Demetrio Ortega Rumi
Demetrio Ortega Rumi
Demetrio Ortega Rumi
São Paulo
2003
FICHA CATALOGRÁFICA
USP/FM/SBD-475/03
ÍNDICE
LISTAS
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 01
1.6.6.1 Depressão......................................................................... 22
2. OBJETIVOS................................................................................................................ 41
3.1 Pacientes......................................................................................................... 42
4.RESULTADOS ............................................................................................................ 67
5- DISCUSSÃO............................................................................................................... 90
6- CONCLUSÕES............................................................................................................ 95
7- REFERÊNCIAS........................................................................................................... 96
ANEXOS
APÊNDICES
LISTA DE ABREVIATURAS
Gráfico 4.1 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM-D, 68
nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de tratamento
(EMTr X Sham) para os 46 pacientes avaliados por 4 semanas.
Gráfico 4.2 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala de 70
Montgomery, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de
tratamento (EMTr X Sham) para os 46 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.3 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual 72
analógica, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de
tratamento (EMTr X Sham) para os 46 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.4 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI- 74
gravidade, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de
tratamento (EMTr X Sham) para os 46 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.5 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI 75
melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de
tratamento (EMTr X Sham) para os 46 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.6 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala de 77
Hamilton, nas semanas basal 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo de
tratamento (EMTr X Sham) para os 23 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.7 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala 79
MADRS, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo de
tratamento (EMTr X Sham) para os 23 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.8 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual 81
analógica, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo
de tratamento (EMTr X Sham) para os 23 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.9 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI 83
gravidade, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo
de tratamento (EMTr X Sham) para os 23 pacientes avaliados por 4
semanas.
Gráfico 4.10 Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI- 84
melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o
grupo de tratamento (EMTr X Sham) para os 23 pacientes
avaliados por 4 semanas.
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM- 67
D, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo submetido à EMTr
(46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.1B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM- 68
D, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com tratamento
placebo (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.1C Comparação dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal, 1, 68
2, 3 e 4, entre os grupos de tratamento estudo (EMTr x Sham) para
os 46 pacientes avaliados por 4 semanas.
Tabela 4.2A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala 69
MADRS, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo submetido à
EMTr (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.2B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala de 69
MADRS, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com
tratamento placebo (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.2C Comparação dos escores da escala MADRS nas semanas basal, 1, 70
2, 3 e 4, entre os grupos de tratamento (EMTr x Sham) para os 46
pacientes avaliados por 4 semanas.
Tabela 4.3A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual 71
analógica, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo submetido à
EMTr (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.3B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual 71
analógica, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com
tratamento placebo (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.3C Comparação dos escores da escala visual analógica nas semanas 71
basal, 1, 2, 3 e 4, entre os grupos de tratamento (EMTr x Sham)
para os 46 pacientes avaliados por 4 semanas.
Tabela 4.4A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI 73
gravidade, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo submetido à
EMTr (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.4B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI 73
gravidade, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com
tratamento placebo (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.4C Comparação dos escores da escala CGI gravidade, nas semanas 73
basal, 1, 2, 3 e 4, para os grupos de tratamento (EMTr x Sham)
para os 46 pacientes avaliados por 4 semanas.
Tabela 4.5A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI- 74
melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo
submetido à EMTr (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.5B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI- 75
melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com
tratamento placebo (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.5C Comparação dos escores da CGI -melhora global, nas semanas 75
basal, 1, 2, 3 e 4, para os grupos de tratamento (EMTr x Sham)
para os 46 pacientes avaliados por 4 semanas.
Tabela 4.6A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM- 76
D, nas semanas basal 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo submetido à
EMTr (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.6B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM- 77
D, nas semanas basal 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo com
tratamento placebo (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.6C Comparação dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal 1, 77
2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os grupos de tratament (EMTr x Sham) para
os 23 pacientes avaliados por 7 semanas.
Tabela 4.7A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala 78
MADRS, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo
submetido à EMTr (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.7B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala 78
MADRS nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo com
tratamento placebo (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.7C Comparação dos escores da escala MADRS, nas semanas basal 1, 79
2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os grupos de tratamento (EMTr x Sham)
para os 23 pacientes avaliados por 7 semanas.
Tabela 4.8A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual 80
analógica, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo
submetido à EMTr (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.8B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual 80
analógica, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo com
tratamento placebo (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.8C Comparação dos escores da escala visual analógica, nas semanas 80
basal 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os grupos de tratamento (EMTr x
Sham) para os 46 pacientes avaliados por 7 semanas.
Tabela 4.9A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI 82
gravidade, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo
submetido à EMTr (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.9B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI 82
gravidade, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo com
tratamento placebo (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.9C Comparação dos escores da escala CGI gravidade nas semanas 82
basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os grupo de tratamento (EMTr x
Sham) para os 46 pacientes avaliados por 7 semanas.
Tabela 4.10A Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI- 83
melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo
submetido à EMTr (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.10B Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI- 84
melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo
com tratamento placebo (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.10C Comparação dos escores da escala CGI-melhora global, nas 84
semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os grupos de tratamento
(EMTr x Sham) para os 46 pacientes avaliados por 7 semanas.
Tabela 4.11 Número de porcentagem de pacientes segundo resposta clínica e 85
grupo de tratamento (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.12 Número de porcentagem de pacientes segundo remissão e grupo 85
de tratamento. (46 pacientes avaliados por 4 semanas).
Tabela 4.13 Número de porcentagem de pacientes segundo remissão 86
(consecutiva por 3 semanas) e grupo de tratamento.
Tabela 4.14 Número e porcentagem de pacientes segundo resposta clínica e 86
grupo de tratamento (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.15 Número e porcentagem de pacientes segundo remissão e grupo de 87
tratamento (23 pacientes avaliados por 7 semanas).
Tabela 4.16 Número e porcentagem de pacientes segundo as variáveis: 88
cefaléia, cervicalgia, complicações cognitivas, dificuldade de
concentração, dor e queimação no couro cabeludo, e grupo de
tratamento, na 1a avaliação.
Tabela 4.17 Número e porcentagem de pacientes segundo as variáveis: 89
cefaléia, cervicalgia, complicações cognitivas, dificuldade de
concentração, dor e queimação no couro cabeludo, e grupo de
tratamento, na 4a avaliação.
RESUMO
METHOD: Patients meeting DSM-IV criteria for non-psychotic depressive episode, with
at least 22 points at the Hamilton Depression Rating Scale-17 points version (HAM-D/17),
were randomly assigned to receive either repetitive TMS (rTMS) or placebo (sham)
stimulation during 4 weeks, and the total observation period of the study was 7 weeks for
both groups. All patients were concomitantly taking amytriptiline (mean dose 110 mg/day).
The rTMS group received 25 series of 5Hz applications daily, with an interval of 10s
between the series, performing a total of 20 sessions (5 sessions/week). Sham stimulation
followed the same schedule. The efficacy variables were the HAM-D/17, the Montgomery-
Åsberg Depression Rating Scale (MADRS), the Visual Analogue Scale (VAS) and the
Clinical Global Impression (CGI). Tolerability was assessed by laboratorial exams, clinical
examination and a specific questionnaire listing side effects commonly described for rTMS.
RESULTS: Fifty patients were screened. Forty-six patients completed the 4 weeks of the
study and 23 completed the 7 weeks. Patients receiving rTMS had a significantly faster
response, with a significant decrease in HAM-D scores already after 1 week of treatment
(p<0,001 compared with baseline and p<0,001 compared with sham). Percentage of
responders at 4th week was 95,5% in the TMS group and 45,8% in Sham group (p<0,001).
At the 7th week, percentage of responders was 100% in rTMS group and 17,7% in sham
group (p<0,001).
Remission at 4th week was significantly greater in TMS group: 54,5% versus 12,5% of
placebo group (p=0,002). At 7th week, remission rate was 63,6% and 8,3%, for rTMS and
sham group, respectively (p<0,009). In addition, the rTMS group showed a faster and
greater response according to MADRS (p<0,001 at 4th and at 7th week, compared with
sham), VAS (p<0,001 at first week, compared with baseline) and CGI – both Severity and
global Improvement subescales (p<0,001 at 1st week for both assessments, compared with
baseline).
1. INTRODUÇÃO
partir de um campo elétrico induzido por um campo magnético, que por sua vez é
gerado por uma bobina colocada na superfície do crânio (Gershon et al., 2003; George,
2003).
sem gerar dor, principal efeito colateral da estimulação elétrica (Amassian et al.,1987).
diminuída (Wassermann et al., 1996a; Chen et al., 1997) forneceram o impulso para a
anos 90, através de uma escala global para comparação de várias doenças. A previsão
para o ano 2020 é de que a depressão será a segunda causa de incapacitação em países
1989).
pacientes mostram prevalência ainda maior. Em pacientes sob cuidados da rede primária
de saúde, Ustun & Sartorius (1995) mostraram a média de prevalência acima de 10%
et al., 1989), chegando a 47% nos pacientes com câncer (Bukberg et a.l, 1985).
consideravelmente nos últimos 25 anos. Além disso, mesmo os sintomas menos graves
da depressão são também relevantes, na medida em que sua presença está associada ao
sua atividade e bem-estar (Lloyd et al., 1996), além de uma maior utilização de serviços
com os custos diretos da doença (APA, 2000). Foi estimado que o custo total dos
transtornos depressivos para o Reino Unido seria em torno de 222 milhões de libras.
governos, parece que os altos custos diretos e indiretos da depressão excedem os valores
ganha importância especial, constituindo-se não só de interesse médico mas também nas
medicamentos.
Aumento de dose, quando não há resposta, parece ser um passo lógico, considerando
antidepressivos e que existe uma incerteza sobre o que seria uma dose adequada para
(Anderson et al., 2000). Estudos abertos mostram que aproximadamente 20% a 60%
efeito dos antidepressivos, com uso de carbonato de lítio em pacientes deprimidos, tem
uma reposta de aproximadamente 40%, comparados a 10% com placebo (Austin et al.,
1991). Outra metanálise, também com quatro ensaios clínicos randomizados avaliando o
moderado (0,6%) quando comparado ao placebo, mas uma diferença não significativa
deprimidos mais graves (Nobler et al., 1999). Nota-se o quanto podem se tornar
resposta antidepressiva e mesmo assim com um grande ônus aos doentes, aos familiares
5
e à sociedade, como, por exemplo, maior incidência de efeitos colaterais, maior tempo
em pacientes deprimidos.
cerca de 100 µs, caindo rapidamente após este intervalo de tempo. A mudança rápida na
o campo elétrico gera correntes que fluem em um plano paralelo ao da bobina (Conforto
et al., 2003).
crânio e o couro cabeludo apresentam alta resistência elétrica, a corrente que flui nestas
estruturas é mínima, diminuindo o desconforto que poderia ser causado por excitação de
terminações nociceptivas (Ilmonemi et al., 1999; Barker et al., 1985; Mills et al., 1999;
psiquiátricas (Ilmonemi et al., 1999; Barker et al., 1985; Mills et al., 1999; Pascual –
pareados e estimulação repetitiva - e o tipo de informação e/ou efeito obtido com cada
corrente elétrica passa pela bobina, sendo repetido após intervalos variáveis de alguns
efeitos, dependendo da região estimulada. Por exemplo, a bobina pode ser colocada no
córtex motor e, por causa da proximidade, do córtex sensorial. Desta forma, de acordo
com a principal teoria sobre o mecanismo de ação da EMT, são ativados interneurônios
7
angulação da bobina sobre o couro cabeludo, é possível que o trato córtico-espinhal seja
potencial evocado motor (PEM) (Ilmonemi et al., 1999; Cohen et al., 1998; Hallet,
amplitude do PEM.
como facilitação (Mills et al.,1999). A amplitude pode ser representada por seu valor
intensidade do campo, áreas restritas dos córtices sensorial e motor podem ser
considerado o local preferencial, ou "hot spot", para registro do PEM para este músculo.
