Reot PDM V1 30 05 2022 RC
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1a REVISÃO DO
RELATÓRIO SOBRE 0 ESTADO DO
PLANO DIRETORMUNICIPAL ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
DE IDANHA-A-NOVA (REOT)
I MAIO de 2022
I________ _ _____ _ _____ _ _________________________
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................... 9
2. METODOLOGIA .................................................................................................................................................... 10
3. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL ............................................................................................................................ 12
4. INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO MUNICIPAL ...................................................................................................... 14
4.1 - PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE IDANHA-A-NOVA ............................................................................................. 14
4.1.1 – COMPOSIÇÃO .......................................................................................................................................... 15
4.1.1.1 - PLANTA DE ORDENAMENTO ............................................................................................................... 16
4.1.1.2 - PLANTA DE CONDICIONANTES .......................................................................................................... 22
4.2 – PLANOS DE PORMENOR .................................................................................................................................... 26
5. AVALIAÇÃO DO ESTADO DO TERRITÓRIO MUNICIPAL – DINÂMICAS OCORRIDAS NO CONCELHO DE IDANHA-A-
NOVA ........................................................................................................................................................................... 29
5.1 – OCUPAÇÃO TERRITORIAL .................................................................................................................................. 30
5.1.1 – AGLOMERADOS URBANOS ........................................................................................................................ 38
5.2 - DEMOGRAFIA ................................................................................................................................................... 45
5.2.1 – Indicadores de Demografia ............................................................................................................................45
População residente total .....................................................................................................................................46
População estrangeira com estatuto legal de residente ...............................................................................48
Saldo natural.............................................................................................................................................................49
Saldo migratório .......................................................................................................................................................50
Saldo total .................................................................................................................................................................51
Estrutura etária da população residente ............................................................................................................52
Índice de dependência .........................................................................................................................................54
Dimensão média das famílias ...............................................................................................................................55
Famílias unipessoais .................................................................................................................................................56
Núcleos familiares monoparentais .......................................................................................................................57
População residente segundo o nível de escolaridade .................................................................................58
Taxa de analfabetismo ...........................................................................................................................................59
5.2.2 – Análise dos Resultados .....................................................................................................................................60
5.3 – PARQUE EDIFICADO .......................................................................................................................................... 62
5.3.1 – Indicadores de Parque Edificado ....................................................................................................................62
Evolução do número de Edifícios .........................................................................................................................63
Edifícios por época de construção ......................................................................................................................64
Edifícios licenciados ................................................................................................................................................65
Edifícios licenciados para habitação familiar ....................................................................................................66
Evolução do número de Alojamentos familiares ..............................................................................................67
Alojamentos familiares clássicos por forma de ocupação .............................................................................68
5.3.2 – Análise dos Resultados .....................................................................................................................................69
5.4 – ATIVIDADES ECONÓMICAS ............................................................................................................................... 71
ÍNDICE DE QUADROS
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Proporção de Ocupação de Solo pelos Espaços não Urbanos e Espaços predominantemente
Urbanos, consideradas no Plano Diretor Municipal (PDM) de Idanha-a-Nova ................................................... 19
Gráfico 2 – Proporção da Ocupação de Solo pelas diferentes Classes de Espaços consideradas no Plano
Diretor Municipal (PDM) de Idanha-a-Nova ............................................................................................................... 20
Gráfico 3 – Variação da ocupação das classes de uso do solo | Concelho de Idanha-a-Nova | 1995 a
2018 ..................................................................................................................................................................................... 32
Gráfico 4 - Territórios Artificializados (Classes Nível 3, COS 2018) ............................................................................ 36
Gráfico 5 - População residente total | Município de Idanha-a-Nova | Censos 1991 – 2021 ......................... 46
Gráfico 6 – Variação da População residente total, por freguesia | 1991 – 2021 ............................................. 46
Gráfico 7 – Variação da População residente total | Portugal, Continente, Beira Baixa e Região Centro |
2011 – 2021 ........................................................................................................................................................................ 47
Gráfico 8 - População estrangeira com estatuto legal de residente | Município de Idanha-a-Nova | 2008 –
2020 ..................................................................................................................................................................................... 48
Gráfico 9 - População estrangeira com estatuto legal de residente, por nacionalidade | Município de
Idanha-a-Nova | 2008 e 2020 ....................................................................................................................................... 48
Gráfico 10 - Saldo Natural| Município de Idanha-a-Nova | 2001, 2011 e 2020 .................................................. 49
Gráfico 11 - Saldo Migratório| Município de Idanha-a-Nova | 2001, 2011 e 2020 ............................................. 50
Gráfico 12 - Saldo Total, Natural e Migratório| Município de Idanha-a-Nova | 2001, 2011 e 2020 ................ 51
Gráfico 13 - Estrutura Etária da População Residente (por Grupos Etários) | 1981 e 2011 ............................... 52
Gráfico 14 - Estrutura Etária da População Residente (por Grandes Grupos Etários) | Município | 2021 ..... 53
Gráfico 15 - Estrutura Etária da População Residente (por Grandes grupos Etários) | Freguesias | 2021..... 53
Gráfico 16 – índices de dependência| País, Região Centro, Beira Baixa e Município de Idanha-a-Nova |
2001, 2011 e 2020 ............................................................................................................................................................. 54
Gráfico 17 – Evolução do número e da dimensão média das famílias residentes | Município de Idanha-a-
Nova | 1960, 1981, 2001 e 2011..................................................................................................................................... 55
Gráfico 18 – Proporção n.º de famílias clássicas unipessoais - pessoas com 65 ou mais anos / n.º de famílias
unipessoais | Freguesias do Município de Idanha-a-Nova | 2011 ........................................................................ 56
Gráfico 19 – Proporção entre o n.º de famílias monoparentais com pai com filhos e o n.º de famílias
monoparentais com mãe com filhos | Freguesias do Município de Idanha-a-Nova | 2011........................... 57
Gráfico 20 – População residente segundo o nível de escolaridade | Município de Idanha-a-Nova | 2001,
2011 e 2021 ........................................................................................................................................................................ 58
Gráfico 21 – População residente analfabeta, total e por sexo e Taxa de Analfabetismo | Município de
Idanha-a-Nova |1981, 2001 e 2011 .............................................................................................................................. 59
Gráfico 22 – Taxa de Analfabetismo | Freguesias |2011 ......................................................................................... 59
Gráfico 23 – Edifícios segundo os Censos: total| Município |2001, 2011 e 2021 ................................................. 63
Gráfico 24 – Variação do número de Edifícios| Freguesias | 2011-2021.............................................................. 63
Gráfico 25 – Edifícios por época de construção|Município|2021 ........................................................................ 64
Gráfico 26 – Edifícios por época de construção| Freguesias |2021 ..................................................................... 64
Gráfico 27 – Edifícios licenciados: total e por tipo de obra| Município |2009-2020 .......................................... 65
Gráfico 28 – Edifícios licenciados para habitação familiar: total e por tipo de obra| Município |2009-2020
............................................................................................................................................................................................. 66
Gráfico 29 – Edifícios licenciados para habitação familiar: total e por tipo de obra| Município |2009-2020
Sucedidos mais de vinte e sete anos sobre a entrada em vigor do Plano Diretor Municipal (PDM)
de Idanha-a-Nova, ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 43/94, publicada no
Diário da República, 1.ª série-B, n.º 140, de 20 de junho de 1994, e alterado pela Declaração n.º
28/2001, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 21, de 25 de janeiro de 2001 e
Declaração n.º 4/2004, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 298, de 08 de janeiro de
2004, torna-se premente proceder à sua revisão, face à evolução das condições ambientais,
económicas, sociais e culturais que lhe estão subjacentes, e que conduziu à sua desadequação,
bem como ao próprio quadro legislativo, em vigor, com âmbito direto e indireto sobre o
ordenamento do território, que se impõe substantivamente diferente do que esteve na base da
sua elaboração e com o qual é preciso convergir integralmente.
Por sua vez, o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT - Decreto-Lei n.º
80/2015 de 14 de maio, na sua redação atual) instituiu um novo sistema de classificação do solo,
dividindo-o em solo urbano e solo rústico, que opta por uma lógica de afetação do solo urbano
ao solo parcial ou totalmente urbanizado ou edificado, eliminando-se a categoria operativa de
solo urbanizável.
O novo sistema de gestão territorial aplica também a distinção regimentar entre programas e
planos, com fundamento na diferenciação material entre as intervenções de natureza
estratégica da administração central (programas) e as intervenções da administração local de
caráter dispositivo e vinculativo dos particulares (planos). Não obstante, o plano diretor municipal
mantém-se como um instrumento de definição da estratégia municipal, estabelecendo o
quadro estratégico de desenvolvimento territorial ao nível local.
Com o novo sistema jurídico, os planos territoriais passam a ser os únicos instrumentos passíveis de
determinar a classificação e qualificação do uso do solo, bem como a respetiva execução e
Da aplicação do novo regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial torna-se, ainda,
fundamental, e necessário, garantir uma efetiva articulação e compatibilização do Plano Diretor
Municipal de Idanha-a-Nova com os programas territoriais que afetam o município.
Face ao exposto, a elaboração do presente documento, designado por Relatório sobre o Estado
de Ordenamento do Território (REOT), vem dar resposta às disposições legais do regime de
avaliação dos Instrumentos de Gestão Territorial, previstas na Lei de Bases Gerais da Politica
Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo e no Regime Jurídico dos
Instrumentos de Gestão Territorial, que estabelece que a avaliação do sistema de gestão
territorial deve ser vertida em relatórios sobre o estado e ordenamento do território, nos vários
níveis de planeamento - nacional, regional, intermunicipal e municipal -, devendo estes serem
efetuados de 4 em 4 anos, ao abrigo no disposto no n.º 1 do artigo 187.º do RJIGT.
Neste contexto, o presente REOT, para além de se constituir como um imperativo legal, assume-
se, também, como requisito obrigatório para a revisão do Plano Diretor Municipal de Idanha-a-
Nova, definindo-se, como período de análise, o intervalo temporal compreendido entre 1994 e
2021, correspondente à vigência da atual versão do PDM, sem prejuízo da consideração e
análise de períodos mais recuados, sempre que a natureza do domínio o justifica ou impõe, e
estrutura-se segundo dois níveis de avaliação: avaliação do estado do território e avaliação do
planeamento municipal.
2. METODOLOGIA
Avaliar é um processo complexo, que não deve ser realizado por uma só pessoa, nem se esgota
num único momento. Serve, segundo Prada (2008) e Batista e Silva et al. (2009), para enriquecer
todo o processo de ordenamento e planeamento do território, para legitimá-lo e para assegurar
uma melhor viabilidade aos territórios e o seu uso sustentável.
A Avaliação do Estado do Território Municipal visa efetuar o balanço das alterações ocorridas no
município durante o período de análise estabelecido, tendo por base a avaliação das dinâmicas
ocorridas nos seguintes domínios: demografia, equipamentos, ambiente, mobilidade e
acessibilidade, infraestruturas básicas, economia, património, dinâmica territorial e estrutura
ecológica.
Do ponto de vista procedimental e de acordo com o n.º 5 do art.º 189.º do RJIGT, concluído o
Relatório sobre o estado do ordenamento do território, o mesmo deverá ser submetido a um
período de discussão pública de duração não inferior a 30 dias, após o qual é elaborada a
versão final a submeter à apreciação da assembleia municipal, sob proposta da câmara
municipal.
Integrado na NUT II Centro, nomeadamente na NUT III Beira Baixa e no distrito de Castelo Branco,
o Município de Idanha-a-Nova possui uma superfície de 1 416,34 km21, uma população residente
de 8 356 habitantes2, concluindo-se uma densidade média de 5,90 hab./km2.
Confina a norte com o concelho de Penamacor, a oeste com Fundão e Castelo Branco e, a
leste e sul com Espanha, e era, até 2013, constituído por 17 freguesias: Alcafozes, Aldeia de Santa
Margarida, Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha, Ladoeiro, Medelim, Monfortinho, Monsanto, Oledo,
Penha Garcia, Proença-a-Velha, Rosmaninhal, Salvaterra do Extremo, São Miguel D’Acha,
Segura, Toulões e Zebreira.
Fonte: Direção-Geral do Território (DGT) - Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP, 2021)
ORGANIZAÇÃO ÁREA
ORGANIZAÇÃO ATUAL
ANTERIOR Km² %
Alcafozes
União das freguesias de Idanha-a-Nova e
284,78 20,11 %
Idanha-a-Nova Alcafozes
Aldeia de Santa Margarida Aldeia de Santa Margarida 13,62 0,96 %
Idanha-a-Velha
União das freguesias de Monsanto e Idanha-a-
152,73 10,78 %
Monsanto Velha
Ladoeiro Ladoeiro 63,28 4,47 %
Medelim Medelim 30,47 2,15 %
Monfortinho
União das freguesias de Monfortinho e
135,39 9,56 %
Salvaterra do Extremo Salvaterra do Extremo
Oledo Oledo 27,67 1,95 %
Penha Garcia Penha Garcia 128,42 9,07 %
Proença-a-Velha Proença-a-Velha 58,00 4,10 %
Rosmaninhal Rosmaninhal 266,59 18,82 %
São Miguel de Acha São Miguel de Acha 41,26 2,91 %
Segura
União das freguesias de Zebreira e Segura 177,39 12,52 %
Zebreira
Toulões Toulões 36,73 2,59 %
1 416,34 100,00 %
Espaços urbanos
Espaços urbanizáveis
Espaços de expansão urbana
Correspondem as áreas de expansão
dos aglomerados, onde se prevê a
transformação do espaço rural em
espaço urbano, nomeadamente
ESPAÇOS Espaços de vocação recreativa
habitacional e respetivas funções
PREDOMINANTEMENTE
complementares.
URBANOS
(Art.º 32 – Art.º 45,
Regulamento)
Espaços verdes
Espaços industriais
Refira-se, ainda, que é estabelecida uma hierarquia dos aglomerados urbanos, de acordo com
a população, o crescimento, a acessibilidade e as funções centrais:
Fonte: Direção-Geral do Território (DGT) - Carta de regime do uso do solo (CRUS), 2021
Gráfico 1 – Proporção de Ocupação de Solo pelos Espaços não Urbanos e Espaços predominantemente
Urbanos, consideradas no Plano Diretor Municipal (PDM) de Idanha-a-Nova
1,52%
98,48%
Fonte: Direção-Geral do Território (DGT) - Carta de regime do uso do solo (CRUS), 2021
No que concerne aos Espaços predominantemente Urbanos, estes incorporam Espaços Urbanos
(63,21%), Espaços Urbanizáveis (28,92%), e os Espaços Verdes e os Espaços Industriais, que
apresentam uma distribuição residual, correspondendo a 5,10% e 2,78%, respetivamente, desta
tipologia de classe de espaços.
Gráfico 2 – Proporção da Ocupação de Solo pelas diferentes Classes de Espaços consideradas no Plano
Diretor Municipal (PDM) de Idanha-a-Nova
Fonte: Direção-Geral do Território (DGT) - Carta de regime do uso do solo (CRUS), 2021
VALORES CULTURAIS - conjunto dos valores culturais, é constituído pelos elementos edificados ou
naturais que, pelas suas características, se assumem como valores de reconhecido interesse
histórico, arqueológico, artístico, científico, técnico ou social:
- Imoveis Classificados;
- Imoveis em Vias de Classificação;
- Património Arqueológico;
- Núcleos Históricos.
Nos termos do art.º 3.º do diploma acima referido, com as alterações introduzidas pelo Decreto-
Lei n.º 213/99 de 12 de outubro - Anexo I, foram integradas nesta reserva: Zonas Ribeirinhas - Leitos
dos Cursos de Água e Zonas Ameaçadas pelas Cheias, Albufeiras e Açudes, Cabeceiras de
Linhas de Água, Áreas de Máxima Infiltração; Zonas Declivosas – Áreas com Risco de Erosão e
Escarpas.
A denominada Reserva Agrícola Nacional, abreviadamente designada por RAN, constitui uma
figura legal com fundamento no Decreto-Lei n.º 196/89 de 14 de Junho (uma vez que o diploma
anterior – Decreto-Lei n.º 451/82 de 16 de Novembro – não chegou a ser aplicado, nem
regulamentado) alterado pelo Decreto-Lei n.º 274/92 de 12 de Dezembro e visa, com base nas
Classes de Uso de Solo, regulamentar os Usos dos Solos englobados nas classes mais produtivas
por forma, a “defender e proteger as áreas de maior aptidão agrícola e garantir a sua afetação
à agricultura, de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da agricultura portuguesa e
para o correto ordenamento do território.” (Artigo 1º, do Decreto-Lei n.º 196/89).
Os solos incluídos na RAN (Artigo 4º daquele texto legal) pertencem às classes A e B, “(...) bem
como por solos de baixas aluvionares e coluviais e ainda solos de outro tipo cuja integração nas
mesmas se mostre conveniente para a prossecução no presente diploma”.
Em síntese, esta condicionante traduz a existência no território das zonas com melhor potencial
de produção primária a nível pedológico e que, como tal, não podem sofrer alterações
irreversíveis dessa situação, fundamental dos pontos de vista biofísico, económico e social.
A RAN do Município de Idanha-a-Nova foi aprovada com o Plano Diretor Municipal em vigor.
Outras Condicionantes
Para além das condicionantes referidas, foram ainda demarcadas as seguintes servidões
administrativas e restrições de utilidade pública, com estatuto legal e com representação na
área do presente Plano Diretor Municipal:
Outros condicionantes
Áreas sujeitas ao regime florestal
Albufeiras de águas públicas
Condicionantes Biofísicos
Domínio público hídrico
Concessão de água mineral natural
Imóveis classificados
Condicionantes Urbanísticas Imóveis em vias de classificação
Zona especial de proteção
Rede Nacional
Estrada Nacional de 2.ª Classe
Estrada Nacional de 2.ª Classe
Vias de Comunicação
Rede Municipal
Estrada Municipal
Caminho Municipal
Feixe hertziano
Infraestruturas
Linhas de alta tensão (60 kV)
Outras condicionantes Marco Geodésico
Os 82 lotes existentes (309 450 m2) devem ser ocupados por atividades industriais, estando
também prevista, em quatro deles, a instalação de serviços de apoio. O Regulamento do Plano
contempla a salvaguarda de valores ambientais, prevendo zonas verdes de proteção e
enquadramento e regras rígidas ao nível dos sistemas de despoluição.
