Partes Componentes Da PPR

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1 AULA PRTESE PARCIAL REMOVVEL

PARTES COMPONENTES DA PPR


PROF: ANA CRISTINA

1. INTRODUO AO ESTUDO DA PPR A GRAMPOS


- Conceitos: A PPR um aparelho prottico que substitui a perda parcial dos dentes.
Prtese: cuida da reposio dos tecidos flutuantes por elementos artificiais;
Parcial: substitui 1 ou mais dentes e estruturas associadas;
Removvel: a prtese pode e deve ser removida para sua higienizao
adequada aps cada alimentao e a dos dentes.
OBS 1: diferenas entre as vantagens e desvantagens da Prtese Fixa e da Removvel:
PF: no apresentam os grampos que existem na PPR contribuindo na esttica. Mas
como desvantagem, todos os dentes vizinhos devem ser preparados (feito canal e
desgastados) para receber a prtese;
PPR: tem espaos extremos livres so bem adaptados, o que invivel no caso da
ponte fixa, uma vez que necessita de dentes ladiando o espao prottico (espao que
falta dente). A PPR ainda pode resolver dois espaos com um nico pilar.

2. FUNES DA PPR
- Destinada a reestabelecer funes orais como:
Mastigao;
Esttica;
Fontica;
Preveno da migrao, inclinao ou extruso dos dentes remanescentes;
Estabilizao dos dentes enfraquecidos;
Integrao do sistema estomatogntico;
Conforto aos tecidos remanescentes;

3. QUANDO INDICAR UMA PPR?


- Quando podem solucionar problemas de:
Grandes extenses de perda dentria;
Extremos livres - (zona posterior sem a presena de um pilar);
Ausncia de volume e altura ssea para colocao de um implante - muitas
vezes o pct tem dinheiro para colocar o implante, mas no tem osso suficiente
para suportar.
4. INDICAES DA PPR:
Espaos protticos mltiplos e/ ou grandes;
Reabsores (reabsores sseas exteriores anteriores extensas)
Odontopediatria agenesias ou perdas precoces e em casos de fissuras
labiopalatais.
Prteses temporrias ou provisrias em reabilitaes complexas (nesses
casos como a funo mais esttica ento a sua composio de acrlico);
Conteno de fraturas dos maxilares;
Contenes de dentes com mobilidades - (durante e aps o tratamento
periodontal, por exemplo)
OBS 2: no caso de fissuras labiopalatais, em que o pct no possa fazer a cirurgia, as PPR
podem contribuir na melhoria da fontica e esttica, uma vez que a prtese consegue recompor
a parte ssea que no foi formada, alm de substituir os dentes ausentes. s vezes, quando as
fendas se estendem at a rea de palato as PPRs tem a propriedade de levantar um pouco o
palato mole, facilitando tambm a deglutio e fala.
OBS 3: em casos de agenesias a indicao de uso das PPRs um tanto controverso. So mais
indicadas com o objetivo de evitar problemas sociais em casos de perdas precoces. Nesses
casos as prteses funcionam como um mantenedor de espaos at que os dentes venham a
erupcionar. Em outras situaes, como nas displasisa cleidocranianas, os pcts podem ter tanto a
ausncia como a reteno dos dentes at os 10 anos, devido falta de fora de erupo, ento
indica-se o uso de PPRs com funo esttica at o perodo de erupo. No entanto, essa
indicao um tanto controversa tambm, uma vez que muitos odontopediatras acreditam que a
presena da prtese vai favorecer a impactao dos dentes. Ento, na literatura, em relao a
dentes retidos, a indicao de PPR em crianas controversa. Mas, quando a causa
realmente a falta de dentes, a indicao est correta.
5. PROBLEMAS DECORRENTES DO TRATAMENTO INADEQUADO COM A
UTILIZAO DAS PPRs
- pode gerar problemas como cries, inflamao gengival, mobilidade dos dentes pilares;
esses problemas podem ser observados em virtude da:
1) falta de planejamento ou planejamento incorreto;
2) falta do preparo prvio da boca (PERIODONTIA, DENTTICA,
ENDODONTIA);
3) falta de orientao adequada do pct quanto a higienizao da prtese e dos
dentes;
4) moldagem inadequada ou o vazamento do gesso no imediato, podem
determinar o insucesso da PPR.
OBS 4: as prteses tm validade de aproximadamente 5 anos. quando comea a ter perda de
dimenso vertical, reabsoro ssea por m adaptao da prtese e doena periodontal.
6. CONTRA INDICAES DAS PPRs
1) Pcts com doena periodontal avanada;
2) Pcts com higiene inadequada;
3) Pcts com falta de coordenao motora.
Nesses casos, se for possvel optar por outra modalidade
prottica melhor, mas no uma contra-indicao absoluta.
Apenas significa que o pct necessita de maiores preocupaes
e cuidados.