8
amplamente utilizada para estimulação focal do córtex, com resolução espacial de cerca
motoneurônios espinhais. Pode ser estimado pela subtração da latência total de PEMs
et al., 1998; Ziemann et al., 1998), como o limiar motor, curvas de recrutamento e
capaz de evocar PEMs de amplitude de no mínimo 50 mV, após pelo menos cinco entre
ELA em fase avançada e na fase aguda de AVC (Mills et al., 1999). Drogas que
uma contração voluntária cada vez maior do músculo-alvo, o que habitualmente não
10
escrivão. Nestes casos, o prognóstico motor é pior, havendo maior tendência à evolução
aplicados ao córtex motor, podem ser usados para gerar uma curva de recrutamento
(CR). Esta curva reflete o aumento na amplitude do PEM, à medida que a intensidade
proporção de neurônios motores alfa que é recrutada por estimulação magnética cortical
menores que 5ms entre os dois pulsos habitualmente verifica-se uma diminuição na
11
Esses intervalos às vezes podem também ser maiores que 5ms, dependendo do músculo
(Conforto et al., 2003). Em intervalos maiores que 5ms entre os dois pulsos, ocorre o
Ziemann, 1999).
poderiam ser úteis, também, para diferenciar paresias e plegias associadas a síndromes
plasticidade neural (Cohen et al., 1999). Estudos sobre a reorganização do córtex motor
após AVC e em modelos de deaferentação dos córtices sensorial e motor, por exemplo,
12
inferior podem levar a afasia transitória (Fregni, 2001). O efeito da EMTr sobre o
o efeito oposto é obtido com EMTr de alta freqüência (Chen et al., 2001).
uma série de efeitos biológicos da EMTr, embora esses estudos sejam apenas o início da
13
estudos em animais sobre seus mecanismos básicos de ação para apoiar a realização de
estudos clínicos. Vários estudos relatam que a EMTr compartilha algumas, mas não
outros tratamentos antidepressivos (Lisanby & Belmaker, 2000). A maior parte desses
trabalhos foi feita com roedores, o que limita sua aplicabilidade às ações de EMTr em
estudos o cérebro inteiro tenha sido estimulado, enquanto em humanos a EMTr é muito
Zyss et al., 1997 e 1999; Keck et al., 2001) e estereotipia induzida por apomorfina
(Fleischmann et al., 1995), bem como possíveis efeitos de tipo antimaníaco sobre o
(Jennum & Klitgaard, 1996; Lisanby et al., 2001b) e em humanos (Pascual-Leone et al.,
roedores.
(Ben-Shachar et al., 1999; Fleischmann et al., 1996), redução dos receptores 5-HT2 no
parietal (Kole et al., 1999). A persistência desses efeitos ainda está por ser determinada.
(1998), usando métodos diferentes, relataram que a EMTr modula a expressão de genes
15
cingulado, mas não no córtex parietal (Ji et al., 1998). De modo diferente desses efeitos
agudos, 14 dias de tratamento com EMTr, utilizando uma bobina em “8”, dimensionada
do cérebro (BDNF – brain derived neurotrophic growth factor). Muller et al. (2000),
tais como o surgimento das fibras musgosas, ou “mossy fibers”, no hipocampo, após
EMTr crônica (Lisanby et al., 2000). Possíveis efeitos da EMTr sobre efeitos
neurotróficos podem ser relevantes para novas teorias sobre os mecanismos de ação de
freqüência em humanos com a potenciação a longo prazo (LTP - long term potentiation)
ou depressão a longo prazo (LTD - long term depression) têm sido feitas (Weiss et al.,
tipo LTP e LTD tiveram diferentes resultados. Wang et al. (1996) aplicaram EMTr de
et al. (1999) demontraram que o tratamento agudo e crônico com EMTr aumentava a
humano (Pascual-Leone et al., 1993, 1994a) descreveram, entre outros efeitos, crises
durar vários minutos. Aumentos mais leves de amplitude do pico excitatório motor
também foram descritos por Berardelli et al. (1998), imediatamente após breves séries
facilitadoras no córtex motor utilizando a aplicação com pulso pareado, após tratamento
duradouras (Chen et al., 1997). Existem também evidências de que esses efeitos podem
se generalizar para outras áreas, inclusive o córtex visual (Kosslyn et al., 1993) e o
córtex pré-frontal (Speer et al., 2000). Tais evidências apóiam a utilização da EMTr de
considerada a causa.
1988) e depressão sináptica a longo prazo (Christie et al., 1994) foram elaboradas para
17
parâmetros de estimulação que podem ser usados em estudos com humanos (Green et
2000). Uma possível explicação é o fato de que em estudos animais a LTP de sinapses
aplicadas por períodos de vários segundos (Keller et al., 1991). Nessas freqüências e em
efetivamente estimulantes. Com a possível exceção de fosfenos evocados por via central
(Marg & Rudiak, 1994), nenhum fenômeno produzido por EMT em humanos pode ser
seria complicado pela potência da corrente induzida na superfície, que poderia ser
EMTr, não foram relatados episódios de crises epilépticas (Pascual-Leone et al., 1996;
George et al., 1997; Triggs et al., 1999; Loo et al., 1999; Padberg et al., 1999; Avery et
al., 1999), e nem relatos de casos onde a EMTr causou ou agravou a epilepsia.
Até 1996, episódios esporádicos de crises epilépticas induzidas pela EMT foram
com um intervalo curto entre os estímulos (Pascual-Leone et al., 1993). Entretanto, após
o estabelecimento dos critérios de segurança relatado por Wassermann et al. (1998), nos
últimos anos, novas crises epilépticas não foram mais relatadas, apesar do número
Loo et al. (1999), Padberg et al. (1999) e Avery et al. (1999) também
consideram que esta técnica não causa prejuízos à função cognitiva; ao contrário, Mally
por longos períodos a campos magnéticos de alta intensidade, como, por exemplo,
pessoas que vivem perto de linhas de força (Bates et al., 1991). Contudo, não há dados
sobre uma estimulação focal e de alta intensidade a longo prazo, como ocorre com a
EMT.
que receberam EMTr (2000 estímulos), duas e quatro semanas antes da lobectomia
temporal para epilepsia. Neste caso, a EMTr foi utilizada para determinar o hemisfério
dominante da linguagem.
pacientes com falhas ósseas cranianas, clipes metálicos no cérebro ou aparelhos que
podem ser modificados com o uso de campos magnéticos, tais como marca-passo
de depressão variam entre 30% e 50%, e diferenças de placebo com drogas são
tipicamente de 18% a 25% (Brown, 1994; Trivedi & Rush, 1994; Schatzberg &
americana de controle sobre alimentos e drogas (FDA – Food and Drug Regulatory
antidepressivos controlados por placebo, a taxa geral de resposta foi de 30,9% para
drogas sob investigação (Khan et al., 2000). No caso de EMTr, este aspecto é
placebo ainda maior que o produzido por pílulas de placebo, em parte por causa dos
(Kaptchuk et al., 2000). Pode-se supor que a EMTr, com seu nome impressionante, sua
placebo mais baixas, e a maioria dos pacientes em estudos com EMT vêm dessa
diferença entre ativos e simulados reportado por George et al. (2000) e 24% de
diferença entre ativos e simulados segundo Klein et al. (1999). Todavia, em alguns
estudos com pacientes resistentes ao tratamento, as taxas de resposta a EMT ativa foram
21
clinicamente significativo (Padberg et al., 1999; Berman et al., 2000; Loo et al., 1999).
Pelo fato da EMT com uso de bobinas convencionais precisar ser aplicada por
da EMT ativa, mas uma inclinação inadequada pode resultar em estimulação cortical
possivelmente significativa, que pode exercer efeitos clínicos sob certas condições (Loo
et al., 2000; Lisanby et al., 2001a). A sensação física de simulação da EMT ativa pode
sensações no couro cabeludo similares aos das bobinas verdadeiras pode resolver essa
estimulação ativa que afeta a função cerebral de qualquer maneira exerça um efeito
placebo mais forte que uma simulação inativa, por mais realista que seja.
Loo et al. (2000) publicaram um estudo em que ambos os grupos de EMTr real
e placebo tiveram eficácia antidepressiva. As perguntas que devem ser feitas são: quais
22
as geometrias da bobina ativa para simular placebo, se são mais ou menos ativas e quais
Lisanby et al. (2001) mediram a atividade de 45o e 90o das variantes do placebo,
1.6.6.1 Depressão
depressão envolve uma rede de áreas corticais e subcorticais, a seleção do foco ideal
dentro dessa rede é uma questão empírica. A suposição, sujeita à validação empírica, é
que o efeito da EMTr sobre a região visada produz efeitos locais e distantes que servem
teoria de que o humor é regulado por uma série de conexões entre várias regiões
como partes do estriado, do tálamo e do hipotálamo, e que lesões focais nessa rede (por
infarto, tumor ou ruptura transitória, p. ex. pelo procedimento de Wada) podem resultar
23
anterior (revisões em Soares e Mann, 1997; Mayberg, 1997 e Drevets et al., 1997). Os
selecionaram o CPFDLE como uma região acessível a EMT nesse circuito e altamente
conectada com outros pontos importantes na rede neuronal, tais como as regiões pré-
foi descrito pela primeira vez por Pascual-Leone et al. (1996a). Nesse estudo, obteve-se
efeitos sobre o aprendizado motor implícito, uma função para a qual se crê que o
CPFDLE seja importante, por meio de EMTr aplicada num ponto localizado em posição
5cm anterior à localização ótima para alcançar o pico excitatório motor num músculo da
mão. Não se utilizou nenhum procedimento para otimizar o efeito pela variação do
que pudesse levar em conta diferenças de tamanho e formato da cabeça. Não obstante,
enquanto praticamente todos os estudos sobre humor e depressão tenham utilizado esse
CPFDLE seja a melhor localização para produzir efeitos antidepressivos com EMTr, ou
entre a bobina e o giro pré-frontal central (Kozel et al., 2000; McConnell et al., 2001).