O Plano de Pormenor da Zona Industrial da Vila de Penha Garcia, ratificado pela Resolução do
Conselho de Ministros n.º 11/96 e publicado em Diário da República, I Série – B, n.º 31, de 6 de
julho de 1996, foi alvo de uma alteração de regime simplificado, aprovada pela Assembleia
Municipal de Idanha-a-Nova e publicada através da Declaração n.º 1/2002, no Diário da
República, 2.ª Série, n.º 1 e 2 de janeiro de 2002.
O Plano de Pormenor tem por objetivo estabelecer regras à ocupação do solo na sua área de
intervenção, atendendo sempre à legislação existente, em matéria do exercício da atividade
industrial. Os 23 lotes existentes (53 853 m2) devem ser ocupados por atividades industriais e por
serviços de apoio, nomeadamente, um restaurante e um posto de combustível. O Regulamento
do Plano prevê a salvaguarda de valores ambientais, estabelecendo zonas verdes de proteção.
• Ocupação Territorial;
• Demografia;
• Parque Edificado;
• Atividades Económicas
• Ambiente;
• Equipamentos Coletivos;
Após uma análise sistemática das tendências referentes a cada um dos temas selecionados,
procede-se a uma síntese conclusiva que procura cruzar a informação disponível, de modo a
proporcionar uma leitura mais transversal das dinâmicas ocorridas no território.
Convém, todavia, distinguir os dois conceitos. Pese embora a ocupação e o uso do solo
traduzirem a estrutura elementar de um território, são conceitos distintos, na medida em que a
ocupação do solo denota os atributos biofísicos da superfície do solo (Lambin et al., 2001),
abordando a camada de solo e de biomassa, que inclui a vegetação da superfície do solo, a
água, os materiais do solo, asfalto, as culturas e as estruturas humanas na superfície do solo, entre
outros, e o uso do solo descreve o propósito humano ou intenção aplicada aos atributos
biofísicos do solo (Lambin et al., 2001), ou seja, é uma interpretação socioeconómica que
descreve como as pessoas utilizam e as atividades que executam na superfície do solo.
Face ao exposto, propõe-se uma análise à evolução do uso e ocupação do território de Idanha-
a-Nova assente, por um lado, no estudo da evolução do uso e ocupação do solo e, por outro,
na observação das alterações ocorridas ao nível da estrutura do povoamento, nomeadamente
em termos de dimensão, articulação e hierarquização da rede de aglomerados urbanos.
Interessa, desta forma, compreender como o território evoluiu ao longo dos tempos e quais as
principais transformações a que assistiu, comparando, para o efeito, as Cartas de Uso e
Ocupação do Solo (COS) referentes aos anos 1995 (ano após a publicação do PDM em vigor) e
2018. Pese embora a divergência de nomenclatura, a sua observação e análise permitirá
entender as dinâmicas do uso e ocupação do solo, ao longo dos 23 anos que as separam.
Importará referir que se procedeu ao agrupamento das classes de uso e ocupação do solo em
oito classes principais, correspondentes, parcialmente, à nomenclatura de Nível 1 da COS -
Territórios artificializados, Agricultura, Pastagens, Superfícies agroflorestais, Florestas, Matos,
Espaços descobertos ou com pouca vegetação e Massas de água superficiais – tendo-se
excluído a classe referente às Zonas Húmidas, uma vez que não apresenta qualquer expressão
no concelho.
Fonte: Direção-Geral do Território (DGT) - Adaptado de Especificações Técnicas da Carta de Uso e Ocupação do
Solo de Portugal Continental, 2018
Gráfico 3 – Variação da ocupação das classes de uso do solo | Concelho de Idanha-a-Nova | 1995 a
2018
40,00%
30,00%
Agricultura
25,00%
20,00% Matos
15,00%
Pastagens
10,00% 6,60%
5,28% 4,83% Superfícies agroflorestais
5,00%
0,12%
0,00% Territórios artificializados
-0,51%
-5,00%
Massas de água superficiais
-10,00%
-10,96% -11,07%
-15,00%
33
No período temporal que entremeia as duas Cartas de Uso e Ocupação do Solo (1995 e 2018) e
focando a análise nos Territórios Artificializados, é ainda possível discriminar as proveniências e
as conversões das áreas com ocorrência de alterações, destacando-se as seguintes conversões:
2,0 ha em Pastagens e 1,0 ha em Florestas. Por sua vez, o incremento das superfícies
artificializadas, desde 1995 até 2018, advém, fundamentalmente, da ocupação humana de
áreas de Pastagens (72 ha), de áreas Agrícolas (64 ha), de áreas florestais (55 ha) e de Matos (2
ha).
Quadro 12 – Definição das classes de Nível 3 da COS (Territórios Artificializados) aplicáveis ao concelho de
Idanha-a-Nova
Fonte: Direção-Geral do Território (DGT) - Adaptado de Especificações Técnicas da Carta de Uso e Ocupação do
Solo de Portugal Continental, 2018
Tendo por base as classes de Nível 3 de uso e ocupação do solo dos Territórios Artificializados,
identificadas e definidas anteriormente, procede-se à aferição das áreas afetas a cada uma
delas, na COS 2018.
Indústria 3,03%
Comércio 0,32%
Cemitérios 0,23%
Analisando o nível 3 da nomenclatura podemos concluir que 37,29% dos Territórios artificializados
são tecido urbano descontínuo e cerca de 20,36% são Tecido urbano contínuo. As Instalações
agrícolas é a terceira subclasse com maior área (12,27%) e os Equipamentos de lazer e parques
de campismo ocupam o quarto lugar (10,59%). Estas quatro classes representam quase 80,51%
do total dos Territórios artificializados.
Especial enfoque nos tecidos edificados descontínuos, que totalizam 180,92 hectares (37,29%),
com baixa intensidade de impermeabilização, sobretudo associado a povoamento disperso,
antecipando especificidades territoriais relevantes no planeamento de infraestruturas
ambientais, nas opções de mobilidade e no acesso a serviços de interesse geral.
Importa, por último, referir que, de acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional
de Estatística (INE), os territórios artificializados per capita aumentaram, entre 2010 e 2018, cerca
de 21,80% (de 879,2 m2/habitante para 1070,9 m2/habitante), valores superiores aos aferidos na
sub-região da Beira Baixa (731,1 m2/habitante) e, com exceção do município de Vila Velha de
Rodão (2127,0 m2 / habitante), aos restantes concelhos que integram esta unidade territorial.
Um dos indicadores a avaliar no âmbito da definição dos diferentes níveis hierárquicos dos
centros urbanos é a dimensão demográfica. De facto, a diferenciação dos níveis hierárquicos
dos lugares, pela importância das suas funções, está muito ligada à importância das funções
demográficas dos próprios centros urbanos. Assim, a dinâmica do aparecimento de funções
centrais relaciona-se com as flutuações populacionais.
1991 2011
Escalões de Dimensão N.º de População N.º de População
% %
Lugares Residente Lugares Residente
Menos de 100 hab. 23 887 6,51% 24 811 8,35%
De 100 a 199 hab. 3 406 2,98% 6 968 9,96%
De 200 a 499 hab. 11 3 623 26,58% 7 2 021 20,80%
De 500 a 999 hab. 4 3 025 22,19% 3 2 076 21,37%
De 1000 a 1999 hab. 2 2 382 17,48% 1 1 199 12,34%
Mais de 2000 hab. 1 2 074 15,22% 1 2 107 21,69%
População Residual /
--- 1 233 9,05% --- 534 5,50%
Isolada
44 13 630 100,00% 42 9 716 100,00%
Nível
Centro
Hierárquico
I Idanha-a-Nova e Termas de Monfortinho
II Ladoeiro, Penha Garcia e Zebreira
III Restantes sedes de freguesia
IV Outros aglomerados urbanos delimitados na planta de ordenamento
V Todos os outros aglomerados urbanos do concelho
Reportando-nos aos dados disponíveis, relativos a 2011, conclui-se que cerca de 94,50% da
população residia nos 42 aglomerados do concelho e apenas 5,50% da população vivia
isoladamente, correspondendo a vila de Idanha-a-Nova a quase um quinto da população
do concelho (21,69%). Dos 42 lugares, cerca de 57,14% são constituídos por menos de 100
pessoas, neles residindo apenas 8,35% da população total do concelho.
Uma análise mais fina à distribuição espacial da população, em 2011, permite observar a
macrocefalia da hierarquia urbana, que se reflete na desigual distribuição dos quantitativos
populacionais pelo território concelhio.
População População
Nível de Residente (N.º) Nível de Residente (N.º)
Aglomerado Aglomerado
Designação Designação
2011 2011
Alcafozes Freguesia 202 Monsanto Freguesia 829
Alcafozes Lugar 173 Adingeiro Lugar 35
Granja de São
Lugar 13 Barreiro Lugar 13
Pedro
Residual Lugar 16 Carroqueiro Lugar 93
Aldeia de Santa
Freguesia 292 Devesa Lugar 30
Margarida
Aldeia de Santa
Lugar 272 Eugénia Lugar 103
Margarida
Residual Lugar 20 Lagar de Água Lugar 11
Idanha-a-Nova Freguesia 2352 Lagar de Junho Lugar 18
Lagar de Maria
Idanha-a-Nova Lugar 2107 Lugar 58
Martins
Herdade do
Lugar --- Monsatela Lugar 23
Couto da Várzea
Devesa Lugar 14 Monsanto Lugar 97
Senhora da
Lugar 44 Ramiro Lugar 15
Graça
Residual Lugar 187 Relva Lugar 191
Idanha-a-Velha Freguesia 63 Sidral Lugar 57
Idanha-a-Velha Lugar 62 Torre Lugar 5
Residual Lugar 1 Valado Lugar 15
Ladoeiro Freguesia 1290 Jardim Lugar 24
Ladoeiro Lugar 1199 Residual Lugar 41
Monte do Rochão Lugar --- Oledo Freguesia 355
Residual Lugar 91 Oledo Lugar 340
Medelim Freguesia 272 Residual Lugar 15
Medelim Lugar 267 Penha Garcia Freguesia 748
Residual Lugar 5 Penha Garcia Lugar 723
Monfortinho Freguesia 536 Vale Feitoso Lugar 8
Monfortinho Lugar 159 Residual Lugar 17
Termas de
Lugar 307 Proença-a-Velha Freguesia 224
Monfortinho
Torre Lugar 47 Proença-a-Velha Lugar 207
Residual Lugar 23 Residual Lugar 17
No que se refere aos perímetros urbanos, cuja noção pressupõe a existência de espaços onde
se concentra o povoamento, contrastando com áreas vizinhas onde o índice de utilização do
terreno, ou a percentagem de solo edificado, é muito menor, correspondendo assim a uma
diferenciada qualidade de utilização, estes envolvem a estrutura urbana dos aglomerados,
pretendendo-se que a composição definida para cada aglomerado promova o equilíbrio
urbano respeitando a sua continuidade espacial e estabelecendo uma correta ligação com
a envolvente.
ha % ha % ha % ha % ha % ha % ha %
Alcafozes 16,33 85,50% 1,51 7,91% --- --- 1,51 7,91% 1,26 6,60% --- --- 19,10 1,15%
Alcafozes
Outros Aglomerados 23,22 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 23,22 1,40%
Aldeia de Sta. Aldeia de Sta.
11,75 43,76% 12,08 44,99% --- --- 12,08 44,99% 3,02 11,25% --- --- 26,85 1,61%
Margarida Margarida
Idanha-a-Nova 89,07 15,24% 169,13 28,93% 152,14 26,03% 321,27 54,96% 115,38 19,74% 58,83 10,06% 584,55 35,16%
Idanha-a-Nova Sra. da Graça 11,34 66,28% 5,77 33,72% --- --- 5,77 33,72% --- --- --- --- 17,11 1,03%
Outros Aglomerados 96,28 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 96,28 5,79%
Idanha-a-Velha Idanha-a-Velha 7,50 72,12% 2,90 27,88% --- --- 2,90 27,88% --- --- --- --- 10,40 0,63%
Ladoeiro 53,35 83,16% 10,80 16,84% --- --- 10,80 16,84% --- --- --- --- 64,15 3,86%
Ladoeiro
Outros Aglomerados 41,35 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 41,35 2,49%
Medelim 21,54 73,87% 7,62 26,13% --- --- 7,62 26,13% --- --- --- --- 29,16 1,75%
Medelim
Outros Aglomerados 2,15 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2,15 0,13%
Monfortinho 11,99 82,24% 2,59 17,76% --- --- 2,59 17,76% --- --- --- --- 14,58 0,88%
Termas de
40,44 60,14% 21,75 32,35% --- --- 21,75 32,35% 5,05 7,51% --- --- 67,24 4,04%
Monfortinho Monfortinho
Torre 7,10 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 7,10 0,43%
Outros Aglomerados 11,76 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 11,76 0,71%
Monsanto 17,79 39,51% 1,52 3,38% 22,90 50,85% 24,42 54,23% 2,82 6,26% --- --- 45,03 2,71%
Eugénia, Relva,
25,71 60,24% 11,39 26,69% --- --- 11,39 26,69% 5,58 13,07% --- --- 42,68 2,57%
Valado e Devesa
Carroqueiro 11,68 78,81% 3,14 21,19% --- --- 3,14 21,19% --- --- --- --- 14,82 0,89%
Monsanto L. Junho, L. d'Água, L.
Maria Martins, Barreiro 4,80 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 4,80 0,29%
e Adingeiro
Sidral / Pereira 11,60 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 11,60 0,70%
Outros Aglomerados 31,86 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 31,86 1,92%
43
ESPAÇOS URBANIZÁVEIS ESTRUTURA
ESPAÇOS ESPAÇOS
Espaço a Vocação ECOLÓGICA PERÍMETRO URBANO
FREGUESIA AGLOMERADOS URBANOS Total INDUSTRIAIS
Urbanizar Recreativa URBANA
ha % ha % ha % ha % ha % ha % ha %
Oledo Oledo 30,33 89,07% 3,72 10,93% --- --- 3,72 10,93% --- --- --- --- 34,05 2,05%
Penha Garcia 45,74 63,52% 26,27 36,48% --- --- 26,27 36,48% --- --- --- --- 72,01 4,33%
Penha Garcia
Outros Aglomerados 11,97 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 11,97 0,72%
Proença-a-Velha 25,10 65,95% 12,12 31,84% --- --- 12,12 31,84% 0,84 2,21% --- --- 38,06 2,29%
Proença-a-Velha
Outros Aglomerados 13,93 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 13,93 0,84%
Rosmaninhal 31,33 74,03% 6,27 14,82% --- --- 6,27 14,82% 4,72 11,15% --- --- 42,32 2,55%
Cegonhas 8,25 80,33% 2,02 19,67% --- --- 2,02 19,67% --- --- --- --- 10,27 0,62%
Rosmaninhal Couto das Correias 1,20 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 1,20 0,07%
Soalheira 6,67 78,10% 1,87 21,90% --- --- 1,87 21,90% --- --- --- --- 8,54 0,51%
Outros Aglomerados 24,52 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 24,52 1,47%
Salvaterra do Extremo 30,85 80,07% 7,68 19,93% --- --- 7,68 19,93% --- --- --- --- 38,53 2,32%
Salvaterra do Extremo
Outros Aglomerados 4,52 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 4,52 0,27%
São Miguel D'Acha 28,21 69,19% 9,51 23,33% --- --- 9,51 23,33% 3,05 7,48% --- --- 40,77 2,45%
São Miguel D'Acha
Outros Aglomerados 3,94 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 3,94 0,24%
Segura 15,35 71,43% 6,14 28,57% --- --- 6,14 28,57% --- --- --- --- 21,49 1,29%
Segura
Outros Aglomerados 4,51 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 4,51 0,27%
Toulões 17,06 73,82% 6,05 26,18% --- --- 6,05 26,18% --- --- --- --- 23,11 1,39%
Toulões
Carriçal 1,62 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 1,62 0,10%
Zebreira 54,92 72,12% 19,45 25,54% --- --- 19,45 25,54% 1,78 2,34% --- --- 76,15 4,58%
Zebreira
Outros Aglomerados 25,39 100,00% --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 25,39 1,53%
934,02 56,18% 351,30 21,13% 175,04 10,53% 526,34 31,66% 143,50 8,63% 58,83 3,54% 1 662,69 100,00%
Obs.: Os aglomerados de Lagar de Maria Martins, Barreiro e Adingeiro (freguesia de Monsanto) não têm perímetros urbanos definidos no PDM em vigor
44
5.2 - DEMOGRAFIA
POPULAÇÃO
Indicador: População residente total
Unidade(s) de medida: Número de habitantes
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos de 1991, 2001, 2011 e 2021
Referência geográfica: Município, freguesias
“Conjunto de pessoas que, independentemente de estarem presentes
ou ausentes num determinado alojamento no momento de observação,
viveram no seu local de residência habitual por um período contínuo de,
Descrição do indicador: pelo menos, 12 meses anteriores ao momento de observação, ou que
chegaram ao seu local de residência habitual durante o período
correspondente aos 12 meses anteriores ao momento de observação,
com a intenção de aí permanecer por um período mínimo de um ano.”
14 000,00
9 000,00
4 000,00
-1 000,00
1991 2001 2011 2021
13 630,00 11 659,00 9 716,00 8 356,00
0,00%
Aldeia de Santa Margarida
-10,00% U.F. Idanha-a-Nova e Alcafozes
Ladoeiro
-20,00%
Medelim
-30,00% U.F. Monfortinho e Salvaterra
U.F. Monsanto e Idanha-a-Velha
-40,00%
Oledo
Análise:
Gráfico 7 – Variação da População residente total | Portugal, Continente, Beira Baixa e Região Centro |
2011 – 2021
-18,00% -16,00% -14,00% -12,00% -10,00% -8,00% -6,00% -4,00% -2,00% 0,00%
Nesta senda, destacam-se, face ao exposto, os polarizadores da envolvente regional, que são
os concelhos de Idanha-a-Nova e o concelho de Castelo Branco, que concentravam, em 2021,
10,34% e 64,74%, respetivamente, da população sub-regional.
