P3 Prótese Parcial Fixa
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Planejamento em PPF
Júlia C. Nóbrega. 1
ANAMNESE:
Se o paciente é portador de alguma doença infectocontagiosa;
Alergias (principalmente a metais);
Problemas cardíacos – determinará o tempo da sessão;
Diabético ou anêmicos – fatores fundamentais à saúde do periodonto;
Medicamentos em uso;
Alterações hormonais – mulheres em menopausa;
Hábitos parafuncionais (onicofagia; palitar os dentes);
Perda da DVO e bruxismo;
Expectativa e motivação do paciente: a expectativa do paciente é compatível com os
procedimentos racionais?
AVALIAÇÃO DA ATM:
Verificar se o paciente sente dor, se tem apertamento, se range os dentes;
Observar se há estalido;
Avaliar se o paciente sente dor no ombro ou pescoço;
Realização a palpação de músculos: masseter, temporal, pterigoideo;
Verificar abertura de boca.
EXAME RADIOGRÁFICO:
Observar com maior cuidado os dentes que serão os pilares;
Verificar se tem perda óssea horizontal e vertical;
Análise de lesões ósseas;
Raízes residuais;
Corpos estranhos;
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Quantidade de inserção óssea;
Anatomia radicular;
Qualidade do tratamento endodôntico.
TROQUEL:
Quando faz moldagem funcional;
Individualizar para dar maior fidedignidade;
Todo dente suporte tem que ser troquelado no modelo.
DENTES:
Avaliar adaptação, perfil de emergência, estética e oclusão das próteses existentes;
Verificar o número de dentes remanescentes, a disposição, inclinação, tamanho da
coroa clínica e vitalidade pulpar dos dentes remanescentes.
PERIODONTO:
Determinar a saúde periodontal do paciente e o risco deste paciente ter a doença
periodontal;
Verificar a presença de mobilidade, migração patológica, qualidade do tecido gengival
(flácido), a aparência da gengiva inserida e se há perda de tecido ósseo;
O periodonto deve ter, no mínimo, de 1mm a 2mm de gengiva inserida (em casos que
não tivermos essa quantidade de gengiva inserida, deveremos fazer um enxerto);
Devemos realizar o controle de placa e orientação de higiene ao paciente;
Avaliar se existe trauma oclusal – contatos prematuros podem gerar uma perda óssea
em dentes anteriores, com migração patológica, abertura de diastemas e
vestibularização dos dentes incisivos.
EXAME RADIOGRÁFICO:
Nos exames radiográficos analisados, deveremos verificar
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1. Se há lesões ósseas;
2. Presença de raízes residuais;
3. Corpos estranhos;
4. Quantidade óssea;
5. Anatomia radicular;
6. Qualidade do tratamento endodôntico;
Nestes casos, daremos sempre uma ênfase aos dentes que serão nossos pilares;
A radiografia que daremos prioridade são as radiografias periapicais;
Em casos de provas das estruturas podemos utilizar das interproximais e em casos
muito extensos, podemos utilizar das radiografias panorâmicas.
MODELOS DE ESTUDO:
Os modelos de estudo não são para análise da oclusão do paciente;
As vantagens de obtermos os modelos de estudo, são
a) Análise da condição inicial do paciente;
b) Observar inclinações e migrações dentais;
c) Confecção de restaurações provisórias;
d) Enceramento diagnóstico;
e) Diálogo com o paciente.
Exemplo de planejamento
Elemento 14 pino de fibra de vidro + coroa metalocerâmica (R$400).
Planejamento estético
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1. Critérios fundamentais;
2. Objetivos;
3. Subjetivos (integração estética).
SAÚDE GENGIVAL:
Gengiva livre- superfície rosa e fosca;
Gengiva inserida- cor rosa e textura firme (aparência de casca de laranja);
Mucosa alveolar- aspecto vermelho escuro e frouxo.
FECHAMENTO INTERDENTAL:
Fechados através do festonamento das papilas interdentárias;
Atenção a falta de higiene e DP;
Danos irreversíveis compensados por procedimentos restauradores.
EIXO DENTAL:
Inclina-se distalmente na direção incisal (apical);
Inclinação aumenta dos incisivos em direção a caninos;
Variações na linha média são frequentes raramente comprometem resultado estético
(leve).