Essa distância, segundo George et al. (2000), pode comprometer a eficácia clínica,
24
0,3Hz (Höflich et al., 1992; Grisaru et al., 1994; Kolbinger et al., 1995). Todos esses
estudos não foram cegos, eles apenas destacam o papel potencial de estimulação de
baixa freqüência com a bobina redonda, mais potente e menos focal, além de terem
incluído pacientes com antidepressivos distintos. De fato, Klein et al. (1999a) sugeriram
que a EMTr a 1Hz com bobina redonda pode ter algum valor no tratamento da
depressão. Uma possível vantagem é que essas bobinas podem aproximar mais a razão
animais.
Três estudos testaram os efeitos da EMTr de alta freqüência (3-20 Hz) no córtex
deprimidos que não receberam EMTr. Todos os três estudos apresentaram resultados
Num estudo aberto com pacientes apresentando valores da escala HAM-D > 20,
Figiel et al. (1998) observaram um declínio em relação aos valores iniciais, superiores a
Triggs et al. (1999) observaram a diminuição nos valores da HAM-D ≥ 50% em 5 entre
10 pacientes deprimidos não medicados, após 10 dias de tratamentos com EMTr. Nesse
estudo, a taxa de remissão na população que foi submetida ao tratamento com bobina
ativa chegou a 54,5% (p=0,002). O outro grupo apresentou remissão 45,5% inferior.
Estudos com EMTr de baixa freqüência (<1 Hz) aplicados no cortex pré-frontal
trataram 14 pacientes, nos quais 6 apresentaram uma diminuição ≥ 50% nos valores da
Depressão de Beck.
sintomas da depressão.
26
A maioria dos estudos com EMTr de alta freqüência, controlados com placebo,
psicótica refratária a medicação. Nesse estudo, a EMTr aplicada sobre o córtex pré-
frontal esquerdo foi comparada à EMTr aplicada em outros locais, bem como à EMTr
placebo (sham). Os pacientes foram tratados por cinco dias e então avaliados nas quatro
outros locais e que a EMTr placebo. Contudo, a melhora tornou-se não significativa na
3a semana.
pacientes com depressão unipolar e/ou depressão bipolar tipo II. Nesse estudo, os
pacientes foram tratados durante 10 dias com EMTr, o que resultou numa significativa
diminuição nos escores da HAM-D, quando comparados aos escores obtidos com EMTr
administrada por cinco dias com a EMTr placebo. Quatro entre 12 pacientes do grupo
com estimulação ativa responderam com diminuição nos valores da HAM-D ≥ 30%,
durante as duas primeiras semanas não houve diferença significativa entre os grupos. O
estudo de Garcia–Toro et al. (2001) estudou pacientes com depressão com dois
Embora o grupo com bobina ativa tenha apresentado maior redução nos valores da
deprimidos foram submetidos, nas duas primeiras semanas, tanto à estimulação real
grupo placebo. Apesar disso, ambos os grupos, placebo e EMTr ativa, tiveram
significativa redução nos valores da HAM-D, o que sugere que o tratamento placebo,
nesse estudo, pode ter sido na verdade ativo, por causa da técnica de inclinação da
90 graus).
achados em outros grupos de pacientes com depressão psicótica não foi consistente.
Muitos dos pacientes no estudo feito por Pascual- Leone et al. (1994) eram mantidos em
regime ambulatorial e alguns estavam sem outro tipo de tratamento, demonstrando uma
benefícios foram transitórios em ambos os estudos, fato que pode ser atribuído ao curto
período de tratamento.
no córtex pré-frontal esquerdo como tratamento único para depressão, em pacientes que
não estavam recebendo medicação antidepressiva. Estes estudos são importantes, uma
vez que podem auxiliar a definir melhores parâmetros da EMTr para o tratamento de
pacientes deprimidos quando esta é utilizada como única forma de tratamento. O estudo
redução nos valores na HAM-D ≥ 50% foi observada em nove dos 20 pacientes (45%)
do grupo que recebeu EMTr, sendo que o grupo que recebeu estimulação a uma
freqüência de 5Hz teve resposta duas vezes melhor que o grupo que recebeu
estimulação com frequência de 20Hz, porém esta diferença (entre os grupos 5Hz e
HAM-D no grupo que recebeu estimulação de baixa freqüência (0,3 Hz), após cinco
medicação, num estudo controlado com placebo. Dezessete dos 35 pacientes (49%) que
uma redução ≥ 50% nos valores HAM-D, após 10 dias de tratamento. Esses resultados
foram significativamente melhores do que os do grupo placebo, onde apenas oito entre
existe, até o momento, base para traçar paralelos mecanicistas consistentes. Além disso,
30
Grunhaus et al. (2000) relataram que a EMTr e a ECT teriam eficácia igual num grupo
eficácia menor da EMTr em depressão psicótica (Epstein et al., 1998: Figiel et al.,
1998). Num outro estudo aberto com 32 pacientes, com desenho semelhante, Pridmore
et al. (2000) constataram para a ECT unilateral direita uma maior diminuição na HAM-
D, mas os pacientes que receberam EMTr e ECT tiveram a mesma taxa de remissão
(69%).
resolver a questão da eficácia relativa entre EMTr e ECT. No momento, não é possível
ECT, é uma hipótese que tem sido aventada. Embora a pesquisa mostre que a eficácia e
Uma estimulação com a corrente induzida por meio de EMT, por outro lado, poderia
31
Dirigindo as convulsões para áreas corticais focais, tais como regiões do córtex pré-
com depressão foram tratados com esta técnica (Lisanby et al., 2001b,c,d). Trabalhos
adicionais ainda são necessários para avaliar a eficácia clínica dessa abordagem e para
É importante notar, entretanto, que esses efeitos foram pequenos e não clinicamente
aparentes. De fato, o estudo de George et al. (1996) falhou em repetir a alteração nas
classificações por pontuação visual analógica, após o estudo relatado por Pascual-Leone
et al. (1996). George et al. (1996) observaram efeitos sobre o humor somente numa
de reproduzir esses efeitos em situações de humor triste e feliz falharam (Hajak et al.,
1998; Nedjat & Folkerts, 1999; Mosimann et al., 2000), mas um trabalho recente com
mais convincentes de que a EMT pode ser clinicamente benéfica na depressão (vide
preciso e confiável da bobina, uma vez que este fator possivelmente é importante para a
levantadas pelos resultados animadores dos estudos com animais. A disparidade entre os
estudos humanos e animais sobre depressão pode ter relação com as diferenças na
convulsiva tem, além da aplicação clínica, importância teórica, uma vez que dados
trabalhos e de estudos mais amplos para estabelecer sua eficácia e o paradigma ótimo de
(Rauch et al., 1997). Com o uso da neuroimagem, porém, novas pesquisas têm revelado
(Sachdev et al., 2001), com redução superior a 40% na escala Y-BOCS. Este resultado é
semelhante ao relatado com tratamento neurocirúrgico (Hay et al., 1993; Mindus et al.,
1994).
duplo cego e randomizado, que a EMTr de baixa freqüência aplicada ao córtex pré-
frontal direito não produz efeito terapêutico significativo em pacientes com TOC. Tal
terapêutica.
casos resistentes de TOC. Por causa das limitações de opções terapêuticas neste grupo
inerentes a tal técnica, um estudo randomizado e duplo cego para esclarecer a eficácia
1.6.6.2.2 Esquizofrenia
A EMTr aplicada ao córtex pré-frontal direito por meio de uma bobina redonda,
(T) foi avaliada como tratamento em 10 pacientes esquizofrênicos, nove dos quais
grau de ansiedade e agitação, não houve efeito da EMTr sobre sintomas psicóticos
A EMTr tem sido usada com maior sucesso para reduzir alucinações auditivas
alguns indivíduos, esse efeito manteve-se por até 26 semanas. É importante notar que
excitação dos neurônios ou sinapses corticais pela corrente excitatória faz parte de seu
mecanismo de ação.
Pascual-Leone et al. (1994b), que observaram em 6 pacientes que EMTr de 5Hz a 90%
qual os pacientes com DP têm grande dificuldade. O desempenho mais rápido da tarefa,
após tratamento com EMTr, ficou particularmente visível quando os pacientes estavam
não-medicados e clinicamente na fase off. Tal benefício não foi observado em controles
sadios.
36
Outros autores também observaram esse fenômeno, que foi atribuído a tremores de
eliminou o tremor, mas não melhorou o desempenho na tarefa. Num outro estudo,
motora em sete pacientes com DP medicados antes e depois de 500 pulsos de EMTr a 1,
sobre o movimento na DP. Nesse caso, um pré-tratamento com 2.250 pulsos de EMTr a
90% do limiar motor em repouso, aplicado a uma frequencia de 5Hz em cinco séries de
tempo de movimento numa tarefa de mira balística sobre um alvo visível. Mais
com a borda posterior da bobina colocada sobre a área frontal central, com a superfície
num ângulo de 45°, distante do escalpo, não fez efeito. O ponto potencialmente frágil
desse estudo é que os indivíduos podem ter percebido que a estimulação ativa foi
37
Outros autores (Mally & Stone, 1999a,b; Shimomoto et al., 1999) relataram
a meses, em pequenos grupos de pacientes com DP. Esses estudos, embora sejam
controle por simulações questionáveis, como, por exemplo, manter a bobina afastada da
cabeça, razão pela qual não chegam a fornecer evidências convincentes de um efeito
terapêutico da EMTr em DP. É importante notar que pacientes com DP podem registrar
motor a uma área sagital central correspondente à presumida localização da área motora
suplementar com uma bobina em forma de “8”, em oito pacientes com DP. Os pacientes
foram testados em uma variedade de tarefas motoras antes, durante e após aplicações de
que se crê estar prejudicado na DP (DeLong, 1990), ou noções mais especulativas sobre
(conforme proposta de Mally & Stone, 1999a,b). Embora talvez seja mais plausível, a
38
primeira teoria presume que os sinais causadores de viés a partir dos gânglios basais
unitárias sugerem que aferências dos gânglios basais podem ter importantes relações
temporais com o movimento e são muito seletivas em relação aos seus alvos no córtex,
1996). Sob essa ótica, fica mais difícil imaginar a utilidade da modulação da
excitabilidade cortical por EMTr. Por outro lado, pode-se fazer críticas similares a
subtalâmico.
distorcido (Hallett, 1998). Nesse caso, tal como na DP, os investigadores vislumbraram
aplicaram EMTr a 1Hz, com intensidade inferior ao limiar motor, aos córtices motores
ao pulso pareado (Ziemann et al., 1997), teorias patogenéticas que consideram controle
aberrante do córtex por circuitos oriundos dos gânglios basais (Hallett, 1993), foram
tratadas preliminarmente, (Karp et al., 1997) sugerindo que a EMTr a 1Hz no córtex
tiques.
na sua capacidade de reduzir a excitabilidade do córtex motor. Num estudo aberto com
al. (1999b) constataram que cinco dias com 1.000 pulsos a 0,3 Hz de EMTr aplicados a
perdurando por várias semanas. Como possível explicação para esse efeito, os autores
posteriormente Weiss et al. (1998) não conseguiram repetir seu estudo até que
descobriram que havia sido realizado com um estimulador que não funcionava
portador de displasia cortical, que recebeu aplicações de EMTr a 0,5 Hz, 5% abaixo do
limiar motor, com uma grande bobina redonda, duas vezes por semana, durante quatro
cortical durante 10 dias com EMTr de 1Hz pouco acima do limiar motor. Efeitos
2. OBJETIVOS
período de aplicações.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Pacientes
inicial, no período entre a semana basal e a primeira semana, por violação do protocolo:
paciente omitira o fato de ter tido crises convulsivas há três anos, um terceiro paciente
quarto paciente foi excluído porque, de acordo com familiares, havia história de
durante toda fase de aplicação da EMTr. Tal adesão não foi observada nas 4 semanas
seguintes, onde não mais havia aplicação de EMTr e apenas a entrevista com o
para a adesão ao tratamento, pois vários pacientes vieram especialmente atraídos pela
“nova tecnologia”.
