Apostilha Planejamento Estratégico
Apostilha Planejamento Estratégico
Apostilha Planejamento Estratégico
2016
Versão 2.0
Governador
Paulo Henrique Saraiva Câmara
Secretário de Administração
Milton Coelho
3. Objetivos de Aprendizagem:
4. Planejamento do Curso:
4.1. Carga Horária: 20h/a.
4.2. Conteúdo Programático:
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: MODELOS E CONCEITUAÇÃO:
1.1 Administração Pública Patrimonial;
1.2 Administração Pública Burocrática;
1.3 Administração Pública Gerencial;
1.4 Estratégia;
1.5 Gestão;
1.6 Gestão Pública Empreendedora;
1.7 Gestão Estratégica;
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: CONCEITOS;
3. TIPOS DE PLANEJAMENTO;
4. CARACTERÍSTICS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO;
5. RISCOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO;
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6. VANTAGENS DO PLANEJAMENTO;
7. PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO;
8. FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:
8.1 Identidade Organizacional;
8.2 Diagnóstico Organizacional;
8.3 Objetivos Estratégicos;
9. UTILIDADE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO;
10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO;
11. MODELO INTEGRADO DE GESTÃO DO GOVERNO ESTADUAL: TODOS POR
PERNAMBUCO.
5. Metodologia:
5.1. Metodologia de Ensino:
Aula expositiva, dialogada e ilustrativa, discussão de textos e vídeos e realização de
exercícios de fixação.
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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
"Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém.“ Toffler
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processos, de T.I.C (Tecnologia da Informação e Comunicação), gestão por
competências, contratos de gestão e indicadores de desempenho.
A Administração Pública pode ser direta, quando composta pelos entes federados, a
União, Estados, Municípios e DF, ou indireta, quando composta por entidades
autárquicas, fundacionais e paraestatais.
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1.1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PATRIMONIALISTA
Em regra geral, quem detinha um cargo público o considerava como um bem próprio
de caráter hereditário (o transferia de geração para geração). Como não havia a
divisão do trabalho, os cargos – chamados de prebendas ou sinecuras – eram
exercidos por quem gozava de status de nobreza real. O estado – e tudo o que
havia nele – era tido como uma propriedade pessoal do soberano e o aparelho do
estado – a administração – funcionava como uma extensão do seu poder. Assim, a
corrupção e o nepotismo eram características marcantes.
Nesse período, o Estado não pensava de forma coletiva e nem tinha como objetivo
prestar serviços à população, que era relegada ao descaso. Os benefícios oriundos
do estado e da administração não eram destinados ao povo. A base deste poder
absoluto estava na tradição vinculada à pessoa do soberano, que contava com forte
aparato para arrecadar impostos, força militar para defender seus territórios e
intimidar os opositores. Não somente o soberano agia arbitrariamente, mas também
os seus auxiliares e servidores. Os “serviços públicos” eram basicamente:
segurança, “justiça” (discricionária) e auxílio econômico (impostos).
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1.2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA
Princípios orientadores:
□ PROFISSIONALIZAÇÃO
□ IDEIA DE CARREIRA
□ HIERARQUIA FUNCIONAL
□ IMPESSOALIDADE
□ FORMALISMO
□ PODER RACIONAL-LEGAL
Porém, esse controle exacerbado das atividades torna-se a razão de ser do estado
burocrático. Em consequência, o estado volta-se para si mesmo, perdendo a
noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. Tem-se então:
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1. Qualidade fundamental da burocracia: o controle dos abusos.
2. Aspectos negativos: a ineficiência, a autorreferência e a incapacidade de
voltar-se para o serviço aos cidadãos. Tais aspectos negativos não se evidenciaram
de imediato, mas foram aparecendo à medida que o estado crescia.
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atuação restrita às tarefas vinculadas ao seu cargo. Os próprios cargos têm
suas atribuições especificadas de forma clara, precisa e exaustiva.
4. Hierarquia da autoridade – a estrutura dos cargos é vertical e com muitos
níveis hierárquicos.
