) A cobertura superior do coletor transparente permite o efeito de estufa na placa.

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61. Um coletor solar de água, tem um aquecimento devido a radiação incidente com uma potência de 800 𝑊 por metro quadrado.
O rendimento das transferências no interior do coletor até à água é de cerca de 20%. Que área deverá ter o coletor para aquecer
100 𝐿 de água de 18 °𝐶 a 29 °𝐶, em 4,0 ℎ? Dados: (á𝑔𝑢𝑎) = 1 𝑔/𝑐𝑚3 ; 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4,2 × 103 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1

62. Numa instalação solar de aquecimento de água para consumo doméstico, os coletores solares ocupam uma área total de
4,0 𝑚2 . Em condições atmosféricas adequadas, a radiação solar absorvida por estes coletores é, em média, 800 𝑊/𝑚2 .
Considera um depósito, devidamente isolado, que contém 150 𝑘𝑔 de água. Verifica-se que, ao fim de 12 horas, durante as quais
não se retirou água para consumo, a temperatura da água do depósito aumentou 30,0 °𝐶.
Calcula o rendimento associado a este sistema solar térmico.
Dado: 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4,18 × 103 𝐽 𝐾𝑔−1 𝐾 −1

63. Atualmente, muitas residências fazem uso da energia solar, através de coletores
instalados no telhado, para aquecer água e, assim contribuir para um menor gasto em
energia elétrica. Um sistema básico de aquecimento de água aproveitando a energia solar
é composto por coletores solares (placas) e um reservatório térmico, como mostra a
figura ao lado.
63.1. Por que razão o sistema representado não necessita de uma bomba hidráulica que
faça circular a água entre a placa coletora e o reservatório?
63.2. Os tubos são de cobre para facilitar a transferência de energia por
(A) convecção. (C) radiação.
(B) condução. (D) condução e convecção.
63.3. Um coletor solar residencial, com 5,00 𝑚2 , aquece a água de um reservatório com 400,0 𝐿 de capacidade. A radiação solar
num dia de céu limpo é de 1000 𝑊/𝑚2 no plano do coletor solar. Admitindo que o coletor solar tem um rendimento térmico de
45%, qual será a temperatura atingida pela água após oito horas de exposição ao Sol, se a temperatura inicial for de 20,0 °𝐶?
Dados: (á𝑔𝑢𝑎) = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 ; 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4186 𝐽 𝑘𝑔−1 °𝐶 −1

VARIAÇÃO DA ENTALPIA DE FUSÃO E DE VAPORIZAÇÃO


64. O gráfico representa a energia transferida no aquecimento de um bloco de chumbo
de 100 𝑔, inicialmente no estado sólido.
64.1. Que energia foi transferida enquanto durou a fusão do chumbo?
64.2. Qual é a temperatura de fusão do chumbo?
64.3. Determina
a) a capacidade térmica mássica do chumbo no estado sólido.
b) o valor variação da entalpia de fusão do chumbo.

65. A variação da entalpia de fusão e vaporização da água são, respetivamente,


3,34 × 105 𝐽/𝑘𝑔 e 22,56 × 105 𝐽/𝑘𝑔. As capacidades térmicas mássicas do gelo e da
água líquida são, respetivamente, 2100 𝐽/(𝑘𝑔 °𝐶) e 4180 𝐽/(𝑘𝑔 °𝐶). Todos estes valores se referem a condições de pressão
atmosférica normal.
Calcula a energia que é necessário fornecer a 1,00 𝑘𝑔 de gelo, inicialmente a −5,0 °𝐶, para o vaporizar completamente.