Assim sendo, dos 46 pacientes que concluíram conforme o protocolo a fase das
quatro semanas, nove (quatro do grupo placebo e cinco do grupo EMTr) não
seguinte, um paciente do grupo placebo referiu que o filho estava doente e que tivera
43
que ficar com ele, três pacientes do grupo EMTr não foram, pois referiram que haviam
confundido a data. Na sétima semana ainda, outros quatro pacientes tiveram que ser
excluídos, um do grupo placebo referiu que conseguira um emprego e não mais poderia
ir , um do grupo EMTr chegou atrasado à entrevista e não a fez e outros dois, do grupo
placebo, informaram que não tinham com quem deixar os filhos. Finalmente, na oitava
semana, seis pacientes foram excluídos da análise final uma vez que, dois do grupo
EMTr simplesmente não compareceram e não deram notícias, mesmo após deixarmos
recados nos telefones de contato e quatro pacientes do grupo placebo alegaram que não
poderiam mais vir pois estavam sem dinheiro para a condução. Na oitava semana
hospital e com bom vínculo desde o início da pesquisa. Outros aspectos observados nos
pacientes é que alguns dos que deixaram de comparecer reclamavam da demora nas
deveriam retornar apenas para apanhar medicamentos, apesar das orientações iniciais e
Excluídos por
(-3) (-1) violação do
protocolo
22 EMTr 24 Sham
4 Semanas N=46
Excluídos por
(-11) (-12) ausência às
consultas
11 EMTr 12 Sham
7 Semanas N=23
Figura 3.1: Esquema representado a população no início do estudo e os pacientes que completaram 4 e 7
semanas do estudo.
longo da semana anterior ao início das aplicações, mas por causa da baixa
tolerabilidade de alguns pacientes, optou-se por não fixar a dose. No entanto, pôde-se
45
observar que a dosagem média utilizada ao final do estudo pelas populações estudadas
entrevista utilizando a Entrevista Clínica Estruturada (SCID-P) versão 2.0 (First et al.,
tivesse o escore mínimo de 22 pontos na semana que antecedeu o início das aplicações,
1970) e EVA (Escala Visual Analógica – Anexo 4) (Aitken, 1969). Foram incluídos
• Oligofrenia
(borderline) ou depressivo.
• Transtorno Esquizoafetivo
A.V.Cs.
• Distimia
• Doença orgânica grave não controlada que possa interferir na condução do estudo,
hipercalemia.
clínicas ou laboratoriais.
estudo.
migraine).
Este estudo teve um desenho placebo controlado, com avaliador e pacientes não
p=0,05 uma amostragem próxima a 50 pacientes com 25 em cada braço seria adequado
que o "n" próximo a 50 pacientes seria adequado para o objetivo desse estudo.
3.3 Randomização
1
http://www.icti-usa.com/index2.html
50
estimulação, placebo ou não. Vale mencionar que o “número do paciente” não mudou
ao longo do estudo.
tal que houvesse um número igual de pacientes nos dois braços de tratamentos.
Ninguém da equipe, além do pesquisador principal do estudo, soube qual tratamento foi
longo da pesquisa.
predominante foi o ensino médio completo (71,7%). A maioria dos pacientes relatou
(93,5%) eram procedentes da cidade de São Paulo. Não foram observadas diferenças
Tabela 3.1: Número e porcentagem dos 46 pacientes analisados por 4 semanas segundo variáveis
demográficas e grupo de estudo.
Grupo p*
Variável EMTr Sham
Sexo
Masculino 3 (13,6) 4 (16,7) 0,775
Feminino 19 (86,4) 20 (83,3)
Cor
Branca 18 (81,8) 18 (75,0) 0,725
Outras 4 (18,2) 6 (25,0)
Escolaridade
Básico 2 (9,1) 2 (8,3) 0,973
Médio 16 (72,7) 17 (70,9)
Superior 4 (18,2) 5 (20,8)
Estado civil
Solteiro (a) 7 (31,8) 5 (20,8) 0,141
Casado (a) 12 (54,6) 18 (75,0)
Separado (a)/Divorciado (a) 3 (13,6) 0 (0,0)
Viúvo (a) 0 (0,0) 1 (4,2)
Procedência
São Paulo 19 (86,4) 24 (100,0) 0,101
Outras cidades 3 (13,6) 0 (0,0)
Profissão
Do lar 10 (45,6) 8 (33,2) 0,344
Comércio 4 (18,2) 7 (29,2)
Estudante 3 (13,6) 2 (8,3)
Professor 0 (0,0) 2 (8,3)
Médico 1 (4,5) 0 (0,0)
Auditor 0 (0,0) 1 (4,2)
Auxiliar administrativo 3 (13,6) 0 (0,0)
Aposentado 1 (4,5) 1 (4,2)
Faxineiro 0 (0,0) 1 (4,2)
Vigia 0 (0,0) 1 (4,2)
Advogado 0 (0,0) 1 (4,2)
Tabela 3.2: Médias e respectivos desvios padrão da idade dos 46 pacientes analisados por 4 semanas,
segundo o grupo de estudo.
Grupo p*
Variável EMTr Sham
Idade 39,3 ±12,8 38,9 ±8,8 0,891
(anos)
* nível de significância estatística segundo o teste t de Student
53
grupo de estudo (p=0,582). Trinta e seis pacientes não apresentavam sintomas atípicos
(78,3%), oito pacientes também não haviam apresentado episódios anteriores (17,4%) e
20 pacientes não tinham sido internados previamente (43,5%), não havendo diferenças
Tabela 3.3: Médias e respectivos desvios padrão da duração da doença, dosagem de amitriptilina
utilizada e número de episódios anteriores, segundo o grupo de estudo para os 46 pacientes analisados por
4 semanas.
Variável Grupo p*
EMTr Sham
Duração da doença (meses) 24,9 (29,6) 27,6 (34,7) 0,782
Dose de amitriptilina (mg) 110,2 (26,3) 109,4 (27,4) 0,991
o
N de episódios anteriores 2,5 (1,8) 2,0 (1,5) 0,371
Tabela 3.4: Número e porcentagem dos 46 pacientes analisados por 4 semanas segundo história familiar
de depressão, tipo de depressão, sintomas atípicos, número de internações prévias e grupo de estudo.
Variável Grupo P*
EMTr Sham
História familiar de depressão**
Não 6 (33,3) 8 (42,1) 0,582
Sim 12 (66,7) 11 (57,9)
Sintomas atípicos
Não 16 (72,7) 20 (83,3) 0,484
Sim 6 (27,3) 4 (16,7)
No de internações prévias
0 9 (40,9) 11 (45,8) 0,736
≥1 13 (59,1) 13 (54,2)
* Nível de significância estatística segundo o teste de associação do qui-quadrado ou teste exato de
Fisher, quando aplicável.
** Foram omitidos os dados de 9 pacientes cujas informações não foram obtidas.
predominante era o ensino médio completo (65,2%). A maioria dos pacientes relatou
(91,3%) foram procedentes da cidade de São Paulo. Não foram observadas diferenças
Tabela 3.5 – Número e porcentagem dos 23 pacientes avaliados por 7 semanas segundo variáveis
demográficas e grupo de estudo.
Variável Grupo p*
EMTr Sham
Sexo
Masculino 2 (18,2) 2 (16,7) 1,000
Feminino 9 (81,8) 10 (83,3)
Cor
Branca 11 (100,0) 11 (91,7) 1,000
Outras 0 (0,0) 1 (8,3)
Escolaridade
Básico 1 (9,1) 1 (8,3) 0,988
Médio 7 (63,6) 8 (66,7)
Superior 3 (27,3) 3 (25,0)
Estado civil
Solteiro (a) 2 (18,2) 1 (8,3) 0,151
Casado (a) 6 (54,5) 10 (83,4)
Separado (a)/Divorciado (a) 3 (27,3) 0 (0,0)
Viúvo (a) 0 (0,0) 1 (8,3)
Procedência
São Paulo 9 (81,8) 12 (100,0) 0,217
Outras cidades 2 (18,2) 0 (0,0)
Profissão
Do lar 5 (45,4) 3 (25,0) 0,304
Comércio 3 (27,3) 3 (25,0)
Estudante 0 (0,0) 1 (8,3)
Professor 0 (0,0) 2 (16,8)
Médico 1 (9,1) 0 (0,0)
Auditor 0 (0,0) 1 (8,3)
Auxiliar administrativo 2 (18,2) 0 (0,0)
Aposentado 0 (0,0) 1 (8,3)
Faxineiro 0 (0,0) 1 (8,3)
* nível de significância estatística segundo o teste de associação do qui-quadrado ou teste exato de Fisher,
quando aplicável (pelo menos uma freqüência esperada < 5).
Tabela 3.6 – Médias e respectivos desvios padrão da idade dos 23 pacientes avaliados por 7 semanas,
segundo o grupo de estudo.
Variável Grupo p*
EMTr Sham
pacientes nos dois grupos de estudo (p=0,347). A maioria dos pacientes apresentava
pacientes não apresentavam sintomas atípicos (78,3%), três pacientes também não
Tabela 3.7 – Médias e respectivos desvios padrão da duração da doença, dosagem de amitriptilina
utilizada e número de episódios anteriores, segundo o grupo de estudo para os 23 pacientes avaliados por
7 semanas.
Variável Grupo p*
EMTr Sham
Tabela 3.8 – Número e porcentagem dos 23 pacientes avaliados por 7 semanas segundo história familiar
de depressão, tipo de depressão, sintomas atípicos, número de internações prévias e grupo de estudo.
Variável Grupo p*
EMTr Sham
História familiar de depressão**
Não 2 (20,0) 3 (30,0) 1,000
Sim 8 (80,0) 7 (70,0)
Sintomas atípicos
Não 9 (81,8) 9 (75,0) 1,000
Sim 2 (18,2) 3 (25,0)
No de internações prévias
0 5 (45,5) 6 (50,0) 0,736
≥1 6 (54,5) 6 (50,0)
* nível de significância estatística segundo o teste de associação do qui-quadrado ou teste exato de Fisher,
quando aplicável.