5. Rotinas e procedimentos padronizados.
6. Impessoalidade nas relações.
7. Competência técnica e meritocracia – classificação por concurso +
promoção por mérito e baseada no desempenho.
8. Especialização da administração – há clara separação entre o público e o
privado. Os dirigentes não são donos do negócio, e o funcionário não pode se
apossar do cargo.
9. Profissionalização dos funcionários.
10. Previsibilidade de funcionamento – as normas e regulamentos escritos e
exaustivos preveem exata e antecipadamente as possíveis ocorrências e
padronizam a execução das atividades.
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1.3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL
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5. Distinção de dois tipos de unidades descentralizadas: as agências
executivas e os serviços sociais e científicos de caráter competitivo.
6. Transferência para o setor público não estatal dos serviços sociais e
científicos de caráter competitivo.
7. Adoção cumulativa dos mecanismos de controle social direto para
controlar as unidades descentralizadas, do contrato de gestão e da formação
de quase mercados em que ocorre a competição administrada.
8. Terceirização das atividades auxiliares ou de apoio, que passam a ser
licitadas competitivamente no mercado.
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DIFERENÇAS ENTRE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA E A
GERENCIAL
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como consultores internos estaduais capacitados pela Escola de Governo como
facilitadores da formulação dos processos de Planejamento Estratégicos
desenvolvidos pelos órgãos da Administração Pública Estadual (APE) e em 2002 o
Programa Pernambucano de Modernização da Gestão (PROGESTÃO) que tinha
como um dos seus pilares a disseminação da cultura do Planejamento Estratégico
nas organizações públicas estaduais, além do equilíbrio fiscal e a Reforma
Administrativa através da criação Lei Complementar 49 conhecida como a Lei da
Reforma que regulamentava a reforma administrativa do Estado em janeiro de 2003.
Com o término dessa gestão, o novo governo Eduardo Campos (2006-2014) foi
delegado para a nova Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) a elaboração
de um Modelo de Gestão para o Estado de Pernambuco. No primeiro ano do
mandato (2007) foi implementado o Modelo de Gestão Todos Por Pernambuco – e
instituído como marco legal através da Lei Complementar nº 141 de 03 de setembro
de 2009 – o Modelo Integrado de Gestão do Poder Executivo de Pernambuco,
sendo conceituado como “a organização sistêmica das funções relacionadas com os
instrumentos formais de planejamento e ferramentas de gestão adotadas pela
Administração Pública Estadual” cujo objetivo “é a racionalização do uso dos
recursos disponíveis e ampliação do desempenho geral do Governo do Estado na
entrega de bens e serviços à sociedade, com a qualidade necessária”, conforme a
referida Lei.
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relativos aos processos, eficácia relativos aos resultados almejados e efetividade
relativa aos impactos sociais idealizados.
□ PARTICIPAÇÃO POPULAR
□ ESTABELECIMENTO DE METAS PRIORITÁRIAS
□ ALINHAMENTO ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO
□ GESTÃO POR RESULTADOS - DECRETO Nº 39.336, DE 25 DE ABRIL DE 2013.
□ MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
1.5. ESTRATÉGIA
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No contexto corporativo, estratégia se define por “conjunto dos grandes propósitos,
dos objetivos, das metas, das políticas e dos planos para concretizar uma situação
futura desejada, considerando as oportunidades oferecidas pelo ambiente e os
recursos da organização” (FERNANDES; BERTON, 2009, p. 7).
1.6. GESTÃO
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Sistema de Gestão
Conjunto de práticas de planejamento, organização, direção e controle integradas e
interatuantes que concorrem para o cumprimento da missão de uma organização.
Práticas de Gestão
São atividades executadas sistematicamente com a finalidade de gerenciar uma
organização, consubstanciadas nos padrões de trabalho. São também chamadas
de processos, métodos ou metodologias de gestão.
Padrões de Trabalho
São regras que orientam o funcionamento das práticas de gestão e podem estar na
forma de diretrizes organizacionais, procedimentos, rotinas de trabalho, normas
administrativas, fluxogramas, quantificação dos níveis que se pretende atingir ou
qualquer meio que permita orientar a execução das práticas.