Refira-se, ainda, que são os concelhos de Vila Velha de Rodão e Castelo Branco que apresentam
as menores taxas de variação negativa, de 6,70% e 6,80%, respetivamente.
POPULAÇÃO
Indicador: População estrangeira com estatuto legal de residente
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estatísticas Territoriais
Referência temporal 2008 - 2020
Referência geográfica: Município
“Conjunto de pessoas de nacionalidade não portuguesa com
autorização ou cartão de residência, em conformidade com a
legislação de estrangeiros em vigor. Não inclui os estrangeiros com
Descrição do indicador:
situação regular ao abrigo da concessão de autorizações de
permanência, de vistos de curta duração, de estudo, de trabalho ou de
estada temporária, bem como os estrangeiros com situação irregular.”
Gráfico 8 - População estrangeira com estatuto legal de residente | Município de Idanha-a-Nova | 2008 –
2020
600
503
500 459
400 346
323
291
255 250 266 259
300 232 244 244
218
200
100
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 9 - População estrangeira com estatuto legal de residente, por nacionalidade | Município de
Idanha-a-Nova | 2008 e 2020
600
500
400 237
300 Extra EU
União Europeia 28
200
178 266
100
54
0
2008 2020
Análise:
POPULAÇÃO
Indicador: Saldo natural
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Mensal/Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estatísticas de Nados-Vivos / Óbitos
Referência temporal 2001, 2011 e 2020
Referência geográfica: País e Município de Idanha-a-Nova
“Diferença entre o número de nados-vivos e o número de óbitos num
Descrição do indicador:
dado período de tempo.”
2020
2011
2001
Análise:
De 2001 a 2020, verifica-se, no concelho, um crescimento natural negativo, levando a uma não
substituição das gerações. Em 2020, o concelho apresenta um saldo natural negativo (-215
indivíduos), que se deve à superioridade dos óbitos (263 indivíduos), relativamente aos
nascimentos (48 nados vivos). Lógica semelhante é apresentada pelos valores do País, que, em
2020, apresentam, também, uma taxa de mortalidade superior à taxa de natalidade, ou seja,
um saldo natural negativo.
POPULAÇÃO
Indicador: Saldo migratório
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Mensal/Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estatísticas de Migração
Referência temporal 2001, 2011 e 2020
Referência geográfica: Município
“Diferença entre a imigração (entrada) e a emigração (saída) numa
Descrição do indicador:
determinada região durante o ano civil”
120
100
80 98
60
40
20
28
0
2001 2011 2020
- 20
- 40
- 60
- 80 - 59
Análise:
POPULAÇÃO
Indicador: Saldo total
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estatísticas Territoriais
Referência temporal 2001, 2011 e 2020
Referência geográfica: Município
“Diferença entre os efetivos populacionais no final e no início de um
Descrição do indicador:
determinado período.”
Gráfico 12 - Saldo Total, Natural e Migratório| Município de Idanha-a-Nova | 2001, 2011 e 2020
150
100
98
50
28
0
2001 2011 2020
- 59
- 50
- 100
- 139 - 117
- 150
- 184
- 200 - 212 - 198 - 215
- 250
Análise:
ESTRUTURA ETÁRIA
Indicador: Estrutura etária da população residente
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estatísticas Territoriais
Referência temporal Censos 1981, 2011 e 2021
Referência geográfica: Município, Freguesias
Descrição do indicador: Estrutura etária da população em 1981 e 2011
Gráfico 13 - Estrutura Etária da População Residente (por Grupos Etários) | 1981 e 2011
75 ou mais
70-74
65-69
60-64
55-59
Grupos Etários
50-54 1981
45-49
40-44 2011
35-39 Homens
30-34 Mulheres 1981
25-29
20-24 2011
15-19
10-14
05-09
0-04
-11,00% -6,00% -1,00% 4,00% 9,00% 14,00%
Análise:
Em 1981, 14,95% da população tinha entre 0 -14 anos e, em 2011, apenas 8,71%. Inversamente,
a população mais envelhecida passou a ter maior importância. A população com 65 ou mais
anos representava, em 1981, cerca de 29,12% e, em 2011, atinge os 42,91%.
Reportando-nos ao último momento censitário (2021), e aos três grandes grupos populacionais,
designados por grupos funcionais (0-14 anos (população jovem), 15-64 anos (população em
idade ativa), e 65 e mais anos (população idosa), conclui-se que a estrutura etária envelhecida
do Município de Idanha-a-Nova encontra justificação na existência de apenas 8,68% de
população jovem, de metade de população adulta (48,53%) e de aproximadamente dois
quintos (42,80%) de população idosa.
8,68%
42,80%
0-14 anos
15-64 anos
48,53% 65 e mais anos
Gráfico 15 - Estrutura Etária da População Residente (por Grandes grupos Etários) | Freguesias | 2021
ESTRUTURA ETÁRIA
Indicador: Índice de dependência
Unidade(s) de medida: Rácio (%)
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estimativas anuais da população residente
Referência temporal 2001, 2011 e 2020
Referência geográfica: Município, Beira Baixa, Região Centro e País
“Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade
ativa, definida como o quociente entre o número de pessoas com
Descrição do indicador: idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos conjuntamente com as
pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades
compreendidas entre os 15 e os 64 anos.”
Gráfico 16 – índices de dependência| País, Região Centro, Beira Baixa e Município de Idanha-a-Nova |
2001, 2011 e 2020
120
100
80
60
40
20
0
Centro
Centro
Centro
Portugal
Beira Baixa
Idanha-a-Nova
Portugal
Beira Baixa
Idanha-a-Nova
Portugal
Beira Baixa
Idanha-a-Nova
Índice de dependência de idosos Índice de dependência de jovens Índice de dependência total
Análise:
Analisando o índice de dependência de idosos, que relaciona o número de idosos por cada 100
pessoas em idade ativa (idade entre os 15 e os 64 anos), identifica-se que, no Município de
Idanha-a-Nova, e contrariamente às restantes unidades territoriais consideradas, entre 2001 e
2020, o rácio diminuiu de 82,7 para 75,5 idosos por 100 pessoas potencialmente ativas.
No sentido inverso, o índice de dependência de jovens, que relaciona o número de jovens por
cada 100 pessoas em idade ativa, revela, no mesmo período temporal, um decréscimo de 18,2
para 18,1 jovens por 100 pessoas potencialmente ativas, acompanhando as tendências
verificadas na Beira Baixa, Região Centro e no país.
O índice de dependência total era, no Município de Idanha-a-Nova, em 2001, de 100,9% e, em
2020, de 93,70%, Este comportamento resulta, como já referido, de dois mecanismos: uma ligeira
quebra no índice de dependência de jovens e um decréscimo evidente do índice de
dependência de idosos.
FAMÍLIAS
Indicador: Dimensão média das famílias
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos 1960, 1981, 2001 e 2011
Referência temporal 1960, 1981, 2001 e 2011
Referência geográfica: Município
“Conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm
Descrição do indicador: relações de parentesco (de direito ou de facto) entre si. / Número médio
de pessoas residentes em famílias clássicas.”
Gráfico 17 – Evolução do número e da dimensão média das famílias residentes | Município de Idanha-a-
Nova | 1960, 1981, 2001 e 2011
9000
3
8000 2,5
2,3 2,5
7000
2,1
6000
2
5000
1,5
4000
3000 1
2000
0,5
1000
9451 6503 5098 4387
0 0
1960 1981 2001 2011
Análise:
Em 2011, o Município de Idanha-a-Nova contava com cerca de 4387 famílias, um número inferior
ao registado nos decénios precedentes, facto que tem origem sobretudo na contínua
diminuição da dimensão média das famílias, que, em 2011, era de apenas 2,1 pessoas por
agregado.
Para a persistência desta tendência concorrem, naturalmente, múltiplos fatores, em particular os
que remetem para a evolução dos estilos de vida. Acresce o facto de a diminuição da dimensão
média das famílias surgir fortemente associada à presença de famílias constituídas por uma só
pessoa.
FAMÍLIAS
Indicador: Famílias unipessoais
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos 2011
Referência temporal 2011
Referência geográfica: Município, freguesias
Descrição do indicador: “Famílias clássicas com um indivíduo.”
Gráfico 18 – Proporção n.º de famílias clássicas unipessoais - pessoas com 65 ou mais anos / n.º de famílias
unipessoais | Freguesias do Município de Idanha-a-Nova | 2011
1000 100,00%
900 90,00%
800 80,00%
700 70,00%
600 60,00%
500 50,00%
400 40,00%
300 30,00%
200 20,00%
100 10,00%
0 0,00%
Proporção n.º de famílias clássicas unipessoais - pessoas com 65 ou mais anos / n.º de famílias
unipessoais
Análise:
Em 2011, no concelho, num universo de 4387 famílias clássicas, 1345 eram constituídas por uma
pessoa (30,66%).
Refira-se, ainda, que deste grupo de famílias unipessoais, 1030 são constituídas por uma pessoa
com 65 ou mais anos, representando 23,48% do total de famílias clássicas e 76,58% do total de
famílias unipessoais.
Idanha-a-Velha é a freguesia do concelho que, em 2011, apresentava a maior proporção de
famílias constituídas por uma pessoa com 65 ou mais anos, face ao total de famílias unipessoais
(90,00%). Por sua vez, é a freguesia de Salvaterra do Extremo que regista a menor proporção –
53,13% do total de famílias unipessoais.
FAMÍLIAS
Indicador: Núcleos familiares monoparentais
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos 2001 e 2011
Referência temporal 2001 e 2011
Referência geográfica: Município, freguesias
“Núcleo familiar que integra apenas um dos progenitores, pai ou mãe,
Descrição do indicador:
com filho(s).”
Total de famílias
Município de Idanha-a-Nova Pai com filhos Mãe com filhos
monoparentais
Gráfico 19 – Proporção entre o n.º de famílias monoparentais com pai com filhos e o n.º de famílias
monoparentais com mãe com filhos | Freguesias do Município de Idanha-a-Nova | 2011
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Alcafozes
Aldeia de Santa Margarida
Idanha-a-Nova
Idanha-a-Velha
Ladoeiro
Medelim
Monfortinho
Monsanto
Oledo
Penha Garcia
Proença-a-Velha
Rosmaninhal
Salvaterra do Extremo
São Miguel de Acha
Segura
Toulões
Zebreira
Análise:
QUALIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO
Indicador: População residente segundo o nível de escolaridade
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos 2001, 2011 e 2021
Referência temporal 2001, 2011 e 2021
Referência geográfica: Município
“Nível ou grau de ensino mais elevado que o indivíduo concluiu ou para
Descrição do indicador: o qual obteve equivalência, e em relação ao qual tem direito ao
respetivo certificado ou diploma.”
1,90%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Análise:
Da análise aos dados conclui-se que, contrariamente a 2001, que registou, na totalidade do
concelho, 44,80% da população sem qualquer nível de escolaridade, em 2021, 78,70% da
população residente atingiu níveis de escolaridade e apenas 21,30% possui nenhum nível de
escolaridade.
Refira-se, ainda, que, em 2021, 8,23% da população alcançou o ensino superior, sendo que, em
2001, este rácio consubstanciava 1,90%.
QUALIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO
Indicador: Taxa de analfabetismo
Unidade(s) de medida: Percentagem
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos 1981, 2001 e 2011
Referência temporal 1981, 2001 e 2011
Referência geográfica: Município, freguesias
“Indivíduo com 10 ou mais anos que não sabe ler nem escrever, isto é,
Descrição do indicador: incapaz de ler e compreender uma frase escrita ou de escrever uma
frase completa.”
Gráfico 21 – População residente analfabeta, total e por sexo e Taxa de Analfabetismo | Município de
Idanha-a-Nova |1981, 2001 e 2011
4000 50,00%
30,38% 40,00%
3000
20,64% 30,00%
2000
20,00%
1000 10,00%
0 0,00%
1981 2001 2011
Análise:
Analisados os dados relativos a 2011, constata-se que a taxa de analfabetismo, de 1981 a 2011,
decresceu para 20,64%. Verifica-se, no entanto, uma grande disparidade entre a taxa de
analfabetismo masculina (15,00%) e a taxa de analfabetismo feminina (25,70%).
Verifica-se, também, que é a freguesia de Monsanto que, em 2011, apresenta a maior taxa de
analfabetismo (32,96%), contrariamente à freguesia de Idanha-a-Nova, que apresenta a menor
taxa, de 13,78%, respetivamente.
O parque habitacional constitui um importante tecido produtivo de qualquer região, quer como
agente económico, diretamente ligado ao ramo da construção civil e das empresas imobiliárias,
quer pelas dinâmicas que lhe estão associadas, económicas e sociais. A análise do parque
habitacional permite-nos avaliar a sua evolução ao longo dos anos bem como a sua situação
atual, permitindo-nos aferir as fragilidades e potencialidades do mesmo, de forma a tentar definir
campos de atuação com vista ao aumento da qualidade de vida da população residente do
concelho.
Acresça-se que a habitação deverá ser assumida como uma centralidade na vida quotidiana,
quer porque se trata de uma necessidade absoluta, quer porque absorve a maior parte dos
orçamentos familiares, quer ainda porque constitui parte dominante do património familiar.
Nesta perspetiva, analisa-se a habitação como palco das mais diversas manifestações de
sociabilidade, prefigurando-se como um elemento dinâmico nas interações sociais.
EDIFÍCIOS
Indicador: Evolução do número de Edifícios
Unidade(s) de medida: Número de edifícios
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos de 2001, 2011 e 2021
Referência temporal 2001, 2011 e 2021
Referência geográfica: Município, freguesias
Descrição do indicador: “Construção permanente, dotada de acesso independente, coberta e
limitada por paredes exteriores ou paredes-meias que vão das
fundações à cobertura e destinada à utilização humana ou a outros
fins.”
12 200 12 078
12 000
11 800 11 630
11 600
11 400
11 146
11 200
11 000
10 800
10 600
2001 2011 2021
Análise:
EDIFÍCIOS
Indicador: Edifícios por época de construção
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos de 2021
Referência temporal 2021
Referência geográfica: Município, freguesias
Descrição do indicador: “Período que pode corresponder à construção do edifício propriamente
dito, à construção da parte principal do edifício (quando diferentes
partes de um edifício correspondem a épocas distintas) ou à
reconstrução do edifício que sofreu transformação completa. ”
-50 150 350 550 750 950 1150 1350 1550 1750
Até 1919 1919 - 1945 1946 - 1960 1961 - 1980 1981 - 2000 2001 - 2010 2011-2021
Análise:
EDIFÍCIOS
Indicador: Edifícios licenciados
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de
Edifícios
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Município
Descrição do indicador: “Autorização concedida pelas Câmaras Municipais ao abrigo de
legislação específica, para execução de Obras (construções novas,
ampliações, transformações, restaurações e demolições de edifícios).”
165
145 137
125 117
105 96
90
85 76 75
67
65
44 43 46 44
40
45
25
5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
-15
Análise:
Da análise ao número de edifícios licenciados, de 2009 a 2020, verifica-se, em 2010, uma quebra
acentuada, face ao ano anterior (-35,04%), com maior expressão no licenciamento de
ampliações, alterações e reconstruções. O ano de 2011 corresponde ao ano com o maior
número de edifícios licenciados (137 edifícios), mais 80,26% que o ano que o antecedeu. A partir
de 2011 até 2018 é percetível a tendência de decréscimo, com especial enfoque no ano de
2016, que registou, no período temporal considerado, o menor número de edifícios licenciados
(40 edifícios). Em 2019, constata-se uma tendência de crescimento, correspondendo a um
acréscimo de 70,45%, face ao ano anterior.
EDIFÍCIOS
Indicador: Edifícios licenciados para habitação familiar
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de
Edifícios
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Município
Descrição do indicador: “Autorização concedida pelas Câmaras Municipais ao abrigo de
legislação específica, para execução de Obras (construções novas,
ampliações, transformações, restaurações e demolições de edifícios).”
Gráfico 28 – Edifícios licenciados para habitação familiar: total e por tipo de obra| Município |2009-2020
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 29 – Edifícios licenciados para habitação familiar: total e por tipo de obra| Município |2009-2020
90 81
80
68
70 62
60 51
50 40
38 36 38
40
30 21 22 21 21
20
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Análise:
ALOJAMENTOS
Indicador: Evolução do número de Alojamentos familiares
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos de 2001, 2011 e 2021
Referência geográfica: Município, freguesias
Descrição do indicador: “Local distinto e independente que, pelo modo como foi construído,
reconstruído, ampliado ou transformado, se destina a habitação, na
condição de, no momento de referência não estar a ser utilizado
totalmente para outros fins.”
12338
11835
11403
10800 11000 11200 11400 11600 11800 12000 12200 12400 12600
Análise:
ALOJAMENTOS
Indicador: Alojamentos familiares clássicos por forma de ocupação
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos de 2001, 2011 e 2021
Referência temporal 2001, 2011 e 2021
Referência geográfica: Município, freguesias
Descrição do indicador: “Alojamento familiar desocupado e que está disponível para venda,
arrendamento, demolição ou outra situação no momento de
referência.”
Gráfico 32 – Alojamentos familiares clássicos por forma de ocupação | Município |2001, 2011 e 2021
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Residência Habitual Residência Secundária Vago
2001 5061 5284 1035
2011 4340 6357 1127
2021 3803 6870 1649
350,00 315,00
300,00
234,00
250,00
176,00
200,00 162,00
145,00
132,00 130,00
150,00 90,00 106,00
100,00 56,00 44,00 45,00
50,00 14,00
0,00
Análise:
Em 2021, o parque habitacional concelhio integra 12322 alojamentos clássicos, 86,62% dos quais
se encontram ocupados e 13,38% estão vagos. A análise à última década intercensitária (2011-
2021) revela que a maior taxa de variação do número de alojamentos clássicos vagos incide na
freguesia de Medelim, que viu este número subir de 2 alojamentos para 56 alojamentos. Destaca-
se, ainda, a freguesia de Toulões, que apresenta a menor taxa de variação de alojamentos
clássicos vagos (10,00%).