** Omitidos dados de 3 pacientes cujas informações não foram obtidas.
contato por e-mail com o Prof. Z.Nahas (University of Southern California, EUA),
exames físico e psíquico e coleta de exames, os pacientes foram avaliados por psicólogo
25mg, sendo que a a dose deveria ser aumentada em 50 mg até alcançarem 150mg,
(por exemplo, exigindo que a medicação fosse tomada no momento da visita), pelos
ao deitar. A medicação foi dispensada em uma única vez para todo o período do estudo
blisters usados.
uma bobina modelo em 8 ativa e uma bobina placebo idêntica àquela (Ver Figuras 3.2 e
3.3), para os pacientes alocados no grupo que recebeu estimulação inativa (sham).
Apesar dos parâmetros ainda não estarem bem definidos pela literatura, foi
utilizada a técnica mais comum e atualmente com maior aceitação mundial, descrita por
de náilon na cor branca, individual, onde foram traçadas linhas da região da glabela até
ponto cinco centímetros à esquerda (provável região do córtex motor). Neste ponto,
breve do polegar com uma estimulação de 100% do limiar motor naquele momento.
ao plano sagital mediano, era localizada a região do córtex dorso lateral pré-frontal
esquerdo. Nesse local, com um limiar motor de 120% em relação ao anterior, aplicava-
Figura 3.2: Estimulador magnético de alta velocidade MagPro (DANTEC) com uma bobina modelo em 8
ativa e uma bobina placebo idêntica.
seguintes. Aplicaram-se as escalas: (1) Visual Analógica (EVA) onde era apresentada
uma régua de 100 mm, onde o zero equivale a ausência de sintomas depressivos e 100 a
mais comumente relatados da EMTr (Anexo 6). As escalas foram aplicadas pelo mesmo
Parâmetro Valores
Intensidade 120% do limiar motor
Número total de pulsos 25.000
Freqüência 5 Hz
Duração da série 10 segundos
Intervalo entre as séries 20 segundos
Número de séries por sessão 25
Número de sessões 20
Local de aplicação Córtex pré-frontal dorso lateral esquerdo
Duração Quatro semanas, aplicado diariamente de segunda à sexta-feira .
2
Segundo o International Consensus on Harmonisation (ICH E2A – 1994 )
(www.ich.org/ich5e.html)
Evento Adverso é qualquer ocorrência desagradável ao paciente que ocorre durante a vigência de
determinada modalidade terapêutica e que pode ou não apresentar nexo causal com o tratamento
empregado. A Reação Adversa é uma ocorrência desagradável ao paciente que necessariamente está
relacionada ao tratamento empregado. Portanto toda reação adversa é um evento adverso, mas nem todo
evento adverso é uma reação adversa. Com relação ao termo Efeito Colateral, este existe necessariamente
relacionado ao tratamento, mas geralmente não causa desconforto ou prejuízo ao paciente.
61
técnicas de aplicação. Para tanto, tomou-se como base para esta pesquisa o guia de
EMTr publicado por Wassermann (1996a), com os seus oito itens, como pode ser visto
Tabela 3.10: Itens respeitados para assegurar a segurança do método de Estimulação Magnética
Transcraniana.
Item
1 Requerimentos éticos
2 Parâmetros de estimulação e Classes de estudos 1, 2 e 3
3 Monitorização fisiológica
4 Monitorização Neuropsicológica
5 Equipe de aplicação da EMTr
6 Manejo de eventuais convulsões e situações de emergência.
7 Manejo psicossocial.
8 Contra-indicações absolutas e relativas
bobina (Pascual-Leone et al., 1998). Apesar de estudos sugerirem que este não é o
Magnética Nuclear (RMN), ele ainda é o mais utilizado pelos pesquisadores, porque não
comparar a porcentagem total de saída de carga necessária para se obter o limiar motor
sendo, utilizamos o método visual para determinar o limiar motor de repouso, ao invés
Item Semana
Basal 1 2 3 4 5 6 7
Dados Demográficos X
História médica e exame físico X
Critérios de inclusão e exclusão X
Consentimento informado X
Testes laboratoriais X X* X* X* X*
Randomização X
Uso de amitriptilina Titulação X X X X X X X
50mg/150mg
EMTr X X X X
Questionário sobre efeitos colaterais X X X X
Aplicações das escalas X X X X X X X X
HAM-D 17/MADRS/CGI/EVA
Avaliação da ocorrência de X X X X X X X X
eventos adversos
* Os testes laboratoriais e conclusão da participação no estudo foram antecipados nos casos em que o
paciente decidiu não continuar no estudo.
3.9.1 Eficácia
de EMTr. Deste modo, a eficácia foi analisada por meio das diferenças dos escores das
remissão.
(MADRS) porque ambas têm sido utilizadas em pesquisa como critério clínico de
Ambas as escalas apresentam uma correlação positiva entre elas, pois avaliam a
intensidade dos sintomas depressivos no mesmo sentido, isto é, quanto maior o número
importantes.
diferença relevante reside na distinção que a MADRS prevê entre os sintomas relatados
pela MADRS foi de 55 (92% da pontuação máxima possível). Isso sugere que as
sintomas nos casos de depressão. Estes autores concluíram em seu estudo ainda que a
MADRS parece ser mais abrangente e sensível que a HAM-D na avaliação dos
sintomas depressivos.
3.9.2 Tolerabilidade
o teste exato de Fisher quando pelo menos uma das freqüências esperadas foi
menor do que 5.
distribuição normal.
paramétrico).
4. RESULTADOS
4.1.1 HAM-D/17
significativa entre avaliação e grupo de tratamento (p<0,001). Ver Tabelas 4.1A, 4.1B,
4.1C e Gráfico 4.1. Nos gráficos apresentados neste trabalho são utilizados os símbolos
Tabela 4.1A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal, 1,
2, 3 e 4, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
29,71 ± 6,38 19,29 ± 8,29 14,05 ± 8,84 10,09 ± 6,64 11,14 ± 8,42
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
29,71 ± 6,38
Semana 1 p = 0,045 p< 0,001 p< 0,001
19,29 ± 8,29
Semana 2 p = 0,319 p = 0,753
14,05 ± 8,84
Semana 3 p = 0,999
10,09 ± 6,64
Semana 4
11,14 ± 8,42
68
Tabela 4.1B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal, 1,
2, 3 e 4, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
30,92 ± 5,45 27,12 ± 6,90 23,50 ± 6,63 23,33 ± 8,93 20,00 ± 8,59
Sem. Basal p = 0,283 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001
30,92 ± 5,45
Semana 1 p = 0,348 p = 0,283 p < 0,001
27,12 ± 6,90
Semana 2 p = 1,000 p = 0,400
23,50 ± 6,63
Semana 3 p = 0,475
23,33 ± 8,93
Semana 4
20,00 ± 8,59
Tabela 4.1C: Comparação dos escores da escala de Hamilton, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, entre os
grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
40
= Sham
EMTr
Média dos escores da escala
30
de Hamilton
*
20
* *
*
10
*
0
Basal 1 2 3 4
Semana
Gráfico 4.1: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal, 1, 2,
3 e 4, segundo o grupo de tratamento. Observa-se uma diferença estatisticamente significativa no grupo
de tratamento EMTr da semana basal para semana 1 e da semana 1 para semana 2, fato não observado no
grupo placebo.
69
4.1.2 MADRS
entre avaliação e grupo de tratamento (p<0,001). Ver Tabelas 4.2A, 4.2B, 4.2C e
Gráfico 4.2.
Tabela 4.2A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala MADRS, nas semanas basal, 1,
2, 3 e 4, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
38,09 ± 8,57 26,38 ± 12,22 20,00 ± 11,87 14,38 ± 8,78 14,95 ± 11,84
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
38,09 ± 8,57
Semana 1 p = 0,177 p< 0,001 p< 0,001
26,38 ± 12,22
Semana 2 p = 0,344 p = 0,507
20,00 ± 11,87
Semana 3 p = 1,000
14,38 ± 8,78
Semana 4
14,95 ± 11,84
Tabela 4.2B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala de MADRS, nas semanas basal,
1, 2, 3 e 4, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
38,67 ± 7,77 35,67 ± 10,53 31,50 ± 8,79 32,00 ± 11,13 28,21 ± 11,90
Sem. Basal p = 0,941 p = 0,041 p = 0,079 p < 0,001
38,67 ± 7,77
Semana 1 p = 0,683 p = 0,821 p = 0,027
35,67 ± 10,53
Semana 2 p = 1,000 p = 0,899
31,50 ± 8,79
Semana 3 p = 0,790
32,00 ± 11,13
Semana 4
28,21 ± 11,90
70
Tabela 4.2C: Comparação dos escores da escala MADRS nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, entre os grupos
de tratamento.
EMTr X Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
=
50 Sham
EMTr
40
Média dos escores da
escala MADRS
30
*
*
*
20 *
*
10
0
Basal 1 2 3 4
Semana
Gráfico 4.2: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala de Montgomery, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de tratamento. Observa-se uma diferença estatisticamente significativa
no grupo de tratamento EMTr da semana basal para semana 1, fato não observado no grupo placebo.
semanas (p<0,001) e entre os grupos de tratamento (p<0,001). Ver Tabelas 4.3A, 4.3B,
Tabela 4.3A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual analógica, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
86,19 ± 9,21 60,95 ± 16,70 46,09 ± 21,12 26,67 ± 17,42 18,09 ± 16,92
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
86,19 ± 9,21
Semana 1 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
60,95 ± 16,70
Semana 2 p< 0,001 p< 0,001
46,09 ± 21,12
Semana 3 p = 0,074
26,67 ± 17,42
Semana 4
18,09 ± 16,92
Tabela 4.3B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual analógica, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
88,54 ± 7,14 73,96 ± 5,71 67,29 ± 14,29 63,33 ± 9,63 56,04 ± 10,11
Sem. Basal p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001
88,54 ± 7,14
Semana 1 p = 0,257 p = 0,002 p < 0,001
73,96 ± 5,71
Semana 2 p = 0,894 p = 0,001
67,29 ± 14,29
Semana 3 p = 0,151
63,33 ± 9,63
Semana 4
56,04 ± 10,11
Tabela 4.3C: Comparação dos escores da escala visual analógica nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, entre os
grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
*
100 Sham
EMTr
60 *
*
40 * *
*
20
0
Basal 1 2 3 4
Semanas
Gráfico 4.3: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual analógica, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de tratamento. Observa-se uma queda estatisticamente significativa na
medida da EVA do grupo de estimulação EMTr em comparação ao grupo de estimulação placebo (sham).
(p<0,001) e entre os grupos de tratamento (p<0,001). Ver Tabelas 4.4A, 4.4B, 4.4C e
Gráfico 4.4.