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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA FORMA DENTAL:
IC- mesial reta ou convexa (leve), distal arredondada;
Ângulo de transição (área estratégica de reflexão luminosa), podem auxiliar na
percepção da proporção dental;
Envolve fenômenos de reflexão e transmissão de luz;
Transparência nas regiões de maior volume de esmalte;
Efeitos de dentina- geralmente 3 mamelos;
Vertical- lóbulos verticais de desenvolvimento;
Horizontal- linhas de crescimento (retzius ou periquemáceas).
COR:
Matiz- cor;
Croma- saturação;
Valor- brilho;
Opalescência;
Fluorescência.
SIMETRIA DO SORRISO:
Simetria dos ângulos da boca no plano vertical;
Diretamente derivada da linha bipupilar;
Pré-requisito para análise estética do sorriso;
Eixo da linha média coincide em cerca de 70% das pessoas.
Checklist estético
Critérios fundamentais subjetivos (integração estética);
Design Oval:
Centrais dominantes;
Caninos arredondados;
Laterais delicados;
Plano incisal curvo ascendente.
Visagismo do Design Oval:
Sensível;
Organizado;
Artístico;
Abstração;
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Tímido;
Reservado;
Elegante.
Design Triangular:
Centrais dominantes;
Plano incisal ascendente reto ou pouco curvo;
Eixos dentários convergentes;
Caninos inclinados para mesial.
Visagismo do Design Triangular:
Dinâmico;
Extrovertido;
Comunicativo;
Entusiasta;
Dinâmico;
Impulsivo.
Design oval:
Centrais dominantes;
Caninos arredondados;
Laterais delicados;
Plano incisal curvo ascendente.
Visagismo do Design Oval:
Sensível;
Organizado;
Perfeccionista;
Artístico;
Abstração;
Tímido;
Reservado;
Elegante.
Design Retangular:
Centrais dominantes;
Plano incisal reto ou pouquíssimo ascendente;
Caninos verticalizados;
Eixos dentários paralelos verticais.
Visagismo do Design Retangular:
Forte;
Determinado;
Objetivo;
Explosivo;
Intenso;
Rígido;
Passional.
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Biológica: corpo físico, anatomia e neuroquímica;
Psicológica: aspectos mentais e emocionais;
Social: contexto social e relações interpessoais;
Espiritual: valores, propósito de vida.
Metal free
As cerâmicas metal-free além de uma maior qualidade estética, hoje possuem um aumento
em sua resistência.
Limitações do cerômero
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1. Requer restauração provisória;
2. Restauração sem reforço de fibra;
3. Devem ser colados com cimento resinoso;
4. Custo laboratorial.
REQUISITOS DE INLAY/ONLAY
Margens definidas;
Ângulos internos arredondados;
O preparo deve ser expulsivo (realizado com pontas diamantadas adequadas);
Os ângulos internos devem ser arredondados;
Os términos externos devem ser em chanfrado;
A abertura vestíbulo-lingual deve ser de 1,5 a 2mm;
A parede pulpar deve ser plana;
A profundidade oclusal é de 2mm;
A profundidade da cúspide deve ser de 2,5mm por causa das forças oclusais.
Paredes da caixa proximal expulsivas para proximal.
Ácido sensíveis
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Ácido resistentes
Óxido de Zircônio estabilizado por Ítrio > Alumina densamente sintetizada > Alumina/Zircônia
infiltrada por vidro > Alumina infiltrada por vidro.
OBS: Pouco espaço para prótese tem indicação de zircônia monolítica, e o dissilicato a
espessura oclusal da peça tem que ter 2mm.
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b) Baixa resistência à tração;
c) Em relação aos cerômeros é o custo.
Por injeção:
A confecção de restaurações monolíticas (coroa total, faceta, inlay, onlay,
overlay) pode ser realizada por meio da técnica de injeção, em que a peça é
encerada sobre o modelo mestre e incluída em revestimento específico para o
sistema cerâmico utilizado;
Após a eliminação da cera, procede-se à injeção ou prensagem dos ingots
cerâmicos;
As cerâmicas mais utilizadas para confecção das restaurações monolíticas pela
técnica de injeção são as cerâmicas de dissilicato de lítio.
CAD/CAM:
Fresada. As peças são projetadas pelos softwares dos sistemas CAD (computer
aided design – desenhos ou projetos assistidos em computador) e fresadas
pelas máquinas de usinagem CAM (computer aided manufacturing – máquina
de fresagem);
Ambos vêm na forma de pastilhas de diferentes cores;
O protético vai encerar o dente, inclui e elimina a cera, ao desincluir estão em
cerâmica;
Corta, adapta e estratifica - adiciona cerâmica de cobertura só na ponta
(incisal), afim de obter maior resistência (verificar se a peça tem translucidez) e
imita os mamelos dentais;
Mesclam os dois tipos de preparo de acordo com o caso, e usa uma vítrea
para correção;
No sistema Emex, a pastilha pode ser usada em núcleos escuros e consegue
mascará-lo.
