P3 Prótese Parcial Fixa

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Prótese parcial fixa:

Planejamento em PPF 

Quando deve-se pedir enceramento diagnóstico?


Quando o paciente deseja mudar muito o formato de seus dentes e em casos de destruição
coronária.

Tanto o diagnóstico quanto o plano de tratamento devem ser submetidos a reavaliação


contínua durante a terapia provisória, até que as decisões sejam feitas concernentes à seleção
dos pilares e planejamento final do caso.

O sucesso de uma PPF será garantido por:


a) Longevidade (6 a 7 anos);
b) Saúde pulpar;
c) Saúde gengival;
d) Satisfação do paciente.

FLUXOGRAMA DO PLANEJAMENTO DE UMA REABILITAÇÃO:


1. Exame Clínico (anamnese + exame Físico extra e intra bucal);
2. Moldagem/Escanear;
3. Exames complementares (saúde geral, fotos, DSD, RX, tomo, modelos);
4. Diagnóstico, prognóstico e planejamento;
5. Plano de tratamento e honorários do tratamento;
6. Enceramento (analógico/digital);
7. Mock Up/Shell, bis-Acrílica/impresso e ensaio estético – “Teste””;
8. Ação Multidisciplinar: Perio/ Endo/ Orto/ Dentistica/ Implanto;
9. Preparos protéticos supragengivais suficientemente invasivos;
10. Moldar/Escanear;
11. Estratégias de Registro Maxilo/Mandibular (quando necessário);
12. Fotos da Cor do Substrato e Cor Final;
13. Provisórios (UNIDOS) de Resina Bis-Acrílica ou Impressos;
14. Etapa Laboratorial Conv. X CAD/CAM;
15. Materiais disponíveis;
16. Provas/Ajustes das peças (adaptação, inserção) – prova seca;
17. Prova úmida, Try In/ Cimento; Seleção de Cor;
18. Cimentação-Estratégias; Isolamento-Condicionar; Remoção dos Excessos;
19. Ajuste/Placa/Botox.

Fluxo analógico Fluxo digital


Anamnese Anamnese
Avaliação da ATM Avaliação da ATM
Exame extra e intra-bucal Exame extra e intra-bucal
Exame de imagens (radiografia) Exames de imagens
Modelos de estudos montados em ASA Protocolo fotográfico/vídeos
Moldagem ou escaneamento
Registro oclusal
Ensaio estético ou mock up

Júlia C. Nóbrega. 1
ANAMNESE:
 Se o paciente é portador de alguma doença infectocontagiosa;
 Alergias (principalmente a metais);
 Problemas cardíacos – determinará o tempo da sessão;
 Diabético ou anêmicos – fatores fundamentais à saúde do periodonto;
 Medicamentos em uso;
 Alterações hormonais – mulheres em menopausa;
 Hábitos parafuncionais (onicofagia; palitar os dentes);
 Perda da DVO e bruxismo;
 Expectativa e motivação do paciente: a expectativa do paciente é compatível com os
procedimentos racionais?

AVALIAÇÃO DA ATM:
 Verificar se o paciente sente dor, se tem apertamento, se range os dentes;
 Observar se há estalido;
 Avaliar se o paciente sente dor no ombro ou pescoço;
 Realização a palpação de músculos: masseter, temporal, pterigoideo;
 Verificar abertura de boca.

EXAME EXTRA E INTRA-BUCAL:


 Linha e Altura do Sorriso 
 Para a análise do sorriso o plano oclusal permite uma observação do arco
inteiro e está relacionado com o posicionamento das bordas incisais (analisado
com o paciente sorrindo);
 Exames dentais 
 Verificar número, disposição, inclinação e tamanho da coroa clínica e
vitalidade pulpar dos dentes remanescentes;
 Cárie e restaurações; higienização. *Aproveitar essa fase para motivar o
paciente quanto a higienização.
 Exames periodontais 
 Sondagem;
 Índice de sangramento
 Exsudato;
 Recessão gengival;
 Envolvimento de furca;
 Análise da área edêntula;
 Mobilidade;
 Distâncias biológicas.
 Observar adaptação, perfil de emergência, estética e oclusão das próteses existentes;
 Avaliar tecidos moles;
 Verificar se o paciente é susceptível à cárie;
 Observar se o paciente possui trincas, desgastes de cúspide, bruxismo.