A busca desenfreada pelo crescimento económico levou a maioria dos territórios a concentrar
os seus esforços na promoção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), deixando a
qualidade de vida em segundo plano. Desta forma, o crescimento económico era visto como
meio e fim do desenvolvimento.
Neste âmbito, a caracterização económica, que se inicia, pretende obter uma visão global da
realidade da estrutura económica do concelho e paralelamente avaliar as tendências
evolutivas e os setores de atividade que têm gerado o desenvolvimento do território e a melhoria
dos indicadores de qualidade de vida. Pese embora a identificação das dinâmicas num plano
concelhio, contempla ainda a sua integração na envolvente regional e no contexto nacional.
EMPREGO
Indicador: População residente Empregada, por setor de atividade
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos de 1981, 2001 e 2011
Referência geográfica: Município
Descrição do indicador: “Indivíduo entre os 16 e os 89 anos que, no período de referência, se
encontrava numa das seguintes situações: a) tinha efetuado trabalho
de pelo menos uma hora, mediante pagamento de uma remuneração
ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em
géneros; b) tinha um emprego, não estava ao serviço, mas tinha uma
ligação formal com o seu emprego; c) tinha uma empresa, mas não
estava temporariamente ao trabalho por uma razão específica; d)
estava em situação de pré-reforma, mas encontrava-se a trabalhar no
período de referência.”
Quadro 20 – Evolução da população residente empregada, por setor de atividade |Município|1981, 2001
e 2011
Gráfico 34 – Evolução da população residente empregada por setor de atividade |Município|1981, 2001
e 2011
5000
4000
3000
2000
1000
0
População empregada total Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário
Análise:
Em 2011, o concelho concentrava 2583 indivíduos residentes a exercer uma profissão, facto que
representa um recuo de 824 indivíduos, face a 2001 (-24,19%). O setor primário (agricultura,
produção animal, caça, silvicultura e pesca) foi duramente atingido neste período, tendo
perdido, numa década, mais de metade da população residente empregada, afeta a este
setor (-60,15%). Situação análoga à experienciada pelo setor secundário (indústria, construção,
energia e água), que registou uma perda de 30,37% de habitantes empregados, tendo o
acréscimo de 0,83%, referente ao setor terciário (serviços), contribuído, parcialmente, para a
atenuação da tendência global de declínio da população empregada no concelho.
EMPREGO
Indicador: População residente empregada, por situação na profissão
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Censos de 2011
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Município
Descrição do indicador: “Relação de dependência ou independência de um indivíduo ativo no
exercício da profissão, em função dos riscos económicos em que incorre
e da natureza do controlo que exerce na empresa.”
Gráfico 35 – População residente empregada, por situação na profissão | Portugal, NUTS II, NUTS III,
Município|2011
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Trabalhador Trabalhador Trabalhador Trabalhador Membro Outra
por conta por conta familiar não por conta de activo de
própria como própria como remunerado outrem cooperativa
empregador isolado
Portugal 10,53% 6,56% 0,55% 81,18% 0,05% 1,13%
Centro 10,90% 7,50% 0,73% 79,76% 0,04% 1,07%
Beira Baixa 9,97% 7,75% 0,64% 80,76% 0,03% 0,86%
Idanha-a-Nova 11,30% 11,81% 1,28% 74,76% 0,00% 0,85%
Análise:
EMPREGO
Indicador: Pessoal ao serviço nas empresas não financeiras
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Sistema de Contas Integradas das Empresas
Referência geográfica: Município
Descrição do indicador: “O pessoal ao serviço é o número de pessoas que contribuem para a
atividade de uma empresa ou instituição, tais como empregados,
gerentes ou familiares não remunerados.”
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Agricultura, produção animal, caça,
29,5% 28,7% 29,8% 29,1% 31,6% 32,2% 31,3% 32,0% 32,3% 30,1% 32,1% 31,9%
floresta e pesca
Alojamento, restauração e similares 12,4% 12,5% 13,3% 11,9% 11,2% 11,5% 11,0% 11,1% 10,5% 13,1% 13,8% 11,5%
Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 15,5% 17,1% 17,0% 17,8% 17,3% 16,7% 16,3% 16,5% 15,1% 14,9% 14,8% 16,4%
motociclos
Construção 10,5% 10,6% 10,1% 10,0% 9,3% 8,9% 9,0% 8,9% 8,6% 8,8% 7,8% 8,1%
Indústrias transformadoras 7,8% 8,2% 8,1% 8,9% 8,8% 9,4% 10,1% 7,9% 7,2% 8,0% 8,4% 8,5%
Atividades administrativas e dos serviços
1,9% 0,0% 2,1% 0,0% 2,5% 2,5% 2,5% 3,7% 4,2% 4,1% 3,1% 3,8%
de apoio
Análise:
EMPREGO
Indicador: Desempregados inscritos IEFP (média anual)
Unidade(s) de medida: Média anual de Desempregados
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata / IEFP/MTSSS-METD
Documento(s) de referência: Recenseamento (administrativo)
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Município
Descrição do indicador: “Candidato inscrito num Centro de Emprego que não tem trabalho,
procura um emprego como trabalhador por conta de outrem, está
imediatamente disponível e tem capacidade de trabalho.”
500
466
451
450 436 437 435 436
401
400 386
354
350 336
316 320
300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 38 – Desempregados inscritos, em % da população residente com 15 a 64 anos | Portugal, NUTS II,
NUTS III, Município|2020
9,00
7,70
5,80
6,00 5,50
4,90 4,90
4,60
3,60 3,80
2,70
3,00
0,00
Oleiros
PORTUGAL
Proença-a-Nova
Castelo Branco
BEIRA BAIXA
CENTRO
Idanha-a-Nova
Análise:
EMPREGO
Indicador: Taxa de Desemprego
Unidade(s) de medida: Peso da população desempregada sobre o total da população ativa
(%)
Periodicidade: Decenal
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata / IEFP/MTSSS-METD
Documento(s) de referência: Recenseamentos Gerais da População
Referência temporal 1981, 2001 e 2011
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Município
Descrição do indicador: “Taxa que permite definir o peso da população desempregada sobre o
total da população ativa.”
Gráfico 39 –Evolução da Taxa de Desemprego | Portugal, NUTS II, NUTS III, Município|1981, 2001 e 2011
14,00% 13,20%
11,90%
12,00% 11,00% 10,30% 10,60% 11,00%
9,70%
10,00% 8,30%
8,00%
5,10%
6,00%
4,00% 1981
2,00%
2001
0,00%
2011
Gráfico 40 – Taxa de Desemprego, por sexo | Portugal, NUTS II, NUTS III, Município|2011
Masculino Feminino
Análise:
Os dados aferidos, relativos aos momentos censitários de 1981, 2001 e 2011, confirmam a
tendência de agravamento da taxa de desemprego, em todas as unidades territoriais
consideradas. Em 2011, no contexto da sub-região da Beira Baixa, foi o concelho de Oleiros que
apresentou a menor taxa (5,10%). Contrariamente, foi o Município de Idanha-a-Nova que
registou a maior taxa de desemprego, de 11,90% (349 indivíduos), respetivamente.
Refira-se, ainda, que, em 2011, na totalidade das unidades espaciais consideradas, a taxa de
desemprego das mulheres excedeu a dos homens; no contexto do Município de Idanha-a-Nova,
em 2,9 p.p.
EMPRESAS
Indicador: Evolução do número de Empresas não financeiras
Unidade(s) de medida: Número de empresas não financeiras
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Sistema de Contas Integradas das Empresas
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Município
Descrição do indicador: “A empresa é a organização na qual empresário e trabalhadores
produzem e vendem bens ou serviços.”
1020
989 985
953 958
960 945
913 915
901
900 879
857
849
840
801
780
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 42 – Rácio de Empresas não financeiras por 100 habitantes| Portugal, NUTS II, NUTS III, Município
|2020
15,00
12,60
12,00 12,00
11,20 11,00 10,90 11,10
10,00 9,80
10,00
5,00
0,00
Oleiros
Proença-a-Nova
PORTUGAL
Castelo Branco
BEIRA BAIXA
CENTRO
Idanha-a-Nova
Análise:
Entre 2009 e 2020, o número de empresas não financeiras aumentou, em Idanha-a-Nova, de 913
para 958 (um crescimento de 4,93%). A análise aos dados permite ainda concluir que, em 2020,
o município de Idanha-a-Nova apresenta o maior rácio de empresas por cem habitantes entre
os municípios da Beira Baixa.
EMPRESAS
Indicador: Empresas não financeiras por sector de atividade económica
Unidade(s) de medida: Número de empresas não financeiras por sector de atividade
económica
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Sistema de Contas Integradas das Empresas
Referência temporal 2011 e 2020
Referência geográfica: Município
Descrição do indicador: “A empresa é a organização na qual empresário e trabalhadores
produzem e vendem bens ou serviços.”
Variação
2011 2020
Secção (CAE Rev.3) 2011-2020
N.º % N.º % N.º
A - Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 247 28,82% 344 35,91% 97
Obs. - O quadro inclui as secções A S, com exceção das "Atividades financeiras e de seguros" (secção K) e da "Administração Pública e
Defesa; Segurança Social Obrigatória” (Secção O). Não foram publicados os valores referentes às secções B e H.
Indústrias Extrativas
Indústrias transformadoras
Construção
Transportes e armazenagem
Atividades Imobiliárias
Educação
Análise:
A análise à distribuição do número de empresas não financeiras, por secções, definidas pela
CAE Rev.3, destaca claramente a secção “Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca”
das restantes secções, pela concentração do maior número de empresas não financeiras, em
todos os anos, objetos de aferição, correspondendo, em 2020, a aproximadamente 35,91% da
totalidade de empresas não financeiras (958 empresas), nas secções consideradas. Realça, em
simultâneo, o peso relativo do “Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos
automóveis e motociclos”, que representa cerca de 14,30% do total de empresas não
financeiras.
Os setores que, entre 2011 e 2020, registaram maior crescimento no n.º de empresas foram o
setor “Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio”, com um acréscimo de 4 empresas,
face a 2011 e o setor “Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares”, que agrega,
em 2020, mais 23 empresas do que em 2011.
Por sua vez, os setores que registaram uma maior queda no n.º de empresas foram os setores
“Atividades de informação e de comunicação” (menos 2 empresas) e “Outras atividades de
serviços” (menos 11 empresas).
TURISMO
Indicador: Evolução do número de Alojamentos Turísticos
Unidade(s) de medida: Número
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros Alojamentos
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: NUTS II, NUTS III, Município
Descrição do indicador: A partir de 2014 (inclusive), o total de alojamentos turísticos inclui as
novas unidades de Alojamento Local e os estabelecimentos do turismo
no espaço rural.
Gráfico 44 – Número de alojamentos turísticos | NUTS II, NUTS III, Município |2009-2020
60 1400
1200
50
1000
40
800
30
25 600
22
20 21
20 15 16
12
400
10 7 7 7 7 7 200
0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
0 0
100%
90% 1 1
80%
70%
3
60%
6
50%
10
40% 10
14
16
30%
20 17
20%
10%
4 6 6 7 7 6 5 6 6 6 5 4
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Hoteis Outros
Proença-a-Nova
11%
Idanha-a-Nova
Idanha-a-Nova Castelo Branco
38%
Oleiros
Penamacor
11% Penamacor
Proença-a-Nova
Vila Velha de Ródão
Oleiros
9%
Castelo Branco
24%
Análise:
TURISMO
Indicador: Capacidade nos Alojamentos Turísticos
Unidade(s) de medida: Cama
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros Alojamentos
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Municípios da Sub-região da Beira Baixa
Descrição do indicador: A partir de 2014 (inclusive), o total de alojamentos turísticos inclui as
novas unidades de Alojamento Local e os estabelecimentos do turismo
no espaço rural.
675
633 635
624 621 624 619 612
625
569
556 561
575
522
525
489
475
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Idanha-a-Nova
29%
Análise:
Em 2020, os alojamentos turísticos do concelho apresentavam uma oferta de 489 camas (-22,75%,
face a 2009), consequência, também, da situação pandémica COVID-19. Em 2015 e a partir de
2019, verificam-se decréscimos acentuados no número de camas disponíveis no concelho,
consequência das perdas de estabelecimentos de hotelaria, que não conseguiram ser
compensadas pelo acréscimo de novos alojamentos turísticos, que não estabelecimentos da
hotelaria. Acresce-se que, em 2020, o Município de Idanha-a-Nova é, da sub-região da Beira
Baixa, o segundo município a garantir a maior capacidade-camas, no contexto dos alojamentos
turísticos (29%).
TURISMO
Indicador: Hóspedes nos alojamentos turísticos
Unidade(s) de medida: Número de indivíduos
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros Alojamentos
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: NUTS II, NUTS III, Municípios
Descrição do indicador: A partir de 2014 (inclusive), o total de alojamentos turísticos inclui as
novas unidades de Alojamento Local e os estabelecimentos do turismo
no espaço rural.
10 000 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Idanha-a-Nova Centro
Oleiros Idanha-a-Nova
6%
Oleiros
Análise:
Da análise à evolução, entre 2009 e 2020, do número de hóspedes nos alojamentos turísticos do
concelho, constata-se uma tendência decrescente até 2015 (-37,84%), ano, a partir do qual, se
regista um crescimento significativo, até 2019 (59,87%). A partir de 2019, consequência da
pandemia COVID-19, a tendência assume o sentido descendente, com perda, em 2020, de
37,31% dos hóspedes. Ressalta-se, todavia, que, em 2020, o Município de Idanha-a-Nova é, da
sub-região da Beira Baixa, o segundo município a acumular o maior número de hóspedes (21%).
TURISMO
Indicador: Dormidas nos alojamentos turísticos
Unidade(s) de medida: Dormida
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros Alojamentos
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: NUTS II, NUTS III, Municípios
Descrição do indicador: A partir de 2014 (inclusive), o total de alojamentos turísticos inclui as
novas unidades de Alojamento Local e os estabelecimentos do turismo
no espaço rural.
Idanha-a-Nova Centro
Proença-a-Nova
Vila Velha de Ródão
4%
6%
Penamacor
9%
Castelo Branco
Oleiros Idanha-a-Nova
6%
Oleiros
Castelo Branco
51% Penamacor
Proença-a-Nova
Vila Velha de Ródão
Idanha-a-Nova
24%
Análise:
TURISMO
Indicador: Estada média nos alojamentos turísticos
Unidade(s) de medida: Média
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros Alojamentos
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Município
Descrição do indicador: A partir de 2014 (inclusive), o total de alojamentos turísticos inclui as
novas unidades de Alojamento Local e os estabelecimentos do turismo
no espaço rural.
Gráfico 53 – Evolução estadia média nos alojamentos turísticos | Portugal, NUTS II, Município|2009-2020
3,1
2,9 2,9
2,9 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8
2,7 2,7
2,7 2,6
2,7 2,5
2,5 2,4
2,4
2,3 Idanha-a-Nova
2,3 2,2 2,2
2,1 2,1 CENTRO
2,1 2,0 2,0 PORTUGAL
1,9 1,9
1,9
Gráfico 54 – Estadia Média nos alojamentos turísticos | Portugal, NUTS II, NUTS III, Município|2020
PORTUGAL 2,5
CENTRO 1,8
BEIRA BAIXA 1,8
Castelo Branco 1,7
Idanha-a-Nova 2,1
Oleiros 1,8
Penamacor 1,7
Proença-a-Nova 1,8
Vila Velha de Ródão 2,5
Análise:
Entre 2009 e 2020, no concelho, a estada média nos alojamentos turísticos reduziu 8,70%,
registando, em 2020, uma permanência média de 2,1 noites, valor superior ao aferido na Região
Centro (1,8), sub-região da Beira Baixa (1,8) e aos concelhos que a constituem, com exceção
do município de Vila Velha de Rodão (2,5).
AR
Indicador: Qualidade do ar
Unidade(s) de medida: índice
Periodicidade: Diário
Fonte(s) de informação: Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Plataforma “QUALAR”
Documento(s) de referência: ---
Referência temporal 2010 e 2018
Referência geográfica: Municípios de Vouzela e Fundão
Descrição do indicador: O concelho de Idanha-a-Nova insere-se na Zona Centro Interior e as
estacoes de monitorização da qualidade do ar de referência localizam-
se nos municípios de Vouzela e do Fundão.
Gráfico 55 – Índice da qualidade do ar anual (n.º de dias/ano) |Municípios de Vouzela e Fundão |2010 e
2018
350
291
300 276
250
200
150
100
59
50 29
8 8 6 0 1 0
0
Muito bom Bom Médio Fraco Mau
2010 2018
Análise:
ÁGUA
Indicador: Qualidade da água para consumo humano
Unidade(s) de medida: % (Proporção)
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, I.P.
Documento(s) de referência: ---
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Município de Idanha-a-Nova
Descrição do indicador: “Corresponde à percentagem de água controlada e de boa
qualidade, sendo este o produto da percentagem de cumprimento da
frequência de amostragem pela percentagem de cumprimento dos
valores paramétricos fixados na legislação, tal como definido no Anexo
II do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto. Em que a Percentagem
de análises realizadas = [1- (N.º de análises em falta) / (N.º de análises
regulamentares obrigatórias)] *100 e a Percentagem de análises em
cumprimento do valor paramétrico = [(N.º de análises em cumprimento
do valor paramétrico) / (N.º de análises realizadas com valor
paramétrico)] *100.”
100,1 100
100
99,9 99,8 99,8 99,8
99,8
99,7 99,7 99,6 99,6 99,6
99,6
99,5 99,4
99,4 99,3
99,3 99,2 99,2
99,2
99,1
99
98,9
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Análise:
De acordo com os dados disponibilizados pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e
Resíduos (ERSAR), a qualidade da água para consumo no Município de Idanha-a-Nova, revela
que, em 2001, a percentagem de água segura era de 87,60%. Como se poderá constatar, houve
melhorias significativas, concluindo-se que, de 2009 a 2020, a proporção de água segura é
superior a 99,0% e destacando-se o ano de 2013, onde este indicador atingiu o melhor resultado
possível, de 100%.