66. Uma resistência de imersão de 500 𝑊 ligada a uma tomada de 230 𝑉 é introduzida num recipiente com 500 𝑔 de gelo a
0,0 °𝐶. Supondo que o rendimento do processo é 80,0 %, quanto tempo deve estar ligada a resistência de modo a
66.1. fundir o gelo.
66.2. obter água líquida à temperatura de 10,0 °𝐶.
Dados: 𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜 (𝑔𝑒𝑙𝑜) = 3,34 × 105 𝐽/𝑘𝑔 e 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = 4180 𝐽/(𝑘𝑔 °𝐶)

67. Num recipiente de paredes adiabáticas e capacidade térmica mássica desprezável foram introduzidos 100 𝑔 de água a 20 °𝐶
e 40 𝑔 de gelo a −20°𝐶. Dados: 𝑐á𝑔𝑢𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 4180 𝐽 𝑘𝑔−1 °𝐶 −1 ; 𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜 = 3,34 × 105 𝐽 𝑘𝑔−1 ; 𝑐𝑔𝑒𝑙𝑜 = 2100 𝐽 𝑘𝑔−1 °𝐶 −1
Quando o equilíbrio térmico se atinge,
a) qual é a temperatura do sistema?
b) qual é a massa de água líquida existente no interior do calorímetro?

68. Pretende-se arrefecer 2,0 litros de água contida num jarro à temperatura de 30 °𝐶 até à temperatura de 15 °𝐶. Quantos cubos
de gelo, com 15 𝑔 cada, retirados do congelador a −10 °𝐶, terão de ser usados?
Dados:
á𝑔𝑢𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 1,0 𝑘𝑔/𝑑𝑚3 ; 𝑐á𝑔𝑢𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 4,18 𝑘𝐽 𝑘𝑔−1 °𝐶 −1 ; 𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜 = 3,34 × 105 𝐽 𝑘𝑔−1 ; 𝑐𝑔𝑒𝑙𝑜 = 2100 𝐽 𝑘𝑔−1 °𝐶 −1

69. Funde-se um bloco de gelo com 300 𝑔, inicialmente à temperatura de −5,0 °𝐶. Continua-se a fornecer energia até se verificar
que a temperatura do gelo fundido é 22,0 °𝐶. Indica o valor da energia fornecida neste processo.
Dados: 𝑐á𝑔𝑢𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 4,18 𝑘𝐽 𝑘𝑔−1 °𝐶 −1 ; 𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜 = 3,34 × 105 𝐽 𝑘𝑔−1 ; 𝑐𝑔𝑒𝑙𝑜 = 2,10 𝑘𝐽 𝑘𝑔−1 °𝐶 −1

Paula Fernandes 14 | P á g i n a
70. Para arrefecer rapidamente o chá é comum utilizar-se cubos de gelo. Imagina que mergulhas, numa chávena com 200,0 𝑔 de
chá à temperatura de 60,0 °𝐶, um cubo de gelo com 2,50 𝑔 que fora retirado do congelador à temperatura de – 15,0 °𝐶.
Dados: 𝑐𝑐ℎá = 4250 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1 ; 𝑐𝑔𝑒𝑙𝑜 = 2090 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1 ; 𝑐á𝑔𝑢𝑎 = 4186 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1 ; 𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜 (𝑔𝑒𝑙𝑜) = 333 𝑘𝐽 𝑘𝑔−1
70.1. Qual é o valor da energia necessária para fundir o cubo de gelo?
70.2. Determina a temperatura final atingida pelo chá, no instante em que foi atingido o equilíbrio térmico, considerando o sistema
isolado.
70.3. Considerando o mesmo instante, verificou-se que a temperatura final do chá foi de 38,0 °𝐶, num sistema aberto.
Qual foi a variação da energia interna do sistema chá com cubo de gelo? Analisa esse resultado.

71. Um cubo de gelo saiu de um congelador com uma temperatura de – 15 °𝐶. Apresenta um esboço do perfil do gráfico da energia
fornecida em função da temperatura da substância, 𝐸 = 𝑓(𝑇), até que este atinja o valor de 20 °𝐶.
Dados: 𝑐𝑔𝑒𝑙𝑜 = 2090 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1 ; 𝑐á𝑔𝑢𝑎 = 4186 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1

LEIS DA TERMODINÂMICA
72. A energia interna de um sistema diminuiu 1500 𝐽 ao receber 3400 𝐽 de energia por calor e ao realizar trabalho sobre a
vizinhança. Que energia foi transferida através de trabalho e em que sentido?