EXAME RADIOGRÁFICO:
 Observar com maior cuidado os dentes que serão os pilares;
 Verificar se tem perda óssea horizontal e vertical;
 Análise de lesões ósseas;
 Raízes residuais;
 Corpos estranhos;

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 Quantidade de inserção óssea;
 Anatomia radicular;
 Qualidade do tratamento endodôntico.

TROQUEL:
 Quando faz moldagem funcional;
 Individualizar para dar maior fidedignidade;
 Todo dente suporte tem que ser troquelado no modelo.

O planejamento deve seguir os seguintes princípios:


1. Ser o mais simples e conservativo possível;
2. Ser realista com o que pode ser obtido clinicamente;
3. Os princípios de oclusão devem minimizar o efeito de cargas adversas ao periodonto;
4. Respeitar a biologia dos tecidos;
5. A prótese deve possibilitar higiene efetiva;
6. A prótese deve permanecer em função pelo maior tempo possível.

Devemos levar em consideração os seguintes aspectos 

DENTES:
 Avaliar adaptação, perfil de emergência, estética e oclusão das próteses existentes;
 Verificar o número de dentes remanescentes, a disposição, inclinação, tamanho da
coroa clínica e vitalidade pulpar dos dentes remanescentes.

PERIODONTO:
 Determinar a saúde periodontal do paciente e o risco deste paciente ter a doença
periodontal;
 Verificar a presença de mobilidade, migração patológica, qualidade do tecido gengival
(flácido), a aparência da gengiva inserida e se há perda de tecido ósseo;
 O periodonto deve ter, no mínimo, de 1mm a 2mm de gengiva inserida (em casos que
não tivermos essa quantidade de gengiva inserida, deveremos fazer um enxerto);
 Devemos realizar o controle de placa e orientação de higiene ao paciente;
 Avaliar se existe trauma oclusal – contatos prematuros podem gerar uma perda óssea
em dentes anteriores, com migração patológica, abertura de diastemas e
vestibularização dos dentes incisivos.

CONDIÇÃO PERIODONTAL QUE CONTRAINDICA A CONFECÇÃO DE UMA PRÓTESE


PARCIAL FIXA:
 O paciente precisa ter pelo menos de 1 a 2mm de gengiva inserida. Além disso, efetuar
um bom controle da placa bacteriana.

ANÁLISE DA ÁREA EDÊNTULA:


 Avaliar a altura, espessura e volume do rebordo. Realizar radiografia da área edêntula.

EXAME RADIOGRÁFICO:
 Nos exames radiográficos analisados, deveremos verificar 

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1. Se há lesões ósseas;
2. Presença de raízes residuais;
3. Corpos estranhos;
4. Quantidade óssea;
5. Anatomia radicular;
6. Qualidade do tratamento endodôntico;
 Nestes casos, daremos sempre uma ênfase aos dentes que serão nossos pilares;
 A radiografia que daremos prioridade são as radiografias periapicais;
 Em casos de provas das estruturas podemos utilizar das interproximais e em casos
muito extensos, podemos utilizar das radiografias panorâmicas.

MODELOS DE ESTUDO:
 Os modelos de estudo não são para análise da oclusão do paciente;
 As vantagens de obtermos os modelos de estudo, são 
a) Análise da condição inicial do paciente;
b) Observar inclinações e migrações dentais;
c) Confecção de restaurações provisórias;
d) Enceramento diagnóstico;
e) Diálogo com o paciente.