7. PARTES COMPONENTES DA PPR


1) Componentes biolgicos estruturas bucais em ntimo contato com os
elementos constituintes da PPR. Ex:.
a. Dentes remanescentes;
b. Rebordo residual;
c. Fibromucosa.
2) Componentes mecnicos estruturas da prtese propriamente dita. Ex:
a. Grampos;
b. Conectores maiores;
c. Conectores menores;
d. Selas;
e. Dentes artificiais.

8. COMPONENTES BIOLGICOS
- Pode conhece-los atravs do:
1. EXAME CLNICO verificar:
1.1. Estado geral de sade do paciente.
Faz anamnese onde se faz todas as indagaes a respeito das
possveis doenas que o paciente possa ser portador ou que
tenha tendncia a desenvolver.

1.2. Exame da ATM e dos msculos mastigatrios


Pcts com trismo e com dor palpao, no realiza procedimentos
na PPR. Nesses casos faz o encaminhamento para o
departamento especializado para resolver o quadro de dor
orofacial primeiro. J em pcts assintomticos podem receber o
tratamento.

1.3. Exame intra-oral


Observar nos dentes remanescentes a presena de cries e
doena periodontal nesses casos deve-se de imediato fazer o
encaminhamento para as reas especializadas.
Mucosas (jugal/ lngua/ rebordo)
o Vai verificar se tem ou no leses como hiperplasias,
estomatites, leucoplasias, etc.
o Se for detectado alguma alterao sugestiva de maior
gravidade, deve-se fazer o encaminhamento para bipsia,
para poder ento fazer o tratamento.

Fibromucosas
Resilincia das fibromucosas pode ser:
o Aderentes no sobra muito tecido - prognstico favorvel;
o Consistncia mdia prognstico favorvel;
o Flcida causa uma desestabilizao da base da prtese
sobre ela - prognstico desfavorvel.
OBS 5: evitar prognstico ruim no quer dizer que no possa ser feito o tratamento. Somente
significa que o fato deve ser considerado para obter sucesso.
OBS 6: fibromucosas aderentes ou de consistncia mdia tem um melhor prognstico.
OBS 7: Verificar sempre se o paciente j chega com prtese (s) e os motivos dele querer mudar
com o objetivo de no cometer os erros que o fez procurar o atendimento. Observar tambm o
grau de higiene desse paciente.
2. EXAME RADIOGRFICO verificar:
2.1. Perda ssea;
2.2. Perdas de insero periodontal:
Para ver se os dentes podem servir de pilares;
2.3. Formato de comprimento das razes;
2.4. Dentes inclusos ou supranumerrios:
No se deve fazer uma prtese sobre dentes inclusos ou supra-
numerrios;

3. ANLISE DE MODELOS:
3.1. Essa a etapa mais posterior ode j se fez o modelo, chamado de
moldagem inicial, que uma moldagem de estudo e vai servir para
fazer o planejamento da prtese e depois a moldagem definitiva.