73
Tabela 4.4A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI gravidade, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
4,71 ± 0,96 2,9 ± 0,99 1,86 ± 0,79 1,48 ± 0,75 1,33 ± 0,79
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
4,71 ± 0,96
Semana 1 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
2,9 ± 0,99
Semana 2 p = 0,836 p = 0,432
1,86 ± 0,79
Semana 3 p = 0,999
1,48 ± 0,75
Semana 4
1,33 ± 0,79
* nível de significância estatística do teste de Tukey-HSD
Tabela 4.4B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI gravidade, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
4,17 ± 0,38 3,92 ± 0,58 2,87 ± 1,03 2,87 ± 0,95 2,46 ± 1,38
Sem. Basal p = 0,980 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001
4,17 ± 0,38
Semana 1 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001
3,92 ± 0,58
Semana 2 p = 1,000 p = 0,668
2,87 ± 1,03
Semana 3 p = 0,668
2,87 ± 0,95
Semana 4
2,46 ± 1,38
* nível de significância estatística do teste de Tukey-HSD
Tabela 4.4C: Comparação dos escores da escala CGI gravidade, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para os
grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
6 =
Sham
Gravidade 4
*
3
* *
2 * *
0
Basal 1 2 3 4
Semana
Gráfico 4.4: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI-gravidade, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de tratamento. Observa-se uma diferença estatisticamente significativa
no grupo de tratamento EMTr da semana basal para semana 1 e da semana 1 para semana 2, fato não
observado no grupo placebo.
avaliações (p<0,001) e grupos de tratamento (p<0,001). Ver Tabelas 4.5A, 4.5B, 4.5C e
Gráfico 4.5.
Tabela 4.5A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI-melhora global, nas
semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
4,05 ± 0,22 2,62 ± 0,74 1,71 ± 0,72 1,62 ± 0,67 1,62 ± 0,67
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
4,05 ± 0,22
Semana 1 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
2,62 ± 0,74
Semana 2 p = 0,999 p = 0,999
1,71 ± 0,72
Semana 3 p = 1,000
1,62 ± 0,67
Semana 4
1,62 ± 0,67
75
Tabela 4.5B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI-melhora global, nas
semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
4,04 ± 0,20 3,71 ± 0,46 3,21 ± 0,59 3,25 ± 0,85 2,92 ± 0,97
Sem. Basal p = 0,473 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001
4,04 ± 0,20
Semana 1 p = 0,036 p = 0,082 p < 0,001
3,71 ± 0,46
Semana 2 p = 1,000 p = 0,666
3,21 ± 0,59
Semana 3 p = 0,473
3,25 ± 0,85
Semana 4
2,92 ± 0,97
Tabela 4.5C: Comparação dos escores da CGI-melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3 e 4, para os
grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem. Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
5 = Sham
EMTr
Média dos escores da escala
4
CGI-Melhora Global
3 *
* *
*
2
*
1
0
Basal 1 2 3 4
Semana
Gráfico 4.5: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI melhora global, nas semanas
basal, 1, 2, 3 e 4, segundo o grupo de tratamento. Observa-se uma diferença estatisticamente significativa
no grupo de tratamento EMTr da semana basal para semana 1 e da semana 1 para semana 2, fato não
observado no grupo placebo.
76
4.2.1 HAM-D/17
grupo de tratamento (p<0,001). Ver Tabelas 4.6A, 4.6B, 4.6C e Gráfico 4.6.
Tabela 4.6A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal 1, 2, 3,
4, 5, 6 e 7, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
30,18 ± 7,87 20,36 ± 10,15 13,36 ± 9,05 10,18 ± 8,54 10,27 ± 7,38 8,18 ± 4,85 9,45 ± 6,77 7,64 ± 5,61
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
30,18 ± 7,87
Semana 1 p= 0,038 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
20,36 ± 10,15
Semana 2 p = 0,969 p = 0,976 p = 0,399 p = 0,847 p = 0,228
13,36 ± 9,05
Semana 3 p = 1,000 p = 0,999 p = 1,000 p = 0,997
10,18 ± 8,54
Semana 4 p = 0,999 p = 1,000 p = 0,995
10,27 ± 7,38
Semana 5 p = 1,000 p = 1,000
8,18 ± 4,85
Semana 6 p = 0,999
9,45 ± 6,77
Semana 7
7,64 ± 5,61
77
Tabela 4.6B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal 1, 2, 3,
4, 5, 6 e 7, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
31,70 ± 5,70 29,00 ± 6,76 23,50 ± 4,77 24,60 ± 5,80 23,00 ± 5,64 21,70 ± 6,11 23,60 ± 7,78 23,20 ± 7,79
Sem. Basal p = 0,996 p< 0,009 p = 0,055 p = 0,003 p< 0,001 p = 0,010 p = 0,005
31,70 ± 5,70
Semana 1 p = 0,377 p = 0,763 p = 0,230 p = 0,040 p = 0,410 p = 0,284
29,00 ± 6,76
Semana 2 p = 1,000 p = 1,000 p = 0,999 p = 1,000 p = 1,000
23,50 ± 4,77
Semana 3 p = 0,999 p = 0,992 p = 1,000 p = 0,999
24,60 ± 5,80
Semana 4 p = 1,000 p = 1,000 p = 1,000
23,00 ± 5,64
Semana 5 p = 0,999 p = 0,999
21,70 ± 6,11
Semana 6 p = 1,000
23,60 ± 7,78
Semana 7
23,20 ± 7,79
Tabela 4.6C: Comparação dos escores da escala HAM-D, nas semanas basal 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os
grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
p = 0,999 p = 0,002 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
*
Media dos escores da escala
40 Sham
EMTr
30
de Hamilton
20 *
* * * * *
*
10
*
0
Basal 1 2 3 4 5 6 7
Semana
Gráfico 4.6: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala de Hamilton, nas semanas basal
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo de tratamento.
78
4.2.2 MADRS
Tabela 4.7A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala MADRS, nas semanas basal, 1, 2, 3,
4, 5, 6 e 7, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
40,18 ±10,37 28,00 ±14,70 18,00 ±12,16 13,45 ±10,36 13,64 ±11,20 9,64 ± 6,25 11,82 ±10,22 9,27 ±7,86
Sem. Basal p= 0,004 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
40,18 ±10,37
Semana 1 p= 0,060 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
28,00 ±14,70
Semana 2 p = 0,979 p = 0,986 p = 0,259 p = 0,777 p = 0,196
18,00 ±12,16
Semana 3 p = 1,000 p = 0,996 p = 1,000 p = 0,991
10,18 ± 8,54
Semana 4 p = 0,994 p = 1,000 p = 0,986
13,45 ±10,36
Semana 5 p = 0,999 p = 1,000
9,64 ± 6,25
Semana 6 p = 0,999
11,82 ±10,22
Semana 7
9,27 ±7,86
Tabela 4.7B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala MADRS nas semanas basal, 1, 2, 3,
4, 5, 6 e 7, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
41,00 ± 7,38 38,00 ± 6,80 34,20 ± 6,14 34,80 ± 7,37 34,00 ± 6,60 31,40 ± 7,37 33,60 ±10,01 32,00 ±10,67
Sem. Basal p = 0,999 p = 0,709 p = 0,831 p = 0,663 p = 0,136 p = 0,566 p = 0,220
41,00 ± 7,38
Semana 1 p = 0,998 p = 0,999 p = 0,996 p = 0,753 p = 0,990 p = 0,864
38,00 ± 6,80
Semana 2 p = 1,000 p = 1,000 p = 0,999 p = 1,000 p = 0,999
34,20 ± 6,14
Semana 3 p = 1,000 p = 0,999 p = 1,000 p = 0,999
34,80 ± 7,37
Semana 4 p = 0,999 p = 1,000 p = 0,999
34,00 ± 6,60
Semana 5 p = 0,999 p = 1,000
31,40 ± 7,37
Semana 6 p = 1,000
33,60 ±10,01
Semana 7
32,00 ±10,67
79
Tabela 4.7C: Comparação dos escores da escala MADRS, nas semanas basal 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os
grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
p = 1,000 p = 0,077 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
=
Sham
Media dos escores da escala
50
EMTr
40
MADRS
30 *
* * * *
* *
20
10
*
0
Basal 1 2 3 4 5 6 7
Semana
Gráfico 4.7: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala MADRS, nas semanas basal, 1, 2,
3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo de tratamento.
Tabela 4.8A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual analógica, nas semanas basal,
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
82,73 ±10,09 56,36 ±20,63 36,82 ±22,39 23,64 ±18,59 17,27 ±15,37 11,82 ±10,28 14,54 ±12,72 15,00 ±12,75
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
82,73 ±10,09
Semana 1 p= 0,010 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
56,36 ±20,63
Semana 2 p = 0,386 p = 0,010 p< 0,001 P= 0,001 p = 0,002
36,82 ±22,39
Semana 3 p = 0,997 p = 0,588 p = 0,915 p = 0,943
23,64 ±18,59
Semana 4 p = 0,999 p = 1,000 p = 1,000
17,27 ±15,37
Semana 5 p = 1,000 p = 1,000
11,82 ±10,28
Semana 6 p = 1,000
14,54 ±12,72
Semana 7
15,00 ±12,75
Tabela 4.8B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual analógica, nas semanas basal,
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
85,00 ± 6,74 75,00 ± 5,22 67,08 ±10,97 63,33 ± 8,88 58,33 ±10,30 54,17 ±12,40 55,83 ±20,65 51,67 ±16,97
Sem. Basal p = 0,782 P= 0,019 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
85,00 ± 6,74
Semana 1 p = 0,961 p = 0,532 p = 0,045 p = 0,002 p = 0,007 p< 0,001
75,00 ± 5,22
Semana 2 p = 0,999 p = 0,912 p = 0,344 p = 0,598 p = 0,099
67,08 ±10,97
Semana 3 p = 0,999 p = 0,876 p = 0,976 p = 0,532
63,33 ± 8,88
Semana 4 p = 0,999 p = 1,000 p = 0,992
58,33 ±10,30
Semana 5 p = 1,000 p = 1,000
54,17 ±12,40
Semana 6 p = 0,999
55,83 ±20,65
Semana 7
51,67 ±16,97
Tabela 4.8C: Comparação dos escores da escala visual analógica, nas semanas basal 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre
os grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
p = 1,000 p = 0,015 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
81
=
100 Sham
0
Basal 1 2 3 4 5 6 7
Semana
Gráfico 4.8: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala visual analógica, nas semanas
basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo de tratamento.
avaliação e grupo de tratamento (p<0,001). Ver Tabelas 4.9A, 4.9B, 4.9C e Gráfico 4.9.