MONTAGEM DOS MODELOS EM ARTICULADOR:


 Reproduzir o relacionamento oclusal do paciente;
 Fatores que justificam o uso do articulador 
1. Ganhos em tempo clínico;
2. Melhor visualização do caso
3. Ajuste oclusal fora da boca;
4. Exposição do caso ao paciente;
5. Diagnóstico de condições oclusais (desde que monte em relação central;
analisando contatos prematuros);
6. O arco facial nos permite transferir a relação côndilo-incisivo e o
posicionamento (altura e inclinação) da maxila.
 Quando montamos em RC ou MIH?
 Montamos em MIH: quando o nosso caso há normalidade nas duas situações – ATM e
unidade oclusal (um ponto de contato anterior e dois posteriores em ambos os lados)
e assim estabelecemos uma estabilidade oclusal
 Montamos em RC: esta é a posição de escolha quando temos algum problema em
uma das duas situações – ATM ou unidade oclusal. É uma posição manipulável.

OBS: Ou se pede enceramento ou provisório, os dois não há necessidade.

Exemplo de planejamento 
Elemento 14 pino de fibra de vidro + coroa metalocerâmica (R$400).

Planejamento estético 

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1. Critérios fundamentais;
2. Objetivos;
3. Subjetivos (integração estética).

SAÚDE GENGIVAL:
 Gengiva livre- superfície rosa e fosca;
 Gengiva inserida- cor rosa e textura firme (aparência de casca de laranja);
 Mucosa alveolar- aspecto vermelho escuro e frouxo.

FECHAMENTO INTERDENTAL:
 Fechados através do festonamento das papilas interdentárias;
 Atenção a falta de higiene e DP;
 Danos irreversíveis compensados por procedimentos restauradores.

EIXO DENTAL:
 Inclina-se distalmente na direção incisal (apical);
 Inclinação aumenta dos incisivos em direção a caninos;
 Variações na linha média são frequentes raramente comprometem resultado estético
(leve).

LIMITE DO CONTORNO GENGIVAL:


 Zênite ligeiramente para distal;
 Zênite é o ponto mais apical do contorno gengival;
 Se posicionam distalmente ao centro do dente;
 Incisivo lateral e inferior podem estar centrados ao longo eixo dental.

EQUILÍBRIO DO TRIÂNGULO GENGIVAL:


 Contorno dos Incisivos laterais mais coronal em relação ao incisivo central e canino;
 Otimizar resultado estético- cirurgia plástica gengival deve ser considerada.

NÍVEL DO CONTATO INTERDENTAL:


 Relacionado a morfologia nos incisivos é mais coronal;
 Avança para canino em direção apical.

DIMENSÕES DENTAIS RELATIVAS:


 Proporção de largura e comprimento;
 IC > largo que C (até 1.5mm);
 C > largo que IL (até 1.5mm);
 I e C possuem alturas coronalmente semelhantes;
 Largura em relação a altura 
 85% IC;
 78% IL;
 80% C.

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA FORMA DENTAL:
 IC- mesial reta ou convexa (leve), distal arredondada;
 Ângulo de transição (área estratégica de reflexão luminosa), podem auxiliar na
percepção da proporção dental;
 Envolve fenômenos de reflexão e transmissão de luz;
 Transparência nas regiões de maior volume de esmalte;
 Efeitos de dentina- geralmente 3 mamelos;
 Vertical- lóbulos verticais de desenvolvimento;
 Horizontal- linhas de crescimento (retzius ou periquemáceas).

COR:
 Matiz- cor;
 Croma- saturação;
 Valor- brilho;
 Opalescência;
 Fluorescência.

CONFIGURAÇÃO DA BORDA INCISIVA:


 Ângulos interincisivos;
 Caracterizados pelo “V invertido”;
 Auxiliam no controle dos efeitos de dimensão;
 Bordas incisais arredondadas- compensação de dentes alongados e retos;
 Bordas incisais anguladas- compensação de dentes estreitos.

LINHA LABIAL INFERIOR:


 Espaço desagradável entre lábio inferior e incisivos é típico de dentições propensas ao
envelhecimento;
 Configuração invertida causa estresse visual.

SIMETRIA DO SORRISO:
 Simetria dos ângulos da boca no plano vertical;
 Diretamente derivada da linha bipupilar;
 Pré-requisito para análise estética do sorriso;
 Eixo da linha média coincide em cerca de 70% das pessoas.