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comuns e se articulam livremente, sem relação de poder, visto que o trabalho em
rede pressupõe igualdade.
Assim, o trabalho em rede deve ser incentivado, sobretudo, no esboço das políticas
e na formulação dos programas, aproveitando o conhecimento máximo de dentro do
governo, entre o governo e a sociedade civil, entre o governo e o terceiro setor,
entre o governo e a empresa privada e assim por diante.
Obter a informação, saber usá-la, gerenciá-la e decidir a partir dela são hoje
habilidades estratégicas, em qualquer aparelho público ou organização ligada ao
governo.
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1.8. GESTÃO ESTRATÉGICA
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precisa seguir para sobreviver ou se sobressair em determinado cenário.
Enfim, para uma empresa atuar com uma Gestão Estratégica precisa apurar todos
seus processos e sua real situação e desenvolver ações corretivas constantes,
focando seus objetivos e metas e desenvolvendo suas estratégias de forma a
manter sua sobrevivência, crescimento e diferenciação competitiva.
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contexto, é importante ressaltar ainda que improvisar em gestão é muito diferente
de planejar. Senão, vejamos:
IMPROVISO...
□ Imediatismo
□ Pragmatismo
□ Operação “apagar incêndio”
□ Atuação diante da consumação dos fatos
PLANEJAMENTO...
□ Pensamento antecipado visando antever cursos de ação
□ Diagnóstico da realidade como ponto de partida
□ Proposição antecipada de ações para superar problemas identificados
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Apesar da importância que essa ferramenta ocupa hoje no cenário organizacional,
não raro nos deparamos com pessoas que dizem não acreditar em planejamento,
num tempo onde as mudanças são uma espécie de imperativo categórico.
DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA
□ Explorar as oportunidades;
□ Evitar as ameaças;
□ Eliminar as fraquezas;
□ Contribuir para alcançar os fins, objetivos e metas.
3. TIPOS DE PLANEJAMENTO
□ ESTRATÉGICO
□ TÁTICO
□ OPERACIONAL
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Pode-se dizer que quanto aos níveis, o planejamento estratégico relaciona-se com
objetivos de longo prazo e com estratégias e ações para alcançá-los que afetam a
empresa como um todo, enquanto o planejamento tático relaciona-se aos objetivos
de mais curto prazo e com estratégias e ações que, geralmente, afetam somente
parte da empresa.
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PLANEJAMENTO CONTEÚDO EXTENSÃO AMPLITUDE
Estratégico Genérico, Longo prazo Macro orientado,
sintético e aborda a empresa na
abrangente totalidade
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É A PREPARAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO
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4. CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
□ Engessamento
□ Burocracia e Centralização
□ Impaciência
□ Distância entre Plano x Prática
□ Descontinuidade
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6. VANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
7. PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO
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8.1. IDENTIDADE ORGANIZACIONAL
EXEMPLO DE MISSÃO:
A definição de missão deve ser clara e objetiva e deve transpor o objetivo maior do
por que aquela organização existe.
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EXEMPLO DE VISÃO:
EXEMPLO DE VALORES
□ ÉTICA
□ RESPEITO ÁS PESSOAS
□ DEDICAÇÃO
□ TRANSPARÊNCIA
□ SEGURANÇA
□ RESPONSABILIDADE
□ INOVAÇÃO
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institucionais, aos motivos pelos quais foi criada, pois a missão representa a sua
razão de ser. Ela tem que responder a estas três perguntas no seu conceito:
Já a Visão é temporal, ou seja, é aquilo que se espera ser num determinado tempo
e espaço. A visão é um plano, uma ideia mental que descreve o que a organização
quer ver realizado objetivamente nos próximos anos de sua existência. Então, de
tempos em tempos, a Visão muda porque toda organização necessita de um novo
sonho a ver realizado num futuro próximo - que seja ousado - porém realista.