CERÂMICAS MONOLÍTICAS:
Com o avanço das técnicas de confecção das restaurações totalmente em
cerâmica, foram criadas as restaurações monolíticas, que são peças
confeccionadas inteiramente com um único tipo de cerâmica e no mesmo
momento;
Com essa técnica, a camada de revestimento ou cobertura é eliminada, o que
reduz o tempo de fabricação e aumenta consideravelmente a resistência ao
lascamento e à fratura;
Assim, não há mais problemas relacionados com a união entre as camadas, e a
espessura do material que confere resistência fica maior, proporcionando
desgastes dentários com finalidade protética mais conservadores;
No entanto, a estética e a menor diversidade de cores para esse tipo de
restauração estão entre os principais fatores limitantes em relação ao seu uso;
Inicialmente, as restaurações monolíticas são peças monocromáticas que
necessitam de camadas superficiais de corantes cerâmicos para lhes conferir
maior naturalidade (técnica de maquiagem);
Restauração monolítica: É feita em uma única cerâmica, como não tem
cerâmica fraca ela não lasca, mas é preciso se atentar para a estética.
Técnica Cut-Back:
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Feito em Cad/Cam, em cerâmica única- pode ser de dissilicato de lítio ou outra
cerâmica;
É feito uma “maquiagem” na restauração, com a finalidade de imitar ao dente
natural. É mais indicado em casos de laminados múltiplos;
Pode ser usada cerâmica vítrea;
Procedimento: Fresa o dissilicato e pega os stands com um pincel e pinta a
peça com a cor adequada, nesse procedimento é possível dar aspecto de
translucidez;
Essa tintura não desgasta com o tempo pois é aplicado o glaze, que é tipo um
esmalte;
Não deve desgastar a peça, pois a maquiagem sairá. Então, não é indicada
para grandes ajustes, normalmente as restaurações maquiadas são as
monolíticas;
Pode fazer com zircônia monolítica e coloca magnésio, mas só é indicada para
região posterior;
CAD/CAM peças desenhadas no computador e pode ser fresada totalmente ou
feito um copping e posterior estratificação (aplica a cerâmica com um pincel).
OBS: São mais indicadas as coroas monolíticas (aquelas que não levam cerâmica de
cobertura), pois estas são mais resistentes. Já as coroas estratificadas (aquelas que levam
cerâmica de cobertura, feldspática) são indicadas para casos que requerem maior estética
como por exemplo em incisivos centrais, porém são mais frágeis e possuem risco de
lascamento.
Remoção:
Na literatura não existe um consenso sobre a melhor técnica a ser utilizada em um
determinado caso clínico. No entanto, um planejamento consciente deve ser realizado para
minimizar os riscos durante esse procedimento.
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OBS: A remoção é um procedimento angustiante, complexo e desagradável, além de consumir
tempo clínico e inviabilizar a reutilização dessas peças.
TÉCNICAS DE REMOÇÃO
Retentores intrarradiculares:
Fundidos;
Preenchimento.
Utilização de brocas
Avaliar cuidadosamente o comprimento, o diâmetro e a inclinação do pino através do
exame radiográfico;
Exposição da parte coronária;
Desgasta seguindo a inclinação do pino;
Pontas diamantadas esféricas (boa visibilidade).
ULTRASSOM:
Pontas específicas para remoção de PPF;
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Cimento de fosfato de zinco apresenta maior facilidade a remoção que o cimento
resinoso;
Efeito do desgaste da linha de cimento, da vibração ultrassônica e da associação de
ambas sobre a força de tração empregada na remoção de pinos intra-radiculares.
OBS: Há uma técnica de remoção com fio ortodôntico, apreende e puxa, utilizando se preciso
um saca prótese.
Para que não haja desvios ou acidentes, é importante realizar tomadas radiográficas
durante o desgaste, principalmente, quando o pino não for visível no canal.
Isto evita perdas desnecessárias de estrutura dentária, visto que permite a
confirmação ou correção na direção do desgaste.
Consideração final:
A remoção de prótese fixa e pinos intra-radiculares é um procedimento seguro, devendo ser
indicada na maioria das situações para reestabelecer a saúde. A seleção de uma técnica
adequada para cada caso contribui para o sucesso do tratamento e reduz o risco de acidentes
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