ÁGUA
Indicador: Água distribuída por habitante
Unidade(s) de medida: Metro cúbico/ Habitante (m³/ hab.)
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: INE, ERSAR, ERSARA, DREM, Sistemas públicos urbanos de serviços de
águas / vertente física e de funcionamento
Documento(s) de referência: Sistemas públicos urbanos de serviços de águas / vertente física e de
funcionamento
Referência temporal 2011-2019
Referência geográfica: País, Região Centro, Beira Baixa e Município de Idanha-a-Nova
Descrição do indicador: “Volume de água, incluindo água exportada, que é fornecido a
consumidores registados, à própria entidade gestora e a outros, implícita
ou explicitamente autorizados, para uso doméstico, comercial e
industrial, durante o período de referência. O consumo pode ser
faturado ou não faturado, medido ou não medido, de acordo com a
prática local.”
Gráfico 57 – Água distribuída por habitante (m³/ hab.) | País, Região Centro, Beira Baixa e Município de
Idanha-a-Nova |2011-2019
140
116,4 117,5
120
100,7 103,2
99,3 98,3
100
78,7 78,6
69,2 80
60
40
20
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Análise:
Este indicador revela que, no Município de Idanha-a-Nova, é distribuída mais água por habitante
e por ano do que nos municípios limítrofes e do que na média dos municípios do País (da ordem
dos 63,6m3/hab.) A capitação da água distribuída, entre 2011 e 2019, no Município de Idanha-
a-Nova, é superior a todas as unidades territoriais que o integram, oscilando entre os 69,2m3/hab.
(2012) e os 117,5m3/hab (2016). De notar que este indicador relaciona o total de água distribuída
apenas com a população residente. Contudo o consumo de água não se deve apenas a esta
população, mas também à população flutuante, que inclui os turistas e todos aqueles que
trabalham ou estudam no concelho sem que nele residam.
ÁGUA
Indicador: Águas residuais drenadas por habitante
Unidade(s) de medida: Metro cúbico/ Habitante (m³/ hab.)
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: INE, ERSAR, ERSARA, DREM, Sistemas públicos urbanos de serviços de
águas / vertente física e de funcionamento
Documento(s) de referência: Sistemas públicos urbanos de serviços de águas / vertente física e de
funcionamento
Referência temporal 2011-2019
Referência geográfica: Região Centro, Beira Baixa e Município de Idanha-a-Nova
Descrição do indicador: “Águas usadas e que podem conter quantidades importantes de
produtos em suspensão ou dissolvidos, com ação perniciosa para o
ambiente. Não se consideram as águas de arrefecimento.”
Gráfico 58 – Águas residuais drenadas por habitante (m³/ hab.) | Região Centro, Beira Baixa e Município
de Idanha-a-Nova |2011-2019
160
142,4
129,9 140
120
96 98,3
94,1 93,7
89,2 100
69,1 80
53,9
60
40
20
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Análise:
No que respeita às águas residuais drenadas, verifica-se que, entre 2011 e 20019, os valores de
capitação oscilam entre os 53,9m3/hab. (2011) e os 142,4m3/hab (2016). Tal como verificado no
indicador de água distribuída, o indicador de água residual drenada por habitante e por ano é
influenciado pela população flutuante e atinge em Idanha-a-Nova valores superiores ao
verificado nos concelhos limítrofes e à média da Região Centro. Este indicador revela a mesma
tendência do observado, isto é, crescente de 2011 a 2016 e decrescente de 2016 a 2019.
ENERGIA
Indicador: Consumo de energia elétrica por habitante
Unidade(s) de medida: kWh (quilowatt-hora)/ hab.
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Recenseamento (administrativo)
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios
Descrição do indicador: “Energia produzida por centrais hidroelétricas, nucleares e térmicas
convencionais, de ondas e marés, eólicas e solares fotovoltaicas.”
3794,0
3800,0
3756,0
3743,2
3750,0
3696,6 3693,3 3697,8
3700,0
3632,9 3643,9
3650,0 3618,5
3597,8
3600,0
3597,9
3550,0
3500,0 3507,7
3450,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 60 – Consumo de energia elétrica pro habitante (KWh) | Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios
|2020
Proença-a-Nova 2 896,0
Penamacor 3 055,3
Oleiros 4 932,1
Idanha-a-Nova 3 794,0
CENTRO 5 602,3
PORTUGAL 4 590,8
0,0 10 000,0 20 000,0 30 000,0 40 000,0 50 000,0 60 000,0 70 000,0 80 000,0 90 000,0 100 000,0
Análise:
No município de Idanha-a-Nova, o consumo de energia elétrica foi de 3.794 kWh por habitante
no ano de 2020, valor 1% mais alto do que em 2009.
Entre os municípios da Beira Baixa, o município de Idanha-a-Nova apresenta o 3.º maior consumo
de energia elétrica por habitante.
RESÍDUOS
Indicador: Resíduos urbanos por tipo de recolha
Unidade(s) de medida: Tonelada
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estatísticas dos Resíduos Urbanos
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios
Descrição do indicador: “Resíduo proveniente das habitações privadas bem como outros
resíduos que, pela sua natureza ou composição, sejam semelhantes aos
resíduos provenientes das habitações.”
6000
4940
5000 4371 4351 4360 4335 4357 4435
4209 4129
3933 3968 4033
4000
3000
2000
655 686 671 815 685
591 624 550
1000 360 251 368
40
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 62 – Percentagem de recolha seletiva de resíduos urbanos | Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios
|2020
25,0% 21,5%
20,0% 16,8% 16,3% 16,9% 17,1% 17,2%
14,2% 14,8%
15,0% 12,7%
10,0%
5,0%
0,0%
PORTUGAL
Oleiros
BEIRA BAIXA
Proença-a-Nova
CENTRO
Castelo Branco
Idanha-a-Nova
Análise:
RESÍDUOS
Indicador: Resíduos para aterro
Unidade(s) de medida: Tonelada
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Estudo estatístico
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios
Descrição do indicador: “O aterro é uma infraestrutura onde se depositam os resíduos que não
foram recuperados para outros fins.”
120,0%
99,2%
100,0% 92,4%
80,0%
67,0%
40,0%
24,0%
0,0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 64 – Percentagem de resíduos para aterro | Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios |2020
80,0%
65,1% 67,0% 65,8%
70,0% 65,0% 64,1% 63,3% 64,8%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Análise:
DESPESAS
Indicador: Despesas dos municípios em ambiente
Unidade(s) de medida: Euro
Periodicidade: Anual
Fonte(s) de informação: Instituto Nacional de Estatística (INE) / Pordata
Documento(s) de referência: Inquérito aos Municípios - Proteção do Ambiente
Referência temporal 2009-2020
Referência geográfica: Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios
Descrição do indicador: Despesas dos municípios em ambiente no ano civil / Despesas efetivas
das Câmaras Municipais
1400
1205
1200 1075
1015
939 946
1000 880
803 826 836
759
800 659
561
600
400
200
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 66 – Despesas dos municípios em ambiente (%) | Portugal, NUTS II, NUTS III, Municípios |2019
Análise:
A sua disseminação pelo território concelhio não é, naturalmente, viável pelo que deve optar-se
por uma distribuição equilibrada, em função da dinâmica económica e social do concelho, de
forma a ser possibilitado o acesso fácil aos seus potenciais utilizadores.
Os equipamentos coletivos considerados no âmbito das propostas do PDM, pelo seu papel
essencial de apoio social e de satisfação das necessidades básicas da população, são os
seguintes: Equipamento Escolar, Segurança Social, Saúde, Desportivo e Cultural.
Importa referir que a avaliação realizada é eminentemente quantitativa, facto que por si só
justifica que possam existir diferentes leituras da realidade, muito embora, em termos estruturais,
qualquer abordagem não será muito diferente da realizada. Contudo, a Rede Social será o
Programa potencial para uma visão e futura intervenção qualitativa e “personalizada”, neste e
noutros domínios.
Equipamentos Educativos
Equipamentos de Saúde
Equipamentos
Coletivos
Equipamentos Desportivos
EQUIPAMENTOS COLETIVOS
Indicador: Equipamentos Educativos
DGESTE - Direção-geral dos estabelecimentos escolares
Fonte(s) de informação:
Escola Superior de Gestão do IPCB
Referência temporal Ano Letivo 2019/2020
Referência geográfica: Município de Idanha-a-Nova
N.º de Crianças
Nome Lugar Freguesia Nível de ensino (ano letivo
2019/2020)
União de Freguesias
Jardim de Infância de Termas de Termas de
de Monfortinho e Pré-escolar 4
Monfortinho Monfortinho
Salvaterra
Jardim de Infância de São Miguel de São Miguel
São Miguel D’Acha Pré-escolar 3
Acha D’Acha
Pré-escolar
Escola Básica de Ladoeiro Ladoeiro Ladoeiro 10 + 31 (41)
1.º CEB
União de Freguesias
Pré-escolar
Escola Básica de Idanha-a-Nova Idanha-a-Nova de Idanha-a-Nova e 48 + 102 (150)
1.º CEB
Alcafozes
União de Freguesias
Pré-escolar
Escola Básica de Zebreira Zebreira de Zebreira e 14 + 50 (64)
1.º CEB
Segura
Pré-escolar
Escola Básica de Penha Garcia Penha Garcia Penha Garcia 5 + 24 (29)
1.º CEB
Pré-escolar
Escola Básica de Monsanto Monsanto Monsanto 19 + 25 (44)
1.º CEB
781
N.º de Crianças
Nome Lugar Freguesia Nível de ensino (ano letivo
2019/2020)
Jardim Infantil Mascal (Movimento de Apoio à
Ladoeiro Ladoeiro Pré-escolar 10
Comunidade)
União de
Jardim Infantil do Centro Assistência Social St.ª Freguesias de
Idanha-a-Nova Pré-escolar 17
Casa da Misericórdia Idanha-a-Nova
e Alcafozes
União de 3.º CEB (CEF)
Freguesias de Secundário
Escola Profissional da Raia Idanha-a-Nova 21 + 83 (104)
Idanha-a-Nova (Cursos
e Alcafozes Profissionais)
União de
Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova Freguesias de
Idanha-a-Nova Ensino Superior 484
Instituto Politécnico de Castelo Branco Idanha-a-Nova
e Alcafozes
615
Verifica-se ainda que 5 dos estabelecimentos referidos se situam união de freguesia de Idanha-
a-Nova e Alcafozes (41,67%), 2 na freguesia do Ladoeiro (16,67%) e 1 na união de freguesias de
Zebreira e Segura e nas freguesias de Penha Garcia, Monfortinho, Monsanto e São Miguel
D’Acha (8,33%, cada).
A análise à distribuição dos níveis de educação e ensino por estabelecimentos de ensino revela
que, no ano letivo 2019/2020, existiam no concelho de Idanha-a-Nova:
EQUIPAMENTOS COLETIVOS
Indicador: Equipamentos de Solidariedade e Segurança Social
Segurança Social
Município de Idanha-a-Nova (Divisão de Educação, Ação Social,
Fonte(s) de informação:
Cultura, Turismo, Desporto e Tempos Livres (DEASCTDTL))
Carta Social de Idanha-a-Nova
Referência temporal 2022
Referência geográfica: Município de Idanha-a-Nova, freguesias
Quadro 24 – Equipamentos de Apoio à Infância (Creches) |Natureza pública e privada |Ano letivo de
2019/2020
N.º de Crianças
Nome Lugar Natureza (ano letivo
2019/2020)
Creche Municipal das Termas de Monfortinho Termas de Monfortinho Pública 21
Creche do Centro Assistência Social St.ª Casa da Misericórdia Idanha-a-Nova Privada ---
Creche do Movimento de Apoio e Solidariedade Colectiva ao
Ladoeiro Privada ---
Ladoeiro, MASCAL
46
Obs.: CEB – Dados referentes aos equipamentos de natureza privada indisponíveis.
Quadro 25 - Equipamentos de Apoio à Terceira Idade e respetivas valências, por freguesia | 2022
No que respeita à dotação de equipamentos de apoio à infância, verifica-se que existe oferta
de 4 creches, destinadas à população residente com até 3 anos (Termas de Monfortinho,
Rosmaninhal, Idanha-a-Nova e Ladoeiro), 2 de natureza pública, geridas pelo Município de
Idanha-a-Nova, e frequentadas por um total de 46 crianças (ano letivo 2019/2020) e 2 de
natureza privada.
O levantamento efetuado permite, ainda, concluir que, em 2022, o concelho é servido por um
total de 17 equipamentos de apoio à terceira idade, distribuídos de acordo com as seguintes
valências:
• 15 estabelecimentos com apoio domiciliário;
• 14 Centros de dia;
• 1 Centro de Noite;
• 7 estabelecimentos com Lar.
EQUIPAMENTOS COLETIVOS
Indicador: Equipamentos de Saúde
www.infarmed.pt (Consultado em 11/05/2012)
Fonte(s) de informação:
www.ulscb.min-saude.pt (Consultado em 11/05/2012)
Referência temporal 2022
Referência geográfica: Município de Idanha-a-Nova, freguesias
Farmácias e Postos
Unidade Territorial Centros de Saúde Extensões de Saúde Farmacêuticos
Móveis
Concelho de Idanha-a-Nova 1 20 4
Análise:
EQUIPAMENTOS COLETIVOS
Indicador: Equipamentos Desportivos
Município de Idanha-a-Nova (Divisão de Educação, Ação Social,
Fonte(s) de informação:
Cultura, Turismo, Desporto e Tempos Livres (DEASCTDTL))
Referência temporal 2022
Referência geográfica: Município de Idanha-a-Nova, freguesias
Concelho de Idanha-a-Nova 11 24 2 6 1
Análise:
EQUIPAMENTOS COLETIVOS
Indicador: Equipamentos de Cultura e Tempos Livres
Município de Idanha-a-Nova (Divisão de Educação, Ação Social,
Fonte(s) de informação: Cultura, Turismo, Desporto e Tempos Livres (DEASCTDTL))
CCDRC (Museus e Espaços museológicos)
Referência temporal 2022
Referência geográfica: Município de Idanha-a-Nova, freguesias
Análise:
EQUIPAMENTOS COLETIVOS
Indicador: Equipamentos de Segurança e Proteção Civil
Fonte(s) de informação: Município de Idanha-a-Nova (Gabinete Municipal de Proteção Civil)
Referência temporal 2022
Referência geográfica: Município de Idanha-a-Nova, freguesias
Análise:
Avaliar é um processo complexo, que não deve ser realizado por uma só pessoa, nem se esgota
num único momento. Serve, segundo Prada (2008) e Batista e Silva et al. (2009), para enriquecer
todo o processo de ordenamento e planeamento do território, para legitimá-lo e para assegurar
uma melhor viabilidade aos territórios e o seu uso sustentável.
Uma leitura cruzada dos diversos indicadores apresentados nos pontos anteriores permite
concluir que a evolução ocorrida na década passada se traduziu, por vezes, no prolongamento
de tendências já observadas anteriormente, embora por vezes de forma mais atenuada. A
tendência de perda populacional constitui um exemplo significativo a este respeito. Noutras
situações, tendências observadas nos anos 90 sofreram uma inversão nos dez anos posteriores,
como é o caso do emprego em certas atividades. Noutros domínios ainda, como é o caso dos
indicadores associados às dinâmicas construtivas, ocorreram alterações significativas já no
decurso do passado decénio, não sendo possível identificar uma tendência de fundo para todo
o período.
Neste sentido, a avaliação incide sobre a execução dos seguintes planos municipais de
ordenamento do território (PMOT) em vigor no concelho de Idanha-a-Nova:
O PDM de Idanha-a-Nova, foi ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 43/94,
publicada no Diário da República, 1.ª série-B, n.º 140, de 20 de junho de 1994, e alterado pela
Declaração n.º 28/2001, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 21, de 25 de janeiro de
2001 e Declaração n.º 4/2004, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 298, de 08 de janeiro
de 2004.
Modernização e
reestruturação da
base económica
Contenção do
Melhoria dos níveis declínio
de cobertura em demográfico
Equilíbrio e
infraestruturas através da criação
funcionalidade da
básicas (água, de condições de
rede urbana
esgotos e recolha fixação e/ou
de lixos) atração da
população
Defesa do
património natural
e construído
De acordo com os n.ºs 1 e 2 do artigo 8.º da Lei de Bases da Política Pública de Solos, de
Ordenamento do Território e de Urbanismo (Lei n.º 31/2014, de 30 de maio), constitui dever das
autarquias locais “promover a política pública de solos, de ordenamento do território e de
urbanismo”, designadamente “planear e programar o uso do solo e promover a respetiva
concretização”.
Com base neste pressuposto, o Município de Idanha-a-Nova procura, com esta alteração ao
PDM, operacionalizar a gestão do território e definir e concretizar uma opção estratégica de
ordenamento e desenvolvimento do território, consentânea com as dinâmicas evolutivas que o
município tem vivenciado, assente numa política de promoção do desenvolvimento e coesão
social, económica e territorial, no respeito pelas especificidades existentes e antecipando as
necessidades futuras.