Checklist estético 
 Critérios fundamentais subjetivos (integração estética);
 Design Oval:
 Centrais dominantes;
 Caninos arredondados;
 Laterais delicados;
 Plano incisal curvo ascendente.
 Visagismo do Design Oval:
 Sensível;
 Organizado;
 Artístico;
 Abstração;

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 Tímido;
 Reservado;
 Elegante.
 Design Triangular:
 Centrais dominantes;
 Plano incisal ascendente reto ou pouco curvo;
 Eixos dentários convergentes;
 Caninos inclinados para mesial.
 Visagismo do Design Triangular:
 Dinâmico;
 Extrovertido;
 Comunicativo;
 Entusiasta;
 Dinâmico;
 Impulsivo.
 Design oval:
 Centrais dominantes;
 Caninos arredondados;
 Laterais delicados;
 Plano incisal curvo ascendente.
 Visagismo do Design Oval:
 Sensível;
 Organizado;
 Perfeccionista;
 Artístico;
 Abstração;
 Tímido;
 Reservado;
 Elegante.
 Design Retangular:
 Centrais dominantes;
 Plano incisal reto ou pouquíssimo ascendente;
 Caninos verticalizados;
 Eixos dentários paralelos verticais.
 Visagismo do Design Retangular:
 Forte;
 Determinado;
 Objetivo;
 Explosivo;
 Intenso;
 Rígido;
 Passional.

Psicologia aplicada à Odontologia 

Por que abordar a psicologia no tratamento odontológico?


É uma área interdisciplinar que busca entender a relação entre mente, emoções e
comportamento dos pacientes e com isso influencia o tratamento odontológico.

 Fornecer os profissionais da odontologia uma visão abrangente psicológica em sua


prática, em fim de promover uma melhor compreensão e cuidado.

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 Biológica: corpo físico, anatomia e neuroquímica;
 Psicológica: aspectos mentais e emocionais;
 Social: contexto social e relações interpessoais;
 Espiritual: valores, propósito de vida.

Modelo de atuação biopsicossocial: múltiplos aspectos para compreender a saúde e bem-


estar, diagnóstico diferenciado.

Quem é o paciente e qual a queixa?


Ver/observar o paciente em integralidade.

 Ouvir expectativas do paciente;


 As nossas expectativas em relação ao paciente;
 Respeitar o paciente;
 Qualidade de vida:
 Anamnese clínica detalhada;
 Comorbidades;
 Alimentação;
 Sono;
 Emocional;
 Rede de apoio.
 Saúde mental- forma que a pessoa lida com exigências, mudanças e modo que
harmoniza suas ideias e emoções.
 Manifestações psíquicas e comportamentais- raiva, negação, dependência etc.
SOMATIZAÇÃO: desordem física do corpo originada pelo processo emocional.
PSICOSSOMATIZAÇÃO: distúrbios físicos ligados a processo emocional determina doença
orgânica.

Metal free 

As cerâmicas metal-free além de uma maior qualidade estética, hoje possuem um aumento
em sua resistência.

CERÔMEROS: “Resina” com maior grau de polimerização e carga.


 Indicado para casos que haja baixa função;
 Principal vantagem sobre a resina composta- pode produzir peças maiores e a
contração ocorre no modelo, não no dente;
 Fotopolimerizáveis;
 Fotoativados + calor;
 Fotoativados + calor + luz;
 Fotoativados + calor sob pressão.

Vantagens do cerômero sobre a resina composta 


1. Margem mais adaptada (indireta);
2. Contrai antes da cimentação;
3. Baixa absorção de água;
4. Redução de tempo de acabamento e polimento.

Limitações do cerômero 

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1. Requer restauração provisória;
2. Restauração sem reforço de fibra;
3. Devem ser colados com cimento resinoso;
4. Custo laboratorial.

INDICAÇÕES DOS CERÔMEROS:


a) Coroas unitárias anteriores- evitar porque não suporta grandes cargas e tem
manchamento com o tempo;
b) Coroas unitárias posteriores com fibra;
c) *Incrustrações- Inlay e Onlay- é a principal indicação;
d) Coroas metaloplásticas;
e) *Prótese adesiva anterior e posterior- também é muito utilizado.