ANÁLISE SWOT
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A análise SWOT é uma poderosa ferramenta de planejamento estratégico, que deve
ser realizada, ao menos uma vez por ano, durante o planejamento estratégico de
marketing ou apenas planejamento estratégico. A sigla SWOT, vem das iniciais das
palavras inglesas Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities
(oportunidades) e Threats (ameaças), pois estes são justamente os pontos a serem
analisados. Notem que ao analisarmos forças e fraquezas estaremos analisando
apenas variantes internas da empresa, enquanto que a análise das ameaças e
oportunidades referem-se às variantes externas.
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Uma mudança em qualquer um desses fatores pode alterar decisivamente o
resultado de nossas ações ou mesmo comprometer completamente o próprio
planejamento das ações e metas prioritárias, exigindo que se revejam os objetivos
anteriormente traçados, e até mesmo, venha a se redefinir sua razão de existir. Por
isso devemos ter em mente que todo planejamento pode e deve ser revisto.
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8.3. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
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uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma organização e servem
como padrões para avaliar o êxito da organização.
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9. UTILIDADE DO PLANO ESTRATÉGICO
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Todo planejamento, todo e qualquer projeto, tem que ser acompanhado quanto ao
seu objetivo e resultado esperado. “O controle consiste basicamente em um
processo que guia a atividade exercida para um fim previamente determinado”
(CHIAVENATO; SAPIRO, 2010, p. 326).
Como afirma Cardoso (2005, p. 88) não existe fórmula que assegure o sucesso
produzido pelos efeitos da implantação de um plano estratégico. Contudo, sabe-se
que um processo de MONITORAMENTO permanente e sistemático, entendido como
um conjunto de atividades de acompanhamento, avaliação e controle, é bastante
eficaz para a manutenção do rumo, foco estratégico, uma vez que “permite a
identificação prévia de dificuldades e a correção de possíveis desvios em tempo
hábil” tornando-se elemento essencial para quem deseja implantar uma gestão
estratégica.
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Os espaços em que o monitoramento deve ocorrer em geral são representados
através de reuniões compostas por colegiados de gestão, num projeto de
acompanhamento coletivo. Reuniões semanais entre gerentes e equipe e
acompanhamento mensal estratégico do conselho gestor em geral são eficazes no
sucesso do instrumento de MONITORAMENTO.
PERGUNTAS RESPOSTAS
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“O planejamento só é ético quando visa um crescimento que possa se traduzir em
melhor qualidade da vida coletiva, um cenário melhor para a vida de todos, e só é
democrático quando procura incorporar todos os envolvidos no processo de
planejar."
João Caramez
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REFERÊNCIAS
AQUINO, Roberta; MELO, Maria Emília R. L.; LYRA, Ana Líbia. O plano plurianual
como recurso para a gestão governamental. Monografia da Pós-graduação em
Gestão Governamental. Recife: UPE/FCAP/ESCOLA DE GOVERNO, 2004.
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_ .Decreto nº 2.829, de 29 de outubro de 1998. Estabelece normas para a
elaboração e execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da União, e dá outras
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil.
COLLINS, James e PORRAS, Jerry. 1996. Building Your Company's Vision. Harvard
Business Review. 1996.
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CLAD. Uma nova gestão pública para a América Latina. Revista do Serviço
Público. Ano 50, n. 1. Brasília: ENAP, 1999.
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MARTINS, Humberto Falcão e MARINI, Caio. (2010) Um guia de governança para
resultados na Administração Pública. Publix Editora.
44
_ . Decreto nº 31.294, de 09 de janeiro de 2008. Estabelece normas de
operacionalização dos Orçamentos do Estado de Pernambuco para o exercício
financeiro de 2008 e dá outras providências. Diário Oficial do Estado.
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PINTO, Aluízio Loureiro. O planejamento estratégico na administração pública
brasileira: rumos e perspectivas. São Paulo: Fundap, 1982.
TZU, Sun. A arte da guerra: os treze capítulos originais. Tradução Nikko Bushidô.
São Paulo: Jardim dos Livros, 2007.
Demais referências/imagens:
http://www.incaper.es.gov.br/pei/Outras_Informacoes/Capacitacao_Alinhamento_con
ceitual.pdf I (material de responsabilidade do Profº Caio Marini).
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