A dinâmica dos planos territoriais, prevista nos artigos 115.º e 118.º do RJIGT, prevê que o PDM
possa ser objeto de alteração decorrente, nomeadamente:
a) “Da evolução das condições ambientais, económicas, sociais e culturais subjacentes e
que fundamentam as opções definidas no programa ou no plano;
b) Da incompatibilidade ou da desconformidade com outros programas e planos territoriais
aprovados ou ratificados;
c) Da entrada em vigor de leis ou regulamentos que colidam com as respetivas disposições
ou que estabeleçam servidões administrativas ou restrições de utilidade pública que
afetem as mesmas.” (n.º 2, do artigo 115.º, do RJIGT)
e
1. Declaração n.º 28/2001, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 21, de 25 de janeiro
de 2001
PDM de Idanha-a-Nova, ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 43/94, publicada
no Diário da República, 1.ª série-B, n.º 140, de 20 de junho de 1994:
Os índices máximos admitidos nos espaços urbanos e urbanizáveis, com exceção dos espaços
urbanizáveis de vocação recreativa, são os seguintes:
a) A densidade bruta é de 40 fogos por hectare nos aglomerados de nível I, de 30 fogos por
hectare nos de nível II, de 25 fogos por hectare nos de nível III e de 15 fogos por hectare nos de
níveis IV e V;
b) O coeficiente de ocupação do solo bruto é de 0,35 nos aglomerados de nível I, de 0,30 nos
de nível II, de 0,25 nos de nível III e de 0,20 nos de níveis IV e V;
c) O índice de utilização do solo bruto é de 1 nos aglomerados de nível I, de 0,75 nos de nível II,
de 0,50 nos de nível III e de 0,40 nos de níveis IV e V;
QUADRO N.º 3
Índice de
Densidade Coeficiente de Altura Número
Nível utilização
Aglomerados bruta (máxima) ocupação do (máxima) de pisos
hierárquico do solo
(fogos/hectare) solo (máximo) (metros) (máximo)
(máximo)
I Idanha-a-Nova e Termas de Monfortinho 40 0,35 1,00 12 4
II Ladoeiro, Penha Garcia e Zebreira 30 0,30 0,75 9 3
III Restantes sedes de freguesia 25 0,25 0,50 9 3
Outros aglomerados delimitados na
IV 15 0,20 0,40 6,5 2
planta de ordenamento
V Restantes aglomerados 15 0,20 0,40 6,5 2
--- Espaços urbanizáveis de vocação
1 0,05 0,10 6,5 2
recreativa
Declaração n.º 28/2001, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 21, de 25 de janeiro de
2001:
Os índices máximos admitidos nos espaços urbanos e urbanizáveis, com exceção dos espaços
urbanizáveis de vocação recreativa, são os seguintes:
a) (…)
b) O coeficiente de ocupação do solo bruto é de 0,35 nos aglomerados de nível I, de 0,30 nos
de nível II, de 0,25 nos de nível III e de 0,20 nos de nível IV;
c) O índice de utilização do solo bruto é de 1 nos aglomerados de nível I, de 0,75 nos de nível II,
de 0,50 nos de nível III e de 0,40 no de nível IV;
d) (…)
e) (…)
QUADRO N.º 3
Índice de
Densidade Coeficiente de Altura Número
Nível utilização
Aglomerados bruta (máxima) ocupação do (máxima) de pisos
hierárquico do solo
(fogos/hectare) solo (máximo) (metros) (máximo)
(máximo)
I Idanha-a-Nova e Termas de Monfortinho 40 0,35 1,00 12 4
II Ladoeiro, Penha Garcia e Zebreira 30 0,30 0,75 9 3
III Restantes sedes de freguesia 25 0,25 0,50 9 3
Outros aglomerados delimitados na
IV 15 0,20 0,40 6,5 2
planta de ordenamento
PDM de Idanha-a-Nova, ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 43/94, publicada
no Diário da República, 1.ª série-B, n.º 140, de 20 de junho de 1994:
Artigo 38.º
Espaços urbanos
1 - Os espaços urbanos têm o estatuto de ocupação para fins urbanos, habitacionais, comerciais
e de serviços, incluindo equipamentos públicos ou privados, edificados ou não, por disporem de
infraestruturas urbanísticas, caracterizando-se por uma concentração de funções urbanas.
2 - Estes espaços podem ainda ter outras utilizações ou ocupações, desde que compatíveis com
o uso dominante atrás estipulado, designadamente com a função habitacional.
3 - Os espaços urbanos estão sujeitos aos seguintes condicionamentos:
a) As construções novas deverão integrar-se harmoniosamente no tecido urbano construído,
mantendo as características de alinhamento, cércea, volumetria e ocupação do lote
tradicionais do aglomerado em que se inserem;
b) A altura máxima das edificações não poderá ultrapassar a cércea mais alta das edificações
imediatamente contíguas;
c) A cércea máxima em situação de reconstrução é, em alternativa, a admitida na alínea
anterior ou na edificação a substituir;
d) O alinhamento definido pelas edificações imediatamente contíguas será obrigatoriamente
respeitado;
e) Sem prejuízo do disposto no Regulamento Geral das Edificações Urbanas, a profundidade das
edificações habitacionais não excederá os 15 m, medidos a partir do plano marginal à via
pública.
Artigo 38.º
Espaços urbanos
1 – (…)
2 - (…)
3 - (…)
a) (…)
b) A altura máxima das edificações não poderá ultrapassar a cércea mais alta das edificações
imediatamente contíguas ou a moda das cérceas do arruamento onde se integra o novo
edifício, competindo à Câmara Municipal avaliar, caso a caso, qual destas opções garante a
homogeneidade e coerência do conjunto urbano em que se insere;
c) (…)
d) (…)
e) (…)
1. Ao nível do regulamento:
− Alteração da redação dos artigos: 4.º, 7.º, 17.º, 29.º, 31.º, 41.º e 55.º;
− São aditados os artigos: 6.º-A, 31.º-A, 31.º-B, 58.º, 59.º, 60.º, 61.º, 62.º, 63.º, 64.º, 65.º, 66.º,
67.º, 68.º, 69.º, 70.º, 71.º, 72.º, 73.º, 74.º, 75.º, 76.º, 77.º, 78.º, 79.º e 80.º;
− São introduzidas as seguintes alterações sistemáticas:
É corrigida a numeração da Secção VI – Espaços Naturais, do Capítulo III – Uso Dominante
do Solo – Espaços não urbanos, a qual passa para Secção V – Espaços Naturais, do
Capítulo III – Uso Dominante do Solo – Espaços não urbanos;
É aditada a Secção VI – Zonas de proteção da Albufeira de Idanha, no Capítulo III – Uso
Dominante do Solo – Espaços não urbanos;
É aditada a Secção VII – Áreas de proteção do Parque Natural do Tejo Internacional, no
Capítulo III – Uso Dominante do Solo – Espaços não urbanos;
É aditado o Capítulo VIII com a epígrafe «Albufeira de Idanha»;
É aditado o Capítulo IX com a epígrafe «Parque Natural do Tejo Internacional»;
O Capítulo VIII com a epígrafe «Disposições finais e transitórias» passa para Capítulo X
com a mesma epígrafe;
Os artigos 58.º e 59.º passam respetivamente para os artigos 81.º e 82.º.
Sem prejuízo do disposto na legislação aplicável a cada caso, a Câmara Municipal poderá
autorizar a edificação de instalações destinadas à actividade agro-pecuária sujeitas aos
seguintes condicionamentos:
a) A área bruta de construção máxima é de 2000 m2;
b) A altura máxima é de 4,5 m, medidos à platibanda ou beirado e um piso;
c) Os efluentes de instalações agro-pecuárias ou de nitreiras não podem ser lançados
directamente em linhas de água, devendo ser previamente assegurado o seu tratamento
bacteriológico e químico;
d) O afastamento mínimo a zonas residenciais e equipamentos colectivos é de 200 m.
1 - Sem prejuízo do disposto na legislação aplicável a cada caso, a Câmara Municipal poderá
autorizar a edificação de instalações destinadas à atividade agropecuária sujeitas aos seguintes
condicionamentos:
a) O índice de utilização do solo máximo será de 0,20;
b) A altura máxima será de 9 metros, medidos à platibanda ou beirado, com a exceção de silos,
depósitos de água ou instalações especiais devidamente justificadas.
c) Os efluentes de instalações agropecuárias ou de nitreiras não podem ser lançados
diretamente em linhas de água, devendo ser previamente assegurado o seu tratamento
bacteriológico e químico;
d) O afastamento mínimo a zonas residenciais e equipamentos coletivos é de 200 m.
Sem prejuízo do disposto nos artigos 17.º, 18.º, 19.º e 20.º deste Regulamento e com a excepção
da categoria dos espaços florestais de protecção, nestes espaços pode ser apenas autorizada
a construção de edificações destinadas a equipamentos colectivos, a habitação para
proprietários ou titulares dos direitos de exploração, a trabalhadores permanentes, a turismo de
habitação, turismo rural e agro-turismo, a instalações agro-pecuárias, a apoio de explorações
agrícolas e florestais e a instalações de vigilância e combate a incêndios florestais.
Sem prejuízo do disposto nos artigos 17.º, 18.º, 19.º e 20.º deste Regulamento, é permitido, com a
exceção da categoria dos espaços florestais de proteção, os seguintes usos:
a) Edifícios de apoio às atividades agrícolas, florestais e pecuárias;
b) Estabelecimento industrial e agroalimentar de fabrico, transformação e venda de
produtos agrícolas, pecuários e florestais, desde que autorizada a respetiva localização
pela entidade competente;
c) Empreendimentos turísticos isolados;
d) Equipamentos de utilização coletiva;
e) Campos de tiro e outras edificações de apoio à atividade cinegética;
f) Instalações ou equipamentos de apoio ao recreio e lazer ao ar livre, designadamente
parques de merendas, miradouros ou estruturas de apoio;
g) Instalações de vigilância, prevenção e apoio ao combate a incêndios florestais;
h) Instalação de infraestruturas e edifícios conexos destinadas ao aproveitamento de
energias renováveis, desde que a Câmara Municipal reconheça que tal não acarreta
prejuízos inaceitáveis para o ordenamento e desenvolvimento local, após ponderação
dos seus eventuais efeitos negativos nos usos dominantes e na qualidade ambiental,
paisagística e funcional das áreas afetadas.
A interpretação e aplicabilidade deste artigo tem evidenciado algumas dúvidas, pelo que se
revelou oportuno promover a clarificação do texto regulamentar, alargando o âmbito das
atividades económicas, admitidas no Concelho, nomeadamente ao setor das energias
renováveis, de forma que o documento contribua para o desenvolvimento económico e social
sustentável do Concelho.
Na sequência do disposto no n.º 2 do artigo 199.º do RJIGT, o município terá que proceder à
inserção, no plano municipal em vigor, das novas regras de classificação e qualificação do solo,
através de uma alteração ao PDM, dispondo de um prazo de 5 anos, após a entrada em vigor
do RJIGT, sob pena de suspensão das normas do plano, não podendo ocorrer qualquer
intervenção que implique a ocupação, uso e transformação da área abrangida.
Assim, de modo a dar cumprimento ao previsto no RJIGT, a Câmara irá proceder à avaliação
das áreas urbanizáveis do PDM, de acordo com os artigos 5.º, 6.º e 7.º do Decreto Regulamentar
n.º 15/2015, de 19 de agosto, sendo que a apreciação das áreas urbanizáveis implica uma
reavaliação das UOPG delimitadas no PDM.
Nesse sentido, este subcapítulo abordará cada um dos cinco objetivos propostos, relativamente
ao seu grau de concretização. No entanto, por questões meramente operativas, estabelecem-
se os seguintes eixos de intervenção:
6.2.4.1 – Demografia
Para além destes fluxos de natureza regular deverão ainda ser considerados outros de mais difícil
quantificação, designadamente os relacionados com o turismo, com a cultura e lazer, com as
compras, com a atividade empresarial ou com a prestação de serviços sociais, pessoais e
coletivos.
Área
Domínio Indicador 2001 2011 2020 2021 Evolução
temática
População residente total (n.º de
11 659 9 716 --- 8 356
indivíduos)
População estrangeira com
estatuto legal de residente (n.º de --- 250 503 ---
indivíduos)
População
Saldo natural (n.º de indivíduos) - 212 -139 -215 ---
Saldo migratório
28 - 59 98 ---
(n.º de indivíduos)
Saldo total (n.º de indivíduos) -184 -198 -117 ---
Face ao exposto, e pese embora o decréscimo populacional aferido, conclui-se uma maior
atratividade do território de Idanha-a-Nova, percetível, sobretudo, nos movimentos
populacionais (migrações e movimentos pendulares) que se observam, na redução ligeira do
seu maior ativo, que é a população em idade ativa, e nas qualificações académicas superiores,
fomentando a regeneração e sustentabilidade populacional futura.
O concelho figura, desta forma, como um concelho atrativo, recetor de população, destacando-
se como o segundo maior polarizador da envolvente regional, concentrando, em 2021, 10,34%
da população sub-regional.
No PDM, em vigor (1994), e no que ao setor económico concerne, são identificados como fatores
limitativos ao desenvolvimento do concelho:
• Acessibilidade ao concelho
“(…) o facto de se encontrar à margem do eixo de crescimento da Região da Beira
Interior, visto não existirem infraestruturas viárias que permitam uma acessibilidade e
mobilidade indispensáveis para sustentarem as relações de troca entre os vários agentes
económicos, de forma a possibilitarem o seu desenvolvimento.”;
• A atividade turística
“Idanha-a-Nova apresenta potencialidades turísticas que devidamente enquadradas
num plano de desenvolvimento, explorando as novas correntes turísticas que se vão
manifestando na procura de destinos fora do tradicional, poderá apresentar taxas de
crescimento significativas.”;
2. Para além do aproveitamento dos recursos naturais, a agricultura deverá também ser um
vetor de desenvolvimento do concelho.
SETOR PRIMÁRIO
Em 2019, ano referente ao último Recenseamento Geral da Agricultura, promovido pelo Instituto
Nacional de Estatística, o concelho de Idanha-a-Nova apresenta uma superfície de 141 634
hectares, dos quais 88 078 são superfícies agrícolas utilizadas, isto é, superfícies das explorações
que incluem terras aráveis (limpa e sob coberto de matas e florestas), horta familiar, culturas
permanentes e pastagens permanentes, concluindo-se que 62,19% do solo se encontra afeta ao
setor primário (64%, em 1979).
20 - menos de 50 ha 12,07%
5 - menos de 20 ha 5,14%
1 - menos de 5 ha -20,39%
Menos de 1 ha -63,51%
-80,00% -60,00% -40,00% -20,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%
20 - menos de 50 ha 14,95%
5 - menos de 20 ha 10,70%
1 - menos de 5 ha -17,12%
Menos de 1 ha -62,41%
O aumento da dimensão média das explorações (31,3 ha, em 1989 e 54,5 ha, em 2019) deve-se,
não só, a uma concentração fundiária em grandes unidades produtivas, mas também ao efetivo
redimensionamento das explorações de média dimensão, uma vez que se registam alterações
significativas quer em número quer na respetiva superfície agrícola utilizada.
Refira-se, também, e no que ao modo de produção diz respeito, que a área em produção
biológica é de 17 492 hectares (20,7% da superfície agrícola total), sendo que 81,60% são
pastagens permanentes, 10,91% culturas temporárias, 7,48% culturas permanentes e 0,05%
pousio. Relativamente à superfície em conversão de agricultura biológica, afere-se um total de
741 hectares. A proporção de explorações agrícolas com agricultura biológica inteira, em 2019,
8,31%, correspondendo a 134 explorações agrícolas.
Gráfico 69 – População residente empregada, por setor | Município |1981, 2001 e 2011
70,00% 66,01%
60,00% 53,94%
49,63%
50,00%
40,00%
31,23%
27,59%
30,00%
18,47% 19,14% 17,58%
20,00% 16,42%
10,00%
0,00%
1981 2001 2011
Todavia, terciarização será a palavra que, nas últimas décadas, melhor descreverá a evolução
da economia portuguesa, no geral, e do concelho, em particular. Entre 1981 e 2011, para além
da incidência crescente do setor terciário (serviços, comércio e distribuição) na retenção da
população empregada, verifica-se o decréscimo progressivo, relativamente às atividades do
setor primário e do setor secundário (onde se incluem as atividades industriais). O setor terciário,
por sua vez, absorveu grande parte da mão-de-obra da população empregada, perfazendo,
em 2011, no território concelhio, cerca de 66,0% de população empregada.
SETOR SECUNDÁRIO
Conforme já analisado, a distribuição dos ativos por setores de atividade registou uma evolução
digna de referência. Com efeito, são os setores primário e terciário que registam as alterações
mais significativas, num contexto em que a afetação da população ao setor secundário se
mantém, praticamente, inalterável (17,58%, em 2011).
Os dados mais recentes (Quadros de Pessoal), relativos a 2020 e ao emprego formal (por conta
de outrem), permitem concluir que, no âmbito das atividades referenciadas como pertencendo
ao setor secundário, são as “Indústrias transformadoras” que empregam o maior número de
trabalhadores (139), seguidas pelo setor da “Construção” (138 empregados) e pelo setor da
“Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio” (5 empregados). No espaço decorrido
entre 2010 e 2020, o emprego na construção e na indústria transformadora diminuem 26,20% e
2,11%, respetivamente, ao contrário do que sucedeu com o emprego na eletricidade, gás,
vapor, água quente e fria e ar frio, que viu afetar 5 empregados ao seu setor.
Conforme mencionado no atual PDM: “Se para o desenvolvimento dos setores económicos,
anteriormente referenciados, se tornava necessário a existência de recursos humanos
tecnicamente apetrechados, para o desenvolvimento da área de serviços, esta vertente assume
importância capital.”.
Esta evolução, como já referido, está, contudo, em consonância com a tendência atual de
terciarização dos sistemas económicos, materializada na retração do setor primário e na
expansão dos setores comerciais e de serviços.
De acordo com os Quadros do Pessoal, as atividades terciárias ocupam 52% do emprego formal
(por conta de outrem) do concelho. Destaca-se o “Comércio por grosso e a retalho; reparação
de veículos automóveis e motociclos” que é a principal atividade geradora de emprego (277
trabalhadores), seguida do “Alojamento, restauração e similares” (212 trabalhadores) e da
“Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares” (75 trabalhadores). Só estas três
atividades ocupam cerca de 63% do setor terciário.
TURISMO
No âmbito da atividade turística, o PDM evidencia que o concelho de Idanha-a-Nova “(…) não
só possui uma paisagem natural bastante preservada, como detém património cultural possível
de ser explorado e apresenta potencialidades para a exploração de infraestruturas turísticas
(…)”, podendo apresentar taxas de crescimento significativas.
A generalidade dos meios de alojamento turístico registou, em 2019, 20697 hóspedes, que
proporcionaram 48857 dormidas, traduzindo-se em diminuições, face a 2009, de 0,62% e 20,81%,
respetivamente, (-37,70% e -45,04%, relativamente a 2020).