Característica das fibras do cerômero:


 Trançada connect;
 Entrelaçada ribbond;
 Trançada glas span;
 Entrelaçada vectris.

REQUISITOS DE INLAY/ONLAY 
 Margens definidas;
 Ângulos internos arredondados;
 O preparo deve ser expulsivo (realizado com pontas diamantadas adequadas);
 Os ângulos internos devem ser arredondados;
 Os términos externos devem ser em chanfrado;
 A abertura vestíbulo-lingual deve ser de 1,5 a 2mm;
 A parede pulpar deve ser plana;
 A profundidade oclusal é de 2mm;
 A profundidade da cúspide deve ser de 2,5mm por causa das forças oclusais.
 Paredes da caixa proximal expulsivas para proximal.

OBS: Cúspides de contenção cêntrica são as


palatinas dos dentes superiores e vestibulares dos
dentes inferiores.

CERÂMICAS- Resistência flexural (do material mais para menos resistente):

Ácido sensíveis 

Dissilicato de Lítio > Leucítica > Feldspática.


OBS: São vítreas, ou seja, permitem adesividade.

As cerâmicas de cobertura, apesar de apresentarem ótimas propriedades ópticas, são muito


friáveis, o que significa que tais materiais fraturam sem uma deformação significante. A
maioria das restaurações indiretas em cerâmica pura (metal-free) é composta por duas
camadas distintas, a cerâmica de infraestrutura e a cerâmica de cobertura, sendo a diferença
de coeficiente de expansão térmica entre tais camadas o principal motivo de lascamento.

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Ácido resistentes 

Óxido de Zircônio estabilizado por Ítrio > Alumina densamente sintetizada > Alumina/Zircônia
infiltrada por vidro > Alumina infiltrada por vidro.

OBS: Não são condicionadas por ácido fluorídrico.

 A primeira escolha de cerâmica a ser utilizada é a feldspática;


 Pensando na resistência flexural a mais indicada é a de óxido de zircônia, mas é
necessário observar a estética (cor do substrato) e a adesividade;
 A adesividade na ácido resistentes é mais difícil se comparada a vítrea, não possuem
aderência. Nesse caso é necessário seguir a geometria do preparo com forma de
retenção, é o formato dado ao preparo que vai possibilitar a retenção, preparos mais
altos dão maior retenção;
 A estética das vítreas é melhor, pois possui maior translucidez, a zircônia é opaca;
 Para o sucesso: é necessário indicar a cerâmica correta e adesiva.

CERÂMICAS ÁCIDO SENSÍVEIS:


1. Preparos parciais;
2. Lentes;
3. Laminados;
4. Inlay e Onlay;
5. Coroas unitárias anteriores;
6. PPF com 3 elementos anterior.

CERÂMICAS ÁCIDO RESISTENTES:


1. Coroas unitárias anteriores e posteriores;
2. Abutments implante;
3. PPF anterior;
4. PPF posterior.

Quando utilizar zircônia invés de dissilicato de lítio?


*Depende da cor do substrato (dentes muito escurecidos) ou com presença de núcleo
metálico, nestes casos se dá preferência a Zircônia material mais opaco que irá ser melhor no
disfarce óptico.

OBS: Pouco espaço para prótese tem indicação de zircônia monolítica, e o dissilicato a
espessura oclusal da peça tem que ter 2mm.

Vantagens das Cerâmicas:


a) Excelente estética;
b) Estabilidade de cor;
c) Biocompatibilidade;
d) Resistência à compressão e ao desgaste;
e) Estabilidade química;
f) CET semelhante ao dente.

Desvantagens das Cerâmicas:


a) Friável;

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b) Baixa resistência à tração;
c) Em relação aos cerômeros é o custo.