73. Aqueceu-se 0,13 𝑔 de ar contido no interior de uma lata, esmagada e fechada, com uma lamparina. A lamparina provocou um
aumento de 5,0 °𝐶 na temperatura do ar no interior da lata.
Sabendo que a capacidade térmica mássica do ar é 993 𝐽 𝑘𝑔−1 𝐾 −1 , determina o trabalho que o sistema deverá realizar sobre o
exterior para que a variação de energia interna seja nula.

74. Um gás é aquecido no interior de um recipiente dotado de um êmbolo móvel, de tal maneira que o trabalho
realizado pelo gás é igual ao calor que ele recebe, conforme ilustra a figura ao lado.
O que acontece à energia interna e do sistema durante o processo?

75. Seleciona a opção correta.


(A) O rendimento de uma máquina é sempre superior a 100%.
(B) A evolução espontânea é sempre no sentido da formação de energia.
(C) Nos processos espontâneos verifica-se uma diminuição da energia útil.
(D) Os processos em que há transferência de energia do corpo frio para o corpo quente são espontâneos.

76. Assinala a opção que representa corretamente o diagrama de fluxo de energia de uma máquina térmica.

(A) (B) (C) (D)

QUESTÕES DE PROVAS NACIONAIS


77. Numa aula laboratorial, os alunos colocaram num calorímetro 90 𝑔 de água, na qual mergulharam
um fio condutor eletricamente isolado, de resistência elétrica 𝑅. Para aquecer a água, fizeram passar
nesse fio, durante 180 𝑠, uma corrente elétrica 𝐼, tendo determinado o aumento da temperatura, Δ𝑇,
da água, nesse intervalo de tempo.
Repetiram a experiência para diferentes valores de corrente elétrica.
Um aluno traçou, a partir dos resultados experimentais obtidos, um gráfico cujo esboço se encontra
representado na figura ao lado. Nesse esboço, 𝑋 pode representar
(A) 𝑅 (C) 𝐼
(B) 𝑅2 (D) 𝐼 2

78. A água, presente nos estados sólido, líquido e gasoso na atmosfera terrestre, é uma substância peculiar, pois as propriedades
que a caracterizam, como a variação de entalpia de vaporização e a capacidade térmica mássica, apresentam valores muito
diferentes dos que seriam expectáveis.
78.1. Para vaporizar uma amostra de água que se encontre à temperatura de ebulição, à pressão atmosférica normal, é necessário
7,2 vezes mais energia do que para aquecer essa amostra de 25 °𝐶 até 100 °𝐶. A energia envolvida na vaporização de 1,0 𝑔 de
água que se encontra à temperatura de ebulição será, aproximadamente
(A) 3,0 × 103 𝐽 (B) 2,3 × 103 𝐽 (C) 3,0 × 106 𝐽 (D) 2,3 × 106 𝐽

Paula Fernandes 15 | P á g i n a
78.2. Uma esfera metálica é aquecida e, a seguir, mergulhada em água fria contida num calorímetro. Admita que o sistema
esfera+água se comporta como um sistema isolado. Considere que a massa da esfera é igual à massa da água contida no
calorímetro e que a capacidade térmica mássica do metal constituinte da esfera é menor do que a capacidade térmica mássica da
água. Num mesmo intervalo de tempo, a energia cedida pela esfera será ____ energia absorvida pela água, sendo a diminuição
da temperatura da esfera ____ do que o aumento da temperatura da água.
(A) … menor do que a … maior … (C) … igual à … maior …
(B) … menor do que a … menor … (D) … igual à … menor …