Em termos globais, apesar do PDM não assegurar, por si só, a concretização das ações propostas
ao nível do turismo, muitas delas dependentes do investimento privado, a significativa evolução
positiva nos anos mais recentes justifica uma avaliação globalmente positiva dos objetivos
preconizados.
Área
Domínio Indicador 2001 2011 2019 2020 Evolução
temática
Considera-se, face ao exposto, que, pese embora o seu carater mais generalista, as ações
propostas no PDM, em vigor, que visam o desenvolvimento económico do concelho de Idanha-
a-Nova, se encontram, de um modo geral, concretizadas.
HABITAÇÃO
A questão habitacional é um dos principais fatores que levam à transformação do território, daí
que, já o Decreto-Lei n-º 69/90, de 2 de março e o Decreto-Lei n-º 211/92, de 8 de outubro, que
regulavam os Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT), definissem, como um dos
objetivos destes Planos, “determinar as carências habitacionais, enquadrando as orientações e
soluções adequadas no âmbito da política de habitação.” (alínea c), n.º 2, Art.º 5.º.).
Nos últimos vinte anos, registou-se um tímido crescimento do parque habitacional de 8,24% (940
novos alojamentos), tendo sido, contudo, contrário à evolução da população, que no mesmo
período diminuiu 28,33% (menos 3303 indivíduos). As dinâmicas demográficas nem sempre estão
associadas às dinâmicas construtivas, isto é, nem sempre o crescimento demográfico tem
implícito o crescimento do parque habitacional, como também o inverso não sucede
frequentemente.
O comportamento do parque habitacional, entre 2011 e 2021, permite ainda identificar, três
grandes grupos de freguesias:
No que concerne à obsolescência do parque edificado, de acordo com os censos 2011, a idade
média dos edifícios é de 42,45 anos, reconhecendo, do ponto de vista da sua degradação:
• 5,58% de edifícios com necessidade de grandes reparações ou muito degradados (649
edifícios);
• 34,90% de edifícios com necessidade de reparação (4059 edifícios).
SÍNTESE CONCLUSIVA
Face ao exposto, e aos dados apurados referentes às décadas que o antecederam, refere o
atual PDM que: “A conservação e qualificação do parque existente é, pois, uma tarefa
prioritária, que tem de acompanhar a evolução deste, de modo a conseguir-se uma estrutura
urbana equilibrada. Neste sentido, será importante o desenvolvimento de ações que permitam
melhorias, nomeadamente nas condições de habitabilidade, designadamente:
Habitação Nível de
Designação da ação execução
de reabilitação/conservação);
Equipamentos Educativos
Em 1991, todas as freguesias do concelho eram servidas por escolas primárias, localizadas nas
respetivas sedes. Existiam, inclusivamente, nas freguesias de Idanha-a-Nova e Monsanto,
unidades instaladas fora das sedes (na Sra. da Graça, para a freguesia de Idanha-a-Nova e em
Relva e Carroqueiro, para Monsanto). No total das 27 escolas primárias existentes, apenas 25 se
encontravam a funcionar, já que uma se encontrava desativada e outra apenas a funcionar
como posto de telescola, acolhendo um total de 665 alunos.
Se, de acordo com o atual PDM, e relativamente ao ensino primário, “(…) as carências
quantitativas não existem.”, o mesmo não sucedia com a situação da rede escolar afeta ao
ensino preparatório e secundário, uma vez que “(…) apenas existe um estabelecimento
localizado na sede concelhia. (…) Em termos quantitativos, o ensino preparatório e unificado
está assegurado a todos os indivíduos com idades entre os 10 e os 14 anos, embora não se possa
dizer o mesmo em termos qualitativos. Assim, conclui-se que não há número de utilizadores que
justifique a construção de novas instalações, mas tem que criar condições que reduzam os custos
relativos às deslocações dos alunos para Idanha.
Apurados os dados relativos ao ano letivo 2019/2020 conclui-se que o concelho se encontra
bem-dotado face aos quantitativos populacionais em presença (rede pública e privada): 9
estabelecimentos de ensino com Educação Pré-Escolar, 6 estabelecimentos de ensino com 1.º
ciclo do Ensino Básico, 1 estabelecimentos de ensino com o 2.º ciclo do Ensino Básico, 2
estabelecimentos de ensino com o 3.º ciclo do Ensino Básico, 2 estabelecimentos de ensino com
Ensino Secundário e 1 estabelecimento de Ensino Superior, acolhendo um total de 1396 crianças
/ alunos.
No que respeita à dotação de equipamentos e serviços sociais, ao nível do apoio à 3.ª idade, o
concelho dispunha, em 1994, de 2 lares (em Idanha-a-Nova e Monsanto) e de um terceiro, em
construção (Zebreira). Atualmente, foram identificados 17 equipamentos, um conjunto muito
significativo de estruturas de apoio, que integra serviços de lares (7), centros de dia (14), centro
de noite (1) e serviços de apoio domiciliário (15).
Equipamentos de Saúde
Todavia, e à semelhança do que é referido no atual PDM, “(…) mostra-se urgente a adoção de
medidas que incentivem a fixação de quadros técnicos necessários (…).
Quadro 34 - Nível de execução das ações propostas no PDM em vigor: Equipamentos Coletivos
Equipamentos Educativos
• Realizar contratos com as empresas de transportes para aumentar a frequência
✔
do serviço, ajustar os percursos e os horários;
• Criar e implementar instrumentos financeiros, com a participação dos serviços
escolares, para apoiar a população com mais dificuldades;
✔
• Colocar em funcionamento um transporte camarário que efetue,
exclusivamente, o transporte dos estudantes que residem em áreas mais ✔
afastadas e não servidas, de forma ajustada, pelos transportes coletivos;
• Funcionamento de equipamentos complementares, na escola ou em
instalações associadas, para a prática de atividades culturais, recreativas e ✔
desportivas;
• Prestação de serviço alimentar através de bares e refeitórios, o que permite a
✔
realização de refeições de qualidade e nos horários adequados.
Equipamentos de Solidariedade e Segurança Social
• Colocar em funcionamento 9 novas unidades de jardim de infância (3 meses
aos 5 anos), das quais 3 localizadas em Idanha-a-Nova e as restantes distribuídas ✔
igualmente por Zebreira, Rosmaninhal e S. Miguel D’Acha;
• Quanto às creches, a solução mais viável e ajustada à dispersão do
povoamento e à distância entre os vários aglomerados e Idanha-a-Nova, é
implementar instalações locais dimensionadas para o quantitativo
✔
populacional;
• Implementar Centros de Dia em cada sede de freguesia. (*) −
Equipamentos de Saúde
• Melhorar as condições de instalação dos postos de saúde, que existem em todas
−
as sedes de freguesia;
• Aumento do número de farmácias de menor dimensão e que assegurem os
serviços mínimos.
Equipamentos Desportivos de Cultura e Tempos Livres
• Associação atividades afetas a diferentes grupos etários, promovendo a
continuidade de certas tradições que identificam culturalmente a população;
✔
• Criação de instrumentos de apoio às associações e solicitar a sua participação
na animação cultural – festejos, feiras, etc. – o que promove a imagem e a
dinâmica do concelho e permite obter meios para aumentar a qualidade das
✔
atividades sociais.
ACESSIBILIDADES
Fonte: Volume VI – Rede Viária e Transportes, PDM, em vigor (1994) / Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
Analisando a distribuição das extensões viárias por categoriais de vias, referentes a 1994,
constata-se que a mesma se apresenta distorcida, relativamente ao que seria desejável, uma
vez que, em geral, numa rede viária com estruturação adequada, as extensões viárias devem
decrescer com o aumento da categoria hierárquica das vias, exatamente o inverso do que
sucedia na rede viária do concelho.
Desde a entrada em vigor do PDM de Idanha-a-Nova até 2021, foram concretizados, um total
de 144,30 km, correspondendo a uma variação da extensão viária de 46,18%. Entre as principais
intervenções efetuadas, previstas no PDM, destacam-se:
INFRAESTRUTURAS URBANAS
Face ao exposto, analisa-se o nível de execução das ações propostas no PDM, em vigor, relativas
às Acessibilidades e Infraestruturas Urbanas.
Quadro 36 - Nível de execução das ações propostas no PDM em vigor: Acessibilidades e Infraestruturas
Urbanas
Acessibilidades
• Dotar o concelho de alternativas de ligação em condições, no mínimo,
razoáveis nas duas direções preferenciais, que a localização dos diversos polos
geradores, de nível local e a própria estrutura da rede envolvente aconselham:
✔
Norte-Sul e Poente- Nascente.
• Adoção de um traçado que, a partir da atual EN233 passe junto à sede do
concelho e termina na nova fronteira a construir nas Termas de Monfortinho.
✔
• Adoção de um corredor para a implantação do traçado semelhante ao da
atual EN239, na zona norte do concelho, terminando, igualmente, na nova ✔
ponte sobre o ERGES.
• Ligações ao exterior do concelho, asseguradas por:
IC8, que atravessará transversalmente o território, ligando-o, no sentido poente,
a Castelo Branco
IP2, assegurando, no sentido nascente, a ligação à rede viária do país vizinho.
A terceira ligação mais importante à rede viária exterior será completada pela
atual EM557, que efetuará as ligações a Penamacor, Fundão e Vilar Formoso.
Infraestruturas Urbanas
• Manifesta-se necessária a revisão / renovação de redes de distribuição de água
em zonas de execução mais antiga (com sintomas de envelhecimento), nos ✔
aglomerados de Idanha-a-Nova, Ladoeiro e Segura.
• Execução das redes de recolha, com tratamento de esgotos domésticos, em
aglomerados não servidos e que já dispõem de abastecimento domiciliário de ✔
água, nas freguesias de Idanha-a-Nova, Monsanto e Rosmaninhal.
• Execução de sistema de tratamento em Aldeia de Santa Margarida. ✔
• Execução de ETAR em Idanha-a-Nova com extensão de tratamento a todos os
✔
efluentes recolhidos.
• Revisão, com correção de deficiências no funcionamento, da rede de recolha
do Ladoeiro.
✔
• Execução de sistema de tratamento de esgotos em Ladoeiro. ✔
• Execução de sistemas de tratamento de esgotos de Monfortinho e na povoação
de Torre;
✔
• Execução de sistema de tratamento em São Miguel D’Acha. ✔
• Construção de aterro sanitário controlado. ✔
Para tal, deverá a administração central assegurar aos municípios acessibilidades exteriores,
adequadas ao desenvolvimento harmonioso e ao ordenamento equilibrado do território, quer à
escala nacional, quer regional, através das vias integradas na Rede Complementar, formada
por Itinerários Complementares (IC) e por Estradas Nacionais (EN).
O conceito e âmbito de Património Cultural é definido pelo Estado Português, através da Lei n.º
107/2001, de 08 de Setembro4, na sua redação atual, que estabelece as bases da política e do
regime de proteção e valorização do património cultural, como englobando todos os bens
materiais e imateriais que constituam parcelas estruturantes da identidade e da memória
coletiva portuguesas, sejam testemunhos com valor de civilização ou de cultura, portadores de
interesse cultural relevante, que sejam da maior relevância para a compreensão, permanência
e construção da identidade nacional, e possibilitem, ao mesmo tempo, uma democratização
da cultura.
• Monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas ou por grupos de tais
formações com valor universal excecional do ponto de vista estético ou científico;
• As formações geológicas e fisiológicas e as zonas estritamente delimitadas, que
constituem habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas, com valor universal
excecional do ponto de vista da ciência ou da conservação;
• Os locais de interesse naturais ou zonas naturais estritamente delimitadas, com valor
universal excecional do ponto de vista da ciência, conservação ou beleza natural.
PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO
De acordo com o número 1, do artigo 74.º, da Lei n.º 107/2001, de 08 de setembro, que
estabelece as bases da política e do regime de proteção e valorização do património cultural,
“integram o património arqueológico e paleontológico todos os vestígios, bens e outros indícios
da evolução do planeta, da vida e dos seres humanos:
O património arqueológico é património nacional, uma vez que constituem testemunhos com
valor de civilização ou de cultura, portadores de interesse cultural relevante e refletem valores
de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade, ou
exemplaridade, competindo ao Estado proceder ao seu arquivo, conservação, gestão,
valorização e divulgação.
PATRIMÓNIO NATURAL
A Área Protegida, de carácter nacional, do Tejo Internacional, foi criada pelo Decreto
Regulamentar n.º 9/2000, de 18 de agosto - Parque Natural do Tejo Internacional. Esta área
ocupa parte do concelho de Idanha-a-Nova e tem como com objetivo primordial “proteger o
património natural, através de um correto ordenamento, conforme as potencialidades e
características de cada zona, tendo em vista a preservação da biodiversidade e a utilização
sustentável das espécies, habitats e ecossistemas.”
A Resolução do Conselho de Ministros n.º 170/2008, de 21 de novembro, aprovou, por sua vez, o
Plano de Ordenamento da Albufeira de Idanha (POAI), que abrange o Plano de Água e a Zona
de Proteção da Albufeira, integrando o território do concelho de Idanha-a-Nova. O
ordenamento do plano de água e zona envolvente procura conciliar a forte procura desta área
com a conservação dos valores ambientais e ecológicos e, principalmente, a preservação da
qualidade da água e o aproveitamento dos recursos através de uma abordagem integrada das
potencialidades e das limitações do meio, com vista à definição de um modelo de
desenvolvimento sustentável para o território.
A Rede Natura 2000, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21
de julho, é uma rede ecológica que tem por objetivo contribuir para assegurar a biodiversidade
através da conservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens no território da
União Europeia e integra cerca 11 300,92 ha do território concelhio (8%).
PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO
1 – Conjunto Arquitetónico;
2 – Conjunto Urbano;
3 – Monumentos (Edifícios e Estruturas construídas).
As intervenções no património cultural devem, pelo exposto, observar e cuidar das diversas
valências e expressões que o caracterizam, numa operação técnica pluridisciplinar integrada e
rigorosa, decisiva para a futura fruição pública dos monumentos, conjuntos ou sítios e dos
respetivos contextos que com eles possuem uma relação interpretativa e informativa.
A Lei n.º 107/2001, de 08 de setembro, na sua redação atual, que estabelece as bases da política
e do regime de proteção e valorização do património cultural, através do seu artigo 15.º,
estabelece que, consoante o seu valor relativo, os bens imóveis de interesse cultural podem ser
classificados como de interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal.
Determina ainda, através do mesmo artigo, que os bens imóveis podem pertencer às categorias
de monumento, conjunto ou sítio, nos termos em que tais categorias se encontram definidas no
direito internacional,
Categoria /
Designação Categoria de Proteção Freguesia
Tipologia
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Villa de
Villa Romana de Barros Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 edificação Oledo
dezembro 1997 romana.
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial:
Pelourinho de Penha Garcia Penha Garcia
Decreto n.º 23 122, DR n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho
Religiosa:
Edifício e Igreja da Santa Casa
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, edifício de
da Misericórdia de Proença-a- Proença-a-Velha
Decreto n.º 67/97, DR n.º 301 de 31 dezembro 1997 confraria /
Velha
irmandade
Igreja Paroquial de Proença-a- Religiosa:
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público,
Velha / Igreja de Nossa Senhora igreja Proença-a-Velha
Decreto n.º 5/2002, DR n.º 42 de 19 fevereiro 2002
da Silva paroquial
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial:
Pelourinho de Proença-a-Velha Proença-a-Velha
Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial:
Pelourinho de Rosmaninhal Rosmaninhal
Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho
Religiosa: U.F. de
Igreja da Santa Casa da Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público,
igreja de Monfortinho e
Misericórdia de Salvaterra do Portaria n.º 178/2013, DR, 2.ª série, n.º 67 de 05 abril
confraria / Salvaterra do
Extremo 2013
irmandade Extremo
U.F. de
Igreja Paroquial de Salvaterra Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Religiosa:
Monfortinho e
do Extremo / Igreja de Nossa Decreto n.º 67/97, DR n.º 301 de 31 dezembro de igreja
Salvaterra do
Senhora da Conceição 1997 paroquial
Extremo
U.F. de
Pelourinho de Salvaterra do Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial: Monfortinho e
Extremo Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho Salvaterra do
Extremo
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público,
Capela Românica de São Pedro Religiosa: U.F. de Monsanto
Decreto n.º 42 007, DG n.º 265 de 06 dezembro
de Vir-à-Corça capela e Idanha-a-Velha
1958
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público,
Decreto n.º 40 684, DG n.º 146 de 13 julho 1956. Religiosa: U.F. de Monsanto
Catedral de Idanha-a-Velha
Incluído na Zona do Proteção do Conjunto catedral e Idanha-a-Velha
arquitetónico e arqueológico de Idanha-a-Velha
Estação Arqueológica Romana Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Agrícola e U.F. de Monsanto
de São Lourenço Decreto n.º 26 - A / 92, DR n.º 126 de 01 junho 1992 florestal: villa e Idanha-a-Velha
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial: U.F. de Monsanto
Pelourinho de Idanha-a-Velha
Decreto n.º 23 122, DR n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho e Idanha-a-Velha
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial: U.F. de Monsanto
Pelourinho de Monsanto
Decreto n.º 23 122, DR n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho e Idanha-a-Velha
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público,
Decreto n.º 40 684, DG n.º 146 de 13 julho 1956. Transportes: U.F. de Monsanto
Ponte sobre o Rio Ponsul
Incluído na Zona do Proteção do Conjunto ponte e Idanha-a-Velha
arquitetónico e arqueológico de Idanha-a-Velha
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público,
Povoação de Monsanto / Aldeia U.F. de Monsanto
Decreto n.º 28/82, DR, 1ª série, n.º 47 de 26 Não aplicável
Velha de Monsanto e Idanha-a-Velha
fevereiro 1982
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº
Militar: castelo
Castelo e Muralhas de 37 077, DG, 1.ª série, n.º 228 de 29 setembro 1948 / U.F. de Monsanto
e cerca
Monsanto ZEP, Portaria, DG, 2.ª Série, n.º 265 de 14 novembro e Idanha-a-Velha
urbana
1950
Povoação de Idanha-a-Velha /
Conjunto arquitetónico e Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº U.F. de Monsanto
Não aplicável
arqueológico de Idanha-a- 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997 e Idanha-a-Velha
Velha
Castelo de Segura / Fortaleza Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, U.F. de Zebreira e
Militar: castelo
de Segura Decreto n.º 42 255, DG n.º 105 de 08 maio 1959 Segura
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial: U.F. de Zebreira e
Pelourinho de Segura
Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho Segura
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Judicial: U.F. de Zebreira e
Pelourinho de Zebreira
Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933 pelourinho Segura
1. Imóveis classificados:
Monumento Nacional
• Castelo e Muralhas de Monsanto
Constata-se um evidente dinamismo, neste âmbito, uma vez que, decorridos 28 anos, se verifica
um incremento de 1 Monumento Nacional, 1 Monumento de Interesse Público e 4 Imóveis de
Interesse Público.