9. DENTES PILARES
- Influencia no prognstico, onde se busca valores qualitativos e quantitativos.
1. aspectos qualitativos: a situao em que os dentes pilares se
apresentam.
Integridade da coroa presena de crie, etc;
Condies periodontais;
Condies endodnticas;
Condio oclusal;
Coroa dental observar a altura, largura e expulsividade
OBS8: (quanto mais gordinho o dente, mais retentivo ele ! Melhor para segurar o grampo. J
quanto mais fino, mais reto, mais expulsivo for o dente, pior a reteno do grampo ao dente.
Ento, quando se faz o delineamento procura-se dentes com boa reteno, ou seja, que tenham
pouca expulsividade, que sejam mais volumosos)
Restauraes observar material e tamanho;
OBS 9: nos dentes que so feitos todos de resina ou amalgama, no garantem boa resistncia
para suportar o grampo, ou seja, no serve para ser um pilar! indicado, nesses casos fazer
canal e colocar uma coroa.
Prteses (unitrias, fixas observar o material)
2. aspectos quantitativos refere-se ao nmero de dentes remanescentes.
PERGUNTA: O ideal o maior nmero de dentes remanescentes, mas ser que sempre quanto
maior o n melhor o prognstico ser?
RESPOSTA: Depende da distribuio dos dentes, uma vez que a prtese bilateral. muito
melhor ter poucos dentes bem distribudos do que muitos dentes e mal distribudos.
10. TIPOS DE DISTRIBUIO DOS DENTES

Puntiforme
o paciente tem somente um dente, seria candidato a
prtese total. Extrai logo esse nico dente. No tem
estabilidade, e a prtese fica sem apoio e pode ficar
ratacionando sobre esse nico dente.

Linear
o Unilateral no tem cruzamento da linha mdia;
o Bilateral cruza a linha mdia.
Tambm no tem muita estabilidade. Precisa de maior apoio
com o uso de um conector maior, assim como outros grampos
que minimizem esse movimento.
Superficial.

OBS 10. Se colocar uma prtese apoiando em um nico dente, ela no ter apoio e ficar
girando. Nesse caso o dente no suportar e ficar condenado exo.

11. TIPOS MORFOLGICOS DE REBORDO


1) Sentido V-L ( em relao ao corte)
i. Normal;
ii. Alto muitas vezes nessa situao no precisa nem colocar uma
sela acrlica, pois se colocar pode dar uma aparncia que o paciente
dentuo. Nada esttico!
iii. Reabsorvido gera estabilidade da prtese sobre esse rebordo.
iv. Em lmina de faca ou afilado aquele que reabsorve demais
devido a extraes. Pode sofrer facilmente traumatismos gerando
leses.
Normal Alto Reabsorvido Lmina de faca
2) Sentido M-D
i. Paralelo ao plano oclusal a incidncia de foras sobre o rebordo
anulada por uma resultante no mesmo sentido;

ii. Ascendente para a mesial a resultante no anulada e acaba


empurrando o dente para o sentido distal.

iii. Ascendente para a distal a resultante no anulada gerando uma


resultando em direo aos dentes pilares, o que gera uma
sobrecarca sobre esse dente.

iv. Cncavo.
OBS 11: no plano distal as foras que incidem sobre o rebordo no anulada e gera resultantes
que vo em direo aos dentes pilares e acaba gerando sobrecarga sobre o dente pilar.
OBS 12: a resultante formada pelas foras no plano mesial semelhante aquela formada pelo
plano ascendente para a distal, no entanto a direo dessa resultante para distal, como que
empurrando o dente para o sentido distal;
OBS 13: raramente a PPR encontra paralelo ao plano oclusal. Na maioria das vezes o paciente
perde os dentes por doenas periodontais, ento sempre ter ascendncias, nesses casos,
deve-se fazer um bom planejamento para minimizar as desvantagens biomecnicas das
prteses de extremo livre.
12. OCLUSO
Anlise de modelos
1. Meio complementar de exame bucal;
2. Anlise topogrfico da arcada dentria;
3. Confeco de moldeiras individuas;
4. Orientador de preparo de boca;
5. Planejamento e desenho da PPR

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