79. Em meados do século XIX, James Joule estabeleceu a


equivalência entre trabalho e calor, comparando a energia
transferida como trabalho, necessária para obter um determinado
aumento de temperatura numa amostra de água, com a energia
transferida como calor para obter o mesmo efeito. Joule utilizou
um dispositivo semelhante ao esquematizado na figura no qual
dois discos de chumbo (D1 e D2) eram elevados a uma
determinada altura. Quando os discos caíam, faziam rodar um
sistema de pás mergulhado na água contida num recipiente. O
movimento rotativo das pás provocava a agitação da água, o que
conduzia a um aumento da sua temperatura.
A massa total dos discos era 26,3 𝑘𝑔 e a massa da água contida no
recipiente era 6,04 𝑘𝑔. A partir dos resultados obtidos numa série
de experiências, Joule verificou que, após 20 quedas sucessivas de uma mesma altura de 1,60 𝑚, o aumento de temperatura da
água era, em média, 0,313 ℃.
79.1. Admita que, naquela série de experiências, o aumento da energia interna da água foi, em média, 95,2% da diminuição da
energia potencial gravítica do sistema discos+Terra que resultou das 20 quedas sucessivas dos discos. Considere que, no local
onde foram realizadas as experiências, o módulo da aceleração gravítica era 9,81 𝑚 𝑠 −2 . Determine, a partir dos resultados de
Joule, a capacidade térmica mássica da água.
79.2. Considere que, durante uma parte do percurso, os discos caíram com velocidade constante. Qual foi a soma dos trabalhos
realizados pelas forças que atuaram nos discos, nessa parte do percurso?

80. Numa experiência utilizou-se um bloco calorimétrico de cobre de massa 1,264 𝑘𝑔 e mediu-
se a temperatura do bloco, ao longo do processo de aquecimento. Com os valores obtidos, foi
possível traçar o gráfico da temperatura, 𝑡, do bloco de cobre em função da energia, 𝐸, que lhe
foi fornecida, cujo esboço se representa na figura ao lado. Determinou-se, seguidamente, a
equação da reta que melhor se ajustava ao conjunto de pontos desse gráfico:
𝑡 = 1,91 × 10−3 𝐸 + 22,1
80.1. Qual era a temperatura do bloco de cobre antes de se iniciar o processo de aquecimento?
80.2. Determine o erro percentual (erro relativo, em percentagem) da capacidade térmica mássica do cobre obtida nesta
experiência, tomando como referência o valor tabelado 385 𝐽 𝑘𝑔− 1 °𝐶 − 1.

81. Na figura seguinte, está representado o gráfico da variação da


temperatura, Δθ, de uma amostra pura de 500 𝑔 de ferro, em função da
energia, 𝐸, que seria necessário fornecer a essa amostra se o processo de
aquecimento tivesse um rendimento de 100%.
Quando aquela amostra foi aquecida por uma fonte de potência 40 𝑊,
durante 1,6 minutos, a sua temperatura aumentou 10,0 °𝐶. Qual foi o
rendimento deste processo de aquecimento?
(A) 71% (C) 58%
(B) 42% (D) 29%

SOLUÇÕES:
1) D 4.4) A afirmação é falsa pois o equilíbrio térmico entre dois
2) D sistemas implica que ambos os sistemas tenham a mesma
3.1) Sistema: contentor com água e barra de metal; Fronteira: temperatura, mas não necessariamente a mesma energia interna.
paredes do contentor; Vizinhança: o exterior Por exemplo, duas massas diferentes de água em equilíbrio
3.2) Sistema isolado, uma vez que se considera que não permite térmico têm a mesma temperatura, mas diferente energia
trocas de matéria nem de energia com a vizinhança. interna, uma vez que têm massas diferentes. A amostra de água
3.3) Verdadeiras: B e D ; Falsas: A, C e E de maior massa apresenta maior energia interna.
3.4) Barra: 1200 K ; Água:300 K 5) C
4.1) Dilatação de um líquido (mercúrio). 6.1) B
4.2) 234 K 6.2) C
4.3) Para que se estabeleça o equilíbrio térmico, de forma a que a 7) Verdadeiras: C e D ; Falsas: A, B e E
temperatura indicada no termómetro coincida com a temperatura 8.1) 60 °C
do corpo.