Área (m2)
FONTE: Portaria n.º 682/93, de 21 de julho, publicada no 2.ª Série-B do Diário da República
Com efeito, num mundo global e incerto, as oportunidades podem ser diversas, mas existem
sérios riscos de virem a ser desperdiçadas, o que poderá comprometer as estratégias de
desenvolvimento municipal a médio ou longo prazo, sendo necessário, por vezes, repensar as
opções do plano para determinados territórios.
Qualquer uma destas infraestruturas foram construídas a mais de 20 anos, e encontram-se desde
então em funcionamento. Atualmente, essas infraestruturas assumem-se como essenciais e
imprescindíveis ao normal desenrolar da atividade da recolha dos resíduos sólidos urbanos de
todo o concelho de Idanha-a-Nova, assim como o tratamento das águas residuais de toda a
Zona Industrial.
Através do Aviso n.º 6415/2021, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 67, deu-se início
ao procedimento de revisão do plano e à sua suspensão parcial, com a adoção de medidas
preventivas, verificadas as circunstâncias excecionais resultantes da alteração significativa das
perspetivas de desenvolvimento económico e social local ou situações de fragilidade ambiental
incompatíveis com a concretização das opções estabelecidas no plano, com a incidência
territorial apenas numa parcela com a área aproximada de 7,2700 ha.
Figura 13 – Evolução dos Territórios artificializados| Zona Industrial de Idanha-a-Nova | 1995 e 2018
Área (m2)
Figura 14 – Territórios artificializados| Zona Industrial de Penha Garcia | 1995, 2007 e 2018
O plano não foi objeto, desde a sua publicação, de qualquer alteração, considerando-se
necessária a sua adequação às alterações significativas das perspetivas de desenvolvimento
económico e social local.
A abordagem a ser tomada nesta temática é considerada particularmente sensível, no que diz
respeito aos instrumentos de apoio ao acesso à habitação por parte de famílias que vivem em
situações de grave carência habitacional, e que geralmente enfrentam outros obstáculos mais
profundos à sua inclusão, como o caso da pobreza, desemprego, discriminação e falta de
qualificações. Sendo por isso, urgente, a necessidade da elaboração de um programa desta
natureza, que visa a promoção de soluções habitacionais para pessoas e agregados familiares
que vivem em condições indignas, não dispondo de capacidade financeira para suportar o
custo de uma habitação adequada.
Este objetivo prevê a dinamização do processo de reabilitação em detrimento da construção nova, sendo
que esta solução aumenta a vida útil dos edifícios com consequente rentabilização dos recursos ambientais
já investidos, sendo que contribui também para a minimização dos resíduos de construção e para a
conservação da natureza e biodiversidade. Neste contexto, considera-se fundamental estimular e apoiar
a intervenção física e funcional no edificado, criando condições para que a reabilitação seja a principal
forma de intervenção ao nível do edificado e do desenvolvimento urbano, passando a reabilitação da
exceção à regra, assumindo a generalização da sua expressão territorial e fomentando intervenções
integradas.
Pretende-se com este objetivo fomentar uma alternativa à compra de habitação, através do
desenvolvimento de novas formas de habitação acessíveis, incentivando a colocação de fogos privados
no mercado do arrendamento. O conhecimento atual permite sublinhar a importância da diversidade e
da transformação das estruturas familiares, por isso, este objetivo deverá ter a capacidade de adaptação
do sistema habitacional a necessidades emergentes associadas a essas transformações. A ELH, deverá por
isso ter como objetivo a valorização da diversidade de soluções e escolhas habitacionais. Reconhecendo
a necessidade da existência de uma "Bolsa de Habitações" para a integração de alojamentos de
emergência, de transição ou de inserção, que respondam a situações de risco, abrangendo por exemplo
casos de violência doméstica, população sem abrigo ou em habitação precária, refugiados, ou
realojamento de comunidades desintegradas como, comunidades ciganas, quer também as situações
excecionais decorrentes.
Este objetivo relaciona-se diretamente com qualquer um dos objetivos supracitados, na medida em que
este Instrumento de Financiamento é apenas viável com a complementaridade de uma solução
habitacional de construção ou de reabilitação, promovida com o financiamento concebido nos termos e
ao abrigo do Programa do 1º Direito. A aquisição de terrenos, pode ser útil na regularização de áreas de
génese ilegal e clandestina, no sentido de opor a concentração espacial de habitação social, que
frequentemente abrangendo famílias com problemas, aumenta a discriminação e segregação social, e
inclusivamente, potenciar conflitos e marginalidade, o que pode levar à constituição de "guetos" territoriais,
entende-se que esta opção vem vincular a opção da construção de pequenos núcleos de habitação, por
exemplo de cariz social dispersos no tecido urbano, facilitando a integração das famílias a realojar,
fortalecendo a coesão territorial.
Tendo por base a visão preconizada para o território, é possível identificar diferentes grupos-alvo que detém
diferentes necessidades e enfrentam diferentes desafios no acesso à habitação, considerando o contexto
analisado, identificam-se as seguintes prioridades de atuação:
No âmbito do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU 2020), e do Fundo
Especial de Investimento de Imobiliário Fechado (FUNDIESTAMO):
• População Idosa e com necessidades Específicas, nomeadamente agregados desta faixa etária
e/ ou com necessidades especificas que apresentam a viver em situações de insalubridade e
insegurança, precariedade, sobrelotação e inadequação, necessitando de apoio no acesso e
manutenção da sua habitação. Disponibilizando soluções habitacionais adequadas às
necessidades da população e incentivar a reabilitação do parque edificado.
• Estudantes do Ensino Superior, nomeadamente alunos nacionais deslocados de fora do concelho
e alunos internacionais oriundos de países de Língua Oficial Portuguesa (Palop's), promovendo
soluções de reabilitação do edificado de forma a revitalizar o património habitacional do
Concelho.
• População Geral, considerando que se trata de uma estratégia abrangente, que visa promover
soluções de arrendamento e reconstrução acessível de habitações, por parte do Município ou
privados, para agregados familiares em carência financeira ou particulares que optem residir no
Concelho de Idanha-a-Nova. Por parte dos privados pretende-se promover e incentivar a
reabilitação do parque urbano, que optem por adquirir imóveis devolutos ou em ruína
pertencentes ao património Municipal por um valor simbólico (de acordo com a avaliação do
respetivo imóvel), desde que estes se comprometam à reabilitação dos mesmos.
166
6.4.2 – OPERAÇÕES DE REABILITAÇÃO URBANA (ORU)
Refira-se, ainda, que as diferentes ORU, consubstanciam uma operação de reabilitação urbana
sistemática, enquadradas por um Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU) os quais,
sem prejuízo dos deveres de reabilitação de edifícios que impedem sobre os particulares e da
iniciativa particular, na promoção da reabilitação urbana, enquadra as intervenções tendentes
à respetiva execução, as quais são ativamente promovidas pelas entidades gestoras.
Com a delimitação das diversas ARU e correspondentes ORU pretende-se dar cumprimento aos
desígnios enunciados pelo Município de Idanha-a-Nova, no sentido de aumentar a qualidade
de vida dos residentes, através de operações que visam mitigar vulnerabilidades sociais e
aumentar a qualidade do espaço público, criando, simultaneamente, condições para a
revitalização do tecido económico e social, através da colmatação urbanística e do
aproveitamento sustentável do terreno expectante, com a consequente fixação de nova
população residente.
ARU de Zebreira
Numa era marcada pela incerteza e pela mudança rápida, num contexto de grande interação
entre territórios e de estabelecimento de relações complexas entre os mesmos, o planeamento
estratégico municipal não pode corresponder apenas a uma postura reativa, de mero
ajustamento a tendências, dada a necessidade constante de mudança e inovação, palavras-
chave na afirmação de territórios. Dessa forma, o planeamento estratégico deverá refletir uma
visão ofensiva, qualitativamente ambiciosa, contemplando uma postura proactiva ao lado dos
atores locais, particularmente, da autarquia.
Na última década, dos 100 municípios que constituem a região Centro, 87 registaram
decréscimos populacionais e apenas 13 registaram aumentos. Segundo os resultados
preliminares dos Censos 2021, residem no concelho de Idanha-a-Nova 8356 pessoas, das quais
3999 homens (48%) e 4357 mulheres (52%). Nos últimos 10 anos, a população residente no
concelho reduziu-se em 1360 pessoas, correspondendo a um decréscimo populacional de 14,0%
(inferior à penúltima década, 16,67%). Os seis concelhos que integram a sub-região apresentam
decréscimo populacional. Idanha-a-Nova regista a terceira pior quebra populacional, entre
2011 e 2021, depois de Penamacor (-16,09%) e de Oleiros (-14,26%). Atualmente, o efetivo
populacional do concelho representa 10,34% do total da sub-região da Beira Baixa, mantendo-
o como o segundo maior polarizador da envolvente sub-regional.
Nas últimas décadas, o comportamento demográfico do concelho tem sido marcado pela
evolução negativa das duas componentes de crescimento: o crescimento natural tem sido
determinado pelo número superior de óbitos do que de nascimentos e o crescimento migratório
tem sido justificado pelo número de saídas do concelho ser muito superior ao número de
entradas. Em 2020, o enfraquecimento do crescimento natural, que atingiu valores negativos (-
215 indivíduos), em conjugação com a aceleração do crescimento migratório para valores mais
elevados (98 indivíduos), tiveram como consequência a desaceleração do ritmo de crescimento
efetivo negativo (-117 indivíduos, taxa de crescimento efetivo de -1,47%, superior a 2011, que se
cifrou em -2,05%).
Entre 2011 e 2021, verificou-se uma diminuição da população em todos os grupos etários. O
grupo dos 0 aos 14 anos sofreu a redução mais significativa (-14,3%). Desta forma, agravou-se o
fenómeno do duplo envelhecimento da população, caracterizado pelo aumento da
população idosa e pela redução da população jovem. Esta estrutura etária envelhecida
encontra justificação na existência de apenas 8,68% população jovem (até aos 14 anos), de
48,53% de população adulta (dos 14 aos 64 anos) e de 42,80% de população idosa (com mais
de 65 anos). Consequentemente, no concelho, passámos a ter 493 idosos por cada 100 jovens,
ou seja, o número de idosos no concelho é sensivelmente o quíntuplo dos jovens residentes. No
conjunto dos municípios da sub-região da Beira Baixa, o concelho de Idanha-a-Nova regista,
simultaneamente, o terceiro maior peso de jovens (8,68%) e o terceiro menor peso de população
idosa (42,80%). Oleiros, Penamacor e Vila Velha de Rodão são os concelhos mais envelhecidos
da sub-região.
Em 2021, no concelho existem menos famílias clássicas e com uma dimensão média inferior. São
3823 agregados domésticos privados, traduzindo um decréscimo de 12,86%, face a 2011. Na
última década, aumentou também o número de pessoas que vivem sozinhas, representando,
em 2021, 34,1% do total de agregados familiares do concelho (30,7% em 2011).
O parque edificado concelhio é composto por 12078 edifícios (que aumentaram 3,85% face a
2011) e por 12322 alojamentos clássicos (variação de 4,21%, relativamente a 2011). O concelho
concentra 20,7% dos edifícios da sub-região da Beira Baixa e 16,67% do total de alojamentos.
Destes alojamentos, 30,86% são para residência habitual, 55,75% de residência secundária e
13,38% estão vagos. A importância dos alojamentos vagos aumentou (9,53 pontos percentuais)
na última década, em detrimento das outras formas de ocupação.
Na distribuição sectorial dos ativos observa-se, em 2011, uma preponderante afetação ao setor
terciário (66,01%), face aos setores secundário (17,58%) e primário (16,42%), em consonância, em
termos estruturais, com a repartição setorial da sub-região da Beira Baixa.
No que se refere aos resíduos urbanos, os dados concelhios, apurados para 2020, apontam para
uma recolha de 4814 toneladas de resíduos urbanos (decréscimo de -192 toneladas,
relativamente a 2011), correspondente, em 2020, a 602,90 quilogramas de resíduos urbanos
gerados por habitante (518,0 kg/hab. em 2011). Foram recolhidos de forma seletiva (ecopontos,
porta-a-porta, circuitos especiais, ecocentros e grandes produtores de resíduos urbanos), em
2020, 685 toneladas de resíduos urbanos (655 toneladas em 2011), um incremento de 30
toneladas (4,6%).
Atualmente, do ponto de vista legal, essa situação foi inteiramente modificada, e o quadro com
influência direta sobre o ordenamento do território é, hoje, denso, complexo e multissetorial. A
este acrescem os instrumentos de gestão do território, propriamente ditos, do âmbito nacional
ao local.
Para alem das alterações constantes no novo RJIGT, o PDM, enquanto instrumento que define
uma estratégica de base territorial para o desenvolvimento local, integra e articula as
orientações (particularmente de natureza estratégica) dos Instrumentos de Gestão Territorial de
âmbito nacional e regional, bem como de outros documentos orientadores internacionais,
nacionais, regionais, intermunicipais e mesmo municipais, e constitui um instrumento de
referência para o desenvolvimento das intervenções setoriais.
ÂMBITO NACIONAL
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT)
Programa Nacional de Regadios
Programa Nacional para as Alterações Climáticas 2020-2030 (PNAC)
Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água 2012-2020 (PNUEA)
Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020
Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PANCD)
Plano de Ordenamento do Parque Natural do Tejo Internacional
Plano de Ordenamento da Albufeira de Idanha
Plano de Gestão da Região Hidrográfica Tejo e Ribeiras do Oeste (RH5)
Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) 2030
Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+) 2014-2020
Plano Estratégico Nacional dos Serviços de Abastecimento de Água e de Águas Residuais
(PENSAAR) 2020
Plano Nacional da Água (PNA)
Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde (PNAAS) 2008-2013
Plano Nacional de Prevenção de Resíduos Industriais (PNAPRI)
Plano Rodoviário Nacional
Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN 2000)
Turismo 2020 – Plano de Ação para o Desenvolvimento do Turismo em Portugal
Estratégia Nacional para a Habitação 2015-2031
Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade para 2030
“Uma Agenda para o Território”, são as políticas de intervenção no território a assumir o papel
central. A necessidade de intervir com políticas detalhadas e a importância da monitorização
(por exemplo, do estado dos solos) são pontos importantes desta rubrica, que aponta, ainda, os
efeitos esperados no território (a título de exemplo, a redução das áreas expectantes para
urbanização) e elenca, para cada efeito esperado, as entidades com responsabilidades na
concretização dos resultados práticos.
A elaboração do PROT da Região Centro foi determinada em 2006 por Resolução do Conselho
de Ministros n.º 31/2006, de 23 de março, abrangendo a totalidade da região. Entre as funções
do plano com maior relevância para o concelho de Idanha-a-Nova, conta-se:
• A proteção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos e florestais;
• O aproveitamento do potencial turístico, dando projeção internacional ao património
natural, cultural e paisagístico;
• A mobilização do potencial agropecuário e a valorização dos grandes
empreendimentos hidroagrícolas;
• O reforço da cooperação transfronteiriça, visando uma melhor inserção ibérica das sub-
regiões do interior.
Ocupa agora uma área de cerca de 26 484 ha, abrangendo parte dos concelhos de Castelo
Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
A albufeira de Idanha localiza-se num troço do rio Ponsul, dispondo de uma capacidade total
de armazenamento de cerca de 78 100 dam3 e de uma superfície inundável, ao nível pleno de
armazenamento, de 678 ha.
Encontra-se classificada, pelo Decreto Regulamentar n.º 2/88, de 20 de janeiro, como albufeira
protegida. De acordo com aquele diploma, “albufeiras protegidas são aquelas cuja água é ou
se prevê que venha a ser utilizada para abastecimento de populações e aquelas cuja proteção
é ditada por razões de defesa ecológica”.
O ordenamento do plano de água e zona envolvente procura conciliar a forte procura desta
área com a conservação dos valores ambientais e ecológicos e, principalmente, a preservação
da qualidade da água e o aproveitamento dos recursos através de uma abordagem integrada
das potencialidades e das limitações do meio, com vista à definição de um modelo de
desenvolvimento sustentável para o território.
Desenhar um modelo de desenvolvimento futuro para um dado território, envolve uma análise
do passado, para se compreender o presente, de forma a evitar a definição de propostas
irrealistas e desfasadas da realidade local. Estas propostas devem ser ambiciosas e inovadoras,
mas, ao mesmo tempo, realistas e coerentes com o território e com a sua população.
BATISTA E SILVA, JORGE; LANDEIRO, CLARA; GONÇALVES, JORGE; SOARES, RITA; CAMBRA, PAULO. (2009)
Participação Pública e Monitorização de Planos e Projectos. In “Métodos e Técnicas para o
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LAMBIN, E.F., TURNER, B.L., GEIST, H.J., AGBOLA, S.B., ANGELSEN, A., BRUCE, J.W., COOMES, O.T., DIRZO, R.,
FISCHER, G., FOLKE, C., GEORGE, P.S., HOMEWOOD, K., IMBERNON, J., LEEMANS, R., LI, X., MORAN, E.F.,
MORTIMORE, M., RAMAKRISHNAN, P.S., RICHARDS, J.F., SKÅNES, H., STEFFEN, W., STONE, G.D., SVEDIN, U.,
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VASCONCELOS, Marco António; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva,
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