A CERÂMICA PODE SER CONFECCIONADA:

 Por injeção:
 A confecção de restaurações monolíticas (coroa total, faceta, inlay, onlay,
overlay) pode ser realizada por meio da técnica de injeção, em que a peça é
encerada sobre o modelo mestre e incluída em revestimento específico para o
sistema cerâmico utilizado;
 Após a eliminação da cera, procede-se à injeção ou prensagem dos ingots
cerâmicos;
 As cerâmicas mais utilizadas para confecção das restaurações monolíticas pela
técnica de injeção são as cerâmicas de dissilicato de lítio.

 CAD/CAM:
 Fresada. As peças são projetadas pelos softwares dos sistemas CAD (computer
aided design – desenhos ou projetos assistidos em computador) e fresadas
pelas máquinas de usinagem CAM (computer aided manufacturing – máquina
de fresagem);
 Ambos vêm na forma de pastilhas de diferentes cores;
 O protético vai encerar o dente, inclui e elimina a cera, ao desincluir estão em
cerâmica;
 Corta, adapta e estratifica - adiciona cerâmica de cobertura só na ponta
(incisal), afim de obter maior resistência (verificar se a peça tem translucidez) e
imita os mamelos dentais;
 Mesclam os dois tipos de preparo de acordo com o caso, e usa uma vítrea
para correção;
 No sistema Emex, a pastilha pode ser usada em núcleos escuros e consegue
mascará-lo.

 CERÂMICAS MONOLÍTICAS:
 Com o avanço das técnicas de confecção das restaurações totalmente em
cerâmica, foram criadas as restaurações monolíticas, que são peças
confeccionadas inteiramente com um único tipo de cerâmica e no mesmo
momento;
 Com essa técnica, a camada de revestimento ou cobertura é eliminada, o que
reduz o tempo de fabricação e aumenta consideravelmente a resistência ao
lascamento e à fratura;
 Assim, não há mais problemas relacionados com a união entre as camadas, e a
espessura do material que confere resistência fica maior, proporcionando
desgastes dentários com finalidade protética mais conservadores;
 No entanto, a estética e a menor diversidade de cores para esse tipo de
restauração estão entre os principais fatores limitantes em relação ao seu uso;
 Inicialmente, as restaurações monolíticas são peças monocromáticas que
necessitam de camadas superficiais de corantes cerâmicos para lhes conferir
maior naturalidade (técnica de maquiagem);
 Restauração monolítica: É feita em uma única cerâmica, como não tem
cerâmica fraca ela não lasca, mas é preciso se atentar para a estética.

 Técnica Cut-Back:

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 Feito em Cad/Cam, em cerâmica única- pode ser de dissilicato de lítio ou outra
cerâmica;
 É feito uma “maquiagem” na restauração, com a finalidade de imitar ao dente
natural. É mais indicado em casos de laminados múltiplos;
 Pode ser usada cerâmica vítrea;
 Procedimento: Fresa o dissilicato e pega os stands com um pincel e pinta a
peça com a cor adequada, nesse procedimento é possível dar aspecto de
translucidez;
 Essa tintura não desgasta com o tempo pois é aplicado o glaze, que é tipo um
esmalte;
 Não deve desgastar a peça, pois a maquiagem sairá. Então, não é indicada
para grandes ajustes, normalmente as restaurações maquiadas são as
monolíticas;
 Pode fazer com zircônia monolítica e coloca magnésio, mas só é indicada para
região posterior;
 CAD/CAM peças desenhadas no computador e pode ser fresada totalmente ou
feito um copping e posterior estratificação (aplica a cerâmica com um pincel).

OBS: São mais indicadas as coroas monolíticas (aquelas que não levam cerâmica de
cobertura), pois estas são mais resistentes. Já as coroas estratificadas (aquelas que levam
cerâmica de cobertura, feldspática) são indicadas para casos que requerem maior estética
como por exemplo em incisivos centrais, porém são mais frágeis e possuem risco de
lascamento.

Técnica de remoção em PPF 

O que influencia a taxa de sobrevivência da prótese?