Paula Fernandes 16 | P á g i n a
8.2) A panela B, porque possui a mesma quantidade de água, mas alterando a orientação dos painéis de acordo com a posição do
a uma temperatura superior. Sol, de modo a que a luz do Sol incida perpendicularmente aos
9) C painéis.
10) C 30.2) D
11.1) D 30.3) 254 W m-2
11.2) B 31.1) Sistema fechado
11.3) O aumento da temperatura deve-se à transferência de 31.2) A
energia sob a forma de trabalho, resultante das forças aplicadas na 31.3) C
broca, que se traduz num aumento da energia interna. 31.4) B
12.1) Transferência de energia sob a forma de trabalho. 31.5) O calor foi transferido por condução. Neste mecanismo, as
12.2) O aumento da temperatura deve-se ao trabalho realizado partículas da barra de cobre recebem energia e aumentam a sua
pelo peso das esferas. A temperatura não aumenta de forma agitação. Estas trocam energia com as partículas vizinhas, através
constante porque a transferência de energia como trabalho não é de colisões com elas, e destas com as seguintes, num processo
contínua, ocorre apenas durante a queda após inversão do tubo. progressivo de transferência de energia de uma à outra
Além disso, foi colocado apenas um sensor de temperatura numa extremidade, não havendo deslocação de partículas ao longo do
das extremidades do tubo, pelo que a temperatura da placa cilindro de aço.
metálica só aumentava quando as esferas caiam. 31.6) O êmbolo desloca-se porque há transferência de energia do
12.3) 16 J cobre para o cilindro. Como a cortiça tem uma condutividade
13.1) B térmica muito baixa (é um mau condutor térmico), a taxa de
13.2) 76% transferência de energia é muito baixa, podendo ser usada como
14) No interior de um recipiente com isolamento térmico, Joule isolador térmico.
colocou água e um sistema de pás ligadas a um eixo. No interior, 32.1) A sensação de frio ou quente relativa a corpos que estão à
ligado a esse eixo, uma corda provoca a rotação quando, na outra mesma temperatura relaciona-se com a maior ou menor taxa de
extremidade, uma massa descia de uma certa altura. Joule transferência de energia entre o nosso corpo e esses materiais, ou
verificou que a temperatura da água aumentava e justificou esse seja, com a condutividade térmica do material. Como a
aumento com o trabalho realizado pelo peso da massa na sua condutividade térmica da placa A é maior, a transferência de
descida. Com esta experiência, Joule concluiu que o calor é uma energia do nosso corpo para ela é mais rápida e parecerá estar
forma de transferir energia e estabeleceu a equivalência entre mais fria que as restantes.
trabalho e calor. 32.2) 209 W m-1 K-1
15) A 33) D
16.1) Entre a lâmpada e as latas há transferência de energia sob a 34) B
forma de calor por radiação eletromagnética. 35.1) A
16.2) 1,8 x 106 W m-2 35.2) B
16.3) A lata pintada de preto é a que apresenta um maior 35.3) C
aumento de temperatura devido ao seu forte poder de absorção 35.4) D
(a radiação visível é totalmente absorvida pelas superfícies pretas) 36.1) A