82
Tabela 4.9A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI gravidade, nas semanas basal, 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
4,36 ± 0,81 3,09 ± 1,14 2,27 ± 0,79 1,73 ± 0,79 1,64 ± 1,03 1,54 ± 0,69 1,45 ± 0,93 1,73 ± 0,90
Sem. Basal p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
4,36 ± 0,81
Semana 1 p= 0,179 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
3,09 ± 1,14
Semana 2 p = 0,835 p = 0,614 p= 0,368 P= 0,179 p = 0,835
2,27 ± 0,79
Semana 3 p = 1,000 p = 0,999 p = 0,999 p = 1,000
1,73 ± 0,79
Semana 4 p = 1,000 p = 0,999 p = 1,000
1,64 ± 1,03
Semana 5 p = 1,000 p = 0,999
1,54 ± 0,69
Semana 6 p = 0,999
1,45 ± 0,93
Semana 7
1,73 ± 0,90
Tabela 4.9B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI gravidade, nas semanas basal, 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
4,17 ± 0,39 4,00 ± 0,60 3,5 ± 0,79 3,25 ± 0,87 3,25 ± 1,05 3,17 ± 1,03 3,33 ± 1,07 3,08 ± 1,16
Sem. Basal p = 1,000 p = 0,448 p = 0,042 p = 0,042 p = 0,014 p = 0,109 p = 0,004
4,17 ± 0,39
Semana 1 p = 0,877 p = 0,242 p = 0,242 p = 0,109 p = 0,448 p = 0,042
4,00 ± 0,60
Semana 2 p = 0,999 p = 0,999 p = 0,997 p = 1,000 p = 0,972
3,5 ± 0,79
Semana 3 p = 1,000 p = 1,000 p = 1,000 p = 1,000
3,25 ± 0,87
Semana 4 p = 1,000 p = 1,000 p = 1,000
3,25 ± 1,05
Semana 5 p = 1,000 p = 1,000
3,17 ± 1,03
Semana 6 p = 0,999
3,33 ± 1,07
Semana 7
3,08 ± 1,16
Tabela 4.9C: Comparação dos escores da escala CGI gravidade nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, entre os
grupo de tratamento.
EMTr X Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
p = 0,999 p = 0,058 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001 p< 0,001
83
= Sham
CGI-Gravidade
4
3
* * * * *
*
2
1
*
0
Basal 1 2 3 4 5 6 7
Semana
Gráfico 4.9: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI gravidade, nas semanas
basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo de tratamento.
Tabela 4.10A: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI-melhora global, nas semanas
basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo submetido à EMTr.
EMTr
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
4,00 ± 0,00 2,82 ± 0,75 2,00 ± 0,63 1,64 ± 0,67 1,73 ± 0,79 2,27 ± 1,49 1,91 ± 1,37 3,00± 1,61
Sem. Basal p = 0,038 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001 p < 0,001 p = 0,182
4,00 ± 0,00
Semana 1 p = 0,525 p = 0,038 p = 0,088 p = 0,965 p = 0,330 p = 1,000
2,82 ± 0,75
Semana 2 p = 0,999 p = 0,999 p = 0,999 p = 1,000 p = 0,182
2,00 ± 0,63
Semana 3 p = 1,000 p = 0,881 p = 0,999 p = 0,005
1,64 ± 0,67
Semana 4 p = 0,965 p = 1,000 p = 0,015
1,73 ± 0,79
Semana 5 p = 0,999 p = 0,726
2,27 ± 1,49
Semana 6 p = 0,088
1,91 ± 1,37
Semana 7
3,00± 1,61
84
Tabela 4.10B: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI-melhora global, nas semanas
basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, para o grupo com tratamento placebo.
Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
4,00 ± 0,00 3,75 ± 0,45 3,33 ± 0,65 3,50 ± 0,90 3,42 ± 0,90 3,33 ± 0,98 3,75 ± 0,96 3,33 ± 0,98
Sem. Basal p = 0,999 p = 0,789 p = 0,976 p = 0,914 p = 0,786 p = 0,999 p = 0,786
4,00 ± 0,00
Semana 1 p = 0,996 p = 0,999 p = 0,999 p = 0,996 p = 1,000 P= 0,996
3,75 ± 0,45
Semana 2 p = 1,000 p = 1,000 p = 1,000 p = 0,996 p = 1,000
3,33 ± 0,65
Semana 3 p = 1,000 p = 1,000 p = 0,999 p = 1,000
3,50 ± 0,90
Semana 4 p = 1,000 p = 0,999 p = 1,000
3,42 ± 0,90
Semana 5 p = 0,996 p = 1,000
3,33 ± 0,98
Semana 6 p = 0,996
3,75 ± 0,96
Semana 7
3,33 ± 0,98
Tabela 4.10C: Comparação dos escores da escala CGI-melhora global, nas semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7,
entre os grupos de tratamento.
EMTr X Sham
Sem.Basal Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7
p = 1,000 p = 0,254 P= 0,005 p< 0,001 p< 0,001 p= 0,094 p< 0,001 p= 1,000
5 =
Media dos escores da escala
CGI-Melhora Global
4
= =
3
* * *
*
2 *
Sham
1 EMTr
0
Basal 1 2 3 4 5 6 7
Semana
Gráfico 4.10: Médias e respectivos desvios padrão dos escores da escala CGI-melhora global, nas
semanas basal, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, segundo o grupo de tratamento. Ambos os grupos iniciaram com valor
de 4 e por isso apresentam desvio padrão igual a zero, pois a escala no item 4 significa “sem alteração” e
como a avaliação era a basal não havia dados de comparação anterior.
85
4.3 Resposta clínica para o grupo de pacientes observado por 4 semanas (n=46)
Tabela 4.11: Número de porcentagem de pacientes segundo resposta clínica e grupo de tratamento.
Tabela 4.13: Número de porcentagem de pacientes segundo remissão (consecutiva por 3 semanas) e
grupo de tratamento.
Remissão (%) p
Variável Não Sim
Grupo de tratamento
EMTr 16 (72,7) 6 (27,3) 0,043*
Sham 23 (95,8) 1 (4,2)
4.5 Resposta clínica para o grupo de pacientes estudados no total das 7 semanas
(n=23)
Tabela 4.14: Número e porcentagem de pacientes segundo resposta clínica e grupo de tratamento.
4.6 Remissão para o grupo de pacientes estudados no total das 7 semanas (n=23)
Grupo p*
Variável EMTr Sham
Cervicalgia
Leve 20 (90,9) 12 (50,0) 0,001
Moderada 0 (0,0) 11 (45,8)
Severa 2 (9,1) 1 (4,2)
Complicações cognitivas
13 (59,1) 6 (25,0) 0,035
Dificuldade de concentração
Leve 4 (18,2) 3 (12,5) 0,694
Moderada 18 (81,8) 21 (87,5)
Dor no couro cabeludo
Ausente 3 (13,6) 0 (0,0) 0,101
Presente 19 (86,4) 24 (100,0)
cabeludo (p<0,001).
89
Grupo p*
Variável EMTr Sham
Cefaléia
0 (0,0) 11 (45,8) <0,001
Dificuldade de concentração
0 (0,0) 14 (58,3) <0,001
5. DISCUSSÃO
grupos EMTr e placebo, tanto entre os pacientes que completaram as sete semanas
(n=23) quanto na população que completou as quatro semanas (n=46). O maior número
A adesão ao tratamento foi muito maior nas primeiras quatro semanas que nas
últimas três semanas de tratamento. É interessante notar que não houve abandonos de
semanas.
A proposta inicial do estudo era avaliar pacientes em uso de dose fixa de 150
que completaram as sete semanas (p= 0,347). Outros fatores levaram à escolha da
importante portanto numa amostra de pacientes com depressão grave, e além disso está
cego para o tipo de tratamento recebido pelo paciente. Acreditamos que este fato,
EMT, mas este foi o primeiro estudo controlado com placebo que avaliou a aceleração
5.3 Resultados
população de 23 pacientes.
92
quarta semana foi de 95,5% no grupo EMTr e 45,8% no grupo sham (p<0,001). A
no grupo placebo, nas primeiras 4 semanas (54,5% vs. 12,5%, p=0,002). Na sétima
[100% vs. 16,7% (p<0,001) e 63,6% vs. 8,3% (p=0,009); para resposta e remissão nos
final das 7 semanas. Este fato evidencia que a EMTr não apenas acelerou o tempo para
curva para a escala de HAM-D repetiu-se para as escalas de MADRS, EVA, CGI-
A avaliação pela EVA mostrou a melhora subjetiva dos pacientes, e também foi
mudanças. Além disso, proporciona uma medida mais robusta de eficácia, quando
grupos EMTr e placebo. Isso possivelmente reflete apenas o fato de que o grupo EMTr
passou a apresentar mudanças menores após a 5ª semana, uma vez que a melhora foi
obtida mais rápida, enquanto o grupo placebo melhorou de maneira mais lenta. A CGI-
93
final da 7ª semana.
al.,2003). Alguns pesquisadores (George et al.,2000; Klein et al.,2002, in: Shaul et al.,
2003) sugerem que a estimulação crônica, numa frequência entre 3-5Hz, apresenta
melhor eficácia. Uma das hipóteses é a de que nesta faixa de frequência há um aumento
antidepressivos.
acordo com a frequência, a EMTr pode aumentar os níveis de RNAm de proteína ácida
fibrilar glial (GFAP- glial fibrillary acidic protein) no giro denteado do hipocampo e,
em escala menor, no córtex cerebral, bem como aumentar os níveis de c-fos no núcleo
paraventricular do tálamo e no córtex frontal medial (Fujiki & Steward, 1997; Ji et al.,
diminuição da incidência de sintomas dolorosos em ambos os grupos. Tal fato pode ser
e queimação no couro cabeludo foi maior no grupo EMTr. Embora não tenha sido feita
a análise comparativa entre os grupos quanto a incidência de eventos adversos, por falta
2000).
95
6. CONCLUSÕES
amitriptilina.
4. Após o término das aplicações da EMTr, a resposta foi mantida com o uso de
amitriptilina.
pacientes deprimidos.
96
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Entrevistador: _____________________________________________________________________
Data: ____/____/____
Introdução:
Gostaria de lhe fazer algumas perguntas sobre a última semana. Como você tem se sentido desde a última (dia
da semana)? Se paciente ambulatorial: Você tem trabalhado? Se não: Especifique por que não?
0- ausente
1- sentimentos relatados somente se perguntados
2- sentimentos relatados espontaneamente, com palavras
3- comunica os sentimentos não com palavras, mas com expressão facial, postura, voz e tendência ao choro
4- o paciente comunica quase que exclusivamente esses sentimentos, tanto em seu relato verbal como na
comunicação não-verbal
2. Você tem se sentido especialmente autocrítico nesta última semana, sentindo que fez coisas erradas ou
decepcionou outras pessoas?
SE SIM: quais foram esses pensamentos?
Você tem se sentido culpado em relação a coisas que fez ou não fez?
Você tem pensado que, de alguma forma, você é responsável pela sua depressão?
Você sente que está sendo punido ficando doente?