Técnica profissional e hábitos do paciente.
Quando remover um elemento?
A remoção de coroas protéticas e núcleos intrarradiculares é realizada quando a prótese
apresenta problemas em relação a adaptação, estética, fratura, cárie secundária e problemas
endodônticos.
PRINCIPAIS CAUSAS QUE LEVAM A REMOÇÃO:
1. Estética;
2. Cárie;
3. Fratura;
4. Pinos curtos;
5. Problemas endodônticos;
6. Falta de cimentação;
7. Desadaptação ou excesso marginal.

Remoção:
Na literatura não existe um consenso sobre a melhor técnica a ser utilizada em um
determinado caso clínico. No entanto, um planejamento consciente deve ser realizado para
minimizar os riscos durante esse procedimento.

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OBS: A remoção é um procedimento angustiante, complexo e desagradável, além de consumir
tempo clínico e inviabilizar a reutilização dessas peças.

TÉCNICAS DE REMOÇÃO 

Retentores intrarradiculares:
 Fundidos;
 Preenchimento.

Coroas unitárias e prótese de 3 ou mais elementos:


 Provisórias;
 Definitivos.

Quando remover retentores?


a) Fratura radicular;
b) Supraósseo;
c) Espesso;
d) Fino;
e) Curto;
f) Sem tratamento endodôntico;
g) Desvio de conduto;
h) Trepanação lateral;
i) Desadaptação apical.

O QUE É UTILIZADO NA REMOÇÃO DE RETENTORES?


1. Brocas transmetal ou diamantadas específicas (para tração);
2. Fio ortodôntico;
3. Ultrassom;
4. Aparelhos de apreensão (tração).

Acesso coronário (feito independente da técnica de remoção) 


 Promove melhor visualização do retentor, facilita o acesso ao mesmo e reduz sua
retenção;
 A parte coronária deve ser completamente exposta com o auxílio de brocas de alta
rotação e pontas de ultrassom cortantes.

Utilização de brocas 
 Avaliar cuidadosamente o comprimento, o diâmetro e a inclinação do pino através do
exame radiográfico;
 Exposição da parte coronária;
 Desgasta seguindo a inclinação do pino;
 Pontas diamantadas esféricas (boa visibilidade).

ULTRASSOM:
 Pontas específicas para remoção de PPF;

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 Cimento de fosfato de zinco apresenta maior facilidade a remoção que o cimento
resinoso;
 Efeito do desgaste da linha de cimento, da vibração ultrassônica e da associação de
ambas sobre a força de tração empregada na remoção de pinos intra-radiculares.

OBS: Há uma técnica de remoção com fio ortodôntico, apreende e puxa, utilizando se preciso
um saca prótese.

 Para que não haja desvios ou acidentes, é importante realizar tomadas radiográficas
durante o desgaste, principalmente, quando o pino não for visível no canal.
 Isto evita perdas desnecessárias de estrutura dentária, visto que permite a
confirmação ou correção na direção do desgaste.

Coroas definitivas, quando remover?


1. Estética;
2. Alteração cromática;
3. Exposição do metal;
4. Desadaptação marginal;
5. Recessão gengival;
6. Fraturas;
7. Tratamento endodôntico.

Quais instrumentos utilizar para remoção de coroas?


a) Brocas transmetálicas e diamantadas;
b) Saca prótese elétrico/pneumático;
c) Saca prótese pneumático;
d) Laser;
e) Saca prótese convencional.

COROAS PROVISÓRIAS- Instrumentos e como remover:


 Selecionar o material adequado para realização do procedimento (pinça goiva/pinça
hemostática);
 Posicionar o instrumental de maneira correta (não lesionar tecidos adjacentes ao
provisório);
 Fazer movimentos leves no sentido vestibular e lingual para quebrar a linha de
cimentação (movimentos leves para evitar fratura do remanescente);
 Remover o provisório do preparo.

Consideração final:
A remoção de prótese fixa e pinos intra-radiculares é um procedimento seguro, devendo ser
indicada na maioria das situações para reestabelecer a saúde. A seleção de uma técnica
adequada para cada caso contribui para o sucesso do tratamento e reduz o risco de acidentes

Vantagem do laser  Preservação do esmalte.

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