comparativamente com as outras latas, cujo poder de absorção é 36.2) O ar perto do congelador do frigorífico é mais frio dando
menor. origem a uma corrente descendente de ar frio (mais denso). Por
17.1) 1,25 x 103 W outro lado, o ar mais quente (menos denso) do fundo do
17.2) 6,25 x 104 W m-2 frigorífico sobe, criando uma corrente. Durante a subida o ar
18) 281,25 W m-2 arrefece tornando-se novamente mais denso e o processo repete-
19.1) 239 W m-2 se permitindo o arrefecimento de todo o ar do frigorífico,
19.2) Tendo em conta o valor da temperatura média da Terra garantindo a conservação dos alimentos nos diferentes
(15°C), a frequência da radiação que a Terra emite situa-se na compartimentos.
zona do infravermelho. 37.1) A garrafa térmica é construída de modo a dificultar as
20) B transferências de energia sob a forma de calor por convecção, por
21.1) Curva A, pois atingiu uma temperatura superior. condução e por radiação. Portanto, é constituída por duas paredes
21.2) Entre a lâmpada e as latas há transferência de energia, sob a de vidro (por ser um mau condutor de calor); entre essas paredes,
forma de calor, por radiação. o ar é rarefeito, o que evita as transferências de energia por
21.3.a) A superfície preta condução. Essas paredes são espelhadas, tanto no lado de fora
21.3.b) A superfície preta como no lado de dentro, de forma a refletir a radiação emitida ou
21.3.c) A superfície branca absorvida pelo fluido e, com isso, reduzir as perdas de energia por
22) 60 m2 radiação.
23) 4,6 x 1010 J 37.2) C
24.1) 2,88 x 106 J 38.1) Convecção
24.2) 27 células 38.2) Condução
25) 1,9 x 108 m2 38.3) Na situação A, o ar junto ao radiador aquece, tornando-se
26) 9,8% menos denso. Esse ar sobe dando origem a uma corrente
27.1) 0,22 A “quente” ascendente. Ao subir, o ar arrefece tornando-se mais
27.2) Econsumida pelo semáforo = 8 x 105 J; Efornecida pelo painel = 2,6 x 105 J denso e desce, dando origem a uma corrente “fria” descendente.
A energia que o semáforo recebe durante um dia de Estes processos repetem-se ao longo do tempo, originando
funcionamento do painel fotovoltaico não é suficiente para o correntes de convecção.
alimentar durante dois dias. Na situação B, como a resistência elétrica do jarro se encontra a
28) 0,882 m2 uma temperatura superior à da água, as suas partículas possuem
29) O painel fotovoltaico de 2,00 m2 de área e 15% de rendimento maior agitação do que as partículas de água à sua volta. Estando
não é capaz de alimentar o computador e o monitor, uma vez que em contacto com as partículas de água na vizinhança, os
a potência útil fornecida pelo painel (120 W) é inferior à potência corpúsculos da resistência elétrica irão transferir, por condução
necessária para o funcionamento desses equipamentos (200 W). térmica, parte da sua energia para essas partículas provocando o
30.1) O sistema de orientação dois painéis solares permite seu aquecimento.
maximizar a potência da radiação solar incidente nos painéis,