Sentimentos de culpa:
0- ausente
1- auto-recriminação, acha que decepcionou outras pessoas
2- idéias de culpa ou ruminações de erros ou ações pecaminosas (más) no passado
3- paciente acha que a doença atual é uma punição (castigo). Delírio de culpa
4- ouve vozes que o acusam ou denunciam e/ou tem alucinações visuais ameaçadoras
3. Nessa última semana, você teve pensamentos de que não vale a pena viver ou que você estaria melhor
morto? ou pensamentos de se machucar ou até de se matar?
Suicídio:
0- ausente
1- acha que não vale a pena viver
2- deseja estar morto ou pensa em uma possível morte para si
3- idéias ou atitudes suicidas
4- tentativas de suicídio
Insônia inicial:
Insônia intermediária:
0- sem dificuldade
1- queixa de agitação e perturbação durante a noite
2- acorda durante a noite – qualquer saída da cama (exceto por motivos de necessidade fisiológica)
6. A que horas você tem acordado pela manhã na última semana?
Se cedo: acorda com despertador ou sozinho? A que horas você normalmente acordava (ou seja, antes de ficar
deprimido)?
Insônia tardia:
0- sem dificuldade
1- acorda durante a madrugada, mas volta a dormir
2- não consegue voltar a dormir se levantar da cama durante a noite
7. Como você tem passado seu tempo na última semana (quando não está no trabalho)?
Você se sente interessado em fazer (essas atividades) ou você tem de se forçar?
Você parou de fazer atividades que costumava fazer? SE SIM: Por quê?
Há alguma coisa que você aguarda ansiosamente?
(no seguimento): Seu interesse voltou ao normal?
Trabalho e atividades:
0- sem dificuldades
1- pensamentos e sentimentos de incapacidade, fadiga ou fraqueza, relacionados a atividades, trabalho ou
passatempos
2- perda de interesse em atividades, passatempos ou trabalho, quer relatado diretamente pelo paciente, quer
indiretamente por desatenção, indecisão ou vacilação (sente que precisa se esforçar para o trabalho ou outras
atividades)
3- diminuição no tempo gasto em atividades ou queda de produtividade. No hospital, o paciente ocupa-se por
menos de três horas por dia em atividades (trabalho hospitalar ou passatempos) com exceção das tarefas
rotineiras da enfermaria
4- parou de trabalhar devido à doença atual. No hospital, sem atividades, com exceção das tarefas rotineiras
da enfermaria, ou se não consegue realizá-las sem ajuda
Agitação:
0 nenhuma
1 inquietação
2 mexe as mãos, cabelos etc.
3 movimenta-se bastante, não consegue permanecer sentado durante a entrevista
4 retorce as mãos, rói as unhas, puxa os cabelos, morde os lábios
10. Você tem se sentido especialmente tenso ou irritado nesta última semana?
Você tem estado preocupado com coisas pouco importantes com as quais normalmente não se preocuparia?
SE SIM: Como com o quê, por exemplo?
Ansiedade psíquica:
0 sem dificuldade
1 tensão e irritabilidade subjetivas
2 preocupa-se com trivialidades
3 atitude apreensiva aparente no rosto ou na fala
4 paciente expressa medo sem ser perguntado
11. Na última semana, você sofreu de alguns dos seguintes sintomas físicos?
Leia a lista, parando após cada sintoma para resposta.
O quanto esses sintomas o incomodaram na última semana? Quão intensos foram? Quanto tempo ou com que
freqüência os teve?
Nota: não considerar se claramente relacionados à medicação (por exemplo, boca seca e imipramina)
Ansiedade - somática:
0 ausente
1 duvidoso ou trivial: sintomas menores, relatados quando questionados
2 leve: paciente descreve espontaneamente os sintomas, que não são acentuados ou incapacitantes
3 moderado: mais do que 2 sintomas e com maior freqüência. São acompanhados de estresse subjetivo e
prejudicam o funcionamento normal
4 grave: numerosos sintomas, persistentes e incapacitantes na maior parte do tempo, ou ataques de pânico
quase diariamente
12. Como tem estado seu apetite nesta última semana? (Como se compara ao seu apetite habitual?)
Você tem tido que se força a comer?
As outras pessoas têm insistir para você comer?
0 nenhum
1 perda de apetite, mas come sem necessidade de insistência
2 dificuldade para comer se não insistirem
0 nenhum
1 peso em membros, costas ou cabeça; dor nas costas, na cabeça ou nos músculos. Perda de energia e
fatigabilidade
2 qualquer sintoma bem caracterizado e nítido
14. Como tem estado seu interesse por sexo nesta semana? (não estou lhe perguntando sobre seu desempenho,
mas sobre seu interesse por sexo- o quanto você tem pensado nisso?
Houve alguma mudança em seu interesse por sexo (em relação à época em que você não estava deprimido)?
Isso é algo em que você tem pensado muito? Se não: isso é pouco habitual para você?
0 ausentes
1 leves ou infreqüentes: perda de libido, desempenho sexual prejudicado
2 óbvio e graves: perda completa do interesse sexual
15. Na última semana, o quanto seus pensamentos têm focalizado na sua saúde física ou no funcionamento de
seu corpo (comparado ao seu pensamento habitual)
Você se queixa muito de sintomas físicos?
Você tem-se deparado com situações em que você pede ajuda para fazer coisas que poderia fazer sozinho?
SE SIM: Como o quê, por exemplo? Com que freqüência isso tem ocorrido?
Hipocondria:
0 ausente
1 auto-observação aumentada (com relação ao corpo)
2 preocupação com a saúde
3 queixas freqüentes, pedidos de ajuda etc.
4 delírios hipocondríacos
16. Você perdeu algum peso desde que essa (DEPRESSÃO) começou? SE SIM: Quanto?
SE INCERTO: Você acha que suas roupas estão mais folgadas?
No Seguimento: Você voltou a ganhar peso?
0 sem perda de peso ou perda de peso NÃO causada pela doença atual
1 perda de peso provavelmente causada pela doença atual. Perda de menos de meio quilo
2 perda de peso definitivamente causada pela doença atual. Perda de meio quilo ou mais
A avaliação deve basear-se em uma entrevista clínica que se inicie com perguntas genéricas sobre sintomas e
seja acompanhada de questões mais detalhadas que permitam a avaliação precisa da gravidade. O avaliador
deve decidir se a avaliação se situa em graus definidos da escala (0, 2, 4, 6) ou entre eles (1, 3, 5).
É importante lembrar que somente em raras ocasiões se encontra um paciente deprimido que não pode ser
avaliado de acordo com os itens da escala. Caso respostas definidas não possam ser obtidas do paciente,
devem ser usados todos os indícios relevantes, bem como informações de outras fontes, como base para a
avaliação, de acordo com a prática clínica costumeira.
A escala pode ser usada para qualquer intervalo de tempo entre avaliações, seja semanal ou outro, mas isso
deve ser registrado.
Lista de Itens
1. Tristeza Aparente
2. Tristeza Relatada
3. Tensão Interna
4. Sono Reduzido
5. Diminuição Do Apetite
6. Dificuldades De Concentração
7. Lassidão
8. Incapacidade De Sentir
9. Pensamentos Pessimistas
10. Pensamentos Suicidas
1. Tristeza Aparente
Representando desânimo, tristeza e desespero (mais que um abatimento simples e transitório), refletidos na
fala, expressão facial a postura.
Avalie pela profundidade e incapacidade de alegrar-se.
0. Nenhuma tristeza
1.
2. Parece abatido, mas se alegra sem dificuldades.
3.
4. Parece triste e infeliz a maior parte do tempo.
5.
6. Parece muito triste todo o tempo. Extremamente desanimado.
2. Tristeza Relatada
3. Tensão Interior
Representando sentimentos de desconforto indefinido, inquietação, agitação interior, tensão mental crescente
chegando até pânico, pavor ou angústia.
Avaliar de acordo com intensidade, freqüência, duração do grau de reasseguramento necessário.
4. Sono Diminuído
0- Dorme normalmente
1-
2- Leve dificuldade para adormecer ou sono discretamente reduzido, leve ou interrompido.
3-
4- Sono reduzido ou interrompido por, pelo menos, duas horas.
5-
6- Menos de duas ou três horas de sono.
5. Diminuição Do Apetite
Representando o sentimento de perda de apetite quando comparado ao seu normal. Avalie pela perda da
vontade de comer ou pela necessidade de forçar-se a comer.
0- Apetite normal ou aumentado.
1-
2- Apetite levemente diminuído.
3-
4- Sem apetite. A comida não tem sabor.
5-
6- É necessário ser sempre persuadido para comer.
6. Dificuldades de Concentração
7. Lassidão
8. Incapacidade de Sentir
Representando a experiência subjetiva de interesse reduzido pelo ambiente ou por atividades que são
normalmente prazerosas. A capacidade de reagir com emoção apropriada às circunstâncias ou às pessoas está
reduzida.
9. Pensamentos Pessimistas
Representando o sentimento de que não vale a pena viver, que uma morte natural seria bem-vinda,
pensamentos suicidas e preparativos para suicídio.
Tentativas de suicídio por si só não devem influenciar a avaliação.
Esta linha horizontal tem o objetivo de medir o grau de seu estado depressivo. O lado
esquerdo significa que você está se sentindo bem, sem depressão e o lado direito significa que
a depressão na sua opinião é insuportável, muito intensa. Marque com uma linha vertical o
ponto na escala abaixo que melhor ilustra, em sua opinião, seu estado depressivo atual (HOJE)
Data:
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Sem ||||||||||| depressão
depressão intensa
ANEXO 5
Data::
Idade:
Você já teve?
Você tem algum metal na sua cabeça (excluir boca) como pedaço de projétil,
clipe cirúrgico, fragmentos de soldagem ou trabalho com metal?
!Sim !Não
Você tem algum aparelho implantado como
marca-passo cardíaco, catéter endovenoso? !Sim !Não
Você sofre de dores de cabeça freqüente ou severas? !Sim !Não
Você já teve alguma doença relacionada ao cérebro? !Sim !Não
Você já teve alguma doença que cause dano cerebral? !Sim !Não
Você está tomando alguma medicação? !Sim !Não
Se você for mulher em idade fértil, você é sexualmente ativa, e se for, você
não está usando um método confiável anticoncepcional? !Sim !Não
Alguém na sua família tem epilepsia? !Sim !Não
Se você respondeu sim em alguma das questões acima, por favor forneça mais detalhes:
_____________________________________________________________________
ANEXO 6
TMS - FMUSP
Objeto de Estudo: NATUREZA DA APLICAÇÃO (ASSINALAR):
Pré-estimulação
Avaliador(res):
Pós-estimulação
rTMS
DOR-DE-CABEÇA
DOR NO PESCOÇO
DOR NO COURO
CABELUDO
QUEIMAÇÃO NO
COURO CABELUDO
DIFICULDADE AUDITIVA
DIFICULDADE DE
CONCENTRAÇÃO
COMPLICAÇÕES
COGNITIVAS
MUDANÇAS DE HUMOR
(ASSINALAR ou )
CONVULSÃO
APÊNDICE 1