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39) No interior de um fluido, como a cerveja, a troca de energia A variação da energia interna do bloco A é negativa, o que
efetua-se essencialmente por convecção. Neste mecanismo, as significa que cede energia, sob a forma de calor, ao bloco B, por se
massas mais frias e mais densas descem e as mais quentes e encontrar a uma maior temperatura.
menos densas sobem. Havendo diferenças de temperatura entre U (B) =9,2 x 102 J
as zonas de cima e as de baixo, este processo de movimento de Como o bloco B recebe energia sob a forma de calor, apresenta
massas e trocas de energia processa-se continuamente: são as uma variação de energia interna positiva.
chamadas correntes de convecção. Por isso, para arrefecer a 59.3) U (sistema) =-190 J
cerveja é mais eficaz colocar o gelo na parte superior do barril. Como a variação da energia interna do sistema é negativa,
40) Numa cafeteira com água, a água mais perto da resistência conclui-se que o sistema cedeu energia, sob a forma de calor, para
(em baixo) é aquecida (por condução), ficando menos densa e a vizinhança.
sobe. À medida que a água quente sobe, vai transferindo calor 60) B
para as suas vizinhanças (por condução), arrefecendo e ficando 61) 2,0 m2
mais densa, pelo que torna a descer, e assim sucessivamente 62) 13,6%
(correntes de convecção). Se a resistência fosse colocada na parte 63.1) O sistema não necessita de uma bomba hidráulica que faça
de cima da cafeteira, a água só aqueceria em cima, pois não se circular a água entre a placa coletora e o reservatório, porque o
formavam as correntes de convecção (a água quente sendo reservatório está a um nível superior ao do coletor. Deste modo, a
menos densa não “desce”). água fria, que é mais densa, sai do reservatório e entra no coletor,
41) No inverno, a água à superfície do lago vai arrefecendo, onde é aquecida. Uma vez aquecida, a água quente torna-se
tornando-se mais densa, e dá origem a uma corrente descendente menos densa, pelo que sobe e retoma ao reservatório. São, assim,
de água fria. Por outro lado, a água mais quente do fundo do lago, criadas correntes de convecção, que promovem o movimento
menos densa, sobe criando uma corrente ascendente. Durante a espontâneo da água entre a placa coletora e o reservatório.
subida esta água arrefece tornando –se novamente mais densa e 63.2) B
o processo repete-se de forma que toda a água vai arrefecendo. 63.3) 58,7 °C
Quando a água do fundo do lago atinge os 4 °C, como apresenta 64.1) 2,46 kJ
densidade máxima, não volta a subir e o mecanismo de convecção 64.2) 327 °C
deixa de ocorrer. A água à superfície do lago continua a arrefecer, 64.3.a) 159 J kg-1°C-1
agora por condução, até atingir a temperatura de 0 °C. Assim, 64.3.b) 2,46 x 104 J/kg
apenas a água à superfície do lago atinge a temperatura de 65) 3,0 x 106 J
congelação (0 °C). 66.1) 418 s
42.1) D 66.2) 470 s
42.2) 4,3x102 J kg-1K-1 67.a) A energia que a água liberta ao arrefecer dos 20 °C aos 0 °C
1
42.3) O declive da reta é dado por . Quanto maior for a (8360 J) é suficiente para elevar a temperatura do gelo dos -20 °C
𝑚×𝑐
capacidade térmica mássica (c) do líquido, menor será o declive aos 0 °C (1680 J), mas não é suficiente para provocar a sua fusão
do gráfico ∆𝑇 = 𝑓(𝐸). completa (13360 J), pelo que se conclui que a temperatura do
42.4) D sistema no equilíbrio térmico é 0 °C.
43) E(água)=2,3 E(azeite) 67.b) 120 g
44) 30,6 °C 68) 20 cubos de gelo
45) 40 s 69) 1,31 x 105 J
46) 3135 J kg-1°C-1 70.1) 832 J
47) 58 °C 70.2) 58,9 °C
48.1) B 70.3) -1,78 x 104 J
48.2) 192 J kg-1°C-1 A variação da energia interna do sistema é negativa porque houve
49.1) 1,8 x 105 J transferência de energia do sistema para o exterior, o que levou a
49.2) 1,26 x 105 J que a temperatura a que foi atingido o equilíbrio térmico fosse
49.3) 70 % inferior à que seria se o sistema fosse isolado.
50) 25,7 °C 71)
51) 3
52) D
53) 1,0 x 104 s
54) C
55) 730 kg
56.1) 52 s 72) O sistema transfere 4900 J para a vizinhança.
56.2) 6,7 x 104 W/m2 73) O sistema deve realizar um trabalho de 0,65 J sobre o exterior.
57.1) 1,67 x 106 J 74) De acordo com a primeira Lei da Termodinâmica U=W+Q.
57.2) 7,74 x 105 J Como o sistema recebe energia sob a forma de calor e cede a
57.3) A mesma quantidade de energia sob a forma de trabalho, a energia
58.1) 300 K interna não varia.
58.2) -4,7 x 103 J 75) C
Como a variação da energia interna do sistema é negativa, 76) B
conclui-se que foi transferida energia do sistema para a 77) D
vizinhança. 78.1) B
59.1) 16,1°C 78.2) C
Este valor é superior ao valor obtido experimentalmente, pelo que 79.1) 4158 J Kg-1 °C-1
se pode concluir que o sistema constituído pelos blocos A e B não 79.2) 0 J
estava perfeitamente isolado e que houve transferência de 80.1) 22,1 °C
energia sob a forma de calor do sistema para a vizinhança. 80.2) 7,5%
59.2) U (A) =-1,11 x 103 J 81) C

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